PARECER. 1. Na ficha em suporte de papel foram efectuados, dentre outros, os seguintes actos de registo:

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1 P.º R.P. 57/2010 SJC-CT Requalificação. Aquisição. Registo provisório por natureza, nos termos da alínea b) do n.º 2 do artigo 92.º do Código do Registo Predial que passou a provisório por dúvidas, em consequência da conversão em definitiva da inscrição de acção. PARECER A. No lugar de, da freguesia de, do concelho de, existe um prédio urbano inscrito na respectiva matriz sob os artigos,, e, que já foi descrito em livro (desc. nº...) e em ficha de suporte de papel ( / freguesia de ) e que presentemente se encontra descrito em ficha informática ( / Freguesia de ). Com interesse para a compreensão da matéria subjacente ao objecto do recurso, importa realçar o seguinte: 1. Na ficha em suporte de papel foram efectuados, dentre outros, os seguintes actos de registo: a) Reprodução dos registos lavrados em livro (G- - Ap / e G- - Ap. / ), de que resulta a aquisição da totalidade do prédio a favor de, c.c...., na comunhão de adquiridos; b) Hipoteca voluntária (C-... Ap. / ) a favor da, para garantia de abertura de crédito de $00, juros e despesas (m.m....$00); c) Penhora (F- Ap. /...) a favor da..., efectuada na execução movida por esta... contra o titular inscrito e mulher para cobrança do crédito de $00 garantido pela hipoteca voluntária anteriormente registada 1 ; d) Cessão do crédito de...$00 (Av. à insc. C-... Ap. / ), a favor dos ora recorrentes, c.c., na comunhão geral, e, c.c., na comunhão geral 2 ; e) Acção (G- Ap. / ), provisório por natureza (art. 92º, nº 1, a)), renovado pela Ap. / e pela Ap. /, instaurada por, c.c...., na comunhão de adquiridos, contra o titular inscrito e mulher, com pedido de prolação de sentença que produzisse os efeitos da declaração negocial dos réus enquanto promitentes vendedores do prédio; 1 - Como resulta da certidão de fls.../, a penhora foi efectuada na execução ordinária nº.../ do º Juízo Cível do Tribunal Judicial de, em que eram exequente... e executados os identificados... e mulher. 2 - Como se alcança da certidão referida na nota anterior, os cessionários... e foram habilitados na acção executiva por sentença transitada em julgado. 1

2 f) Em / / foi anotada a caducidade do registo de penhora F- Ap. / 3 ; g) Aquisição (G- Ap. / ), provisório por natureza (art. 92º, nº 2, b)), a favor dos ora recorrentes e, por adjudicação judicial (na acção executiva em que eram exequentes-habilitados). 2. A ficha informática do prédio foi elaborada em / / e para ela transitaram as inscrições G- e G-..., C- e respectivo Av., de acção (G- Ap. / /, com as assinaladas renovações) e de aquisição (G-... Ap. / / ) 4. Já depois da informatização mas anteriormente ao pedido de registo que determinou a requalificação que está em tabela no presente recurso, a coberto da Ap. de / /... foi cancelada a inscrição de hipoteca voluntária 5. B. Em.../ / (Ap. ) (autor na acção registada pela Ap.... de / /, com renovação em / / e em / / ) veio pedir a conversão em definitivo, com base em certidão extraída da acção de processo ordinário com o nº /, da ª Vara de Competência de, em que é Autor aquele, Habilitante (ou Habilitando?) o já identificado..., Ré a também já identificada... e Ré/Habilitada... Consta desta certidão cópia de um requerimento dirigido ao Mmº Juiz subscrito pelo Autor e pelas Rés, em que vêm dizer que chegaram a acordo para pôr termo ao processo e se encontram transigidos. Consta inter allia dos termos do acordo que as RR. reconhecem validade e eficácia ao contrato-promessa de compra e venda a que se refere o artigo 1º da petição inicial (ponto 1), que as RR. confessam o pedido formulado ( ) (ponto 2) e que em consequência, as RR. aceitam que seja proferida sentença que produza os efeitos da declaração negocial de venda dos supra identificados prédios, a favor do Autor ( ) (ponto 5). Consta ainda da certidão judicial a sentença de / /, transitada em 3 - Em / / (Ap.... a ) haviam sido pedidos vários actos de registo, dentre os quais o cancelamento do registo de hipoteca voluntária C-... e a aquisição a favor do... e do, mas o 1º acto foi recusado porque estava pendente o registo de uma acção em que se punha em causa a validade da cessão de crédito, e o 2º acto foi registado provisoriamente por dúvidas e por natureza (art. 92º, nº 2, b)). Em / /, data do registo provisório de aquisição a favor dos ora recorrentes, foi anotada a caducidade deste registo provisório e foi cancelado aquele registo da acção (desconhecemos o documento que lhe serviu de base. 4 - Ao reproduzir (extractar) esta inscrição G-, mencionou-se com causa (da aquisição) adjudicação em venda judicial (na ficha em suporte de papel figurava adjudicação judicial ). Convém relembrar que a adjudicação (prevista e regulada nos art.s 875º e segs. do C.P.C.) é um modo de pagamento (cfr. art. 872º do C.P.C), distinguindo-se da venda judicial em qualquer das suas modalidades (cfr. art. 886º do C.P.C.). 5 - Terá servido de base a este averbamento de cancelamento o despacho de / /, transitado em julgado em / /, proferido na execução referida na nota (1), que inter allia determinou o cancelamento daquele encargo nos termos do art. 888º do C.P.C., na redacção então vigente (cfr. certidão junta aos autos). 2

