OBRIGAÇÕES E S N O R P R E P A R A T Ó R I O E X T E N S I V O J U N H O

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1 OBRIGAÇÕES E S N O R P R E P A R A T Ó R I O E X T E N S I V O J U N H O

2 Conceito de obrigação: Conceito tradicional vínculo transitório entre credor e devedor, cujo objeto é uma prestação, sendo sua garantia o patrimônio do devedor. Conceito moderno - vínculo entre credor e devedor cujo objeto é uma prestação cuja garantia é o patrimônio do devedor, respeitado o seu patrimônio mínimo (Luiz Edson Fachin Estatuto Jurídico do Patrimônio Mínimo). Lex Patelia Papiria início da responsabilidade patrimonial; CF prisão do depositário infiel (652, CC prisão máx. 1 ano) e devedor alimentos (CPC 733, 1º, pena entre 1 mês e 3 meses)

3 Fonte das Obrigações 1. Negócio Jurídico a. Atos unilaterais de vontade enriquecimento sem causa é ato unilateral ou causa de responsabilidade civil? b. Contratos 2. Responsabilidade Civil : a. aquiliana e contratual responsabilidade absoluta e relativa b. ato ilícito? 3. LEI Obrigações Propter Rem E Obrigações Reais: 1. Propter Rem seguem o bem; sujeito determinável 2. Obrigações Reais, ou de Eficácia Real eficácia de sequela e oponibilidade a terceiros L. Locações (preferência art. 33 e eficácia contra adquirente art. 8º)

4 Princípios do Direito das Obrigações 1. Socialidade função social: relação de cooperação; terceiro ofendido e terceiro ofensor (ex: denunciação por saltos art. 456 e vedação ao aliciamento art 608, CC); superação do dogma da relatividade. 2. Eticidade restrição da subsunção automática e utilização da cláusulas gerais; 3. Operabilidade, ou Concretude substituição da abstração obrigacional, busca da pessoa e a satisfação de seus interesses, diante do caso concreto, e não a remissão simples ao sujeito de direito, de modo abstrato; circunstâncias do caso, usos do lugar. 4. Boa-fé função de paradigma interpretativo (art. 113, CC), valendo-se da teoria da confiança; função de controle, impedindo o abuso de direito (art. 187); função integrativa, como criadora deveres laterais ou anexos, pré e pós obrigacionais (art. 422). COROLÁRIO DA NOVA PRINCIPIOLOGIA: OBRIGAÇÃO COMPLEXA, ou COMO UM PROCESSO jogo de frescobol, e não de tênis

5 ELEMENTOS: Subjetivos (Sujeito Ativo e Sujeito Passivo) + Vínculo Jurídico + Objeto 1. Elemento Subjetivo CREDOR E DEVEDOR Parte é diferente de pessoa Parte Determinada ou determinável (transmissibilidade, obrigações propter rem) Capacidade negocial e delitual (art. 928 incapazes responsáveis) 2. Elemento Objetivo - PRESTAÇÃO Objeto da Obrigação (prestação) não é o Objeto da Prestação (este deverá ser dotado de licitude, possibilidade e determinabilidade : DAR, FAZER ou NÃO FAZER art. 104, CC) Prestação sempre Econômica? Para a doutrina majoritária, a prestação tem conteúdo econômico (Venosa, Álvaro Villaça Azevedo, Giselda Hironaka). Divergência: A prestação pode ou não ser economicamente apreciável, mas a inadimplência vai sempre gerar repercussões patrimoniais. (CC Portugal, Noronha, P. Miranda). Dever ou Obrigação de Fidelidade no direito de família? 3. Elemento espiritual ou imaterial VÍNCULO JURÍDICO

6 Vínculo Jurídico Vínculo Obrigacional = débito + responsabilidade. DÉBITO, ou DÍVIDA (Schuld) Dever de cumprir a prestação assumida. RESPONSABILIDADE (Haftung) Exigibilidade da prestação, com garantia no patrimônio do devedor. Responsabilidade sem débito 3º interessado (fiador) Responsabilidade executória secundária herdeiros, sócios (CPC, 592) Débito sem responsabilidade obrigação natural IMPORTANTE! Distinção entre DEVER, OBRIGAÇÃO, ÔNUS e ESTADO DE SUJEIÇÃO

7 Obrigação de Dar, Fazer e Não Fazer A) OBRIGAÇÃO DE DAR Direto de crédito à coisa e não direito real interesse na entrega 1. Coisa certa : Coisa identificada e individualizada princípio da especificidade art. 313, CC. Abrange acessórios (art. 233,CC). Abrange também as Pertenças? E os frutos percebidos? Teoria do Risco res perit domino: A coisa se perde para o dono. Perecimento e Deterioração. REGRAS SOBRE DISTRIBUIÇÃO DOS RISCOS SÃO DISPOSITIVAS - Com culpa retorno ao estado pré-obrigacional, com perdas e danos. - Sem culpa retorno ao estado pré-obrigacional, sem perdas e danos. - Deterioração (perda parcial) - opção do credor entre o retorno ao estado anterior ou indenização parcial (ex: abatimento do preço). Teoria do Adimplemento substancial ou Inadimplemento mínimo credor não pode recusar o recebimento da coisa se a prestação foi eficazmente entregue, ou se a perda não foi substancial (boa fé objetiva).

