Relatório Parcial Produto 1 Avaliação da pesca:alto Xingu

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1 Fundo Para o Meio Ambiente Mundial Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E MUDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA Subprojeto II.1 Investigação dirigida sobre a compreensão da base de recursos naturais da bacia do Rio Amazonas Atividade II.1.1 Melhorar o conhecimento dos ecossistemas aquáticos amazônicos Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino Relatório Parcial Produto 1 Avaliação da pesca:alto Xingu Brasília, Brasil 1

2 PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E A MUDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA Atividade II.1.1 Melhorar o conhecimento dos ecossistemas aquáticos amazônicos Relatório Parcial Produto 1 Avaliação da pesca: Alto Xingu Coordenador dos Componentes Cleber J. R. Alho Coordenação da Atividade Norbert Fenzl Consultor Pedro De Podestà Uchôa de Aquino Maio/2013 2

3 AVALIAÇÃO DA PESCA: ALTO XINGU RESUMO EXECUTIVO Este componente do estudo relativo às atividades II.1.1 (Melhorar o conhecimento dos ecossistemas aquáticos amazônicos) do Projeto GEF-Amazonas visa analisar os aspectos socioeconômicos dos pescadores e povos ribeirinhos na região das cabeceiras do Rio Xingu, bem como, as ameaças ambientais aos ecossistemas aquáticos e conflitos relacionados à pesca. Apenas uma pequena parcela das espécies de peixes da bacia do Rio Amazonas é explorada comercialmente pela atividade pesqueira. De maneira geral, essas espécies de maior importância para o pescado possuem maior porte e ampla distribuição na bacia Amazônica. Entre elas destacam-se o tambaqui, o jaraqui, o matrinxã, o curimatã, o pacu e o tucunaré. Algumas dessas espécies já mostram sinais se sobrepesca em virtude dessa preferência nas capturas. No entanto, outras atividades humanas como o desmatamento das matas ciliares, pecuária em áreas de várzea e barramentos para construção de hidrelétricas contribuem para aceleração da diminuição dos estoques pesqueiros. Desta forma, conhecer os diferentes atores sociais envolvidos na atividade pesqueira é fundamental para se realizar uma gestão que viabilize o uso dos recursos naturais de forma equitativa e responsável. Há várias formas de se classificar as modalidade de pesca, uma vez que diferentes critérios; como o número e profissionalização das pessoas envolvidas, a abrangência geográfica da pesca e sua operacionalização e o mercado a que se destina o pescado; podem ser adotados. De maneira geral, a pesca na bacia do Rio Amazonas pode ser classificada em três grandes categorias: pesca artesanal, pesca industrial e pesca amadora. A pesca artesanal caracteriza-se pela pouca organização e produtividade bastante variável ao longo do ano. É empregada tanto para subsistência quanto para fins comerciais. Essa modalidade de pesca é realizada ao longo de toda a bacia do Rio Amazonas. Os pescadores empenhados nessa modalidade geralmente residem próximos aos rios e regiões alagadas, locais utilizados nas pescarias. A pesca industrial caracteriza-se pela maior organização das relações de trabalho, o qual os pescadores possuem vínculo empregatício com os responsáveis pelas embarcações. A foz do Rio Amazonas é a principal região que essa modalidade é empregada. Os peixes capturados destinam-se às grandes industrias e centros de distribuição de alimentos. A pesca amadora não caracteriza-se pela renda oriunda do pescado, mas sim pelo seu caráter de lazer. A renda gerada por essa modalidade relaciona-se aos serviços direcionados ao turismo pesqueiro, como o transporte aos pontos de pesca e o aluguel de hospedagens e embarcações. Os ecossistemas límnicos estão sofrendo rápidas e profundas transformações. As atividades humanas vêm contribuindo fortemente com essas transformações. Destruição de florestas (principalmente da vegetação ripária), construção de barragens, uso descontrolado de pesticidas e fertilizantes, introdução de espécies exóticas, entre outros, são interferências antrópicas sobre os ambientes aquáticos que ocasionam modificações na estrutura e nos processos desses ecossistemas. Essas modificações agem de forma diferenciada na capacidade de sobrevivência das diferentes populações de peixes. A bacia do Rio Xingu está completamente compreendida em terras brasileiras, correspondendo a um dos afluentes da margem direita do Rio Amazonas. Suas nascentes estão no estado brasileiro 3

