VI Jornada de Estudos Antigos e Medievais Trabalhos Completos ISBN:

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1 A EDUCAÇÃO NO SÉCULO XII: LITERATURA E FILOSOFIA, RAÍZES DA UNIVERSIDADE MEDIEVAL CARRASCO, Michelle Cristina Irie - UEM OLIVEIRA, Terezinha - DFE-PPE-UEM I. INTRODUÇÃO Este projeto de pesquisa tem como questão central entender como a literatura (Chrétien de Troyes) e a filosofia (Hugo de Saint-Victor) do século XII expressaram as grandes transformações que a sociedade ocidental estava sofrendo e, ao mesmo tempo, influenciaram o nascimento de uma das principais instituições de ensino do medievo, a Universidade. Para estudarmos o surgimento das idéias de Hugo de Saint Victor e da literatura de Troyes, acreditamos ser necessário entender, ao menos em linhas gerais, os acontecimentos históricos que deram origem a eles, uma vez que pensamos os processos educativos sempre vinculados à sua época, ou seja, ao seu contexto histórico. De início, destacamos que o surgimento da obra Da arte de ler e dos Romances de cavalaria tiveram uma mesma origem e um mesmo contexto histórico. Ambos derivaram da implantação do sistema feudal no Ocidente medievo. II. DESENVOLVIMENTO O desenvolvimento e a institucionalização do sistema feudal possibilitaram que novos laços sociais fossem sendo tecidos entre os homens. O fato de os homens fixarem suas residências em um local permitiu que os laços familiares se tornassem mais estreitos e duradouros. A construção de casas mais seguras e protegidas dos saques e pilhagens propiciou mais segurança à vida dos homens que compunham essa sociedade. O estabelecimento de regras de convívio mais claras e objetivas (evidentemente dentro das condições históricas existentes) permitiu o nascimento de costumes mais amenos e polidos. Segundo Guizot (1907), sempre que uma certa paz principia a existir entre os homens, logo nasce um foco de luz, permitindo o desenvolvimento da civilização na sociedade. Esse foco teve seu princípio quando

2 surgiram as cortes no interior dos castelos feudais 1. Nelas veremos desenvolverem as narrativas orais sobre lendas passadas. Nelas também veremos o surgimento da exaltação da beleza feminina e da coragem do herói cavaleiro. Assim, ao mesmo tempo em que os homens começam a organizar suas vidas sob princípios distintos daqueles fundamentados nos saques e nas pilhagens, comuns às tribos nômades, principiam, também, a gestar um novo modo de vida que, paradoxalmente, traz em si elementos do novo e do velho comportamento e que se expressa claramente no personagem social personificado no cavaleiro. O que observamos nas novelas e romances de Chrétien de Troyes são alguns aspectos que tornaram o homem mais civilizado. O desejo de um jovem era ser sagrado cavaleiro pelo seu senhor, passar a ser seu vassalo e, conseqüentemente, assegurar sua vida na corte. O cavaleiro era uma pessoa que se diferenciava das outras: tinha, em tese, compromissos para com a sociedade. Ele tinha regras de comportamento que jurava cumprir quando entrava para a Ordem e que iam lapidando sua forma, transformando-o. Aos poucos, os hábitos nômades foram substituídos pelos da polidez e refinamento, necessários ao galanteio, aos torneios, enfim, à nova sociedade que estava brotando na corte. Na verdade, trata-se de um momento de transição no qual a polidez e o refinamento principiam serem almejados, construídos. Aliás, no romance cortês, o cavaleiro aparece quase sempre como a figura de gentileza, da humildade, da honra e de bons modos. Então, discretamente interrogaram-no a seu respeito, ao que explicou que vinha da corte do magnânimo Arthur, o rei mais nobre da Távola Redonda, e que quem agora tinham ali sentado era o próprio Sir Gawain, o qual havia chegado por sorte, por causa do Natal. Muito forte riu o senhor do castelo quando soube quem era o cavaleiro a quem a fortuna trouxera à sua morada, transmitindo sua ventura e alegria a quantos homens se alojavam em sua casa, os quais acudiram ansiosamente por ver e conhecer aquele que reunia em sua pessoa todo o valor, gentileza e modos, e conquistava incessantes elogios, pois era o mais elogiado dos homens da terra. De modo que cada um dos cavaleiros comentava em voz baixa com o seu vizinho: - Agora poderemos apreciar os modos mais finos, e as maneiras mais gentis no diálogo. Sem tê-lo pedido, vamos escutar o estilo impecável da conversação, já que temos entre nós este pai da boa criança. Deus foi 1 Ressaltamos que não estamos nos referindo, por ora, as cortes palacianas da nobreza e da realeza, que surgiram no final da Idade Média e no início da modernidade. Evidentemente a idéia dessas cortes nasce das cortes feudais, mas são espaços e comportamentos distintos.

