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1 3 ESTUDOS PRELIMINARES Os estudos preliminares foram divididos em duas etapas, a primeira com o objetivo de definir antecipadamente o nível máximo normal do reservatório de Garabi e a segunda etapa com a continuidade dos Estudos Preliminares. 3.1 Primeira Etapa Cota Garabi Essa etapa buscou a definição antecipada da cota de Garabi, para permitir o início das fases seguintes de estudo desse aproveitamento. Além de analisar diferentes níveis para o reservatório, também avaliou a melhor localização do aproveitamento, considerando dois eixos, um na posição original (Projeto Básico 1986) e outro a montante das localidades de Garruchos (Brasil e Argentina). Para essa definição foram incorporadas aos Estudos Preliminares algumas das ferramentas de Estudos Finais, previstas pelo Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas (CEPEL, 2007), como o Índice de Preferência (IP) Levantamentos de Dados e Estudos Diversos Os trabalhos dessa etapa foram executados com base na informação existente coletada e nos levantamentos e estudos realizados nos primeiros meses do estudo de inventário. Em face da necessidade de realizar os estudos para definição da cota de Garabi antes da conclusão dos levantamentos cartográficos, e antes mesmo de que se dispusesse do modelo do terreno, foi necessário construir uma base cartográfica preliminar para essa etapa dos estudos. Essa base foi obtida a partir dos modelos de elevação da SRTM, ajustado com respaldo nas informações então disponíveis, como o perfil longitudinal do rio Uruguai, a rede de apoio implantada no tramo Garabi Roncador e os levantamentos topográficos executados nas cidades de San Javier e Porto Xavier. A comparação das elevações do MDE da SRTM com as elevações desses levantamentos de campo indicou uma diferença média de 3 m, entre as elevações indicadas pela SRTM e os pontos de controle de campo. Assim, foram geradas as curvas de nível de interesse, que depois foram deslocadas 3 m em elevação. Ao final, obrigou-se que as curvas de nível, de cada elevação, passassem sobre o ponto do perfil longitudinal do rio na elevação correspondente. Para avaliar a qualidade do modelo de terreno obtido, compararam-se as curva cota x área x volume do Projeto Básico do aproveitamento Garabi, com a curva gerada por esse modelo, como apresentado na Figura Posteriormente, com o término dos levantamentos LIDAR no tramo I e a geração dos modelos digitais do terreno, foi possível comparar os dois modelos de elevação, validando o modelo utilizado nessa etapa dos estudos. Uma comparação entre os dois modelos é apresentada na Figura , que retrata a zona imediatamente a montante de Garabi, onde a linha vermelha representa a curva de nível 89 m obtida do modelo ajustado da SRTM e a linha verde representa a mesma curva obtida no modelo levantado pelo LIDAR. Página: 110/680

2 Figura Comparação entre o modelo SRTM (vermelho) e o LIDAR (verde) Área (km²) Cota (m) SRTM - ajustado Projeto Básico Volume (10 6 m³) Figura Curva cota x área x volume Garabi Projeto Básico (1986) x SRTM Para efeito de avaliação energética de um aproveitamento, o importante é o volume útil, ou seja a diferença de volume entre os níveis operacionais do reservatório. Pode-se supor, por exemplo, uma depleção de 2 m para Garabi (valor próximo ao que será calculado nos estudos energéticos), assim, considerando Garabi na cota 89 m, o volume útil pela curva SRTM seria de m 3. Já segundo o Projeto Básico de 1986 o volume útil seria de m 3, o que representa uma diferença de apenas 0,7%. Página: 111/680

3 Adicionalmente, com o objetivo de determinar nas periferias das cidades de San Javier e de Porto Xavier cotas das zonas críticas de possíveis inundações foi realizado um nivelamento trigonométrico. Na mesma região foram levantadas seções topobatimétricas para a elaboração de estudos de remanso, conforme será detalhado posteriormente. Da mesma forma, os estudos hidrológicos, hidráulicos e energéticos para esta fase do inventário foram realizados com base em informações parciais. As curvas de descarga foram definidas a partir das primeiras leituras de nível nos locais dos barramentos e correlações de níveis com escalas existentes e as curvas cota x área x volume foram obtidas dos modelos de terreno da SRTM ajustado. Dessa maneira, foram obtidos todos os dados necessários para os estudos, como: séries de vazões, curvas características, vazões de cheias, etc. que permitiram realizar os estudos nessa etapa. Os Estudos Ambientais nesta etapa apoiaram-se no Diagnóstico Ambiental parcial e na caracterização expedita da área de estudo. De forma a orientar as análises e fornecer uma base referencial adequada, a área de estudo nesta etapa ficou compreendida pelas sub-bacias dos afluentes a montante do eixo do aproveitamento Garabi, cuja localização está apresentada no mapa INV.URG-GE.00-MP.1001, incluído no volume 21 do presente Relatório Final. A área considerada compreende cerca de 54 mil km 2 e corresponde a pouco menos da metade da área total de estudo adotada para este Inventário. Como procedimento inicial para a elaboração do Diagnóstico, procurou-se equalizar os conhecimentos entre os membros da equipe técnica, por meio da troca de informações, liderada pelos técnicos que reuniam maior conhecimento prévio sobre a região de estudo. Em um segundo momento, partiu-se para o levantamento e análise das fontes de dados secundários, enfocando especialmente as fontes oficiais e as informações mais recentes disponíveis que permitissem selecionar os indicadores mais representativos para: identificar os compartimentos territoriais similares na bacia, de forma a definir as Subáreas em cada Componente-síntese; identificar as questões socioambientais relevantes e suas tendências evolutivas; identificar os potenciais impactos passíveis de serem gerados a partir da implantação de aproveitamentos hidrelétricos. Em complementação às atividades de levantamento de dados foram realizadas campanhas expeditas para reconhecimento dos locais barráveis, a fim de identificar os principais aspectos socioambientais que poderão ser afetados com a implantação dos aproveitamentos propostos. As investigações foram feitas basicamente nas seguintes datas: De 14 a 21 de abril de 2009 Equipe de coordenação do Consórcio CNEC-ESIN- PROA, acompanhado de representantes da EBISA e ELETROBRAS; De 8 a 12 de junho de 2009 visita pela equipe de coordenação do Consórcio CNEC- ESIN-PROA às cidades que margeiam o rio Uruguai; De 13 a 30 de junho de 2009 visita das equipes multidisciplinares Alternativas de Divisão de Queda A definição das alternativas de divisão de queda considerou os barramentos e as respectivas combinações indicados no planejamento dos estudos, onde foram planejadas 42 alternativas de divisão de queda. Página: 112/680

4 Essas alternativas tiveram os seus níveis reavaliados em função do perfil longitudinal da linha d água do rio e das curvas de descarga obtidas para cada um dos aproveitamentos, resultando nos valores indicados no Quadro Quadro Alternativas de divisão de queda consideradas no planejamento dos estudos Sítios Alternativas de divisão de queda Progressiva (km) Nome do local NA normal dos reservatórios (m) San Pedro Garabi Garabi II San Javier Porto Lucena Puerto Rosario Roncador Panambi Porto Mauá Santa Rosa NA natural médio (m) A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A redefinição dos níveis de Garabi nas alternativas 10 a 12 e 19 a 21 e Garabi II nas alternativas10a a 12A e 19A a 21A foi realizada com base em estudo de remanso do reservatório de Garabi e as conseqüentes afetações nas cidades de Porto Xavier e San Javier. Para esse estudo de remanso foram consideradas 107 seções utilizadas no Projeto Básico de Garabi, em 1986, apresentadas no relatório GA-139, e 7 seções topobatimétricas levantadas em junho de 2009 na região de Porto Xavier / San Javier. Essas seções, apresentadas nas Página: 113/680

5 Figuras a , visaram aumentar a precisão do modelo de remanso, justamente na área de maior interesse. Figura Seções adicionais levantadas para o estudo de remanso Figura Seção 15 Página: 114/680

6 Figura Seção 16 Figura Seção 17 Página: 115/680

7 Figura Seção 18 Figura Seção 20 Página: 116/680

8 Figura Seção 21 Figura Seção 23 Os cálculos de remanso foram realizados com o programa HEC-RAS (versão 4.0). A curva de descarga em Garruchos foi utilizada como condição de contorno e o modelo foi calibrado através do parâmetro rugosidade, com a curva de descarga do posto fluviométrico da Prefectura Naval Argentina de San Javier. O resultado dessa calibração, para vazões acima de m 3 /s é apresentado na Figura Para avaliar a afetação nas cidades de San Javier e Porto Xavier, se considerou o perfil para o qual a vazão em San Javier é de m 3 /s, esta vazão corresponde aproximadamente a Página: 117/680

9 recorrência de 50 anos no trecho (Garabi: m 3 /s e San Javier: m 3 /s), e se aproxima da máxima enchente registrada. A Figura mostra os perfis da linha d água para uma vazão de m 3 /s, na situação natural, e com a implantação de uma barragem em Garabi nas elevações 86 m, 87 m, 89 m e 94 m. 110 San Javier - Jul/1986 HEC-RAS - San Javier Nível d'água (m) Vazão (m3/s) Figura Calibração do modelo de remanso San Javier Cota (m) Cota de Fundo Sem barragem Garabi 86m Garabi 87m Garabi 89m Garabi 94m Distância (m) Figura Perfil da linha d água para m 3 /s Página: 118/680

10 De acordo com os levantamentos topográficos realizados nessas duas cidades, a restrição a cota de Garabi (ou Garabi II) é a cidade do lado brasileiro, que apresenta uma ocupação mais expressiva das zonas baixas. O Quadro apresenta os níveis d água na seção 18, que corresponde à cidade de Porto Xavier, para diferentes vazões, na condição de rio natural e de barragens em Garabi entre 86 m e 94 m. Quadro Níveis d água em Porto Xavier Vazão (m 3 /s) Sem barragem Garabi 86 m Garabi 87m Garabi 88 m Garabi 89 m Garabi 90 m Garabi 91 m Garabi 92 m Garabi 93 m Garabi 94 m ,40 89,56 89,97 90,47 91,05 91,70 92,42 93,18 93,99 94, ,76 91,61 91,90 92,25 92,67 93,16 93,71 94,33 94,99 95, ,73 93,45 93,67 93,94 94,26 94,65 95,08 95,58 96,13 96, ,53 95,11 95,29 95,51 95,77 96,08 96,43 96,85 97,31 97, ,15 96,63 96,78 96,96 97,18 97,44 97,74 98,09 98,48 98, ,64 98,03 98,16 98,32 98,51 98,73 98,99 99,29 99,63 100, ,02 99,32 99,44 99,58 99,75 99,94 100,17 100,43 100,74 101,08 Verifica-se que qualquer que seja a cota de Garabi, a barragem aumentará os efeitos de uma cheia na cidade de Porto Xavier. Isso posto, adotou-se como máxima afetação de convivência em Porto Xavier uma cota de Garabi que elevasse o nível natural da passagem de uma cheia de m 3 /s em 1,5 m. Dessa forma, as alternativas 10 a 12, 19 a 21, 10A a 12A e 19A a 21A, tiveram as cotas de Garabi e Garabi II estabelecidas em 89 m, e as alternativas 10, 19, 10A e 19A ficaram idênticas a outras alternativas já planejadas. Dado que todos os barramentos devem ser dimensionados para a passagem de uma cheia decamilenar, a partir das curvas de descarga estabelecidas para cada eixo, foram obtidos os níveis d água naturais na passagem dessa cheia. Considerando ainda a perda de capacidade de descarga do vertedouro em função do afogamento por jusante, foi definido um desnível mínimo de 3 metros entre o NA normal do reservatório e o nível natural do rio na passagem dessa cheia. Assim, foram definidos os valores mínimos para os níveis dos reservatórios de cada um dos aproveitamentos, apresentados no Quadro Aproveitamento Quadro Níveis d água mínimos possíveis para os reservatórios Vazão decamilenar (m 3 /s) NA natural anos (m) NA mínimo possível para o reservatório (m) Garabi ,35 85,50 Garabi II ,94 86,00 San Javier ,41 106,50 Porto Lucena ,21 109,50 Puerto Rosario ,39 112,50 Roncador ,29 116,50 Panambi ,02 120,00 Porto Mauá ,66 130,00 Santa Rosa ,33 130,50 Página: 119/680

11 Com base nessa análise, são excluídos os aproveitamentos, Garabi e Garabi II na cota 83 m, Porto Rosario na cota 111 m, e Porto Mauá na cota 124 m. A exclusão dos aproveitamentos de Garabi ou Garabi II na cota 83 m, implica na eliminação do eixo San Javier, que aparecia em diversas alternativas combinando com esses aproveitamentos. O aproveitamento Santa Rosa na cota 130 m, por essa mesma análise deveria ser excluído, mas considerando que a cota de não afetação dos saltos de Yucumã/Moconá ainda não havia sido definida, o mesmo foi mantido. Com as exclusões explicitadas, são 24 as alternativas a estudar, que foram reordenadas e renumeradas, como apresentado no Quadro Quadro Alternativas de divisão de queda consideradas para definição da cota Garabi Sítios Alternativas de divisão de queda Progressiva (km) Nome do local San Garabi Porto Puerto Garabi Pedro II Lucena Rosario Roncador Panambi Porto Santa Mauá Rosa NA natural médio (m) NA normal dos reservatórios (m) Os perfis dessas alternativas de divisão de queda são apresentados nos desenhos INV.URG- GE.00-DE.1005 a INV.URG-GE.00-DE.1010, no Tomo 3 - Desenhos. Página: 120/680

12 3.1.3 Simulações Energéticas INV.URG-GE.00-IT.4001-(P) Os estudos energéticos desenvolvidos seguiram os critérios básicos preconizados pelo Manual de Inventário Hidrelétrico de Bacias Hidrográficas (CEPEL, 2007) e Manuais disponibilizados pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL). Para a determinação dos benefícios energéticos propiciados pelos aproveitamentos hidrelétricos, constantes das diversas alternativas de divisão de queda, foi utilizado o modelo de simulação SINV Sistema de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas, versão 6.0.3, desenvolvido pelo CEPEL. Como critérios econômicos básicos, utilizou-se período de retorno de 50 anos, com taxa de juros de 12% ao ano, que são valores usuais neste tipo de estudo e sugeridos pelo Manual. Nos critérios energéticos, destacam-se o COM (custo de operação e manutenção), CUR (custo unitário de referência), CRE (custo unitário de referência da energia) e CRP (custo unitário de referência de ponta), descritos e calculados no item deste relatório. Como dados de partida, foram considerados: Período crítico do sistema energético, que abrange os meses de Junho de 1949 até Novembro de 1956; Série de vazões naturais para cada aproveitamento. A série gerada em cada local de aproveitamento cobre o período de Janeiro de 1931 a Dezembro de 2007; Curvas características dos aproveitamentos, que são a curva cota x área x volume e a curva de descarga do canal de fuga; Dados de balanço hídrico, que contemplam a evapotranspiração; Aproveitamentos existentes ou previstos na bacia do rio Uruguai, listados no Quadro Quadro Dados de Entrada SINV: Aproveitamentos Considerados Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) São Roque 780,0 756,0 214 Garibaldi 705,0 704,0 150 Campos Novos 660,0 655,0 880 Passo da Cadeia 940,0 898,0 104 Pai Querê 797,0 762,0 292 Barra Grande 647,0 617,0 699 Machadinho 480,0 465, Itá 370,0 370, Foz do Chapecó 265,0 265,0 855 Itapiranga 193,0 193,0 725 Passo Fundo 598,0 584,0 226 Monjolinho 328,5 328,5 74 Quebra Queixo 549,0 544,0 120 Página: 121/680

13 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) São José 154,7 146,6 51 Passo São João 128,4 128,4 77 Salto Grande 34,9 24, Alternativas de divisão de queda, que foram apresentadas no item deste relatório. Como sistema de referência adotou-se o Sistema Interligado Nacional (do Brasil) SIN. Entretanto, conforme admitido pelo Manual de Inventário, o sistema em relação ao qual foram determinados os benefícios energéticos foi a bacia caracterizada pelo conjunto de aproveitamentos em estudo e os aproveitamentos já inventariados situados a montante do rio Uruguai, que são as Usinas Hidrelétricas existentes em território brasileiro e Salto Grande, a jusante, apresentadas no Quadro As simulações energéticas, realizadas pelo programa SINV, inicialmente otimiza os volumes úteis dos aproveitamentos para a determinação dos benefícios energéticos. O deplecionamento de cada reservatório é então fixado visando maximizar o benefício energético, tendo como base a energia firme da alternativa. Observa-se, no entanto, que foi admitida a limitação do deplecionamento máximo a um terço (1/3) da queda bruta máxima para cada aproveitamento. Definidos os deplecionamentos ótimos, passou-se à determinação da energia firme e potência instalada, o sistema adotado para cada aproveitamento o maior valor de potência instalada em cada sítio encontrado, após simular todas as alternativas em simultâneo. Em seguida, as alternativas foram simuladas individualmente, para obter os valores de energia firme. Adicionalmente, foi realizada uma simulação adicional de cada alternativa, para determinar a energia média gerada no período de , para posterior avaliação dos benefícios energéticos fora do período crítico. Os resultados dessas simulações, para Fk=0,55, são apresentados nos Quadros a Nome Quadro Simulação Energética Alternativa 1 NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Panambi ,0 126, Garabi 94 94,0 88, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 2 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Panambi ,0 124, Garabi 94 94,0 88, San Pedro 52,0 50, Página: 122/680

14 Quadro Simulação Energética Alternativa 3 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Roncador ,0 126, Garabi 89 89,0 87, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 4 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Panambi ,0 126, Garabi 89 89,0 87, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 5 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Porto Mauá ,0 130, Garabi 89 89,0 87, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 6 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Roncador ,0 120, Garabi 89 89,0 87, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 7 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Panambi ,0 124, Garabi 89 89,0 87, San Pedro 52,0 50, Página: 123/680

15 Quadro Simulação Energética Alternativa 8 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Puerto Rosario ,0 119, Garabi 87 87,0 86, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 9 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Puerto Rosario ,0 123, Garabi 87 87,0 86, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 10 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Porto Lucena ,0 120, Garabi 86 86,0 85, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 11 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Porto Lucena ,0 120, Garabi 86 86,0 85, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 12 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Santa Rosa 130,0 130, Porto Lucena ,0 110, Garabi 86 86,0 85, San Pedro 52,0 50, Página: 124/680

16 Quadro Simulação Energética Alternativa 13 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Panambi ,0 126, Garabi II 94 94,0 91, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 14 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Panambi ,0 124, Garabi II 94 94,0 91, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 15 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Roncador ,0 126, Garabi II 89 89,0 85, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 16 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Panambi ,0 126, Garabi II 89 89,0 85, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 17 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Porto Mauá ,0 130, Garabi II 89 89,0 85, San Pedro 52,0 50, Página: 125/680

17 Quadro Simulação Energética Alternativa 18 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Roncador ,0 120, Garabi II 89 89,0 85, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 19 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Panambi ,0 124, Garabi II 89 89,0 85, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 20 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Puerto Rosario ,0 119, Garabi II 87 87,0 85, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 21 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Puerto Rosario ,0 123, Garabi II 87 87,0 85, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 22 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Porto Lucena ,0 120, Garabi II 86 86,0 86, San Pedro 52,0 50, Página: 126/680

18 Quadro Simulação Energética Alternativa 23 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Porto Lucena ,0 120, Garabi II 86 86,0 86, San Pedro 52,0 50, Quadro Simulação Energética Alternativa 24 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Santa Rosa 130,0 130, Porto Lucena ,0 110, Garabi II 86 86,0 86, San Pedro 52,0 50, No Quadro é apresentado um resumo das potências calculadas nos aproveitamentos. Quadro Resumo de Potências Estudos Preliminares 1ª Etapa Aproveitamento Potencia (MW) Garabi - 94 m Garabi - 89 m Garabi - 87 m Garabi - 86 m 979 Garabi II - 94 m Garabi II - 89 m 949 Garabi II - 87 m 938 Garabi II - 86 m 926 Porto Lucena m Porto Lucena m Porto Lucena m 711 Puerto Rosario m Puerto Rosario m Roncador m Roncador m 963 Panambi m 986 Panambi m 851 Porto Mauá m 653 Santa Rosa m 510 Página: 127/680

19 3.1.4 Arranjo dos Aproveitamentos INV.URG-GE.00-IT.4001-(P) Os arranjos dos aproveitamentos para a primeira etapa dos estudos preliminares foram concebidos sobre a base cartográfica preliminar. Para a definição das dimensões aproximadas das estruturas, utilizaram-se as planilhas de dimensionamento do Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas (CEPEL, 2007) relativas aos estudos finais. A seguir, descreve-se, de forma sucinta, a disposição do arranjo de cada um dos eixos estudados na primeira etapa dos estudos preliminares Garabi Garabi N.A. cota 94,0 m O arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1030 apresenta uma Casa de Força implantada na margem esquerda com 7 unidades, equipadas com turbinas do tipo Kaplan e caixa semi-espiral de concreto, totalizando uma potência instalada de MW. Contiguo à Casa de Força está o Vertedouro, composto por 22 vãos, sendo parte deles com adufas para a 2ª etapa de desvio, que serão construídos junto com a Casa de Força na margem esquerda. No leito do rio será implantado o trecho restante do Vertedouro que não será utilizado para o desvio. O fechamento é completado com barragens de terra de tipo homogêneo em ambas as margens, até a cota 98,0 m, alinhados com as estruturas. Garabi N.A. cota 89,0 m O arranjo apresentado no desenho INV.URG-GE.00-DE.1031 conta com uma Casa de Força localizada na margem esquerda, com 7 unidades, equipadas com turbinas do tipo Kaplan e caixa espiral de concreto, totalizando MW de potencia instalada. A continuação da Casa de Força, no leito do rio, está o Vertedouro, composto por 23 vãos, uma parte dos quais é construído com vãos rebaixados, junto com a Casa de Força, por onde será realizado o desvio de segunda etapa. O restante dos vãos é construído no leito do rio, juntamente com parte da barragem da margem direita. O fechamento é completado com barragens de terra do tipo homogêneo, estendendo-se até o encontro das ombreiras em ambas as margens, até a cota 93,0 m. Garabi N.A. cota 87,0 m O desenho INV.URG-GE.00-DE.1032 apresenta o arranjo das estruturas com uma Casa de Força composta de 8 unidades, implantada na margem esquerda, com potência total instalada de1.010 MW e caixa semi-espiral de concreto. O Vertedouro é composto por 24 vãos localizados parte no leito do rio e parte na margem esquerda, sendo que estes últimos serão construídos com vãos rebaixados, junto com a Casa de Força, para o desvio de 2ª etapa. Alinhada com as estruturas de concreto será completado o fechamento com barragens de solo homogêneo nas duas margens do rio, até a cota 91,0 m. Garabi N.A. cota 86,0 m Na cota 86,0 m, o arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1033 apresenta uma disposição das estruturas semelhante à dos arranjos anteriores, com a Casa de Força composta de 8 unidades, equipadas com turbinas Kaplan, totalizando 979 MW de potência instalada. Neste caso o Vertedouro é composto por 25 vãos distribuídos no leito e a margem esquerda, local onde os mesmos serão construídos com vãos rebaixados para o desvio de segunda etapa. Em Página: 128/680

20 ambas as margens é completado o fechamento com barragens de terra homogênea que seguem o alinhamento das estruturas de concreto Garabi II Garabi II N.A. cota 94,0 m O arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1034 apresenta a Casa de Força localizada na margem esquerda, com 7 unidades, equipadas com turbinas do tipo Kaplan e caixa semiespiral de concreto. A potência total instalada é de MW. O Vertedouro é posicionado encostado à Casa de Força e é composto por 22 vãos, parte deles construídos com adufas junto com a Casa de Força para o desvio na 2ª etapa. Neste arranjo, os fechamentos laterais resultam mais longos, mas igualmente independentes do restante das obras, portanto não é afetado o esquema de implantação adotado. Foram previstas barragens de terra com cota máxima na elevação 98,0 m. Garabi II N.A. cota 89,0 m O desenho INV.URG-GE.00-DE.1035 apresenta o arranjo proposto, onde também a Casa de Força está localizada na margem esquerda, e é composta de 7 unidades, equipadas com turbinas Kaplan e caixa semi-espiral de concreto, com potência total instalada de 949 MW, seguida de um Vertedouro com 23 vãos que ocupam o leito e em parte serão construídos com vãos rebaixados junto com a Casa de Força na margem esquerda para a 2ª etapa do desvio. Os fechamentos em ambas as margens é completado com barragens de solo homogêneo até a cota 93,0 m, alinhados com as estruturas. Garabi II N.A. cota 87,0 m O arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1036 possui uma Casa de Força implantada na margem esquerda com 8 unidades, equipadas com turbinas Kaplan y caixa semi-espiral de concreto. A potência total instalada neste caso é de 938 MW. A estrutura do Vertedouro é composta por 24 vãos posicionados no leito do rio e na margem esquerda, encostados na Casa de Força, sendo parte deles construídos com vãos rebaixados junto com a Casa de Força para ser utilizados com desvio de segunda etapa. Na margem esquerda e direita o fechamento é completado com barragens de terra homogênea com cota na elevação 91,0 m. Garabi II N.A. cota 86,0 m O desenho INV.URG-GE.00-DE.1037 apresenta o arranjo proposto com a disposição da estrutura semelhante à dos casos anteriores, diferenciado pela elevação da crista, neste caso na cota 90,0 m e pela potência menor instalada, totalizando 926 MW, também em 8 unidades, equipadas com turbinas Kaplan e caixa semi-espiral de concreto. A estrutura do vertedouro conta com 25 vãos distribuídos parte no leito do rio e parte no desvio de segunda etapa da margem esquerda Porto Lucena Porto Lucena N.A. 130,0 m No arranjo apresentado no desenho INV.URG-GE.00-DE.1038, o Vertedouro de 22 vãos é posicionado na sua totalidade no braço maior do rio que se encontra dividido por uma ilha central. Um trecho do Vertedouro é construído com adufas para a 2ª etapa de desvio. A Casa Página: 129/680

21 de Força é posicionada na margem esquerda e conta com 7 unidades, equipadas com turbinas do tipo Kaplan, com uma potência total instalada de MW e caixa semi-espiral de concreto. A ligação entre o Vertedouro e a Casa de Força se realiza por uma barragem de concreto convencional até a cota 134,0 m. Os barramentos laterais também serão executados em concreto convencional, alinhados com as demais estruturas. Porto Lucena N.A. 124,0 m No desenho INV.URG-GE.00-DE.1039 é apresentado o arranjo proposto. Nesta situação a Casa de Força também é posicionada na margem esquerda e é composta de 7 unidades, equipadas com turbinas Kaplan e caixa semi-espiral de concreto. A potência total instalada é de MW. O Vertedouro de 22 vãos é posicionado no braço maior do rio e parte dele e construído com adufas como solução para o desvio de 2ª etapa. O fechamento do trecho entre a Casa de Força e o Vertedouro é feito com uma barragem de concreto convencional, assim como as barragens laterais localizadas na margem esquerda e direita, até a cota 128,0 m Porto Lucena N.A. 111,0 m No arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1040 as estruturas apresentam a mesma disposição do arranjo anterior, com a Casa de Força composta por 6 unidades, equipadas com turbinas Kaplan e caixa semi-espiral de concreto, totalizando 711 MW de potência instalada. Neste arranjo o Vertedouro conta com 24 vãos, sendo parte deles rebaixados para o desvio de 2º etapa. As barragens laterais e intermediaria de fechamento serão construídas em concreto convencional até a cota 115,0 m Puerto Rosario Puerto Rosario N.A. 130,0 m O Arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1041 apresenta uma Casa de Força posicionada na margem direita do rio, com 6 unidades, equipadas com turbinas do tipo Kaplan e caixa semiespiral de concreto, com potência total instalada de MW, seguida de um Vertedouro composto por 22 vãos, sendo parte deles rebaixados, através dos quais ocorrerá o desvio de segunda etapa. O fechamento lateral é completado com uma barragem de concreto convencional de pouca altura na margem direita e uma de altura maior na margem esquerda, até a cota 134,0 m. Puerto Rosario N.A. 124,0 m No arranjo apresentado no desenho INV.URG-GE.00-DE.1042 a disposição das estruturas é similar ao do arranjo anterior, com a Casa de Força passando a 7 unidades, equipadas com turbinas Kaplan que totalizam uma potência instalada de MW. O Vertedouro também é composto por 22 vãos, sendo parte deles rebaixados para o desvio de segunda etapa. Os fechamentos laterais serão construídos em concreto convencional até a cota 128,0 m Roncador Roncador N.A. 130,0 m O desenho INV.URG-GE.00-DE.1043 apresenta o arranjo proposto, composto pela Casa de Força com 7 unidades, equipadas com turbinas Kaplan, com potência total instalada de MW, implantada do lado esquerdo do leito do rio, seguida do Vertedouro na parte central, Página: 130/680

22 constituído de 22 vãos, sendo parte dos mesmos rebaixados, através dos quais ocorrerá o desvio de segunda etapa. O fechamento lateral é feito apenas do lado do Vertedouro, na margem direita, por uma pequena barragem de concreto convencional até a cota 134,0 m. Roncador N.A. 124,0 m No desenho INV.URG-GE.00-DE.1044, a disposição das estruturas apresentado é semelhante ao do arranjo anterior, sendo que neste caso a Casa de Força é composta de 6 unidades, equipadas com turbinas Kaplan, com uma potência total instalada de 963 MW, seguida de um Vertedouro com 22 vãos, também com parte deles rebaixados para desvio de 2ª etapa e fechamento lateral executado com barragem de concreto convencional, apenas do lado direito do Vertedouro, até a cota 128,0 m Panambi Panambi N.A. 130,0 m O desenho INV.URG-GE.00-DE.1045 apresenta o arranjo das estruturas com a Casa de Força implantada do lado direito do leito do rio, com 6 unidades, equipadas com turbinas do tipo Kaplan e caixa semi-espiral de concreto, com potência total instalada de 966 MW, seguida pelo Vertedouro composto por 22 vãos que ocupam todo o leito do rio, até a margem esquerda, sendo parte deles rebaixados para o desvio de segunda etapa. Completando o fechamento é executada uma pequena barragem de concreto convencional na margem esquerda, até a cota 134,0 m. Panambi N.A. 124,0 m No arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1046, a disposição das estruturas é a mesma apresentada no arranjo anterior, com a Casa de Força composta de 6 unidades, e potencia total instalada de 851 MW. O Vertedouro é composto por 23 vãos, e neste caso a barragem de concreto convencional implantada na margem esquerda é executada até a cota 128,0 m Porto Mauá Porto Mauá N.A.130,0 m O arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1047 apresenta a Casa de Força implantada na margem esquerda, com 6 unidades, equipadas com turbinas Kaplan e potência total instalada de 653 MW. Contiguo à Casa de Força, ocupando todo o leito do rio, está localizado o Vertedouro com 25 vãos, por onde será realizado o desvio de segunda etapa por vãos rebaixados. Neste arranjo as estruturas da Casa de Força e Vertedouro ocupam toda a largura do rio, não sendo necessária nenhuma barragem complementar de fechamento Santa Rosa Santa Rosa N.A. 130,0 m No desenho INV.URG-GE.00-DE.1048 é apresentado o arranjo proposto para este barramento, com a Casa de Força implantada na margem direita, composta por 6 unidades, equipadas com turbinas do tipo Kaplan e caixa semi-espiral de concreto, com potência total instalada de 510 MW. O Vertedouro, encostado na Casa de Força, conta com 28 vãos, parte deles rebaixados para o desvio de segunda etapa, o qual ocupa todo o leito do rio. Completando o fechamento Página: 131/680