4 do Mato Grosso e compartilham divisores de águas com as ecorregiões do Tocantins-Araguaia, do Tapajos-Juruena e do Paraguai. A bacia tem extensão de 463,77 Km 2 e suas nascentes localizam-se em terras altas do Escudo Brasileiro. Para bacia do Rio Xingu são catalogados 142 espécies de peixes das quais 36 são endêmicas. As principais modalidades de pesca observadas ao longo da bacia do Alto Rio Xingu foram a pesca artesanal e a pesca amadora. A pesca artesanal é desempenhada por pessoas que moram nas cidades próximas aos rios e por ribeirinhos. Os principais apetrechos de pesca utilizados nas pescarias são anzóis de barrando (ou pinda) e varas com molinetes. Geralmente o transporte e as pescarias são realizadas em pequenas embarcações, com motores de pequena potencia. É interessante perceber que alguns dos pescadores profissionais, que utilizavam a pesca artesanal para seu sustento, passaram a ser incorporados aos serviços relacionados à pesca amadora. Pelo conhecimento da geomorfologia dos rios e da biologia e ecologia das diferentes espécies de peixes, esses pescadores são os principais guias para a prática da pesca amadora. Os apreciadores da pesca amadora em águas de interiores buscam locais pristinos para a prática dessa atividade. Essas regiões possuem comunidades nativas de peixes e exemplares de grande porte, os quais são mais apreciados durante as pescarias. A bacia Amazônica possui grande potencial para o desenvolvimento dessa modalidade de pesca por apresentar uma grande malha hídrica, em sua maioria, ainda preservada. A região do Alto Rio Xingu encontra-se no limite da fronteira agrícola no estado brasileiro do Mato Grosso. A chegada da agricultura promove grandes alterações ao ambiente natural e muitas delas relacionadas aos mananciais hídricos. A partir de relatos de moradores, que vivem nessa região a pelo menos 20 anos, é possível perceber a influência da ocupação humana e crescimento do desmatamento sobre os estoques pesqueiros. Ao longo dos trechos visitados foi possível visualizar a descaracterização dos ambientes naturais e crescimento da agricultura e pecuária. Foi comum também o relato por pescadores profissionais que a concentração de algumas espécies de interesse comercial ocorre principalmente em trechos no limite com o Parque Indígena do Xingu, região bastante preservada. Muito provavelmente, os estoques pesqueiros dentro dessa reserva são mantidos pela integridade de suas matas. Outra tipo de alteração ambiental que causa grandes impactos nos estoques pesqueiros é a construção de hidrelétricas. Além do desmatamento e alagamento de áreas de vegetação nativa, os barramentos para construção dos reservatórios alteram a ecologia desses trechos de rios. Durante os períodos migratórios de algumas espécies há concentração dos cardumes a jusante dos barramentos. Essa maior disponibilidade e facilidade de captura, atrai pescadores que acabam pescando muitos exemplares chegando a extinguir localmente algumas espécies. O impacto gerado pela pesca é mais significativo quando direcionado aos juvenis e quando a pressão de pesca é crescente e sem regulamentação. Apesar de menos expressivo há também impactos gerados pela pesca amadora. Além das restrições impostas por leis quanto a quantidade e tamanho mínimo dos peixes, dos praticantes da pesca amadora soltar os exemplares que são capturados; a prática do turismo sem responsabilidade ambiental pode contribuir não apenas para a redução direta de estoques pesqueiros como também poluir os mananciais hídricos. 4

5 LISTA DE FIGURAS Figura 1. a) Bacia do Rio Xingu um dos afluentes da margem esquerda do Rio Amazonas; b) Localização das cabeceiras da bacia do Rio Xingu na transição dos biomas Cerrado e Amazônia; e c) Trechos de rios percorridos durante a expedição de campo às cabeceiras do Rio Xingu. LISTA DE FOTOS Foto 1. Trecho do Alto Rio Xingu com suas matas ciliares preservadas. Foto 2. Desmatamento da mata ciliar e agricultura alcançando a margem do Rio Culuene. Foto 3. Plantação de soja alcançando na margem do Rio Culuene. Foto 4. Desmatamento da mata ciliar e pecuária alcançando a margem do Rio Xingu. Foto 5. Pecuária alcançando a margem do Rio Culuene. Foto 6. Instalações voltadas ao turismo ambiental e à pesca amadora. Foto 7. Embarcações utilizadas na pesca amadora no Alto Xingu. Foto 8. Pesca amadora sendo realizada no Rio Sete de Setembro. LISTA DE TABELAS Tabela 1. Tamanhos mínimos das espécies de peixes a serem capturadas na bacia Amazônica de acordo com o anexo II da Lei do estado do Mato Grosso n 9.895, de 07 de março de

6 INTRODUÇÃO Bacia do Rio Amazonas A região Neotropical apresenta a maior riqueza de espécies de peixes de água doce do mundo e a bacia do Rio Amazonas aparece como a maior contribuinte dessa diversidade. A grande dimensão da Bacia Amazônica (7,05 milhões Km²) e heterogeneidade ambiental são fatores que viabilizam e garantem uma alta diversidade biológica. O atual curso do Rio Amazonas, nascendo a oeste e desaguando no oceano Atlântico a leste, é resultado de processos geomorfológicos relacionados ao soerguimento dos Andes durante o Mioceno (23 a 5 milhões de anos atrás). São quatro as principais estruturas geológicas que moldam a Bacia Amazônica: Cordilheira dos Andes, Escudo Cristalino das Guianas, Escudo Cristalino do Brasil e bacia sedimentar. Essas formações geológicas interferem na composição química das águas e, consequentemente, na composição e produção dos peixes. As águas dos rios amazônicos, seguindo as origens geológicas de cada região, são classificadas em: claras, brancas e pretas. Os rios de águas brancas (p. ex., Juruá, Purus e Madeira) são aqueles localizados na porção oeste amazônica sob influência da Cordilheira dos Andes. As águas desses rios são alcalinas, transportam grande quantidade de sedimentos (elevada turbidez) e apresentam altos níveis de Ca, Mg, Na e Cl. Já os rios de águas claras (p. ex., Trombetas, Tapajós, Jarí, Xingu e Tocantins) localizam-se nos Escudos Cristalinos das Guianas e Brasileiro e suas águas drenam regiões com concentrações de silício. Por fim os rios de águas pretas (p. ex., Negro) drenam regiões de solos encharcados com enriquecimento de sílica, altas concentrações de Fe, Al e H e baixas de ânions. Ao longo da bacia do Rio Amazonas é possível identificar uma grande variedade de ambientes que irão abrigar diferenciada composição de espécies. Ao longo de um gradiente longitudinal, das cabeceiras à foz do Amazonas, é possível observar aumento na temperatura, volume, sedimentos e nutrientes; e decréscimo na velocidade das águas. Ao longo desse gradiente é possível também observar incremento no número de espécies e abundância dos peixes. O ponto mais alto da bacia do Rio Amazonas se localiza no Peru (montanha Yerupajá, m) e as águas que nascem nessas altitudes formam cursos encaixados e encachoeirados. As bordas da bacia, a norte e a sul, também apresentam maiores altitudes e, da mesma forma, é comum observar a formação de cachoeiras ao longo dos cursos d água. Com a proximidade do leiro principal do Rio Amazonas os rios se tornam mais caudalosos e em suas margens, durante os períodos chuvosos, extensas áreas são alagadas. Ao longo dessa planície inundada é comum a formação de lagos que podem ou não se conectar a calho do rio principal. Esse mosaico de ambientes límnicos interagem e contribuem para o estabelecimento da rica fauna aquática amazônica. Pesca na bacia do Rio Amazonas Os peixes são a principal fonte de proteína para grande parte da população na bacia do Rio Amazonas, ultrapassando 400 g de peixe por pessoa ao dia. Dados históricos relatam o consumo do pescado nessa bacia ocorrendo desde a pré-história (3.000 e a.c.). Atualmente, a pesca é uma das atividades mais tradicionais para a região. 6