3 verdadeiramente generoso conosco, por trazer-nos um hóspede como Gawain, na hora em que os homens se sentam felizes em volta da mesa para cantar com honra o nascimento de Cristo. Este cavaleiro nos ensinará, espero, o que é o amor cortês (TROYES, 1998, p. 30, grifo nosso). Na passagem acima fica explícita a importância que os homens da corte principiavam dar aos hábitos polidos. Na verdade, não só admiravam o refinamento do herói como desejavam espelhar-se em seus modos para com eles também aprenderem a linguagem da conversação e a polidez do comportamento. Essas características tornam-se a tônica no romance cortês. Assim, o personagem do rei 2 e do cavaleiro são sempre descritos com características muito próximas da perfeição. Era natural que fossem apresentados dessa maneira pelos trovadores nos jograis e que a própria sociedade os vissem dessa forma, pois se tratava de criar novas formas de agir socialmente. Vimos, até o momento, o cavaleiro do Romance Cortês e o seu papel social no Ocidente medieval do século XII. Passemos agora a descrever o homem de novos saberes, que vimos emergir em virtude do desenvolvimento do feudalismo: os habitantes das cidades e, com eles, uma nova proposta educativa. O renascimento das cidades no Ocidente tem diversas explicações como, aliás, todos os grandes temas que causam polêmica na história. Temos a tese consagrada de Henri Pirenne, exposta na obra As Cidades da Idade Média. Nela, o autor apresenta três hipóteses prováveis para o nascimento das cidades medievais. Na primeira delas, afirma que as cidades medievais surgiram em decorrência da manutenção das cidades romanas que, mesmo em ruínas, permaneceram como sedes episcopais. Na segunda, aponta para os locais de confluências comerciais, como nas encruzilhadas de estradas e de rios e, uma última, na qual considera as grandes feiras como uma das origens prováveis para o surgimento das cidades. Contudo, embora apresente como uma das possíveis origens das cidades medievais a conservação das cidades antigas, o autor é categórico no que diz respeito à importância do comércio para o surgimento das cidades em geral. 2 Afinal, o rei é ainda somente um grande cavaleiro, pelo qual se tem respeito e, na maioria das vezes, tem-se para com ele o compromisso de vassalagem e fidelidades. Contudo, não se caracteriza como governante como o veremos séculos mais tarde.