23 será executada uma pequena barragem em concreto convencional até a cota 134,0 m na margem esquerda Orçamentos O dimensionamento das estruturas que compõem cada um dos arranjos, em nível de estudos preliminares, foi elaborado empregando as planilhas de dimensionamento da casa de força (572kc.xls) e de vertedouros (575cobd.xls e 575cobda.xls), disponibilizadas no Manual como anexo de dimensionamento de estruturas para estudos finais. Porém, conforme o Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas (CEPEL, 2007), a metodologia empregada no dimensionamento das estruturas na fase de estudos preliminares do inventário deve ser simplificada e os custos estimados de uma forma global, resultando em orçamentos simplificados, pois a principal finalidade do orçamento nos estudos preliminares é possibilitar uma avaliação rápida, mesmo que aproximada, dos custos dos aproveitamentos, orientando as decisões para a seleção da alternativa. Os orçamentos foram elaborados de acordo com padrão do Orçamento Padrão Eletrobras (O.P.E.). Adicionalmente, foram incluídos os custos da conta 10 terrenos, relocações e outras ações socioambientais. Nessa conta, como simplificação, considerou-se que todas as pontes a serem relocadas teriam fundação direta e dimensões iguais a 8 m de largura por 30 m de comprimento e as rodovias a serem relocadas foram definidas como pavimentadas do tipo arterial secundária, sendo as vias locais consideradas pelo comprimento equivalente de via arterial secundária, respeitando os itens do citado Orçamento Padrão Eletrobras. Para os custos de aquisição de terrenos e benfeitorias foram considerados valores médios tanto de área urbana quanto de área rural, multiplicados posteriormente pela respectiva área afetada total urbana e rural, para cada um dos aproveitamentos. Na relocação das populações foi considerado um valor médio de indenização por família. Além disso, foram estimados também os custos de outras ações socioambientais para os meios físico-biótico e socioeconômico-cultural. Para cada uma das ações socioambientais citadas foi prevista uma verba equivalente a 0,25% do total estimado com as contas 11, 12, 13, 14, 15 e 16, em cada um dos aproveitamentos. No estudo de custos foi considerada correção monetária que incidiu sobre os valores apresentados no manual e planilhas encontradas no Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas (CEPEL, 2007). Na correção, os valores em R$ fornecidos pelo Manual foram corrigidos para a data base de projeto (dez/08) por meio do IGP-DI fornecido pela FGV (IGP-DIdez/07 = 370,485 e IGP-DIdez/08 = 404,185) e, posteriormente, tais valores foram convertidos pelo câmbio da data base de projeto - dez/08 - para US$, (US$ 1,00 = R$ 2,3944) e para $A ($A 1,00 = R$ 0,6984). A taxa de juros anuais durante a construção adotados neste estudo é de 10%, o que implica em juros durante a construção de 26,11%, para o tempo de construção estimado (5 anos). O Quadro apresenta a estimativa de custo dos aproveitamentos, discriminado por contas, e no Apêndice E Estudos de Alternativas são apresentados os orçamentos completos, segundo o Manual brasileiro. Página: 132/680

24 Na etapas de Estudos Finais estimaram-se os custos segundo o Manual de Costos para la Construcción de Emprendimientos Hidroeléctricos de Argentina (2007) para verificação e consolidação dos mesmos. Página: 133/680

25 Quadro Estimativas de Custos dos Aproveitamentos (1/2) CONTA 10 DISCRIMINAÇÃO TERRENOS, RELOCAÇÕES E OUTRAS AÇÕES SÓCIO AMBIENTAIS CUSTOS DOS APROVEITAMENTOS (US$ x 10³) DEZ/2008 Garabi 86 Garabi 87 Garabi 89 Garabi 94 Garabi II 86 Garabi II 87 Garabi II 89 Garabi II 94 Porto Lucena 111 Porto Lucena ESTRUTURAS E OUTRAS BENFEITORIAS BARRAGENS E ADUTORAS TURBINAS E GERADORES EQUIPAMENTO ELÉTRICO ACESSÓRIO DIVERSOS EQUIPAMENTOS DA USINA ESTRADAS DE RODAGEM, DE FERRO E PONTES CUSTOS INDIRETOS JUROS DURANTE A CONSTRUÇÃO CUSTO TOTAL (US$ * 10³), COM JDC POTÊNCIA INSTALADA (kw) US$/kW Página: 134/680

26 CONTA DISCRIMINAÇÃO TERRENOS, RELOCAÇÕES E OUTRAS AÇÕES SÓCIO AMBIENTAIS ESTRUTURAS E OUTRAS BENFEITORIAS Quadro Estimativas de Custos dos Aproveitamentos (2/2) CUSTOS DOS APROVEITAMENTOS (US$ x 10³) DEZ/2008 Porto Puerto Rosario Puerto Rosario Roncador Roncador Panambi Panambi Porto Mauá Santa Rosa Lucena BARRAGENS E ADUTORAS TURBINAS E GERADORES EQUIPAMENTO ELÉTRICO ACESSÓRIO DIVERSOS EQUIPAMENTOS DA USINA ESTRADAS DE RODAGEM, DE FERRO E PONTES CUSTOS INDIRETOS JUROS DURANTE A CONSTRUÇÃO CUSTO TOTAL (US$ * 10³), COM JDC POTÊNCIA INSTALADA (kw) US$/kW Página: 135/680

27 3.1.6 Impactos Ambientais por Aproveitamento Para a avaliação ambiental dos aproveitamentos em estudo, foram selecionados 21 indicadores possíveis de serem formulados a partir das informações secundárias disponíveis na Argentina e no Brasil. Os indicadores de impacto têm como resultado a atribuição de um valor numérico à intensidade do impacto negativo do aproveitamento. Este valor varia em uma escala contínua entre 0 (zero) e 1 (um). O zero da escala representa a ausência de impacto, enquanto que o um é o impacto máximo. A agregação em um único índice de impacto por componente-síntese é feita por meio da soma ponderada dos valores de impacto atribuídos a cada indicador e dos pesos atribuídos a eles. Os pesos de cada indicador refletem a importância relativa de cada elemento avaliado no contexto dos componentes-síntese. Os valores finais expressarão o impacto do aproveitamento sobre as subáreas delimitadas. A seguir é apresentada uma síntese da avaliação dos impactos ambientais negativos por aproveitamento efetuada para esta fase dos estudos. No Tomo 20 - Apêndice D é apresentada a íntegra desta avaliação Indicadores de Impactos Negativos Selecionados A definição dos indicadores e das categorias de designação dos impactos negativos se detalha no ponto 7.1 do relatório de Estudos Preliminares. Na avaliação dos impactos previstos sobre o Ecossistemas Aquáticos foram considerados os elementos que pudessem representar as alterações à qualidade da água, à limnologia e á ictiofauna, a partir das mudanças nas características físicas e hidráulicas que poderão ser provocadas com a formação dos reservatórios de cada aproveitamento em estudo. Os indicadores considerados e os pesos a eles atribuídos estão apresentados no Quadro Quadro Indicadores de Impactos Selecionados Ecossistemas Aquáticos Indicador de Impacto Perda de ambiente lótico Tempo de residência Potencial de estratificação térmica do reservatório Variáveis de cálculo Extensão em km (extensão do rio e arroios que passam de lóticos a lênticos) Volume do reservatório (10 6 m 3 ) / Vazão (m 3 / dia) Peso Atribuído ao Indicador 0,20 0,20 Número de Froude adaptado 0,20 Perda e modificação de ambientes ecologicamente estratégicos Perda de vegetação de ilhas Superfície inundada / Superfície total da subárea Superfície insular inundada / Superfície Total insular na subárea 0,30 0,10 A avaliação de impactos no componente síntese Ecossistemas Terrestres, recurso flora, foi desenvolvida em uma escala ampla e geral que considerou a vegetação nativa afetada, qualquer que fosse seu estado sucessional e o possível impacto nos diversos habitats. Além Página: 136/680

28 disso, foram considerados os distintos tipos de unidades de conservação e áreas protegidas como também as Áreas de Interesse Ecológico Relevante (AIER). No tocante aos impactos na fauna, a avaliação ambiental também foi feita dentro de um grau de precisão amplo, apoiada em pesquisas bibliográficas realizadas para identificar as espécies de provável presença na área de estudo, tendo em conta o estado de risco de extinção, a ocorrência de endemismos e as espécies estreitamente associadas à ambientes aquáticos. O Quadro apresenta os indicadores considerados para os Ecossistemas Terrestres e seus respectivos pesos. Quadro Indicadores de Impacto Seleccionados - Ecossistemas Terrestres Indicador de Impacto Cobertura vegetal nativa atingida Unidades de Conservação afetadas Áreas de interesse ecológico relevante Espécies Ameaçadas Espécies Endêmicas Espécies tetrápodes vertebrados aquáticos Variáveis de cálculo Área inundada de cobertura vegetal nativa Perda de habitats Perda de diversidade de habitats Áreas atingidas de UC de proteção integral e áreas de UC de uso sustentável Peso Atribuído ao Indicador 0,20 0,20 Áreas atingidas de interesse ecológico 0,10 Presença provável das espécies ameaçadas de extinção Presença provável das espécies endêmicas Presença provável das espécies diretamente associadas a ambientes aquáticos 0,25 0,15 0,10 Na análise da Organização Territorial, destaca-se que a implantação de empreendimentos hidrelétricos pode acarretar impactos sobre o território que comprometerão sua estrutura atual, impondo novos padrões de organização das atividades produtivas e de distribuição da população. De uma forma geral, podem ser apontadas interferências sobre os padrões de assentamento e mobilidade da população, sobre os fluxos de circulação e comunicação, sobre a configuração político-administrativa e sobre a gestão do território. De maneira a cumprir os objetivos deste estudo, obedecendo à metodologia de análise de impactos aqui empregada e à realidade da área de estudo, foram considerados três indicadores de impactos, conforme apresentado no Quadro Quadro Indicadores de Impacto Selecionados Organização Territorial Indicador de Impacto Interferência sobre o Sistema Rodoviário Variáveis de cálculo Vias Vicinais Atingidas Rodovias Principais e Secundárias Atingidas Peso Atribuído ao Indicador 0,10 Página: 137/680

29 Indicador de Impacto Interferência sobre as Áreas Urbanas Variáveis de cálculo Área Urbana Afetada Comprometimento da Área Urbana Peso Atribuído ao Indicador 0,45 Interferência sobre o Território Municipal Perda de Área Municipal por Alagamento Fracionamento do Território Municipal 0,45 Para a avaliação dos impactos sobre o componente-síntese Modos de Vida, partiu-se do pressuposto que a construção de um aproveitamento hidrelétrico provocará modificações não somente no território, entendido como o espaço físico, como também nas relações econômicas, sociais e culturais da população. Com base na informação secundária disponível para a área de estudo, foram adotados os indicadores apresentados no Quadro Quadro Indicadores de Impacto Selecionados Modos de Vida Indicador de Impacto População Afetada em Áreas Urbanas Variáveis de cálculo Pessoas Afetadas de Áreas Urbanas Peso Atribuído ao Indicador 0,45 População Afetada em Áreas Rurais Pessoas Afetadas de Áreas Rurais 0,45 Alteração nas Relações Sociais Transfronteiriças Quantidade de km em que o rio se alarga 0,10 Na Base Econômica, o valor econômico da produção afetada e o valor das terras rurais foram utilizados como indicadores do impacto econômico. O primeiro é o valor anual tentativo de perda de produção agropecuária que cada área experimenta devido ao aumento do nível da água. Da mesma maneira, procedeu-se à medição do segundo indicador que consiste no valor econômico aproximado das terras rurais perdidas. No Quadro apresentam-se os indicadores de impacto e seus respectivos pesos. Cuadro Indicadores de Impacto Selecionados Base Econômica Indicador de Impacto Valor da Produção Afetada Anual Variáveis de cálculo Valor Econômico da Produção Potencialmente Perdida Peso Atribuído ao Indicador 0,60 Valor da Área Rural Afetada Valor em Dólares da Área Rural Afetada 0,40 Página: 138/680

30 Por fim, para o componente-síntese Comunidades Indígenas e Patrimônio Arqueológico, foram adotados dois indicadores. O primeiro tomou como referência a distância prévia, desde o centro imaginário de cada comunidade indígena mapeada até a margem do rio. O segundo adotou a quantidade de sítios arqueológicos afetados associada à representatividade e importância patrimonial de cada tipo de sítio. O Quadro apresenta os indicadores e seus pesos. Quadro Indicadores de Impacto Selecionados Comunidades Indígenas e Patrimônio Arqueológico Indicador de Impacto Comunidades Indígenas Sítios Arqueológicos Variáveis de cálculo Distância das Comunidades Indígenas aos reservatórios Quantidade, representatividade e importância dos sítios afetados Peso Atribuído ao Indicador 0,70 0, Análise dos Impactos Ambientais por Aproveitamento Neste item são apresentados comentários sobre os resultados alcançados no cálculo dos índices ambientais por aproveitamento e subáreas, acompanhados dos respectivos quadros de avaliação por componente-síntese. Os aproveitamentos assim como as principais interferências podem ser visualizados nos mapas INV.URG-GE.00-MP.1002 a MP.1009, apresentados no Tomo 21 Apêndice D Estudos Ambientais. Também os mapas que apresentam as subáreas e os aproveitamentos, INV.URG-GE.00-MP.1010 a INV.URG-GE.00-MP.1014, constam do Tomo 21. a) Ecossistemas Aquáticos A avaliação ambiental dos aproveitamentos para o Componente-síntese Ecossistemas Aquáticos resultou em índices variando entre o máximo de 0,51 até o mínimo de 0,03 do que se depreende que em geral os impactos têm intensidade de média a baixa para esse Componente-síntese. Pelo Quadro , apresentado a seguir, pode-se observar que os maiores impactos dos aproveitamentos se concentraram na subárea Fluvial, onde os valores situaram-se entre 0,51 e 0,27. Os aproveitamentos Garabi e Garabi II tenderam a se concentrar nas subáreas Da Planície, Piratini, Ijuí e em menor monta na subárea Santa Rosa. As subáreas e a localização de cada aproveitamento podem ser visualizadas no mapa IN.UEG- GE.00-MP Os resultados obtidos na subárea Fluvial, no caso dos aproveitamentos a montante das cidades de San Javier e Porto Xavier apresentaram resultados mais altos nas subáreas Serras de Misiones e Turvo e Santa Rosa, sendo que o aproveitamento Porto Lucena - cota 130 m obteve resultados mais altos, em todas essas subáreas, uma vez que seu reservatório possui maior extensão longitudinal. Dos aproveitamentos avaliados na subárea Fluvial, os que tiveram nota mais alta foram, em seqüência descendente: Garabi cota 94 m, seguido de Garabi II cota 94 m e Porto Lucena cota 130 m, e Porto Rosario cota 130 m. Página: 139/680

31 Quadro Impactos Ambientais por Aproveitamento e Subárea para Componente-síntese Ecossistemas Aquáticos Subáreas Da planície Santa Rosa Indicadores de Impactos Tempo de Residência Perda de ambiente lótico Potencial de estratificação Térmica do reservatório Perda e modificação de ambientes ecologicamente estratégicos Perda de vegetação de ilhas ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,20 0,20 0,20 0,30 0,10 1,00 Garabi - 94 m 0,2212 0,8647 0,4167 0,1379 0,3419 Garabi - 89 m 0,1830 0,8243 0,0833 0,1031 0,2491 Garabi - 87 m 0,1703 0,7814 0,0000 0,0876 0,2166 Garabi - 86 m 0,1648 0,7258 0,0000 0,0824 0,2029 Garabi II - 94 m 0,2081 0,8587 0,4167 0,1296 0,3356 Garabi II - 89 m 0,1727 0,7739 0,0000 0,0956 0,2180 Garabi II - 87 m 0,1619 0,7307 0,0000 0,0809 0,2028 Garabi II - 86 m 0,1521 0,6752 0,0000 0,0760 0,1882 Porto Lucena m 0,2223 0,8543 0,4167 0,0129 0,3025 Porto Lucena m 0,1880 0,8119 0,0000 0,0109 0,2032 Porto Lucena m 0,1092 0,3966 0,0000 0,0066 0,1031 Puerto Rosario m Puerto Rosario m Roncador m Roncador m Panambi m Panambi m Porto Mauá m Santa Rosa m Garabi - 94 m 0,2212 0,2766 0,4167 0,0104 0,1860 Garabi - 89 m 0,1830 0,2251 0,0833 0,0046 0,0997 Garabi - 87 m 0,1703 0,2132 0,0000 0,0030 0,0776 Garabi - 86 m 0,1648 0,1843 0,0000 0,0019 0,0704 Garabi II - 94 m 0,2081 0,2536 0,4167 0,0104 0,1788 Garabi II - 89 m 0,1727 0,2024 0,0000 0,0046 0,0764 Garabi II - 87 m 0,1619 0,1901 0,0000 0,0030 0,0713 Garabi II - 86 m 0,1521 0,1613 0,0000 0,0019 0,0632 Porto Lucena m 0,2223 0,7347 0,4167 0,0543 0,2910 Porto Lucena m 0,1880 0,6447 0,0000 0,0398 0,1785 Porto Lucena m 0,1092 0,2492 0,0000 0,0169 0,0768 Puerto Rosario ,2003 0,7052 0,1667 0,0510 0,2298 m Puerto Rosario ,1710 0,6003 0,0000 0,0367 0,1653 m Roncador m 0,1817 0,6170 0,0000 0,0361 0,1706 Roncador m 0,1577 0,4918 0,0000 0,0247 0,1373 Panambi m 0,1624 0,5339 0,0000 0,0235 0,1463 Panambi m 0,1227 0,4111 0,0000 0,0140 0,1109 Porto Mauá m 0,0776 0,2779 0,0000 0,0070 0,0732 Santa Rosa m 0,0555 0,2403 0,0000 0,0060 0,0610 Página: 140/680

32 Subáreas Ijuí Piratiní Indicadores de Impactos Tempo de Residência Perda de ambiente lótico Potencial de estratificação Térmica do reservatório Perda e modificação de ambientes ecologicamente estratégicos Perda de vegetação de ilhas ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,20 0,20 0,20 0,30 0,10 1,00 Garabi - 94 m 0,2212 0,5279 0,4167 0,0192 0,2389 Garabi - 89 m 0,1830 0,4176 0,0833 0,0126 0,1406 Garabi - 87 m 0,1703 0,3746 0,0000 0,0101 0,1120 Garabi - 86 m 0,1648 0,3239 0,0000 0,0089 0,1004 Garabi II - 94 m 0,2081 0,4832 0,4167 0,0192 0,2274 Garabi II - 89 m 0,1727 0,3735 0,0000 0,0126 0,1130 Garabi II - 87 m 0,1619 0,3365 0,0000 0,0101 0,1027 Garabi II - 86 m 0,1521 0,2938 0,0000 0,0089 0,0919 Porto Lucena m Porto Lucena m Porto Lucena m Puerto Rosario m Puerto Rosario m Roncador m Roncador m Panambi m Panambi m Porto Mauá m Santa Rosa m Garabi - 94 m 0,2212 0,7935 0,4167 0,0489 0,3009 Garabi - 89 m 0,1830 0,7162 0,0833 0,0373 0,2077 Garabi - 87 m 0,1703 0,6763 0,0000 0,0319 0,1789 Garabi - 86 m 0,1648 0,6043 0,0000 0,0297 0,1628 Garabi II - 94 m 0,2081 0,7542 0,4167 0,0404 0,2879 Garabi II - 89 m 0,1727 0,6773 0,0000 0,0305 0,1791 Garabi II - 87 m 0,1619 0,6305 0,0000 0,0257 0,1662 Garabi II - 86 m 0,1521 0,5453 0,0000 0,0238 0,1466 Porto Lucena m Porto Lucena m Porto Lucena m Puerto Rosario m Puerto Rosario m Roncador m Roncador m Panambi m Panambi m Porto Mauá m Santa Rosa m Página: 141/680

33 Subáreas Serras de Misiones e Turvo Fluvial Indicadores de Impactos Tempo de Residência Perda de ambiente lótico Potencial de estratificação Térmica do reservatório Perda e modificação de ambientes ecologicamente estratégicos Perda de vegetação de ilhas ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,20 0,20 0,20 0,30 0,10 1,00 Garabi - 94 m 0,2212 0,0002 0,0443 Garabi - 89 m 0,1830 0,0000 0,0366 Garabi - 87 m Garabi - 86 m Garabi II - 94 m 0,2081 0,0002 0,0417 Garabi II - 89 m 0,1727 0,0000 0,0345 Garabi II - 87 m Garabi II - 86 m Porto Lucena m 0,2223 0,8698 0,4167 0,0535 0,3178 Porto Lucena m 0,1880 0,8511 0,0000 0,0361 0,2187 Porto Lucena m 0,1092 0,3891 0,0000 0,0138 0,1038 Puerto Rosario ,2003 0,8585 0,1667 0,0454 0,2587 m Puerto Rosario ,1710 0,7735 0,0000 0,0306 0,1981 m Roncador m 0,1817 0,8523 0,0000 0,0385 0,2183 Roncador m 0,1577 0,7228 0,0000 0,0249 0,1835 Panambi m 0,1624 0,8303 0,0000 0,0342 0,2088 Panambi m 0,1227 0,6835 0,0000 0,0212 0,1676 Porto Mauá m 0,0776 0,5326 0,0000 0,0105 0,1252 Santa Rosa m 0,0555 0,4233 0,0000 0,0069 0,0978 Garabi - 94 m 0,8576 0,8540 0,8187 0,5096 Garabi - 89 m 0,8142 0,8370 0,5664 0,4706 Garabi - 87 m 0,7844 0,7784 0,5623 0,4466 Garabi - 86 m 0,7047 0,7045 0,4789 0,4002 Garabi II - 94 m 0,8502 0,8518 0,7635 0,5019 Garabi II - 89 m 0,7513 0,7880 0,5418 0,4408 Garabi II - 87 m 0,7208 0,7293 0,5542 0,4184 Garabi II - 86 m 0,6365 0,6555 0,4789 0,3718 Porto Lucena m 0,9105 0,8567 0,5801 0,4971 Porto Lucena m 0,8985 0,8530 0,2275 0,4583 Porto Lucena m 0,7136 0,5831 0,1729 0,3350 Puerto Rosario ,9009 0,8531 0,3052 0,4666 m Puerto Rosario ,8889 0,8400 0,2174 0,4515 m Roncador m 0,8948 0,8507 0,2782 0,4620 Roncador m 0,8828 0,7859 0,1742 0,4297 Panambi m 0,8854 0,7778 0,2532 0,4357 Panambi m 0,8734 0,6953 0,1265 0,3959 Porto Mauá m 0,8576 0,4957 0,0083 0,3210 Santa Rosa m 0,8113 0,3557 0,0083 0,2698 Página: 142/680

34 b) Ecossistemas Terrestres As notas ambientais atribuídas aos aproveitamentos avaliados no Componente-síntese Ecossistemas Terrestres tiveram como valor máximo de 0,717 e mínimo de 0,252, das subáreas avaliadas, a Selva Fluvial apresentou os resultados mais altos que explicitam sua maior fragilidade (impacto máximo: 0,717, mínimo: 0,512, médio: 0,59), principalmente no que se refere às alterações na cobertura vegetal nativa e às espécies ameaçadas.que estão associadas a essa subárea. Nesse sentido, deve-se observar que o indicador ambiental mais alto foi atribuído ao aproveitamento Porto Lucena cota 130 m, cujo reservatório a ser formado inundará as áreas mais preservadas e, por isso, mais sensíveis para flora e fauna. Considerando as demais subáreas (sem computar a Selva Fluvial), em relação a localização dos aproveitamentos avaliados, conforme apresentado no mapa INV.URG-GE.00-MP.1011, é possível afirmar que os impactos ambientais que poderão ser provocados por Garabi e Garabi II tem incidência maior nas subáreas Campos Paranaenses, Campos Sulinos e Remanescentes de Floresta Mista, sendo registradas notas mais elevadas na subárea Campos Paranaeneses, onde o indicador de unidades de conservação tem contribuição expressiva nesse resultado. Para os aproveitamentos a montante de San Javier e Porto Xavier, a incidência de impactos se concentrarão nas subáreas Floresta Mista Subtropical e Remanescentes de Floresta Mista, sendo que em Porto Lucena cota 130 m na subárea Floresta Mista Subtropical foi atribuída a nota mais elevada. No Quadro são apresentados os resultados obtidos para esse Componente-síntese. Quadro Impactos Ambientais por Aproveitamento e Subárea para Componente-síntese Ecossistemas Terrestres Subáreas Selva Fluvial Indicadores de Impactos Cobertura Vegetal Nativa Afetada Unidades de Conservação Afetadas Áreas de Interesse Ecológico Relevante Espécies Ameaçadas e Monumentos Naturais Espécies Endêmicas Espécies Tetrápodos Aquáticos Pesos 0,20 0,20 0,10 0,25 0,15 0,10 1,00 ISAi = (Ii x Pi) Garabi - 94 m 0,6604 0,5000 0,4278 0,9000 0,7000 0,7000 0,6749 Garabi - 89 m 0,5586 0,5000 0,3909 0,9000 0,7000 0,7000 0,6508 Garabi - 87 m 0,5094 0,3000 0,3818 0,9000 0,7000 0,7000 0,6001 Garabi - 86 m 0,4867 0,3000 0,3702 0,8000 0,7000 0,7000 0,5693 Garabi II - 94 m 0,6060 0,5000 0,4084 0,9000 0,7000 0,7000 0,6621 Garabi II - 89 m 0,4950 0,5000 0,3717 0,9000 0,7000 0,7000 0,6362 Garabi II - 87 m 0,4497 0,3000 0,3640 0,8000 0,7000 0,7000 0,5613 Garabi II - 86 m 0,4284 0,3000 0,3527 0,8000 0,7000 0,7000 0,5560 Porto Lucena m 0,5703 0,8000 0,4286 0,9000 0,7000 0,7000 0,7169 Porto Lucena m 0,4852 0,8000 0,4040 0,9000 0,7000 0,7000 0,6974 Porto Lucena m 0,3502 0,5000 0,3133 0,7000 0,7000 0,7000 0,5514 Puerto Rosario m 0,4964 0,8000 0,4099 0,9000 0,7000 0,7000 0,7003 Puerto Rosario m 0,4205 0,8000 0,3860 0,7000 0,7000 0,7000 0,6327 Roncador m 0,4493 0,8000 0,3931 0,7000 0,7000 0,7000 0,6392 Roncador m 0,3762 0,8000 0,3697 0,7000 0,7000 0,7000 0,6222 Panambi m 0,4022 0,8000 0,3740 0,8000 0,7000 0,7000 0,6528 Panambi m 0,2950 0,8000 0,3518 0,7000 0,7000 0,7000 0,6042 Porto Mauá m 0,1840 0,6000 0,2327 0,7000 0,7000 0,7000 0,5301 Santa Rosa m 0,1255 0,6000 0,1663 0,7000 0,7000 0,7000 0,5117 Página: 143/680

35 Campos Sulinos Floresta Mista Subtropical Campos Paranaenses Subáreas Indicadores de Impactos Cobertura Vegetal Nativa Afetada Unidades de Conservação Afetadas Áreas de Interesse Ecológico Relevante Espécies Ameaçadas e Monumentos Naturais Espécies Endêmicas Espécies Tetrápodos Aquáticos Pesos 0,20 0,20 0,10 0,25 0,15 0,10 1,00 ISAi = (Ii x Pi) Garabi - 94 m 0,5993 0,5000 0,3800 0,8000 0,7000 0,5000 0,6129 Garabi - 89 m 0,5048 0,5000 0,3572 0,7000 0,7000 0,5000 0,5667 Garabi - 87 m 0,4541 0,5000 0,3268 0,7000 0,7000 0,5000 0,5535 Garabi - 86 m 0,4385 0,5000 0,3019 0,7000 0,7000 0,5000 0,5479 Garabi II - 94 m 0,5894 0,5000 0,3724 0,8000 0,7000 0,5000 0,6101 Garabi II - 89 m 0,4976 0,5000 0,3516 0,7000 0,7000 0,5000 0,5647 Garabi II - 87 m 0,4490 0,5000 0,3004 0,7000 0,7000 0,5000 0,5498 Garabi II - 86 m 0,4340 0,5000 0,2781 0,7000 0,7000 0,5000 0,5446 Porto Lucena m Porto Lucena m Porto Lucena m Puerto Rosario m Puerto Rosario m Roncador m Roncador m Panambi m Panambi m Porto Mauá m Santa Rosa m Garabi - 94 m 0,0110 0,3000 0,7000 0,3000 0,3000 0,3122 Garabi - 89 m 0,0045 0,3000 0,7000 0,3000 0,3000 0,3109 Garabi - 87 m 0,0015 0,3000 0,7000 0,3000 0,3000 0,3103 Garabi - 86 m 0,0010 0,3000 0,7000 0,3000 0,3000 0,3102 Garabi II - 94 m 0,0110 0,3000 0,7000 0,3000 0,3000 0,3122 Garabi II - 89 m 0,0045 0,3000 0,7000 0,3000 0,3000 0,3109 Garabi II - 87 m 0,0015 0,3000 0,7000 0,3000 0,3000 0,3103 Garabi II - 86 m 0,0010 0,3000 0,7000 0,3000 0,3000 0,3102 Porto Lucena m 0,3360 0,3000 0,7000 0,7000 0,5000 0,4572 Porto Lucena m 0,1740 0,3000 0,7000 0,7000 0,5000 0,4248 Porto Lucena m 0,0470 0,3000 0,7000 0,5000 0,3000 0,3494 Puerto Rosario m 0,1750 0,3000 0,7000 0,7000 0,5000 0,4250 Puerto Rosario m 0,1035 0,3000 0,7000 0,5000 0,3000 0,3607 Roncador m 0,1345 0,3000 0,7000 0,7000 0,5000 0,4169 Roncador m 0,0825 0,3000 0,7000 0,3000 0,3000 0,3265 Panambi m 0,1270 0,3000 0,7000 0,7000 0,5000 0,4154 Panambi m 0,0770 0,3000 0,7000 0,3000 0,3000 0,3254 Porto Mauá m 0,0225 0,3000 0,7000 0,3000 0,3000 0,3145 Santa Rosa m 0,0130 0,3000 0,7000 0,3000 0,3000 0,3126 Garabi - 94 m 0,4613 0,0004 0,7000 0,7000 0,5000 0,4223 Garabi - 89 m 0,3968 0,0004 0,7000 0,7000 0,5000 0,4094 Garabi - 87 m 0,3545 0,0004 0,7000 0,7000 0,5000 0,4009 Garabi - 86 m 0,3190 0,0003 0,7000 0,7000 0,5000 0,3938 Garabi II - 94 m 0,4235 0,0004 0,7000 0,7000 0,5000 0,4147 Garabi II - 89 m 0,3692 0,0004 0,7000 0,7000 0,5000 0,4039 Página: 144/680

