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1 e) "0;""'" "_,,, _" '"."".,,". '" ''" Co,", DA AGRICULTURA - MARA Empress Brasileirs de Pesquisa Agropecutlria - EMBRAPA (0)MINISTERIO UEPAE de SIlo Carlos SIlo Carlos. SP. REXXlttENDACAo DE CULTIVARES DE AVEIA FORRAGEIRA PARA A Rffi-rAO DE sao CARLOS - SP 1 Rodolfo Godoy Luiz Alberto Rocha Batista 1 A aveia, devido a sua al ta produ<;aode materia seca, valor nutri ti JO e resistencia ao pisoteio, e consideradc: '.1l11adas principais forrageiras de inverno no Pais. Sua utiliza<;ao significa a garantia de alimenta<;do Brasi 1 sua area cul ti vada tem aumentado continuamenle, chegando, em 1987, a ha. No Estado de Sao Paulo, no periodo em que a aveia forrageira e utilizada, a produ<;ao de pastagens e s2nsivelmente reduzida devido a A ocorrencia de temperaturas relativamente baixas e a falta de chuvas., - e as especies mais importantes sao: Avena sativa L. (aveia branca), Avena bysantina Koch (aveia amarela) e Avena strigosa Schreb (aveia preta). As duas primeiras sao mais utilizadas para a produ<;ao de graos, embora possam ser utilizadas com duplo proposi to, isto e, produ<;ao de graos e forragem. 1 Eng Q Agr Q., PhD, EMBRAPA - Unidade de Execu<;aode Pesquisa de AmbitoEstadual de Sao Carlos (UEPAEde Sao Carlos), Iit j t I COLABORANDO COM A DIVULGA9AO DA PESQUISA AG Caixa Postal 339, CEP13560, Sao FOL DOOl..~ 4'1'10. ~i FL-l~95 012%
2 A aveia preta e mais utilizada para a produ<;ao de forragem, por sua resistencia a doen<;as e pela falta de valor industrial de seus Em Sao Paulo, a aveia forrageira e cultivada sem irriga<;ao apenas no Sul do Estado, onde ha maior frequencia de chuvas no invemo. Nas demais regioes, e cultivada em areas Umidas (varzeas) ou irrigadas, principalmente consideravelmente. ~ No entanto, a aveia preta e praticamente a Unica op<;ao disponlve1 para plantio, sendo utilizadas sementes produzidas no Sul do poals, pois a produ<;ao comercial de sementes de aveia preta nao e vi ave1 nesta regiao. Assim, desde 1985, a UEPAEde Sao Carlos vem desenvolvenda trabalho de pesquisa com a finalidade de oferecer novas op<;oespara 0 cultivo de aveia forrageira. Para 0 inlcio do trabalho, foi solici tado material a Universidade de Passo Fundo, RS, e a Secretaria da Agricul tura do Rio Grande do 8.11, que em 1985 e 1986, fomeceram as seguintes linhagens e cultivares de aveia: UPF 2, UPF 3, UPF 4, UPF 5, UPF 6, UPF 7, UPF 8, UPF 77090, UPF 78S101, UPF , UPF , UPF 78S115, UPF , UPF , UPF , UPF 80S84, UPF 80266, UPF 81S200, UFRG7806, UFRG794, Coronado, Suregrain e Preta Comum. A partir de 1985, 0 material recebido foi implantado em parcelas de tamanho variavel, de acordo com a disponibilidade de sementes, em caracterlsticas qulmicas descri tas no Quadro 1. Foram efetuadas aduba<;oes no plantio utilizando-se 80 Kg de P /ha (superfosfato triplo) e, em cobertura, apos 0 1Q corte, uti lizando-se 50 Kg N/ha e 50 Kg K 2 0/ha (Sulfato de amonio e Cloreto de potassio, respectivamente).,,& I U COLABORANDO COM A DIVULGA<;Ao DA PESQUISA AGROPECUARIA ~.---_._--