4 Em nenhuma civilização a vida urbana se desenvolveu independentemente do comércio e da indústria. A diversidade dos climas, dos povos ou das regiões é tão indiferente a este facto como a das épocas. Impõe-se no passado às cidades do Egito, da Babilônia, da Grécia, do Império ou do Império Árabe, como hoje se impõe às cidades da Europa ou da América, da Índia, do Japão ou da China. A sua universalidade explica-se pela necessidade. Um aglomerado urbano, com efeito, só pode subsistir pela importação de gêneros alimentícios [...] O comércio e a indústria são indispensáveis para a manutenção desta recíproca dependência: sem a importação que assegura o reabastecimento, sem a exportação que a compense com objetos de troca, a cidade morrerá. (PIRENNE, 1989, p.109). Ao demonstrar a estreita relação existente entre as cidades e o comércio, o autor explicita o fato de que é o comércio que impulsiona a existência das cidades, seja na Antigüidade, na Idade Média ou na atualidade. Entretanto, no que diz respeito às cidades medievais, Pirenne acentua um caráter ainda mais peculiar da relação de dependência que as cidades mantinham com o comércio. Enquanto em outras épocas históricas o habitante das cidades mantém um certo vínculo com o campo (como, por exemplo, na Antigüidade), os habitantes das cidades medievais vinculam, estritamente, suas existências ao movimento da urbis. As cidades da Idade Média apresentam-se um espetáculo muito diferente. O comércio e a indústria fizeram delas o que elas foram. Não cessaram de crescer sob a sua influência. Em nenhuma época se observa um contraste tão nítido como o que se opõe a sua organização social e econômica à organização social e econômica dos campos. Nunca antes existiu uma classe de homens tão especificamente, tão estreitamente urbana, como foi a burguesia medieval.. Que a origem das cidades da Idade Média se ligue directamente, como um efeito à sua causa, ao renascimento comercial de que se falou nos capítulos precedentes é uma verdade incontroversa. A prova resulta da notória concordância que se nota entre a expansão do comércio e a do movimento urbano (PIRENNE, 1989, p. 110). De acordo com Pirenne, enquanto em outras épocas históricas os homens das cidades conservaram certos vínculos com o espaço rural que os circundava, sendo inclusive proprietários, na urbis medieva isso não ocorre. O homem da cidade está, para Pirenne, invariavelmente, ligado a esse espaço social. O brilhante medievalista da atualidade Jacques Le Goff possui diversas obras em que analisa o surgimento das cidades medievais. Dentre elas, podemos mencionar O apogeu da Cidade Medieval. Nela ele segue, ainda que de forma distinta, os caminhos

5 trilhados por Pirenne, uma vez que também vincula o surgimento das cidades ao desenvolvimento do comércio. Contudo, em virtude das diferenças teóricas existentes entre ambos, Le Goff analisa as cidades a partir de sua representação e significação simbólica. Dentro dessa perspectiva, Le Goff observa que a cidade medieval tem aspectos que lembram as cidades antigas, especialmente no que diz respeito à simbologia das portas nas muralhas. A defesa das portas, pontos nevrálgicos da muralha, é um dever prioritário. O espaço contíguo à porta, externo e, mais ainda, interno, é um lugar privilegiado para assistir às idas e vindas, intervir no tráfico dos gêneros e dos homens. A cidade medieval é aqui a herdeira da ideologia urbana mais antiga, que sempre sacraliza o espaço ao redor da porta. O aspecto monumental e simbólico dessas portas teve como resultado, por outro lado, sua conservação, às vezes até os nossos dias, em lugares onde a muralha foi destruída há muito tempo (LE GOFF, 1992, p. 24). Assim, ao mesmo tempo em que a cidade é um ambiente fechado e protegido por suas muralhas, a sua porta permite a abertura para o mundo, por conseguinte, é entrada e saída de pessoas e de mercadorias. Nesse sentido, ao mesmo tempo em que é um espaço fechado, é também um espaço aberto para as novidades, especialmente para as oriundas do comércio e das cruzadas. Da mesma forma com que trata simbolicamente como os habitantes das cidades se sentiam diante da porta de entrada da muralha, Le Goff discorre sobre a sua localização geográfica, sobre os forais, sobre as corporações, enfim, trata dos diferentes elementos que compõem a vida citadina no medievo. Além de Pirenne e Le Goff, é preciso fazer uma menção, em linhas gerais, à interpretação de dois autores da Historiografia Romântica Francesa que analisam o surgimento das cidades na Idade Média: Guizot e Thierry. Segundo esses autores, o surgimento das cidades medievais só pode ser entendido em função do desenvolvimento do sistema feudal, pois as cidades surgem em virtude do florescimento da vida, do desenvolvimento de um certo luxo proveniente das mudanças de comportamento dos senhores feudais, em decorrência dos movimentos dos cruzados, e, indubitavelmente, em função do renascimento do comércio. Aliás, esse acontecimento foi essencial para o surgimento das cidades. Contudo, ele só foi possível em virtude da organização social proveniente do sistema feudal.