36 Subáreas Remanescentes Floresta Mista Indicadores de Impactos Cobertura Vegetal Nativa Afetada Unidades de Conservação Afetadas Áreas de Interesse Ecológico Relevante Espécies Ameaçadas e Monumentos Naturais Espécies Endêmicas Espécies Tetrápodos Aquáticos Pesos 0,20 0,20 0,10 0,25 0,15 0,10 1,00 ISAi = (Ii x Pi) Garabi II - 87 m 0,2880 0,0004 0,7000 0,7000 0,5000 0,3876 Garabi II - 86 m 0,2470 0,0003 0,7000 0,7000 0,5000 0,3794 Porto Lucena m Porto Lucena m Porto Lucena m Puerto Rosario m Puerto Rosario m Roncador m Roncador m Panambi m Panambi m Porto Mauá m Santa Rosa m Garabi - 94 m 0,2900 0,0874 0,7000 0,7000 0,5000 0,3967 Garabi - 89 m 0,1510 0,0559 0,7000 0,7000 0,5000 0,3658 Garabi - 87 m 0,1095 0,0451 0,7000 0,5000 0,3000 0,3064 Garabi - 86 m 0,0955 0,0398 0,7000 0,5000 0,3000 0,3031 Garabi II - 94 m 0,2900 0,0874 0,7000 0,7000 0,3000 0,3767 Garabi II - 89 m 0,1510 0,0559 0,7000 0,7000 0,5000 0,3658 Garabi II - 87 m 0,1095 0,0451 0,7000 0,5000 0,3000 0,3064 Garabi II - 86 m 0,0955 0,0398 0,7000 0,5000 0,3000 0,3031 Porto Lucena m 0,3758 0,0614 0,7000 0,7000 0,5000 0,4113 Porto Lucena m 0,2680 0,0481 0,7000 0,7000 0,5000 0,3884 Porto Lucena m 0,0615 0,0220 0,7000 0,5000 0,3000 0,2945 Puerto Rosario m 0,3758 0,0614 0,7000 0,7000 0,5000 0,4113 Puerto Rosario m 0,2680 0,0481 0,7000 0,7000 0,5000 0,3884 Roncador m 0,2190 0,0425 0,7000 0,7000 0,5000 0,3780 Roncador m 0,1260 0,0315 0,7000 0,5000 0,3000 0,3083 Panambi m 0,0875 0,0198 0,7000 0,5000 0,3000 0,2995 Panambi m 0,0460 0,0120 0,7000 0,5000 0,3000 0,2904 Porto Mauá m 0,0095 0,0053 0,7000 0,3000 0,3000 0,2524 Santa Rosa m 0,0085 0,0050 0,7000 0,3000 0,3000 0,2522 c) Organização Territorial A avaliação ambiental realizada para o Componente-síntese Organização Territorial foi feita a partir da sobreposição das curvas de nível obtidas nesta fase dos estudos e das informações secundárias compiladas e armazenadas no banco de dados georreferenciado. Com isso, foi possível observar que, em relação às áreas urbanas, para o aproveitamento Garabi na cota 94 m o impacto mostrou-se alto, pois a perspectiva é de inundação de duas cidades na subárea VI, sob Influência de Santo Ângelo: Porto Xavier, que perderá cerca de um terço de sua área urbana e Garruchos, que será totalmente afetada. Este mesmo aproveitamento também impacta a Subárea V, sob influência de Apóstoles. Para esse caso, o impacto foi Página: 145/680

37 considerado médio, já que o lago irá atingir as sedes municipais de Garruchos (que perderá cerca de 88% de sua área) e de Azara (que perderá 16%). Aos aproveitamentos Porto Lucena, Puerto Rosario e Roncador, na cota 130 m, também foi atribuída nota de impacto alta, já que o lago projetado irá atingir as cidades argentinas de Alba Posse (que perderá 82% de sua área urbanizada) e Panambi (100%), na subárea polarizada por Oberá, e as cidades brasileiras de Porto Mauá (53%) e Porto Vera Cruz (100%), na subárea polarizada por Santa Rosa. Sobre o território municipal, foi considerado alto o impacto provocado pelos lagos projetados para os aproveitamentos Garabi e Garabi II, na cota 94, na Subárea V, sob influência de Apóstoles. Trata-se da combinação da perda de área em Azara (61%), Apóstoles (4%), Concepción de la Sierra (22%), Garruchos (20% para Garabi e 13% para Garabi II), Santa María (8%) e Tres Capones (16%), com a ocorrência de duas situações de fracionamento do território de Azara. Igualmente alto é o impacto dos aproveitamentos Porto Lucena e Puerto Rosario na cota 130 m. Nesses casos, os municípios atingidos são: Porto Vera Cruz (42% de perda territorial em ambos os aproveitamentos), Porto Lucena (21% para o aproveitamento Porto Lucena e 15% para o aproveitamento Puerto Rosario), Porto Mauá (19% em ambos os aproveitamentos), Alecrim (13%), Novo Machado (7%), Doutor Maurício Cardoso (5%) e Santo Cristo (1%). Esses reservatórios deverão fracionar os municípios de Porto Vera Cruz e Porto Mauá. Na avaliação do indicador Infra-estrutura viária diretamente afetada, destaca-se como impacto de magnitude média o ocasionado pelo aproveitamento Porto Lucena, na cota 130 m, na Subárea III, sob influência de Oberá. Trata-se de aproveitamento com grande área inundada que afetará trechos da Ruta Provincial no. 2, recém concluída e sobre a qual incidem planos de desenvolvimento turístico e de conservação de patrimônio natural e cultural. Dois aproveitamentos, Porto Lucena na cota 124 m e Porto Rosario na cota 130 m, afetam menores extensões da Ruta Nº 2, tendo recebido, portanto, nota de impacto médio baixo. Esses três aproveitamentos são os que mais impactam as vias vicinais presentes, sobretudo, na subárea IV, sob influência de Santa Rosa. De uma forma geral, o impacto sobre a estrutura político administrativa é maior nas Subáreas VI ocasionado pelos aproveitamentos Garabi e Garabi II, nas suas diversas cotas, e IV, ocasionado pelos aproveitamentos Porto Lucena, Puerto Rosario e Roncador, nas cotas 124 m e 130 m. Sobre os núcleos municipais, são mais significativos os impactos causados pelos aproveitamentos Porto Lucena, Roncador e Panambi em suas cotas mais altas, resultado da afetação de cidades como Alba Posse, na Subárea III, Porto Mauá e Porto Lucena, na subárea IV, ainda que se destaque o impacto causado pelo aproveitamento Garabi em suas cotas mais altas sobre a área urbana de Garruchos. Por fim, destaca-se o impacto sobre a infra-estrutura rodoviária, de relevância na subárea IV, resultado da maior densidade de vias nesta subárea, e na subárea III, resultado da afetação da Ruta Provincial Nº 2. Na composição final das notas de impacto sobre a Organização Territorial, os aproveitamentos que apresentaram nota de impacto mais alta são: Garabi na cota 94 m, Porto Lucena, nas cotas 124 m e 130 m, Puerto Rosario, nas cotas 124 m e 130 m e Roncador na cota 130 m, conforme pode ser visto no Quadro No mapa INV.URG-GE.00-MP.1012 são apresentadas as subáreas e a localização dos empreedimentos estudados. Página: 146/680

38 Quadro Impactos Ambientais por Aproveitamento e Subárea do Componente-síntese Organização Territorial Subáreas Sob Influência de San Vicente Sob Influência de Ijuí Sob Influência de Oberá Indicadores de Impactos Interferência sobre o Território Municipal Interferência sobre as Áreas Urbanizadas Interferência sobre o Sistema Viário ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,45 0,45 0,10 1,00 Garabi - 94 m Garabi - 89 m Garabi - 87 m Garabi - 86 m Garabi II - 94 m Garabi II - 89 m Garabi II - 87 m Garabi II - 86 m Porto Lucena m 0,0006 0,0003 Porto Lucena m 0,0002 0,0001 Porto Lucena m Puerto Rosario m 0,0006 0,0003 Puerto Rosario m 0,0002 0,0001 Roncador m 0,0006 0,0003 Roncador m 0,0002 0,0001 Panambi m 0,0006 0,0003 Panambi m 0,0002 0,0001 Porto Mauá m 0,0006 0,0003 Santa Rosa m 0,0006 0,0003 Garabi - 94 m Garabi - 89 m Garabi - 87 m Garabi - 86 m Garabi II - 94 m Garabi II - 89 m Garabi II - 87 m Garabi II - 86 m Porto Lucena m 0,0078 0,0005 0,0035 Porto Lucena m 0,0019 0,0008 Porto Lucena m Puerto Rosario m 0,0078 0,0005 0,0035 Puerto Rosario m 0,0019 0,0008 Roncador m 0,0078 0,0005 0,0035 Roncador m 0,0019 0,0008 Panambi m 0,0078 0,0005 0,0035 Panambi m 0,0019 0,0008 Porto Mauá m 0,0078 0,0005 0,0035 Santa Rosa m 0,0078 0,0005 0,0035 Garabi - 94 m 0,0663 0,1915 0,0178 0,1178 Garabi - 89 m 0,0222 0,0151 0,0168 Garabi - 87 m 0,0089 0,0021 0,0050 Garabi - 86 m 0,0064 0,0002 0,0029 Página: 147/680

39 Subáreas Sob Influência de Santa Rosa Sob Influência de Santo Ângelo Indicadores de Impactos Interferência sobre o Território Municipal Interferência sobre as Áreas Urbanizadas Interferência sobre o Sistema Viário ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,45 0,45 0,10 1,00 Garabi II - 94 m 0,0663 0,1915 0,0178 0,1178 Garabi II - 89 m 0,0222 0,0151 0,0168 Garabi II - 87 m 0,0089 0,0021 0,0050 Garabi II - 86 m 0,0064 0,0002 0,0029 Porto Lucena m 0,3480 1,0000 0,5200 0,6586 Porto Lucena m 0,2522 0,8941 0,3419 0,5500 Porto Lucena m 0,1330 0,5255 0,1804 0,3143 Puerto Rosario m 0,1629 1,0000 0,2574 0,5490 Puerto Rosario m 0,1218 0,7941 0,1663 0,4288 Roncador m 0,1131 0,8225 0,1999 0,4410 Roncador m 0,0800 0,9716 0,1151 0,4848 Panambi m 0,0920 0,5340 0,1947 0,3012 Panambi m 0,0623 0,5161 0,1101 0,2713 Porto Mauá m 0,0223 0,1687 0,0269 Santa Rosa m 0,0145 0,1199 0,0185 Garabi - 94 m 0,3403 0,0029 0,0278 0,1572 Garabi - 89 m 0,3218 0,0002 0,1448 Garabi - 87 m 0,0005 0,0002 Garabi - 86 m 0,0001 0,0000 Garabi II - 94 m 0,3403 0,0029 0,0278 0,1572 Garabi II - 89 m 0,3218 0,0002 0,1448 Garabi II - 87 m 0,0005 0,0002 Garabi II - 86 m 0,0001 0,0000 Porto Lucena m 0,9243 0,9075 0,2379 0,8481 Porto Lucena m 0,7528 0,6877 0,1829 0,6665 Porto Lucena m 0,1544 0,4830 0,0897 0,2958 Puerto Rosario m 0,9036 0,9075 0,2250 0,8375 Puerto Rosario m 0,7330 0,6877 0,1701 0,6564 Roncador m 0,7925 0,9075 0,1526 0,7802 Roncador m 0,6384 0,6877 0,1049 0,6072 Panambi m 0,4893 0,4727 0,0835 0,4413 Panambi m 0,4304 0,1192 0,0507 0,2524 Porto Mauá m 0,0420 0,0179 0,0207 Santa Rosa m 0,0316 0,0111 0,0154 Garabi - 94 m 0,7773 0,9841 0,0980 0,8024 Garabi - 89 m 0,6914 0,5376 0,0430 0,5574 Garabi - 87 m 0,4792 0,4909 0,0280 0,4393 Garabi - 86 m 0,4610 0,4752 0,0182 0,4231 Garabi II - 94 m 0,6757 0,1842 0,0859 0,3955 Garabi II - 89 m 0,5951 0,0276 0,0403 0,2843 Garabi II - 87 m 0,4641 0,0019 0,0265 0,2124 Garabi II - 86 m 0,4466 0,0170 0,2027 Porto Lucena m Porto Lucena m Porto Lucena m Página: 148/680

40 Subáreas Sob Influência de Apóstoles Indicadores de Impactos Interferência sobre o Território Municipal Interferência sobre as Áreas Urbanizadas Interferência sobre o Sistema Viário ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,45 0,45 0,10 1,00 Puerto Rosario m Puerto Rosario m Roncador m Roncador m Panambi m Panambi m Porto Mauá m Santa Rosa m Garabi - 94 m 0,9200 0,6230 0,2062 0,7150 Garabi - 89 m 0,8058 0,5548 0,1306 0,6254 Garabi - 87 m 0,7606 0,5205 0,1117 0,5876 Garabi - 86 m 0,7420 0,1799 0,1017 0,4250 Garabi II - 94 m 0,8924 0,0583 0,2022 0,4480 Garabi II - 89 m 0,7811 0,0190 0,1281 0,3729 Garabi II - 87 m 0,7386 0,0101 0,1096 0,3479 Garabi II - 86 m 0,7209 0,0076 0,0999 0,3378 Porto Lucena m Porto Lucena m Porto Lucena m Puerto Rosario m Puerto Rosario m Roncador m Roncador m Panambi m Panambi m Porto Mauá m Santa Rosa m d) Modos de Vida Os índices ambientais calculados por aproveitamento para cada Subárea do Componentesíntese Modos de Vida apresentaram resultados que variaram entre 0,066 a 0,795. A avaliação desse Componente-síntese está diretamente relacionada a presença de população urbana e rural dos municípios que poderão ser atingidos pela mancha de inundação dos reservatórios que serão formados pelos aproveitamentos em estudo. Desse modo, as subáreas A e B registraram notas mais baixas em relação as demais subáreas, por outro lado as subáreas E e F tiveram respostas mais sensíveis aos indicadores utilizados e, portanto, registraram as notas mais elevadas em relação às demais subáreas consideradas nessa avaliação. Dos resultados obtidos para os aproveitamentos Garabi e Garabi II observa-se que a diferença mais marcante foi notada na subárea F, onde o indicador População Urbana Diretamente Afetada apresentou uma resposta significativamente sensível se comparados os resultados obtidos entre cotas iguais desses aproveitamentos, em geral as notas atribuídas a Garabi foram mais do que o dobro das de Garabi II. O mapa INV.URG-GE.00-MP.1013 apresenta as Página: 149/680

41 subáreas e os aproveitamentos avaliados e no Quadro são apresentadas as notas de avaliação ambiental atribuídas aos aproveitamentos. Quadro Impactos Ambientais calculados por Aproveitamento e Subárea para o Componente-síntese Modos de Vida Subáreas A B Indicadores de Impactos Garabi - 94 m Garabi - 89 m Garabi - 87 m Garabi - 86 m Garabi II - 94 m Garabi II - 89 m Garabi II - 87 m Garabi II - 86 m População Urbana Atingida População Rural Atingida Alteração nas Relações Sociais Transfronteiriças ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,45 0,45 0,10 1,00 Porto Lucena m 0,0366 0,2191 0,8492 0,2000 Porto Lucena m 0,0329 0,2112 0,7864 0,1885 Porto Lucena m 0,0020 0,1556 0,3737 0,1083 Puerto Rosario m 0,0366 0,2191 0,8492 0,2000 Puerto Rosario m 0,0329 0,2112 0,7864 0,1885 Roncador m 0,0366 0,2191 0,8492 0,2000 Roncador m 0,0329 0,2112 0,7864 0,1885 Panambi m 0,0366 0,2191 0,8492 0,2000 Panambi m 0,0329 0,2111 0,7864 0,1884 Porto Mauá m 0,1285 0,5783 0,1157 Santa Rosa m 0,1111 0,5783 0,1078 Garabi - 94 m 0,4549 0,2526 0,6665 0,3850 Garabi - 89 m 0,0173 0,1395 0,2124 0,0918 Garabi - 87 m 0,0019 0,1500 0,1582 0,0842 Garabi - 86 m 0,1723 0,1468 0,0922 Garabi II - 94 m 0,4549 0,2526 0,6665 0,3850 Garabi II - 89 m 0,0173 0,1395 0,2124 0,0918 Garabi II - 87 m 0,0019 0,1500 0,1582 0,0842 Garabi II - 86 m 0,1723 0,1468 0,0922 Porto Lucena m 0,1425 0,4857 0,6900 0,3517 Porto Lucena m 0,1344 0,3950 0,6758 0,3058 Porto Lucena m 0,0661 0,2244 0,5327 0,1840 Puerto Rosario m 0,1425 0,3856 0,6900 0,3067 Puerto Rosario m 0,1344 0,3436 0,6758 0,2827 Roncador m 0,1425 0,3027 0,6900 0,2693 Roncador m 0,1344 0,2525 0,6758 0,2417 Panambi m 0,1875 0,0844 Panambi m 0,1522 0,0685 Porto Mauá m Santa Rosa m Página: 150/680

42 E D C Subáreas Indicadores de Impactos População Urbana Atingida População Rural Atingida Alteração nas Relações Sociais Transfronteiriças ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,45 0,45 0,10 1,00 Garabi - 94 m 0,1710 0,6403 1,0000 0,4651 Garabi - 89 m 0,1034 0,4680 0,9138 0,3485 Garabi - 87 m 0,0773 0,3995 0,8882 0,3034 Garabi - 86 m 0,0639 0,3758 0,8848 0,2863 Garabi II - 94 m 0,0675 0,6390 0,8715 0,4051 Garabi II - 89 m 0,0274 0,4666 0,8401 0,3063 Garabi II - 87 m 0,0134 0,3979 0,8083 0,2659 Garabi II - 86 m 0,0111 0,3743 0,7985 0,2533 Porto Lucena m Porto Lucena m Porto Lucena m Puerto Rosario m Puerto Rosario m Roncador m Roncador m Panambi m Panambi m Porto Mauá m Santa Rosa m Garabi - 94 m Garabi - 89 m Garabi - 87 m Garabi - 86 m Garabi II - 94 m Garabi II - 89 m Garabi II - 87 m Garabi II - 86 m Porto Lucena m Porto Lucena m Porto Lucena m Puerto Rosario m Puerto Rosario m Roncador m Roncador m Panambi m Panambi m Porto Mauá m Santa Rosa m Garabi - 94 m 0,4593 0,3038 0,6665 0,4101 Garabi - 89 m 0,0425 0,2542 0,2124 0,1548 Garabi - 87 m 0,0006 0,1780 0,1582 0,0962 Garabi - 86 m 0,1146 0,1468 0,0663 Garabi II - 94 m 0,4593 0,3038 0,6665 0,4101 Garabi II - 89 m 0,0425 0,2542 0,2124 0,1548 Página: 151/680

43 Subáreas Indicadores de Impactos População Urbana Atingida População Rural Atingida Alteração nas Relações Sociais Transfronteiriças ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,45 0,45 0,10 1,00 F Garabi II - 87 m 0,0006 0,1780 0,1582 0,0962 Garabi II - 86 m 0,1146 0,1468 0,0663 Porto Lucena m 0,2764 0,5094 0,9029 0,4439 Porto Lucena m 0,2101 0,4089 0,8896 0,3675 Porto Lucena m 0,0663 0,4681 0,7417 0,3147 Puerto Rosario m 0,2764 0,4927 0,9029 0,4364 Puerto Rosario m 0,2101 0,3915 0,8896 0,3597 Roncador m 0,2764 0,4492 0,9029 0,4168 Roncador m 0,2101 0,3397 0,8896 0,3364 Panambi m 0,1591 0,4031 0,8492 0,3379 Panambi m 0,1102 0,2820 0,7864 0,2551 Porto Mauá m 0,2730 0,5783 0,1807 Santa Rosa m 0,2470 0,5783 0,1690 Garabi - 94 m 0,9727 0,5709 1,0000 0,7946 Garabi - 89 m 0,8870 0,4585 0,9138 0,6968 Garabi - 87 m 0,8280 0,5723 0,8882 0,7190 Garabi - 86 m 0,8053 0,5296 0,8848 0,6892 Garabi II - 94 m 0,5367 0,8715 0,3287 Garabi II - 89 m 0,4300 0,8401 0,2775 Garabi II - 87 m 0,5332 0,8083 0,3208 Garabi II - 86 m 0,4919 0,7985 0,3012 Porto Lucena m Porto Lucena m Porto Lucena m Puerto Rosario m Puerto Rosario m Roncador m Roncador m Panambi m Panambi m Porto Mauá m Santa Rosa m e) Base Econômica Com base nos índices ambientais estimados para o Componente-síntese Base Econômica é possível observar que para se ter uma base comparativa, foi assumido como máxima afetação o aproveitamento Garabi na cota 94 m, portanto com valor igual a 1. A partir disso os cálculos efetuados resultaram no valor de 0,8634 para o índice ambiental do aproveitamento Garabi II na cota 94 m, sendo o segundo maior entre todos os aproveitamentos avaliados. A adoção desse critério justifica-se pela maior quantidade de terras produtivas afetadas na subáreas Zona Sul de Misiones e Missões, onde existem plantações com maior valor agregado como: erva-mate, chá preto, soja, trigo e milho. Página: 152/680

44 De forma geral, o impacto médio situou-se na Subárea Zona Média Misiones e Fronteira Noroeste principalmente nos aproveitamentos Porto Lucena, Puerto Rosario e Roncador. As demais subáreas apresentam impactos mais baixos em particular nos aproveitamentos que se encontram de Porto Lucena para montante. No Quadro são apresentados os índices de impacto ambiental por aproveitamento para cada subárea e no Mapa INV.URG-GE.00- MP.1014 podem ser vistas as subáreas e a localização dos aproveitamentos. Quadro Impactos Ambientais calculados por Aproveitamento e subárea para o Componente-síntese Base Econômica Subáreas Zona Alta Misiones Zona Média Misiones Indicadores de Impactos Valor da Produção Afetada Direta Anual Valor da Área Agrícola Afetada Direta ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,60 0,40 1,00 Garabi - 94 m Garabi - 89 m Garabi - 87 m Garabi - 86 m Garabi II - 94 m Garabi II - 89 m Garabi II - 87 m Garabi II - 86 m Porto Lucena m 0,0308 0,0176 0,0255 Porto Lucena m 0,0115 0,0064 0,0095 Porto Lucena m Puerto Rosario m 0,0308 0,0176 0,0255 Puerto Rosario m 0,0115 0,0064 0,0095 Roncador m 0,0308 0,0176 0,0255 Roncador m 0,0115 0,0064 0,0095 Panambi m 0,0307 0,0176 0,0255 Panambi m 0,0114 0,0064 0,0094 Porto Mauá m 0,0308 0,0176 0,0255 Santa Rosa m 0,0308 0,0176 0,0255 Garabi - 94 m Garabi - 89 m Garabi - 87 m Garabi - 86 m Garabi II - 94 m Garabi II - 89 m Garabi II - 87 m Garabi II - 86 m Porto Lucena m 0,4288 0,2933 0,3746 Porto Lucena m 0,2929 0,1950 0,2537 Porto Lucena m 0,0804 0,0592 0,0719 Puerto Rosario m 0,4288 0,2933 0,3746 Puerto Rosario m 0,2929 0,1950 0,2537 Roncador m 0,4340 0,2933 0,3777 Roncador m 0,2961 0,1950 0,2557 Panambi m 0,4124 0,2768 0,3582 Panambi m 0,2782 0,1816 0,2396 Porto Mauá m 0,1168 0,0840 0,1037 Santa Rosa m 0,0711 0,0519 0,0634 Página: 153/680

45 Fronteira Noroeste Celeiro Zona Sul Misiones Subáreas Indicadores de Impactos Valor da Produção Afetada Direta Anual Valor da Área Agrícola Afetada Direta ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,60 0,40 1,00 Garabi - 94 m 0,8309 0,4050 0,6605 Garabi - 89 m 0,6346 0,3035 0,5022 Garabi - 87 m 0,5283 0,2567 0,4197 Garabi - 86 m 0,4980 0,2415 0,3954 Garabi II - 94 m 0,7881 0,3830 0,6261 Garabi II - 89 m 0,5945 0,2832 0,4700 Garabi II - 87 m 0,4920 0,2390 0,3908 Garabi II - 86 m 0,4628 0,2244 0,3674 Porto Lucena m 0,2486 0,0982 0,1884 Porto Lucena m 0,1994 0,0782 0,1509 Porto Lucena m 0,1076 0,0417 0,0903 Puerto Rosario m 0,0755 0,0315 0,0579 Puerto Rosario m 0,0643 0,0264 0,0491 Roncador m 0,0188 0,0067 0,0140 Roncador m 0,0164 0,0058 0,0122 Panambi m Panambi m Porto Mauá m Santa Rosa m Garabi - 94 m Garabi - 89 m Garabi - 87 m Garabi - 86 m Garabi II - 94 m Garabi II - 89 m Garabi II - 87 m Garabi II - 86 m Porto Lucena m 0,0274 0,0280 0,0276 Porto Lucena m 0,0070 0,0066 0,0068 Porto Lucena m Puerto Rosario m 0,0274 0,0280 0,0276 Puerto Rosario m 0,0070 0,0066 0,0068 Roncador m 0,0274 0,0280 0,0276 Roncador m 0,0070 0,0066 0,0068 Panambi m 0,0274 0,0280 0,0276 Panambi m 0,0070 0,0066 0,0068 Porto Mauá m 0,0274 0,0280 0,0276 Santa Rosa m 0,0274 0,0280 0,0276 Garabi - 94 m 0,0354 0,0376 0,0363 Garabi - 89 m 0,0070 0,0056 0,0064 Garabi - 87 m 0,0052 0,0037 0,0046 Garabi - 86 m 0,0004 0,0003 0,0004 Garabi II - 94 m 0,0354 0,0376 0,0363 Garabi II - 89 m 0,0070 0,0056 0,0064 Garabi II - 87 m 0,0052 0,0037 0,0046 Garabi II - 86 m 0,0004 0,0003 0,0004 Porto Lucena m 0,5812 0,6311 0,6012 Página: 154/680

46 Subáreas Missões Indicadores de Impactos Valor da Produção Afetada Direta Anual Valor da Área Agrícola Afetada Direta ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,60 0,40 1,00 Porto Lucena m 0,4231 0,4772 0,4447 Porto Lucena m 0,1525 0,1958 0,1698 Puerto Rosario m 0,5518 0,5888 0,5666 Puerto Rosario m 0,3950 0,4371 0,4118 Roncador m 0,4172 0,4213 0,4188 Roncador m 0,2874 0,3014 0,2930 Panambi m 0,3277 0,2771 0,3075 Panambi m 0,2101 0,1779 0,1972 Porto Mauá m 0,1146 0,0814 0,1013 Santa Rosa m 0,0975 0,0647 0,0844 Garabi - 94 m 1,0000 1,0000 1,0000 Garabi - 89 m 0,7211 0,7024 0,7136 Garabi - 87 m 0,6616 0,6142 0,6426 Garabi - 86 m 0,6142 0,5593 0,5922 Garabi II - 94 m 0,8563 0,8742 0,8635 Garabi II - 89 m 0,6084 0,6043 0,6068 Garabi II - 87 m 0,5527 0,5213 0,5401 Garabi II - 86 m 0,5097 0,4706 0,4941 Porto Lucena m Porto Lucena m Porto Lucena m Puerto Rosario m Puerto Rosario m Roncador m Roncador m Panambi m Panambi m Porto Mauá m Santa Rosa m f) Comunidades Indígenas e Patrimônio Arqueológico A partir da ponderação das variáveis consideradas nesta etapa de trabalho, se chegou a distintas pontuações que permitem hierarquizar os diferentes aproveitamentos segundo o grau de impacto sobre as terras indígenas e o patrimônio arqueológico. Cabe mencionar que os resultados obtidos apresentam uma coerência entre a elevação das cotas altimétricas e o grau de impacto sobre os elementos que compõem este Componentesíntese. No caso do patrimônio arqueológico, isto se deve ao fato de que o aumento da área alagada implica em uma quantidade maior de sítios afetados. Por sua vez, segundo a informação trabalhada até o momento de realização desta etapa, no que se refere às terras indígenas, as diferentes alternativas de aproveitamento parecem não gerar impactos diretos sobre os territórios ocupados. Mesmo assim, buscou-se dimensionar um grau de impacto indireto relacionado com a variação do nível do rio e sua proximidade aos assentamentos indígenas. Das comunidades indígenas identificadas na província de Misones Página: 155/680

47 sete se enquadraram ao critério de distância de 15 km em relação ao rio Uruguai são elas: Ojo de Agua, Y Haka Miri, Pindo Ty, Ara Poty, Tamanduá, Kuri e Takaurukhu. Destas, as três primeiras estão relacionadas às alternativas Garabi e Garabi II, enquanto as demais se localizam na área de influência dos eixos Porto Lucena, Panambi, Porto Mauá e Santa Rosa, conforme pode ser visto no Mapa INV.URG-GE.00-MP.1015 (Relatório Cota Garabi). Os resultados obtidos mostram que os aproveitamentos Garabi e Garabi II são os que mais poderão causar impactos indiretos, cuja intensidade se situou em patamares médios baixos (0,255 a 0,145). Para os aproveitamentos acima de San Javier e Porto Xavier as notas oscilaram em níveis mais baixos (0.171 a 0,038). É importante destacar que das comunidades consideradas, as duas mais populosas (Tamandua e Kuri) são as que estão mais distantes do rio Uruguai. Quadro Impactos Ambientais calculados por Aproveitamento e Subárea para o Componente-síntese Comunidades Indígenas e Tradicionais Subárea Única Indicador de Impacto Patrimônio Arqueológico Terras Indígenas ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,30 0,70 1,00 Garabi - 94 m 0,1560 0,2971 0,2548 Garabi - 89 m 0,0960 0,2476 0,2021 Garabi - 87 m 0,0840 0,2067 0,1699 Garabi - 86 m 0,0730 0,1867 0,1526 Garabi II - 94 m 0,1250 0,2971 0,2455 Garabi II - 89 m 0,0650 0,2476 0,1928 Garabi II - 87 m 0,0530 0,2067 0,1606 Garabi II - 86 m 0,0470 0,1867 0,1448 Porto Lucena m 0,2210 0,1495 0,1710 Porto Lucena m 0,1920 0,0800 0,1136 Porto Lucena m 0,1260 0,0000 0,0378 Puerto Rosario m 0,1800 0,1495 0,1587 Puerto Rosario m 0,1500 0,0800 0,1010 Roncador m 0,1370 0,1495 0,1458 Roncador m 0,1080 0,0800 0,0884 Panambi m 0,1190 0,1495 0,1404 Panambi m 0,0960 0,0800 0,0848 Porto Mauá m 0,0590 0,1229 0,1037 Santa Rosa m 0,0410 0,1229 0, Comparação e Seleção de Alternativas A comparação e seleção de alternativas teve como objetivo inicial a eliminação de alternativas não competitivas e das alternativas dominadas. Na seqüência, foi realizada uma análise sob um enfoque de objetivos múltiplos, comparando o benefício energético resultante do desenvolvimento do potencial de cada alternativa com os custos de implantação e com os impactos causados pela sua realização, excluindo as alternativas menos interessantes, até que fosse possível indicar a cota de Garabi. Página: 156/680

