Resíduos de Medicamentos
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- Irene Tavares Leal
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1 Política Nacional de Resíduos Sólidos Resíduos de Medicamentos Responsabilidade compartilhada
2 Apresentação institucional Vinculada ao Ministério da Saúde Treze anos de existência (Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999) Coordenação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS): Composto pelas Equipes de Vigilância Sanitária dos três níveis de governo: Federal, Estadual e Municipal
3 Áreas de atuação: Alimentos Cosméticos Saneantes Tabaco Serviços de saúde Medicamentos Produtos para saúde Laboratórios Toxicologia Sangue, tecidos e órgãos Vigilância Pós-Uso Propaganda Portos, aeroportos e fronteiras Internacional Coordenação SNVS
4 Resíduos de medicamentos O Brasil não dispõe atualmente de legislação específica para o gerenciamento de resíduos com a abrangência e alinhamento ao novo marco regulatório trazido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos; O assunto está atualmente abordado de forma fragmentada em normas distintas, para determinados setores da cadeia de produção farmacêutica: Portaria 802/1998, que instituiu o Sistema de Controle e Fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos; a RDC nº 306/2004 da ANVISA e Resolução nº 358/2005 do CONAMA, que regulamentam o gerenciamento e destinação final de resíduos de serviços de saúde; RDC nº 17/2010 da ANVISA, que trata das Boas Práticas de Fabricação de medicamentos; As normas atuais não tratam da responsabilidade compartilhada de cada ente da cadeia farmacêutica e não abordam os resíduos de medicamentos domiciliares;
5 AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA Resíduos de medicamentos Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº.44/2009 Dispões sobre Boas Práticas em Farmácias e Drogarias. Art. 93. Fica permitido às farmácias e drogarias participar de programa de coleta de medicamentos a serem descartados pela comunidade, com vistas a preservar a saúde pública e a qualidade do meio ambiente, considerando os princípios da biossegurança de empregar medidas técnicas, administrativas e normativas para prevenir acidentes, preservando a saúde pública e o meio ambiente. Parágrafo único. As condições técnicas e operacionais para coleta de medicamentos descartados devem atender ao disposto na legislação vigente.
6 ONDE SÃO DESCARTADOS OS MEDICAMENTOS VENCIDOS OU AS SOBRAS DE MEDICAMENTOS?
7 Descarte inadequado de medicamentos
8 Resíduos de Medicamentos Riscos do descarte inadequado de medicamentos Riscos à saúde de crianças ou pessoas carentes que possam reutilizá-los. Reuso indevido de sobras de medicamentos - reações adversas graves, intoxicações, entre outros problemas. Sistema Nacional de Informações Tóxico- Farmacológicas - Sinitox: medicamentos ocupam primeiro lugar entre os agentes causadores de intoxicações desde 1996 ( / 27%) Agressão ao meio ambiente - contaminação da água, do solo e de animais.
9 USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS Há uso racional de medicamentos, de acordo com a OMS, quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade (OMS, Conferência Mundial sobre Uso Racional de Medicamentos, Nairobi, 1985) Não geração / Redução de Resíduos de Medicamentos
10 Resíduos de Medicamentos Por que sobram medicamentos? Dispensação de medicamentos além da quantidade exata para o tratamento do paciente (apresentações não condizentes com a duração do tratamento). Não implantação do fracionamento de medicamentos pela cadeia farmacêutica. Interrupção ou mudança de tratamento. Distribuição aleatória de amostras-grátis. Gerenciamento inadequado de estoques de medicamentos pelas empresas e estabelecimentos de saúde. Carência de informação da população relacionada à promoção, prevenção e cuidados básicos com sua saúde.