6 Do ponto de vista de Guizot e Thierry, o surgimento das cidades na Idade Média só pode ser compreendido por meio da luta que os habitantes dos burgos travaram contra seus senhores para obterem a liberdade. Nesse sentido, o renascimento das cidades e do comércio forma e é filho de um mesmo processo: o embate entre as forças novas que expressavam os interesses dos burgos contra os interesses dos senhores feudais. Na verdade, essa explicação histórica para o renascimento das cidades está inserida no motivo político que os levou a estudar Idade Média, ou seja, procuravam demonstrar que a sociedade burguesa é filha de um longo processo que se iniciou na Idade Média, quando da luta pela emancipação das comunas medievais. Assim, ao demonstrarmos as diferentes interpretações acerca das origens das cidades medievais, pretendemos demonstrar o quão difícil é para nós definirmos os caminhos que representam o nascimento das cidades, do comércio e, por conseguinte, da própria Universidade. No entanto, ao mesmo tempo em que é espinhoso definir as origens das cidades e, por conseguinte, analisar os novos modelos de comportamento que surgem nesses espaços sociais, indubitavelmente, algo é legítimo e unânime neste estudo: o fato de que as cidades são filhas do feudalismo. No entanto, paradoxalmente, elas necessitam negar o feudalismo para dar nascimento ao comércio e para obter sua liberdade. É exatamente o embate entre esses dois universos bem diversos que encontramos presente na obra de Hugo Saint Victor, pois, ao mesmo tempo em que ele apresenta um saber comprometido com o mundo feudal, o mundo moderno está tão presente em sua obra que o tempo todo analisa e trabalha com as categorias provenientes da linguagem das profissões liberais. Aliás, ele é um dos primeiros autores a procurar definir o papel e a importância de cada uma das profissões na urbis do século XII e, juntamente com as profissões, procura também definir o papel do intelecto humano nas ações cotidianas. Le Goff nos mostra que até antes do século XI muitas profissões foram condenadas e consideradas ilícitas. Profissões que visavam o lucro do dinheiro eram menosprezadas, pois iam contra a economia natural que vivia desde o tempo primitivo. As profissões que eram consideradas lícitas eram aquelas que criavam ou transformavam coisas, como o camponês e o artesão, pois iam de acordo com o ensinamento cristão de trabalhar à semelhança de Deus, como a criação.

