DIREITO AMBIENTAL FREDERICO AMADO. coleção SINOPSES para concursos. revista, ampliada e atualizada

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1 FREDERICO AMADO DIREITO AMBIENTAL a edição revista, ampliada e atualizada 2018 coleção SINOPSES para concursos Coordenação Leonardo Garcia 30 Sinopses p conc v30 -Amado-Dir Ambiental-6ed.indb 3 24/01/ :03:29

2 Cap O dano ao meio ambiente, por ser bem público, gera repercussão guardar o direito das futuras gerações a um meio ambiente ecologicamente equilibrado. 4. O dano moral coletivo ambiental atinge direitos - reconhecer, em tese, a possibilidade de cumulação de indenização pecuniária com as obrigações de fazer, bem como a condenação em danos morais coletivos, com a devolução dos autos ao Tribunal de ori- debeatur Importante! Normalmente a obrigação de não fazer imposta ao poluidor objetiva a que a obrigação de fazer se destina à reparação ou compensação do dano ambiental. A indenização é destinada ao fundo de recomposição de bens lesados. ções, inexistindo bis in idem. Qual o entendimento do STJ sobre o assunto? se deve confundir prioridade da recuperação in natura do bem degra- Como esse assunto foi cobrado em concurso? - a negação da modernidade da agricultura e pecuária brasileiras, confrontando-se com os fundamentos mais elementares do Direito Am- ambiente, o que lhe impõe alguns deveres. Quanto à possibilidade de Sinopses p conc v30 -Amado-Dir Ambiental-6ed.indb /01/ :03:41

3 308 Direito Ambiental Vol. 30 Frederico Amado na busca da proteção mitigada. meio ambiente. meio ambiente. dano ambiental sado ao meio ambiente por uma ação ou omissão humana. Note-se que a norma determina que o poluidor responderá pela degradação ambiental, assim considerada qualquer alteração adversa das características do meio ambiente. Todavia, é preciso vislumbrar que nem toda atividade humana - biental, o que deve ser feito casuisticamente e com proporcionalida- Por tudo isso, mais do que nunca, tratando-se do meio am-. tutela inibitória do dano ambiental, em que se busca impedir a ocorrência dos da ação civil pública ou popular, os mesmo com o uso de medidas administrativas e criminais, a exemplo da interdição e da instituição de crimes de perigo. Importante! gislação ambiental, não isenta o poluidor de responder civilmente pelos danos ambientais, compensá-lo. Sinopses p conc v30 -Amado-Dir Ambiental-6ed.indb /01/ :03:41

4 Cap Apesar de poder parecer em uma análise jurídica mais apressada, não há nenhum contrassenso jurídico em permitir administrativamente uma atividade impactante para depois exigir do poluidor - A licença ambiental não libera o empreendedor licenciado de seu dever de reparar o dano ambiental. Essa licença, se integralmente regular, retira o caráter de ilicitude administrativa do ato, mas não afasta a responsabilidade civil de reparar. A ausência de ilicitude administrativa irá impedir a própria Administração Pública ponsabilidade civil. Qual o entendimento do STJ sobre o assunto? - instituto de direito comparado dos danos punitivos (punitive damages), haja vista que a responsabilidade civil por dano ambiental prescinde da culpa e que revestir a compensação de caráter punitivo propiciaria o bis in idem - Como esse assunto foi cobrado em concurso? considerado errado o seguinte enunciado: guardar o meio ambiente, a legislação prevê controles prévios por - pelos respectivos destinatários. Assim, a aprovação da atividade e a outorga de licença pela autoridade competente liberam o empreendedor da responsabilidade pelo eventual dano que vier a causar ao meio ambiente e a terceiro., adquirindo Sinopses p conc v30 -Amado-Dir Ambiental-6ed.indb /01/ :03:41

5 310 Direito Ambiental Vol. 30 Frederico Amado to ao uso sustentável daqueles recursos naturais, apenas podendo tal, após regular licenciamento ambiental. Destarte, o dano ambiental sempre terá uma vertente não nio material, público ou privado determináveis (interesses coletivos em sentido estrito), um grupo determinado (interesses individuais homogêneos) ou mesmo um - invasores, o que poderá gerar a concorrência de ações individuais com coletivas. Ainda é necessário apontar o caráter multifacetário do dano ambiental, que se apresenta na seara ecológica, ética, patrimonial e temporal. Qual o entendimento do STJ sobre o assunto? 5. Nas demandas ambientais, por força dos princípios do poluidor- -pagador e da reparação in integrum, admite-se a condenação do réu, - - multifacetário (ética, temporal, ecológica e patrimonialmente falando, prios processos ecológicos em si mesmos considerados). 6. Se o bem ambiental lesado for imediata e completamente restaurado ao status quo ante (reductio ad pristinum statum, isto é, restabelecimento à condi- possibilidade técnica, no futuro (= prestação jurisdicional prospectiva), de restauração in natura ter ou recompor integralmente, no terreno da responsabilidade civil, as várias dimensões do dano ambiental causado; por isso não exaure os deveres associados aos princípios do poluidor-pagador e da reparação in integrum Uma forma interessante de assegurar a reparação integral ou parcial do dano tem sido a celebração do seguro ambiental, a Sinopses p conc v30 -Amado-Dir Ambiental-6ed.indb /01/ :03:41