11 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS S LEI DE 02/08/2010 REÚNE: Princípios, Objetivos, Instrumentos, Diretrizes, Metas e Ações A A serem adotados pela União isoladamente ou em parceria com Estados, Distrito Federal, Municípios e Particulares VISANDO
12 HIERARQUIA DAS AÇÕES NO MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (ART. 9º) D e s t i n a ç ã o F i n a l
13 Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei DE 2/8/2010/10 UMA MUDANÇA CULTURAL E ABRANGENTE EM GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Responsabilidade Compartilhada Logística Reversa Acordos Setoriais Política Nacional de Resíduos SólidosS
14 Implantação da logística reversa Aspectos legais da logística reversa e do acordo setorial DECRETO Nº 7.404, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010 Regulamenta a Lei n o , de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências Art. 13. A LOGÍSTICA REVERSA é o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
15 CADEIAS DE PRODUTOS COM OBRIGATORIEDADE DE IMPLEMENTAR A LOGÍSTICA REVERSA (ART. 33) Pilhas e baterias Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens Produtos eletroeletrônicos e seus componentes Pneus
16 POLÍTICA PRINCIPAIS NACIONAL DELIBERAÇÕES RESÍDUOS SÓLIDOS Lei nº de 2/8/2010 e Decreto nº 7404 de 23/12/2010 OUTROS PRODUTOS QUE PODEM SER SUJEITOS À LOGÍSTICA REVERSA (LEI ART. 33) Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: (...) 1 o Na forma do disposto em regulamento ou em acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial, os sistemas previstos no caput serão estendidos a produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens, considerando, prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados.
17 Criação de Grupos de Trabalho Temáticos GTT Elaborar proposta de modelagem de L.R e subsídios para elaboração de Edital para Acordo Setorial, com o propósito de subsidiar o GTA do Comitê Orientador quanto ao tema. 1 Resíduos de Medicamentos - Coordenação: Anvisa 2 Embalagens em Geral Coordenação: MMA 3 Óleo Lubrificante, seus Resíduos e Embalagens Coordenação: MAPA 4 Lâmpadas Fluorescentes, de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista Coordenação: MMA 5 Eletroeletrônico - Coordenação: MDIC
18 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Lei nº de 2/8/2010 e Decreto nº 7404 de 23/12/2010 Objetivo do GTT de Medicamentos Objetivo do GTT de Medicamentos Objetivo do GTT de Medicamentos Elaborar proposta de logística reversa de medicamentos - Estudo de viabilidade técnica e econômica - Edital de Chamamento para o Acordo Setorial
19 Entidades representadas no GTT Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental - CGVAM/MS - ANVISA/MS Departamento de Assistência Farmacêutica - DAF/MS IBAMA/MMA Secretário Nacional de Saneamento Ambiental Ministério das Cidades Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde CONASS Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde CONASEMS Frente Nacional de Prefeitos - FNP Conselho Federal de Farmácia CFF Conselho Federal de Química CFQ Conselho Federal de Medicina- CFM Fórum Nacional de Entidades Civis de Defesa do Consumidor FNECDC Associação Brasileira das Farmácias Magistrais -ANFARMAG Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos - SINDUSFARMA Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico - ABCFARMA Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias - ABRAFARMA Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico ABAFARMA Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais - ABRADILAN Federação Brasileira das Redes Associativas de Farmácias - FEBRAFAR Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos - ABETRE Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública ABLP Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais - ABRELPE Associação Brasileira das Indústrias de Químicas Finas, Biotecnologias e suas Especialidades - ABIFINA
20 Entidades representadas no GTT Associação Brasileira dos Supermercados- ABRAS Associação Laboratórios Farmacêuticos Nacionais- ALANAC Associação Brasileira dos Rev. e Import. de Insumos Farmacêuticos - ABRIFAR Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil - ALFOB Federação Nacional dos Farmacêuticos - FENAFAR Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo - CNC Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor- DPDC/MJ Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa- INTERFARMA Federação Brasileira de Hospitais - FBH Associação Brasileira de Agências de Publicidade - ABAP Conselho Federal de Enfermagem - COFEN Conselho Federal de Odontologia - CFO Conselho Federal de Medicina Veterinária - CFMV Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde - SBRAFH Confederação Nacional do Transporte - CNT Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística - NTC Associação Nacional dos Farmacêuticos Atuantes em Logística - ANFARLOG Associação Brasileira de Entidades Estaduais do Meio Ambiente - ABEMA Associação Brasileira dos Centros de Informação e Assistência Toxicológica - ABRACIT Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -MAPA Associação Brasileira de Embalagens - ABRE Confederação Nacional dos Municípios - CNM Associação Brasileira de Municípios ANM TOTAL: 46 ENTIDADES
