ATENDIMENTO ÀS PESSOAS PRESAS PROVISORIAMENTE NA CIDADE DE SÃO PAULO. Novembro de 2016
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- Diogo Teixeira Leveck
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1 ATENDIMENTO ÀS PESSOAS PRESAS PROVISORIAMENTE NA CIDADE DE SÃO PAULO Novembro de 2016
2 Atendimento às Pessoas Presas Provisoriamente A Defensoria Pública de São Paulo instituiu, em 2014, uma política permanente de atendimento às pessoas presas provisoriamente, implementada por meio da Divisão de Apoio ao Atendimento do Preso Provisório - DAP. Essa iniciativa efetivou uma construção conjunta com entidades da sociedade civil, seguindo propostas apresentadas nos primeiros Ciclos de Conferência da Defensoria Pública.
3 Atendimento às Pessoas Presas Provisoriamente Objetivos: Prestação de informações preliminares sobre a prisão à pessoa presa Garantia da ampla defesa nos processos criminais (obtenção de elementos e contatos de pessoas que possam auxiliar na defesa) Atenção à integridade física e moral das pessoas presas (fiscalização de condições de aprisionamento e identificação de violações de direitos) Identificação e intervenção precoce nos casos em que a prisão coloque em risco o exercício do poder familiar para as mulheres presas provisoriamente
4 A política de Atendimento às Pessoas Presas Provisoriamente pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo: Fluxos Internos de Trabalho
5 Atendimento às Pessoas Presas Provisoriamente
6 Atendimento às Pessoas Presas Provisoriamente
7 Atendimento às Pessoas Presas Provisoriamente
8 Atendimento às Pessoas Presas Provisoriamente
9 Atendimento às Pessoas Presas Provisoriamente: Instrumentos de Coleta de Dados
10 Formulário Masculino
11 Formulário Feminino
12 Atendimento às Pessoas Presas Provisoriamente: Perfil das Pessoas Atendidas
13 Atendimentos Realizados em 2015 CDP Homens ATENDIMENTOS GUARULHOS II ,5% BELÉM II ,3% PINHEIROS I ,7% BELÉM I ,1% VILA INDEPENDÊNCIA ,3% PINHEIROS III 916 7,5% PINHEIROS IV 602 4,9% PINHEIROS II 580 4,7% TOTAL Mulheres CDP ATENDIMENTOS FRANCO DA ROCHA 1.588
14 Perfil Etário Homens Mulheres ,5% ,5% ,1% ,6% ,7% 15,7% ,8% ,4% ,6% 9,6% 5,7% 100 6,2% 500 2,9% 1,5% 0,9% 0,6% 50 3,4% 2,2% 0,7% 0,5% - até a a a a a a a a 59 Quantidade ou mais 0 até a a a a a a a a 59 Quantidade ou mais Mais de 60% das pessoas presas provisoriamente têm até 29 anos de idade
15 Advogado Constituído Homens Mulheres 18,8% ,2% % % NÃO SIM NÃO SIM Em cerca de 80% dos casos, as pessoas atendidas em CDPs não contam com advogados constituídos
16 Cor/Raça Homens Mulheres ,6% ,3% ,3% ,0% ,8% ,9% ,0% 0,6% - Pardo Branco Preto Amarelo Indígena Quantidade ,8% 0,7% 0 Parda Branca Preta Indígena Amarela Quantidade Pretos e pardos representam 65,1% dos presos em CDPs Pretas e pardas representam 64,5% das presas em CDPs A informação sobre raça/cor está ausente em 19% dos formulários masculinos e 17% dos formulários femininos.
17 Trabalho antes da prisão 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% ,4% HOMEM ,3% MULHER 63% das mulheres e 79% dos homens informaram trabalhar antes da prisão
18 Filhos 100,0% 90,0% 80,0% ,5% 70,0% 60,0% ,8% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% HOMEM MULHER 76% das mulheres e 55% dos homens informam ter filhos
19 Atendimento às Pessoas Presas Provisoriamente: Perfil das Prisões Provisórias
20 Prisões Originárias de Flagrante 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% ,6% HOMEM ,0% MULHER
21 Pedidos de Fiança Arbitrados 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% 713 8,2% 34 3,1% HOMEM MULHER
22 Violência no Momento da Prisão 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% ,2% ,5% 43% dos homens e 30,5% das mulheres afirmam ter sofrido violência no momento da prisão 0,0% HOMEM MULHER
23 Crimes Imputados aos Homens % % % % 6% 3% 2% 0 ROUBO TRÁFICO FURTO OUTROS RECEPTAÇÃO HOMICÍDIO VIOLÊNCIA DOMÉSTICA QUANTIDADE % dos formulários masculinos não apresentam informação sobre crime imputado
24 Crimes Imputados às Mulheres % % % % 3% 0% 0 Tráfico Roubo Furto Outros Homicídio Receptação QUANTIDADE % dos formulários femininos não apresentam informação sobre crime imputado
25 Atendimento às Pessoas Presas Provisoriamente: Resultados da Atuação da Defensoria Pública
26 Obtenção da liberdade 90 dias após atendimento pela DAP 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Proporção de pessoas presas que obtiveram liberdade após o atendimento da DPESP Em média, 20,7% das pessoas atendidas obtém a liberdade Em liberdade
27 Atendimento às Pessoas Presas Provisoriamente: Exemplos de Temas a Serem Explorados
28 Possibilidade de Aplicação da Prisão Domiciliar a Gestantes e/ou Mães com Filhos de até 12 anos Alteração da lei /2016 permitiu a substituição de prisão preventiva por domiciliar para gestantes (independente do estágio da gestação) e mulheres com filhos até 12 anos de idade incompletos. A equipe DAP avaliou o impacto dessa alteração legal a partir das informações do CDP Franco da Rocha, que reúne as presas provisórias da capital e recebe (em média) 195 novas presas por mês. Amostra analisada: mulheres atendidas no CDP Franco da Rocha entre janeiro e março de 2016.
29 Possibilidade de Aplicação da Prisão Domiciliar a Gestantes e/ou Mães de filhos com até 12 anos 320 atendimentos 247 casos assumidos pela Defensoria Pública Destes, 112 assistidas (45% do total) poderiam ser beneficiadas pela alteração legal Apenas 17 (15%) aguardaram o julgamento em liberdade 135 (55%) 112 (45%) 17 (7%) 95 (38%) As 95 restantes permaneceram no CDP Não fazem jus à prisão domiciliar Fazem jus à prisão domiciliar Em liberdade Presas
30 Análise de Relatos de Tortura com Choques Elétricos nas Prisões em Flagrante Entre janeiro e outubro de 2015, 93 formulários de atendimento apresentaram menção explícita ao uso de choques elétricos no momento da prisão em flagrante. Destes, 26 haviam passado por audiência de custódia, mas apenas 9 haviam reportado a tortura naquela ocasião e tiveram algum encaminhamento para apuração. Os autores das agressões foram identificados em 50 dos 93 casos: 48 deles (96%) são policiais (Militares, Civis e Guarda Civil Metropolitana). Do total de crimes imputados por aqueles que sofreram esse tipo de tortura, 43% consistia em tráfico de drogas, 30% em roubo, 14% em furto e 13% em outros tipos penais.
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