7 A pesca é também uma das principais atividades socioeconômicas da bacia do Rio Amazonas. Sendo fonte de alimento e renda, emprego e lazer, para um grande número de pessoas. Estimativas demonstram que a produção pesqueira da bacia Amazônica chegue a toneladas ao ano. No Brasil, por exemplo, os estados que mais contribuem para esse valor são o Amazonas ( t em 2010) e o Pará ( t em 2010) (Ministério da Pesca e Aquicultura, 2010). Os altos valores da produção pesqueira nesses estados podem ser explicados pelo grande porte dos cursos hídricos que drenam seus territórios. No entanto, apesar de apresentarem cursos d água com menores dimensões e menores estoques pesqueiros, as nascentes de rios que irão desaguar na calha principal do Rio Amazonas, contribuírem para a manutenção de populações de peixes, principalmente populações de peixes migradores. A preservação das regiões de cabeceiras, locais utilizados para a reprodução, alimentação e berçário de algumas espécies de peixes, é indispensável para a sustentabilidade da pesca. Apenas uma pequena parcela das espécies de peixes da bacia do Rio Amazonas é explorada comercialmente pela atividade pesqueira. De maneira geral, essas espécies de maior importância para o pescado possuem maior porte e ampla distribuição na bacia Amazônica. Entre elas destacam-se o tambaqui (Colossoma macropomum), o jaraqui (Semaprochilodus spp.), o matrinxã (Brycon amazonicus), o curimatã (Prochilodus nigricans), o pacu (Mylossoma spp., Myleus spp. e Metynnis spp.) e o tucunaré (Cichla spp.). Algumas dessas espécies já mostram sinais se sobrepesca em virtude dessa preferência nas capturas. No entanto, outras atividades humanas como o desmatamento das matas ciliares, pecuária em áreas de várzea e barramentos para construção de hidrelétricas, contribuem para aceleração da diminuição dos estoques pesqueiros. Desta forma, conhecer os diferentes atores sociais envolvidos na atividade pesqueira é fundamental para se realizar uma gestão que viabilize o uso dos recursos naturais de forma equitativa e responsável. Histórico da pesca na bacia do Rio Amazonas Antes da década de Os primórdios da pesca na bacia amazônica caracterizava-se como de subsistência e a captura do pescado era realizada exclusivamente de forma artesanal. Os principais apetrechos de pesca eram o anzol, arpões, currais e arco e flechas. A pesca mostravase como uma atividade complementar integrada às demais atividades da economia familiar. O aumento da demando pelos recursos pesqueiros, em decorrência do aumento na ocupação humana na região amazônica, fez com que houvesse um maior desenvolvimento do setor pesqueiro a partir da década de Nesse período, os dispositivos legais que regulamentavam a pesca restringiam apenas a utilização de venenos, tapagens e currais como metodologia de captura do pescado. Entre 1960 e A intensificação na ocupação da Amazônia, com vistas ao desenvolvimento econômico dessa região, criou um novo cenário na exploração dos recursos naturais. Incentivos, como benefícios fiscais, favoreceram a estruturação da indústria pesqueira e com isso aumento na produção pesqueira. Nesse mesmo período, a utilização de novos métodos de captura, como o náilon monofilamento nas redes de emalhar e embarcações a motor, tornaram a pesca uma consolidada atividade comercial. Surge nesse momento a profissionalização do pescador. Esse modelo de crescimento 7

8 econômico com novas práticas pesqueiras agravaram os conflitos e desigualdades entre grupos com diferentes capacidades de exploração dos recursos naturais. A falta de um correto planejamento fez com que os recursos naturais rapidamente mostrassem sinais de esgotamento. Estoques tradicionais de peixes começaram a apresentar significativas quedas de captura. Entre as espécies que melhor representam esse período destacam-se o pirarucu (Arapaima gigas) e o tambaqui (Colossoma macropomum), que tiveram os desembarques reduzidos de forma drástica. Em decorrência desse cenário de esgotamento dos estoques, fez-se necessário maior controle regulatório sobre os apetrechos, locais e períodos de pesca, além da quantidade e tamanho do pescado. Após O crescente aumento demográfico, juntamente com as pressões sobre os recursos naturais, suscitaram a discussão sobre a real vocação da Amazônia. Em 1989, no Brasil, é criado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) e têm-se um mudança de mentalidade quanto ao uso dos recursos naturais e o desenvolvimento econômico. Nesse contexto, para evitar o colapso da pesca fez-se necessário uma visão integrada entre os diversos setores e atores sociais com vistas ao uso sustentável do recurso pesqueiro. Surgem novas atividades econômicas relacionadas à exploração do pescado: ecoturismo e pesca esportiva. Iniciativas que buscam a integração do uso sustentável dos recursos, desenvolvimento da economia e justiça social caracterizam a utilização dos recursos pesqueiros nesse período. Modalidades de pesca Há várias formas de se classificar as modalidade de pesca, uma vez que diferentes critérios, como o número e profissionalização das pessoas envolvidas, a abrangência geográfica da pesca e sua operacionalização e o mercado a que se destina o pescado, podem ser adotados. De maneira geral, a pesca na bacia do Rio Amazonas pode ser classificada em três grandes categorias: pesca artesanal, pesca industrial e pesca amadora. Pesca artesanal. A pesca artesanal caracteriza-se pela pouca organização e produtividade bastante variável ao longo do ano. É empregada tanto para subsistência quanto para fins comerciais. Essa modalidade de pesca é exercida de forma autônoma ou em regime de economia familiar, com recursos do próprio pescador ou adquiridos a partir de parcerias. A pesca é realizada desembarcada ou em embarcações de pequeno porte. A pesca artesanal é realizada ao longo de toda a bacia do Rio Amazonas. Os pescadores empenhados nessa modalidade de pesca geralmente residem próximos aos rios e regiões alagadas, locais utilizados nas pescarias. De maneira geral, são poucas as espécies de peixes capturadas nas pescarias quando comparada a diversidade de peixes amazônicos. No entanto, é possível observar uma maior variedade de espécies consumidas pela pesca artesanal quando comparada com o pesca industrial. Os peixes capturados ora são consumidos pelos próprios pescadores, ora vendidos a outros pescadores, com maiores estruturas, ou diretamente nas cidades em mercados e feiras. Alguns pescadores exercem outras atividades econômicas, como a prestação de serviços e a agricultura, como forma de complementar a renda familiar. Locais onde são encontradas as diferentes espécies de peixes, o regime sazonal da distribuição do pescado e as técnicas empregadas na arte da pesca são informações passadas entre as 8