48 Para essas análises foram utilizados os índices de custo/benefício energético e de impacto ambiental, descritos nos itens subseqüentes Índice Custo Benefício Energético As análises e comparações energético-econômicas dos aproveitamentos, assim como da alternativa como um todo, foram realizadas conforme os critérios do Manual de Inventário, tendo em vista que todos os aproveitamentos de uma alternativa devem ser economicamente viáveis, de forma que se eliminem os projetos que apresentem o ICB acima do CUR. O valor do CUR foi calculado através da seguinte expressão: CUR = CRE + CRP/(8,76*Fk) Onde: CUR = Custo unitário de referência, em US$/MWh; CRE = Custo unitário de referência da energia, em US$/MWh; CRP = Custo unitário de referência de ponta, em US$/kW/ano; e Fk = Fator de capacidade (0,55). O custo unitário de referência da energia (CRE) foi calculado considerando que a energia alternativa mais econômica no longo prazo seria a obtida através de uma central térmica a gás natural de ciclo combinado. Para um valor de gás natural de 10 US$/10 6 BTU e um custo de operação e manutenção de 7,85 US$/MWh, resulta um custo unitário de referência da energia de 67,85 US$/MWh. Já o custo de referência de ponta (CRP) foi calculado considerando que a opção alternativa para ponta mais econômica no longo prazo seria a implantação de uma turbina a gás, cujo custo é da ordem 450 US$/kW e uma vida útil de 20 anos, mais custos de operação e manutenção da ordem de 15 US$/kW/ano, resultando num valor de 75,26 US$/kW/ano. Com base nesses valores, obteve-se um custo unitário de referência (CUR) de 83,47 US$/MWh. Assim, para avaliar a competitividade dos aproveitamentos, foi calculada a energia firme em última adição, no qual o acréscimo de energia firme propiciado pela adição da usina considera todos os demais aproveitamentos da alternativa como já construídos, para cada um dos aproveitamentos. O índice custo/benefício energético de cada aproveitamento é definido como a razão entre o seu custo total anual e o seu benefício energético, conforme expresso pela seguinte equação: ICB = CT / 8760 * Ef Onde: ICB = Índice custo/benefício energético do aproveitamento, em US$ / MWh; CT = Custo total anual do aproveitamento, em US$; e, Página: 157/680

49 Ef = Acréscimo de energia firme propiciado pela adição da usina, em MW médios, considerando-se os demais aproveitamentos da alternativa já construídos. O custo total anual CT de cada aproveitamento é calculado pela seguinte expressão: CT = C x FRC + Pi x CO&M Onde: C = Custo do aproveitamento, em US$, incluindo juros durante a construção; CO&M = Custo anual de operação e manutenção de usinas hidrelétricas, em US$/kW/ano. Tais custos foram determinados aplicando-se as seguintes fórmulas (já referidos a dezembro de 2008, data de referência dos orçamentos): CO&M = 42,937 *(Potência) -0,3716 FRC = Fator de recuperação de capital, ao longo da vida econômica útil do aproveitamento, segundo a taxa de desconto adotada, definido pela seguinte expressão: FRC = j x (1 + j) z / ((1 + j) z 1) Onde: j = Taxa anual de desconto, adotada nos estudos, igual a 12%; z = Vida econômica útil do aproveitamento, considerada nas análises igual a 50 anos; e, Pi = Potência Instalada do aproveitamento i, em MW. Inicialmente, foram determinados os custos de operação e manutenção de cada aproveitamento, apresentados no Quadro Quadro Custo de Operação e Manutenção dos Aproveitamentos APROVEITAMENTO POTÊNCIA (MW) CO&M (US$ / kw / ano) Garabi - 94 m ,12 Garabi - 89 m ,25 Garabi - 87 m ,28 Garabi - 86 m 979 3,32 Garabi II - 94 m ,15 Garabi II - 89 m 949 3,36 Garabi II - 87 m 938 3,38 Garabi II - 86 m 926 3,39 Página: 158/680

50 APROVEITAMENTO POTÊNCIA (MW) CO&M (US$ / kw / ano) Porto Lucena m ,10 Porto Lucena m ,22 Porto Lucena m 711 3,74 Puerto Rosario m ,16 Puerto Rosario m ,23 Roncador m ,14 Roncador m 963 3,34 Panambi m 986 3,31 Panambi m 851 3,50 Porto Mauá m 653 3,86 Santa Rosa m 510 4,23 Tendo em conta as alternativas de divisão de queda, os valores das potências instaladas e dos ganhos de energia firme em cada um dos aproveitamentos para cada uma das alternativas consideradas, e os custos totais dos aproveitamentos, foi possível determinar o Índice Custo- Benefício Energético de cada um dos aproveitamentos para cada alternativa de divisão de queda considerada, conforme mostrado no Quadro Página: 159/680

51 Quadro Índice Custo-Benefício Energético em Última Adição dos Aproveitamentos ALTERNATIVA Garabi 94 m Garabi 89 m Garabi 87 m Garabi 86 m Garabi II 94 m Garabi II 89 m Garabi II 87 m Garabi II 86 m Porto Lucena 130 m ICB (US$/MWh) Porto Lucena 124 m Porto Lucena 111 m Puerto Rosario 130 m Puerto Rosario 124 m Roncador 130 m Roncador 124 m Panambi 130 m Panambi 124 m Porto Mauá 130 m Santa Rosa 130 m 01 62,14 53, ,50 61, ,63 53, ,54 53, ,71 65, ,46 57, ,11 60, ,69 56, ,99 61, ,09 58, ,29 64, ,86 71,20 81, ,89 53, ,52 61, ,39 53, ,22 53, ,31 66, ,65 57, ,72 61, ,96 56, ,13 61, ,47 58, ,80 64, ,79 72,30 80,03 Página: 160/680

52 Considerando que todos os aproveitamentos de uma alternativa devem ser economicamente vantajosos, torna-se necessária a eliminação dos aproveitamentos não competitivos. Como a eliminação de um aproveitamento numa alternativa provoca alterações nos índices custo/benefício energético dos outros aproveitamentos, o processo de eliminação deve ser iterativo, garantindo que somente os aproveitamentos economicamente competitivos em última adição fizessem parte das alternativas. Para tanto realiza-se uma análise comparativa do Índice Custo/Benefício Energético de cada aproveitamento (ICB), com o custo unitário de referência CUR. Conforme recomendado no Manual de Inventário, o aproveitamento só é considerado economicamente competitivo se o seu Índice Custo-Benefício Energético for menor que o Custo Unitário de Referência (CUR). O valor de CUR foi adotado igual a 83,47 US$/MWh, como definido anteriormente. Desta forma, constatou-se que nenhum dos aproveitamentos apresentava ICB, em última adição, superior ao CUR, logo todos permanecem nas alternativas, pois todos são competitivos. O índice Custo-Benefício Energético de cada alternativa foi estimado com base em uma homogeneização dos valores da energia firme promovidos em cada uma, considerando San Pedro como um aproveitamento existente, para que o mesmo não interfira nas análises nessa etapa dos estudos. Isto foi feito complementando-se a produção associada às alternativas com menor ganho de energia firme, até o maior valor dentre todos, ao custo unitário de referência, avaliada pela seguinte expressão: ICB = ( CTa x CUR x ( Ef* - Efa ) ) / Ef* x Onde: ICB = Índice Custo/Benefício Energético da alternativa, em US$ / MWh; CTa = Custo total anual da alternativa, após a eliminação de todos os aproveitamentos não econômicos, em US$; CUR = Custo unitário de referência, em US$ / MWh; Ef* = Acréscimo de Energia Firme na bacia fornecido pela alternativa com maior produção no conjunto das analisadas, em MW médios; e Efa = Acréscimo de Energia Firme na bacia fornecido pela alternativa, em MW médios. Os resultados são apresentados no Quadro Alternativa Quadro Índice Custo-Benefício Energético das Alternativas Custo total anual (US$) Ef* Efa ICB (US$/MWh) Alternativa ,3 1136,71 58,75 Alternativa ,3 1053,47 63,88 Alternativa ,3 1154,53 57,15 Alternativa ,3 1063,25 58,86 Página: 161/680

53 Alternativa Custo total anual Ef* Efa ICB (US$) (US$/MWh) Alternativa ,3 878,3 68,68 Alternativa , ,3 60,64 Alternativa ,3 985,1 63,62 Alternativa , ,6 60,73 Alternativa , ,2 65,70 Alternativa , ,3 61,25 Alternativa , ,3 66,68 Alternativa , ,2 72,87 Alternativa , ,4 58,45 Alternativa , ,5 63,77 Alternativa , ,9 60,12 Alternativa , ,7 61,91 Alternativa ,3 839,1 71,05 Alternativa , ,5 63,42 Alternativa ,3 947,1 65,90 Alternativa , ,6 61,39 Alternativa , ,8 66,24 Alternativa , ,3 62,35 Alternativa , ,5 67,84 Alternativa , ,0 73,77 Adicionalmente, para contemplar as particularidades do sistema elétrico argentino, onde a participação térmica na matriz é mais importante, foi considerado também na equalização das alternativas a energia secundária, aqui definida como a diferença entre a energia média e a energia firme no trecho em estudo, ou seja, considerou-se a energia média apenas do tramo binacional. Para tanto, foram utilizados os resultados da simulação realizada para o todo o período de vazões disponíveis, 1931 a Os resultados são apresentados no Quadro Quadro Equalização das Alternativas a Energia Secundária ALTERNATIVA ENERGIA FIRME ENERGIA MÉDIA ENERGIA SECUNDÁRIA DELTA ENERGIA SECUNDÁRIA Alternativa , ,2 123,3 13,5 Alternativa , ,2 119,7 17,1 Alternativa , ,6 132,9 3,9 Alternativa , ,2 122,0 14,8 Alternativa , ,3 105,2 31,6 Alternativa , ,8 122,7 14,1 Página: 162/680

54 ALTERNATIVA ENERGIA DELTA ENERGIA ENERGIA FIRME ENERGIA MÉDIA SECUNDÁRIA SECUNDÁRIA Alternativa , ,9 118,0 18,8 Alternativa , ,8 113,2 23,6 Alternativa , ,8 131,4 5,4 Alternativa , ,8 113,6 23,2 Alternativa , ,7 122,4 14,4 Alternativa , ,9 136,8 0,0 Alternativa , ,7 129,2 7,6 Alternativa , ,4 125,7 11,1 Alternativa , ,2 127,1 9,7 Alternativa , ,7 117,6 19,2 Alternativa ,4 978,5 100,1 36,7 Alternativa , ,5 117,4 19,4 Alternativa , ,1 112,7 24,1 Alternativa , ,9 109,7 27,1 Alternativa , ,2 126,5 10,3 Alternativa , ,0 113,5 23,3 Alternativa , ,0 122,8 14,0 Alternativa , ,0 136,4 0,4 O índice Custo-Benefício Energético de cada alternativa foi então estimado com base em uma homogeneização dos valores da energia firme e de energia secundária promovidos em cada uma. Isto foi feito complementando-se a produção associada às alternativas com menor ganho de energia firme e de energia secundária, até o maior valor dentre todos, ao custo unitário de referência para a energia firme e ao custo de referencia da energia secundária para a diferença entre a energia média e a firme, avaliada pela seguinte expressão: ICB = ( CTa x CUR x ( Ef* - Efa ) x CRE x ( Em* - Ema ) ) / Ef* x Onde: ICB = Índice Custo/Benefício Energético da alternativa, em US$ / MWh; CTa = Custo total anual da alternativa, após a eliminação de todos os aproveitamentos não econômicos, em US$; CUR = Custo unitário de referência, em US$ / MWh; Ef* = Somatório de Energia Firme fornecido pela alternativa com maior produção no conjunto das analisadas, em MW médios; Efa = Somatório de Energia Firme fornecido pela alternativa, em MW médios; CRE = Custo unitário de referência da energia, em US$ / MWh; Página: 163/680

55 Em* = Somatório de Energia Média fornecido pela alternativa com maior produção no conjunto das analisadas, em MW médios; e Ema = Somatório de Energia Média fornecido pela alternativa, em MW médios. Os resultados são apresentados no Quadro , onde foi considerado o valor de 67,85 US$/MWh para o custo unitário de referência da energia (CRE), como apresentado anteriormente. Quadro Índice custo benefício energético considerando a energia secundária Alternativa ICB apenas Energia Firme (US$/MWh) ICB Energia Firme e Energia Secundária (US$/MWh) 1 58,75 59, ,88 64, ,15 57, ,86 59, ,68 70, ,64 61, ,62 64, ,73 62, ,70 66, ,25 62, ,68 67, ,87 72, ,45 58, ,77 64, ,12 60, ,91 63, ,05 73, ,42 64, ,90 67, ,39 62, ,24 66, ,35 63, ,84 68, ,77 73,79 Página: 164/680

56 Índice Ambiental O Índice de Impacto Negativo sobre o Sistema Ambiental IA de uma alternativa de divisão de queda expressa o grau de impacto sobre a área de estudo do conjunto de aproveitamentos que a compõe, representando as alterações do sistema ambiental e tendo como base os seis componentes-sínteses avaliados: Ecossistemas Aquáticos; Ecossistemas Terrestres; Modos de Vida; Base Econômica; Organização Territorial; e, Comunidades Indígenas e Patrimônio Arqueológico, e suas respectivas subáreas. Nesta fase dos trabalhos, a obtenção do IA visa a hierarquização das alternativas de divisão de queda, de modo a minimizar os impactos socioambientais negativos. O cálculo do IA desenvolve-se em duas etapas: - Composição do índice de impacto negativo da alternativa sobre cada componentesíntese (IAC), relativo à agregação dos índices de impacto por aproveitamento em um índice de alternativa de divisão de queda; e, - Composição do próprio índice de impacto negativo da alternativa sobre o sistema socioambiental (IA), quando é feita a agregação dos índices de impacto negativo da alternativa sobre todos os componentes-síntese. Os índices de impacto por aproveitamento foram apresentados no item 3.1.6, na forma dos Quadros a Para a agregação desses índices de impacto por aproveitamento em um índice por alternativa, foram considerados, além dos processos impactantes de cada aproveitamento da alternativa isoladamente, os efeitos cumulativos entre aproveitamentos que afetam uma mesma subárea. Para tanto, foi adotado o procedimento simplificado indicado no Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas (CEPEL, 2007), conforme abaixo exposto: Onde: i = 1, 2, 3...n I c SA c( i 1) ( I ) [ ] I ( i 1) ( i) ( j) = ISA ( j) + 1 SA( j) * SA( Aproveitamentos na Subárea (j) ( i) I SA( j) Impacto na Subárea (j), quando se instala apenas o i-ésimo aproveitamento da alternativa. O valor inicial do impacto cumulativo é igual a zero: (0) I SA( j) = 0 c I SA( j) Impacto cumulativo na Subárea (j) No caso da Componente-síntese População Indígena, como a unidade de análise é a bacia, adotou-se o mesmo procedimento com uma única subárea. Em seguida, os impactos cumulativos em cada subárea foram agregados, considerando um fator de ponderação para cada subárea, de acordo com: j) Página: 165/680

57 ( cs) = j IAC ) Onde: C ( I SA( j) * Psa( j) INV.URG-GE.00-IT.4001-(P) Psa ( j) Fator de Ponderação relativo à Subárea (j) IAC (cs) Índice de Impacto Negativo da Alternativa sobre o Componente-síntese (cs) Os fatores de ponderação entre as subáreas, utilizados para possibilitar a relativização dos índices de impacto nas subáreas no contexto da bacia aqui estudada, foram definidos a partir de sua sensibilidade à incidência de impactos decorrentes de empreendimentos hidrelétricos. A ponderação das subáreas para cada componente síntese pode ser vista no item 2.4 do relatório Cota Garabi e item 3.3 do relatório de Estudos Preliminares. Por fim, o cálculo final do impacto ambiental da alternativa foi obtido mediante a soma dos IACs ponderada pelos pesos dos Componentes-síntese, conforme abaixo: IA = IAC( cs ) * Pc( cs) Onde: Pc (cs) Fator de Ponderação relativo ao Componente-síntese (cs) IA Índice de Impacto Negativo da Alternativa sobre o Sistema Socioambiental O fator de ponderação dos Componentes-síntese corresponde ao peso atribuído aos mesmos, normalizado em uma escala de 0 (zero) a 1 (um), segundo a importância que assume na interrelação com os demais componentes. A atribuição dos pesos foi definida pelas informações contidas na caracterização de cada componente-síntese e por meio de discussões entre os técnicos das diversas áreas temáticas, buscando obter um consenso nos pesos que reflitam as inter-relações vigentes, traduzidas em uma hierarquia dos Componentes-síntese no contexto do quadro socioambiental. O resultado final é apresentado no Quadro , a seguir. Quadro Pesos dos componentes-sínteses para cálculo do IA Componente-síntese Pesos Ecossistemas Aquáticos 0,25 Ecossistemas Terrestres 0,20 Modos de Vida 0,20 Organização Territorial 0,12 Base Econômica 0,13 Comunidades Indígenas e Patrimônio Arqueológico 0,10 Página: 166/680

58 Assim, a partir da avaliação dos aproveitamentos apresentada no Item 2.1.6, foi calculado o índice ambiental das alternativas por componente-síntese - IAC, considerando os impactos conjuntos dos aproveitamentos que compõem cada uma das alternativas do em estudo, os resultados obtidos são apresentados no Quadro Alternativa Quadro Índice Ambiental das Alternativas por Componente-síntese Ecossistemas Aquáticos Ecossistemas Terrestres Modos de Vida Organização Territorial Base Econômica Com. Indígenas e Patrim. Arqueológico Índice Ambiental Pesos 0,25 0,20 0,20 0,12 0,13 0,10 1,00 IAC 0,462 0,670 0,442 0,378 0,632 0,359 IAC x Peso 0,115 0,134 0,088 0,045 0,082 0,036 IAC 0,445 0,652 0,427 0,351 0,591 0,318 IAC x Peso 0,111 0,130 0,085 0,042 0,077 0,032 IAC 0,421 0,653 0,368 0,376 0,522 0,318 IAC x Peso 0,105 0,131 0,074 0,045 0,068 0,032 IAC 0,411 0,650 0,321 0,314 0,493 0,314 IAC x Peso 0,103 0,130 0,064 0,038 0,064 0,031 IAC 0,369 0,620 0,254 0,220 0,409 0,285 IAC x Peso 0,092 0,124 0,051 0,026 0,053 0,028 IAC 0,406 0,635 0,346 0,362 0,476 0,273 IAC x Peso 0,101 0,127 0,069 0,043 0,062 0,027 IAC 0,394 0,632 0,301 0,286 0,450 0,270 IAC x Peso 0,098 0,126 0,060 0,034 0,059 0,027 IAC 0,411 0,650 0,364 0,372 0,515 0,302 IAC x Peso 0,103 0,130 0,073 0,045 0,067 0,030 IAC 0,393 0,631 0,342 0,327 0,461 0,254 IAC x Peso 0,098 0,126 0,068 0,039 0,060 0,025 IAC 0,454 0,651 0,365 0,361 0,525 0,297 IAC x Peso 0,114 0,130 0,073 0,043 0,068 0,030 IAC 0,408 0,643 0,339 0,317 0,465 0,249 IAC x Peso 0,102 0,129 0,068 0,038 0,060 0,025 IAC 0,401 0,677 0,333 0,232 0,390 0,265 IAC x Peso 0,100 0,135 0,067 0,028 0,051 0,026 IAC 0,456 0,665 0,383 0,272 0,581 0,351 IAC x Peso 0,114 0,133 0,077 0,033 0,075 0,035 IAC 0,439 0,647 0,368 0,245 0,539 0,309 IAC x Peso 0,110 0,129 0,074 0,029 0,070 0,031 IAC 0,402 0,651 0,318 0,292 0,480 0,310 IAC x Peso 0,100 0,130 0,064 0,035 0,062 0,031 IAC 0,392 0,647 0,271 0,230 0,451 0,306 IAC x Peso 0,098 0,129 0,054 0,028 0,059 0,031 IAC 0,348 0,617 0,204 0,136 0,367 0,277 IAC x Peso 0,087 0,123 0,041 0,016 0,048 0,028 IAC 0,386 0,632 0,296 0,278 0,434 0,264 IAC x Peso 0,097 0,126 0,059 0,033 0,056 0,026 IAC 0,374 0,629 0,250 0,202 0,408 0,261 IAC x Peso 0,094 0,126 0,050 0,024 0,053 0,026 IAC 0,400 0,644 0,316 0,297 0,476 0,294 IAC x Peso 0,100 0,129 0,063 0,036 0,062 0,029 0,501 0,478 0,454 0,430 0,375 0,430 0,405 0,447 0,417 0,458 0,422 0,407 0,467 0,443 0,423 0,398 0,343 0,398 0,373 0,419 Página: 167/680

59 Alternativa Ecossistemas Aquáticos Ecossistemas Terrestres Modos de Vida Organização Territorial Base Econômica Com. Indígenas e Patrim. Arqueológico IAC 0,382 0,625 0,295 0,252 0,422 0,245 IAC x Peso 0,095 0,125 0,059 0,030 0,055 0,025 IAC 0,444 0,648 0,319 0,313 0,488 0,291 IAC x Peso 0,111 0,130 0,064 0,038 0,063 0,029 IAC 0,397 0,639 0,293 0,270 0,428 0,242 IAC x Peso 0,099 0,128 0,059 0,032 0,056 0,024 IAC 0,390 0,674 0,288 0,184 0,353 0,258 IAC x Peso 0,098 0,135 0,058 0,022 0,046 0,026 Nota: IAC Índice de Impacto Ambiental por Componente-síntese Índice Ambiental 0,389 0,434 0,398 0,384 Os valores obtidos para o IA das alternativas em estudo nesse inventário foram dispostos no Quadro , onde nas colunas são apresentados o número de identificação da alternativa proposta, o valor calculado do IA e as cotas de cada aproveitamento que compõe sua respectiva alternativa. Quadro Índice Ambiental segundo as cotas das alternativas em estudo Altern. Índice Ambiental Garabi Garabi II Porto Lucena Puerto Rosario Roncador Panambi 1 0, , , , Porto Mauá 5 0, , , , , , , , , , , , , , , , , , , , Santa Rosa Tomando como referência os índices ambientais apresentados, pode-se afirmar que no cômputo geral dos impactos considerados nesta etapa, a mudança de eixo de Garabi para Garabi II representa uma redução de impacto ambiental que varia de 5,1 % (IA da Alternativa 10 em relação ao AI da Alternativa 22) a 8,6 % (IA da Alternativa 5 em comparação a Alternativa 17). Página: 168/680

60 Ainda comparando as alternativas em relação a esses dois eixos, nota-se que nas cotas inferiores a 89 m há uma tendência dos impactos apresentarem valores mais baixos, com um porcentual de redução do IA variando de 5,1% a 6,8%. Por outro lado, para as cotas acima de 89 m os impactos mostram-se mais elevados, aumentando entre 6,9% a 7,2%, com relação a esta cota. Deve-se salientar, no entanto, que tal dimensão visa tentar dar uma visão aproximada de como a inundação das duas cidades de Garruchos (Corrientes e Rio Grande do Sul) repercute no cômputo geral do processo de avaliação feita no presente relatório. Outra forma possível de se visualizar os resultados alcançados é por meio da ordenação apresentada no Quadro , onde se pode observar que a Alternativa 1 recebeu a pior avaliação, sendo que a Alternativa 17 revelou-se a de menor impacto ambiental. De forma geral, os resultados obtidos mostram que as melhores alternativas do ponto de vista ambiental são as que possuem aproveitamentos com eixo localizados a montante da maior parte dos núcleos urbanos próximos ao rio Uruguai, como é o caso dos aproveitamentos Porto Mauá, Santa Rosa e Panambi que figuram entre as quatro alternativas de impacto ambiental negativo mais baixo. Entre o grupo de alternativas que apresenta menor impacto ambiental estão também aquelas compostas por aproveitamentos a montante de San Javier e Porto Xavier com cotas variando entre 111 e 124 (alternativas 23, 21 e 18). Ainda no Quadro pode-se observar que as alternativas mais impactantes são as que combinam aproveitamentos com cota 130 m nos eixos situados entre as cidades de Porto Lucena e Panambi, e aproveitamentos do eixo Garabi. Esse resultado pode ser explicado pela sinergia negativa dos efeitos a serem provocados pela maior área inundação dos reservatórios situados a partir do trecho a montante de Porto Lucena e a inundação das cidades de Garruchos pelo reservatório a ser formado pelo aproveitamento Garabi. Quadro Ordenação dos Índices de Impacto Ambiental sobre o Sistema Ambiental IA por cotas alternativa Altern. Índice Ambiental Class. Garabi Garabi II Porto Lucena Puerto Rosario Roncador Panambi Porto Mauá 17 0,3428 1º ,3728 2º ,3750 3º ,3835 4º ,3890 5º ,3977 6º ,3983 7º ,3984 8º ,4048 9º , º , º , º , º , º , º , º , º , º , º , º , º Santa Rosa Página: 169/680

61 Altern. Índice Ambiental Class. Garabi Garabi II Porto Lucena Puerto Rosario Roncador Panambi 13 0, º , º , º Porto Mauá Santa Rosa Por fim, cabe assinalar que a abordagem dos aspectos ambientais para estudos de inventário hidrelétrico objetiva dar subsídios socioambientais ao processo de escolha da melhor alternativa de partição de queda. Assim, os resultados obtidos neste estudo têm por intuito apontar as principais questões que deverão ser aprofundadas nos estudos ambientais que serão realizados nas etapas subseqüentes do desenvolvimento do projeto de implantação dos aproveitamentos Seleção de Alternativas A seleção de alternativas foi realizada tendo em vista os índices custo/benefício energético e ambiental para cada uma delas. Para tanto, as alternativas foram comparadas através do gráfico da Figura , onde o eixo das abscissas representa o índice custo-beneficio energético (ICB) e o eixo das ordenadas o índice ambiental. Índice Ambiental 1a Etapa - Cota Garabi 0,550 0,500 Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 13 Alternativa 10 Alternativa 3 0,450 Alternativa 8 Alternativa 14 Alternativa 22 Alternativa 4 Alternativa 6 Alternativa 15 Alternativa 11 Alternativa 20 Alternativa 9 Alternativa 12 Alternativa 7 0,400 Alternativa 16 Alternativa 18 Alternativa 23 Alternativa 21 Alternativa 24 Alternativa 5 Alternativa 19 0,350 Alternativa 17 0,300 50,00 55,00 60,00 65,00 70,00 75,00 Índice Costo Beneficio - Índice Custo Benefício (US$/MWh) Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 Alternativa 6 Alternativa 7 Alternativa 8 Alternativa 9 Alternativa 10 Alternativa 11 Alternativa 12 Alternativa 13 Alternativa 14 Alternativa 15 Alternativa 16 Alternativa 17 Alternativa 18 Alternativa 19 Alternativa 20 Alternativa 21 Alternativa 22 Alternativa 23 Alternativa 24 Gráfico Alternativas ICB x IA Este gráfico evidencia as alternativas que se apresentam com altos índices ambientais, e custos e energia equivalentes aos de outras alternativas, e alternativas com altos índices custo Página: 170/680

62 benefício e índices ambientais equivalentes, razão pela qual são expurgadas. São elas as alternativas 1, 2, 12 e 24. A Figura mostra o mesmo gráfico já sem essas alternativas. 1a Etapa - Cota Garabi 0,500 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 0,450 Alternativa 13 Alternativa 3 Alternativa 8 Alternativa 10 Alternativa 14 Alternativa 6 Alternativa 7 Alternativa 8 Índice Ambiental 0,400 Alternativa 22 Alternativa 4 Alternativa 6 Alternativa 15 Alternativa 11 Alternativa 20 Alternativa 9 Alternativa 7 Alternativa 16 Alternativa 18 Alternativa 23 Alternativa 21 Alternativa 5 Alternativa 19 Alternativa 9 Alternativa 10 Alternativa 11 Alternativa 13 Alternativa 14 Alternativa 15 Alternativa 16 Alternativa 17 0,350 Alternativa 17 Alternativa 18 Alternativa 19 Alternativa 20 Alternativa 21 Alternativa 22 0,300 50,00 55,00 60,00 65,00 70,00 75,00 Índice Costo Beneficio - Índice Custo Benefício (US$/MWh) Alternativa 23 Gráfico Alternativas ICB x IA Exclusão de alternativas dominadas Em seguida, pôde-se excluir as demais alternativas dominadas, que são as alternativas 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 13, 14, 18, 20, 22 e 23. Dessa forma, restam as alternativas 3, 4, 15, 16, 17, 19 e 21 apresentadas na Figura Entende-se por alternativa superada aquela que com mesmo IA de outra alternativa, apresenta maior ICB e, ao contrário, com mesmo ICB, apresenta maior IA. Página: 171/680

63 0,500 1a Etapa - Cota Garabi Alternativa 3 0,450 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 4 Alternativa 15 Índice Ambiental 0,400 Alternativa 15 Alternativa 16 Alternativa 21 Alternativa 19 Alternativa 16 Alternativa 17 0,350 Alternativa 17 Alternativa 19 Alternativa 21 0,300 50,00 55,00 60,00 65,00 70,00 75,00 Índice Costo Beneficio - Índice Custo Benefício (US$/MWh) Gráfico Alternativas ICB x IA Segunda exclusão de alternativas dominadas Num inventário convencional essas 7 alternativas seriam levadas para os estudos finais, quando uma delas seria definida como a melhor. No entanto, nesse caso em particular, é preciso definir a cota e localização do eixo de Garabi, e entre essas 7 alternativas ainda existem alternativas de cota para Garabi e de localização para o eixo (Garabi ou Garabi II). Dessa forma, se faz necessário antecipar algumas análises correspondentes aos estudos finais, com o cálculo do Índice de Preferência (IP) de cada uma dessas alternativas. De maneira análoga, as alternativas são comparadas através de um gráfico, onde as abscissas representam o índice custo-beneficio energético (ICB) e o eixo das ordenadas o índice ambiental (IA). Nesse caso, para tornar a análise adimensional, o índice custo-beneficio energético (ICB) foi dividido pelo custo unitário de referência (US$ 83,47/MWh), resultando em valores que variam de 0 a 1, como o índice ambiental, uma vez que aproveitamentos e alternativas não competitivas não participam dessa análise. A hierarquização das alternativas é então dada pelo índice de preferência (IP), que é dado pela soma ponderada do ICB e do IA, de acordo com a expressão: ICB IP = pcb + pa IA CUR Com: Página: 172/680