3 julgado em / /, que parcialmente transcrevemos: «Porque o objecto dos presentes autos se encontra na livre disponibilidade das partes, homologo por sentença a transacção redigida no requerimento de fls... e ss. ( ), obrigando as partes no cumprimento dos seus precisos termos. ( )». O pedido de registo mereceu da Senhora Conservadora o despacho de qualificação de.../ /, do seguinte teor: «1) Pela Ap. de / / foi convertida a inscrição Ap. de / / referente ao prédio /...; 2) Nos termos do nº 7 do artigo 92º do Código do Registo Predial (CRP), o registo de aquisição posteriormente lavrado (Ap. / ) e, portanto, incompatível com a referida inscrição anterior Ap. de / /, deverá ser substituída aquela provisoriedade por natureza nos termos da al. b) do nº 2 por uma provisoriedade por dúvidas, por violação do trato sucessivo; 3) Assim, determino que se averbe à inscrição Ap. de.../ / que foi removida a provisoriedade por natureza nos termos da al. b) do nº 2 e que a mesma passa a provisória por dúvidas. O pedido de registo e a respectiva qualificação obtiveram na ficha a seguinte tradução tabular: averbamento à Ap. de / / de conversão em definitiva ; averbamento oficioso à Ap. de.../ / com os seguintes dizeres: removida a provisoriedade nos termos da alínea b) do nº 2 do artigo 92º, passando a provisório por dúvidas. O despacho de qualificação foi notificado 6 em / / C. Em.../ / os contitulares inscritos da inscrição provisória de aquisição da Ap. de / /... e mulher e... e mulher interpuseram o presente recurso hierárquico do despacho da Senhora Conservadora que procedeu à requalificação deste registo provisório. Da petição de recurso, cujos termos aqui se dão como integralmente reproduzidos, ressalta a seguinte argumentação: a) O registo de aquisição da Ap.... de / /, a favor dos recorrentes, deveria ter sido efectuado ab initio com a natureza de definitivo e não a título provisório por natureza ; b)tendo a acção de execução específica sido registada (Ap. de / / ) em data posterior à do registo da hipoteca e da penhora, que permitiram aos recorrentes adquirir o identificado prédio em sede executiva, forçoso se torna concluir que o registo 6 - A avaliar pelo ofício de fls..., o despacho foi notificado apenas aos contitulares inscritos... e mulher. 3

4 da acção não pode afectar o direito dos recorrentes que, sendo consequência de um acto anteriormente inscrito, se encontra protegido pelo art. 34º, nº 4, in fine do Código do Registo Predial ; c) Os actos realizados em juízo não constituem excepção à regra da ineficácia relativa consagrada no art. 819º do C.C., pelo que é inoponível à execução qualquer transacção judicial celebrada sobre o bem onerado ; d) Uma vez concretizada a venda executiva do bem imóvel em / / (registada em... de de ), viriam a caducar todos os direitos reais constituídos ou registados posteriormente à hipoteca (art. 824º, nº 2, do Código Civil) ; e) O direito do promitente comprador no contrato-promessa objecto de execução específica tem eficácia meramente obrigacional, do que resulta que não sendo o registo da acção constitutivo de direitos e não revestindo o direito do promitente comprador eficácia real circunstância que lhe permitiria opor o seu direito a terceiros e/ou adquirir o bem em sede executiva por via da venda directa (art. 903º do Código de Processo Civil) com o registo da adjudicação judicial a favor dos recorrentes operou-se a caducidade do direito do aludido... e a consequente inutilidade superveniente do pedido de execução específica do contrato-promessa de compra e venda, sem prejuízo do exercício dos direitos indemnizatórios que lhe são concedidos pelo Código Civil ; f) Assim sendo, encontrava-se vedado à Recorrida proceder à conversão em definitivo da inscrição Ap. de / / pela Ap. /, já que os recorrentes eram detentores de um título registado antes da acção de execução específica, bem como da sentença homologatória de transacção judicial que nela viria a ser proferida ; g) Independentemente disso, os recorrentes estariam sempre protegidos pela prioridade do registo da hipoteca, da penhora e/ou da adjudicação executiva. A final, os recorrentes pedem 1) a anulação da decisão de conversão em definitivo da apresentação de / /, 2) o cancelamento do registo da acção inscrito pela apresentação... de / /, 3) a revogação do despacho de requalificação como provisório por dúvidas proferido em / /, e 4) o registo definitivo de aquisição a que se reporta a apresentação... de / /. D. Em / / a Senhora Conservadora exarou despacho de sustentação da decisão de requalificar o registo de aquisição da Ap. de / /, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos. Se bem interpretamos, a contra-argumentação da recorrida é basicamente a seguinte: 4

5 a) Ao tempo em que foi requerida a conversão do registo da acção de execução específica ( / / ) já não se encontravam em vigor quer a inscrição de penhora (Ap.... de / / ) quer a inscrição de hipoteca voluntária (Ap. de / / ), porquanto a primeira caducou (anotação efectuada em / / ) e a segunda foi cancelada através da Ap. de / / ; b) Estando em vigor uma inscrição de aquisição posterior ao registo de acção de execução específica e que foi, por isso, lavrada como provisória por natureza nos termos do art. 92º, nº 2, b), do C.R.P. -, com a conversão em definitivo do registo daquela acção não foi anotada a caducidade daquele registo de aquisição, mas antes averbada a transformação em provisório por dúvidas ao abrigo da excepção prevista na parte final do nº 7 do art. 92º do C.R.P.; c) Os recorrentes não impugnaram a qualificação como provisório por natureza (art. 92º, nº 2, b)) do registo de aquisição da Ap. de / /..., pelo que se conformaram com a qualificação então feita aceitando todas as consequências inerentes à mesma. Saneamento: 1- Delimitação objectiva do recurso Se bem interpretamos a douta petição de recurso, nesta são impugnadas quatro decisões registais melhor dizendo, como adiante explicitaremos, três decisões registais e uma não decisão registal (ou decisão registal negativa) -, mas no nosso modo de ver o recurso deve ser rejeitado relativamente a três dessas decisões. Vejamos. a. Decisão (implícita) que mandou converter em definitivo o registo de acção de execução específica. Decorre linearmente do art. 140º, nº 1, do C.R.P., que é impugnável a decisão do conservador que «recusa a prática do acto de registo nos termos requeridos». E também decorre do nº 1 do art. 71º do C.R.P. que os despachos de qualificação minguante do pedido de registo são notificados ao «apresentante» Sobre a noção de «apresentante», cfr. parecer emitido no Pº C.P. 3/2000 DSJ-CT, in BRN Nº 4/2000. A lei contenta-se com a notificação ao «apresentante» (cfr. deliberação tomada no Pº R.Co. 293/2002 DSJ-CT, in BRN nº 10/2003, nota 3). 5