8 (Obrigação de dar... Cont.) Obrigação de Restituir única hipótese de uso da busca e apreensão (art. 625, CPC)! Melhoramentos da coisa por atos do devedor aplicação da teoria do possuidor de boa-fé para benfeitorias e frutos. Sem ação do devedor, não há indenização. 2. Coisa incerta - Identificada pelo gênero e quantidade, no mínimo. * Princípio do Gênero nunca perece nunca haveria extinção por perda do bem (C. Mário ) X interpretação conforme a boa fé. * Aplicação da teoria do Abuso de direito. Coisa incerta concretização / especificação cientificação coisa certa Escolha do devedor (meio termo de qualidade). Escolha do credor não há problema em escolher melhor. Regra: escolha do devedor CPC, art. 461-A astreintes (multa cominatória) com mandado de imissão na posse/ busca e apreensão.

9 3. Tutela processual das obrigações de dar Código de Processo Civil Art. 461-A: Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. 1 o Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz. 2 o Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel. 3 o Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos. Prevalência da tutela específica - perdas e danos somente em último caso; concessão de tutela antecipada; imposição de multa diária (astreintes).

10 OBRIGAÇÃO DE FAZER (obrigação positiva) Prestação se caracteriza pela realização de atividade pessoa l ou serviço pelo devedor ou terceiro. Critério da preponderância para distinção entre fazer e dar: Serviço físico, intelectual ou declaração de vontade (ex: promessa de compra e venda - CC 463) como antecedente lógico da entrega do bem, quando essa existe. A) Tempo: instantânea, duradoura periódica (trato sucessivo) e duradoura continuada. B) Fungível - pode ter ação de terceiro, pago pelo devedor; juiz supre declaração. Infungível - não cabe execução forçada; a inadimplência culposa se transforma em Perdas e Danos. Sem culpa do devedor, resolve a obrigação Art Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível. Art Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.

11 OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER (obrigação negativa) Ex: não concorrer, não construir acima de determinada altura, não divulgar dados confidenciais. É sempre personalíssima Impossível a sua exigibilidade de terceiro. Inadimplemento só pode ser compensado com perdas e danos. Instantânea inadimplemento se dá em um único ato; impossível a restituição ao estado original (segredo Coca Cola). Permanente/ contínua pode voltar ao estado anterior mesmo depois de descumprimento (destruição de muro alto demais). CC, Art Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido.

12 Tutela processual específica das obrigações de fazer e não fazer CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Art Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. 1 o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente. 2 o A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287). 3 o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada. 4 o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. 5 o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. 6 o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva.

13 Obrigações Objetivas Plurais Ob. Plurais X Ob. Simples multiplicidade de objetos, uma prestação principal várias prestações principais (regra geral) 1. Alternativas Apenas uma obrigação (dar, fazer ou não fazer) deve ser satisfeita. Pode haver obrigação alternativa de dar coisa incerta? Cumprir uma extingue a obrigação. Diferente de dação em pagamento! Regra geral: escolha pelo devedor (art. 252) direito potestativo de escolha! Concentração/ escolha. Irrevogabilidade da concentração. Escolha por terceiro Pluralidade de escolhedores unanimidade. Indivisibilidade da prestação CC, art. 252, 1º. Alternativas periódicas cada pagamento, uma escolha balanceamento de concentração nas obrigações periódicas

14 Impossibilidade superveniente de uma ou de todas as prestações: com culpa ou sem culpa do devedor; escolha pelo devedor ou pelo credor. Tutela processual específica das obrigações alternativas Obrigação alternativa, pedido alternativo Art O pedido será alternativo, quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo. Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz Ihe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo. Processo de Execução(título executivo extrajudicial) Art Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor, este será citado para exercer a opção e realizar a prestação dentro em 10 (dez) dias, se outro prazo não Ihe foi determinado em lei, no contrato, ou na sentença. 1 o Devolver-se-á ao credor a opção, se o devedor não a exercitou no prazo marcado. 2 o Se a escolha couber ao credor, este a indicará na petição inicial da execução.

15 2. Facultativas, ou obrigações com faculdade alternativa de cumprimento Obrigação principal o obrigação supletiva. Não há ato de escolha. Credor não tem direito correlato de crédito, e jamais pode escolher. Execução só da prestação principal. Impossibilidade da prestação principal perda de objeto (extinção da obrigação). Com culpa, sem culpa. 3. Cumulativa - E Só há adimplemento com o cumprimento das duas, ou mais, prestações, no termo aprazado (requisitos do pagamento). O descumprimento de uma significa inadimplemento.

16 Obrigações Subjetivas Plurais Multiplicidade de sujeitos no X Unicidade de sujeitos nos pólos polo ativo, passivo ou ambos (um credor, um devedor) 1. Obrigações Divisíveis e Indivisíveis Prestação divisível e indivisível art. 87, CC. Só tem relevância nas obrigações com pluralidade subjetiva. Regra é a divisibilidade da prestação quando há pluralidade de devedores ou credores, desde que o objeto da prestação seja fracionável. 7 consequências da divisibilidade da obrigação (Washington de Barros): a. Cada credor só pode exigir a sua parte. b. Cada devedor só é obrigado à sua parte. c. Devedor que paga tudo a um credor não se desobriga quanto aos demais credores. d. Credor que não recebe sua parte por querer receber tudo pode ser constituído em mora (mora creditoris). e. Suspensão da prescrição a um dos devedores não aproveita os demais. f. Interrupção da prescrição por um dos credores não beneficia os outros, e nem prejudica os demais devedores se feita contra um devedor só. g. Insolvência de um devedor não aumenta a cota dos outros.

17 Obrigações indivisíveis: razões físicas, econômicas, legais ou voluntárias (art. 258, CC). Indivisível com Pluralidade de Devedores a)cada um se obriga pela dívida toda. b) Quem paga tem direito a regresso (sub-rogação legal). c)inadimplência de um gera direito do credor de cobrar sua parte de qualquer outro. Indivisível com Pluralidade de Credores a) devedor deve pagar tudo a todos juntos b) Perdão de um não desobriga os demais credores, mas parte remitida é abatida do total. c) Se paga a um isoladamente, recebe caução de ratificação. CAUÇÃO DE RATIFICAÇÃO : Credor que recebe paga os demais, in natura ou em dinheiro. Perda do objeto sem culpa, com culpa : PERDAS E DANOS, volta a obrigação a ser divisível. Culpa de um devedor perdas e danos deste; demais, só a cota (art. 234). Culpa de todos divisão das perdas e danos.

