A PRÁTICA DE ALFORRIAS EM RIACHÃO DO JACUÍPE-BA ( )

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1 1 A PRÁTICA DE ALFORRIAS EM RIACHÃO DO JACUÍPE-BA ( ) Eliete Mota Ferreira * Corria-se o ano de 1873, quando a crioula Maria e seu filho Manoel, ambos empregados no serviço da lavoura, aproveitaram o momento do arrolamento dos bens deixados pela senhora Anna Joaquina de Jesus Rios e fizeram a seguinte proposta: Maria declarou que oferecia em favor da liberdade a quantia de duzentos e vinte mil réis e juros vencidos e que foi apresentado a título de crédito pelo senhor e herdeiro Inocêncio Martins Rios, irmão da falecida. Seu filho Manoel, propôs em favor de sua liberdade a doação [de 14 reses] que lhe fizera sua falecida senhora [por ter] rubricadas cento e quatorze cabeças de gado vacum avaliadas por 30 mil réis cada uma, além da quantia de 187$654 mil réis que lhe coube como herdeiro da terça parte dos bens inventariados a pedido da sua senhora. 1 A história de Maria e de Manoel indica de que forma homens e mulheres escravizados poderiam obter a alforria em Riachão do Jacuípe. A auto compra da alforria foi uma das possibilidades vislumbradas e mais recorrente. Na obtenção desse intento, os cativos utilizavam diversas estratégias para angariar recursos; buscavam formar um pecúlio proveniente de suas economias adquiridas do próprio trabalho a terceiros ou aos(as) proprietários(as) e, ao mesmo tempo, procuravam negociar as melhores condições de trabalho e pagamento da alforria, como foi o caso supracitado, além de outras possibilidades possíveis na micropolítica cotidiana (BELLINE, 1988). Logo, o presente estudo visa analisar as experiências dos sujeitos escravizados em busca da alforria em Riachão do Jacuípe, no sertão do Tocós-Bahia, nas últimas décadas da escravidão no Brasil ( ) com o intuito de perceber as estratégias empreendidas pelos sujeitos alforriados, os recursos acionados e os significados possíveis de liberdade, em especial, entre as mulheres por se destacarem nesse * Graduada em História pela Universidade Estadual do Estado da Bahia, campus XIV. Mestranda em História Regional e Local pela UNEB, campus V. Bolsista pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CAPES. elietmota_f@hotmail.com.br.

2 2 processo histórico. Investiga-se ainda de que forma a conjuntura política e socioeconômica repercutiu na aquisição da manumissão, em particular, a legislação de 1871 a qual legalizou uma série de direitos conquistados pela população negra na política de alforria. Ao longo dos oitocentos, Riachão do Jacuípe passou por diversas transformações sociais, deixou de ser freguesia para se tornar vila, em Nesta mesma data, o seu território foi ampliado devido à integração da freguesia de Conceição do Coité e Gavião, com as quais tinha bastante vínculo comercial e político, principalmente com a primeira. Segundo o censo demográfico de 1872, Riachão do Jacuípe tinha habitantes, 85,9% da população era composta por pessoas de cor, incluindo livres e cativos. 3 A população escrava representava 6,4%, um percentual considerável para uma região eminentemente pobre, cuja classe proprietária escravista distribuía-se entre os pequenos agricultores de poucas condições financeiras com plantéis majoritariamente formados entre um a cinco cativos. Quanto ao sexo dos cativos, o censo informa que 53,9% da população cativa era composta por mulheres e 46,1% por homens. Esse dado evidencia um certo equilíbrio na composição das propriedades escravistas, este fator fica ainda mais evidente nos inventários examinados. A economia local baseava-se essencialmente na pecuária e na agricultura. A criação extensiva associada com a plantação dos mantimentos de subsistência como mandioca, milho, feijão, aipim e algodão constituíam as principais fontes de renda, além de garantir a sobrevivência dos sertanejos livres e cativos. O uso da mão de obra escrava, em tais atividades, foi amplamente utilizado pelos pequenos proprietários, apesar de haver na região grandes propriedades escravocratas, que também aderiram a policultura. Em suma, este aspecto revela a composição da sociedade escravista em Riachão, na segunda metade do século XIX, um espaço social, onde homens e mulheres buscaram conquistar a tão esperada carta de alforria. A análise de documentos cartoriais e eclesiásticos permitiu identificar 93 alforrias em Riachão do Jacuípe. 4 As alforrias examinadas, neste estudo, foram localizadas em livros de notas (52), inventários (34) e registros de batismos (7). Importa ressaltar que foram identificadas outras formas de almejar a liberdade na região 5, mas aqui daremos ênfase as cartas de alforrias concedidas no âmbito privado, na relação senhor(as), escravos(as) e forros(as).