6 Como tentámos demonstrar no parecer emitido no Pº 116/2006 DSJ-CT, na «impugnação» prevista no título VII do Código do Registo Predial só cabe a decisão registal desfavorável, ou seja, a decisão que não atenda ao pedido de registo tal como foi formulado. E como também tentámos demonstrar no parecer emitido no Pº R.P. 151/2006 DSJ-CT, só o «apresentante» pode impugnar a decisão registal. No pedido de conversão em definitivo do registo de acção de execução específica do contrato-promessa de compra e venda foi «apresentante» o autor, tendo a decisão registal (que implicitamente se deduz do averbamento da sua execução) sido inteiramente favorável. Portanto, desta decisão registal não cabe impugnação. Em face do exposto, concluímos que o presente recurso hierárquico deve, nesta parte, ser rejeitado nos termos do disposto no art. 173º, alíneas b) e c), do CPA, ex vi do art. 147º-B, do C.R.P. b. Cancelamento do registo da acção inscrito pela apresentação... de / /. Se bem interpretamos o pensamento dos recorrentes, estes não pedem apenas a anulação da decisão de conversão em definitivo do registo da acção de execução específica. Pedem ainda o cancelamento deste registo, com o argumento de que com o registo a seu favor da adjudicação no processo executivo se operou a caducidade do direito do promitente-comprador. Portanto, entenderão os recorrentes que o conservador, ao decidir registar em / / (Ap ) a aquisição a seu favor, deveria ter também decidido cancelar (oficiosamente) aquele registo (provisório) da acção. Assim sendo, e bem vistas as coisas, o objecto da presente impugnação é uma não decisão. Como de seguida referiremos, a decisão registal que qualificou o pedido de registo de aquisição executiva a favor dos ora recorrentes como provisório por natureza não foi oportunamente impugnada, nem impugnada foi a omissão da decisão (ou decisão negativa) de cancelamento oficioso do registo da acção. Nesta parte, o recurso hierárquico deve também ser rejeitado nos termos do art. 173º, d), do CPA ex vi do art. 147º-B do C.R.P., por ter sido interposto fora do prazo. Questão diferente é a da «rectificabilidade» do registo da acção/decisão, a que adiante voltaremos. c. Registo definitivo de aquisição a que se reporta a Ap.... de / /. 6

7 Os recorrentes não impugnaram a decisão registal implícita na feitura do registo de aquisição a seu favor como provisório por natureza nos termos do art. 92º, nº 2, b), do C.R.P. 8. Afigura-se-nos líquido que o que os recorrentes agora pretendem é impugnar aquela decisão registal, sendo o recurso, nesta parte, intempestivo, pelo que deve ser rejeitado nos termos do art. 173º, d), do CPA ex vi do art. 147º-B do C.R.P. Questão diversa, que adiante vamos abordar, é a da «rectificabilidade» deste registo Decorre do anteriormente exposto que o recurso hierárquico deve ser admitido tão somente quanto à decisão de requalificação do registo de aquisição executiva a favor dos recorrentes, de provisório por natureza nos termos do art. 92º, nº 2, b), para provisório por dúvidas. Aliás, foi esta concreta decisão registal que foi objecto de notificação no processo de registo da Ap.... de.../ / 2. O presente recurso é, assim, meio próprio para a impugnação da decisão registal anteriormente referida, as partes são legítimas, os recorrentes estão devidamente representados, o recurso é tempestivo e inexistem questões prévias ou prejudiciais que obstem ao conhecimento do mérito. Pronúncia: / 1- A requalificação do registo de aquisição efectuada a coberto da Ap.... de / 8 - De acordo com o nº 2 do art. 71º do C.R.P., na redacção do D.L. nº 533/99, de 11 de Dezembro, a qualificação do registo como provisório por natureza é notificada aos interessados, começando a partir daí a correr o prazo de impugnação (cfr. conclusão VI do parecer emitido no P. R.P. 317/2002 DSJ-CT, in BRN nº 4/2004). 7

8 1.1- Perante a redacção originária do nº 5 do art. 92º do C.R.P. 9, ocorreu neste Conselho um debate prolongado sobre a fixação do seu sentido e alcance 10. No parecer emitido no Pº R.P. 148/98 DSJ-CT, in BRN nº 5/99, firmaram-se as seguintes conclusões: III: «Deve ser lavrado como provisório por natureza nos termos da alínea b) do nº 2 do art. 92º do mesmo Código [do Registo Predial] o registo pedido na pendência de registo provisório e com este incompatível desde que o registo pedido em último lugar que assim se considerará dependente se legitime perante as tábuas caso não ocorra a cessação ou a transferência dos efeitos da inscrição (definitiva) de aquisição, de reconhecimento de direito susceptível de transmissão ou de mera posse que a conversão do registo prioritariamente lavrado implica»; IV: «Neste caso, em que se estabelece entre os registos provisórios uma relação de dependência indirecta ou de sinal contrário, anotar-se-á a caducidade do registo dependente quando haja conversão do registo prioritariamente lavrado nº 1 do art. 144º do CRP»; V: «Ao invés, deve o registo dependente ser oficiosamente convertido em definitivo sempre que se verifique a caducidade ou o cancelamento do registo de que assim dependa nº 2 do mesmo art. 144º». Damos aqui por integralmente reproduzida a argumentação então alinhada para sustentar um conceito alargado de «dependência» que acolhesse também no seu âmbito a chamada «dependência indirecta e de sinal contrário» 11. E salientamos que já então se chamava a atenção (cfr. nota 20 do citado parecer) para «situações que implicarão desvios ou correcção a esta orientação», alegando-se que «casos há, na verdade, em que a conversão do registo provisório prioritário, envolvendo embora a cessação ou a transferência dos efeitos do registo cuja subsistência asseguraria a legitimação tabular do facto objecto da inscrição dependente, não determinará a caducidade desta inscrição, mas antes a mudança do tipo de provisoriedade por natureza do registo». Entretanto, o já citado D.L. nº 533/99 modificou o art. 92º do C.R.P., tendo à al. b) do nº 2 e ao nº 6 deste artigo sido dada a seguinte redacção: nº 2- b): «As inscrições dependentes de qualquer registo provisório ou que com ele sejam incompatíveis»; nº 6: «As inscrições referidas na alínea b) do nº 2 mantêm-se em vigor pelo prazo do registo 9 - Era a seguinte a redacção: «As inscrições referidas na alínea b) do nº 2 mantêm-se em vigor pelo prazo do registo de que dependem, salvo se antes caducarem por outra razão, e a conversão do registo em definitivo determina a conversão oficiosa das inscrições dependentes» Este debate iniciou-se no Pº nº 1/39 R.P. 95, in BRN nº 1/96, págs. 11 e segs., e prosseguiu no Pº nº 91/96 R.P. 4, in BRN nº 6/ Para o que já então se salientava a conveniência e necessidade mesmo de mencionar na respectiva inscrição que a dependência em relação ao registo provisório anteriormente lavrado era indirecta ou de sinal contrário (cfr. nota 19 do aludido parecer). 8