18 2. Solidariedade Exceção à autonomia e fracionamento da obrigação. Responsabilidade de todos sobre o débito ou crédito. PLURALIDADE SUBJETIVA E UNIDADE OBJETIVA. a) Solidariedade da relação externa, divisibilidade na relação interna. b) Pagamento por um dos devedores, ou a qualquer dos credores, extingue a obrigação, independentemente de reembolso (teoria unitária). c) Solidariedade não se presume, resulta da lei ou da vontade das partes. Art. 266 condições diferentes para um dos devedores não prejudica os demais (continuam com obrigação simples, sem fator de eficácia).

19 2.1. Solidariedade Ativa Qualquer credor pode: a) receber dívida toda; b) constituir em mora; c) interromper prescrição. * Devedor pode pagar dívida a qualquer um sem caução de ratificação. Prevenção judicial se um dos credores ajuizou ação de cobrança sozinho, a preferência para receber o crédito é dele, senão devedor paga duas vezes. Art. 274, CC efeito da coisa julgada ultra partes : se improcedente não prejudica os co-credores; se procedente aproveita aos demais, salvo se exceção pessoal. Devedor não pode exigir litisconsórcio ativo. Pagamento parcial a um dos credores cobrança do remanescente! Remissão, compensação ou novação sem autorização responsabilidade do credor pelo débito originário, divisivelmente. renúncia remissão! Causas suspensivas de prescrição contra um dos credores não aproveita aos demais (ex: casamento) - art. 201, CC. Interruptivas comunicam. Exceções pessoais contra um dos credores não são extensíveis aos demais - art. 273, CC (ex: coação, compensação).

20 2.2. Solidariedade Passiva Credor pode cobrar de qualquer devedor a dívida toda. Devedor não pode impor pagamento parcial. Não há litisconsórcio necessário na cobrança / execução! Remissão: total todos se exoneram (ex: entrega do Título de Crédito) parcial solidariedade permanece quanto aos demais. Renúncia à solidariedade Se um vira insolvente renúncia - o renunciado entra na divisão remissão credor é responsável Exceções pessoais são ÔNUS do devedor, exceções comuns são DEVERES. Obrigação suplementar, condição ou termo não pode agravar situação de outros (ex: vencimento antecipado em caso de insolvência art. 333).

21 Processo chamamento ao processo dos devedores solidários. Crítica Nelson Nery. CDC SOLIDARIEDADE IMPERFEITA não há rateio igual, mas proporcional ao nexo causal. Não cabe chamamento ao processo (art. 88, CDC). FIADOR solidariedade quando renuncia ao beneficio de ordem ou aceita expressamente a solidariedade art. 828, CC Solidariedade Perda do - Não extingue o vínculo Objeto - Solidariedade permanece quanto à indenização - PD só pelo culpado Indivisibilidade - Resolve a obrigação - Vira PD em caso de culpa, sendo que a indenização é divisível - PD só pelo culpado Morte do credor ou devedor Sucessores não tem solidariedade. Para eles, a obrigação é fracionada (rel. interna) Respondem só pela quota do falecido, e não pela dos demais solidários. Sucessores continuam obrigados pelo todo, já que o objeto é indivisível.

22 Obrigações de Meio, de Resultado e de Garantia 1. Meio obrigação de bem fazer, agir com diligência. Ex: Médico, advogado. 2. Resultado obrigação de alcançar determinado fim. Se não alcança, é inadimplente. Fim se confunde com a própria prestação. Simples Não gera resp. objetiva, apenas inverte o ônus da prova quanto à culpa. Ex: transportador, empreitada, cirurgia plástica (exceção: Ruy Rosado) 3. Garantia obrigação de eliminar um risco ou suas conseqüências. Há adimplemento com a simples assunção do risco. Ex: Seguro, vícios redibitórios, evicção.

23 Transmissão das obrigações: Sempre após a criação e antes da exigibilidade. Crédito é parte do patrimônio do credor bens móveis por força de lei (art. 83, III, CC) 1. Cessão de Crédito Não cria nova situação jurídica - Mesmo crédito, com acessórios. Art O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação. Cessão onerosa Cessão pro soluto (in veritas nominis) regra: não há responsabilidade do cedente pelo adimplemento. Responsabiliza-se pela existência e validade do crédito. Cessão pro solvendo (in bonitas nominis) expressa; responsabilidade pela solvabilidade do cedido ao tempo da transmissão, restrita ao que recebeu (art. 297). Cessão gratuita não há garantia nem da validade do crédito, somente quando há má-fé.

24 EFICÁCIA PERANTE O DEVEDOR (cedido) Notificação pessoal do devedor e de terceiros garantidores. Pagamento ao cedente antes da notificação validade. EFICÁCIA PERANTE TERCEIROS. CC, Art É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se não celebrar-se mediante instrumento público, ou instrumento particular revestido das solenidades do 1 o do art. 654 (contrato de mandato). Registro da cessão no C. Títulos e Doc. (LRP art. 129, n. 9) Título de crédito ao portador dispensa notificação (art. 904, CC). Exceções oponíveis ao crédito: - Pessoais quanto ao cedente momento imediato após a notificação; - Pessoais quanto ao cessionário a qualquer momento após a notificação - Gerais, ou objetivas qualquer momento.