3 3 No que tange a prática de alforria no Brasil, a historiografia tradicional tem apontado o fenômeno das manumissões como um evento típico dos centros urbanos por diversos fatores. Em Campinas, Peter Eisenberg (EISENBERG, p. 252) contabilizou alforrias no decorrer do século XIX, as quais libertaram cativos. Kátia Mattoso (MATTOSO, 1982, p. 193) identificou cartas de alforria em Salvador entre 1684 e Contudo, alguns estudos têm se distanciado desta tendência historiográfica, demostrando que no meio rural a aquisição da alforria também se fez presente, às vezes, até com bastante frequência. Kátia Lorena Almeida (ALMEIDA, 2007, p.13) identificou alforrias, durante este mesmo período, em Rio de Contas, no Alto Sertão da Bahia. Na região de Feira de Santana Flaviane Nascimento (NASCIMENTO 2012, p. 58) identificou 435 cartas as quais contabilizaram 452 libertos. Esses estudos concentraram-se suas análises nas alforrias nos livros de notas, com exceção de Almeida a qual buscou diversificar suas fontes utilizando-se de testamentos, inventários post-mortem e registros de bastimos. Desta forma, a autora aponta novas perspectivas para o estudo da temática no sertão baiano. A quantidade de alforrias registradas em Riachão do Jacuípe não foi tão numerosa como nas demais regiões supracitadas de caráter rural. No entanto, à luz da análise qualitativa, e às vezes quantitativa, podemos apreender as experiências dos sujeitos alforriados e as especificidades da prática de alforrias no sertão do Tocós 6, cujo tema ainda se encontra incipiente na região. Numa sociedade escravista de pequenos proprietários, essencialmente pobre, distante dos centros urbanos como os sujeitos escravizados de Riachão conseguiram lograr a alforria? Quais foram os principais recursos acionados? E quais os significados da liberdade vislumbrados pelos cativos através pela da alforria? Estas são algumas questões norteadoras que abordaremos no decorrer deste estudo. Carta de alforria: breves considerações A alforria, portanto, era um ato jurídico pelo qual o(a) proprietário ou proprietária transferia o título de posse que tinha para a pessoa alforriada. Em suma, a liberdade pela alforria é um dispositivo legal (MATTOSO, 1982, p. 177), significava uma mudança de vida e de condição jurídica, deixava de ser uma pessoa escravizada para se tornar liberta, apesar de não

