ATUAÇÃO MULTIDISCIPLINAR NO SOFRIMENTO DO PACIENTE COM CÂNCER E SEUS FAMILIARES
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- Maria da Assunção Lagos Ferreira
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1 Disciplina: Abordagens Multiprofissionais em Oncologia Ementa: Atuação Multidisciplinar da Equipe de Saúde em Apoio ao sofrimento do paciente e da família, papel da equipe diante do sofrimento, da morte e valorização da equipe de saúde. ATUAÇÃO MULTIDISCIPLINAR NO SOFRIMENTO DO PACIENTE COM CÂNCER E SEUS FAMILIARES Psicóloga Doutoranda em Ciências da Saúde - UFRJ
2 Psicológia: Soraia R.G. Souza. Ref. Luciana Sloka
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11 Psicológia: Soraia R.G. Souza. Ref. Luciana Sloka Desafios Modelo Biomédico e a dificuldade de fazer surgir a importância dos aspectos emocionais; A questão da medicação excessiva; Divisão entre posições teóricas que dificulta visão unificada do homem e a integração dos tratamentos.
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22 Psicológia: Soraia R.G. Souza. Ref. Luciana Sloka Segundo Kubler-Ross (1996), o paciente, como forma de defesa, vivencia várias etapas até chegar ao momento de aceitação de seu diagnóstico. 1. NEGAÇÃO - o paciente ao receber seu diagnóstico, vai à busca de outros médicos, repete os exames em outros laboratórios, sempre na esperança de conseguir uma explicação diferente para a sua doença. Alguns pacientes evitam até mesmo a conversa mais detalhada com o seu médico, buscando sempre distanciar-se neste primeiro momento, de tudo aquilo que o coloca diante de algo que está sendo muito difícil de ser vivenciado. 2. MEDO - revolta, inveja e ressentimentos. Nesta fase o paciente fica bastante queixoso e nada do que lhe for dito ou feito o deixará tranquilo. Pessoas que sempre foram acostumadas a ter o controle de suas vidas, geralmente reagem com muita raiva e fúria ao se verem forçados a abandonar seus controles. 3. BARGANHA / NEGOCIAÇÃO - Após perceber que não resolveu nada negar e muito menos se revoltar contra o mundo, agora ele tenta negociar sua melhora Geralmente estas negociações são realizadas com Deus.
23 Psicológia: Soraia R.G. Souza. Ref. Luciana Sloka 4. DEPRESSÃO - Quando é necessário iniciar o tratamento, quando passa a vivenciar os sintomas da doença e os efeitos colaterais do tratamento, não é mais possível esconder de si mesmo a realidade de seu diagnóstico. Aqui, sua raiva e revolta dão lugar a um sentimento enorme de perda e exaustão, o que pode desencadear um quadro depressivo no paciente 5. ACEITAÇÃO - Um paciente que tiver passado por todas estas etapas anteriores, mas tiver recebido a ajuda correta, poderá elaborar e compreender todos os seus sentimentos e das pessoas que estavam ao seu redor ao longo do tratamento, podendo fazer desta doença tão difícil uma etapa de crescimento pessoal e amadurecimento, tanto para si quanto para seus familiares. Desta forma, os cuidados a uma pessoa com câncer começam depois do diagnóstico e continuam até depois do tratamento.
