Uma Chamada para a Ação: 10 medidas chave para conseguir mais pessoas a utilizar a bicicleta com maior frequência na Europa
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- Dalila Alcaide de Sintra
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1 Uma Chamada para a Ação: 10 medidas chave para conseguir mais pessoas a utilizar a com maior frequência na Europa Manifesto da ECF para as eleições para o Parlamento Europeu de Versão breve ECF gratefully acknowledges financial support from the European commission. Nevertheless the sole responsibility of this publication lies with the author. The European Union is not responsible for any use that may be made of the information contained therein.
2 Introdução Cerca de 250 milhões de europeus já utilizam a e queremos que esse número aumente. Este manifesto da ECF identifica 10 áreas chave em que a ECF recomenda uma ação decisiva nos próximos 5 anos. 1. Fundos da UE para projetos associados à Melhores condições para o uso da encorajarão mais pessoas a utilizar este meio e com maior frequência. A ECF acredita, por essa razão, que 10% de todos os orçamentos para transportes devem ser orientados para a utilização da. Na UE esta medida traduzir-se-ia em 6 bilhões de euros de investimentos em projetos relacionados com a no período Durante o anterior período financeiro da UE ( ) cerca de 600 milhões (i.e., 0,7% do co-financiamento da UE) foram destinados a infraestruturas para o uso da num total de milhões de euros de fundos para infraestruturas de transporte. 2. Apoio para a EuroVelo, a rede europeia de ciclovias A rede europeia EuroVelo é uma rede de percursos de de longa distância com 14 itinerários que ligam todo o continente. A EuroVelo é coordenada a nível europeu pela ECF uma rede de Centros de Coordenação Nacional EuroVelo que organiza a realização das rotas a nível nacional. Estas organizações trabalham em conjunto para completar a rede até A contribuição da Europa deve ser a afetação de fundos TEN-T para a construção de infraestruturas EuroVelo, fornecendo assistência técnica e financeira para a coordenação e promoção da rede a nível europeu. 3. Veículos motorizados mais seguros para peões e ciclistas Cerca de metade de todos os acidentes fatais em áreas urbanas envolvem peões e ciclistas. Dado que a velocidade excessiva e colisões com veículos a motor são as principais causas de morte, é urgente acionar medidas que melhorem a segurança neste campo. Para resolver o problema do excesso de velocidade, cada vez mais vilas e cidades introduziram limites de velociade de 30 km/h em muitas partes da sua rede viária. No entanto, este facto contradiz a Convenção de Viena sobre Tráfego Viário de 1968, em que a velocidade padrão em áreas urbanas europeias de grande densidade se encontra limitada a 50 km/h. A ECF considera que é chegada a altura para baixar a velocidade padrão para 30 km/h. Sistemas inteligentes de adaptação da velocidade (Inteligent Speed Assistance - ISA) têm provado ser uma ferramenta eficaz, e muito eficiente em termos de custo, para fazer cumprir os limites de velocidade. Nos veículos pesados a forma da cabina e a posição elevada do condutor resultam em grandes áreas de ângulos mortos em torno da cabina. Uma mudança na legislação europeia deve exigir aos fabricantes de veículos pesados o desenvolvimento de melhores projetos de cabine. 4. Uma igualdade entre o uso da e outros modos de transporte 1
3 O congestionamento do trânsito é um dos principais desafios para os sistemas de transportes da Europa, em particular durante as horas de ponta. Muitos regimes fiscais nacionais dão incentivos a modos de transporte insustentáveis, tornando a aquisição e uso de veículos de empresa muito atraente para os seus funcionários. Como resultado, os veículos das empresas são responsáveis por aproximadamente 50% de todas as vendas de carros novos na UE. A UE deve encorajar os estados membros a introduzirem novas medidas fiscais, ou a removerem barreiras existentes, a fim de incentivar o uso da nas deslocações casa-trabalho. 