4 4 garantir o exercício da cidadania e nem os direitos políticos e civis (CHALHOUB, 2010, p. 39). Todavia, os sujeitos alforriados adquiriam não somente a sua inserção jurídica no mundo dos livres, mas sobretudo, maior autonomia sobre sua força de trabalho, e principalmente, sobre suas vidas. A carta de alforria representava uma prova legal da liberdade jurídica, e para evitar possíveis contestações, o senhor ou a pessoa alforriada solicitava o registro da cópia da alforria nos livros de notas. Contudo, nem todas as alforrias precisavam de averbação. A alforria adquirida no decorrer de um inventário, como foi o caso de Maria e de Manoel, abordado na introdução deste estudo, não precisava de registro, pois como havia a obrigatoriedade de o testamento e o inventário post mortem serem fechados por uma sentença judicial, eles eram, por si mesmos, considerados como firmes e valiosos perante a lei (ALMEIDA, 2007, p. 137). A alforria nos registros de batismos também dispensava a averbação, no entanto, uma vez solicitada, em nenhum dos casos impedia-se o registro. De certo, comprovamos que os sujeitos alforriados nos inventários e na pia batismal não registraram suas alforrias em livros de notas, isso prova que, de fato eram documentos legais perante a sociedade da época. Cientes da importância do registro da carta de alforria, homens e mulheres alforriados foram pessoalmente ao tabelionato de notas da comarca de Riachão do Jacuípe solicitar o registro da alforria. Quase a metade das alforrias nos livros de notas em Riachão foram registradas a pedido dos alforriados, entre homens (27%) e mulheres (21,6%). Alguns destes(as) solicitaram no mesmo dia da concessão da carta, a exemplo de Luis e Luiza, 7 e os demais, não esperaram muito tempo. Verificou-se também que, a classe senhorial compareceu ao cartório com mesmo intento, o que corresponde a 40,6% das alforrias, por vezes, alguns destes, incumbiram a tarefa a seus respectivos procuradores e parentes mais achegados. Notou-se ainda que algumas alforrias foram registradas por pessoas próximas que tinham algum vínculo afetivo com as mulheres forras, como os seus cônjuges. O que motivou os libertos de Riachão em registrar o mais rápido possível suas alforrias? Quanto aos tipos de alforrias; poderia ser adquirida a título oneroso ou a título gratuito. As alforrias onerosas normalmente estabeleciam um valor a ser pago em dinheiro ou em mercadorias, ou podiam ainda estipular uma cláusula a ser cumprida pelo libertando como

5 5 prestação de serviço por certo tempo ou até a morte do proprietário (a). Já as manumissões gratuitas, ou preferencialmente incondicionais, não acarretavam um custo financeiro e nem impunham qualquer tipo de condição. Alforrias: Do costume à legalidade A prática de alforrias no Brasil foi um costume enraizado, na maior parte das vezes, no âmbito privado entre a classe senhorial e escravizados, que vigorou até os últimos anos do sistema escravista. Tal costume apresentou taxas significativas de manumissões, diferentemente das sociedades escravistas modernas, no norte da América, onde a concessão da alforria era, em suma, controlada pelo governo (KLEIN, 2012). No Brasil, o poder público sempre foi cauteloso quando o assunto envolvia a população escravocrata, pois havia um certo temor em minar com o comércio mais lucrativo das elites proprietárias a escravidão. Logo, sua interferência na política de alforria até 1871, foi ponderada, concedendo manumissões geralmente em ocasiões especiais, por vezes, por sentenças judiciais (GRINBERG,1994). Todavia, nas décadas finais do escravismo, quando já apresentava sinais do seu declínio, o governo Imperial, sob pressões das classes subalternas, resolveu tomar partido da política de alforrias, passando a interferir diretamente num direito usualmente privado da classe senhorial. A legislação imperial de nº 2.040, promulgada em 28 de setembro de 1871, ou a Lei do Ventre Livre, como é conhecida, legalizou uma série de direitos costumeiros já conquistados pela população negra escravizada, com destaque, a permissão de formar um pecúlio com o acúmulo de suas economias provenientes de heranças, legados, serviços, esmolas, doações, entre outros, além da possibilidade de acionar a justiça, considerado o mais importante dos dispositivos legais a favor da liberdade nas últimas décadas da escravidão (CHALHOUB, 1990). 8 Vale ressaltar que, as disposições mais importantes da legislação foram arrancadas pelos escravos às classes proprietárias, sendo assim, a Lei nada mais foi, do que uma conquista dos escravos (Idem, p ). É nesta conjuntura que, analisaremos a prática de alforria em Riachão nas últimas décadas do escravismo. Com o intuito de perceber a repercussão da lei de 1871, busquei