7 A partir do século XII, um novo olhar é voltado às profissões que eram considerada ilícitas e muitas delas são regulamentadas, pois agora se justificam. Mais ainda, a partir do século XII, impõem-se duas justificações da maior importância. A primeira é a preocupação do bem comum - noção que vem para primeiro plano com o crescimento da administração pública, urbana ou dos príncipes, e que recebe a sua consagração na filosofia aristotélica... A segunda é o labor, o trabalho. Longe de continuar a ser motivo de desprezo, sinal de inferioridade, o trabalho torna-se mérito. O esforço despendido justifica não só o exercício de uma profissão, mas o lucro que dá (LE GOFF, 1980, p. 92). Le Goff nos informa que a escolástica teve grande importância na revisão das profissões a serem consideradas lícitas e as que seriam consideradas ilícitas. As profissões que vêm atender às necessidades das pessoas como, por exemplo, aquelas relacionadas ao vestuário e a produtos que não existem em um determinado local e, por isso, são trazidos de outros locais se justificam. Assim o têxtil e o mercador são exemplos de profissões que receberam direitos de cidadania. Vários poetas e teólogos da época escreveram sobre a importância e utilidade da profissão de mercador para a comuna. Por meio das escolas, que se multiplicam, os professores passam a receber para ensinar, pois sua profissão se justifica ao prestar um serviço para o estudante, o seu saber é o seu trabalho, o seu labor. Esse novo olhar para as profissões que antes eram consideradas ilícitas teve grande influência nos séculos posteriores e no surgimento da Universidade no século XIII, pois a partir do momento que lecionar tornou-se uma profissão as portas foram abertas. Illich (2002) faz um comentário da obra de Hugo de San Victor Da arte de ler, procurando explaná-la, fazendo reflexões sobre o que o autor deixou escrito sobre a leitura e sobre o ato de ler. Comenta sobre como uma boa leitura pode trazer a sabedoria, a iluminação e a importância da memória e da história na interpretação dos significados de um texto. Os escritos de Hugo são embasados em Agostinho, pois ele viveu em um lugar que seguia os escritos agostinianos, diz Illich (2002). Hugo estudou muito os textos de

8 Agostinho. Illich (2002) ainda ressalta que os textos de Hugo obedecem minuciosamente os escritos agostinianos, como se fosse uma interpretação. O autor incita seus alunos a lerem tudo, inaugurando a era do livro, que abriria caminho à Universidade e ao espírito aberto para os novos saberes que ela propiciará. Exatamente por isso optamos por, seguindo as pegadas desse autor, analisar as tendências que apontavam para a formação de um novo ser no cenário medievo: o habitante da cidade. Hugo de Saint Victor é um autor importante pelo fato de que uma de suas maiores preocupações foi procurar entender e definir os conceitos que formam os homens do século XII. E no debate que principiava a ganhar corpo entre a filosofia e a teologia, o autor procura definir o sentido e o lugar de cada uma delas deve desempenhar na vida dos homens 3. Hugo de Saint Victor instiga seus alunos à indagação, à disputa, ao debate, às incertezas do conhecimento da natureza que principiava a ganhar corpo no ambiente intelectual que se desenvolvia nas escolas. Aliás, esse movimento nada mais é do que o amadurecimento crescente da Escolástica que dominaria todo o sistema de ensino do século XIII, nas universidades. Hugo dá total importância ao exercício para se ter uma boa memória, bem como já se fazia desde a Antigüidade, ressalta Illich (2002). Sendo que, para uma boa leitura é necessário uma boa memória. Memória e leitura estão entrelaçadas, não se pode entender uma sem a outra. Assim, Hugo diz que é impossível compreender uma leitura sem situar o assunto em um lugar, em um tempo da história. Nesse sentido, Illich (2002) chama a atenção para o fato de que, Hugo foi o primeiro a resgatar o exercício da memória e foi ele quem deu grande importância à memória como principal maneira de se resgatar informações. Ao falar com seu leitor, deixa explícito que primeiramente o indivíduo deve aprender a história para, quando for fazer suas leituras, buscá-la na memória. Se em Hugo de Saint Victor encontramos uma análise das profissões, dos conceitos, as diferenças entre seres inferiores (os homens e a natureza animal e vegetal) e superiores (Deus, anjos e santos), dentre outras questões, nas novelas e romances 3 Acerca dessa questão ver, especialmente, o Livro II da obra Didascálicon. Da arte de Ler.