6 Cap de pouco uso no Brasil, apesar de ser instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente. A instituição pelo Poder Público de fundos ambientais afetados à reparação civil ambiental também é um opção política interessante, que ainda não foi implementada efetivamente no Brasil. Como esse assunto foi cobrado em concurso? Benedito visando retirá-lo de área de Parque Estadual, bem como a recuperação dos danos ambientais causados ao local. Durante a ação, sua casa de veraneio, (ii) a ocupação ocorreu em momento posterior à criação do Parque Estadual, (iii) o réu possui no local criação de gado, galinha e porco. A ação deverá ser julgada A) Parcialmente procedente, apenas para retirar o réu do local. B) Parcialmente procedente, apenas para impor ao réu um regramen- C) Extinta, sem resolução de mérito, diante da falta de legitimidade do dade civil ambiental. patrimonial, a correção monetária e os juros de mora dar-se-ão desde a data da ocorrência do dano ambiental. Qual o entendimento do STJ sobre o assunto? - 1. A indenização por dano material oriunda de responsabilidade civil objetiva extracontratual, tem, como termo inicial da correção monetária, a data do evento danoso, nos termos da Súmula 43 do STJ dência dos juros moratórios na data do evento danoso.- Nos termos da juros moratórios incidem a partir da data do fato, no tocante aos valores devidos a título de dano Sinopses p conc v30 -Amado-Dir Ambiental-6ed.indb /01/ :03:41

7 312 Direito Ambiental Vol. 30 Frederico Amado 6. TABELA-SÍNTESE DOS PONTOS PRINCIPAIS DO CAPÍTULO RESPONSABILIDADE CIVIL DANOS AO MEIO AMBIENTE Previsão legal Responsável Natureza Excludentes Espécies de danos Imprescritibilidade Inversão do ônus da prova Desconsideração da personalidade Poluidor direto e indireto, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que causar degradação ambiental. É solidária. Novo proprietário, possuidor ou detentor a qualquer título de imóvel com passivo ambiental (obrigação propter rem). - - não tem nexo com a atividade da pessoa. Patrimonial (patrimônio ambiental) e extrapatrimonial entre dano ambiental público (meio ambiente) e privado dano ambiental é perpétua. Princípio da Precaução e no interesse público da reparação do dano ambiental. desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua perso- sados à qualidade do meio ambiente. Adota-se a Teoria Menor TESES REPETITIVAS DO STJ Diante da enorme incidência em concursos públicos, compilamos neste tópico as teses repetitivas sobre responsabilidade civil É parte legítima para ação de inde- - Sinopses p conc v30 -Amado-Dir Ambiental-6ed.indb /01/ :03:41

8 Cap do Ministério da Agricultura e do Abastecimento anteriormente ao nha ocorrido posteriormente. A alegação de culpa exclusiva de terceiro pelo acidente em causa, como excludente de responsabilidade, deve ser afastada, ante a incidência da teoria do risco integral e da responsabilidade objetiva ínsita ao dano ambiental (art. 225, o degradador em decorrência do princípio do poluidor-pagador. causado pela privação das condições de trabalho, em consequência do dano ambiental. Os juros moratórios incidem a partir da data do fato, no tocante aos valores devidos a título de dano material e moral. Para demonstração da legitimidade - nal e a habilitação ao benefício do seguro-desemprego, durante o período de defeso, somados a outros elementos de prova que permitam o convencimento do magistrado acerca do exercício dessa atividade, são idôneos à sua comprovação. A responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes de responsabili- a) a responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes de res- decorrência do acidente, a empresa deve recompor os danos ma- morais, recomendável que o arbitramento seja feito caso a caso e Sinopses p conc v30 -Amado-Dir Ambiental-6ed.indb /01/ :03:41

9 314 Direito Ambiental Vol. 30 Frederico Amado com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa, ao nível socioeconômico do autor, e, ainda, ao porte da empresa, orientando- atento à realidade da vida e às peculiaridades de cada caso, de modo a que, de um lado, não haja enriquecimento sem causa de pelos danos morais experimentados por aquele que fora lesado. mediante prova efetiva de sua ocorrência, não havendo falar em demonstrado nos autos; assim, se durante o interregno em que foram experimentados os efeitos do dano ambiental houve o período de 'defeso' - incidindo a proibição sobre toda atividade de pesca durante essa vedação. Sinopses p conc v30 -Amado-Dir Ambiental-6ed.indb /01/ :03:41