COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO

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1 COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO Aluna: Caroline Carneiro Maurício Orientadora: Daniela Trejos Vargas Introdução O objetivo da pesquisa é o estudo das alterações dos instrumentos de Cooperação Jurídica Internacional introduzidas pelo Novo Código de Processo Civil Brasileiro, concentrando-se no instituto da homologação de sentenças estrangeiras, que é de competência do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Cooperação Jurídica Internacional reúne mecanismos pelos quais estados soberanos realizam solicitações uns para os outros de atos públicos, como por exemplo, medidas judiciais, administrativas ou investigativas relacionadas a algum caso específico. De acordo com a doutrina, a Cooperação Jurídica Internacional pode ocorrer de duas formas: (a) ativa, quando é requerida por juiz ou autoridade brasileira; ou (b) passiva, quando é requerida por um juiz ou autoridade de outro país. Ela engloba os seguintes instrumentos: extradição, tratados internacionais, concessão de exequatur de cartas rogatórias, auxílio direto e homologação de laudos arbitrais e sentenças estrangeiras que é o objeto principal deste trabalho. O foco da pesquisa é a investigação das razões por traz das mudanças legislativas sobre as competências exclusiva e concorrente do poder judiciário brasileiro, implementadas pelo Código de Processo Civil de 2015, e suas consequências no mundo jurídico, além da análise da jurisprudência do STJ sobre o tema. A homologação de sentenças estrangeiras permite o reconhecimento de eficácia para atos de conteúdo sentencial proferidos por autoridades competentes estrangeiras, em território brasileiro, que só ocorre após a devida homologação. O STJ, ao homologar sentenças estrangeiras, utiliza o sistema de delibação, pelo qual analisa- se apenas o preenchimento dos requisitos formais para que a homologação possa ser deferida, sem adentrar no mérito da decisão, que não pode ser alterado. Exemplo disso é a SEC 11969, que foi julgada pelo STJ em 16/12/2015. É um pedido de homologação de uma sentença arbitral estrangeira que cumpre com todos os pressupostos formais para o deferimento da homologação. A ementa é a seguinte: SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA. REQUISITOS PARA HOMOLOGAÇÃO. PREENCHIMENTO. 1. É devida a homologação da sentença arbitral estrangeira quando forem atendidos os requisitos previstos nos arts. 34 a 40 da Lei 9.307/96, no art. 15 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro e nos arts. 216-A a 216-N do RISTJ, bem como constatada a ausência de ofensa à soberania nacional, à ordem pública e à dignidade da pessoa humana (Lei 9.307/96, art. 39; LINDB, art. 17; RISTJ, art. 216-F). 2. Não caracteriza ofensa à ordem pública o fato de a sentença arbitral alienígena prever condenação em moeda estrangeira, devendo apenas ser observado que, no momento da execução da

2 respectiva sentença homologada no Brasil, o pagamento há de ser efetuado após a devida conversão em moeda nacional. 3. No juízo de delibação próprio do processo de homologação de sentença estrangeira, não é cabível debate acerca de questões de mérito, tampouco averiguação de eventual injustiça do decisum, conforme aqui pretendido pelas requeridas que visam a rediscutir a responsabilidade solidária da cedente e da cessionária pelo contrato cedido e a data inicial de incidência dos juros moratórios contratuais. 4. Sentença estrangeira homologada. (grifo nosso) Os pressupostos necessários para a homologação de sentença estrangeira são a prolação da decisão por autoridade competente; trânsito em julgado da sentença ou o atingimento de um nível determinado de estabilidade, de forma que os requisitos para a execução tenham sido preenchidos; citação válida do réu ou declaração regular de revelia, de acordo com a legislação nacional; chancela do consulado brasileiro; tradução juramentada da sentença; respeito à ordem pública, soberania e bons costumes brasileiros. O Código de Processo Civil de 2015 determina algumas matérias que são de competência exclusiva do poder judiciário brasileiro e, portanto, não podem ser objeto de homologação. De acordo com o artigo 23, compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; proceder à partilha de bens situados no Brasil, em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. O novo Código também estipula, nos artigos 21 e 22, matérias que são de competência concorrente da autoridade judiciária brasileira. Esses dispositivos estabelecem que compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que