25 2. Assunção de Dívida Art É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava. Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa. Art O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento. Garantias reais ou pessoais (art. 300), salvo cláusula penal e juros; Exceções pessoais e exceções gerais. Simples/ Liberatória (arts. 299 a 303) x Cumulativa Expromissão (unifigurativa) entre credor e assuntor; dispensa anuência devedor. Simples ou cumulativa. Delegação (bifigurativa) entre devedor e assuntor; exige anuência devedor. Simples ou cumulativa. Requisitos: anuência credor Validade do NJ de assunção Solvência do novo devedor? art. 299, CC

26 3. Cessão de Posição Contratual Transmissão do complexo contratual (direitos e deveres decorrentes do contrato). Espécie de contrato atípico combinação entre cessão de crédito e assunção de dívida. Requisitos: - Contrato bilateral - Consentimento do cedido

27 1. Adimplemento Extinção das Obrigações Sentido amplo: qualquer modo de extinção da obrigação. Adimplemento em sentido estrito = pagamento. Fim último das obrigações Pagamento voluntário, adequado e direto. REQUISITOS SUBJETIVOS DO PAGAMENTO A) Quem paga (solvens) regra: devedor ou interessado a) Terceiro interessado sub-rogação nos direitos do credor (não extingue propriamente a obrigação) b) Terceiro não interessado paga por conta e em nome do devedor (art.304 equivale à doação); para em nome próprio (art. 305 direito de reembolso) Art O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. Art Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu. Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la.

28 B) Quem recebe (Accipiens) credor a) credor originário b) credor derivado Dúvida a quem pagar consignação em pagamento Quem paga mal, paga duas vezes exceções: - Credor putativo art. 309, CC direito de regresso ; dever de diligência do devedor; - Ratificação do pagamento pelo credor (art. 308) - Reversão do pagamento em favor do credor (art. 308, art. 310) - Art. 180, CC REQUISITOS OBJETIVOS DO PAGAMENTO A) Objeto (o que pagar) Art O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. - obrigações alternativas e facultativas - Dinheiro valor nominal atualizado (art. 315) - Escala móvel não vinculação ao SM, moeda estrangeira ou ouro. - Onerosidade excessiva art. 317 x art.478

29 B) Prova do pagamento Quitação Direito de retenção do pagamento pela mora creditoris da quitação. Quitação regular art. 320 Quitação deficiente art. 320, parágrafo único Presunções legais de pagamento Art Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores. Art Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumemse pagos. Art A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento. Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta do pagamento. - Despesas do pagamento: custos pelo devedor. - Pagamento por medida ou peso lugar da execução ( sacas de café ; alqueire mineiro =48.400m2; alqueire paulista =24.200m2; alqueire baiano = m2)

30 C) Local do pagamento Dívida quesível (querable) x Dívida portável (portable) Regra querable: domicílio do devedor art. 327, CC (ônus de buscar o pagamento é do credor) Mais de um lugar escolha do CREDOR! (art. 327, Parágrafo Único) Importância constatação da mora Art Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde situado o bem. Art Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor. Art O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato.

31 D) Tempo do pagamento Regra: obediência do prazo / á vista (art. 134, c/c art. 331CC) Art Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código: I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor; III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las. Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.

32 Modalidades especiais de pagamento 1) Pagamento em consignação ou Consignação em Pagamento Consignação como direito e como dever jurídico. Depósito judicial ou bancário. Depósito cessação dos juros e dos riscos de guarda e posse. A consignação / depósito significa, por si só, a extinção da obrigação? Cinco Hipóteses (art. 335 do CC) numerus clausus: I. credor não pode / se recusa a receber ou dar quitação; II. obrigação quesível que o credor não busca; III. credor incapaz de receber, ausente, desconhecido ou em local perigoso, difícil, incerto; IV. dúvida a quem pagar; V. dúvida quanto ao objeto do pagamento (litígio entre credor e terceiro reivindicatória, etc; litígio sobre o quantum debeatur).

33 O QUE? Coisa - Dinheiro, jóias, cártula, títulos, etc. - Cabe para obrigação de fazer? - Depósito integral (indivisibilidade, integralidade, identidade). CPC 899 Depósito a menor poderá ser completado. - Coisa incerta ou alternativa: Escolha do devedor cita para receber e depois deposita. Escolha do credor cita para escolha em 5 dias (CPC, art. 894), senão devedor escolhe. QUEM? Devedor ou representante, 3º interessado e 3º não interessado, em nome devedor. A QUEM? Contra o credor Solidariedade qualquer um; Indivisibilidade todos juntos. ONDE? Local do pagamento. Exceção: CPC, art. 892, Parágrafo Único (prestações periódicas, depositada a primeira). QUANDO? Dívidas por vencer. Cabe consignação de dívida já vencida? STJ, Resp Prestações periódicas: art. 892, CPC x art. 67, Lei Inquilinato

34 Levantamento da coisa depositada: Pelo credor: levantamento parcial (parcela incontroversa da dívida) ou total, sem oposição quanto ao valor depositado (significa quitação) Os credores do credor não podem levantar o bem depositado senão com a sua concordância! Pelo devedor: Julgamento de improcedência do pedido de consignação; Antes de impugnado ou aceito o depósito (art. 338, CC exceção ao art. 267, 4º, CPC). Após impugnado ou aceito o depósito, com a concordância do credor desistência da ação mas o credor perde suas garantias e preferências (art. 340, CPC). Consignação interrompe prazo prescricional.

35 2) Pagamento em sub-rogação. Exceção ao princípio de que o pagamento encerra a obrigação Transferência da qualidade de credor. Exonera credor originário. Requisitos: víncul o obrigacional; obrigação de dar ou fazer fungível; pagamento por iniciativa de terceiro; substituição do credor primitivo pelo terceiro. Legal art. 346 independe da vontade do credor; não pode ter especulação. Art A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: I - do credor que paga a dívida do devedor comum; II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel; III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.