9 gerações. O conhecimento necessário para desempenhar essa modalidade de pesca é transmitido de pai para filho ou por pessoas com mais experiência dentro das comunidades. Muitas vezes a falta de organização gera perdas desnecessárias de alimento e baixa qualidade do pescado. No Brasil, em 2011, dos pescadores registrado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, eram dedicados à pesca artesanal, sendo responsáveis por 45% da produção do pescado no Brasil (dados obtidos no site do Ministério da Pesca e Aquicultura, Esses pescadores encontravam-se organizados em 760 associações, 137 sindicatos e 47 cooperativas. Pesca industrial. Essa modalidade de pesca caracteriza-se pela maior organização das relações de trabalho, possuindo os pescadores vínculo empregatício com os responsáveis pelas embarcações (seja pessoa física ou jurídica). A foz do Rio Amazonas é a principal região onde essa modalidade é empregada. Os peixes capturados destinam-se às grandes industrias e centros de distribuição de alimentos. As embarcações utilizadas são de médio e grande porte e em menor número, quando comparado à pesca artesanal. Os apetrechos utilizados na pesca são parecidos aos utilizados na pesca artesanal, no entanto, mais números e apresentam maiores tamanhos. Essas características tornam as capturas dos peixes mais eficiente e essa maior efetividade nas capturas contrasta-se com a má gestão e ordenamento. Um esforço excessivo de pesca pode impedir a capacidade de recuperação dos estoques pesqueiros. Nessa modalidade de pesca um menor número de espécies são destinadas aos mercados, destacando-se a piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii), o pargo (Lutjanus griseus) e as pescadas (Plagioscion spp.). Pesca amadora, recreativa ou esportiva. A pesca amadora não caracteriza-se pela renda oriunda do pescado, mas sim pelo seu caráter de lazer. A renda gerada por essa modalidade relaciona-se aos serviços direcionados ao turismo pesqueiro, como o transporte aos pontos de pesca e o aluguel de hospedagens e embarcações. Os praticantes dessa modalidade utilizam principalmente varas de pesca, com carreteis e anzóis bastante direcionados às espécies de peixes a serem capturadas. Os praticantes da pesca amadora geralmente capturam alguns exemplares para o próprio consumo mas também costumam soltar os exemplares. Esse tipo de prática seria uma alternativa sustentável para o desenvolvimento da pesca, uma vez que poderia coexistir com as demais modalidades não causando grandes reduções às populações naturais. A bacia do Rio Amazonas possui um grande potencial para aumento dessa modalidade, uma vez que, além de possuir grande quantidade de rios a serem explorados, possui uma grande diversidade de peixes. Os peixes esportivos mais comuns na bacia do Rio Amazonas são: os tucunarés (Cichla spp.), a cachorra (Hydrolycus scomberoides), as bicudas (Boulengerella spp.), as matrinxãs (Brycon spp.), os apapás (Pellona spp.), o tambaqui (Colossoma macropomum), a piraíba ou filhote (Brachyplatystoma filamentosum), o surubim (Pseudoplatystoma fasciatum), o caparari (Pseudoplatystoma tigrinum), os pacus (Mylossoma spp. e Myleus spp.), as piranhas (Pygocentrus nattereri e Serrasalmus rhombeus), o jaú (Zungaro zungaro), a pirarara (Phractocephalus hemioliopterus) e o trairão (Hoplias lacerdae). Essas espécies encontram-se distribuídas em praticamente toda a bacia do Rio Amazonas, sendo os principais rios destino dos pescadores amadores o Negro, o Uatumã, o Madeira, o Guaporé, o Xingu, o Araguaia, o Tocantins, o Nhamundá, o Trombetas, o São Benedito, o Roosevelt, o Tapajós e o Rio Branco. 9