9 corteses também verificamos a preocupação, por parte desses narradores e autores, em estabelecer determinados modos de comportamento condizentes com um dado segmento social. Assim, em ambas fontes aprendemos como os homens viviam e almejavam ser. III. CONSIDERAÇÕES FINAIS Assim, ao aliarmos o comportamento refinado apresentado pela figura do herói cavaleiro, cortês, do romance de Chrétien, com o homem citadino das artes liberais de Saint-Victor, acreditamos ser possível buscar as raízes das mudanças históricas que possibilitaram o surgimento das corporações universitárias do século XIII. Afinal, os mestres, os alunos e os reitores das nascentes universidades saíram todos ou da nobreza clerical, ou dos burgueses citadinos. Acreditamos que nosso projeto de pesquisa, em nível de iniciação científica, se justifica porque entendemos que um estudo mais aprofundado sobre modelos educativos que vigoraram no passado é extremamente oportuno para nós que estamos nos formando para atuar na área do ensino, ao menos sob dois aspectos essenciais: o do saber e o da prática. No que diz respeito ao universo do saber, consideramos de suma relevância conhecer autores e propostas vivenciadas pelos homens, pois sempre aprendemos muito com eles, especialmente se os considerarmos dentro de seu universo histórico próprio. Dito de outro modo, não o consideramos nem como algo inútil, que deve ser descartado, nem tampouco como detentores da verdade, mas simplesmente como escritos, propostas, homens que viveram em períodos distintos do nosso e que buscaram caminhos para seus problemas, inclusive os da educação. Em última instância, conhecêlos para sabermos que nós também, hoje, não somos a verdade e tampouco a negação do conhecimento passado. Além disso, conhecê-los implica em saber como eles pensaram e agiram diante de suas encruzilhadas e muito provavelmente eles nos ensinarão, ao menos como não devemos proceder. No que diz respeito à prática pedagógica, acreditamos que os homens medievais viveram e realizaram uma forma de ensino que esteve diretamente vinculada à forma de ser da sociedade, seja na corte do senhor, seja no ambiente citadino, portanto, nossa prática docente deve ser, a exemplo dos medievos, condizente com nossas realidades

10 atuais. Logo, devemos aprender com eles que não existem ações e práticas pedagógicas fora da realidade presente e vivida. Assim, não adianta apresentarmos projetos belíssimos se sequer conseguimos que os alunos nos ouçam, não adianta querermos ensinar álgebra se nossos alunos sequer sabem a importância dela para o nosso cotidiano. Nossa intenção, portanto, a partir deste estudo, é entender com mais profundidade a estreita relação existente entre as propostas pedagógicas, os modelos educativos e a realidade histórica vivida, seja no medievo para Hugo de Saint-Victor e Chrétien de Troyes, seja no presente da inclusão social, da progressão continuada, da educação para a cidadania, de novos caminhos para a Universidade, entre outras propostas da atualidade. Assim, acreditamos que nosso projeto se justifica por tentarmos entender de que maneira a história vivida é o fundamento do conteúdo e da ação pedagógica sempre. E se a Universidade vive até hoje apesar de várias mudanças que aconteceram na sociedade e se está se adaptando à época da informática, é porque ela ainda se faz presente e atuante na vida dos homens. Daí a importância, inclusive, de estudar suas raízes. REFERÊNCIAS HUGO DE SAINT VICTOR, Didascálicon- Da arte de ler. Petrópolis: Vozes, LE GOFF, J. O Apogeu da cidade medieval. São Paulo: Martins Fontes, PERNOUD, R. Luz sobre a Idade Média. Lisboa: Europa-América, PIRENNE, H. As cidades na Idade Média. Lisboa: Europa-América, TROYES, C. Romances da Távola Redonda. São Paulo: Martins Fontes, MENDES, C. M. M.; OLIVEIRA, T. Formação do Terceiro Estado: coletânea de textos de François Guizot, Augustin Thierry, Prosper Barante. Maringá: EDUEM, ILLICH, Ivan. En el viñedo del texto- Etologia de la lectura: un comentario al Didascalicon de Hugo de San Victor. México: Fondo de Cultura Econômica, 2002.

11 LE GOFF, J. Para um novo conceito de Idade Média: tempo, trabalho e cultura no ocidente. Lisboa: Editorial Estampa, 1980.

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