6 6 classificar as manumissões em dois períodos: entre 1850 a 1871, e a partir da legislação, em 28 de setembro 1871 a 1888 (ver tabela 1). TABELA 1: Tipos de alforrias em Riachão do Jacuípe, Períodos Tipos/Gênero Nº M Nº H Nº C Total (%) Nº M Nº H Nº C Total (%) Condicionais , ,4 Pagas , ,9 Incondicionais , ,3 Paga e condicional , TOTAL , ,6 FONTE: FDAR - Livros de notas, inventários e registros de batismos; CEDOC: Livros de notas. *Nº M: Número de Mulheres; Nº H: Número de Homens; Nº C: Número de Crianças; A análise das alforrias por período, como podemos observar na tabela acima, indica que o número de alforrias em Riachão do Jacuípe, no primeiro recorte cronológico ( ), foi bem mais inferior do que no seguinte, atingindo apenas a metade do percentual das manumissões. Ainda neste período, praticamente metade das alforrias entre mulheres, homens e crianças foram pagas, sendo o número de forras superior aos demais. Já a alforria incondicional, foi mais favorável às crianças, contudo das sete alforrias concedidas na pia batismal, apenas três não foram pagas. Nota-se ainda, que aparentemente, as mulheres tiveram mais dificuldades de lograr a alforria do que os homens, visto que o percentual destes foi um pouco mais elevado. Qual a explicação para o baixo índice das alforrias no primeiro período? Na segunda metade do século XIX, o Brasil passou por várias transformações sociais e políticas que devem ser levadas em consideração na análise das alforrias em Riachão, assim como em outras regiões. Em síntese, a começar pela supressão do tráfico legal de escravos para o Brasil em 1850, que intensificou o tráfico interno de cativos, em particular, da Bahia para a região Sudeste (SILVA, 2012). Além desse fator, a província da Bahia teve que lidar com a epidemia de cólera em 1855/56, e com a pior seca do século XIX, a de , as quais afetaram toda a população baiana naquela época, inclusive os sertanejos

7 7 (DAVID, 1993; GONÇALVES, 2000). Há evidências de que tais eventos atingiram significativamente a população livre e escrava de Riachão do Jacuípe, logo, acredita-se que tenham repercutido de alguma forma na aquisição da alforria. 9 O fato é que o número de alforrias dobrou a partir da Lei de As alforrias pagas com o pecúlio dos cativos superaram todas as outras tipologias, a porcentagem de manumissões deste tipo quase triplicou em relação ao período anterior, evidenciando que a estratégia mais eficaz para conquistar a alforria em Riachão do Jacuípe foi por meio da compra, principalmente a partir de A legalização da indenização do seu valor, seja por negociação ou por ordem judicial, foi um grande passo na vida do cativo, o qual buscava constantemente libertar-se do cativeiro. Retomemos o caso de Maria e Manoel, do início do texto. A experiência de Mãe e filho deixa explícito que há muito tempo planejavam comprar a alforria, pois, esta família vinha poupando suas economias e negociando as melhores formas de constituir um pecúlio. Certamente sabiam que, uma vez formado o pecúlio, os herdeiros não poderiam negar a alforria, pois a Lei de 1871, deixava claro que o escravo que, por meio do seu pecúlio, obtiver meios para sua indenização de seu valor, tem direito a alforria. Se a indenização não for fixada por acordo, o será por arbitramento. Nas vendas judiciais ou nos inventários o preço da alforria será o da avaliação. 10 De fato, as alforrias nos inventários só foram identificadas após esta data, especificamente a partir de 1872, e cerca de 76,4% foram adquiridas por pagamento, indício de que a legislação ampliou as possibilidades dos cativos conseguirem a alforria por indenização independente da vontade senhorial. Outro dado importante, ao observar na Tabela 1, é que a alforria condicional não foi uma prática tão frequente em nenhum momento, sendo ainda mais significativa antes de Como já abordei, antes desse período, não havia uma legislação específica que regulamentasse a concessão de alforrias. Até então, o ato de alforriar era fundamentado nas Ordenações Filipinas, as quais a equiparavam a uma doação, sujeita as disposições e restrições gerais (ALMEIDA, 2012), inclusive a revogação legal da manumissão. Em setembro de 1870, Manoel Alves d Oliveira conferiu a carta de alforria a Francisca, por muito bons serviços que me tem prestado se continuar a servir a sim como vai, pretendo por minha morte e de minha mulher deixa la forra como de ventre livre