o réu estiver domiciliado no Brasil, as obrigações devam ser cumpridas no Brasil, o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil, quando o credor de alimentos for residente ou domiciliado no Brasil, quando o réu de uma ação de alimentos mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos, ações decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil e ações em que as partes escolham se submeter à jurisdição nacional. Ao comparar os artigos sobre competência exclusiva e concorrente do Código de Processo Civil de 1973 com o de 2015, é possível verificar que algumas importantes mudanças foram introduzidas, conforme se pode verificar dos quadros comparativos abaixo apresentados. Nota-se que o artigo 88 do Código antigo foi transportado em seu inteiro teor para o artigo 21 do novo Código. As novidades em relação à competência concorrente se concentraram no art. 22, que não encontra correspondência no Código de Código de Processo Civil de 1973 Código de Processo Civil de 2015 Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando: Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:

3 I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. Parágrafo único. Para o fim do disposto no no I, reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal. I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: I - de alimentos, quando: a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos; II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil; III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional. O artigo 89 do Código de 1973 teve sua redação quase toda transcrita para o artigo 23 do Código de As alterações ocorridas foram a introdução da confirmação de testamento particular como competência exclusiva da autoridade brasileira e a inserção do inciso III, que determina que somente a autoridade judiciária brasileira é competente para proceder à partilha de bens situados no Brasil, em caso de divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável. Código de Processo Civil de 1973 Código de Processo Civil de 2015 Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil. II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.

4 Sob a égide do Código de Processo Civil de 1973, o STJ somente homologava as sentenças que cumpriam com os requisitos formais e que tratassem de alguma das matérias do rol de competência concorrente dispostas no artigo 88, que podem ser julgadas tanto pela autoridade judiciária brasileira, como por autoridade estrangeira. Com o advento do Código de 2015, o posicionamento do STJ não mudou em relação às matérias de competência concorrente. O Tribunal segue deferindo pedidos de homologação com os mesmos temas do antigo Código e a previsão é que venha a homologar as sentenças estrangeiras que versem sobre as hipóteses do artigo 22. Já as matérias de competência exclusiva não são passíveis de homologação pelo STJ, e qualquer pedido de homologação é indeferido pelo Tribunal, pois somente o poder judiciário brasileiro pode julgar ações que tratem dos temas arrolados. Diante da comparação entre os dispositivos acima exposta, percebe-se que uma alteração de grande relevância ocorrida com o advento do novo Código foi a inserção da matérias disposta no inciso III, do artigo 23, que até então não encontrava previsão no rol de temas de competência exclusiva do poder judiciário brasileiro. Tanto o novo Código como o Código antigo preveem que o conhecimento de ações relativas a imóveis situados no Brasil é de competência exclusiva do poder judiciário nacional. Porém, até a entrada em vigor do Código de Processo Civil de 2015, o STJ vinha construindo jurisprudência pacífica quanto à homologação de sentenças estrangeiras relativas a partilha de imóveis localizados no Brasil, provenientes de divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, desde que esta divisão fosse fruto de acordo entre as partes. Assim, desde que a divisão dos imóveis fosse acordada voluntariamente entre as partes, ou seja, havendo a presença de cláusulas demonstrando que a partilha feita era fruto de consenso entre as partes (cláusulas consensuais), o Tribunal deferia o pedido de homologação, ainda que a partilha tivesse por objeto imóveis situados no Brasil. A SEC 7201 demonstra isso com clareza, ao afirmar, em sua ementa, que trata-se de uma posição consolidada no histórico do STJ: SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. DIVÓRCIO. PARTILHA DE IMÓVEIS. CLÁUSULAS CONSENSUAIS. VÍCIO DE CONSENTIMENTO. MÉRITO. QUESTÃO ALHEIA AO JUÍZO DE DELIBAÇÃO. REQUISITOS FORMAIS ATENDIDOS. HOMOLOGAÇÃO DEFERIDA. A documentação apresentada preenche os requisitos previstos no art. 5º da Resolução STJ 9/ A contestação se restringe à insurgência contra a produção de efeitos em território nacional, no tocante à alegada partilha do patrimônio imobiliário do casal. 