36 Voluntária / Convencional art. 347 Tempo: contemporânea ao pagamento! Art A sub-rogação é convencional: I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos; II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito. (Vontade de sub-rogar deve ser expressa, senão é assunção de dívida nova!) Art Na hipótese do inciso I do artigo antecedente, vigorará o disposto quanto à cessão do crédito. Efeitos perante terceiros: art. 129, n.9º, Lei de Registros Públicos! Art Estão sujeitos a registro, no Registro de Títulos e Documentos, para surtir efeitos em relação a terceiros: 9º) os instrumentos de cessão de direitos e de créditos, de sub-rogação e de dação em pagamento.

37 3) Imputação do pagamento. Escolha de qual débito se satisfaz. Requisitos: 1) Pluralidade de obrigações pendentes de pagamento Dívida única, cabe imputação? Presunção do art. 354, CC/2002. Várias parcelas atrasadas Valor insuficiente para pagamento de uma das dívidas cabe pagamento parcial? 2) Obrigações fungíveis e de igual gênero; Significado de gênero. Mesmo ramo do direito? 3) Mesmo devedor e credor Pluralidade de credores/devedores 4) Dívidas líquidas e vencidas. Líquidas = certa quanto à existência e determinada quanto ao objeto. Vencidas = termo final, condição adimplida, vencimento antecipado, à vista. 5) Valor suficiente para saldar qualquer dívida, mas insuficiente para quitar todas.

38 4) Dação em pagamento Distinta da obrigação alternativa e da obrigação facultativa. Requisitos: Aceitação de prestação diversa do pactuado. Liberação total do devedor. Imediata transferência da coisa / prestação. Exigência de forma, para imóveis de valor acima de 30 SM. Regra: Dação é in soluto, e não pro solvendo. Dação pro solvendo necessidade de pactuação expressa, por incidência das regras da cessão de crédito. Evicção repristina a obrigação principal, quitação fica sem efeito. Efeitos sobre as fianças existentes sobre o débito antigo - art. 838 c/c art Cabe dação parcial? Dação em obrigações solidárias: se ativa, necessidade de concordância de todos os credores; se passiva, desnecessário. Cabe dação de dinheiro? Art. 995, CC/1916. Art O credor pode consentir em receber coisa que não seja dinheiro, em substituição da prestação que lhe era devida.

39 Extinção da obrigação sem pagamento 1) Novação Extinção não satisfativa da obrigação. Nova obrigação substitui a antiga renúncia à obrigação anterior, com seus efeitos, acessórios e garantias. Mudança do objeto ou das pessoas. Animus novandi não é confirmação do débito (mudança de prazo, alteração das garantias, substituição título, etc), mas a vontade de substituir a obrigação por outra. Art Dá-se a novação: I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior; II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este. Possível a novação de obrigação nula? E anulável? E obrigação natural? Invalidade da novação: retorno da obrigação originária, já que não alcançou a extinção senão de modo aparente.

40 Novação Objetiva, ou Real (art. 360, I) Alteração da prestação dar, fazer, não fazer ou da causa da dívida. Devedor continua vinculado, mas à outra dívida. Não se pode discutir débito anterior, pois extinto. Novação Subjetiva Passiva (art. 360, II) - Criação de nova obrigação com a substituição do devedor da obrigação originária. - Delegação devedor nomeia terceiro para substituí-lo. - Expromissão expulsão do devedor antigo. Desnecessária anuência do devedor originário (art. 362). Solidariedade novação não vincula devedores que não anuíram (art. 365) Novação é Pro soluto. Devedor antigo só é responsável quando ocultar insolvência do substituto (art. 363, CC/2002) Garantias: não permanecem, salvo determinação expressa. Garantias de terceiros: arts. 364 e 366, CC. Novação Subjetiva Ativa (360, III) - Substituição do credor da obrigação. Participam o credor originário, o credor substituto e o devedor, já que este deve assumir nova dívida.

41 2) Compensação Credor e devedor recíprocos, quanto a dívidas líquidas, exigíveis e fungíveis. Fungibilidade: homogeneidade concreta (Judith Martins- Costa) Não cabe compensação para obrigações de fazer ou não fazer. art. 378 exceção à liquidez das obrigações. É substituto ao pagamento. Privilégio ao adimplemento eticidade e poupança de energia. Espécies: 1. Convencional não se restringe pelas limitações legais. 2. Judicial juiz determina a liquidez dos créditos, que eram ilíquidos antes. 3. Legal art. 368, CC. Cabe compensação de obrigações naturais? E de obrigação prescrita?

42 Reciprocidade das obrigações a) Regra: só dívidas recíprocas. Exceção: Fiador pode opor crédito seu e do próprio afiançado ap credor (art. 371, CC) b)terceiro desinteressado não pode compensar crédito seu com débito do devedor c)cessão de crédito só autoriza cedido a compensar crédito com o cedente até a notificação. d) Quem se obriga em favor de terceiro não pode eximir de realizar a prestação por compensação com o estipulante - art. 376 (cf. Estipulação em favor de terceiro art. 436 e sgs.) Art. 372: prazos de favor. Processo: *Exceção de direito material crédito a compensar é igual ou menor que o do credor (art. 326, CPC) *Reconvenção crédito a compensar é maior que o do credor (315, CPC). *Não pode ser declarada de ofício pelo juiz, pois atine a interesse privado. Limites à compensação: renúncia prévia ao direito de compensar (art. 375, CC) acordo entre as partes prejuízo de terceiros (ex:crédito penhorado quando se torna exigível - 380)

43 Não são compensáveis: provier de esbulho, furto ou roubo alegação da própria torpeza se uma de originar de comodato, depósito ou alimentos infungibilidade dos bens dados em comodato e depósito; alimento = patrimônio mínimo se uma das prestações for de coisa não suscetível de penhora Compensação fiscal e parafiscal: Art. 374 revogado por vício de inconstitucionalidade (só lei complementar poderia estabelecer sobre compensação tributária). Somente é possível na existência de lei específica pelo ente com capacidade tributária ativa.