8 8 nascesse. 11 O que Manoel não sabia é que a anulação da alforria condicional estava com os dias contados, pois um ano depois, a Lei de 1871 proibiu a revogação da alforria condicionada, e ainda delimitou o prazo máximo de sete anos para o cumprimento das cláusulas senhoriais. Até certo tempo, a historiografia defendia a tese que a revogação da alforria foi uma prerrogativa raramente utilizada pela classe proprietária escravista (CHALHOUB, 1990, p, 137), negligenciando veemente um estudo, baseado em ações judiciais, em sua maioria, pela manutenção da liberdade, que contestava tal suposição (GRIMBERG, 2006). Com o passar do tempo e com base em novas evidências extraídas de pesquisas históricas, um recente trabalho do mesmo autor adverte sua afirmação trazendo um novo método de abordagem com intuito de perceber se algumas formas de chegar à manumissão tornavam a pessoa mais vulnerável a tentativas de reescravização (CHALHOUB, 2010, p, 46). Ao que parece, a alforria condicional até 1871, não impedia a possibilidade de revogação por ingratidão e nem os senhores descartavam tal brecha, pois na documentação analisada só percebemos indícios de ameaça de reescravização neste tipo de alforria. Sendo assim, temos duas razões para o aumento das manumissões em Riachão do Jacuípe a partir de 1871; melhores condições para constituir pecúlio e a vigência da Lei de 1871 em favor dos direitos dos cativos na busca pela liberdade. Estudos já comprovaram que a legislação de 1871 repercutiu diretamente na política de alforria, ampliando o número de alforriados através das negociações privadas entre senhores e libertandos, sobretudo no tribunal da justiça, quando não havia acordo por parte dos proprietários (AMARAL, 2008; SILVA, 2007). Convém ressaltar que, qualquer concessão seja pública ou privada foi, em suma, uma conquista dos cativos, e não uma dádiva (SOARES, 2005). Não obstante, é inegável a influência da Lei do Ventre Livre na aquisição da alforria, porém, não podemos deixar passar despercebido suas ambiguidades, pois ao mesmo tempo que libertava o ventre das cativas mães, concedia direitos à classe senhorial para decidir o destino dos seus filhos ingênuos. Assim, a lei de 1871 estabelecia que os filhos de mulheres escravizadas não nasceriam mais cativos e sim ingênuos, tendo ainda os proprietários a obrigatoriedade de criá-los e tratá-los até oito anos completos. Entretanto, atingida esta idade, o Estado colocava nas mãos dos senhores o direito de permanecer com