5. Melhor qualidade de ar na Europa A poluição do ar causou mais de mortes prematuras em % dos habitantes encontram-se expostos a um dos mais prejudiciais poluentes atmosféricos em níveis considerados prejudiciais para a saúde pela OMS. A ECF quer que a UE reforce os seus limites de qualidade de ar ambiente, alinhando a diretiva da qualidade do ar ambiente (AAQD) com as diretrizes da OMS. A fim de melhorar a qualidade do ar, o uso da deve ter prioridade sobre o transporte individual motorizado. Em ambiente urbano os veículos motorizados - de duas e três rodas, carros, camiões - têm igualmente de se tornar menos poluentes. 6. Tranportes e saúde: Os benefícios do uso da nas políticas de saúde e a sua dimensão na avaliação dos transportes Modo de transporte e saúde pública estão intrinsecamente ligados. A falta de atividade física representa um elevado risco de doenças ligadas ao estilo de vida e o factor que maior custos gera nos sistemas de saúde europeus. A mobilidade ativa pode reduzir significativamente esses custos porque a prevenção é muito mais barata do que o tratamento. Da mesma forma, a análise de custo-benefício na avaliação dos sistemas de transporte tem demostrado que o investimento no uso da proporciona uma relação custo benefício superior ao do investimento no transporte motorizado individual, principalmente devido aos benefícios de saúde do uso da. Como consequência, a UE deveria recomendar que os estados membros incluam os benefícios do uso da nas políticas de saúde e que integreem a dimensão da saúde na avaliação de sistemas de transporte. Se as infraestruturas de transporte são construídas com dinheiro da UE, a dimensão da saúde deve ser integrada. 7. O uso da totalmente integrado no sistema de transporte multi-modal O acesso à mobilidade, em detrimento da posse de um automóvel particular, irá tornar-se a solução padrão na economia de partilha do século XXI. O uso da deve ser um parceiro de pleno direito neste novo paradigma. Se a UE tenciona financiar o desenvolvimento de planeadores de viagens multi-modais, estes devem integrar informações sobre as redes para s, o acesso aos sistemas de partilha de s e o estacionamento para s. Da mesma forma, sistemas de partilha de s devem ser uma parte integral dos sistemas de bilhética integrada. Em viagens de comboio de longa distância, o transporte de s montadas deveria ser permitido em todos os serviços, alterando em conformidade o Regulamento CE 1371/2007 sobre os direitos dos passageiros e obrigações. 8. Estatísticas e recolha de dados sobre a utilização da 3/5
4 Dados é política e, mais importante, estes estão a ser usados para justificar as decisões sobre que investimentos em infraestrutura de transporte devem ser realizados. Enquanto alguns estados membros recolhem valiosa informação sobre o uso da a nível nacional, outros não. Como consequência, o Eurostat não publica quaisquer dados sobre o uso da. A fim de obter bons dados sobre o comportamento real dos utilizadores de, a ECF recomenda a Comissão a convocar grupos de peritos e de avaliação para chegar a um pacote de medidas para o uso da. Com base nas recomendações, a UE e os estados membros devem ser obrigados a recolher dados sobre o uso da. 9. Um plano global europeu para a promoção da O uso da relaciona-se com toda uma série de domínios das políticas europeias. Isto exige uma integração horizontal para superar a abordagem fragmentada atual pelas diferentes Direções-Gerais da Comissão Europeia. 11 estados membros da UE têm uma estratégia nacional atual sobre o uso da, definindo objetivos, ferramentas e resultados prováveis, enviando igualmente um forte sinal de alerta a todas as restantes autoridades, ao nível local e regional, da importância do uso da. A Comissão Europeia deve seguir o exemplo nacional e desenvolver e publicar um Plano Diretor Europeu para a promoção do uso da, com um horizonte o mais tardar até Um objetivo da UE de partilha de transporte modal até 2030 A UE fixou objetivos muito concretos em muitas questões políticas, inclusive sobre transporte e mobilidade urbana. Por exemplo, a Comissão