3 meg/100cm 3 Os experimentos foram plantados em linhas espagadas entre si 15 cm tendo sido utilizadas 80 sementes por metro linear. Foram avaliadas as produgoes de materia seca, em dois cortes, aproximadamente aos 70 e 130 dias apos 0 plantio, tendo sido reservada area para a produgao de sementes de cada cultivar ou linhagem. Em1986, foi, tambem, determinada a percentagem de proteina bruta do material testado. Anualmente, 0 material recebido foi Etvaliado para produgao de materia seca e de sementes, tendo sido selecionados os acessos mais promissores para testes no ano seguinte, sendo sempre utilizada a aveia preta como testemunha. Para 0 ultimo ano de testes, 1988,foram selecionadas seis cultivares ou linhagens. 0 quadro 2 mostra a produgao de materia seca media de 3 anos (1986, 1987 e 1988) desse material. No periodo, e importante ressal tar, nao foram registradas ocorrencias significati vas r, & 1'1 COLABORANDO COM A DIVULGAQAO DA PESQUISA AGROPEC~_A_R_IA _
4 COMUNICADO TECNICO - -1 Quadro 2. ProdU<;:aode materia seca (MS) de aveia forrageira de acessos sele cionados. Medias de 3 anos. Produc;;ao MS 1 Q corte 2 Q corte Total A B A B A B UPF c a UPF be a a 128 UPF 79S be ab a 123 UPF a cd ab 115 UFRG79A 3009 be be ab 114 UPF ab cd ab 114 Preta(testemunha) 3157 abc c b 100 A - Kg/ha B - Percentagem em relac;;ao a testemunha 1 ' Medias seguidas de letras diferentes, dentro de cada coluna, diferem estatisticamente entre si (Duncan, 5%). r, & recomendando, como opc;;ao precoce para a produc;;ao de forragem no invemo, a cv. UPF 3, que em 3 anos, apresentou a maior produc;;ao media, 3755 Kg/ha de materia seca, no 1 Q corte, 70 dias apos 0 plantio, produc;;ao esta 19% superior aquela da aveia preta, tambem considerada precoce. Esta cultivar, segundo Floss (1988), e proveniente do cruzamento Coronado X X1779-2, realizado em Wisconsin (EUA) e foi introduzida no Brasil em Segundo Calvete e Santos (1988), possui graos brancos e foi considerada, apos testes realizados no Rio Grande do Sul, como moderadamente resistente a ferrugem da folha. Alem da otima produc;;ao no 1Q I t1 COLABORANDO COM A DIVULGA9AO DA PESQUISA AGROPECUARIA
5 corte, a cv. UPF 3 apresentou razoavel capacidade de rebrota, produzindo em media, no 2 Q.corte, 4073 Kg/ha de materia seca, 0 que resul tou numa produ9ao media anual de 7828 Kg/ha de materia seca, 100 Kg superior a da aveia preta. De um modo geral, pode-se considerqr que, do ponto de vista de produ9ao de forragem, a produ9ao tardia e mais interessante, pois par ocasiao do 1 Q corte normalmente ainda ha forragem disponivel. Considerando-se ser sempre conveniente a utiliza9ao de varias cultivares em uma determinada regiao, para que sejam diminuidos os riscos de urn possivel ataque de pragas ou doen9as, a UEPAEde Sao Carlos esta recomendando'como OP90es para a produ9ao tardia de forragem no inverno, as cvs. UPF2; UPF7 e a linhagem UPF79S115. A cv. UPF 2 apresentou elevada capacidade de rebrota, que resul tou na produ9ao media do 2 Q corte de 6255 Kg/ha de materia seca, 7Cf/o superior aquela proporcionada pela aveia preta. A produ9ao media anual obtida foi de 8802 Kg/ha de materia seca. Esta cul ti var foi selecionada a partir de uma linha pura originaria da Universidade de Wisconsin (EUA), proveniente do cruzamento Santa Maria X Jaice. Segundo Calvete e Santos (1988), possui graos amarel"'do::"p rr -..Jrou-se susceptivel, no Rio Grande do Sul, a ferrugem da folha. Embora nos testes realizados em Sao Carlos, SP, ela nao tenha apresentado sintomas da doen9a, e conveniente observa sua rea9ao a campo nos primeiros anos de plantio na regiao. A cv. UPF 7 apresentou produ9ao no 2 Q corte de 5975 Kg/MS/ha, 63% superior a da aveia preta. Esta alta produ9ao, fez com que, embora sua produ9ao no 1Q corte fosse inferior, sua produ9ao media total fosse ainda 28 % superior a da aveia preta. A cv. UPF7, nos testes realizados no Rio Grande do Sul foi considerada resistente a ferrugem da folha. Esta cul tivar possui gl'aos amarelos e e proveniente de material introduzido no Brasil da gera9ao F3, do cruzamento TCFP X Tanto seu, ; & 1 '1 COLABORANDO COM A DIVULGA<;Ao DA PESQUISA AGROPECUARIA
6 comportamento no Sul do Pais, como nos testes realizados em Sao Carlos, recomenda, portanto, sua utilizac;ao, por sua resistencia a doenc;as e elevada produc;ao de forragem. A linhagem UPF 79S115 teve comportamento semelhante as duas anteriores, produzindo no 2 Q corte 5553 Kg MS/ha, 51% a mais que a aveia preta, 0 que proporcionou produc;ao media total 23% superior a da testemunha. Esta linhagem e proveniente de selec;ao efetuada em Kansas (EVA) na cultivar forrageira Cherokee, identificada como Cherokee Foi introduzida no Brasil em 1975 e, em func;ao de sua boa reac;ao a doenc;as e aptidao forrageira, 0 material foi incluido em ensaios de rendimentos de forragem. No Rio Grande do Sul, nao foi lanc;ada como cul tivar pois apresentou rendimentos de forragem menores que as aveias pretas. Todavia, em func;ao do seu excelente desempenho como produtora de forragem nos testes de Sao Carlos, a UEPAEvem recomendando seu plantio nesta regiao. A linhagem UPF 79S115 que vem sendo provisoriamente, chamadade cv. "Sao Carlos", possui graos amarelos. As tres cul tivares tardias apresentaram teores de proteina mostra 0 Quadro 3. No 2 Q corte, os teores de proteina semelhantes, porem inferiores aos obtidos no 1 Q corte. Quadro 3. Teores de proteina bruta (PB) das cul ti vares recomendadas para plantio na regiao de Sao Carlos, SP. CULTIVAR 1 Q corte 2 Q corte %PB A %PB A UPF2 26, , UPF3 18, , UPF7 23, , Sao Carlos (79S115) 24, , Preta (testemunha) 20, , A - Percentual em re lac;ao a testemunha Ltc,,~ COLABORANDO COM A DIVULGA<;Ao DA PESQUISA AG~OPEC~~RIA
7 COMUNICADO TECNICO --l ocorr'e com a aveia preta. Em tres anos, a aveia preta produziu em media, 236 Kg/ha de graos, enquanto as cvs. Sao Carlos, UPF 2, UPF 7 e UPF 3 produziram, respectivamente, 877, 1155, 1511 e 2009 Kg/ha de graos p. CALVETE,E.O. & SANTOS, M.A. Caracteriza<;ao e avalia<;ao de germoplasma de aveia. In: REUNIAODE PESQUISA DE AVEIA, 8., Porto Alegre, de abril de FLOSS, E.L. 0 melhoramento genetico da aveia. Suplemento Agricola 36 (1751):24, FLOSS, E.L. Evolu<;ao e resultados de pesquisa de aveia na UPF-1977/1989. Jomal em aberto UPF 1(6):4-7, r ' ~I t 1 COLABORANDO COM A DIVULGA9AO DA PESQUISA AGROPECUARIA
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