9 9 eles até 21 anos de idade, podendo usufruir dos seus serviços, ou entregá-los ao governo em troca da indenização no valor de 600$000 mil réis (CHALHOUB, 2003). Isabel Reis salienta que essa prerrogativa senhorial visava retardar o processo de abolição, uma vez que o filho nascido das mulheres cativas a partir de 1871, de acordo com a lei, poderia prestar serviços até 1892 (REIS, 2007, p. 30). De fato, os senhores tinham esta pretensão, pois não localizamos nenhum documento requisitando a indenização do governo, aliás, um deles deixou bem claro suas boas intenções em uma das alforrias examinadas. Quase três anos depois da aprovação da Lei do Ventre Livre, o senhor Bernardo José de Lima Sodré conferiu a alforria a sua cativa Ephygenia, mãe de dois filhos, com a condição de não retirar de minha companhia os seus filhos ingênuos que ficam sujeitos as condições da Lei de vinte oito de setembro de 1871, isto é, de me acompanharem até a idade de vinte um anos, visto ter lhe eu concedido o presente título gratuitamente. 12 A condição imposta em troca da alforria sem ônus foi desumana, mas não era incomum perante uma sociedade escravista. Por certo, Ephygenia desconfiasse que enquanto fosse escravizada seus filhos continuariam em cativeiro, mas, talvez em liberdade pudesse buscar reverter sua situação, pois a lei também determinava que uma vez liberta, as mães podiam optar em levar seus filhos ingênuos, a não ser que escolhessem deixar com o senhor. 13 Outra possibilidade, que não se pode ignorar. Contudo, qual o significado da liberdade para uma mãe separada dos seus filhos? Por outro lado, ao libertar o ventre das cativas, teria a legislação encorajado estas mulheres a lutar pela aquisição da alforria a fim de libertar de vez sua prole do cativeiro? Não descartamos esta expectativa devido ao crescimento das alforrias femininas a partir da lei de 1871, todavia, suponhamos que a relação de proximidade com os seus proprietários (as) contribuíram significativamente na obtenção da alforria incondicional, especialmente nos últimos anos do escravismo. Ademais, o protagonismo das mulheres na conquista da alforria envolve diversos fatores, não restringido a estes apenas. Em síntese, a análise das alforrias em Riachão do Jacuípe aponta que a estratégia mais recorrente para obter a liberdade foi por meio da compra e da negociação, uma vez que a autonomia necessária para angariar recursos com este intento dependia da relação entre senhor-cativo na micropolítica cotidiana. Além disso, a conjuntura socioeconômica e política

10 10 foi mais favorável a aquisição da alforria nas duas últimas décadas da escravidão do que anteriormente. Apesar de atitudes mesquinhas como a do senhor Sodré, o fato é que, com a aprovação da lei de 1871, a alforria deixara de ser mera concessão e tornara-se um direito ampliando as chances dos cativos conquistarem a tão sonhada liberdade (AMARAL, 2008, p. 44). REFERÊNCIAS ALMEIDA, Katia Lorena Novais. Alforrias em Rio de Contas, século XIX. Dissertação de mestrado: UFBA, Salvador, AMARAL, Sharyse Piroupo do. A Lei, as cartas e o silencio senhorial: uma analise das alforrias na Cotinguiba ( ), in Revista do Intituto Histórico e Geográfico de Sergipe, n. 37, IHGS-Sergipe, 2008, (pp.27-51). BELLINI, Ligia., Por amor e por interesse: a relação senhor-escravo em cartas de alforria, João José Reis (Org.), Escravidão e invenção da liberdade, São Paulo, Editora Brasiliense, 1988, pp CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na corte. São Paulo: Cia das Letras, Machado de Assis: historiador. São Paulo: Companhia das Letras, Precariedade estrutural: o problema da liberdade no Brasil escravista. (século XIX). Revista História Social, n. 19, 2010, UNICAMP, Campinas-SP, p DAVID, Onildo Reis. O inimigo invisível: a epidemia da cólera na Bahia em Dissertação (Mestrado em História) - UFBA, EISENBERG, Peter. Ficando Livre: as alforrias em Campinas no século XIX. In: : Homens Esquecidos: escravos e trabalhadores livres no Brasil Séculos XVII e XIX. Campinas, Ed. da UNICAMP, 1989, pp FREIRE, Luiz Cleber Moraes. Nem tanto ao mar nem tanto à terra: agropecuária, escravidão e riqueza em Feira de Santana, Feira de Santana, UEFS Editora, GONÇALVES, Graciela Rodrigues. As secas na Bahia do século XIX: sociedade e política. Dissertação (Mestrado em História), Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2000.