9 de que dependem ou com o qual colidem, salvo se antes caducarem por outra razão, e a conversão do registo em definitivo determina a conversão oficiosa das inscrições dependentes ou a caducidade das inscrições incompatíveis; o cancelamento ou a caducidade do registo provisório determina a conversão oficiosa da inscrição incompatível». As alterações introduzidas no art. 92º do C.R.P. parece terem vindo ao encontro da posição do Conselho. Mas, na sua letra, não atentaram nas eventuais «situações que implicarão desvios ou correcção a esta orientação». Finalmente, o D.L. nº 116/2008, de 4 de Julho, modificou novamente o art. 92º do C.R.P., tendo os nºs 6, 7 e 8 ficado com a seguinte redacção: «6- As inscrições referidas na alínea b) do nº 2 mantêm-se em vigor pelo prazo do registo de que dependem ou com o qual colidem, salvo se antes caducarem por outra razão»; «7- Nos casos previstos no número anterior, a conversão do registo em definitivo determina a conversão oficiosa das inscrições dependentes e a caducidade das inscrições incompatíveis, salvo se outra for a consequência da requalificação do registo dependente ou incompatível»; «8- Nos casos previstos no nº 6, o cancelamento ou a caducidade do registo provisório determina a conversão oficiosa da inscrição incompatível, salvo se outra for a consequência da requalificação desta». Parece-nos que agora a letra da lei está em consonância com o seu espírito, tal como este vinha sendo captado pelo Conselho. O que significa que o conservador, no momento em que converte em definitivo, cancela ou anota a caducidade do registo provisório prioritário, deve sempre proceder à requalificação dos registos daquele dependentes ou com aquele incompatíveis, e esta requalificação pode produzir outra consequência que não aquela que a lei define como regra No caso dos autos, foi convertido em definitivo o registo da acção de execução específica. O registo de aquisição a favor dos ora recorrentes havia sido qualificado como provisório por natureza nos termos da al. b) do nº 2 do art. 92º do C.R.P., por ser incompatível com o registo provisório da acção. A Senhora Conservadora requalificou (oficiosamente) o registo de aquisição para provisório por dúvidas. Quid iuris? A primeira nota que importa introduzir é que a decisão da recorrida em requalificar o registo de aquisição como provisório por dúvidas é favorável aos recorrentes 12. Na verdade, dando de barato que aquele registo de aquisição foi 12 - O que, no rigor dos princípios, nos obriga a questionar se, mesmo em relação a esta decisão registal, o recurso é pertinente [cfr. art. 173º, b), do CPA ex vi do art. 147º-B, do C.R.P.]. Julgamos que o recurso é pertinente, com o argumento de que se trata no caso de uma decisão «oficiosa», que não tem pedido a 9

10 oportunamente bem qualificado, a regra que a recorrida deveria observar era a da caducidade da inscrição incompatível, ou seja, deste registo de aquisição (cfr. art. 92º, nº 7, do C.R.P.). Pergunta-se: justificava-se in casu a «excepção» de requalificar o registo de aquisição como provisório por dúvidas? A acção de execução específica de contrato-promessa, ainda que sem eficácia real, está sujeita a registo 13. Através de acção de execução específica de contrato-promessa de compra e venda de imóvel «pretende o autor obter uma sentença (constitutiva) que produza imediatamente os efeitos da declaração negocial do faltoso, tendo-se por celebrado o contrato prometido» 14. Sendo o efeito pretendido por aquela acção de execução específica o de declarar transmitida, por compra e venda, para o autor a propriedade plena do imóvel, «o registo provisório da acção tem efeitos equiparáveis àqueles que decorrem do registo de aquisição efectuado em idênticas condições, prevenindo uma modificação subjectiva do direito de propriedade inscrito a ocorrer com o trânsito em julgado da decisão da sua procedência que não pode deixar de relevar em sede de trato sucessivo» 15. Na perspectiva do trato sucessivo 16, e dando de barato que in casu não ocorria a excepção suportá-la, pelo que aos interessados sempre se deverá dar a oportunidade de demonstrar que a decisão lhes é desfavorável Segundo Oliveira Ascensão e Paula Costa e Silva, Anotação ao Acórdão do S.T.J. de 8 de Maio de 1991, in ROA Ano 52, pág. 203, «deverá ser registada, nos termos do artigo 3º do Código do Registo Predial, toda a acção cuja procedência implique uma alteração do conteúdo ou da estrutura de um direito real, não relevando, para efeitos de aplicação deste preceito legal, que aquela alteração resulte de uma acção fundada num direito real ou num direito de crédito, portanto quer se trate de uma acção real, quer não» Cfr. Calvão da Silva, Anotação ao Acórdão do S.T.J. de 10 de Julho de 2008, in R.L.J. Ano 137º, pág Cfr. parecer emitido no Pº R.P. 28/99 DSJ-CT, in BRN nº 8/99 (conclusão VIII e respectiva fundamentação) Temos defendido que o princípio do trato sucessivo tem natureza meramente formal, não se restringindo à aquisição derivada nem sequer se justificando como princípio de direito substantivo, antes indo buscar as suas raízes e os seus fundamentos ao princípio da prioridade e às presunções que do registo derivam para o seu titular (cfr. parecer emitido no Pº 1/133 R.P. 96, in BRN nº 9/97, pág. 7). Como ensina Calvão da Silva, op. cit., pág. 310, «( ) pela conversão do registo provisório (da acção) em registo definitivo (da sentença), este conserva a prioridade que tinha como registo provisório da acção (art. 6º, nº 3, do Código do Registo Predial), assim se acautelando o periculum in mora do processo». A propósito do nº 3 do art. 6º do Código do Registo Predial, pedimos vénia ao Autor antes citado par reproduzir o seguinte trecho (mesma página): 10