44 3. Confusão Unidade da relação obrigacional - Uma pessoa é credora e devedora. Reunião efetiva de patrimônios (se há patrimônios separados, ou afetados, não há confusão). Extinção da obrigação e também dos acessórios. Confusão total e parcial. Solidariedade só se dá na parcela do credor/devedor, os outros continuam obrigados. Art. 384 confusão que deriva de situação transitória ou de relação jurídica inválida ou ineficaz. Dir. Coisas vocábulo adequado é consolidação, que significa a reunião nas mãos da mesma pessoa do direito e do ônus real. É causa de extinção do direito real (hipoteca, usufruto, penhor, uso, habitação, servidão).

45 Remissão Perdão da obrigação. Distinto de remição (resgate). Negócio jurídico bilateral precisa de aceitação. Renúncia negócio jurídico unilateral. Sempre gratuito. Se há pagamento para remitir, há dação, ou transação, ou novação. Não pode prejudicar terceiros (ex: fraude x credores). Remissão in rem (obrigação como um todo) Remissão in personae (só para um devedor; devedor remido é solidário) Pode haver remissão parcial quanto ao débito ou quanto à garantia. Art. 387 devolução do bem dado em garantia real. Remissão Expressa documento Remissão Tácita art. 386 restituição do título ao devedor. Presunção juris tantum.

46 INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES Inadimplemento absoluto. Obrigação não foi cumprida e nem poderá ser. Total obrigação é descumprida em toda a sua extensão Parcial prestação é entregue apenas em uma parte. * Impossibilidade por causa do objeto cavalo morreu resolução do contrato mais PD, ou receber a coisa com indenização complementar. Só fato superveniente * Impossibilidade por falta de interesse do credor bufet de casamento termo é considerado ESSENCIAL (ao contrário do termo comum, que é acidental). Só pode resolver em perdas e danos não adianta a tutela específica. Obrig. de não fazer inadimplemento é sempre absoluto. Quando a obrigação é contínua, a reparação é in natura, mas há inadimplemento. Inadimplemento mínimo / Adimplemento substancial. Aplicação da vedação ao abuso de direito Afasta-se a possibilidade de resolução pelo inadimplemento. Prestação útil ao credor.

47 Inadimplemento Relativo - Mora Do Devedor Do Credor art. 400, CC Constituição em mora mora ex re e mora ex personae, mora presumida. Purgação da mora Possível enquanto houver utilidade e se houver cl. resolutiva expressa? Juros de mora art. 406, CC c/c art. 161, 1º, CTN (1% ao mês). Juros moratórios x juros compensatórios (art. 591, CC) Caso fortuito e força maior. Ausência de culpa para o inadimplemento. Impossibilidade de impedir não se trata de negligência ou imprudência (guardar dinheiro debaixo do colchão) Não há fortuito quando há: * Clausula expressa de afastamento * Mora daquele que sofre o fortuito Fortuito interno riscos do negócio Fortuito externo estranho ao negócio sempre afasta as PD pelo inadimplemento.

48 Perdas e Danos: dano emergente, lucro cessante. Independe do grau de culpa - é vinculado à extensão do dano. Cláusula exoneratória de perdas e danos. Indenização suplementar (art. 404, único). Cláusula penal ( Multa contratual, pena convencional ) Pacto acessório que fixa previamente as perdas e danos em caso de inexecução culposa. Função: estimular o adimplemento; pré-fixar perdas e danos. Limite é a própria obrigação. Independe de forma. É acessória do pacto principal exceção quando fixada para a nulidade da própria obrigação. Sanção premial. Cláusula penal moratória indenização complementar pela inexecução parcial (cláusula específica) ou mora. Cláusula penal compensatória multa pela inexecução do contrato. É alternativa em benefício do credor (art. 410) Cabe indenização complementar? art. 416, único. Pode ultrapassar o valor da obrigação?

49 Das Arras ou Sinal Funções: início de pagamento (arras confirmatórias - direito alemão) e pena pelo exercício do direito de arrependimento (arras penitenciais dir. francês). Confirmatórias início de pagamento. Se inexecutada a obrigação, funcionam como mínimo das perdas e danos (art. 419). Penitenciais exercício do direito de arrependimento, quando previsto Penitenciais exercício do direito de arrependimento, quando previsto esse direito no pacto. Valor máximo de indenização.

50

51 O que é um contrato? Contrato é um negócio jurídico bilateral, por meio do qual as partes declarantes, limitadas pelos princípios da função social e da boa fé objetiva, auto-disciplinam os efeitos patrimoniais que pretendem atingir, segundo a autonomia de suas próprias vontades. (STOLZI, GAGLIANO, 2005:11,12) Formação do contrato Manifestação de vontade expressa, tácita, presumida. - e o silêncio? Art. 111, CC. - Negociações preliminares (punctuação) - Proposta - completa e séria, obrigatória para o proponente art Aceitação - incondicional. - Tempo do contrato art..434: Art Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: I - no caso do artigo antecedente; (RETRATAÇÃO CONCOMITANTE À OFERTA) II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; III - se ela não chegar no prazo convencionado. - Lugar do contrato local da proposta (art. 435).