11 11 GRIMBERG, Keila. Liberata: a Lei da Ambiguidade. Rio de Janeiro: Relume Dumará, GRINBERG, Keila. Reescravização, direitos e justiças no Brasil do século XIX, in LARA, Silvia H. e MENDONÇA, Joseli M. N., orgs., Direitos justiças no Brasil. Ensaios de história social. Campinas, Editora da UNICAMP, 2006, pp KLEIN, Hebert. A Experiência afro-americana numa perspectiva comparativa: a situação atual do debate sobre a escravidão nas américas. Revista Afro-ásia, [on line]. 2012, vol.45, pp , MATTOSO, Kátia M. de Q. Ser escravo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, NASCIMENTO, Flaviane R. Viver por si: histórias de liberdade no agreste baiano oitocentista (Feira de Santana, ). Dissertação (Mestrado em História)-UFBA, REIS, Isabel Cristina dos. A família negra nos tempos da escravidão: Bahia , Campinas, SP, (Tese de Doutoramento-UNICAMP), SILVA, Ricardo Tadeu Caíres. Caminho e descaminhos da abolição. Escravos, senhores e direitos nas últimas décadas da escravidão (Bahia, ) Tese (Doutorado em História Social) Setor de Ciências Humanas, letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. SOARES, Márcio de Souza. A dádiva da alforria: uma proposta de interpretação sobre a natureza das manumissões antes da promulgação da Lei do Ventre Livre, II Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional, Porto Alegre, NOTAS 1 FDAR: Inventário de Anna Joaquina de Jesus. Ano, APEB, Presidência da província, Seção colonial e provincial, Série Câmara, ( ), Riachão do Jacuípe, maço 1331, correspondências de 25 de outubro de IBGE, Recenseamento de Disponível em: htt://biblioteca.ibge.gov.br. Acesso. 24 de jul. 2016, pp, e A maior parte das fontes utilizadas foram localizadas no Fórum Desembargador Aberlard Rodrigues FDAR de Riachão do Jacuípe, atualmente esta documentação o foi transferida para o Centro de Documentação da - Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS - Ba, exceto os Livros de Notas que permanecem até o momento no mesmo local. Os registros de batismos estão disponíveis no site: Acesso. 11/05/16. Vale informar que neste estudo incluir (20) alforrias da freguesia de Conceição do Coité, localizadas no Centro de Documentação CEDOC da Universidades Estadual da Bahia UNEB, campus XIV, por ter percebido que algumas alforrias desta localidade foram registradas no tabelionato de Riachão do Jacuípe, além de ter feito parte desta comarca durante um certo período ( ) em estudo.

12 5 Identifiquei ainda que em Riachão 57 cativos foram libertos pelo fundo de emancipação, além de uma ação de arbitramento de uma escrava a favor da liberdade, um contrato de serviço com a mesma finalidade, além de uma fuga de uma cativa, que a consideramos também como uma forma possível de obter a liberdade. 6 Sobre o conceito e delimitação espacial no que tange ao Sertão do Tocós ver, particularmente FREIRE, Luiz, Nem tanto ao mar nem tanta à terra, FDAR. Livro de notas, nº 4, folha, 23, ano, 1863; AFDAR. Livro de notas, nº 4, folha, 36, ano, 1864; 8 Ver Coleção das Leis do Império do Brasil de 1871, Tomo XXXI, Parte I, Rio de Janeiro, Typ. Nacional, Disponível em: www2.camara.leg.br. Acesso: 03 de mai. 2016, p, Ao consultar os registros de óbitos de Riachão, observei que no ano de 1856, a cólera dizimou trinta e seis pessoas, sete destas eram cativos, o equivalente a 19,6% das vítimas. Sobre as consequências da seca no sertão do Tocós ver FREIRE, op. cit., 2011, pp, Ver, particularmente, o art. 4º. 2º Coleção das Leis do Império do Brasil de 1871, po.cit., CEDOC-Livro de notas, nº 01, folha, 128. Ano, CEDOC-Livro de Notas, nº 01, folha, 24. Ano, Ver, o artigo 1º da Lei: Coleção das Leis do Império do Brasil de 1871, op. cit., p, ,

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