64 p p p cb a cb p a = 1 Onde: IP = índice de preferência; p cb = peso da importância relativa entre os objetivos de minimização do índice custo beneficio energético; ICB = índice custo beneficio energético; CUR = custo unitário de referência (no presente estudo US$ 83,47/MWh); p a = peso da importância relativa entre os objetivos de minimização do índice ambiental; IA = índice ambiental. Considerando os pesos da importância relativa entre os objetivos de minimização do índice custo beneficio energético e do índice ambiental iguais a 0,5, ou seja, atribuindo a mesma importância aos critérios econômico-energéticos e ambientais, tem-se os índices de preferência do Quadro , onde o menor IP representa a alternativa mais interessante. Quadro Índice de preferência para ICB/CUR 50% e IA 50% Alternativas ICB/CUR IA IP Alternativa 1 0,713 0,501 0,607 Alternativa 2 0,777 0,478 0,627 Alternativa 3 0,687 0,454 0,571 Alternativa 4 0,716 0,430 0,573 Alternativa 5 0,845 0,375 0,610 Alternativa 6 0,736 0,430 0,583 Alternativa 7 0,775 0,405 0,590 Alternativa 8 0,744 0,447 0,596 Alternativa 9 0,791 0,417 0,604 Alternativa 10 0,750 0,458 0,604 Alternativa 11 0,809 0,422 0,615 Alternativa 12 0,873 0,407 0,640 Alternativa 13 0,706 0,467 0,586 Alternativa 14 0,772 0,443 0,607 Alternativa 15 0,727 0,423 0,575 Alternativa 16 0,755 0,398 0,577 Alternativa 17 0,877 0,343 0,610 Alternativa 18 0,773 0,398 0,586 Alternativa 19 0,806 0,373 0,590 Alternativa 20 0,755 0,419 0,587 Alternativa 21 0,801 0,389 0,595 Alternativa 22 0,763 0,434 0,599 Alternativa 23 0,823 0,398 0,610 Alternativa 24 0,884 0,384 0,634 Nesse quadro, verifica-se que a alternativa com melhor índice de preferência é a alternativa 3. Para análise gráfica pode-se traçar uma linha de preferência, que parte da origem do gráfico e tem coeficiente angular igual a p a /p cb. Considerando os pesos da importância relativa entre os Página: 173/680

65 objetivos de minimização do índice custo-beneficio energético e do índice ambiental iguais a 0,5, ou seja, atribuindo a mesma importância aos critérios econômico-energéticos e ambientais, essa linha tem 45 de inclinação. O gráfico da Figu ra representa essa análise, onde verifica-se que a alternativa 3 é a mais interessante. 1a Etapa - Cota Garabi 1,000 Alternativa 3 0,800 Alternativa 4 Índice Ambiental 0,600 0,400 Alternativa 15 Alternativa 16 Alternativa 17 0,200 Alternativa 19 Alternativa 21 0,000 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 Índice Costo Benefício - Índice Custo Benefício Linha de preferencia Gráfico Análise gráfica do índice de preferência (ICB/CUR 50% e IA 50%) Faz-se necessário verificar a sensibilidade dessas análises à variação dos pesos da importância relativa entre os objetivos de minimização. Para isso, variou-se a relação entre p cb /p a de 60%/40% até 40%/60%, de acordo com o representado pelos Quadros e e pelas Figuras e , onde verificou-se que a alternativa 3 continua sendo a mais interessante, para a relação pcb/pa de 60%/40%, mas deixa de sê-lo para a relação p cb /p a de 40%/60%. No entanto, nessa situação todas as alternativas apresentam-se muito próximas, como evidenciado pela Figura Quadro Índice de preferência para ICB/CUR 60% e IA 40% Alternativas ICB/CUR IA IP Alternativa 1 0,713 0,501 0,628 Alternativa 2 0,777 0,478 0,657 Alternativa 3 0,687 0,454 0,594 Alternativa 4 0,716 0,430 0,601 Alternativa 5 0,845 0,375 0,657 Alternativa 6 0,736 0,430 0,614 Alternativa 7 0,775 0,405 0,627 Página: 174/680

66 Alternativas ICB/CUR IA IP Alternativa 8 0,744 0,447 0,625 Alternativa 9 0,791 0,417 0,641 Alternativa 10 0,750 0,458 0,633 Alternativa 11 0,809 0,422 0,654 Alternativa 12 0,873 0,407 0,687 Alternativa 13 0,706 0,467 0,610 Alternativa 14 0,772 0,443 0,640 Alternativa 15 0,727 0,423 0,605 Alternativa 16 0,755 0,398 0,612 Alternativa 17 0,877 0,343 0,663 Alternativa 18 0,773 0,398 0,623 Alternativa 19 0,806 0,373 0,633 Alternativa 20 0,755 0,419 0,620 Alternativa 21 0,801 0,389 0,636 Alternativa 22 0,763 0,434 0,632 Alternativa 23 0,823 0,398 0,653 Alternativa 24 0,884 0,384 0,684 Quadro Índice de preferência para ICB/CUR 40% e IA 60% Alternativas ICB/CUR IA IP Alternativa 1 0,713 0,501 0,586 Alternativa 2 0,777 0,478 0,597 Alternativa 3 0,687 0,454 0,548 Alternativa 4 0,716 0,430 0,544 Alternativa 5 0,845 0,375 0,563 Alternativa 6 0,736 0,430 0,553 Alternativa 7 0,775 0,405 0,553 Alternativa 8 0,744 0,447 0,566 Alternativa 9 0,791 0,417 0,567 Alternativa 10 0,750 0,458 0,575 Alternativa 11 0,809 0,422 0,577 Alternativa 12 0,873 0,407 0,594 Alternativa 13 0,706 0,467 0,562 Alternativa 14 0,772 0,443 0,575 Alternativa 15 0,727 0,423 0,544 Alternativa 16 0,755 0,398 0,541 Alternativa 17 0,877 0,343 0,556 Página: 175/680

67 Alternativas ICB/CUR IA IP Alternativa 18 0,773 0,398 0,548 Alternativa 19 0,806 0,373 0,546 Alternativa 20 0,755 0,419 0,553 Alternativa 21 0,801 0,389 0,554 Alternativa 22 0,763 0,434 0,566 Alternativa 23 0,823 0,398 0,568 Alternativa 24 0,884 0,384 0,584 1a Etapa - Cota Garabi 1,000 Alternativa 3 0,800 Alternativa 4 Índice Ambiental 0,600 0,400 Alternativa 15 Alternativa 16 Alternativa 17 0,200 Alternativa 19 Alternativa 21 0,000 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 Índice Costo Benefício - Índice Custo Benefício Linha de preferencia Gráfico Análise gráfica do índice de preferência (ICB/CUR 60% e IA 40%) Página: 176/680

68 1a Etapa - Cota Garabi 1,000 Alternativa 3 0,800 Alternativa 4 Índice Ambiental 0,600 0,400 Alternativa 15 Alternativa 16 Alternativa 17 0,200 Alternativa 19 Alternativa 21 0,000 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 Índice Costo Benefício - Índice Custo Benefício Linha de preferencia Gráfico Análise gráfica do índice de preferência (ICB/CUR 40% e IA 60%) Essa análise também é apresentada no gráfico da Figura , que mostra as variações de pcb/pa de 40%/60% até 60%/40%. Ou seja, esse gráfico evidencia que as alternativas 17 e 21 apresentam linhas acima das demais, indicando que essas alternativas são menos interessantes do que as demais. Análise de sensibilidad - Análise de sensibilidade (IA X ICB) 0,68 Índice de Preferência 0,66 0,64 0,62 0,60 0,58 0,56 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 15 Alternativa 16 Alternativa 17 Alternativa 19 Alternativa 21 0,54 40%60% 50%50% 60%40% Ponderación - Ponderação ICB/IA Gráfico Análise de sensibilidade IA ICB (8 alternativas) Página: 177/680

69 O gráfico da Figura , apresenta as 5 alternativas restantes, e mostra que na maior parte do trecho analisado a alternativa 3 apresenta melhor IP do que as demais alternativas. Dessa forma, conclui-se que, de acordo com a metodologia utilizada, a melhor alternativa é Garabi, com seu reservatório na elevação 89 m. Cabe destacar que essas 5 alternativas possuem o reservatório de jusante, seja Garabi (alternativas 3 e 4) ou Garabi II (alternativas 15, 16 e 19), na cota 89 m. Análise de sensibilidad - Análise de sensibilidade (IA X ICB) 0,64 0,63 Alternativa 3 Índice de Preferência 0,62 0,61 0,60 0,59 0,58 0,57 0,56 0,55 Alternativa 4 Alternativa 15 Alternativa 16 Alternativa 19 0,54 40%60% 50%50% 60%40% Ponderación - Ponderação ICB/IA Gráfico Análise de sensibilidade IA ICB (5 alternativas) Adicionalmente, fez-se uma análise de sensibilidade, variando-se o valor do Custo Unitário de Referência (CUR), entre 70 US$/MWh e 100 US$/MWh, e com o custo da energia secundária entre 0 e 80 US$/MWh, a fim de dar maior respaldo a escolha de alternativa, retratada no Quadro Neste quadro é possível ratificar que o melhor aproveitamento do trecho é composto por Garabi na cota 89 m, porque representa os menores índices na maior quantidade de alternativas do intervalo de custos considerado, pois integra tanto a alternativa 3, como a 4, que são as que apresentam o melhor índice de preferência. Com base nessas análises, verifica-se que a alternativa 3 é a que se apresenta mais atrativa, conciliando a minimização dos custos de energia e dos impactos ambientais negativos. Essa alternativa é formada pelo aproveitamento Garabi, na cota 89 m, indicando assim, que de acordo com metodologia utilizada essa é localização e cota do reservatório mais adequado. Pelo exposto anteriormente, e levando em consideração que as duas alternativas com melhor IP incluem o aproveitamento Garabi 89,0 m, é descartado para as próximas etapas o barramento Garabi II. Dessa forma, para o desenvolvimento dos estudos preliminares serão consideradas além das alternativas 3 e 4, as alternativas 5, 6 e 7, dado que essas 3 possuem o aproveitamento de Garabi com as mesmas características, possibilitando assim 5 diferentes alternativas para o aproveitamento do tramo a montante de Garabi. Página: 178/680

70 Quadro Análises de sensibilidade dos custos de referência CRE (US$/MWh) CUR (US$/MWh) Alternativas Índice de preferência das alternativas calculado para IA-50% e ICB-50% Alternativa 1 0,668 0,617 0,578 0,546 0,672 0,620 0,580 0,548 0,673 0,622 0,582 0,549 0,675 0,623 0,583 0,551 Alternativa 2 0,686 0,636 0,597 0,566 0,691 0,640 0,600 0,569 0,693 0,642 0,602 0,570 0,695 0,643 0,604 0,572 Alternativa 3 0,635 0,584 0,545 0,513 0,636 0,585 0,546 0,514 0,636 0,585 0,546 0,514 0,637 0,586 0,546 0,515 Alternativa 4 0,628 0,581 0,545 0,516 0,631 0,584 0,548 0,519 0,633 0,586 0,549 0,520 0,635 0,588 0,551 0,521 Alternativa 5 0,655 0,612 0,578 0,551 0,663 0,618 0,584 0,556 0,666 0,622 0,587 0,559 0,670 0,625 0,590 0,562 Alternativa 6 0,640 0,592 0,555 0,525 0,644 0,595 0,558 0,527 0,646 0,597 0,559 0,529 0,647 0,598 0,560 0,530 Alternativa 7 0,642 0,597 0,561 0,533 0,647 0,601 0,565 0,536 0,649 0,603 0,567 0,538 0,652 0,605 0,568 0,539 Alternativa 8 0,656 0,603 0,562 0,529 0,662 0,608 0,566 0,533 0,664 0,610 0,568 0,535 0,667 0,613 0,571 0,537 Alternativa 9 0,669 0,617 0,577 0,545 0,671 0,619 0,578 0,546 0,671 0,619 0,579 0,546 0,672 0,620 0,579 0,547 Alternativa 10 0,666 0,612 0,569 0,535 0,672 0,617 0,574 0,539 0,675 0,619 0,576 0,541 0,678 0,622 0,578 0,543 Alternativa 11 0,679 0,626 0,584 0,551 0,682 0,629 0,587 0,554 0,684 0,630 0,589 0,555 0,686 0,632 0,590 0,556 Alternativa 12 0,721 0,658 0,609 0,570 0,721 0,658 0,609 0,570 0,721 0,658 0,609 0,570 0,721 0,658 0,609 0,570 Alternativa 13 0,647 0,598 0,559 0,529 0,649 0,600 0,561 0,530 0,650 0,600 0,562 0,531 0,651 0,601 0,562 0,531 Alternativa 14 0,666 0,618 0,580 0,550 0,669 0,620 0,582 0,551 0,671 0,621 0,583 0,552 0,672 0,623 0,584 0,553 Alternativa 15 0,636 0,586 0,547 0,516 0,639 0,588 0,549 0,517 0,640 0,589 0,550 0,518 0,641 0,590 0,551 0,519 Alternativa 16 0,629 0,583 0,548 0,519 0,634 0,588 0,551 0,522 0,636 0,590 0,553 0,524 0,639 0,592 0,555 0,526 Alternativa 17 0,652 0,609 0,576 0,549 0,661 0,617 0,583 0,556 0,666 0,621 0,587 0,559 0,670 0,625 0,590 0,562 Alternativa 18 0,641 0,593 0,556 0,526 0,645 0,597 0,560 0,529 0,648 0,599 0,561 0,531 0,650 0,601 0,563 0,533 Alternativa 19 0,640 0,594 0,559 0,531 0,645 0,600 0,564 0,535 0,648 0,602 0,566 0,537 0,651 0,605 0,568 0,539 Alternativa 20 0,644 0,592 0,552 0,520 0,650 0,598 0,558 0,525 0,654 0,601 0,560 0,527 0,657 0,604 0,563 0,530 Alternativa 21 0,656 0,606 0,567 0,535 0,659 0,608 0,569 0,537 0,660 0,609 0,570 0,538 0,661 0,610 0,571 0,539 Alternativa 22 0,660 0,606 0,565 0,531 0,665 0,611 0,569 0,535 0,668 0,614 0,571 0,537 0,671 0,616 0,574 0,539 Alternativa 23 0,672 0,620 0,580 0,548 0,676 0,623 0,583 0,550 0,677 0,625 0,584 0,551 0,679 0,626 0,585 0,553 Alternativa 24 0,713 0,652 0,604 0,565 0,714 0,652 0,604 0,565 0,714 0,652 0,604 0,565 0,714 0,652 0,604 0,565 Página: 179/680

71 Síntese da Seleção Em continuação, apresenta-se um resumo do processo de seleção de alternativas, que explica de forma conceitual os fundamentos que determinaram essa seleção. O resultado do processo é a definição do eixo de Garabi e do seu nível máximo normal, a partir das 24 alternativas iniciais. Para chegar à definição da cota Garabi analisaram-se questões energéticas, econômicas e ambientais, que permitiram comparar as alternativas e realizar a seleção e indicar a melhor opção energética, econômica e ambiental. Cabe esclarecer que está é uma síntese do resultado do processo de seleção utilizado em que se identificam apenas os pontos chave que mostram a diferença entre as alternativas. A explicação exaustiva da metodologia e seus resultados se encontram descritas nos passos anteriores desse item Revendo-se as análises desenvolvidas acerca das alternativas de partição de queda, assim como as definições e os resultados obtidos, destaca-se a adoção de uma abordagem metodológica fundamentada principalmente em variáveis mais conhecidas, representativas e acessíveis, justamente aquelas associadas aos custos e capacidades dos empreendimentos, áreas de inundação, população a ser relocada, etc. De forma a explicitar os procedimentos ora adotados considera-se que, para simplificação e melhor entendimento da sequência, as 24 alternativas devem ser divididas em 2 dois grupos distintos: o primeiro grupo, onde as alternativas são numeradas de 1 a 12, têm todas em comum um aproveitamento localizado no sítio denominado Garabi; e, no segundo grupo, as alternativas de 13 a 24, têm todas em comum um aproveitamento localizado no sítio denominado Garabi II, situado a cerca de 10 km a montante de Garabi. Ou seja, a única diferença entre os dois grupos de alternativas evidencia-se pelo posicionamento do eixo do aproveitamento de jusante, Garabi ou Garabi II. Essas alternativas são apresentadas no Quadro e nos desenhos INV.URG-GE.00-DE.1005 a INV.URG-GE.00-DE Analisando o primeiro grupo verifica-se que as alternativas 1 e 2 apresentam custos de geração de energia de 59,5 US$/MWh e 64,9 US$/MWh e áreas de inundação de 889 km 2 e 815 km 2, respectivamente. Quando simplesmente comparadas com a alternativa 3, cujo custo de geração é de 57,4 US$/MWh, e que possui uma área inundada de 743 km 2, as alternativas 1 e 2 se mostram menos interessantes tanto do ponto de vista econômico-energético, como do ponto de vista ambiental. Conforme pode ser visualizado, nas alternativas 1 e 2 a cota de Garabi está na elevação 94 m, enquanto que na alternativa 3 essa cota é 89 m. Portanto, o maior valor da energia gerada nas alternativas 1 e 2 é explicado pelos custos de desapropriação, pois essas alternativas aumentam, respectivamente, de 146 km 2 a 72 km 2 a área inundada, quando comparadas com a alternativa 3. Além disso, não há incorporação de energia adicional na bacia, já que a queda total a ser aproveitada energeticamente é a mesma nas três alternativas. Outro aspecto fundamental na análise, que transcende a verificação dos custos, é que o reservatório de Garabi nas alternativas 1 e 2 atinge, de forma muito mais significativa, as áreas urbanas de San Javier e Porto Xavier. Assim, pode-se concluir que as alternativas 1 e 2, com Garabi na cota 94 m, não são competitivas, tanto do ponto de vista ambiental como econômico e energético. Retomando a análise, nota-se que dentro desse primeiro grupo, já excluídas as alternativas 1 e 2, as restantes ainda podem ser subdivididas segundo o critério de interferência ou não com as áreas do Parque Estadual do Turvo, unidade de conservação brasileira de proteção integral, um dos últimos remanescentes de mata atlântica da bacia, no Brasil. Conforme esse critério Página: 180/680

72 tem-se as alternativas que têm a cota do reservatório extremo de montante na elevação 130 m (alternativas 3, 4, 5, 8, 10 e 12) e as que não afetam o Parque e que têm o reservatório extremo de montante na cota 124 m, imposta pela foz do rio Turvo no limite do Parque (alternativas 6, 7, 9 e 11). Quadro Alternativas de divisão de queda Alternativa Potência Instalada Energia Firme Custo da energia Área Inundada (MW) (MW médios) (US$/MWh) (km 2 ) ,7 59,54 889, ,5 64,88 814, ,5 57,38 743, ,3 59,73 686, ,3 70,53 556, ,3 61,47 660, ,1 64,72 612, ,6 62,11 742, ,2 66,01 646, ,3 62,61 778, ,3 67,53 666, ,2 72,87 555,4 Grupo 1 Grupo ,4 58,89 824, ,5 64,42 749, ,9 60,69 691, ,7 63,03 635, ,1 73,20 504, ,5 64,56 609, ,1 67,31 560, ,6 62,98 695, ,8 66,85 600, ,3 63,72 733, ,5 68,66 621, ,0 73,79 510,7 Comparando alternativas similares, que diferem apenas na afetação, ou não, de áreas do Parque Estadual do Turvo, ou seja, a alternativa 3 com a alternativa 6, a alternativa 4 com a 7, a alternativa 8 com a 9 e a alternativa 10 com a 11, verifica-se que não atingir áreas desse parque implica em perder 6 m de queda, o que, conforme a alternativa, corresponde a valores que variam de 78 MW médios a 101 MW médios de energia firme. Por outro lado, cabe esclarecer que a influência previsível dos aproveitamentos com nível d`água na cota 130 m implica em inundação de cerca de 0,16 % da área do Parque Estadual do Turvo, envolvendo trechos do rio que já são sazonalmente afetados pelas cheias naturais. Pode-se afirmar que as alternativas com o reservatório extremo de montante na cota 130 m agregam significativo benefício econômico-energético. Dos impactos no trecho a montante do reservatório de Garabi, notadamente no Parque Estadual do Turvo, deve ser analisada em profundidade no estudo de viabilidade e estudos ambientais para o uso Panambi. Página: 181/680

73 Prosseguindo na análise, verifica-se que a alternativa 12 tem a menor área inundada pelos reservatórios, 555 km 2, o que é justificado pelo fato dessa alternativa dividir a queda a montante de Garabi em 3 aproveitamentos. Pelo mesmo motivo, é a alternativa que possui o maior custo de geração de energia, 72,9 US$/MWh, próximo do valor de referência, razão pela qual essa alternativa não se apresenta competitiva frente às demais do seu grupo. O confronto das alternativas 8 e 10 mostra que ambas têm custos de geração de energia praticamente similares, 62,1 US$/MWh e 62,6 US$/MWh, respectivamente. No entanto, a alternativa 10 inunda 36 km 2 a mais do que a alternativa 8. Além disso, a alternativa 10, quando comparada com a 8, carrega o ônus da inundação da área urbana de Porto Lucena, aumentando sensivelmente o impacto sobre a população dessa sede urbana no território brasileiro. Ainda analisando a alternativa 8 e comparando-a agora com a alternativa 3, verifica-se que ambas têm áreas inundadas semelhantes, 742 km 2 e 743 km 2. Da mesma forma, no que tange à população atingida, as duas alternativas são similares, já que afetam igualmente as cidades de Panambi, Porto Vera Cruz, Alba Pose e Porto Mauá. Porém, do ponto de vista econômicoenergético, as duas alternativas são bem distintas, com notória vantagem para a alternativa 3, já que os custos de geração de energia são de 57,4 US$/MWh e 62,1 US$/MWh, respectivamente para as alternativas 3 e 8. Cabe ressaltar que a situação da área urbana de Azara, situada entre dois braços dos reservatórios, tanto de Garabi quanto de Garabi II, não se altera em qualquer das alternativas estudadas, portanto, trata-se de um aspecto comum a todas as alternativas não se configurando como um elemento diferenciador. Diante do exposto, desse primeiro grupo, restariam alternativas 3, 4 e 5 com Garabi na elevação 89 m, o que indica a cota do barramento. O desdobramento da mesma sequência analítica, quando aplicada para as alternativas do segundo grupo, alternativas 13 a 24, que consideram o eixo Garabi II no lugar de Garabi, também permite constatar como a mais indicada a cota 89 m. Assim, uma vez escolhida a cota 89 m, válida para os dois grupos de alternativas, resta analisar qual é a melhor localização para o eixo de Garabi, se na posição original, estudada no Projeto Básico de 1986, ou no local alternativo estudado, Garabi II, situado a montante das duas cidades denominadas Garruchos. Adotando-se por simples hipótese que a alternativa 3, por apresentar o maior conteúdo energético das alternativas possa representar o Grupo 1 (Garabi) e que, pelo mesmo fato, a alternativa 15 representar o Grupo 2 (Garabi II), pode-se estabelecer algumas comparações visando a escolha do melhor sítio. Do ponto de vista energético, a alternativa 3 supera a 15 em 44,6 MW médios de energia firme, além de outros 5,8 MW médios de energia secundária. O seu custo anual de geração de energia é de 57,4 US$/MWh, enquanto que para a alternativa 15 esse custo é de 60,7 US$/MWh. Do ponto de vista ambiental, a diferença entre essas alternativas é caracterizada pela inundação das áreas urbanas de Garruchos, em ambas as margens do rio Uruguai. Na alternativa 3, essas duas cidades teriam mais da metade de suas áreas inundadas, enquanto na alternativa 15 elas não seriam afetadas por inundação. A distância entre elas e o eixo da Página: 182/680

74 barragem seria de 4 km. Considerando apenas a diferença de energia firme das alternativas, e trazendo sua receita anual para o valor presente, o benefício econômico da alternativa 3 em relação à alternativa 15 representa 6 vezes o valor atribuído aos custos de relocação das duas cidades, cuja população total é de habitantes (785 do lado argentino e do lado brasileiro). Vale salientar que embora o eixo Garabi II não cause inundação das cidades de Garruchos, a construção de uma usina deve trazer diversos impactos para ambas as cidades, em face da proximidade das obras. Além disso, o eixo Garabi tem características geológicas bem conhecidas, dado o grande número de investigações realizadas na década de 1980, o que diminui qualquer tipo de risco em relação à escolha desse local, bem como problemas nas fases posteriores. Em síntese, com respaldo na presente análise tem-se cabal convicção que eixo Garabi, na cota 89 m, representa a melhor localização para o barramento, portanto no mesmo sítio onde foi desenvolvido o Projeto Básico de 1986, por meio do Convênio de 14 de Março de 1972 firmado entre AyE Agua y Energia Electrica e ELETROBRÁS Centrais Elétricas Brasileiras S.A. Por último, mas não menos importante, ressalta-se que, uma vez definido o sítio do aproveitamento de Garabi e sua cota, resta dar andamento aos procedimentos estabelecidos para os Estudos Preliminares, considerando as alternativas que desenvolvem energeticamente o rio a montante. Essas são as alternativas 3, 4, 5, 6 e 7. As alternativas 3, 4 e 5 têm em comum o aproveitamento extremo de montante na cota 130 m. Comparando essas 3 alternativas, verifica-se que elas apresentam um custo de energia crescente, de 57,4 US$/MWh, 59,7 US$/MWh e 70,5 US$/MWh, respectivamente. Essas alternativas diferenciam-se pelo formato da exploração energética a montante. A alternativa 3 aproveita totalmente a queda disponível, a alternativa 4 deixa de aproveitar 5 m de queda, que corresponde a 90,5 MW médios de energia firme, e a alternativa 5 deixa de aproveitar 17 m, que corresponde a 279 MW médios de energia firme. Em relação aos impactos ambientais, a principal diferença entre essas três alternativas ocorre com os núcleos urbanos afetados, pois além das cidades de Garruchos (Argentina e Brasil) que são afetadas em qualquer uma das alternativas, a alternativa 3 inunda áreas urbanas em Panambi, Porto Vera Cruz, Alba Pose e Porto Mauá; já a alternativa 4 não inunda as áreas urbanas de Panambi e Porto Vera Cruz; e a alternativa 5 não inunda áreas urbanas. Análise análoga pode ser feita para as alternativas 6 e 7, que têm correspondência com as alternativas 3 e 4, respectivamente. Nestas duas alternativas a cota dos reservatórios extremos de montante tem elevação na cota 124 m, tendo em vista evitar a inundação de áreas do Parque Estadual do Turvo. Página: 183/680

75 Alternativas para a Continuidade dos Estudos Conforme mencionado, descrevem-se em continuação as características principais das alternativas selecionadas. Quadro Características energéticas das Alternativas Seleciondas Alternativa Progressiva (km) Aproveitamento San Pedro Garabi Roncador Panambi Porto Mauá Total Nivel Max Normal (m) Energia Firme (MW medios) Potência Instalada (MW) Nivel Max Normal (m) Energia Firme (MW medios) Potência Instalada (MW) Nivel Max Normal (m) Energia Firme (MW medios) Potência Instalada (MW) Nivel Max Normal (m) Energia Firme (MW medios) Potência Instalada (MW) Nivel Max Normal (m) Energia Firme (MW medios) Potência Instalada (MW) As Figuras a indicam os esquemas de divisão de queda das 5 alternativas selecionadas. Figura Alternativa 3 Página: 184/680

76 Figura Alternativa 4 Figura Alternativa 5 Figura Alternativa 6 Página: 185/680

77 Figura Alternativa Segunda Etapa Em continuidade aos trabalhos da primeira etapa dos Estudos Preliminares, as alternativas compostas pelo aproveitamento Garabi com nível máximo normal na elevação 89,0 m foram reavaliadas, com dados e estudos mais detalhados e com a inclusão do aproveitamento San Pedro, no trecho de jusante do estudo. A delimitação da área de estudo corresponde ao plano INV.URG-GE.77-MP.1101, incluído no volume 21 do presente Relatório Final Levantamentos de Dados e Estudos Diversos Os trabalhos dessa etapa foram executados com base na informação existente coletada, e nos levantamentos e estudos realizados. Em relação à primeira etapa (definição da cota de Garabi), destaca-se o avanço dos trabalhos de hidrometria, o que permitiu a elaboração de novas curvas de descarga e a conseqüente reavaliação dos níveis dos reservatórios nas diversas alternativas de divisão de queda. Os trabalhos cartográficos também evoluíram em relação à primeira etapa, com conclusão do modelo do terreno no trecho entre Garabi e Saltos de Yucumã/Moconá obtido do levantamento LIDAR executado. Esse levantamento permitiu elaborar curvas cota-área-volume precisas para cada um dos aproveitamentos e definiu com exatidão as áreas inundadas e conseqüentemente os impactos ambientais e custos de forma mais precisa. No trecho a jusante de Garabi correspondente ao aproveitamento San Pedro, os trabalhos de levantamento cartográficos ainda estavam em execução, e por esse motivo, foi utilizado o modelo de terreno preliminar obtido do modelo de elevação da SRTM ajustado, como apresentado no item Para os estudos ambientais, na segunda etapa dos Estudos Preliminares, o Diagnóstico Ambiental contemplou a área de estudo em sua totalidade. Isso possibilitou, por um lado a avaliação do aproveitamento San Pedro e, por outro, a confirmação dos parâmetros e elementos utilizados para o cálculo dos índices de impacto ambiental. Foi também concluída nesta etapa a caracterização dos principais Conflitos Existentes e Potenciais, o que permitiu Página: 186/680

78 esboçar os possíveis conflitos que podem ocorrer com a implantação de empreendimentos hidrelétricos nesta região Alternativas de Divisão de Queda Inicialmente, essa etapa dos estudos partiu das 5 alternativas selecionadas na primeira etapa dos Estudos Preliminares, com a inclusão do aproveitamento San Pedro em todas as alternativas, como apresentado nas Figuras a e no Quadro Todas essas alternativas são compostas pelos aproveitamentos San Pedro (reservatório na cota 52,0 m), Garabi (89,0 m) e mais um aproveitamento entre o reservatório de Garabi e os saltos de Yucumã/Moconá. Esse aproveitamento de montante do trecho compartilhado do rio Uruguai entre Brasil e Argentina possui três possibilidades de localização (Roncador, Panambi e Porto Mauá), para as duas primeiras, há dois diferentes níveis de reservatório em estudo, um com inundação de áreas do Parque Estadual do Turvo e outro sem inundação de áreas dessa unidade de conservação. Na 1ª Etapa esses níveis foram definidos em 130,0 e 124,0 m, respectivamente. A elevação 130 m foi definida a partir do nível d água a jusante dos Saltos de Yucumã/Moconá, de forma a não causar alterações nos saltos. Já a elevação 124,0 m foi definida como o nível correspondente a uma vazão 10% superior à média no período crítico, no limite de jusante do Parque Estadual do Turvo, ou seja, na foz do rio Turvo no rio Uruguai. Esse critério é o utilizado pelo Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas (CEPEL, 2007) para indicar o nível de um reservatório a jusante de outro aproveitamento hidrelétrico. Esse nível corresponde a um valor próximo da média no limite no parque estadual do Turvo. Assim, para as alternativas que consideram esse parque como restrição, nesta fase dos estudos foi usado um critério idêntico ao utilizado nos saltos de Yucumã/Moconá, que é o nível correspondente a uma permanência de 95%, ou seja, o nível que o rio naturalmente ultrapassa em 95% do tempo. Considerando o mesmo critério de definição de nível para essas restrições (Saltos de Yucumã/Moconá e Parque Estadual do Turvo) e as novas informações disponíveis para esta etapa, foi elaborado um modelo do rio Uruguai no software HEC-RAS, apresentado no Apêndice C Estudos Hidrometeorológicos que indicou o nível 130,80 m a jusante dos Saltos de Yucumã/Moconá e 120,30 m no limite do Parque Estadual do Turvo, para 95% de permanência. Além dessa análise, foram obtidas as correlações entre os níveis na estação de El Soberbio e nas estações Turvo e Yucumã/Moconá. Como a estação El Soberbio dispõe de registros de nível diários desde 1980, foi possível reproduzir uma série de níveis de quase 30 anos, tanto na estação Turvo, quanto na estação Yucumã/Moconá, que para 95% de permanência indicaram níveis de 120,37 m e 129,71 m, respectivamente. As Figuras a mostram as correlações de níveis e as permanências de nível nas 3 estações, além dos níveis diários obtidos para as estações Turvo e Yucumã/Moconá. Página: 187/680