52 Classificação dos contratos 1) Quanto à tipicidade: típicos e atípicos 2) Quanto à reciprocidade de obrigações: bilaterais (obrigações principais contrapostas) e unilaterais (criação de obrigações somente para uma das partes) importância da distinção: exceptio non adimpleti contractus só se dá nos bilaterais bilateralidade imperfeita quando há deveres secundários para a parte que não tem obrigações ex: dever do comodante de indenizar as benfeitorias necessárias; dever do mandante em ressarcir as despesas do mandato. 3) Quanto à onerosidade: oneroso e gratuito quanto a existência de ônus correspondente à vantagem que obtém. importância da distinção: evicção só se dá nos contratos onerosos OÊ! oneroso =/= de bilateral; gratuito =/= unilateral. Tipos de onerosidade: comutativo e aleatório importância da distinção: vícios redibitórios só se aplicam aos comutativos. Tipos de álea: spei art. 458; res speratae art. 459 coisa futura, ou coisa presente em risco; litígio ou expostas a risco art. 460 e 461

53 4) Quanto ao aperfeiçoamento: consensuais e reais (momento da formação do contrato). 5) Quanto à solenidade: formais e informais a)forma ad probationem (art. 227, CC) e ad solenitatem (art. 108 e 109, CC) b)regra: consensualismo art. 107, CC 6) Quanto à duração: instantâneo (execução imediata ou diferida) e de duração, ou trato sucessivo. importância da distinção: teoria da imprevisão só se aplica aos contratos de duração; inexecução opera efeitos ex tunc, se instantâneo, ou ex nunc, se de duração; começa a contagem da prescrição da contratação, se instantâneo, ou a partir do vencimento de cada parcela, se de duração. 7) Quanto à duração: prazo determinado ou indeterminado importância da distinção: notificação para resilição unilateral só nos contratos a prazo indeterminado

54 8) Quanto à pessoalidade: pessoais (intuitu personae) ou impessoais importância da distinção: contratos pessoais não admitem execução forçada 9) Quanto à acessoriedade: principais e acessórios. 9) Quanto à acessoriedade: principais e acessórios. importância: em regra, o acessório acompanha o principal

55 Evicção Garantia de posse pacífica Garantia legal que tem o adquirente de coisa móvel ou imóvel, em contrato oneroso, que perde o direito de propriedade, posse ou uso, total ou parcialmente, geralmente por sentença judicial ou ato de desapropriação, devido a fato anterior ou contemporâneo à aquisição. Ação de evicção = restituição do valor com juros e correção, acrescida de indenização, custas judiciais e honorários. Cláusula exoneratória. Denunciação à lide em saltos (art. 456)

56 Vícios Redibitórios Garantia de posse útil Garantia legal contra defeito oculto no objeto móvel ou imóvel, adquirido por contrato comutativo, imperceptível ao exame comum e revelado após a tradição e que tira a qualidade de uso do bem ou lhe diminui o valor. Independe do conhecimento do vício pelo alienante. Decadência: 30 dias para móveis e um ano para imóveis, reduzidos os prazos pela metade se o adquirente já se encontrava na posse do bem. Cláusula voluntária de garantia impedimento da decdência Responsabilidade permanece se a coisa perecer por causa do vício. Ações: rebititória, para a restituição do preço pago, ou quanti minoris (estimatória), para abatimento do preço.

57 Estipulação em relação a terceiros exceções ao princípio da relatividade dos efeitos 1)Estipulação em favor de terceiro apesar de estranho à relação, terceiro é o beneficiário do contrato estipulado pelas partes (estipulante e promitente). Ex: seguro de vida. 2) Promessa de fato de terceiro uma das partes (promitente) se obriga perante a outra (promissário) a conseguir de terceiro a ratificação de determinada obrigação, sob pena de responder por perdas e danos. 3) Contrato com pessoa a declarar estipulante se reserva o direito, no próprio contrato, de se substituir no contrato por terceiro (eleito), ainda não designado, o qual assumirá os prós e os ônus contratuais em face do promitente. A nomeação deve ser feita no prazo decadencial determinado pelo contrato, ou no silêncio, em 5 dias. Cláusula pro amico eligendo. Contrato preliminar Objeto: celebração do contrato definitivo. Deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato definitivo, com exceção da forma. Execução: voluntária, coercitiva (art. 463), ou PD por inadimplemento (art.464). Presunção de irretratabilidade (direito de arrependimento só expresso).

58 Extinção do contrato Extinção natural do contrato pagamento. Extinção por causa contemporânea ou anterior à formação do contrato (nulidades, advento de termo, certo ou incerto; condição implementada ex: art. 475, CLT). Extinção por causa superveniente à formação do vínculo: 1) Resilição: manifestação de vontade para extinguir contrato. 1) Unilateral - só com autorização legal expressa ou implícita (natureza do contrato). Denúncia deve se dar com prazo razoável (art. 487, CLT aviso prévio no contrato de trabalho; art. 599, CC aviso prévio na prestação de serviços). 2) Bilateral distrato. Deve obedecer a forma exigida pelo contrato 2) Resolução: extinção por inadimplemento contratual. Cláusula resolutiva extingue o contrato por falta de pagamento. Expressa determinada no contrato; opera de pleno direito (manifestação judicial tem efeitos ex tunc). Tácita implícita em todo contrato bilateral; depende de interpelação judicial para gerar efeitos. Quando há inadimplemento, há possibilidade de exigir o adimplemento ou extinguir o contrato.