3. A jurisprudência do STJ admite a validade de cláusula consensual inserida em sentença estrangeira que verse sobre imóveis situados no Brasil (SEC 5.528/EX, Rel. Ministro Sidnei Beneti, Corte Especial, DJe ; SEC 4.913/EX, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Corte Especial, DJe ). 4. Acrescente-se que não cabe, no âmbito estrito deste juízo de delibação, a análise de alegado vício de consentimento no acordo firmado perante a justiça estrangeira, porquanto isso importaria apreciação do mérito da sentença submetida à homologação (SEC 9.502/EX, Rel. Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Corte Especial, DJe 5/8/2014; SEC 8.847/EX, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Corte Especial, DJe 28/11/2013). 5. Pedido de homologação de sentença estrangeira deferido. (grifo nosso) E, caso as partes não alcançassem um consenso quanto a partilha dos imóveis, então o STJ aplicava o artigo 89, I, que afirmava que é competência exclusiva do poder judiciário brasileiro conhecer ações que versem sobre imóveis aqui localizados. A SEC 4913, julgada em 07/05/2012, demonstra isso:

5 SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. DIVÓRCIO. ACORDO DE DISSOLUÇAO DE SOCIEDADE CONJUGAL. GUARDA DOS FILHOS MENORES E PARTILHA DE IMÓVEL LOCALIZADO NO BRASIL. OFENSA À SOBERANIA NACIONAL. 1. Para homologação de sentença estrangeira de divórcio proferida em processo que tramitou contra pessoa residente no Brasil, indispensável o cumprimento dos requisitos dos arts. 5º e 6º da Resolução STJ n. 9/ Afronta a homologabilidade de sentença estrangeira no que toca à guarda de filhos menores a superveniência de decisão de autoridade judiciária brasileira proferida de modo contrário ao da sentença estrangeira que se pretende homologar. 3. Aplica-se a regra contida no art. 89 do Código de Processo Civil, referente à competência exclusiva da autoridade brasileira para conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil, quando não houve composição entre as partes ou quando, havendo acordo, restar dúvida quanto à sua consonância com a legislação pátria. 4. Pedido de homologação de sentença estrangeira deferido em parte, tão somente no que diz respeito à dissolução do casamento. (grifo nosso) A inserção desta nova opção ao rol de competência exclusiva do poder judiciário brasileiro significa a imposição de uma limitação não só para a homologação de sentenças estrangeiras, mas também para a autonomia de vontade das partes. Apesar da consulta a diversos novos comentários da doutrina sobre o novo Código de Processo Civil, não foi possível identificar nenhuma fundamentação que indicasse as razões para a ocorrência desta alteração específica, que altera o entendimento pacífico do STJ sobre o assunto. Diferentemente da alteração a respeito da cláusula de eleição de foro, consagrada no artigo 22, III do Código de Processo Civil de 2015, esta modificação nunca integrou a lista de demandas da comunidade acadêmica especializada no assunto. Além disso, essa mudança vai manifestamente de encontro com o espírito do Código de Processo Civil de 2015, que inaugura a tendência de priorizar a autonomia de vontade das partes. Ressalta-se também que tal alteração não estava presente no Projeto de Lei do Senado Federal de 2010 do novo Código. A justificativa para a extensão da pesquisa por mais um ano foi exatamente conceder mais tempo para que o STJ pudesse analisar algum pedido de homologação de sentença estrangeira versando sobre partilha de bens situados no Brasil à luz do novo CPC. O acompanhamento das decisões do STJ foram restringidos temporalmente aos casos de 2015, 2016 e 2017, de maneira a focar no período de transição entre legislações processuais. A jurisprudência do STJ na transição do CPC/ 1973 para o CPC/2015 Em 2015, às vésperas da reforma da legislação processual, o STJ manteve-se firme à posição consolidada favorável ao reconhecimento de partilhas realizadas no exterior, desde que consensuais e não contrárias à ordem pública. A existência de bens imóveis situados no Brasil no bojo da partilha não era visto pelo STJ com um impedimento ao reconhecimento da mesma. Como exemplo desta posição do STJ temos a ementa da SEC 8.106, julgada em junho de 2015: SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. DIVÓRCIO. PARTILHA DE BENS. IMÓVEL SITUADO NO BRASIL. ACORDO ENTRE OS EX-CÔNJUGES HOMOLOGADO NO EXTERIOR. REQUISITOS PARA HOMOLOGAÇÃO DA SENTENÇA ESTRANGEIRA.