79 14 12 y = 0, x + 1, R 2 = 0, H El Soberbio (m) H Turvo (m) Figura Correlação de níveis entre El Soberbio e Turvo y = 0, x 1, R 2 = 0, H El Soberbio (m) H Moconá (m) Figura Correlação de níveis entre El Soberbio e Yucumã/Moconá Página: 188/680

80 H (m) % 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Duración / Permanência El Soberbio Turvo Moconá Figura Permanência de níveis em El Soberbio, Turvo e Yucumã/Moconá H (m) % 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% Duración / Permanência El Soberbio Turvo Moconá Figura Permanência de níveis em El Soberbio, Turvo e Yucumã/Moconá (detalhe) Página: 189/680

81 H (m) /01/80 01/01/81 01/01/82 01/01/83 01/01/84 01/01/85 01/01/86 01/01/87 01/01/88 01/01/89 01/01/90 01/01/91 01/01/92 01/01/93 01/01/94 01/01/95 01/01/96 01/01/97 01/01/98 01/01/99 01/01/00 01/01/01 01/01/02 01/01/03 01/01/04 01/01/05 01/01/06 01/01/07 01/01/08 Fecha / Data Figura Níveis diários em Turvo H (m) /01/80 01/01/81 01/01/82 01/01/83 01/01/84 01/01/85 01/01/86 01/01/87 01/01/88 01/01/89 01/01/90 01/01/91 01/01/92 01/01/93 01/01/94 01/01/95 01/01/96 01/01/97 01/01/98 01/01/99 01/01/00 01/01/01 01/01/02 01/01/03 01/01/04 01/01/05 01/01/06 01/01/07 01/01/08 Fecha / Data Figura Níveis diários em Yucumã/Moconá Página: 190/680

82 Com base nesses dados o nível de reservatório que não atinge os Saltos de Yucumã/Moconá foi confirmado em 130,0 m, e o nível que não inunda áreas do Parque estadual do Turvo foi definido em 120,5 m. Assim, as alternativas para os estudos preliminares foram ajustadas para esses níveis, e renomeadas para Prel-3, Prel-4, Prel-5, Prel-6 e Prel-7. As mesmas são apresentadas no Quadro , e nas Figuras a Quadro Alternativas para os Estudos Preliminares Alternativa Progressiva (km) Aproveitamento San Pedro Garabi Roncador Panambi Porto Mauá Prel-3 NA Max Normal (m) 52,0 89,0 130,0 Prel-4 NA Max Normal (m) 52,0 89,0 130,0 Prel-5 NA Max Normal (m) 52,0 89,0 130,0 Prel-6 NA Max Normal (m) 52,0 89,0 120,5 Prel-7 NA Max Normal (m) 52,0 89,0 120,5 Figura Alternativa Prel-3 Figura Alternativa Prel-4 Página: 191/680

83 Figura Alternativa Prel-5 Figura Alternativa Prel Simulações Energéticas Figura Alternativa Prel-7 Os estudos energéticos desenvolvidos seguiram os critérios básicos preconizados pelo Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas (CEPEL, 2007) e Manuais disponibilizados pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL). Para a determinação dos benefícios energéticos propiciados pelos aproveitamentos hidrelétricos, constantes das alternativas de divisão de queda em análise foi utilizado o modelo de simulação SINV Sistema de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas, versão 6.0.3, desenvolvido pelo CEPEL. Os dados e critérios para essas simulações energéticas são: Página: 192/680

84 Período crítico do sistema de referência: corresponde aos meses de Junho de 1949 a Novembro de 1956; Série de vazões naturais para cada aproveitamento. A série em casa local de aproveitamento cobre o período de Janeiro de 1931 a Dezembro de 2007; Curvas características dos aproveitamentos, que são a curva cota x área x volume e a curva de descarga do canal de fuga. Dados de balanço hídrico, que contemplam a evaporação. Aproveitamentos existentes ou previstos na bacia do rio Uruguai, que são: Quadro Dados de Entrada SINV: Aproveitamentos Considerados Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) São Roque 780,0 756,0 214 Garibaldi 705,0 704,0 150 Campos Novos 660,0 655,0 880 Passo da Cadeia 940,0 898,0 104 Pai Querê 797,0 762,0 292 Barra Grande 647,0 617,0 699 Machadinho 480,0 465, Itá 370,0 370, Foz do Chapecó 265,0 265,0 855 Itapiranga 193,0 193,0 725 Passo Fundo 598,0 584,0 226 Monjolinho 328,5 328,5 74 Quebra Queixo 549,0 544,0 120 São José 154,7 146,6 51 Passo São João 128,4 128,4 77 Salto Grande 34,9 24, Alternativas de divisão de queda, que foram apresentadas no item deste relatório (Alternativas de divisão de queda). Como sistema de referência adotou-se o Sistema Interligado Nacional (do Brasil) SIN. Entretanto, conforme admitido pelo Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas (CEPEL, 2007), o sistema em relação ao qual foram determinados os benefícios energéticos foi a bacia caracterizada pelo conjunto de aproveitamentos em estudo e os aproveitamentos já inventariados situados à montante do rio Uruguai, que são as Usinas Hidrelétricas existentes em território brasileiro e Salto Grande, a jusante, apresentadas no Quadro acima. As simulações energéticas, realizadas pelo programa SINV, inicialmente otimizam os volumes úteis dos aproveitamentos para a determinação dos benefícios energéticos. O deplecionamento de cada reservatório é então fixado visando maximizar o benefício energético, tendo como base a energia firme da alternativa. Observa-se, no entanto, que foi admitida a limitação do deplecionamento máximo a um terço (1/3) da queda bruta máxima para cada aproveitamento. Definidos os deplecionamentos ótimos, passou-se à determinação da Página: 193/680

85 energia firme e potência instalada, e o sistema adotou para cada aproveitamento o maior valor de potência instalada encontrado, em cada aproveitamento, após simular todas as alternativas simultaneamente. Em seguida, as alternativas foram simuladas individualmente, para obter os valores de energia firme. Posteriormente, foi realizada uma simulação adicional de cada alternativa, para determinar a energia média gerada no período de , para posterior avaliação dos benefícios energéticos fora do período crítico. Os resultados dessas simulações, para Fk=0,55, são apresentados nos Quadros a Nome Quadro Simulação Energética Alternativa Prel-3 NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Roncador 130,0 130,0 118, Garabi 89,0 89,0 86, San Pedro 52,0 52,0 51, Nome Quadro Simulação Energética Alternativa Prel-4 NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Panambi 130,0 130,0 126, Garabi 89,0 89,0 86, San Pedro 52,0 52,0 51, Nome Quadro Simulação Energética Alternativa Prel-5 NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Porto Mauá 130,0 130,0 130, Garabi 89,0 89,0 86, San Pedro 52,0 52,0 51, Nome Quadro Simulação Energética Alternativa Prel-6 NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Roncador 120,5 120,5 120, Garabi 89,0 89,0 86, San Pedro 52,0 52,0 51, Página: 194/680

86 Nome Quadro Simulação Energética Alternativa Prel-7 NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme Período Crítico Energia Média Panambi 120,5 120,5 120, Garabi 89,0 89,0 86, San Pedro 52,0 52,0 51, O Quadro apresenta um quadro resumo das potências calculadas para cada um dos aproveitamentos e os respectivos níveis operacionais de seus reservatórios. Quadro Resumo das características energéticas dos aproveitamentos Aproveitamento NA max (m) NA min (m) Potência (MW) San Pedro 52,0 m 52,0 51,2 728 Garabi 89,0 m 89,0 86, Roncador 130,0 m 130,0 118, Roncador 120,5 m 120,5 120,5 857 Panambi 130,0 m 130,0 126,2 985 Panambi 120,5 m 120,5 120,5 753 Porto Mauá 130,0 m 130,0 130, Arranjo dos Aproveitamentos Os arranjos dos aproveitamentos para a segunda etapa dos estudos preliminares foram concebidos já a partir dos levantamentos cartográficos e topobatimétricos, uma vez que já se dispunha do modelo de elevação do terreno. Para a definição das dimensões aproximadas das estruturas, utilizaram-se as planilhas de dimensionamento do Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas (CEPEL, 2007) relativas aos estudos finais. A seguir, descreve-se, de forma suscinta, a disposição do arranjo de cada um dos eixos estudados na segunda etapa dos estudos preliminares San Pedro San Pedro N.A. 52,0 m O arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.2030 apresenta uma Casa de Força localizada na margem esquerda do rio, composta por 10 unidades equipadas com turbinas do tipo Kaplan de 73 MW de potência unitária e caixa espiral de concreto. A potência total instalada é de 730 MW. O Vertedouro foi localizado contiguo à Casa de Força e conta com 29 vãos equipados com comportas de 18,0 m de altura por 17,85 m de largura. A largura total da estrutura do Vertedouro é de 654 m. O desvio de segunda etapa será realizado por 24 vãos rebaixados. O fechamento é completado com barragens de terra homogênea localizadas em ambos os lados das estruturas de concreto, até a cota da crista, na elevação 56,0 m. A transição entre a Casa de Força e a barragem da margem esquerda foi prevista sobre o edifício da Área de Montagem. A transição entre o Vertedouro e a barragem da margem direita consiste em um Página: 195/680

87 muro de ala sobre o qual se apoia a barragem. O comprimento total da crista da barragem da margem esquerda é de m, e o da margem direita de m Garabi Garabi N.A. 89,0 m O desenho INV.URG-GE.00-DE.2033 apresenta o arranjo proposto para este barramento. A Casa de Força foi implantada na margem esquerda, fora do leito do rio, e conta com 8 unidades equipadas com turbinas Kaplan e caixa espiral de concreto, totalizando MW de potencia instalada. O Vertedouro é constituído por 22 vãos equipados com comportas de 20,0 m de altura por 19,2 m de largura, sendo que os 11 vãos adjacentes à Casa de Força serão construídos com cota rebaixada para o desvio de 2ª etapa. Cada módulo tem uma largura de 24,0 m. As barragens laterais foram definidas como de terra homogênea. A barragem da margem esquerda tem uma extensão total de m na crista, à cota 93,0 m, e poderá ser executada em conjunto com a Casa de força, prevendo-se que a união com a obra de concreto se realize sobre a Área de Montagem com um muro de ligação. A barragem da margem direita tem uma extensão aproximada de m, na crista, e o entroncamento com o Vertedouro, no leito, é feito por meio de um muro de ala de cerca de 110 m de extensão para o apoio da barragem Roncador Roncador N.A. 130,0 m O arranjo apresentado no desenho INV.URG-GE.00-DE.2036 possui uma Casa de Força implantada na margem esquerda, com uma largura de 159,86 m, composta de 6 grupos geradores equipados com turbinas Kaplan que totalizam MW de potencia instalada. O Vertedouro, formado por 22 vãos, está localizado adjacente à Casa de Força, dentro do rio, ocupando mais da metade do leito, e está equipado com comportas de 19,40 m de largura e 20,0 m de altura. O desvio de 2ª etapa será realizado por 12 vãos com adufas. O fechamento é completado com uma barragem de gravidade de concreto que fecha a segunda metade do leito e o trecho sobre a margem direita, até a cota 134,0 m, com uma altura máxima de 45,0 m e uma extensão de aproximadamente 450 m. Na margem esquerda o fechamento é materializado pela própria obra da Área de Montagem. Roncador N.A. 120,5 m O desenho INV.URG-GE.00-DE.2039 apresenta o arranjo proposto para este aproveitamento. Neste caso a Casa de Força foi implantada na margem esquerda do rio, com 6 grupos geradores equipados com turbinas tipo Kaplan com potência unitária de 143 MW, totalizando 858 MW de potência instalada. O vertedouro de 22 vãos, equipado com comportas de 20 m de altura e 19,25 m de largura fica localizado junto à Casa de Força, no leito do rio, e conta com12 vãos rebaixados por onde será realizado o desvio de 2ª etapa. O arranjo é completado com uma barragem de gravidade de concreto com altura máxima de 35 m e 350 m de comprimento na crista, à cota 124,5 m. Na margem esquerda, como no arranjo anterior, o fechamento é completado com a obra da Área de Montagem. Página: 196/680

88 Panambi Panambi N.A. 130,0 m O arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.2042 apresenta uma Casa de Força localizada na margem direita do rio com 6 unidades equipadas com turbinas Kaplan e caixa espiral de concreto, totalizando 984 MW de potência instalada. O vertedouro, localizado adjacente à Casa de Força, é composto por 22 vãos equipados com comportas de 19,55 m de largura e 20,0 m de altura e é dividido em dois trechos. O primeiro trecho, com 12 vãos, fica localizado na parte restante do leito não ocupado pela Casa de Força, e o segundo trecho, com 10 vãos, fica sobre a margem esquerda, como fechamento do canal de desvio. Para o desvio de 2ª etapa foi definido que os 12 vãos localizados no leito do rio serão construídos com adufas. Não foi necessário prever fechamentos laterais além das estruturas do Vertedouro e Casa de Força pelo fato destas estruturas ocuparem toda a largura do rio, incluindo os alargamentos laterais. Panambi N.A. 120,5 m No desenho INV.URG-GE.00-DE.2045 é apresentado o arranjo proposto para este fechamento, com uma casa de força composta de 6 unidades equipadas com turbinas do tipo Kaplan e caixa espiral de concreto, com potência total instalada de 756 MW, localizada na margem direita do rio. Contiguo à Casa de Força está o Vertedouro, neste caso com 25 vãos, que como no arranjo anterior, é dividido em dois trechos, um, com 15 vãos, ocupando o restante do leito do rio deixado pela estrutura da Casa de Força, e o segundo, com 10 vãos, ficando como estrutura de desvio na margem esquerda. Para o desvio de 2ª etapa foi determinado que devessem ficar rebaixados 13 vãos dos 15 localizados no leito do rio. Devido a que as estruturas previstas ocupam toda a largura do rio, não foi necessário executar barramentos laterais de fechamento Porto Mauá Porto Mauá N.A. 130,0 m O arranjo apresentado no desenho INV.URG-GE.00-DE.2048 possui uma Casa de Força localizada na margem esquerda do rio, previamente alargada, e está composta por 6 unidades equipadas com turbinas Kaplan com potência unitária de 190 MW, totalizando 654 MW de potência instalada. O Vertedouro, composto por 25 vãos, está localizado adjacente à Casa de Força e ocupa todo o leito do rio, até o alargamento executado na margem direita. Os vãos do Vertedouro estão equipados com comportas de 19,65 m de largura por 20,0 m de altura. As estruturas da Casa de Força e Vertedouro ficam separadas por um muro divisório de canalização da descarga do Vertedouro. O desvio de 2ª etapa é realizado através de 10 vãos rebaixados do Vertedouro. Neste arranjo não foi necessário prever barragens laterais de fechamento, pois as estruturas ocupam totalmente a largura do rio e os alargamentos executados em ambas as margens Orçamentos O dimensionamento das estruturas que compõem cada um dos arranjos, em nível de estudos preliminares, foi elaborado empregado as planilhas de dimensionamento de casa de força (572kc.xls) e de vertedouros (575cobd.xls e 575cobda.xls), disponibilizadas no Manual como anexo de dimensionamento de estruturas para estudos finais. Página: 197/680

89 Porém, conforme o Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas (CEPEL, 2007), a metodologia empregada no dimensionamento das estruturas na fase de estudos preliminares de inventário deve ser simplificada e os custos estimados de uma forma global, resultando em orçamentos simplificados, pois a principal finalidade do orçamento nos estudos preliminares é possibilitar uma avaliação rápida, mesmo que aproximada, dos custos dos aproveitamentos, orientando as decisões para a seleção de alternativa. Logo, foram assumidas as seguintes premissas: diâmetro máximo para as turbinas de 8,50 m; desvio do rio feito por canais para os vertedouros de altura baixa e por adufas para aqueles de tamanho elevado; vazão de desvio correspondente àquela com período de retorno de 50 anos; NA máximo no canal de restituição correspondente àquele com período de retorno de anos; rendimento médio dos geradores igual a 98%; temperatura média da água no verão igual a 25ºC; freqüência do sistema elétrico igual a 60 Hz e fator de potência igual a 90%. A partir dos cálculos de vazões e níveis d água com tempos de retorno de anos, 100 anos e 50 anos, dos resultados de depleção, potência instalada, nível de água mínimo no canal de fuga, nível de água médio no reservatório e vazão máxima unitária obtidos a partir da simulação energética, queda líquida máxima e número de unidades geradoras obtidos dos dimensionamentos e dos dados de altura média de barragem, comprimento de barragem, altura dos muros de transição, comprimento do canal de adução e altura do bloco da tomada d água, extraídos dos arranjos, foi finalmente produzido o orçamento preliminar para cada um dos aproveitamentos. Os orçamentos foram elaborados de acordo com padrão do Orçamento Padrão Eletrobrás (O.P.E.). Adicionalmente, foram incluídos os custos da conta 10 terrenos, relocações e outras ações sócio-ambientais. Nessa conta, como simplificação, considerou-se que todas as pontes a serem relocadas tivessem fundação direta e dimensões iguais a 8 m de largura por 30 m de comprimento e as rodovias a serem relocadas foram definidas como pavimentadas do tipo arterial secundária, sendo as vias locais consideradas pelo comprimento equivalente de via arterial secundária. Excepcionalmente, as extensões das pontes sobre os rios Ibicuí, o arroio Touro Passo e o rio Aguapey, foram consideradas caso a caso, dado as suas importantes dimensões. Nos custos de aquisição de terrenos e benfeitorias foram considerados valores médios tanto de área urbana quanto de área rural, multiplicados posteriormente pela respectiva área afetada total urbana e rural, para cada um dos aproveitamentos. Na relocação da população foi considerado um valor médio de indenização por família. Além disso, foram estimados também os custos de outras ações socioambientais para os meios físico-biótico e socioeconômico-cultural. Para cada uma das ações socioambientais citadas foi prevista uma verba equivalente a 0,25% do total estimado com as contas 11, 12, 13, 14, 15 e 16, em cada um dos aproveitamentos. No estudo de custos foi considerada correção monetária que incidiu sobre os valores apresentados no manual e planilhas encontradas no Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas (CEPEL, 2007). Na correção, os valores em R$ fornecidos pelo manual foram corrigidos para a data base de projeto (dez/08) por meio do IGP-DI fornecido pela FGV (IGP-DIdez/07 = 370,485 e IGP-DIdez/08 = 404,185) e posteriormente tais valores foram convertidos pelo câmbio da data base de projeto - dez/08 - para US$, (US$ 1,00 = R$ 2,3944) e para $A ($A 1,00 = R$ 0,6984). Página: 198/680

90 Os juros anuais, durante a construção, adotados neste estudo são de 10%, o que implica em juros durante a construção de 26,11%, para o tempo de construção estimado (5 anos). O Quadro apresenta a estimativa de custo dos aproveitamentos, discriminado por contas, e no Apêndice E Estudos de Alternativas são apresentados os O.P.E.s de cada um dos aproveitamentos. Quadro Estimativas de Custos dos Aproveitamentos CONTA 10 DISCRIMINAÇÃO TERRENOS, RELOCAÇÕES E OUTRAS AÇÕES SÓCIO AMBIENTAIS CUSTOS DOS APROVEITAMENTOS (US$ x 10³) DEZ/2008 San Pedro Garabi Roncador Roncador Panambi 52,0 89,0 120,50 130,0 120,5 Panambi Porto Mauá 130,0 130, ESTRUTURAS E OUTRAS BENFEITORIAS BARRAGENS E ADUTORAS TURBINAS E GERADORES EQUIPAMENTO ELÉTRICO ACESSÓRIO DIVERSOS EQUIPAMENTOS DA USINA ESTRADAS DE RODAGEM, DE FERRO E PONTES CUSTOS INDIRETOS JUROS DURANTE A CONSTRUÇÃO CUSTO TOTAL (US$ * 10³), COM JDC POTÊNCIA INSTALADA (kw) US$/kW Impactos Ambientais por Aproveitamento Nesta etapa, à semelhança da anterior, foram utilizados 21 indicadores de impacto negativo. A estrutura analítica de avaliação de impactos utilizadas na primeira etapa subsidiou, em grande medida, a avaliação feita nesta segunda etapa de Estudos Preliminares. As adequações feitas podem ser resumidas da seguinte maneira: Página: 199/680

91 - As planimetrias que embasaram a quantificação dos impactos foram refeitas, considerando os limites dos reservatórios elaborados com base no modelo de terreno do LIDAR. A área inundada de cada um dos elementos considerados para a análise de impactos foi alterada, o que gerou modificações nos valores finais dos impactos. - A inclusão do aproveitamento San Pedro trouxe a necessidade de rever alguns dos parâmetros utilizados para avaliar os impactos, pois trata-se de um aproveitamento com grande área inundada, localizado a jusante das áreas que haviam sido trabalhadas anteriormente. Destaca-se também a substituição da variável utilizada para estimar o impacto nas Alterações nas Relações Transfronteriças. A modificação feita procura contemplar a situação atual, na medida em foi incluída na fórmula de cálculo deste indicador todos os pontos de travessias transfronteiriças ao longo do rio Uruguai. A agregação dos indicadores de impacto em um único valor por componente-síntese, para cada aproveitamento e subárea, foi feita da mesma maneira que na etapa anterior, sendo que os pesos atribuídos a cada indicador continuaram os mesmos. Nos itens que se seguem, são apresentados os indicadores selecionados, seus respectivos pesos, a análise dos Impactos Avaliados por aproveitamento e a descrição abrangente das principais interferências causadas por cada um dos 7 aproveitamentos estudados. A íntegra desta avaliação está apresentada no Apêndice D Indicadores de Impacto Negativo Selecionados O Quadro apresenta, por componente-síntese, os indicadores de impacto negativo utilizados nesta etapa dos Estudos Preliminares. Estão apresentados também as variáveis de cálculo e o peso atribuído a cada indicador. Componentesíntese Ecossistemas Aquáticos Ecossistemas Terrestres Quadro Indicadores de Impacto Negativos Selecionados Indicador de Impacto Perda de ambiente lótico Tempo de residência Potencial de estratificação térmica do reservatório Perda e modificação de ambientes ecologicamente estratégicos Perda de vegetação de ilhas Cobertura vegetal nativa atingida Unidades de Conservação afetadas Variáveis de cálculo Extensão em km (extensão do rio e arroios que passam de lóticos a lênticos) Volume do reservatório (10 6 m 3 ) / Vazão (m 3 / dia) Peso Atribuído ao Indicador 0,20 0,20 Número de Froude adaptado 0,20 Superfície inundada / Superfície total da subárea Superfície insular inundada / Superfície Total insular na subárea Área inundada de cobertura vegetal nativa Perda de habitats Perda de diversidade de habitats Áreas atingidas de UC de proteção integral e áreas de UC de uso sustentável 0,30 0,10 0,20 0,20 Página: 200/680

92 Componentesíntese Organização Territorial Modos de Vida Base Econômica Comunidades Indígenas e Patrimônio Arqueológico Indicador de Impacto Áreas de interesse ecológico relevante Fauna Ameaçada Fauna Endêmica Espécies tetrápodes vertebrados aquáticos Interferência sobre o Sistema Rodoviário Interferência sobre as Áreas Urbanas Interferência sobre o Território Municipal População Afetada em Áreas Urbanas População Afetada em Áreas Ruras Alteração nas Relações Sociais Transfronteiriças Valor da Produção Afetada Anual Valor da Área Rural Afetada Comunidades Indígenas Sítios Arqueológicos Variáveis de cálculo Peso Atribuído ao Indicador Áreas atingidas de interesse ecológico 0,10 Presença provável das espécies 0,25 ameaçadas de extinção Presença provável das espécies 0,15 ameaçadas Presença provável das espécies diretamente associadas à ambientes 0,10 aquáticos Vias Vicinais Atingidas Rodovias Principais e Secundárias 0,10 Atingidas Área Urbana Afetada 0,45 Comprometimento da Área Urbana Perda de Área Municipal por Alagamento 0,45 Fracionamento do Território Municipal Pessoas Afetadas de Áreas Urbanas 0,45 Pessoas Afetadas de Áreas Rurais 0,45 Número de Travessias Transfronteiriças afetadas Valor Econômico da Produção Potencialmente Perdida Valor em Dólares da Área Rural Afetada Distância das Comunidades Indígenas aos reservatórios Quantidade, representatividade e importância dos sítios afetados 0,10 0,60 0,40 0,70 0, Análise dos Impactos Ambientais por Aproveitamento Dentro da estrutura analítica proposta no Item anterior para cada Componente-síntese, os impactos dos aproveitamentos foram traduzidos em valores numéricos que expressam sua ocorrência, grau de intensidade e localização, em termos da subárea onde ele incide. A seguir são apresentados comentários sobre os resultados alcançados no cálculo dos índices ambientais por aproveitamento e subáreas, acompanhados dos respectivos quadros de avaliação por componente-síntese. Os aproveitamentos assim como as principais interferências podem ser visualizados nos mapas INV.URG-GE.77-MP.2001 a MP.2005, apresentados no Tomo 21 Apêndice D Estudos Ambientais. a) Componente-síntese Ecossistemas Aquáticos No Quadro são apresentados os resultados dos cálculos os indicadores para os aproveitamentos: San Pedro 52,0 m, Garabi 89,0 m, Roncador 120,5 m, Roncador 130,0 m, Página: 201/680

93 Panambi 120,5 m, Panambi 130,0 m, Puerto Mauá 130,0 m, por subárea. Estes resultados permitirão definir o grau de impacto de cada aproveitamento de maneira comparativa. Quanto ao indicador Perda de Ambiente Lótico o grau de impacto obtido variou entre moderadamente alto a baixo. O aproveitamento San Pedro 52,0 m na subárea Fluvial apresentou o máximo impacto com um valor de 0,8219, com o maior comprimento de reservatório (260,14 km) enquanto que o menor valor de impacto alcançado, cujo grau foi baixo, refere-se ao aproveitamento de Garabi 89,0 m, na subárea Ijuí, com um valor de 0,0416. O indicador Tempo de Residência para os diferentes aproveitamentos oscilou entre moderadamente baixo a baixo. O aproveitamento Garabi 89,0 m apresentou valor máximo de 0,1926, onde o tempo de residência foi de 31 dias. O mínimo impacto correspondeu ao aproveitamento Porto Mauá 130,0 m com 0,0835 e com um tempo de residência de 7,8 dias. O potencial de estratificação térmica do reservatório nos diferentes aproveitamentos apresentou um grau de impacto moderadamente baixo a baixo. Apenas em dois aproveitamentos, o número densimétrico de Froude, em alguns meses, resultou em valores inferiores a 1, indicando que poderia haver potencial de estratificação térmica. Isso poderia ocorrer em 3 três meses no aproveitamento Garabi 89,0 m (janeiro, fevereiro e março) e em dois meses no aproveitamento Roncador 130,0 m (janeiro e março). Nos outros aproveitamentos não se espera ou é pouco provável a estratificação térmica dos reservatórios. Segundo os valores apontados pelo indicador Perda e Modificação de Ambientes Ecologicamente Estratégicos, a subárea mais afetada foi a Fluvial, com graus de impacto alto, moderadamente alto e médio. No aproveitamento San Pedro 52,0 m na subárea Fluvial, se obteve o impacto máximo entre os que foram calculados com um valor de 0,8956, com uma superfície de inundação de km 2. O valor mínimo de 0,0003 foi registrado em Garabi 89,0 m na subárea Serras de Misiones e Turvo, onde a superfície afetada de 0,34 km 2 foi a mais baixa registrada. O grau de impacto para o indicador Perda de Vegetação de Ilhas na subárea Fluvial apresentou um valor máximo de 0,8590 em San Pedro 52,0 m com uma superfície insular alagada de 24,54 km 2 e o valor mínimo de 0,0458 que corresponde ao aproveitamento Panambi 120,5 m com uma área insular afetada de 0,60 km 2. Assim, de modo geral, a subárea fluvial registrou os maiores valores, onde San Pedro registrou o maior impacto. Nas demais subáreas o aproveitamento Roncador 130,0 m apresento os resultados mais expressivos. O indicador de perda de ambiente lótico teve contribuição substancial no caso de Roncador 130,0 m. O risco de estratificação térmica do reservatório ocorre somente para Garabi 89,0 m e Roncador 130,0 m. Quadro Impactos Ambientais por Aproveitamento e Subárea para o Componente-síntese Ecossistemas Aquáticos Subáreas Da Planície Indicadores de Impacto Tempo de Residência Perda de ambiente lótico Potencial de estratificação térmica do Reservatório Perda e modificação de ambientes ecologicamente estratégicos Perda de vegetação de ilhas ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,20 0,20 0,20 0,30 0,10 1,00 San Pedro 52,0 0,1775 0,2138 0,0273 0,0865 Garabi 89,0 0,1926 0,2467 0,2500 0,1136 0,1719 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Página: 202/680

94 Subáreas Santa Rosa Ijuí Piratini Das Serras de Misiones e Turvo Fluvial Indicadores de Impacto Tempo de Residência Perda de ambiente lótico Potencial de estratificação térmica do Reservatório Perda e modificação de ambientes ecologicamente estratégicos Perda de vegetação de ilhas ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,20 0,20 0,20 0,30 0,10 1,00 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 0,1926 0,0450 0,2500 0,0053 0,0991 Roncador 130,0 0,1886 0,1124 0,1667 0,0389 0,1052 Roncador 120,5 0,1478 0,0747 0,0222 0,0511 Panambi 130,0 0,1684 0,0951 0,0263 0,0606 Panambi 120,5 0,0985 0,0598 0,0125 0,0354 Porto Mauá 130,0 0,0835 0,0549 0,0090 0,0304 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 0,1926 0,0416 0,2500 0,0139 0,1010 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 0,1775 0,0589 0,0207 0,0535 Garabi 89,0 0,1926 0,0555 0,2500 0,0368 0,1107 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 0,1926 0,0641 0,2500 0,0003 0,1014 Roncador 130,0 0,1886 0,1884 0,1667 0,0492 0,1235 Roncador 120,5 0,1478 0,1216 0,0291 0,0626 Panambi 130,0 0,1684 0,1729 0,0444 0,0816 Panambi 120,5 0,0985 0,1104 0,0254 0,0494 Porto Mauá 130,0 0,0835 0,1035 0,0154 0,0420 San Pedro 52,0 0,8219 0,8956 0,8590 0,5190 Garabi 89,0 0,3475 0,8178 0,4168 0,3565 Roncador 130,0 0,6412 0,8513 0,1306 0,3967 Roncador 120,5 0,3914 0,6823 0,1016 0,2931 Panambi 130,0 0,5781 0,7874 0,0741 0,3593 Panambi 120,5 0,3355 0,5664 0,0458 0,2416 Porto Mauá 130,0 0,3909 0,5108 0,0542 0,2368 San Pedro 52,0 0,1775 0,5840 0,1858 0,2081 Do Aguapey Ibicuí Garabi 89,0 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 0,1775 0,0449 0,0520 0,0601 Garabi 89,0 Roncador 130,0 Página: 203/680