59 Exceção de contrato não cumprido (exceptio non adimpleti contractus) contra-direito nos contratos bilaterais; Teoria da Imprevisão, ou onerosidade excessiva art. 478 e 479, CC. Acontecimentos imprevisíveis e extraordinários, posteriores à celebração de contrato de duração, que causem excessiva onerosidade a uma das partes e extrema vantagem para a outra, podem dar causa à extinção do contrato. Princípio da conservação dos contratos - redimensionamento das prestações, salvando o contrato de ser extinto (cf. art. 317, CC). Contratos unilaterais: redução da prestação, ou a modificação de sua execução para evitar a onerosidade excessiva. O CC exige a imprevisibilidade do acontecimento. O CDC só exige a onerosidade. Por isso, no CDC a teoria é conhecida como teoria da onerosidade excessiva, e no CC, como teoria da imprevisão propriamente dita. Teoria da imprevisão Lesão (vício do negócio jurídico; desproporção no momento da contratação, por inexperiência ou premente necessidade art. 157).

60 Contratos em espécie 1) Contrato de compra e venda (art. 481 a art. 532, CC) Contrato pelo qual uma pessoa se obriga a transferir a propriedade de certo objeto a outra, mediante recebimento de soma em dinheiro, denominado preço. Classificação bilateral; oneroso; comutativo ou aleatório; formal (art. 108) ou informal; consensual. Legitimidade para alienar anulabilidade sem autorização dos outros descendentes/cônjuge; nulidade quanto às pessoas do art. 497; ineficácia entre condôminos (art. 504) e para com o locatário (art. 27 e 33, L. 8245/91). Coisa atual e futura; coisas no comércio; venda a non domino. Efeitos da compra e venda (tradição, transporte, riscos, garantias). Venda ad corpus e ad mensuram.

61 CLÁUSULAS ESPECIAIS DA COMPRA E VENDA ESTIPULAÇÃO EXPRESSA! 1) Retrovenda: garantia ao vendedor de reaquisição do bem imóvel dentro de determinado prazo mediante o pagamento do preço e despesas do comprador. Decadência: 3 anos; direito de sequela. Resgate não é nova CV. Cessível e transmissível a herdeiros 2) Venda a contento e sujeita à prova: Condição suspensiva. Até manifestação, é comodato. Contento é personalíssima, sujeita à prova não. 3) Preempção ou preferência: prioridade do vendedor na reaquisição do bem móvel ou imóvel, se o comprador resolver vender ou dar em pagamento. Direito PESSOAL Tanto por tanto (preço, prazo, garantias). Direito personalíssimo (intransmissível). * Imóvel máximo de preferência por 2 anos, 60 dias para manifestar interesse. * Móvel máximo de preferência por 180 dias, 3 dias para manifestar interesse.

62 4) Venda com reserva de domínio: vendedor transfere posse de coisa móvel, mas a propriedade é resguardada até que se complete o pagamento do preço. Contrato escrito e registrado no domicílio do comprador para atingir terceiros. Se inadimplente o comprador, pode o vendedor reivindicar a coisa, ou cobrar parcelas atrasadas e vincendas (vencimento antecipado). Comprador pode transferir a coisa, se autorizado pelo vendedor; tem posse justa, inclusive com ações possessórias. Propriedade do vendedor é resolúvel. Riscos da coisa e do preço são do comprador (res perit emptoris). Se vendedor recebe preço integral de instituição bancária, seus direitos se sub-rogam à instituição. 5) Venda sobre documentos: tradição simbólica. Vendedor deve encaminhar documentos e assume os riscos pelo transporte (salvo se houver seguro). Comprador deve pagar o preço no dia e lugar da entrega dos documentos e só pode negar-se a pagar se houver defeito de estrutura comprovado pelos documentos. Cabem vícios redibitórios, mas não cabe a alegação de vícios para negar o pagamento.

63 Contrato de doação (art. 538 a art. 564, CC) Contrato em que uma pessoa (doador), por liberalidade, transfere de seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra pessoa (donatário/ beneficiário), que o aceita. (César Fiuza) Classificação: unilateral, gratuito, consensual, formal (grande valor) ou informal; execução imediata ou diferida (prole eventual), intuitu personae. Consentimento - Doador: ato de liberalidade; Capaz (animus donandi). Donatário: ser pessoa. Nascituro; prole eventual; PJ ainda não constituida. Aceitação tácita Objeto: Bens no comércio. Doação a título universal é NULA; doação que ultrapasse a legítima dos herdeiros doação INOFICIOSA redução. Doação pura, onerosa, remuneratória, indenizatória, conjuntiva, com cláusula de reversão (condição resolutiva), propter núpcias (condição suspensiva), subvenção periódica (trato sucessivo)

64 Efeitos: presunção de proporcionalidade, se mais de um donatário; direito de acrescer, se marido e mulher; cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade, incomunicabilidade. Invalidade doação a concubino (2 anos, fim do casamento); fraude ao regime (nulidade); bens comuns sem autorização (2 anos fim do casamento arts , IV e 1.649); imóveis sem autorização (2 anos, fim do casamento art. 1647, I e 1649). Revogação ato exclusivo do doador, dir. irrenunciável antecipadamente. Decadência: 1 ano (actio nata). Não cabe em doações remuneratórias, propter nuptias, para cumprimento de obrigação natural ou com encargo cumprido. Ingratidão art. 557 Descumprimento do encargo, se em mora.

65 Contrato de Mandato (art. 653 a art. 692, CC) Art Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato. Quem pode ser mandante? Morte, interdição ou mudança de estado do mandante art Quem pode ser mandatário? Art Mandato conjunto, solidário e sucessivo (art. 672). Substabelecimento. Contrato bifronte - Direito de retenção, adiantamento de despesas, juros. Formalidade: princípio da paridade de formas. Para substabelecimento também? (art. 655) Limite dos poderes; Excesso de poderes gestão de negócios (art. 665) Mandato em causa própria (art. 685) e contrato consigo mesmo (art. 117) Extinção do mandato (art. 682). Revogação e Renúncia.

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