10 Algumas espécies de peixe tornam-se mais emblemáticas na pesca amadora, como os tucunarés, sendo retratadas em muitas propagandas veiculadas na mídia nacional e internacional. Impactos sobre os ecossistemas límnicos A carência de informações sobre a biologia e ecologia das espécies de peixes e a falta de estudos nos ecossistemas naturais, que poderiam ser usados como referências, dificultam a análise da integridade dos ecossistemas. No entanto, a estruturação da comunidade íctica, sua composição e integridade subsidiam a determinação do grau de conservação desses ecossistemas aquáticos. Algumas espécies de peixes ao ocuparem o topo das cadeias tróficas em relação a outros indicadores de qualidade de água (p.ex. diatomáceas e invertebrados bentônicos) favorecem uma visão integrada do ambiente aquático. Sendo assim, o estudo da composição e ecologia das comunidades ícticas apresenta-se como ferramenta para análise da integridade dos ecossistemas. A presença de organismos sensíveis a alterações antrópicas é uma condição frequentemente observada em ambientes considerados menos alterados (Karr, 1981). Os riachos com boas condições de integridade possuem espécies de peixes nativas de várias classes de tamanho e uma estrutura trófica balanceada. Já em ambientes impactados é observada uma redução no número de espécies indígenas a qual passam a ser substituídas por espécies exóticas invasoras. Os ecossistemas límnicos estão sofrendo rápidas e profundas transformações. As atividades humanas vêm contribuindo fortemente com essas transformações. Destruição de florestas (principalmente da vegetação ripária), construção de barragens, uso descontrolado de pesticidas e fertilizantes, introdução de espécies exóticas, entre outros, são interferências antrópicas sobre os ambientes aquáticos que ocasionam modificações na estrutura e nos processos desses ecossistemas. Essas modificações agem de forma diferenciada na capacidade de sobrevivência das diferentes populações de peixes. A perda de hábitat caracteriza como o principal tipo de impacto que gera perda de diversidade. Nos ecossistemas aquáticos essa alteração ocorre quando há perda das características naturais do curso d água. Como, por exemplo, a descaracterização da mata de galeria, a qual sendo suprimida, contribui para o assoreamento dos rios e reduz a quantidade de alimento (material alóctone) e abrigo para as espécies aquáticas. Plantações ao longo dos cursos d água, além de suprimirem as matas nativas, recebem constantes aplicações de pesticidas e adubos o qual podem ser carreados para os rios e serem incorporados às espécies aquáticas ao longo das cadeias tróficas. O barramento dos cursos principais dos rios, com a construção da barragem para a geração de eletricidade, captação de água e irrigação, transforma drasticamente o ambiente e os processos ecológicos na região. Essa alteração no fluxo natural dos ambientes lóticos, se tornando agora lênticos, ocasiona mudanças no nível e velocidade das águas alterando consideravelmente a estrutura das comunidades de peixes. Esses barramentos podem também isolar populações impossibilitando o fluxo gênico. Fato este agravado, principalmente, quando os deslocamentos de espécies de peixes migratórias ficam comprometidos. A espécie passa a não finalizar seu ciclo reprodutivo de vida e, com isso, podem se tornar extinta regionalmente. A não manutenção da vazão mínima a jusante desses barramentos também altera o ciclo natural das águas que acompanha a sazonalidade das chuvas. 10

11 Tida como a segunda maior causa de perda de diversidade, a introdução de espécies exóticas traz consequências inesperadas ao ambiente natural. Principalmente espécies predadoras são a causa desse desequilíbrio. Em consequência da diminuição das espécies nativas e aumento de algumas poucas espécies exóticas é possível observar o fenômeno da homogeneização da biodiversidade. Esse fenômeno é mensurado a partir da redução na diversidade beta, devido à diminuição dos endemismos locais e disseminação de um pequeno número de espécies oportunistas, bastante tolerantes e plásticas. Recentemente, maior atenção foi dada aos impactos causados pela sobrepesca nos ambientes continentais (Allan et al., 2005). A falta de dados consistentes e a interação de outros impactos nos ambientes límnicos impedem com que a sobrepesca apresente-se relacionada ao declínio das populações de peixes. Pouco se sabe também das consequências da alteração dos tamanhos dos exemplares de uma espécie (principalmente a redução do tamanho) e da alteração das composição tróficas. METODOLOGIA Buscando estabelecer uma base técnico-científica a fim de subsidiar ações políticas, administrativas e educacionais, que visem a utilização sustentável dos recursos pesqueiros, o presente produto compila informações das modalidades e conflitos da pesca na região do Alto Rio Xingu e as confronta com a realidade existente em outros trechos da bacia do Ria Amazonas. Os trechos percorridos durante a viagem de campo no Alto Rio Xingu são apresentados na Figura 1. No início de abril de 2013 foram percorridos aproximadamente 250 Km de trechos dos rios Xingu, Culuene, Sete de Setembro e Coronel Vanick (Figura 1). A partir da junção do Culuene e do Sete de Setembro o rio passa a se chamar Xingu. O Rio Coronel Vanick é um dos afluentes da margem esquerda do Rio Sete de Setembro. O desnível altitudinal ao longo desses trechos foi pequeno, com as altitudes variando de 300 a 350 m. Ao longo desses trechos de rios é possível constatar uma variedade de atividades, uso e ocupação, relacionadas à manutenção dos estoques pesqueiros. Os trechos percorridos mais a jusante do Rio Xingu (Foto 1) apresentam grande beleza cênica e ficam na região limítrofe ao Parque Indígena do Xingu. Essa região localiza-se em uma zona de transição entre o Cerrado, característico do Planalto Central, e a Floresta Amazônica (Figura 1b e 1c). A paisagem é plana com predomínio de matas entremeadas por cerrados e campos. No entanto, paisagens antropizadas (Fotos 2, 3 e 4), compostas por pastagens e plantações, foram percebidas ao longo de todo a área visitada. Entrevistas foram realizadas com diversos atores sociais buscando informações relevantes para compor um cenário de pesca na região. A identificação das espécies comercializadas, o conhecimento tradicional e científicos, figuraram para compreender o processo de explotação pesqueira. 11