11 prevista na parte final do actual nº 4 do art. 34º do C.R.P., o registo de aquisição a favor dos ora recorrentes não poderia ter merecido outra qualificação que não fosse a que lhe foi atribuída: provisório por natureza nos termos do art. 92º, nº 2, b), do C.R.P., por incompatibilidade com o registo provisório da acção de execução específica 17. Ora, esta norma (art. 92º, nº 2, b)) de direito registal é, a nosso ver, uma norma especial que consagra uma «disciplina nova e diferente» 18 para os registos dependentes de ou incompatíveis com registo provisório prioritário, afastando-se da regra geral fixada no art. 70º do C.R.P. Sendo que àquela norma, e não a esta, deve ser dada prevalência, porquanto é ela que estabelece um regime de provisoriedade mais favorável para o interessado. «O propósito legislativo é, pois, bem claro: facultar à decisão final a produção de efeitos contra terceiros terceiros no sentido do art. 5º do Código do Registo Predial desde o primeiro momento (o momento do registo da acção) e não apenas depois do registo definitivo (da sentença). Destarte, se é certo que o promitente-comprador adquire a propriedade da coisa (só) com a sentença constitutiva, de eficácia ex nunc, certo igualmente que a oponibilidade a terceiros (art. 5º do Código do Registo Predial) da mesma sentença facto sujeito a registo opera desde a data do registo da acção. E assim, a anterioridade do registo da acção de execução específica torna inoponíveis ao autor registos ulteriores de aquisição realizados antes ou depois». Ainda a propósito do nº 3 do art. 6º do Código do Registo Predial, pedimos vénia a Oliveira Ascensão e a Paula Costa e Silva para transcrever o seguinte trecho (op. cit., págs. 211/212: «( ). Esta disposição deve ser devidamente interpretada quando o registo provisório seja o de uma acção: o registo definitivo é então o da sentença proferida a final. Como é evidente, não pode converter-se em definitivo o registo da acção. Haverá, outrossim, que proceder ao registo da sentença, que pôs termo à demanda. No entanto, a relação existente entre o registo de uma acção e o registo de uma sentença é idêntica à relação existente entre o registo provisório e o registo definitivo de um facto. A acção é, efectivamente, algo de transitório, algo que se execute com o tempo: a sentença transitada em julgado é tendencialmente definitiva. Porque todo o registo provisório significa uma reserva de lugar, o registo da acção implica a reserva de um lugar definitivo para o efeito real derivado da sentença. Deste modo, afirmar-se-á que nos termos do art. 6º, nº 3 do Código do Registo Predial, o registo da sentença conserva a prioridade que tinha o registo da acção. Nas palavras extremamente incisivas do Parecer do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registo e Notariado, aprovado por unanimidade [in Regesta nº 59, 72/p.), a sentença correspondente à declaração negocial translativa é o título de aquisição e como tal vai a registo. O registo da acção é a antecâmara do registo da decisão» Afigura-se-nos no caso deslocada a discussão sobre a natureza e efeitos do registo da acção de execução específica de contrato-promessa com eficácia meramente obrigacional. Aliás, mesmo de acordo com a jurisprudência uniformizada no Acórdão nº 4/98 do S.T.J. (in D.R. I Série-A, nº 291, de ), a execução específica seria no caso admitida porque a «transmissão» para o «terceiro» ocorreu após o registo da acção. Também não ajuda à resolução da questão registal dos autos a elucidação do problema sobre a natureza da venda executiva, para determinar se o adquirente na execução é «terceiro» para efeitos de registo (cfr. art. 5º, nº 4, do C.R.P., e Acórdãos do S.T.J. de , in CJS XI-I-págs. 19 e segs., e de , in CJS XIV- I-págs. 86 e segs.). 11

12 Porém, o que no caso dos autos aconteceu é que o conservador inicialmente deu prevalência à norma de direito especial (art.92º, nº 2, b)), mas depois, após a conversão do registo prioritário concorrente, decidiu adicionar exactamente o mesmo motivo de provisoriedade 19 para requalificar o registo incompatível como provisório por dúvidas. Ora, se «não são cumuláveis a provisoriedade por natureza da inscrição por dependência, directa ou indirecta (ou de sinal contrário), de registo provisório anteriormente lavrado quando no caso se verifiquem os respectivos pressupostos e a provisoriedade por dúvidas por inobservância do princípio do trato sucessivo, dado tratar-se então de uma e a mesma causa de provisoriedade» 20, parece-nos líquido que também não tem justificação a «cumulação sucessiva» da provisoriedade por natureza e da provisoriedade por dúvidas assente no mesmo motivo de provisoriedade: estar o prédio registado em nome de pessoa diversa do transmitente Em face do anteriormente exposto, e continuando a partir do pressuposto de que in casu não ocorria a excepção da parte final do nº 4 do art. 34º do C.R.P., é nossa Para nós, a questão registal prende-se com o princípio do trato sucessivo e terá exactamente a mesma resposta, quer a «transmissão» (registada após o registo da acção) tenha ocorrido antes do registo da acção de execução específica quer tenha ocorrido após este registo, quer a «transmissão» decorra de acto voluntário ou de acto forçado. Tal resposta é, como se disse no texto, a qualificação do registo de aquisição como provisório por natureza nos termos do art. 92º, nº 2, b), do C.R.P., por incompatibilidade com o registo da acção de execução específica Cfr. Baptista Machado, in Introdução ao Direito e ao Discurso Legitimador, 1991, pág O motivo de provisoriedade não mudou só porque num primeiro momento o registo é de acção (cfr. o disposto na nota 16). A provisoriedade radica, em ambos os momentos, em o prédio estar inscrito em nome de pessoa diversa do transmitente Citámos a conclusão I do parecer referido na nota Não negamos que o Conselho já defendeu a «conversão» da provisoriedade por natureza (art. 92º, nº 2, b)) em provisoriedade por dúvidas, em consequência da conversão em definitivo do registo prioritário concorrente (cfr. parecer emitido no Pº R.P. 149/99 DSJ-CT, in BRN nº 5/2000, ponto 8.2.1, e parecer emitido no Pº R.P. 213/2001 DSJ-CT, in BRN nº 7/2002). Mas cremos bem que tal posição foi defendida em contextos muito diferentes, em que o registo incompatível com o registo provisório prioritário era um registo de acção, cuja instância poderia eventualmente (ainda) ser subjectivamente modificada com a intervenção do novo titular agora definitivamente inscrito. Cfr. ainda nota (13) do parecer emitido no Pº R.P. 90/2000 DSJ-CT, in BRN nº 9/2000. Cfr. também parecer emitido no Pº R.P. 129/2005 DSJ-CT e as posições que ali se confrontaram perante a singularidade do caso. 12