95 Subáreas Indicadores de Impacto Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 Tempo de Residência Perda de ambiente lótico Potencial de estratificação térmica do Reservatório Perda e modificação de ambientes ecologicamente estratégicos Perda de vegetação de ilhas ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,20 0,20 0,20 0,30 0,10 1,00 b) Componente-síntese Ecossistemas Terrestres As notas ambientais atribuídas aos aproveitamentos avaliados no Componente-síntese Ecossistemas Terrestres tiveram como valor máximo de 0,6060 e mínimo de 0,0320, das subáreas avaliadas a Selva Fluvial apresentou os resultados mais altos, o que evidencia sua maior fragilidade frente às alterações que serão provocadas com a formação dos reservatórios em estudo. O indicador Especies Ameaçadas apresentou um impacto alto nos aproveitamentos de San Pedro 52,0 m e Garabi 89,0 m. Nessa subárea, o reservatório de San Pedro, 52,0 m, foi o que apresentou o maior impacto. Dentre as demais subáreas, Remanescentes de Selva Mista apresentou os impactos mais significativos em função dos resultados pelo aproveitamento de Garabi 89,0 m, e Roncador 120,5 m. Pelos resultados obtidos no aproveitamento San Pedro 52,0 m nas subáreas Humedal Aguapey, Nhandubay e Campos Sulinos é possível verificar o impacto isolado desse aproveitamento, nessas subáreas, em que os valores variaram de 0,1417 a 0,2922, situandose portanto, num patamar médio. Observando os valores dos indicadores que configuraram tal resultado, pode-se notar que a subárea Campos Sulinos teve resposta sensível ao indicador de cobertura vegetal nativa (0,6610), ao passo que na subárea Humedal Aguapey o mesmo indicador apresentou valores um pouco mais baixos (0,4305). Por outro lado o indicador de áreas de interesse ecológico relevante foi bem mais elevado com valor 0,1500. Os aproveitamentos localizados nas subáreas Floresta Mista Subtropical apresentaram impactos de baixo a médio, com valores entre 0,0389 a 0,3392. No Quadro a seguir, são apresentados os valores obtidos na avaliação dos aproveitamentos para o componentesíntese ecossistemas terrestres. Subáreas Floresta Fluvial Indicadores de Impacto Quadro Impactos Ambientais por Aproveitamento e Subárea para o Componente-síntese Ecossistemas Terrestres Cobertura Vegetal Nativa Atingida Unidades de Conservação Atingidas Áreas de Interesse Ecológico Relevante Fauna Ameaçada Fauna Endêmica Espécies Tetrápodes Aquáticos ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,20 0,20 0,10 0,25 0,15 0,10 1,00 San Pedro 52,0 0,6552 0,2000 1,0000 0,9000 0,7000 0,6060 Garabi 89,0 0, ,2000 1,0000 0,5000 0,5000 0,5397 Roncador 130,0 0,4694 0,4000 0,1500 0,9000 0,3000 0,3000 0,4889 Roncador 120,5 0,3652 0,1500 0,1500 0,7000 0,3000 0,3000 0,3680 Panambi 130,0 0,4222 0,3500 0,1500 0,9000 0,3000 0,3000 0,4694 Panambi 120,5 0,2660 0,1500 0,1500 0,5000 0,3000 0,3000 0,2982 Porto Mauá 130,0 0,2508 0,3500 0,1500 0,5000 0,3000 0,3000 0,3352 Página: 204/680

96 Subáreas Floresta Mista Subtropical Campos Paranaenses Humedal Aguapey Del Ñandubay Remanescentes de Floresta Mista Campos Sulinos Indicadores de Impacto Cobertura Vegetal Nativa Atingida Unidades de Conservação Atingidas Áreas de Interesse Ecológico Relevante Fauna Ameaçada Fauna Endêmica Espécies Tetrápodes Aquáticos ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,20 0,20 0,10 0,25 0,15 0,10 1,00 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 0,0101 0,1500 0,0320 Roncador 130,0 0,2457 0,2000 0,7000 0,3000 0,3000 0,3391 Roncador 120,5 0,1121 0,1500 0,3000 0,3000 0,1724 Panambi 130,0 0,2247 0,2000 0,3000 0,3000 0,3000 0,2349 Panambi 120,5 0,1053 0,1500 0,3000 0,3000 0,1711 Porto Mauá 130,0 0,0446 0,1500 0,0389 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 0,5147 0,2000 0,1500 0,3000 0,3000 0,3000 0,3079 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 0,4305 0,1500 0,3000 0,3000 0,2061 Garabi 89,0 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 0,1083 0,1500 0,3000 0,3000 0,1417 Garabi 89,0 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 0, ,5000 0,3000 0,3000 0,2472 Roncador 130,0 0,2754 0,1500 0,5000 0,3000 0,3000 0,2701 Roncador 120,5 0,1216 0,1500 0,3000 0,3000 0,3000 0,1893 Panambi 130,0 0,1131 0,1500 0,3000 0,3000 0,3000 0,1876 Panambi 120,5 0,0509 0,1500 0,3000 0,3000 0,3000 0,1752 Porto Mauá 130,0 0,0202 0,1500 0,3000 0, ,1690 San Pedro 52,0 0,6610 0,2000 0,1500 0,3000 0,3000 0,2922 Garabi 89,0 0,3822 0,1500 0,0914 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 c) Componente-síntese Organização Territorial Da avaliação ambiental realizada para o Componente-síntese Organização Territorial foi possível observar que, em relação às áreas urbanizadas, para os aproveitamentos Roncador, cotas 120,5 m e 130,0 m, e San Pedro, cota 52,0 m, o impacto mostrou-se alto. Do lado argentino, as duas cotas do Roncador deverão afetar, na subárea III, sob influência de Oberá, as cidades de Panambi e Alba Posse, com perdas maiores que 70% da área urbanizada. Sobre a subárea IV, sob influência de Santa Rosa, o aproveitamento Roncador em sua cota mais alta impacta de forma significativa as cidades brasileiras de Porto Vera Cruz e Porto Mauá. Página: 205/680

97 O aproveitamento San Pedro deve impactar, na subárea IX, Fronteira Oeste, as cidades de Itaqui e Uruguaiana (menos de 10%) e a localidade de São Marcos, considerada como totalmente afetada. Com impacto avaliado como médio, o aproveitamento Garabi, cota 89,0 m, irá afetar as duas cidades de Garruchos, a que está na margem argentina, na subárea sob influência de Apostoles, e a que está na margem brasileira, sob influência de Santo Ângelo. O aproveitamento Panambi, em sua cota mais alta, 130,0 m, deverá causar um impacto avaliado também como médio nas subáreas III, sob influência de Oberá, e IV, sob influência de Santa Rosa. Nesses casos, as cidades afetadas são, respectivamente, Alba Posse e Porto Mauá. Com a mesma avaliação, o aproveitamento Panambi na sua cota mais baixa, cota 120,5 m, deverá impactar a cidade de Alba Posse. Sobre o território municipal, foi considerado moderadamente alto o impacto provocado pelos aproveitamentos Roncador na cota 130,0 m, Garabi, cota 89,0 m, e San Pedro, 52,0 m. No primeiro caso, na subárea sob influência de Santa Rosa, perdem território os municípios de Porto Vera Cruz (27%), Porto Mauá (18%) e Alecrim (12%), além de terem sido identificadas duas situações de fracionamento territorial nos municípios de Porto Vera Cruz e uma situação em Porto Mauá. O aproveitamento Garabi, na subárea sob influência de Apostoles, deve ocasionar o alagamento de parcela dos municípios de Azara (50%), Concepción de la Sierra (18%), Tres Capones (13%) e Garruchos (19%), além de ocasionar duas situações de fracionamento, ambas em Azara. Por fim, o aproveitamento San Pedro, na subárea sob influência de Paso de los Libres, impacta principalmente o território dos municípios de Yapeyú (28%), Guaviravi (15%), Bonpland (13%) e Alvear (11%), provocando duas situações de fracionamento territorial em Yapeyu e Alvear. Também impactará em menor proporção Paso de los Libres, La Cruz, Tapebicuá, Santo Tomé e Estación Torrent. Na avaliação do indicador de interferência sobre o sistema rodoviário, o aproveitamento que apresentou impacto mais significativo, avaliado como médio, é San Pedro, que deverá comprometer trechos da Ruta Nacional Nº 14, do lado argentino, na subárea VIII, sob influência de Paso de los Libres, e da BR-472, do lado brasileiro, na subárea IX, Fronteira Oeste. Pequenos trechos da Ruta Provincial Nº 2, recém concluída e sobre a qual incidem planos de desenvolvimento turístico e de conservação de patrimônio natural e cultural, serão afetados pelos aproveitamentos Roncador, Panambi e Porto Mauá, todos na cota 130,0 m. Na composição final das notas de impacto sobre a Organização Territorial, destaca-se o aproveitamento Roncador 130,0 m, na subárea IV, sob influência de Santa Rosa, com impacto avaliado como moderadamente alto, conforme pode ser visto no Quadro Sobre esta mesma subárea, o impacto ocasionado pelos aproveitamentos Roncador 120,5 m e Panambi 130,0 m foi avaliado como médio. Na subárea III, sob influência de Oberá, o aproveitamento Roncador, nas suas duas cotas, também deverá ocasionar impacto médio. O aproveitamento Garabi 89,0 m, nas duas subáreas onde incide com maior participação, IV, sob influência de Apostoles, e V, sob influência de Santo Ângelo, causará impacto classificado como médio, assim como o aproveitamento San Pedro, nas subáreas VIII, sob influência de Paso de los Libres, e IX, Fronteira Oeste. Página: 206/680

98 Quadro Impactos Ambientais por Aproveitamento e Subárea do Componente-síntese Organização Territorial Sub-áreas Sob Influência de San Vicente Sob Influência de Ijuí Sob Influência de Oberá Sob Influência de Santa Rosa Sob Influência de Santo Ângelo Sob Influência de Apóstoles Sob Influência de Santo Tomé Indicadores de Impacto Interferência sobre o Território Municipal Interferência sobre as Áreas Urbanizadas Interferência sobre o Sistema Viário ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,45 0,45 0,10 1,00 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 Roncador 130,0 0,0018 0,0008 Roncador 120,5 0,0002 0,0001 Panambi 130,0 0,0018 0,0008 Panambi 120,5 0,0002 0,0001 Porto Mauá 130,0 0,0018 0,0008 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 Roncador 130,0 0,0076 0,0020 0,0036 Roncador 120,5 0,0004 0,0002 Panambi 130,0 0,0076 0,0020 0,0036 Panambi 120,5 0,0004 0,0002 Porto Mauá 130,0 0,0076 0,0020 0,0036 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 0,0631 0,0617 0,0036 0,0565 Roncador 130,0 0,1617 1,0000 0,5055 0,5733 Roncador 120,5 0,1036 0,8624 0,3437 0,4690 Panambi 130,0 0,1333 0,5468 0,4209 0,3481 Panambi 120,5 0,0812 0,5083 0,2703 0,2923 Porto Mauá 130,0 0,0310 0,1071 0,0246 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 0,0028 0,0003 0,0013 Roncador 130,0 0,8321 0,9049 0,1548 0,7971 Roncador 120,5 0,6330 0,6481 0,0951 0,5860 Panambi 130,0 0,5158 0,4829 0,0850 0,4579 Panambi 120,5 0,4237 0,0997 0,0435 0,2399 Porto Mauá 130,0 0,0441 0,0197 0,0218 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 0,5551 0,5120 0,0604 0,4863 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 0,9250 0,5626 0,1451 0,6839 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 0,0002 0,0001 Garabi 89,0 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Página: 207/680

99 Sub-áreas Sob Influência de Paso de los Libres Fronteira Oeste Indicadores de Impacto Interferência sobre o Território Municipal Interferência sobre as Áreas Urbanizadas Interferência sobre o Sistema Viário ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,45 0,45 0,10 1,00 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 0,8182 0,2365 0,4862 0,5232 Garabi 89,0 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 0,1254 0,9711 0,3643 0,5299 Garabi 89,0 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 d) Componente-síntese Modos de Vida Os diferentes valores dos índices ambientais, calculados para cada um dos aproveitamentos nas diversas subáreas do componente-síntese Modos de Vida, são apresentados no Quadro Com base nos resultados, os valores de impacto neste componente-síntese situam-se em um intervalo que varia entre 0,0284 y 0,6876. O extremo inferior foi registrado no aproveitamento San Pedro Cota 52,0 m na subárea F, e o mais alto no aproveitamento Garabi Cota 89,0 m na subárea F. O aproveitamento Garabi cota 89,0 m na subárea F, que apresenta o valor mais significativo Impacto Moderadamente Alto, tem índices elevados em relação à população urbana diretamente afetada (0, Moderadamente alto), Alterações Sociais Transfronteiriças (1 - Alto), e população diretamente afetada da área rural (0,4816 Moderadamente baixo). Nesta subárea se encontra a cidade de Garruchos (Brasil), que terá quase 90% de sua população atingida, e as travessias fronteiriças entre Garruchos (Ar) Garruchos (Br); San Isidro (Ar) San Isidro (Br) e Santa María (Ar) - Colônia Florida (Br). O aproveitamento com segundo impacto mais alto é Roncador, cota 130,0 m na subárea E, que apresenta um impacto Médio com 0,4332. Para o indicador de população urbana diretamente afetada, o impacto foi de 0,2836, tendo áreas urbanas afetadas nas cidades de Porto Mauá, Porto Vera Cruz e Porto Xavier, todas localizadas no Brasil. Nesse mesmo aproveitamento, o indicador de população rural registrou 0,4885 e o indicador de alterações sociais transfronteiriças ALTSOTRA, 0,8571. O aproveitamento San Pedro cota 52,0 m, na subárea G, teve como resultado um valor de impacto de 0,3439. O impacto em POPURB foi de 0,0865. Apesar de atingir diretamente um número importante de pessoas, 8.845, as cidades que compõem são as de maior população em toda a área de estudo, como por exemplo, Uruguaiana com mais de habitantes. O indicador de população rural - PORUR apresentou um valor de 0,5666 que foi o mais alto deste indicador em todos os aproveitamentos analisados. Da mesma forma o indicador ALTSOTRA com um valor de 0,5000 foi o mais expressivo de todos os calculados. Página: 208/680

100 Subáreas A B C D E F G INV.URG-GE.00-IT.4001-(P) Quadro Impactos Ambientais por Aproveitamento e Subárea do Componente-síntese Modos de Vida Indicador de Impacto População Urbana Afetada POPURB População Rural Afetada PORUR Alteração nas Relações Transfronteiriças ALTSOTRA ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,45 0,45 0,10 1,00 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 Roncador 130,0 0,0425 0,2398 1,0000 0,2270 Roncador 120,5 0,0309 0,2156 1,0000 0,2109 Panambi 130,0 0,0425 0,2398 0,6000 0,1870 Panambi 120,5 0,0309 0,2156 0,8000 0,1909 Porto Mauá 130,0 0,1318 0,8000 0,1393 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 0,0741 0,2257 0,5000 0,1849 Roncador 130,0 0,1410 0,3442 0,5000 0,2683 Roncador 120,5 0,1227 0,2763 0,1795 Panambi 130,0 0,2169 0,0976 Panambi 120,5 0,1741 0,5000 0,1284 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 0,1240 0,5027 1,0000 0,3820 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 0,1249 0,4869 0,5000 0,3253 Garabi 89,0 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 0,0441 0,2863 0,1429 0,1630 Roncador 130,0 0,2836 0,4885 0,8571 0,4332 Roncador 120,5 0,1915 0,3142 0,7143 0,2990 Panambi 130,0 0,1672 0,4483 0,4286 0,3198 Panambi 120,5 0,0983 0,2577 0,7143 0,2316 Porto Mauá 130,0 0,2814 0,5714 0,1838 San Pedro 52,0 0,0632 0,0284 Garabi 89,0 0,8241 0,4816 1,0000 0,6876 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 0,0865 0,5666 0,5000 0,3439 Garabi 89,0 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 Página: 209/680

101 e) Componente-síntese Base Econômica Os resultados dos índices ambientais no componente síntese Base Econômica alcançam distintos valores dependendo da relação entre dois indicadores: Valor da produção Afetada Direta Anual; Valor da Área Agrícola Direta Afetada. A variação dos valores de impacto neste componente síntese encontra-se em um intervalo extenso e são vários os aproveitamentos que apresentam valores próximos aos mais baixos. Entre eles se encontram: - Roncador 120,5 m e Panambi 120,5 m, ambos aproveitamentos na Subárea Zona Alta Misiones, que compreende basicamente os departamentos de San Pedro e Guarani, na província de Misiones. - Roncador 120,5 m e Panambi 120,5 m, ambos os aproveitamentos na Subárea Celeiro, que engloba os municípios de Tiradentes do Sul, Tenente Portela, entre outros do estado do Rio Grande do Sul. No outro extremo se encontra o maior valor 1, que devido à metodologia adotada, representa a máxima interferência possível e que corresponde ao aproveitamento de San Pedro 52,0 m, na subárea denominada Fronteira Oeste. Os municípios envolvidos são: Uruguaiana, Alegrete, Barra do Quaraí, Itaquí, São Borja, entre outros. Os dois índices utilizados, Valor da Produção Afetada Direta Anual e Valor da Área Agrícola Direta Afetada, alcançam também a máxima expressão, 1, decorrente principalmente da importância econômica que a produção agrícola, em particular do arroz irrigado, possui nesta região Isto se traduz em um impacto alto deste aproveitamento. San Pedro 52,0 m na Subárea Zona Ribereña vem na seqüência, com 0,2173, em um patamar bem mais baixo, entretanto, que na subárea Fronteira Oeste. Aqui se encontram os departamentos de Santo Tomé, General Alvear, San Martín e Paso de los Libres, todos da Província de Corrientes. Esta subárea esta dedicada à criação de gado bovino e à plantação de arroz. Com um valor de 0,1368 encontra-se o aproveitamento de Garabi 89,0 m na subárea de Missões, no Rio Grande do Sul. Em resumo, pode-se dizer que o maior impacto ocorre na subárea Fronteira Oeste, ocasionado pelo aproveitamento San Pedro 52,0 m. Os demais aproveitamentos encontram-se em um nível baixo e moderadamente baixo de impacto, sendo o maior valor o de San Pedro na zona Ribereña. Subáreas Alta Misiones Quadro Impactos Ambientais calculados por Aproveitamento e Subárea para o Componente-síntese Base Econômica Indicadores de Impacto San Pedro 52,0 Garabi 89,0 Valor da Produção Anual Afetada Valor da Área Agrícola Afetada ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,60 0,40 1,00 Roncador 130,0 0,0036 0,009 0,0058 Roncador 120,5 0,0008 0,0019 0,0012 Página: 210/680

102 Subáreas Media Misiones Sul Misiones e Norte Corrientes Ribereirinha Aguapey Celeiro Fronteira Noroeste Indicadores de Impacto Valor da Produção Anual Afetada Valor da Área Agrícola Afetada ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,60 0,40 1,00 Panambi 130,0 0,0036 0,009 0,0058 Panambi 120,5 0,0008 0,0019 0,0012 Porto Mauá 130,0 0,0036 0,009 0,0058 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 Roncador 130,0 0,0451 0,1277 0,0781 Roncador 120,5 0,0284 0,0777 0,0481 Panambi 130,0 0,043 0,1212 0,0743 Panambi 120,5 0,0268 0,0729 0,0452 Porto Mauá 130,0 0,0136 0,0399 0,0241 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 0,059 0,1142 0,0811 Roncador 130,0 0,0016 0,0025 0,0020 Roncador 120,5 0,0014 0,002 0,0016 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 0,1538 0,3125 0,2173 Garabi 89,0 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 0,0263 0,0954 0,0539 Garabi 89,0 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 Roncador 130,0 0,003 0,0137 0,0073 Roncador 120,5 0,0003 0,0013 0,0007 Panambi 130,0 0,003 0,0137 0,0073 Panambi 120,5 0,0003 0,0013 0,0007 Porto Mauá 130,0 0,003 0,0137 0,0073 San Pedro 52,0 Garabi 89,0 Roncador 130,0 0,0357 0,1505 0,0816 Roncador 120,5 0,0202 0,0913 0,0486 Panambi 130,0 0,0285 0,1015 0,0577 Panambi 120,5 0,0146 0,0537 0,0302 Porto Mauá 130,0 0,0106 0,0321 0,0192 Página: 211/680

103 Subáreas Missões Fronteira Oeste Indicadores de Impacto San Pedro 52,0 Valor da Produção Anual Afetada Valor da Área Agrícola Afetada ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,60 0,40 1,00 Garabi 89,0 0,0618 0,2493 0,1368 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 San Pedro 52,0 1,0000 1,0000 1,0000 Garabi 89,0 Roncador 130,0 Roncador 120,5 Panambi 130,0 Panambi 120,5 Porto Mauá 130,0 f) Componente-síntese Comunidades Indígenas e Patrimônio Arqueológico A partir da ponderação das variáveis consideradas nesta etapa de trabalho, chegou-se a distintas pontuações que permitem hierarquizar os diferentes aproveitamentos segundo o grau de impacto sobre as terras indígenas e o patrimônio arqueológico. Cabe mencionar que os resultados obtidos apresentam uma coerência entre a elevação das cotas e o grau de impacto sobre os elementos que compõem este Componente-síntese. No caso do patrimônio arqueológico, isto se deve ao fato de que o aumento da área alagada implica em uma quantidade maior de sítios afetados. Por sua vez, segundo as informações trabalhadas nesta etapa de estudo, no que se refere às terras indígenas, as diferentes alternativas de aproveitamento parecem não gerar impactos diretos sobre os territórios ocupados. Mesmo assim, se buscou-se dimensionar um grau de impacto indireto relacionado com a variação do nível do rio e sua proximidade aos assentamentos indígenas. Das comunidades indígenas identificadas na província de Misiones, nove enquadraram-se no critério de distância menor do que 15 km em relação aos reservatórios. São elas: Ojo de Agua, Y Haka Miri, Pindo Ty, Ara Poty, Tamanduá, Kuri, Chafariz, Pindo Poty e Takaurukhu. Destas, as três primeiras estão relacionadas ao aproveitamento Garabi, enquanto as demais localizam-se na área de influência dos eixos Roncador, Panambi e Porto Mauá. Os valores de impacto sobre o patrimônio arqueológico variam entre 0,0235 e 0,3223. De uma perspectiva geral, esta variação entre o valor máximo e o mínimo está diretamente relacionada à quantidade e às características dos sítios afetados em cada caso. Com exceção do aproveitamento San Pedro cota 52,0 m, os demais apresentam um grau baixo de impacto com flutuações determinadas, principalmente, pela quantidade de sítios afetados. No caso do aproveitamento Garabi cota 89,0 m, o grau de impacto baixo (0,0594) reflete a impacto em 11 sítios arqueológicos (um sítio da categoria Caçador Coletor Pleistocênico e 10 da categoria Horticultor Guarani). Nos dois aproveitamentos com o eixo Panambi, o grau de impacto é baixo e a diferença entre a cota 120,5 m com valor 0,0341 (quatro sítios da categoria Caçador Coletor Holocênico e oito da Horticultor Guarani) e a cota 130,0 m com valor 0,0599 (seis sítios da categoria Caçador Coletor Holocênico e quinze da Horticultor Guarani) deve-se Página: 212/680

104 ao impacto de um número mais elevado de sítios na cota mais alta. O mesmo se aplica aos aproveitamentos com o eixo Roncador, onde a cota 120,5 m apresenta um valor de impacto de 0,0426 (cinco sítios da categoria Caçador Coletor Holocênico e dez da Horticultor Guarani) e a cota 130,0 m um valor de 0,0684 (sete da Categoria Caçador Coletor Holocênico e dezessete da Horticultor Guarani). Por sua vez, o aproveitamento Porto Mauá cota 130,0 m apresenta o impacto mais baixo entre todas as opções avaliadas com um valor de 0,0235 que corresponde ao impacto em oito sítios da categoria Horticultor Guarani. Finalmente, o aproveitamento San Pedro cota 52,0 m obteve um grau de impacto moderadamente baixo, cujo valor de 0,3223 corresponde ao impacto sobre 16 sítios arqueológicos (nove da categoria Caçador Coletor Pleistocênico, um Caçador Coletor Holocênico, cinco Horticultor Guarani e um Missioneiro Jesuítico). Embora não corresponda ao aproveitamento com maior quantidade de sítios impactados, o valor mais elevado reflete o impacto sobre sítios com alto valor científico e patrimonial, como é o caso dos vestígios materiais dos primeiros caçadores coletores que ocuparam a região e as ruínas de Yapeyú que testemunham o período histórico das missões jesuíticas. Segundo os dados disponíveis, este é o único aproveitamento que afeta um sítio da categoria Jesuítico Missioneiro. Em relação ao indicador terras indígenas, os resultados obtidos mostram que o aproveitamento San Pedro 52,0 m não afeta este indicador e que o aproveitamento de Garabi 89 m é o que mais poderá causar impactos. Os aproveitamentos Roncador 130,0 m e Panambi 130,0 m apresentam impacto moderadamente baixo. Por outro lado, os demais aproveitamentos resultam em impactos de baixa magnitude, sendo que Porto Mauá é o que causa menor impacto. É importante destacar que das comunidades consideradas, as duas mais populosas (Tamanduá e Kuri) são as que estão mais distantes do rio Uruguai. A partir da ponderação dos indicadores, de acordo com os pesos anteriormente determinados, pode-se afirmar que os aproveitamentos avaliados apresentam baixo grau de impacto, variando os resultados entre os estratos de 0,0864 (no caso do Porto Mauá 130,0 m) e 0,1669 (no caso do Garabi 89,0 m). Em relação ao aproveitamento de San Pedro, apesar de não haver interferência sobre comunidades indígenas, o valor de 0,0967 se refere ao impacto sobre o patrimônio arqueológico. Quadro Impactos Ambientais calculados por Aproveitamentos e Subárea para o Componente-síntese Comunidades Indígenas e Patrimônio Arqueológico Subárea Única Indicador de Impacto Patrimônio Arqueológico Comunidades Indígenas ISAi = (Ii x Pi) Pesos 0,30 0,70 1,00 San Pedro 52,0 0, ,0967 Garabi 89,0 0,0594 0,2130 0,1669 Roncador 130,0 0,0684 0,1761 0,1438 Roncador 120,5 0,0426 0,1350 0,1073 Panambi 130,0 0,0599 0,1758 0,1410 Panambi 120,5 0,0341 0,1350 0,1047 Porto Mauá 130,0 0,0235 0,1133 0, Síntese da Avaliação de Impactos por Aproveitamento Este item apresenta uma síntese dos principais impactos por aproveitamento para possibilitar um melhor entendimento e facilitar a análise comparativa dos mesmos. Página: 213/680

105 Para tanto foram elaborados tabelas resumo para cada um dos aproveitamentos com alguns dos parâmetros considerados na avaliação ambiental dos impactos. a) Aproveitamento San Pedro 52,0 m O aproveitamento de San Pedro localiza-se no rio Uruguai a uma distância de 520 km da foz do rio. Este é o maior dos aproveitamento estudados na etapa de Estudos Preliminares e pode ser vizualizado no mapa INV.URG-GE-77-MP.2001, apresentado no Tomo 21 Apêndice D Estudos Ambientais. A área de reservatório é mais do que o dobro do que a de Garabi na cota 89,0 m abrangendo cerca de 198 mil ha e um comprimento total da ordem de 260,14 km. Quadro Parâmetros do Reservatório Parâmetros San Pedro 52,0 m Área do reservatório (ha) Volume do Reservatório (hm 3 ) 9.299,7 Vazão Média (m 3 /s) Comprimento do Reservatório (km) 260,1 Tempo de Residência (dias) 25,3 O tempo de residência condiciona a reciclagem de nutrientes e o potencial de assimilação pelos organismos autótrofos, controlando a produção primária e secundária, o desenvolvimento de algas e macrófitas e também o grau de trofia do ambiente aquático. Para o aproveitamento San Pedro, o tempo de residência calculado é de 25,3 dias o que reflete um grau de impacto considerado moderadamente baixo. As características das margens do rio Uruguai na região do aproveitamento determinam grandes áreas de alagamento e longos braços. No rio principal, o reservatório deve se estender por cera de 260 km, que somados aos 975,1 km de arroios comprometidos, totalizam cerca de km de ambientes que hoje apresentam regime lótico e que passarão, com a formação do reservatório, para lêntico, o que provocará modificações na velocidade da corrente e na qualidade da água, influenciando a estrutura e a diversidade das comunidades aquáticas. Quanto aos ambientes ecologicamente estratégicos, habitats que por suas características específicas são relevantes para a vida, reprodução e perpetuação das espécies da ictiofauna e comunidades associadas, destaca-se que serão afetados cerca de 200 mil ha, o que representa menos de 2% da área da bacia. Já os ambientes associados às ilhas sofrem um impacto significativo, sendo que estimou-se em cerca de 62% a perda desse tipo de ambiente (Quadro ). Quadro Principais Impactos sobre os Ecossistemas Aquáticos Impacto Perda de Ambientes Lóticos Perda de Ambientes San Pedro 52,0 m Extensão do Reservatório no rio principal (km) 260,1 Extensão do Reservatório nos Arroios (km) 975,1 Extensão Total de Cursos d'água Afetados pelos Aproveitamentos (km) Área do reservatório (exclusive ilhas) (ha) Página: 214/680