6 PREENCHIMENTO. 1. É devida a homologação da sentença estrangeira de divórcio, porquanto foram atendidos os requisitos previstos no art. 15 da Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro e nos arts. 216-A a 216-N do RISTJ, bem como constatada a ausência de ofensa à soberania nacional, à ordem pública e à dignidade da pessoa humana (LINDB, art. 17; RISTJ, art. 216-F). 2. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, não obstante o disposto no art. 89, I, do CPC e no art. 12, 1º, da LINDB, autoriza a homologação de sentença estrangeira que, decretando o divórcio, convalida acordo celebrado pelos ex-cônjuges quanto à partilha de bens imóveis situados no Brasil, que não viole as regras de direito interno brasileiro. 3. Defere-se o pedido de homologação da sentença estrangeira. (SEC 8.106/EX, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, CORTE ESPECIAL, julgado em 03/06/2015, DJe 04/08/2015) Nos Embargos de Declaração na Sentença Estrangeira Contestada , o STJ deixou claro seu entendimento de que a partilha a que se referia o Código de Processo Civil, em relação à qual a competência da justiça brasileira era exclusiva, era unicamente a decorrente de sucessão causa mortis, não de dissolução de sociedade conjugal: 2. Homologa-se a sentença estrangeira de divórcio na qual também se decide sobre partilha de bens, havendo determinação de que seja vendida propriedade situada em território nacional, já que as disposições do inciso II do art. 89 do Código de Processo Civil aplicam-se às hipóteses de partilha por sucessão causa mortis. (EDcl na SEC /EX, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, CORTE ESPECIAL, julgado em 02/12/2015, DJe 14/12/2015) Na Sentença Estrangeira Contestada o STJ deixou clara sua posição de homologar partilhas consensuais envolvendo imóveis situados no Brasil, ao declarar que Não ofende o art. 89, I, do CPC nem o art. 12, 1º, da LINDB, a sentença estrangeira que, ao decretar o divórcio, homologa acordo celebrado pelos ex-cônjuges quanto à partilha de bens imóveis situados no Brasil. (SEC 9.877/EX, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, CORTE ESPECIAL, julgado em 16/12/2015, DJe 18/12/2015) Ao longo do ano de 2016, embora já vigente a nova redação do Código de Processo Civil, os casos julgados ainda diziam respeito a pedidos anteriores. O STJ não alterou suas posições, deixando de homologar partilhas quando uma das partes levantava divergências, e homologando as partilhas consensuais. Na Sentença Estrangeira Contestada , julgada em 15/06/2016, o pedido de homologação do divórcio consensual foi deferido parcialmente, posto que indeferida a partilha. O STJ deixou muito clara sua posição de que as partilhas sobre as quais havia divergência entre as partes deveriam ser novamente apreciadas, não cabendo por conseguinte a sua homologação: Havendo controvérsia sobre a partilha de bens, impõe-se o indeferimento da homologação quanto ao ponto.(sec /EX, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, CORTE ESPECIAL, julgado em 15/06/2016, DJe 29/06/2016) Por outro lado, ainda que uma das partes estivesse se insurgindo contra a homologação da decisão estrangeira, se a partilha foi consensual, o entendimento do STJ era de que a sentença estrangeira poderia ser homologada, como se verifica da decisão proferida na SEC :

7 2. A mera alegação de que a sentença estrangeira dispôs sobre acordo de partilha de imóvel não obsta a homologação da sentença estrangeira. Ademais, tanto o STF quanto o STJ "já se manifestaram pela ausência de ofensa à soberania nacional e à ordem pública a sentença estrangeira que dispõe acerca de bem localizado no território brasileiro, sobre o qual tenha havido acordo entre as partes, e que tão somente ratifica o que restou pactuado" (SEC n.1.304/us). (SEC /EX, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, CORTE ESPECIAL, julgado em 07/12/2016, DJe 16/12/2016) Na mesma linha está a decisão na SEC Uma sentença de divórcio consensual proferida nos Estados Unidos da América teve sua homologação contestada com relação a 3 pontos, um dos quais a objeção quanto aos termos do acordo e da partilha de bens. O STJ acabou por homologar parcialmente a sentença de divórcio, mas homologou o acordo: 