21 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Lei nº de 2/8/2010 e Decreto nº 7404 de 23/12/2010 Objetivo do GTT de Medicamentos Objetivo do GTT de Medicamentos Resumo das atividades do GTT de Medicamentos Realização do 1º Painel de descarte (abril/2011) Instalação e formalização do grupo aprovado pelo CORI (maio/2011) Levantamento de dados setoriais (inventário preliminar) Mapeamento de experiências nacionais e internacionais
22 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Lei nº de 2/8/2010 e Decreto nº 7404 de 23/12/2010 Objetivo do GTT de Medicamentos Objetivo do GTT de Medicamentos Atividades do GTT de Medicamentos Realização do 2º Painel de descarte (out/2011) Estudo de viabilidade técnica e econômica (Dez/2012) Elaboração do Edital do Acordo Setorial e Consulta Pública (Mar/2013) Realização de experiências nos estados para levantamento de dados, processo e custos operacionais, para subsidiar a construção da proposta de acordo setorial
23 Campanha de doação de medicamentos vencidos Brotas/SP INCORRETO Experiências Nacionais de Descarte de Medicamentos Produtos do GTT Medicamentos Campanha realizada pela Unimed Alto Uruguai/RS INCORRETO Link: Link:
24 Campanhas Internacionais de Descarte de Medicamentos França: Programa Cyclamed Pontos de coleta: a farmácia. Para encorajar a população a retornar medicamentos não utilizados e fora da validade para as farmácias são utilizados: Campanhas na TV; Rádio; Pôsteres; livretos explicando a importância da Cyclamed são distribuídos nos consultórios médicos. Aproximadamente 77% dos franceses estão retornando seus medicamentos não utilizados para as farmácias
25 Campanhas Internacionais de Descarte de Medicamentos Portugal: Valormed Pontos de coleta: as farmácias. Meios de comunicação usados para incentivar a população: notícias, newsletters, filme institucional, spots TV, spots rádio, outdoors, imprensa, ações de sensibilização. 98,5% de farmácias participam. Há o retorno de aproximadamente 300 milhões de medicamentos por ano
26 Campanhas Internacionais de Descarte de Medicamentos Suécia: Apoteket AB Pontos de coleta: farmácias, clínicas, consultórios de dentistas, hospitais e produtos veterinários de fazendeiros. As farmácias disponibilizam sacos plásticos transparentes para descarte dos medicamentos. Lançamento da campanha em 2006: Nós precisamos da sua ajuda : folders contendo informação sobre como os medicamentos podem afetar o ambiente e soluções simples foram distribuídos para o público em geral e para as farmácias. Soluções incluídas: 1. Não compre mais medicamentos do que você precisa; 2. Armazene seus medicamentos num local seguro; 3. Retorne os medicamentos não utilizados para a farmácia. O programa coleta em torno de 65 a 75% dos medicamentos não utilizados.
27 Campanhas Internacionais de Descarte de Medicamentos Canadá: Post-Consumer Pharmaceutical Association (PCPSA) A autoridade regulatória das farmácias de cada província tem a autoridade para preparar seu próprio guia para a disposição dos medicamentos retornados pelos consumidores. Nas províncias e territórios canadenses existem vários programas municipais e comunitários. Os programas são divulgados com folhetos, pôsteres e websites.
28 Campanhas Internacionais de Descarte de Medicamentos Estados Unidos A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos desenvolveu um site para aumentar o entendimento sobre os possíveis danos para o ambiente dos químicos encontrados em medicamentos, cosméticos, perfumes e outros produtos de higiene Estado de Maine: Programa de Disposição Segura de Medicamentos, financiado pela EPA dos Estados Unidos, coleta pelo correio os medicamentos não utilizados. O correio envia o envelope para o Food and Drug Administration (FDA) para disposição segura. Estado de Washington: Programa Secure Medicine Return, financiado pelas indústrias farmacêuticas, as quais disponibilizam caixas coletoras, com dupla chave de segurança, nas farmácias e clínicas para os consumidores retornarem seus medicamentos para disposição segura por incineração.
29 Espanha: SIGRE Campanhas Internacionais de Descarte de Medicamentos As farmácias possuem recipientes de coleta onde os consumidores retornam os medicamentos e suas embalagens. São incluídos logos nos medicamentos para informar aos consumidores que eles podem retornar seus produtos para a farmácia. Os logos aparecem em aproximadamente 1,3 bilhões de recipientes por ano. Os canais de comunicação do SIGRE incluem um boletim que mantém as empresas farmacêuticas, órgãos governamentais e numerosos outros grupos informados sobre o progresso e resultados. Site na Internet. SIGRE Video Corporativo.mp4
30 OBRIGADO! Simone Ribas Núcleo de Regulação e Boas Práticas Regulatórias Nureg Diretoria Jaime César de Oliveira Moura nureg@anvisa.gov.br
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