106 Impacto Ecologicamente Estratégicos - AEE Perda de Ilhas Fluviais Área Total da Bacia (ha) Percentual da Área da Bacia Afetada (%) Área de Ilhas Afetadas pelos Aproveitamentos (ha) Total de Áreas de Ilhas no rio Uruguai no trecho estudado (ha) Percentual de Área de Ilhas Afetado (%) San Pedro 52,0 m ,70% Fonte: Planimetrias feita a partir da Área Afetada (cotas de reservatórios, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010) e do Mapa da Rede Hídrica (IGM e IBGE); Áreas de Desova, de Migração, Refúgio e Alimentação (compilação de informações apresentadas no Diagnóstico Socioambiental deste estudo, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010) e o Mapa de Uso do Solo da Área de Estudo (CNEC-ESIN-PROA, jan-2010). A grande área alagada contribuiu para que o aproveitamento de San Pedro, cota 52,0 m, apresente valores superiores aos de Garabi 89,0 m para quase todos indicadores de ecosistemas terrestres. 62% Quadro Vegetação Afetada Vegetação (ha) San Pedro 52,0 m Vegetação de Campos Afetada (ha) Vegetação de Florestas Afetada (ha) Total de Vegetação Nativa Afetada (ha) Total de Vegetação Nativa na Bacia (ha) Percentual de Vegetação Nativa Afetada (%) 0,81% Fonte: Planimetria feita a partir do Mapa de Uso do Solo da Área de Estudo (CNEC-ESIN- PROA, jan-2010) e Área Afetada (cotas de reservatórios, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010). A área de vegetação nativa afetada é da ordem de 57 mil ha, o que representa menos de 1% da vegetação de toda a bacia. A área de Campos cobre toda a extensão afetada do lado brasileiro, formando uma paisagem bastante antropizada e homogênea, interrompida em alguns pontos por Matas de Galeria ou Matas de Encosta. Na margem argentina, o aproveitamento insere-se na área caracterizada por vegetação associada a solos que vão desde terrenos úmidos (humedales) a alagados, banhados. Estas áreas, ao longo do rio Aguapey, apresentam uma alta biodiversidade. Na região mais próxima do eixo, está o distrito do Ñandubay, que abrange as áreas de vegetação de espinales. Ressalta-se que o Parque Estadual do Espinilho, que protege na margem brasileira esta vegetação, não será alagado pelo aproveitamento. Cerca de 15% da Reserva Biológica de São Donato será inundada pelo aproveitamento. Tratase de uma unidade de Proteção Integral, com acesso restrito à pesquisa científica e educação ambiental. Da área total (4.392 ha), serão afetados cerca de 650 ha, na porção noroeste da Reserva, no limite com o rio Butuí. As margens do rio Aguapey são consideradas uma das Áreas Importantes para a Conservação de Aves. O braço do reservatório de San Pedro, que se extende no rio Aguapey por cerca de 55km, afeta esta área. Na margem brasileira, a barra do rio Ibicuí é considerada uma área prioritária para a conservação. Também há indicativo para a criação de corredores que Página: 215/680

107 abarcariam o entorno da Reserva Biológica São Donato e do Parque Estadual do Espinilho, situado a jusante do eixo e parte do território do município de Uruguaiana. O reservatório afetaria cerca de 130 mil ha de Áreas de Interesse Ecológico Relevante. A implantação do aproveitamento de San Pedro significará a inundação de parcelas significativas de áreas urbanas e rurais de núcleos importantes da região, as cidades de Uruguaiana e Paso de los Libres. A população urbana a ser afetada é de cerca de 13 mil pessoas e a rural da ordem de 3 mil pessoas. Também serão afetadas cerca de 168 km de vias vicinais e 54 km de estradas pavimentadas principais e secundárias, além de pontes sobre os rios Ibicuí no lado brasileiro e Aguapey no lado argentino. Todas as áreas indígenas consideradas no estudo distam mais de 15 km da área do reservatório não sendo previstos impactos sobre estas comunidades. Haverá interferência em 16 sítios arqueológicos (nove da categoria Caçador coletor Pleistocênico, um Caçador Coletor Holocênico, cinco Horticultor Guaraní e um Missioneiro Jesuítico) o que significa um impacto moderadamente baixo. Ainda que não seja o aproveitamento que afete o maior número de sítios, o grau de impacto reflete a interferência de sítios com alto valor científico e patrimonial, como são os vestígios materiais dos caçadores coletores que ocuparam a região e as ruínas de Yapeyú que são testemunhas do período histórico das missões jesuíticas. b) Aproveitamento Garabi 89,0 m O aproveitamento de Garabi 89,0 m localiza-se no rio Uruguai a uma distancia aproximada de 863 km da foz do rio. O reservatório a ser formado abrangerá uma área de ha, com comprimento de 134 km (Quadro ). O mapa INV.URG-GE.77-MP.2002 apresenta a localização do aproveitamento e as principais interferências. Quadro Parâmetros do Reservatório Parâmetros Garabi 89,0 m Área do reservatório (ha) Volume do Reservatório (hm³) 7.304,3 Vazão Média (m³/s) Comprimento do Reservatório (km) 134,0 Tempo de Residência (dias) 31 O reservatório, por suas características e vazão média mensal no local do eixo, apresenta um potencial de estratificação térmica nos meses de janeiro a março, ou seja, nesses meses as camadas mais profundas do reservatório tenderão a condições de anoxia, com conseqüências negativas sobre a qualidade da água. O tempo de residência é de cerca de um mês, o que determina um comportamento intermediário entre um ambiente de lago e de rio. A extensão de cursos d águas comprometida com a formação do reservatório é da ordem de 568 km, dos quais 134 km correspondem ao rio Uruguai. É notável a extensão de arroios que serão transformados em ambientes lênticos, assim como o percentual de áreas de ilhas que serão afetadas, 18%. Destaca-se entre os ambientes ecologicamente estratégicos afetados a foz dos rios Chimiray (Argentina) e Piratini, Ijuí e Comandaí (Brasil), utilizadas para a desova. As principais informações sobre os ecossistemas aquáticos são apresentadas no Quadro Página: 216/680

108 Quadro Principais Impactos sobre os Ecossistemas Aquáticos Impacto Perda de Ambientes Lóticos Extensão do Reservatório no rio principal (km) Extensão do Reservatório nos Arroios (km) Garabi 89,0 m 134,0 433,9 Extensão Total de Cursos d'água Afetados pelos Aproveitamentos (km) 567,9 Perda de Ambientes Ecologicamente Estratégicos - AEE Perda de Ilhas Fluviais Área do reservatório (exclusive ilhas) (ha) Área Total da Bacia (ha) Percentual da Área da Bacia Afetada (%) Área de Ilhas Afetadas pelos Aproveitamentos (ha) Total de Áreas de Ilhas no rio Uruguai no trecho estudado (ha) Percentual de Área de Ilhas Afetado (%) ,55% Fonte: Planimetrias feita a partir da Área Afetada (cotas de reservatórios, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010) e do Mapa da Rede Hídrica (IGM e IBGE); Áreas de Desova, de Migração, Refúgio e Alimentação (compilação de informações apresentadas no Diagnóstico Socioambiental deste estudo, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010) e o Mapa de Uso do Solo da Área de Estudo (CNEC-ESIN-PROA, jan-2010). O aproveitamento de Garabi está situado na área de transição entre a formação de campos sulinos e os remanescentes de floresta mista, na margem brasileira. Do lado argentino, predominam os campos paranaenses, caracterizado por diversos tipos de comunidades definidas pelo componente edáfico, que difere localmente. Da vegetação nativa, serão afetados cerca de 44 mil ha, o que representa menos de 1% da cobertura natural identificada na bacia (Quadro ). 18% Quadro Vegetação Afetada Vegetação (ha) Garabi 89,0 m Vegetação de Campos Afetada (ha) Vegetação de Florestas Afetada (ha) Total de Vegetação Nativa Afetada (ha) Total de Vegetação Nativa na Bacia (ha) Percentual de Vegetação Nativa Afetada (%) 0,64% Fonte: Planimetria feita a partir do Mapa de Uso do Solo da Área de Estudo (CNEC-ESIN-PROA, jan-2010) e Área Afetada (cotas de reservatórios, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010). As unidades de conservação que serão afetadas pelos aproveitamentos estudados nos estudos preliminares são apresentadas no Quadro O aproveitamento de Garabi 89,0 m inundará 4,4% de áreas do Parque ruta Costera do rio Uruguay e 82% da área da Reserva Privada Santa Rosa, ambos situados na Argentina. Quadro Áreas protegidas que serão inundadas pelos diferentes aproveitamentos considerados Página: 217/680

109 País Nome Categoria Legislação Argentina Brasil Reserva Biósfera Yabotí Parque Ruta Costera del río Uruguay Reserva Provincial Santa Rosa Parque Estadual do Turvo Reserva Biológica de São Donato Área restringida Paisagem protegida Reserva privada Parque Reserva Lei Nº 3.041/93 Decreto 1373 de 7 de novembro de 2002 Decreto Nº 2.312/47 Decreto de 12/03/75 Áreas de UC a serem inundadas pelos aproveitamentos Roncador 130,0 m, Panambi 130,0 m e Porto Mauá 130,0 m Garabi 89,0 m, Roncador 130,0 m, Panambi 130,0 m, Porto Mauá 130,0 m, Panambi 120,5 m e Roncador 120,5 m Garabi 89,0 m Roncador 130,0 m, Panambi 130,0 m e Porto Mauá 130,0 m San Pedro 52,0 m Aspectos relevantes A Reserva da Biosfera Yabotí, localizada no norte da província de Misiones, nas margens do rio Uruguai, encontra-se separada do Parque do Turvo, no Brasil, pelos Saltos de Yucumã/Moconá. Nesta Reserva da Biosfera estão incluídos o Parque Provincial Yucumã/Moconá e a Reserva de Esmeralda que não serão afetados por nenhum dos aproveitamentos A Ruta Parque Costera del Río Uruguay ( Parkway ) integra o Corredor Verde da Província de Misiones, criado anteriormente, que se estende desde o limite com a Província de Corrientes até seu final na Reserva da Biosfera de Yabotí, envolvendo uma área de 10 km de largura, de cada lado da Ruta Nº 2, até o limite com Brasil. Abrange uma área total de ha, o que implica que o rio Uruguai está incluído na área do parque. O objetivo é preservar os atrativos naturais característicos da zona, desenvolver o turismo ecológico e agropecuário, proteger a paisagem, promover o desenvolvimento sustentável da zona e ampliar a continuidade do Corredor Verde. Conservação e ecoturismo Os principais objetivos do parque são conservar os ambientes naturais e a biodiversidade, promover educação ambiental, pesquisa científica e turismo ecológico O Parque está inserido no contexto do bioma da Mata Atlântica e abriga um dos maiores fragmentos da Floresta do Alto Uruguai (Floresta Estacional Decidual) do RS. É um importante sitio para os ecossistemas terrestres e aquáticos. É uma unidade de Proteção Integral, com acesso restrito para atividade de pesquisa científica e educação ambiental. As áreas de interesse ecológico relevante afetadas somam quase 30 mil ha, ou seja, 0,5% do total identificado para a bacia. Na região do eixo de Garabi, encontra-se delimitada uma área prioritária para conservação PROBIO (Pampas), devido à presença de espécie endêmica, o pau-ferro (Caesalpinia ferrea) e a provável ocorrência do rato-do-mato (Kunsia tomentosus), Página: 218/680

110 maior cricetídeo do mundo, coletado em 1830 e depois nunca mais encontrado no RS. No lado brasileiro, além dessa área, serão afetadas trechos das margens do rio Uruguai e do rio Ijuí, onde existe o indicativo para a composição de um corredor que chegue até o rio Turvo. No lado argentino, deverão ser afetadas as AICAs C.Martires-Barra S.Maria, Azara e Barra Concepción. A implantação do aproveitamento de Garabi na cota 89,0m implicará a inundação de parcelas significativas de áreas urbanas e rurais dos núcleos de Garruchos (ARG) e Garruchos(BR) e também dos núcleos de Azara, San Javier, Itaucaruaré e Porto Xavier. A população urbana a ser afetada é de cerca de 2,1 mil pessoas e a rural, da ordem de 3,8 mil pessoas. A afectação urbana corresponde à área do reservatório e à faixa de proteção. No caso de Garruchos (Arg.) e Garruchos (Bra.), o reassentamento de população deverá adicionar 800 habitantes por superar-se 50% de população afetada. Também serão afetadas 86 km de vias pavimentadas principais, secundárias e vicinais. A pecuária, principal atividade econômica a ser afetada pela implantação do aproveitamento, tem cerca de 90% das áreas de pastagem localizadas na subárea Zona Sul Misiones e Norte Corrientes e na subárea Missões. Além da pecuária, também deverão ser afetadas algumas áreas de produção de soja, arroz e áreas com reflorestamento. Seis das nove áreas indígenas consideradas no estudo distam mais de 15 km da área do reservatório e três se encontram a uma distância que varia de 4,7 a 6,6 km (Comunidades Ojo de Água, Pindo Ty e Y Haka Miri). Serão afetados 10 sítios arqueológicos do tipo Horticultor Guarani e um do tipo Caçador Coletor Pleistocênico. c) Aproveitamento Roncador 130,0 m O aproveitamento de Roncador 130,0 m localiza-se no rio Uruguai a uma distancia de cerca de km da foz do rio. O futuro reservatório deverá ter comprimento de 200 Km e volume de 5.894,2 hm³ (Quadro ), conformando uma área de cerca de 40 mil ha, de acordo ao que pode ser visto no mapa INV.URG-GE.77-MP Quadro Parâmetros do Reservatório Parâmetros Roncador 130,0 m Área do reservatório (ha) Volume do Reservatório (hm 3 ) 5.894,2 Vazão Média (m 3 /s) Comprimento do Reservatório (km) 200,2 Tempo de Residência (dias) 29,5 De acordo com o número de Froude calculado, nos meses de janeiro e março existe o risco de estratificação térmica do reservatório. O tempo de residência calculado é ligeiramente inferior a 30 dias, o que caracteriza o reservatório como um ambiente de comportamente intermediário entre lago e de rio. No rio Uruguai, o reservatório se estenderá por cerca da 200km, metade da extensão que o reservatório terá nos arroios. Em termos de ambientes ecologicamente estratégicos, a perda ocasionada por este empreendimento é proporcional ao seu tamanho, sendo que os braços do reservatório irão Página: 219/680

111 estender-se por diversos arroios utilizados como refúgio e alimentação de peixes, tais como os arroios Ramón, Acaraguá, Alegre, Pindaiti e Saltiño, na Argentina. No Brasil, destacam-se o lajeado Bugre e os rios Santa Rosa e Santo Cristo. O trecho do rio Uruguai onde este aproveitamento não apresenta muitas ilhas, o que diminui as áreas afetadas para 4% do total de áreas de ilhas no rio (Quadro ). Quadro Principais Impactos sobre os Ecossistemas Aquáticos Impacto Perda de Ambientes Lóticos Perda de Ambientes Ecologicamente Estratégicos - AEE Perda de Ilhas Fluviais Extensão do Reservatório no rio principal (km) Extensão do Reservatório nos Arroios (km) Roncador 130,0 m 200,2 356,6 Extensão Total de Cursos d'água Afetados pelos Aproveitamentos (km) 656,8 Área do reservatório (exclusive ilhas) (ha) Área Total da Bacia (ha) Percentual da Área da Bacia Afetada (%) ,34% Área de Ilhas Afetadas pelos Aproveitamentos (ha) 171 Total de Áreas de Ilhas no rio Uruguai no trecho estudado (ha) Percentual de Área de Ilhas Afetado (%) 4% Fonte: Planimetrias feita a partir da Área Afetada (cotas de reservatórios, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010) e do Mapa da Rede Hídrica (IGM e IBGE); Áreas de Desova, de Migração, Refúgio e Alimentação (compilação de informações apresentadas no Diagnóstico Socioambiental deste estudo, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010) e o Mapa de Uso do Solo da Área de Estudo (CNEC-ESIN-PROA, jan-2010). O aproveitamento está inserido em ambiente de Floresta Mista, sendo que, do lado brasileiro, a vegetação está alterada pela ocupação intensa da área e, do lado argentino, existem maiores extensões ainda preservada. O total de vegetação nativa afetada é da ordem de 24 mil ha, que representam apenas 0,34% da vegetação de toda a bacia. Quadro Vegetação Afetada Vegetação (ha) Roncador 130,0 m Vegetação de Campos Afetada (ha) Vegetação de Florestas Afetada (ha) Total de Vegetação Nativa Afetada (ha) Total de Vegetação Nativa na Bacia (ha) Percentual de Vegetação Nativa Afetada (%) 0,34% Fonte: Planimetria feita a partir do Mapa de Uso do Solo da Área de Estudo (CNEC-ESIN-PROA, jan- 2010) e Área Afetada (cotas de reservatórios, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010). Este aproveitamento deve inundar áreas do Parque Ruta Costera do rio Uruguay, da reserva de Biosfera Yabotí, na Argentina, além de uma pequena porção do Parque Estadual do Turvo, conforme apresentado anteriormente no Quadro e Em relação ao Parque Estadual do Turvo, dadas as características topográficas do rio Uruguai nessa área, a inundação, considerando a cota 130,0 m, é da ordem de 60 ha, uma vez que a declividade Página: 220/680

112 dessa área é muito alta. No tocante à inundação de áreas protegidas, a cota 120,5 m não afeta o Parque do Turvo, área de proteção integral, nem a Reserva da Biosfera Yaboti. O Parque do Turvo é uma unidade de proteção integral e esta categoria tem o objetivo de preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com algumas exceções. Os parques nacionais são áreas geográficas extensas e delimitadas, dotadas de atributos naturais excepcionais e objeto de preservação permanente, submetidas à condição de inalienabilidade e indisponibilidade no seu todo. Destinados a fins científicos, culturais, educativos e recreativos, os parques têm como objetivo a preservação dos ecossistemas naturais englobados contra quaisquer alterações que os desvirtuem. Serão afetados cerca de ha de Áreas de Relevante Interesse Ecológico, que correspondem às margens do rio Uruguai, que formariam um corredor entre os rios Ijuí e o Turvo. Nesta área foram identificadas oportunidades relacionadas a educação ambiental, pesquisa científica e ecoturismo, além da existência de locais de beleza cênica. A implantação do aproveitamento de Roncador na cota 130,0 m implicará a inundação de áreas urbanas dos núcleos de Alba Posse, Porto Mauá, Porto Vera Cruz, Panambi, afetando cerca de 2,5 mil pessoas distribuídas em várias localidades. Na área rural serão afetadas 6,7 mil pessoas. Também serão afetadas cerca de 150 km de vias pavimentadas principais e secundárias e também vicinais. No caso de Roncador 130,0 m, mais de 50% das cidades de Alba Posse, Porto Mauá, Porto Vera Cruz, Panambi serão impactadas e portanto, as cidade terão que ser relocadas. A Figura apresenta as áreas urbanas afetadas de Alba Posse pelos empreendimentos Roncador 130,0 m e Panambi 130,0 m. A área cor verde claro da figura representa a faixa de proteção de 100 m. A afetação no caso de Porto Mauá pode ser vista mais adiante na Figura Página: 221/680

113 Figura Cidade de Alba Posse (ARG) Reservatório NA 130,0 m e faixa de 100 m Em relação ao patrimônio arqueológico, os aproveitamentos com o eixo Roncador têm um baixo grau de impacto. A diferença entre a cota 120,5 m (cinco sítios da categoria Caçador Coletor Holocênico e dez de Horticultor Guarani) e a cota 130,0 m (sete sítios da categoria Caçador Coletor Holocênico e 17 de Horticultor Guarani) deve-se a interferência num número maior de sítios na cota mais alta. Em relação às terras indígenas, o aproveitamento Roncador 130,0 m e Panambi 130,0 m são os que apresentam um grau de impacto considerado médio baixo uma vez que somente 3 (Ojo de Água, Y Haka Miri e Pino Poty) das nove comunidades indígenas consideradas na avaliação de impactos distam mais de 15 km do local do barramento. d) Aproveitamento Roncador 120,5 m Trata-se do mesmo eixo do aproveitamento Roncador 130,0m, porém com um reservatório menor, de cerca de 25 mil ha (contra quase 40 mil ha, do reservatório na cota alta). No mapa INV.URG-GE.77-MP.2003 podem ser vizualizados os dois aproveitamentos do eixo Roncador. Na cota mais baixa, o comprimento do reservatório é de 144 km e o volume é de hm³ (Quadro ). Quadro Parâmetros do Reservatório Parâmetros Roncador 120,5 m Área do reservatório (ha) Volume do Reservatório (m³) 2.766,1 Vazão Média (m³/s) Comprimento do Reservatório (km) 144,1 Tempo de Residência (dias) 13,8 Página: 222/680

114 O tempo de residência menor que duas semanas sugere um baixo impacto, já que o reservatório, sob este aspecto, deverá apresentar comportamento próximo ao dos rios, com fluxo contínuo e rápido. Quadro Principais Impactos sobre os Ecossistemas Aquáticos Impacto Perda de Ambientes Lóticos Perda de Ambientes Ecologicamente Estratégicos - AEE Perda de Ilhas Fluviais Extensão do Reservatório no rio principal (km) Extensão do Reservatório nos Arroios (km) Extensão Total de Cursos d'água Afetados pelos Aproveitamentos (km) Área de reservatório (exclusive ilhas) (ha) Área Total da Bacia (ha) Percentual da Área da Bacia Afetada (%) Área de Ilhas Afetadas pelos Aproveitamentos (ha) Total de Áreas de Ilhas no rio Uruguai no trecho estudado (ha) Percentual de Área de Ilhas Afetado (%) Roncador 120,5 m 144,1 220,7 364, ,22% % Fonte: Planimetrias feita a partir da Área Afetada (cotas de reservatórios, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010) e do Mapa da Rede Hídrica (IGM e IBGE); Áreas de Desova, de Migração, Refúgio e Alimentação (compilação de informações apresentadas no Diagnóstico Socioambiental deste estudo, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010) e o Mapa de Uso do Solo da Área de Estudo (CNEC- ESIN-PROA, jan-2010). Em termos dos ecossistemas aquáticos, os impactos são semelhantes aos do aproveitamento Roncador 130,0 m, porém em proporção menor (Quadro ). O mesmo ocorre com a perda de vegetação, conforme apresentado no Quadro a seguir. Quadro Vegetação Afetada Vegetação (ha) Roncador 120,5 m Vegetação de Campos Afetada (ha) Vegetação de Florestas Afetada (ha) Total de Vegetação Nativa Afetada (ha) Total de Vegetação Nativa na Bacia (ha) Percentual de Vegetação Nativa Afetada (%) 0,20% Fonte: Planimetria feita a partir do Mapa de Uso do Solo da Área de Estudo (CNEC-ESIN-PROA, jan- 2010) e Área Afetada (cotas de reservatórios, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010). Em relação às Unidades de Conservação, merece destaque, conforme expressado anteriormente, que o aproveitamento na cota 120,5 m não inunda áreas do Parque Estadual do Turvo nem da reserva da Biosfera Yabotí. A implantação do aproveitamento de Roncador na cota 120,5 m implicará a inundação de parcelas de áreas urbanas dos núcleos de Alba Posse, Porto Mauá, Porto Vera Cruz e Página: 223/680

115 Panambi, afetando cerca de 2 mil pessoas. Nas áreas rurais, serão afetadas cerca de 4,2 mil pessoas, distribuídas em vários municípios. Também serão afetadas cerca de 93 km de vias pavimentadas principais e secundárias, além de vicinais. A Figura apresenta as áreas afetadas na cidade de Alba Posse para os aproveitamentos na cota 120,5 m. Figura Cidade de Alba Posse (ARG) - Reservatório NA 120,5 m e faixa de 100 m e) Aproveitamento Panambi 130,0 m O eixo do aproveitamento de Panambi está localizado cerca de 14 km a montante do eixo de Roncador, conforme pode ser visto no mapa INV.URG-GE.77-MP Com uma área de cerca de 33 mil ha, o aproveitamento Panambi 130,0 m estende-se por 186 km e apresenta um volume da ordem de 4,3 mil hm 3, de acordo com o apresentado no quadro a seguir. Quadro Parâmetros do Reservatório Parâmetros Panambi 130,0 m Área do reservatório (ha) Volume do Reservatório (hm 3 ) 4.365,6 Vazão Média (m 3 /s) Comprimento do Reservatório (km) 186,0 Tempo de Residência (dias) 21,9 Página: 224/680

116 O tempo de residência deste aproveitamento é de 22 dias, o que o caracteriza como de comportamente intermediário entre rio e lago. Em termos de perda de ambientes lóticos, de ambientes ecologicamente estratégicos para os ecossistemas aquáticos e de ilhas fluviais, este aproveitamento apresenta os mesmos impactos que Roncador 130,0 m, porém em menor escala, fato decorrente do deslocamento do eixo para montante. Destaca-se que o lajeado Bugre, rio na margem brasileira utilizado como refúgio e alimentação de peixes, está localizado no trecho que não será afetado pelo aproveitamento de Panambi. Quadro Principais Impactos sobre os Ecossistemas Aquáticos Impacto Perda de Ambientes Lóticos Perda de Ambientes Ecologicamente Estratégicos - AEE Perda de Ilhas Fluviais Extensão do Reservatório no rio principal (km) Extensão do Reservatório nos Arroios (km) Panambi 130,0 m 186,0 301,7 Extensão Total de Cursos d'água Afetados pelos Aproveitamentos (km) 552,4 Área doreservatório (exclusive ilhas) (ha) Área Total da Bacia (ha) Percentual da Área da Bacia Afetada (%) Área de Ilhas Afetadas pelos Aproveitamentos (ha) Total de Áreas de Ilhas no rio Uruguai no trecho estudado (ha) Percentual de Área de Ilhas Afetado (%) ,28% Fonte: Planimetrias feita a partir da Área Afetada (cotas de reservatórios, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010) e do Mapa da Rede Hídrica (IGM e IBGE); Áreas de Desova, de Migração, Refúgio e Alimentação (compilação de informações apresentadas no Diagnóstico Socioambiental deste estudo, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010) e o Mapa de Uso do Solo da Área de Estudo (CNEC-ESIN-PROA, jan-2010). No caso dos ecossistemas terrestres, em geral o impacto do Panambi também se dá em menor proporção que o do aproveitamento Roncador. É o que pode ser visto no quadro a seguir. 2% Quadro Vegetação Afetada Vegetação (ha) Panambi 130,0 m Vegetação de Campos Afetada (ha) Vegetação de Florestas Afetada (ha) Total de Vegetação Nativa Afetada (ha) Total de Vegetação Nativa na Bacia (ha) Percentual de Vegetação Nativa Afetada (%) 0,27% Fonte: Planimetria feita a partir do Mapa de Uso do Solo da Área de Estudo (CNEC-ESIN- PROA, jan-2010) e Área Afetada (cotas de reservatórios, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010). No caso das Unidades de Conservação, entretanto, destaca-se que o impacto sobre o Parque Estadual do Turvo e sobre a Reserva de Biosfera Yabotí é o mesmo do aproveitamento Roncador na cota 130,0 m, ou seja, são afetadas cerca de 60 ha, no caso da unidade brasileira, e 34 ha, no caso da argentina. Página: 225/680

117 O aproveitamento Panambi, seja na cota 130,0 m ou na cota 120,5 m, afetaria as cidades de Alba Posse e Porto Mauá, também impactadas pelas duas cotas de Roncador. Entretanto, à diferença do Roncador, o eixo Panambi não afeta as cidades de Porto Vera Cruz (no Brasil) e Panambi (na Argentina). O total de população urbana afetada é de 1,3 mil pessoas e cerca de 5,4 mil pessoas na área rural. Como na população urbana se supera 50% de afetação, a população a reassentar é incrementada em 100 habitantes. A Figura permite observar a área afetada e a faixa de proteção em Porto Mauá para cota 130,0 m. Figura Cidade de Porto Mauá (BRA) e Reservatório NA 130,0 m e faixa de 30 m. Nos aproveitamentos com o eixo Panambi, o grau de impacto sobre o Patrimônio Arqueológico é baixo e a diferença entre a cota 120,5 m (quatro sítios da categoria Caçador Coletor Holocénico e oito de Horticultor Guaraní) e a cota 130,0 m (seis sítios da categoria Caçador Coletor Holocênico e quinze de Horticultor Guarani) deve-se somente a diferença entre o número de sítios afetados. Apenas 3 (Ojo de Água, Y Haka Miri e Pino Poty) das 9 comunidades índigenas consideradas para a avaliação de impactos estão localizadas localizadas a mais de 15 km do aproveitamento. Este impacto foi considerado como moderadamente baixo. e) Aproveitamento Panambi 120,5 m Trata-se de um aproveitamento de Panambi em cota mais baixa, com reservatório de cerca de 20 mil ha (contra 33 mil ha, no cota mais alta). O mapa INV.URG-GE-77-MP.2004 apresenta ambas as cotas estudadas no eixo Panambi. Para a cota 120,5 m o comprimento do reservatório será de 130km e o volume, hm 3 (Quadro ). Página: 226/680

118 Quadro Parâmetros do Reservatório Parâmetros Panambi 120,5 m Área do reservatório (ha) Volume do Reservatório (hm³) 1.838,49 Vazão Média (m³/s) Comprimento do Reservatório (km) 130,0 Tempo de Residência (dias) 9,2 O tempo de residência é baixo, 9 dias, o que sugere que o reservatório terá características semelhantes ao de um rio, com alta taxa de renovação da água, associada comumente à alta turbulência. Em relação aos demais indicadores de ecossistemas aquáticos, as alterações são similares às do aproveitamento Panambi, na cota 130,0 m, ou mesmo dos aproveitamentos de Roncador, expressando-se, porém, em menor escala. O quadro a seguir apresenta as principais características em relação a perda de ambientes lóticos, de ambientes ecologicamente estratégicos e de ilhas fluviais. Quadro Principais Impactos sobre os Ecossistemas Aquáticos Impacto Perda de Ambientes Lóticos Perda de Ambientes Ecologicamente Estratégicos - AEE Perda de Ilhas Fluviais Extensão do Reservatório no rio principal (km) Extensão do Reservatório nos Arroios (km) Panambi 120,5 m 130,0 175,0 Extensão Total de Cursos d'água Afetados pelos Aproveitamentos (km) 305,0 Área do reservatório (exclusive ilhas) (ha) Área Total da Bacia (ha) Percentual da Área da Bacia Afetada (%) Área de Ilhas Afetadas pelos Aproveitamentos (ha) Total de Áreas de Ilhas no rio Uruguai no trecho estudado (ha) Percentual de Área de Ilhas Afetado (%) ,17% % Fonte: Planimetrias feita a partir da Área Afetada (cotas de reservatórios, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010) e do Mapa da Rede Hídrica (IGM e IBGE); Áreas de Desova, de Migração, Refúgio e Alimentação (compilação de informações apresentadas no Diagnóstico Socioambiental deste estudo, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010) e o Mapa de Uso do Solo da Área de Estudo (CNEC-ESIN-PROA, jan-2010). O mesmo ocorre com o impacto sobre os ecossistemas terrestres. A área de vegetação afetada pode ser vista do Quadro Dentre as unidades de conservação, o aproveitamento de Panambi 120,5 m inunda áreas somente do Parque Ruta Costera do rio Uruguay. Página: 227/680

119 Quadro Vegetação Afetada Vegetação (ha) Panambi 120,5 m Vegetação de Campos Afetada (ha) Vegetação de Florestas Afetada (ha) Total de Vegetação Nativa Afetada (ha) Total de Vegetação Nativa na Bacia (ha) Percentual de Vegetação Nativa Afetada (%) 0,15% Fonte: Planimetria feita a partir do Mapa de Uso do Solo da Área de Estudo (CNEC-ESIN-PROA, jan-2010) e Área Afetada (cotas de reservatórios, CNEC-ESIN-PROA, jan-2010). O aproveitamento Panambi, seja na cota 130,0 ou na cota 120,5 m, afetaria apenas as cidades de Alba Posse e Porto Mauá. Na cota mais baixa, a população urbana afetada é de cerca de 800 habitantes; a rural soma 3,2 mil habitantes. A Figura apresenta apresenta as áreas a serem afetadas em Porto Mauá na cota mais baixa. Figura Cidade de Porto Mauá (BRA) e Reservatório NA 120,5 m e faixa de 30 m Página: 228/680

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