12 Figura 1. a) Bacia do Rio Xingu uma das bacias da margem esquerda do Rio Amazonas; b) Localização das cabeceiras da bacia do Rio Xingu na transição dos biomas Cerrado e Amazônia; e c) Trechos de rios percorridos durante a expedição de campo às cabeceiras do Rio Xingu. 12

13 Foto 1. Trecho do Alto Rio Xingu com suas matas ciliares preservadas. Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. RESULTADOS E DISCUSSÃO Peixes da bacia do Rio Xingu A bacia do Rio Xingu está completamente compreendida em terras brasileiras, correspondendo a um dos afluentes da margem direita do Rio Amazonas. Suas nascentes estão no estado brasileiro do Mato Grosso e compartilham divisores de águas com as ecorregiões do Tocantins-Araguaia, do Tapajos-Juruena e do Paraguai (Abell et al., 2008). A bacia tem extensão de 463,77 Km 2 e suas nascentes localizam-se em terras altas do Escudo Brasileiro. Para os cursos d água ao longo da bacia do Rio Xingu são catalogados 142 espécies de peixes, das quais 36 são endêmicas (Albert et al., 2011). Grande parte desses endemismos ocorrem nas cabeceiras do Rio Xingu, região também conhecida como Alto Xingu. A partir da composição das espécies é possível perceber o compartilhamento de fauna entre a bacia do Alto Xingu e suas bacias adjacentes (Carvalho & Albert, 2011). O evento geodispersor das capturas de cabeceiras mostra-se como um importante processo gerador desse padrões de distribuição de espécies de peixes entre os divisores de águas de bacias hidrográficas no centro do Brasil. As captura de cabeceiras, por desviar o curso d`água de uma bacia hidrográfica para outra adjacente, são 13

14 eventos biogeográficos que promovem a expansão da distribuição e o isolamento de populações de espécies aquáticas. Por exemplo, a presença da espécie Scoloplax distolothris nas bacias do Paraguai, do Araguaia e do Alto Xingu evidência esse compartilhamento de fauna. Recentemente foi dada maior atenção à bacia do Rio Xingu em função da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Além de impactos socioeconômicos a construção dessa hidrelétrica pode gerar grandes alterações aos ecossistemas naturais. As alterações dos fluxos e ciclos sazonais de cheia e seca no trecho da construção da barragem podem gerar danos irreversíveis às comunidades de peixes. Muitas espécies migratória teria parte de seu ciclo de vida e/ou alimentar comprometido podendo ser extintas localmente. A redução dessas espécies, muitas delas utilizadas como alimento, podem impactar a economia e subsistência de povos indígenas e ribeirinhos ao longo do Rio Xingu. Pesca no Alto Rio Xingu As principais modalidades de pesca observadas ao longo da bacia do Alto Rio Xingu foram a pesca artesanal e a pesca amadora. A pesca artesanal é desempenhada por pessoas que moram nas cidades próximas aos rios e por ribeirinhos. Os principais apetrechos de pesca utilizados nas pescarias são anzóis de barrando (ou pinda) e varas com molinetes. Dependendo da época do ano e o local onde será realizada a pesca, o qual irá interferirá na espécie de peixe a ser capturada, há preferência por um dos apetrechos. Normalmente, para a pesca de grandes bagres migratórios, como o filhote (Brachyplatystoma filamentosum), é utilizado anzóis de barranco, que permanecem instalados ao longo da noite, quando há maior atividade dos peixes. Peixes pequenos vivos, como exemplares de Gymnotus spp. e Leporinus spp., são as principais iscas usadas nessa modalidade de pesca. Geralmente o transporte e as pescas com vara são realizadas em pequenas embarcações (p.ex. voadeiras), com motores de pequena potencia. Os meses de maior produção pesqueira em grandes centros de pesca coincidem com o períodos de vazante dos rios. Manaus, por exemplo, possui pico de produção pesqueira nos meses de agosto e outubro, período de águas baixas (Santos et al., 2006). A partir de relatos de pescadores profissionais é percebido o mesmo padrão para a região do Alto Xingu. Algumas espécies, como a Brycon sp. e o Hydrolycus armatus, são as que apresentam maiores abundancias logo no final das chuvas. O defeso para os rios do estado do Mato Grosso na bacia do Rio Amazonas vai do dia 05 de novembro a 29 de fevereiro (Portaria n 48/2007 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais e Renováveis IBAMA). Durante esse período é permitida apenas a pesca de subsistência com cota de captura de 3 kg ou um exemplar. Os pescadores profissionais durante o período de defeso recebem mensalmente do governo brasileiro o Seguro Defeso, no valor de um salario mínimo. Por serem mais apreciados pelo paladar e cada vez mais difíceis de serem capturadas, as espécies Colossoma macropomum e Brachyplatystoma filamentosum possuem maiores valores de mercado. O quilo dessas espécies podem chegar a R$ 20,00. Buscando controlar a redução excessiva da população dessas espécies algumas medidas legais são tomadas quanto às capturas. De acordo com a Lei estadual do Mato Grosso n 9.893, de 1 de março de 2013, os pescadores 14