6. As divergências em relação ao acordo não podem ser sindicadas pela presente via; somente em casos específicos é possível divergir do teor do acordo realizado no estrangeiro em relação ao divórcio; para tanto, o acordo precisaria ser frontalmente contrário ao direito brasileiro ou, ainda, haver evidências de que não seria correspondente à realidade; logo, de modo geral, os acordos consensuais firmados pelas partes, em processos de divórcio, devem ser homologados: SEC 7.201/EX, Rel. Ministro Herman Benjamin, Corte Especial, DJe 21/11/2014. Homologação parcialmente deferida. (SEC /EX, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, CORTE ESPECIAL, julgado em 07/12/2016, DJe 16/12/2016) No primeiro semestre de 2017 foram publicados dois acórdão da Corte Especial versando sobre sentenças de divórcio. Na SEC , julgada em 17 de maio de 2017, uma sentença uruguaia de divórcio foi homologada, estando em tramitação pedido de divórcio perante a justiça brasileira, com pedido de partilha de bens. A sentença uruguaia trazida para homologação não dispunha sobre a partilha de bens. O STJ homologou a sentença uruguaia, por considerar que a mesma atendia a todos os requisitos previstos no Regimento Interno do STJ e na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. Curiosamente, o STJ não mencionou diretamente os dispositivos de competência do CPC de 2015 mas sim os do CPC anterior, embora a decisão tenha sido proferida já na vigência da nova redação. A menção é indireta, ao declarar que não existia óbice à homologação da sentença, porque a mesma atendia a todos os requisitos formais e não ofendia as regras processuais brasileiras pelo simples fato de não haver disposição sobre a partilha de bens e uso do nome. (SEC /EX, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, CORTE ESPECIAL, julgado em 17/05/2017, DJe 23/05/2017). O caso mais recente foi julgado pelo STJ em 07 de junho de Pela primeira vez o STJ invoca o Provimento n. 56/2016 do CNJ para distinguir duas classes de sentenças consensuais de divórcio: as sentenças de divórcio consensual puro - onde apenas se dispõe sobre a dissolução da sociedade conjugal - e as sentenças de divórcio consensual qualificado, que além de dissolver o vínculo conjugal também dispõe também sobre a guarda de filhos, pagamento de alimentos ou partilha de bens. 1. A regra inserta no art. 961, 5º, do CPC/2015, de que "[a] sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça", aplica-se apenas aos casos de divórcio consensual puro ou simples e não ao divórcio consensual qualificado, que dispõe sobre a guarda, alimentos e/ou partilha de bens, nos termos dos artigos 1º e 2º do Provimento n. 56/2016 do Conselho

8 Nacional de Justiça. (SEC /EX, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, CORTE ESPECIAL, julgado em 07/06/2017, DJe 14/06/2017) Pode-se concluir dessa análise da jurisprudência do período de transição legislativa que, embora o STJ tenha se manifestado sobre pedidos de homologação de divórcios realizados no exterior, até o momento nenhuma decisão abordou especificamente a questão da partilha consensual de imóveis em dissolução de sociedade conjugal. A inexistência de processos sobre o tema julgados pelo Tribunal deixa indefinida a identificação de eventual mudança de posicionamento na jurisprudência, outrora firme e pacífica, do STJ. A finalidade que se pretendia alcançar era verificar se o STJ, diante da nova hipótese de competência exclusiva, indeferiria a pedidos de homologação de sentenças que tratassem de partilha voluntária de imóveis relacionados a dissolução de sociedades conjugais, ou se homologaria tais pedidos, desde que presente a cláusula consensual, preservando sua atual posição. Ainda assim, com a edição do provimento n 53 de 16 de maio de 2016, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é possível obter uma indicação de como o Tribunal poderá vir a se manifestar sobre o tema em futuros casos. Tal provimento dispõe sobre a averbação direta por Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais da sentença estrangeira de divórcio consensual simples ou puro, no assento de casamento, independentemente de homologação judicial. O divórcio consensual simples ou puro é aquele que apenas dissolve