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50 Psicológia: Soraia R.G. Souza. Ref. Luciana Sloka TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR Psicólogo Oncologista paciente Assistente Social Cirurgião Enfermagem Nutrição Farmácia
51 Psicológia: Soraia R.G. Souza. Ref. Luciana Sloka Farmacêuticos Tem a função de orientar a equipe multidisciplinar, uma vez que esses pacientes utilizam inúmeras drogas com fins terapêuticos e médicos, várias vezes ao dia. É necessário viabilizar o tratamento adequando os medicamentos, além de orientar o paciente e acompanhante/cuidador sobre o uso correto, os efeitos colaterais e as interações medicamentosas, atuando em parceria e participando de discussões de casos em equipe. Assistente social É específico do Assistente Social, o conhecimento e a abordagem sobre a realidade socioeconômica da família, bem como os aspectos culturais que envolvem esse universo. Atua como facilitador e intermediador entre paciente/família nas políticas públicas e nos direitos do paciente, fatores fundamentais para se alcançarem muitos dos objetivos almejados em Cuidados Paliativos
52 Psicológia: Soraia R.G. Souza. Ref. Luciana Sloka Nutricionista O trabalho realizado pela nutricionista envolve o acompanhamento tanto no momento da internação, como em nível ambulatorial e em visitas domiciliares. Essa função busca melhorar a qualidade de vida dos pacientes, através do melhor suporte nutricional possível, aliviando sintomas como anorexia, hiporexia (falta de apetite), desnutrição, constipação, diarréia, entre outros. Profissional de Educação Física Atua no controle de sintomas como dor, fadiga, linfedema (inchaço de uma parte do corpo, comum nos braços e nas pernas, devido a uma acumulação do fluido linfático no tecido), dispnéia (falta de ar e desconforto para respirar) e hipersecreção pulmonar. Para efetivar-se esse controle, podem ser utilizadas técnicas de relaxamento, drenagem linfática manual, eletroterapia, massoterapia (técnicas de massagem para finalidade terapêutica), exercícios motores, alongamentos musculares e utilização de órteses (aparelhos de uso provisório com objetivos preventivos, corretivos ou funções de alinhamento no sentido de ajudar nas deformidades e/ou melhorar a função das partes móveis do corpo). Estas técnicas objetivam viabilizar altas hospitalares, melhorar capacidade funcional e proporcionar uma melhor qualidade de vida.
53 Psicológia: Soraia R.G. Souza. Ref. Luciana Sloka Enfermagem Identifica as situações de saúde adequadas, subsidiando a prescrição e implementação das ações da Assistência de Enfermagem, para que elas possam contribuir para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação em saúde do indivíduo e da família.
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55 Psicológia: Soraia R.G. Souza. Ref. Luciana Sloka Caso 1 Sr Pedro com CA de base de língua além de no momento, estar traqueostomizado, assim sendo, impossibilitado de se comunicar verbalmente. Fez um sinal e me pediu uma caneta e papel. Escreveu: - Telefone para minha mãe e peça para ela trazer roupa. Disse: Sr Pedro ainda tem roupa aqui. - Mas quero que telefone para ela. Silencio e pausa - Peça para alguém da minha família trazer o jornal. Disse: Se o senhor quiser, quando venho de casa, no início da manhã, posso lhe trazer o jornal do dia anterior. - Não, quero o jornal do dia. escreveu Pedro Qual a análise da situação???
56 Psicológia: Soraia R.G. Souza. Ref. Luciana Sloka REFERÊNCIAS CAVALCANTI DR. Comunicação do diagnóstico de doença grave (câncer) ao paciente: quem? quando? como? por que? Pan-American Family Medicine Clinics Vol. 1/2005. MATOS JS. A influência das reações emocionais de familiares na recuperação de pacientes com câncer. Belém, CARVALHO MM. Psico-oncologia: história, características e desafios. Psicol. USP vol.13 no.1 São Paulo LeSHAN, L. O câncer como mutação: um manual para pessoas com câncer, seus familiares e profissionais de saúde. São Paulo, Summus, Kubler-Ross, Elisabeth. Sobre a morte e o morrer. 7ª edição. São Paulo: Editora Martins Fontes, GHEZZI, MIL. Convivendo com o ser morrendo. Porto Alegre. Ed. Sagra BOEMMER mr. A morte e o morrer. São Paulo. Editora Cotez KOVÁCS MJ. Morte e desenvolvimento humano. São PauloEditora Casa do Psicólogo, 1992.
57 TODA VEZ QUE EU DOU UM PASSO O MUNDO SAI DO LUGAR (SIBA) OBRIGADA!!!
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