15 profissionais, fora do período de defeso, podem capturar semanalmente 125 kg de pescado e durante o transporte ter acompanhado a Declaração de Pesca Individual (DPI). A Lei do estado do Mato Grosso n 9.895, de 07 de março de 2013, em seu anexo II (Tabela 1), dispões sobre os tamanhos mínimos que algumas espécies de peixes precisam ter para serem capturadas na bacia Amazônica. Tabela 1. Tamanhos mínimos das espécies de peixes a serem capturadas na bacia Amazônica de acordo com o anexo II da Lei do estado do Mato Grosso n 9.895, de 07 de março de Nome Nome científico Medida Bicuda Boulengerella cuvieri 60 cm Cachorra Hydrolycus armatus 60 cm Caparari Pseudoplatystoma tigrinum 85 com Pacu-caranha Myloplus torquatus 45 cm Pacu-prata Myleus spp. 30 cm Curimbatá Prochilodus nigricans 30 cm Dourada Brachyplatystoma flavicans 80 cm Matrinchã Brycon spp. 35 cm Pintado Pseudoplatystoma sp. 80 cm Piraíba/Filhote Brachyplatystoma filamentosum 100 cm Pirapitinga Piaractus brachipomus 45 cm Pirarara Phractocephalus hemiliopterus 90 cm Trairão Hoplias sp. 60 cm É interessante perceber que alguns dos pescadores profissionais que utilizavam a pesca artesanal para seu sustento passaram a ser incorporados aos serviços relacionados à pesca amadora. Pelo conhecimento da geomorfologia dos rios e da biologia e ecologia das diferentes espécies de peixes, esses pescadores são os principais guias para a prática da pesca amadora. Os apreciadores da pesca amadora em águas de interiores buscam locais pristinos para a prática dessa atividade. Essas regiões possuem comunidades nativas de peixes e exemplares de grande porte, os quais são mais apreciados durante as pescarias. A bacia Amazônica possui grande potencial para o desenvolvimento dessa modalidade de pesca por apresentar uma grande malha hídrica, em sua maioria, ainda preservada. Ao longo das margens dos trechos de rios visitados foi possível observar o crescimento de hospedagens (Foto 6) voltadas ao turismo ambiental e à pesca amadora. Essas instalações 15

16 chegam a comportar 50 turistas e possuem estrutura voltada diretamente à pesca, com embarcações (Foto 7) e venda de apetrechos. Algumas hospedagens chegam a ter pista de voo para transporte de turistas. Os aviões utilizados nesse tipo de transporte são de pequeno porte. Essas pistas de pouso são também utilizadas por agricultores durante a pulverização aérea de pesticidas nas plantações da região. Os pescadores amadores contratam embarcações com barqueiros e utilizando vara, molinetes ou carretilhas e iscas durante as pescarias (Foto 8). Dependendo da espécie de peixe pretendida e da época do ano, diferentes ambientes; como corredeiras, remansos, poços e lagos; são visitados e a pescaria é realizada durante o dia inteiro. Apesar de não ser realizada por todos os pescadores, mas uma prática comum é a soltura dos exemplares. O intuito principal desse tipo de pesca é o lazer; assim, o consumo do pescado nem sempre é a finalidade das pescarias. De acordo com a Lei estadual do Mato Grosso n 9.893, de 1 de março de 2013, os pescadores portadores da Carteira de Pescador Amador possui cota de captura e transporte de até 5 kg de pescado e um exemplar. Não podendo comercializar o produto das pescarias. Conflitos à atividade pesqueira no Alto Rio Xingu A região do Alto Rio Xingu encontra-se no limite da fronteira agrícola no estado brasileiro do Mato Grosso. A chegada da agricultura promove grandes alterações ao ambiente natural e muitas delas relacionadas aos mananciais hídricos. A partir de relatos de moradores, que vivem nessa região a pelo menos 20 anos, é possível perceber a influência da ocupação humana e crescimento do desmatamento sobre os estoques pesqueiros. Pescadores e mesmo ribeirinhos que não possuem atividades econômicas relacionadas à pesca relatam tanto a redução de algumas espécies de peixes comerciais quanto a redução das abundâncias de populações e tamanhos de exemplares. Ao longo dos trechos visitados foi possível visualizar a descaracterização dos ambientes naturais e crescimento da agricultura (Fotos 2 e 3) e pecuária (Fotos 4 e 5). O desmatamento da vegetação marginal em alguns trechos chegam a ultrapassar a faixa legal de preservação estipulada pela Resolução CONAMA 303/2002, o qual dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente (APPs). De acordo com essa resolução brasileira as faixas marginais, medidas a partir do nível mais alto do rio, em projeção horizontal, devem ter largura mínima de: 30 m ao longo de cursos d água até 10 m de largura, 50 m ao longo de cursos d água com larguras entre 10 e 50 metros, ou 100 m ao longo de cursos d água com larguras entre 50 e 200 m. Esses valores de larguras são os observados para os rios visitados. Em 2004, as taxas de desmatamento para o estado do Mato Grosso era a maior para a Amazônia Legal ( Km 2 /ano) (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, 2012). Apesar na redução nessa taxa, em 2012, o Mato Grosso seguiu em segundo lugar com 777 km 2 desmatados. O desmatamento na bacia do Rio Amazônica, principalmente em regiões nas planícies de inundação, ocorre primeiramente para a retirada de madeira de lei. A retirada dessas árvores são também fundamentais para o estabelecimento da agricultura, pecuária e mineração. Muitas espécies de peixes utilizam essas planícies, durante as cheias, para alimentação, reprodução e abrigo. Sendo assim, a retirada dessa vegetação pode impactar as populações dessas espécies. A retirada dessas árvores faz com que haja maior entrada de luz nos ambientes aquáticos, dessa 16

17 forma, há um incremento da produtividade primária (proliferação de algas). As espécies de peixes algívoras se beneficiam dessa situação, no entanto, não se sabe ao certo o efeito do aumento da população dessas espécies sobre os ecossistemas. Foto 2. Desmatamento da mata ciliar e agricultura alcançando a margem do Rio Culuene. Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. A importância das matas preservadas na manutenção de populações de espécies nativas pode ser observado nas áreas visitados. Foi comum o relato de pescadores profissionais que a concentração de algumas espécies de interesse comercial ocorre principalmente em trechos no limite com o Parque Indígena do Xingu, região bastante preservada. Muito provavelmente, os estoques pesqueiros dentro dessa reserva são mantidos pela integridade de suas matas. Um problema indireto da agricultura é a utilização de grandes quantidades de pesticidas para controle de pragas. Muitos dos pesticidas utilizados são compostos químicos que podem contaminar lenções freáticos, lagos e rios, e, além de causar desequilíbrios à fauna e flora de uma região, podem causar doenças em humanos. Problemas de memória, pele, câncer, depressão são alguns exemplos de enfermidades associadas à utilização e exposição de pessoas a esses agentes químicos. O estado do Mato Grosso, onde foi realizada a expedição de campo, é tido como o estado brasileiro que mais utiliza pesticidas. Estudos no município mato-grossense de Primavera do Leste indicaram a contaminação do solo e mananciais hídricos por pesticidas principalmente em momentos de maiores chuvas (Dores & De-Lamonica-Freire, 2001). 17