13 opinião que o registo de aquisição da Ap.... de / /, inicialmente efectuado como provisório por natureza nos termos do disposto no art. 92º, nº 2, b), do C.R.P., foi indevidamente requalificado para provisório por dúvidas em consequência do averbamento de conversão em definitivo do registo da acção de execução específica. Do que extraímos duas conclusões: 1ª. O recurso hierárquico deverá improceder; 2ª. O acto de registo (averbamento) que requalificou o registo de aquisição a favor dos recorrentes é nulo nos termos do art. 16º, b), do C.R.P. (insuficiência de título), e pode ser cancelado nos termos do disposto no nº 2 do art. 121º do mesmo Código Decidido, nos termos propostos, o presente recurso hierárquico, não deve considerar-se esgotada a actividade da entidade ad quem, porquanto no nosso entender a situação jurídica do prédio publicitada enferma de deficiências que cumpre tentar corrigir ou sanar O registo de penhora lavrado pela Ap..../ Coloca-se-nos a questão de saber se este registo de penhora caducou. Partimos do pressuposto, já assente no Relatório, de que a penhora registada foi ordenada e efectuada no processo de execução da hipoteca voluntária registada em C- pela Ap. / 2.1- De acordo com o nº 1 do art. 12º do C.R.P., na redacção que vigorou entre 1 de Outubro de 1984 e 21 de Julho de , caduca decorridos 10 anos sobre a sua data o registo da penhora, de qualquer valor. Norma semelhante existia no Código do Registo Predial de 1967 (art. 225º) e no Código do Registo Predial de 1960 (art. 222º) Tem sido entendimento deste Conselho que os «erros de qualificação» são rectificáveis através do processo previsto e regulado no capítulo II do título VI do Código do Registo Predial. Cfr., por todos, parecer emitido no Pº C.P. 27/2001 DSJ-CT, in BRN nº 10/2001 (ponto 4.3) A citada norma legal foi profundamente alterada pelo D.L. nº 116/2008, de 4 de Julho, que eliminou da sua previsão o arresto, a penhora, a apreensão (agora declaração de insolvência), o arrolamento e outras providências cautelares, «garantindo, assim, a prioridade de uma acção que venha a prolongar-se para além daquele prazo» (cfr. preâmbulo do diploma). 13

14 2.2- Cremos ser pacífico o entendimento de que a citada norma legal assenta na «presunção da extinção do facto registado» 25. Catarino Nunes (ob. cit. na nota 24, págs. 468/471), depois de explicar que os registos integrantes da factispecie da norma representam situações transitórias e que se entendeu que tais situações estariam, normalmente, arrumadas dentro do período de 10 anos, defendia que, ou a presunção agia e o registo caducava, ou a presunção falhava e a «pessoa interessada» deveria pedir, dentro do prazo, a renovação do registo, mediante simples requerimento. Portanto, se bem interpretamos o pensamento do Autor, o pedido de renovação seria a única forma de ilidir a presunção da extinção do facto ou de demonstrar o falhanço desta presunção O ponto, porém, que nos angustia é o de saber se se deve presumir a extinção do facto penhora que, embora registado há mais de 10 anos, foi praticado num processo de execução do facto hipoteca voluntária, também sujeito a registo e efectivamente registado antes do registo da penhora, facto esse que, dado o seu valor, não é atingido pela mesma presunção e permanece representado pelo registo, que continua em vigor. Por outras palavras, a disciplina do nº 1 do art. 12º do C.R.P. (na redacção então vigente) aplica-se também ao registo de penhora efectuado em processo de execução de hipoteca voluntária registada com valor superior ao indicado naquela norma, enquanto este registo de hipoteca voluntária permanecer em vigor? Lebre de Freitas ensina que a própria penhora constitui uma garantia real a favor do exequente Se não erramos, foi no Código de 1960 que pela primeira vez se legislou neste sentido. Mas suscita-nos algum embaraço o esclarecimento de Catarino Nunes, in Código do Registo Predial Anotado, 1968, pág. 471, de que «antigamente, lançava-se à margem da inscrição uma simples nota de caducidade», o que sugere que norma semelhante já existia (literal ou teleologicamente), porquanto já no domínio do Código de 1960 a caducidade era lançada na inscrição por averbamento (cfr. art. 222º, nº 2) Cfr. Código do Registo Predial, Edição Actualizada e Anotada do Ministério da Justiça Direcção-Geral dos Registos e do Notariado, 1970, pág Cfr. A Acção Executiva à luz do código revisto, 2ª ed. 1997, pág. 190, nota (50), e págs. 218/219. Embora, como acentuam o Autor (ob. cit., pág. 219, nota 15) e Anselmo de Castro, in A Acção Executiva Singular, Comum e Especial, 1970, pág. 161, «essa preferência não tem outro interesse senão o de assegurar a prioridade do exequente em relação aos credores com penhora posterior nos mesmos bens, ou com arresto ou hipoteca judicial posteriores ( )». 14

15 Não assim, porém, e se bem ajuizamos, quando o crédito exequendo já tem garantia real, limitando-se neste caso o registo da penhora ao efeito da ineficácia relativa dos actos dispositivos do direito subsequentes 27. Ora, não cremos que na teleologia da citada norma do nº 1 do art. 12º do C.R.P. estivesse a hipótese do registo de penhora que, por o exequente já ser titular de um direito real de garantia inscrito, tem apenas por efeito a ineficácia em relação à execução dos actos de disposição, oneração e arrendamento do bem penhorado. Enquanto esse direito real de garantia permanecer nas tábuas, o registo da penhora não deverá ser atingido pela presunção de extinção do facto 28. Em face do exposto, inclinamo-nos para uma interpretação restritiva da norma do art. 12º, nº1, então vigente, do C.R.P., considerando que o legislador disse mais do que aquilo que pretendia dizer, porquanto não queria incluir na previsão da norma a hipótese dos autos Cfr. art. 819 do C.C., e Lebre de Freitas, ob. cit., págs 216/218, e Anselmo de Castro, ob. cit., págs. 154 e segs Como tentámos demonstrar no Pº R.P. 129/2000 DSJ-CT, in BRN nº 11/2000, «tendo sido a execução hipotecária instaurada apenas contra o devedor e encontrando-se à data do registo da penhora o prédio hipotecado já registado a favor de terceiro que entretanto adquiriu ao devedor, aquele registo da penhora deverá ser efectuado provisoriamente por natureza nos termos do art. 92º, nº 2, a), do C.R.P.» (conclusão II). A ser correcto este entendimento, a caducidade prematura do registo da penhora, desacompanhada da cessação (por cancelamento ou caducidade) dos efeitos do registo da hipoteca voluntária, poderia conduzir a que o exequente tivesse que demandar e poderia in casu fazê-lo, considerando que o registo da hipoteca voluntária foi cancelado pela Ap.... de / /? em processo executivo o terceiro adquirente do devedor que entretanto tivesse registado a aquisição (cfr. Acórdão da R.P. de , in CJ XXVI-II-205), apesar de a acção movida contra o devedor ainda estar pendente. Ora, este resultado seguramente não terá sido desejado pelo legislador. E não se poderá contra-argumentar que o exequente tinha nas suas mãos um expediente bem simples para evitar tal resultado (pedir a renovação do registo da penhora). Reconhecendo embora que a prudência deveria conduzir o exequente à adopção de tal comportamento e o conservador a admiti-lo (anotando efectivamente a renovação, caso tivesse sido pedida), o ponto está em saber se ele era legalmente exigível. Pela nossa parte, de acordo com o exposto, pensamos que não era. Também não se pode a nosso ver contra-argumentar que a penhora pode ser levantada e o registo cancelado em determinado circunstancialismo (cfr. art. 847º do C.P.C.), com possibilidade de verificação do mesmo resultado (i.e., novo registo da penhora renovada, já com aquisição inscrita em nome de terceiro adquirente ao devedor), porquanto neste circunstancialismo a lei visa penalizar uma conduta negligente do exequente no próprio processo executivo cfr. Baptista Machado, ob. cit., pág