o matrimônio, enquanto o divórcio consensual qualificado é aquele que envolve partilha de bens, guarda de filhos e alimentos. De acordo com este provimento, as sentenças estrangeiras de divórcio consensual puro ou simples não precisam mais de homologação do STJ para surtirem efeitos no Brasil, conforme determinação do artigo 961, parágrafo 1º do novo Código de Processo Civil. Basta que o interessado realize a averbação direta no cartório de registro civil de pessoas naturais, apresentando o assento de casamento, cópia integral da sentença estrangeira, comprovação de que a sentença já transitou em julgado, tradução oficial juramentada e chancela consular. Porém, quando se tratar de um divórcio consensual qualificado, a prévia homologação pelo STJ será necessária para que a sentença produza seus efeitos em território nacional. Apesar de não mencionar manifestamente a possibilidade de homologação de sentenças estrangeiras que versem sobre dissolução de sociedade conjugal envolvendo divisão de bens imóveis, o provimento nº 53/2016 demonstra o compromisso do CNJ com a priorização da autonomia de vontade das partes. Conclusão A continuação da pesquisa por mais um ano encontrou justificativa na ausência de processos julgados sobre o assunto pelo STJ, já que o novo Código de Processo Civil só entrou em vigor em março de 2016 e os processos julgados pelo Tribunal até o final daquele ano ainda tramitaram sob as regras do Código de Processo Civil de Antes da reforma do Código de Processo Civil, as hoje chamadas sentenças de divórcio consensual puras precisavam ser homologadas pelo STJ para produzir efeitos no Brasil. Com a reforma processual e o Provimento 56/2016 do CNJ, essa homologação deixou de ser necessária. Por outro lado, as hoje chamadas sentenças de divórcio consensual qualificado eram homologadas pelo STJ ainda que contivessem partilha de bens imóveis situados no Brasil, no

9 entendimento de que as partes chegaram a um acordo e que a natureza dos bens a serem partilhados não impedia a justiça estrangeira de aprovar a partilha. Hoje, as sentenças que disponham sobre a partilha de imóveis situados no Brasil deixam de poder ser homologadas na sua totalidade. Teremos, neste caso, uma homologação parcial da sentença e a necessidade de levar ao Judiciário brasileiro uma proposta de partilha sobre o bem ou bens imóveis situados no Brasil. O objetivo que se visava alcançar com a análise da jurisprudência do Tribunal era verificar como o STJ se posicionaria perante a nova hipótese de competência exclusiva do poder judiciário brasileiro, já que, até então, vinha construindo jurisprudência pacífica em prol da homologação de sentenças estrangeiras de partilha consensual de imóveis localizados em território nacional, provenientes de dissolução de sociedade conjugal. Apesar da ausência de processos analisados versando especificamente sobre partilha de imóveis no Brasil, a promulgação do Provimento n 53/2016 do CNJ veio sanar essa lacuna interpretativa. Ao privilegiar a autonomia de manifestação volitiva das partes, o CNJ se alinha à linha interpretativa que o STJ já havia adotado. No entanto, ficou mais difícil para o STJ manter seu posicionamento anterior, de homologar sentenças estrangeiras, sob a condição de haver cláusula consensual em relação à divisão dos imóveis aqui situados. Enquanto seja certo que a maior parte das sentenças estrangeiras de divórcio não contem provisões a respeito de partilha de imóveis situados no Brasil, e que por isso a reforma processual veio simplificar o reconhecimento do divórcio proferido no exterior, a restrição ao reconhecimento de uma partilha consensual realizada no exterior é um retrocesso em relação à posição que estava consolidada no STJ antes da reforma. Bibliografia 1 TIBURCIO, Carmen. Extensão e Limites da Jurisdição Brasileira: Competência Internacional e Imunidade de Jurisdição. Salvador: JusPODIVM, ARAUJO, Nadia de. Direito Internacional Privado: Teoria e Prática Brasileira. 6º Edição. Rio de Janeiro: Renovar, Código de Processo Civil: anteprojeto / Comissão de Juristas Responsável pela Elaboração de Anteprojeto de Código de Processo Civil. Brasília : Senado Federal, Presidência, 2010

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