ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS Trabalho Individual Área / UFCD
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- Yan Castelo do Amaral
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1 1 de 6 Internacionlização, transnacionalidade e os problemas éticos colocados pela globalização OBJECTIVO: Reconhecer condutas éticas conducentes à preservação da solidariedade e do respeito numa comunidade global. Ética e globalização
2 2 de 6 Texto de referência ao tema: «Independentemente do lugar onde vivemos ou de quem somos, quando se liga o ecrã do nosso televisor ou do nosso computador, vemo-nos mergulhados no mundo da comunicação global. Estamos ligados. Mas ligados a quê? (...) A globalização é uma transformação do mundo que conhecemos, mas é também um estado de transição que rompe com as nossas formas de conhecer o mundo em que vivemos. (...) Na minha opinião, a globalização tem de começar necessariamente no nosso país. Para que possamos medir correctamente o progresso global, é preciso que comecemos por avaliar como lidam as nações em vias de globalização com "a diferença interna" - os problemas da diversidade cultural e da redistribuição, bem como os direitos e as representações das minorias. (...) Um exemplo do cosmopolitismo pós-colonial à escala global é o que cada vez mais é conhecido como a "metáfora indiana" - ou seja, a forma como a experiência da Índia contemporânea rapidamente está a ser transformada num modelo, até mesmo numa metáfora, para a
3 3 de 6 vida e o trabalho no mundo global da actualidade (Tom Friedman). Falar da metáfora indiana numa época de globalização é reconhecer os processos de transferência - financeira, cultural, mediática e de mercados -, bem como o processo de transformação - o questionamento da soberania nacional, as ambiguidades das leis e convenções internacionais, a hibridização das culturas, as complexidades da governação global. (...) (...) a dúvida global é uma componente essencial da ética humanitária e das políticas de inclusão, componente essa que "proporciona uma noção de pertença que leva muita gente a pôr em causa aquilo que considera ser uma injustiça que divide a população mundial". (...) A "dúvida" é (...) uma prática social que consiste em questionamento próprio, inteligência crítica, decisão ético-política e interlocução social. É o processo pelo qual testamos as condições da verdade e as consequências práticas, pragmáticas, dos nossos actos como intervenientes no mundo. A dúvida global é crucial para a nossa noção do que está em causa quando nos afirmamos actores globais. (...) A Insatisfação é a capacidade de compreender que, para podermos aspirar à transformação ética e equitativa do mundo global em que vivemos, sistemática e incansavelmente teremos de "regressar" às condições sociais e históricas daqueles que se encontram no domínio da morte social - os excluídos, os marginalizados, os desprovidos. (...) a liberdade é um valor político que exige um esforço constante e
4 4 de 6 uma vigilância permanente para a manutenção da sua dimensão moral, do seu impulso gerador de vida. A liberdade faz aposta com o futuro, embora recusando-se a esquecer o passado. (...) É importante recordar que a porta da História não está aberta nem fechada. Situamo-nos no limiar entre a civilização e a barbárie, entre a guerra e o progresso. Temos de observar com coragem e honestidade as diversas paisagens do mundo contemporâneo que é o nosso para podermos prosseguir caminho. Não podemos perder nunca a grandiosa capacidade humana de manter a esperança a todo o custo, ainda que os ventos de mudança soprem com violência contra a porta da História e contra a nossa morada humana.». Excertos de: Homi K. Bhabha, Ética e Estética do Globalismo: Uma Perspectiva Pós-Colonial Actividade - Após leitura atenta do texto acima transcrito, elabore a sua reflexão sobre o tema "Ética e Globalização". Na sua abordagem, deve considerar os sub-temas debatidos ao longo das aulas. Bom trabalho! No texto Ética e Globalização, é relatado o que se passa hoje em dia. Achei particularmente interessante quando se refere que a globalização tinha que começar no próprio país, apenas assim poderá haver um país melhor. Relativamente às diferenças culturais enquanto houverem diferenças nesse aspecto a globalização não será sólida. Em relação à Ética penso que não é bem como deveria ser, os sem abrigo, só se
5 5 de 6 lembram deles no Natal. Também em relação à liberdade de expressão, as pessoas deveriam falar e exprimir as suas ideias conforme queiram, mas nem sempre é sempre assim. Num mundo cosmopolita e globalizado como o em que vivemos actualmente faz todo o sentido que partilhe-mos uma humanidade comum, como tal devemo-nos preocupar e ajudar mutuamente no sentido de cuidarmos de uma atmosfera e economia igualmente comuns. Assim sendo existe a necessidade de legislação básica que seja comum a todos os seres humanos independentemente da nacionalidade de cada um. A ideia que defendo e partilho é que exista uma ética composta por valores que transcendam a família, a tribo, a comunidade, ou a nação, isto é uma ética universalista e imparcial para com o outro. No entanto, a natureza humana vai no sentido de que temos tendência para estarmos mais inclinados para aqueles que nos são mais próximos e não num sentido mais universal, sendo assim muitas vezes acabamos por nos encontrar num dilema ou impasse, para o qual há necessidade de encontrar resposta. Obrigados a superar este impasse e apesar de ao nível ético haver divergências inconciliáveis causadas, pelo facto de nem todos valorizarmos as mesmas coisas, o ideal de cosmopolitismo ensina-nos algo que devemos ter sempre presente: a ideia que partilhamos todos a mesma humanidade apesar de nem sempre partilharmos os mesmos códigos morais. É deste mínimo ético comum, que devemos partir para tentar resolver alguns dos problemas prementes que se colocam às sociedades actuais. Estes problemas obrigamnos a superar o impasse entre o ideal cosmopolita e a natureza humana. Entre os problemas graves que a globalização e o cosmopolitismo podem ajudar a combater está o da fome, nomeadamente nos países do terceiro mundo.
6 6 de 6 Partindo da ideia de uma humanidade partilhada segundo a qual todos partilhamos as mesmas necessidades e preocupações, a obrigatoriedade do combate à miséria humana e à fome deve ser um dado adquirido, objectivo e universal. A ideia de que a fome e a doença especialmente no terceiro mundo são uma epidemia que deve ser combatida é uma forma de pensamento universalista que ultrapassa quaisquer diferendos éticos que possam subsistir. A verdade é que vivemos todos num só mundo, somos uma humanidade inextrincavelmente ligada para o bem e para o mal, e como tal, é bom que nos entendamos se não eticamente, pelo menos humanamente. Bom Trabalho
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