16 2.4- Assente que o registo da penhora não caducou, importaria prima facie observar o entendimento firmado no Pº nº 75/96 R.P. 4, in BRN nº 11/ Acontece que a eliminação pura e simples da anotação de caducidade não resolve o problema dos autos, que só ficará resolvido quando for tomada decisão definitiva sobre qual dos registos (de aquisição a favor dos recorrentes ou de acção/decisão ), incompatíveis entre si, deverá prevalecer. Nesta perspectiva, não basta afirmar e declarar nas tábuas que o registo da penhora está em vigor (actividade que o conservador poderá desempenhar oficiosamente e sem intervenção de outrem). Antes se torna crucial rectificar o registo de aquisição a favor dos recorrentes, para dizer que o mesmo é definitivo, porquanto é consequência de um registo de penhora anteriormente efectuado, cabendo assim na excepção do nº 4 do art. 34º do C.R.P. Ora, esta rectificação, podendo embora ser promovida pelo conservador (cfr. art. 121º, nº 1, do C.R.P.), é, manifestamente, susceptível de prejudicar direitos dos titulares inscritos (concretamente, dos titulares inscritos do registo de acção/decisão ), pelo que será necessário observar o processo de rectificação previsto e regulado nos art.s 126º e segs. do C.R.P O registo da acção/decisão lavrado pela inscrição da Ap.... de / / e pelo averbamento da Ap.... de / /... A Rectificação cuja retroactividade se nos afigura indiscutível do registo de aquisição a favor dos recorrentes para dizer que este registo é «definitivo» recoloca o problema da qualificação do registo da acção/decisão. Se a rectificação caso, naturalmente, venha a ser ordenada se reporta a.../ /, nesta data apenas existia nas tábuas o registo de acção provisório por natureza (art. 92º, nº 1, a)). Colocar-se-ia, então, a questão de saber o que fazer a este registo da acção. Não vamos tomar posição sobre o ponto 32, porquanto o que na economia do parecer importa 30 - Aquele entendimento está expresso no ponto 17 do parecer. Dispensamo-nos aqui de o reproduzir, apenas salientando que aí se defendeu a eliminação pura e simples da anotação de caducidade a um registo que ainda está em vigor Sendo decidido no processo de rectificação que o registo de aquisição a favor dos recorrentes deve ser rectificado para «definitivo», então caberá eliminar a anotação da caducidade do registo da penhora, sobre o qual deverá incidir averbamento de cancelamento (cfr. art. 101º, nº 5, do C.R.P., na redacção anterior ao citado D.L. nº 116/2008) Ponto que não é isento de dificuldades, que no caso são acrescidas porque o despacho de / /, proferido na execução hipotecária, que ordenou o cancelamento dos ónus ou encargos não especificou o registo da 16

17 acentuar é que neste momento o registo não é já apenas de acção, provisório, mas de acção/decisão, definitivo, e o mesmo é incompatível com o registo de aquisição, que no nosso entendimento deve ser rectificado para definitivo, do que resulta que o registo de acção/decisão deverá ser cancelado em execução de decisão tomada no mesmo processo de rectificação. 4- Em face do anteriormente exposto, somos de opinião que a situação jurídica do prédio publicitada pelo Registo não é de molde a transmitir certeza e segurança ao comércio jurídico imobiliário, e o conservador não deve contemplar passivamente a indefinição daquela situação jurídica. Damos aqui por reproduzido o que sobre o ponto escrevemos no parecer emitido no Pº R.P. 257/2006 DSJ-CT, para que remetemos a Senhora Conservadora recorrida. Como então salientámos, o presidente do IRN, I.P. limita-se a ordenar ao conservador a instauração de processo de rectificação de registo, mas não vincula o conservador à prolação de determinada decisão. No caso dos autos, como resulta do parecer, é nossa convicção que está errado o registo de aquisição a favor dos recorrentes, devendo o mesmo ser rectificado para «definitivo» e ser cancelado, por incompatibilidade, o registo de acção/decisão, pelo que propomos a instauração de processo de rectificação destes registos. Se o parecer for superiormente homologado, a recorrida deverá instaurar processo de rectificação, mas não está vinculada ao entendimento subjacente à ordem da entidade ad quem. Por isso mesmo defendemos que no auto de verificação da inexactidão (cfr. art. 126º, nº 1, do C.R.P.) o conservador deve colocar as hipóteses de vício de registo, averbando a pendência de rectificação nos registos que, de acordo com as soluções plausíveis de resolução do litígio, poderão vir a ser afectados pela decisão definitiva que venha a ser proferida no respectivo processo. 5- Nos termos expostos, é entendimento deste Conselho que: a) O recurso não merece provimento; acção, e então estava em vigor a redacção do art. 888º do C.P.C. e do nº 5 do art. 101º do C.R.P. que exigiam despacho a mandar cancelar esses registos. Cfr. sobre o ponto, já no âmbito da legislação em vigor (art. 900º, nº 2, do C.P.C., e art. 101º, nº 5, do C.R.P., com a actual redacção), a deliberação emitida no Pº R.P. 42/2008 SJC-CT e a declaração de voto no mesmo também emitida. 17