pretende eliminar gradualmente a utilização de carros de propulsão convencional em cidades até 2050, e conseguir uma logística livre de CO2 nos grandes centros urbanos até Embora a ECF se congratule com estas metas para a mobilidade urbana, pensamos que é crucial acrescentar-lhe um objetivo de repartição modal como complemento significativo. Se os carros de propulsão convencional de hoje, nas cidades, forem simplesmente substituídos por veículos menos poluentes, por exemplo carros eléctricos, não vão existir ganhos resultantes da melhoria da qualidade do espaço público em áreas urbanas, da resolução da falta de estacionamento nos centros da cidade, ou do aumento da atividade física dos cidadãos da UE. Pelo menos 6 membros da UE fixaram metas específicas para o uso da. 1 Fundos da UE para projectos relacionados com a utilização da 2 Apoiar a EuroVelo, rede Europeia de percursos cicláveis 3 Veículos motorizados mais seguros para peões e ciclistas Durante o presente período financeiro da UE , 6 biliões de euros, i.e.,10% de todos os orçamentos de mobilidade deveriam ser alocados à utilização da. Completar a EuroVelo até 2020 e garantir financiamento do projeto TEN-T para esta rede; Assegurar financiamento e assistência técnica para a coordenação e promoção e comunicação da rede a um nível europeu. Recomendação aos estados membros para que 30km/h, em vez de 50km/h, seja a velocidade limite por padrão em zonas urbanas Equipar os veículos comerciais com um sistema Intelligent Speed Assistance (ISA) e todos os automóveis novos com, pelo menos, um alerta ISA; eventualmente, equipar todos os automóveis com um sistema ISA activo; 4/5
5 melhorar o desenho da cabine dos veículos pesados de mercadorias. 4 Colocar o modo em pé de igualdade com os outros modos de transporte Recomendamos veementemente que os estados membros tratem o modo em pé de igualdade com os outros modos de transporte, em termos de incentivos financeiros e outros apoios a modos de viagem casa trabalho; Permitir aos estados membros a adopção de taxas de IVA reduzidas nas vendas de s. 5 Melhor qualidade do ar na Europa Adoptar padrões de qualidade do ar mais exigentes, baseados nas linhas de orientação da Organização Mundial de Saúde; Melhorar a base de conhecimento de associações entre a repartição modal de transportes e a qualidade do ar, e analisar qual o contributo de investimentos em projectos de utilização da para a concretização desses padrões de qualidade do ar; Tornar os modos activos de mobilidade prioritários em relação aos modos de transporte motorizados individuais em vilas e cidades, e tornar os veículos motorizados o mais limpos possível; 6 Transporte e saúde: os benefícios de pedalar para a política de saúde pública e o impacto da saúde na avalização dos transportes A UE deveria recomendar que os estados membros integrem os benefícios de pedalar na política de saúde pública e introduzam o seu impacto na avaliação dos transportes Se a UE co-financia projectos de transportes, o impacto da saúde deveria ser considerado na avaliação dos transportes 7 O ciclismo totalmente integrado num sistema multi-modal de transportes 8 Estatísticas e recolha de dados sobre a utilização da 9 Plano global Europeu da utilização da Se a UE financiar planeadores de viagens multimodais e sistemas de bilhética integrada, o modo deve ser parte integrante do sistema; Nas viagens de longa distância de comboio nacionais e internacionais, o transporte de s completas (sem desmontagem) deveria ser permitido em todos os serviços Convocar grupos de peritos de avaliação no quadro do Horizonte 2020 para chegar a um pacote de medidas para a promoção do uso da. Com base nas recomendações do grupo de peritos, a UE e os seus membros deverão ser obrigados a recolher dados sobre o uso da A Comissão Europeia deve adoptar um Plano Diretor Europeu para a promoção da com um horizonte o mais tardar até Objectivo da UE de repartição modal A UE deve adotar uma meta ambiciosa para a distribuição modal - pelo menos para /5
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