18 b) Deve ser imediatamente instaurado processo de rectificação, nos termos anteriormente descritos 33. Em consonância, firmam-se as seguintes Conclusões 1- Da decisão registal que mande efectuar o registo nos termos requeridos pelo «apresentante» não cabe recurso hierárquico, pelo que este deve ser rejeitado nos termos do disposto no art. 173º, b) e c), do CPA ex vi do art. 147º-B do C.R.P. 2- Deve ser rejeitado nos termos do disposto no art. 173º, d), do CPA ex vi do art. 147º-B do C.R.P. o recurso hierárquico interposto para além do prazo fixado no art. 141º, nº 1, do C.R.P. 3- O conservador, no momento em que converte em definitivo, cancela ou anota a caducidade de registo provisório, deve sempre proceder à requalificação dos registos daquele dependentes ou com aquele incompatíveis, e esta requalificação pode produzir outra consequência registal que não aquela que a lei define como regra (cfr. art. 92º, nºs 6, 7 e 8, do C.R.P.). 4- Tendo sido efectuado provisoriamente por natureza nos termos do art. 92º, nº 2, b), do C.R.P. um registo de aquisição, radicando a provisoriedade na incompatibilidade deste registo com registo anterior de acção de execução específica de contrato-promessa de compra e venda, a conversão em definitivo deste registo determina a caducidade daquele registo provisório de aquisição, de acordo com a regra plasmada no art. 92º, nº 33 - No nosso modo de ver, o auto de verificação da inexactidão deve ser imediatamente elaborado e anotado no diário, bem como averbada a pendência de rectificação nos registos rectificandos, atentos os efeitos que desta decorrem (cfr. art. 126º, nºs 1 e 3, do C.R.P.). Mas, a partir daí, o processo deve ficar a aguardar a decisão definitiva da impugnação em curso. Na eventualidade de os recorrentes obterem em sede de impugnação judicial decisão favorável às suas pretensões, mormente de cancelamento do registo de acção/decisão e de conversão em definitivo do seu registo de aquisição, então haveria que cancelar oficiosamente o averbamento de pendência de rectificação (art. 126º, nº 4, do C.R.P., por argumento a pari). 18

19 7, do C.R.P., não se justificando no caso a requalificação deste registo para provisório por dúvidas. 5- Porém, verificando no momento da requalificação que o registo de aquisição é consequência de registo de penhora efectuado antes do registo da acção de execução específica agora convertido em definitivo com anotação indevida de caducidade, o conservador deve sobrestar na anotação de caducidade do registo de aquisição e instaurar processo de rectificação deste registo e do registo de acção/decisão, incompatíveis entre si (cfr. art.s 34º, nº 4, e 121º, nº 1, ambos do C.R.P.). 6- Está indevidamente anotada a caducidade de registo de penhora se este registo, tendo embora sido efectuado há mais de 10 anos e não tendo sido renovado, dentro do período de vigência do nº 1 do art. 12º do C.R.P. na redacção anterior ao D.L. nº 116/2008, de 4 de Julho, representa penhora efectuada em execução de hipoteca voluntária inscrita, com valor superior ao fixado naquela norma, a qual deverá ser interpretada restritivamente para excluir da sua previsão a hipótese descrita, que não pode ter sido desejada pelo legislador. Parecer aprovado em sessão do Conselho Técnico de 23 de Setembro de João Guimarães Gomes Bastos, relator, Maria Madalena Rodrigues Teixeira (com declaração de voto em anexo), Isabel Ferreira Quelhas Geraldes (subscrevendo a declaração de voto em anexo), António Manuel Fernandes Lopes (subscrevendo a declaração de voto em anexo), Maria Eugénia Cruz Pires dos Reis Moreira (subscrevendo a declaração de voto em anexo), Luís Manuel Nunes Martins, José Ascenso Nunes da Maia (subscrevendo a declaração de voto em anexo). Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Presidente em

20 20

21 Pº R.P. 57/2010 SJC-CT Declaração de voto Não acompanho o parecer na parte em que sugere uma interpretação restritiva da norma contida no artigo 12.º/1 do CRP, na redacção anterior ao Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho, nem o resultado que, por consequência, se propõe nos pontos 2.4. e seguintes, pelas seguintes razões: Como se sabe, o artigo 12.º do Código do Registo Predial (CRP) compreende um elenco de registos definitivos relativos a situações transitórias ou de duração limitada cuja extinção se presume decorrido o lapso de tempo prefigurado na lei. Visa-se, assim, expurgar da ficha de registo certos direitos, ónus ou encargos que, decorrido um determinado período temporal, se crê subsistirem nas tábuas apenas por inércia dos interessados, que não tomaram o impulso de obter o seu cancelamento. Entre os registos definitivos sujeitos à caducidade prevista no artigo 12.º do CRP, na redacção anterior ao Decreto-Lei n.º 116/ , figurava a penhora, a qual, como se sabe, se traduz em acto fundamental, porém, transitório do iter processual destinado à satisfação do direito do exequente que, normalmente, se extingue por causa da venda executiva operada no pertinente processo executivo, mas que poderá extinguir-se também por outra razão. Tomando como ponto de partida o enunciado linguístico ínsito no dito preceito legal, temos que o registo de penhora, de qualquer valor, caducava decorridos 10 anos a contar da data do registo, salvo se antes fosse pedida a sua renovação, logo, nada na letra da lei revelava a consideração dos efeitos da penhora, dos condicionamentos ligados ao objecto possível da penhora ou da situação tabular em presença após o decurso daquele prazo, senão a ponderação do tempo processual necessário à realização dos interesses visados com a execução (era o tempo de vida do processo o dado de experiência vertido em letra de lei de que se inferia a extinção do facto inscrito), sendo que, em qualquer caso, se concedia ao interessado a faculdade de tornar inoperante a presunção, mediante simples pedido. 34 Claro que, em face do disposto no artigo 32.º/3 do Decreto-Lei n.º 116/2008 e da nova redacção do artigo 12.º/1 do CRP, a interpretação proposta no parecer e a que aqui colocamos só assumem relevância relativamente a registos de penhoras que tenham completado o ciclo de vigência de 10 anos como registos definitivos antes de 21 de Julho, data da entrada em vigor daquele diploma legal, como, aliás, se passa no caso dos autos. 21

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