18 Outra tipo de alteração ambiental que causa grandes impactos nos estoques pesqueiros é a construção de hidrelétricas. Além do desmatamento e alagamento de áreas de vegetação nativa, os barramentos para construção dos reservatórios alteram a ecologia desses trechos de rios. Nos trechos barrados é comum a redução da riqueza e capturas de peixes. No entanto, nos primeiros anos após a construção das barragens é observado o aumento de espécies piscívoras e redução de espécies frugívoras e detritívoras. As espécies de peixes de maior porte, geralmente migradoras, passam a não serem mais encontradas acima dos reservatórios (Araújo-Lima & Ruffino, 2003). O desmatamento para a construção de hidrelétricas geram diferentes impactos (positivos e negativos) nas diversas espécies de peixes, no entanto, de maneira geral há perda de diversidade e redução drástica de espécies frugívoras. Durante os períodos migratórios de algumas espécies há concentração dos cardumes a jusante dos barramentos. Essa maior disponibilidade e facilidade de captura, atrai pescadores que acabam pescando muitos exemplares, chegando a extinguir localmente algumas espécies. O impacto gerado pela pesca é mais significativo quando direcionado aos juvenis e quando a pressão de pesca é crescente e sem regulamentação. Um exemplo da captura excessiva de juvenis sobre a população da piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii), dourada (Brachyplatystoma flavicans) e tambaqui (Colossoma macropomum) pôde ser observada na foz do Rio Amazonas. Apesar das leis brasileiras impedirem a captura de exemplares de pequeno porte (o qual representariam os juvenis dentro das populações de peixes) é comum eles serem pescados e comercializados em mercados de peixes (Barthem & Goulding, 1997). Foto 3. Plantação de soja alcançando na margem do Rio Culuene. Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. 18

19 Foto 4. Desmatamento da mata ciliar e pecuária alcançando a margem do Rio Xingu. Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. Foto 5. Pecuária alcançando a margem do Rio Culuene. Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. 19

20 A utilização de novos tecnologias e apetrechos, como sonares e embarcações equipadas com freezers, contribuem para aumentar a eficiência da pesca. Assim, buscando evitar a sobrepesca em decorrência da utilização desses equipamentos, estratégias de manejo devem considerar esses avanços para tornar a pesca sustentável. Apesar de menos expressivo há também impactos gerados pela pesca amadora. Além das restrições impostas por leis quanto a quantidade e tamanho mínimo dos peixes, dos praticantes da pesca amadora soltar alguns peixes que são capturados, a prática do turismo sem responsabilidade ambiental pode contribuir não apenas para a redução de estoques pesqueiros como também alterar os ecossistemas aquáticos como um todo. Uma das ações impactantes que essa forma de turismo pode gerar ao ambiente natural é o aumento de poluição, pelo descarte de lixo no leito dos rios. Para se garantir uma sustentabilidade da pesca amadora, em consonância ao desenvolvimento econômico e social, é necessário desenvolver uma estrutura turística associada aos demais atores do setor pesqueiro. Foto 6. Instalações voltadas ao turismo ambiental e à pesca amadora. Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. 20

21 Foto 7. Embarcações utilizadas na pesca amadora no Alto Xingu. Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. Foto 8. Pesca amadora sendo realizada no Rio Sete de Setembro. Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. 21

22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Abell, R., Thieme, M.L., Revenga, C., Bryer, M., Kottelat, M., Bogutskaya, N., Coad, B., Mandrak, N., Balderas, S.C., Bussing, W., Stiassny, M.L.J., Skelton, P., Allen, G.R., Unmack, P., Naseka, A., Ng, R., Sindorf, N., Robertson, J., Armijo, E., Higgins, J.V., Heibel, T.J., Wikramanayake, E., Olson, D., Lopez, H.L., Reis, R.E., Lundberg, J.G., Perez, M.H.S. & Petry, P. (2008) Freshwater ecoregions of the world: a new map of biogeographic units for freshwater biodiversity conservation. Bioscience, 58: Albert, J.S., Petry, P. & Reis, R.E. (2011) Major biogeography and phylogenetic patterns. In Historical biogeography of Neotropical freshwater fishes (ed. by J.S. Albert and R.E. Reis), p University of California Press, Berkeley and Los Angeles. Allan, J.D., Abell, R., Hogan, Z., Revenga, C., Taylor, B.W., Welcomme, R.L. & Winemiller, K Overfishing of inland waters. Bioscience, 55: Araújo-Lima, C.A.R.M. & Ruffino, M.L. (2003) Migratory fishes of the Brazilian Amazon. In Migratory Fishes of South America: biology, fisheries and conservation status (ed. by J. Carolsfeld, B. Harvey, C. Ross and A. Baer). World Fisheries Trust, The World Bank, International Development Reserch Centre. Barthem, R. & Goulding, M Os bagres balizadores. Ecologia, migração e conservação de peixes amazônicos. Tefé: Sociedade Civil Mamirauá. 130p. Carvalho, T.P. & Albert, J.S. (2011) The Amazon-Paraguay Divide. In Historical biogeography of Neotropical freshwater fishes (ed. by J.S. Albert and R.E. Reis), p University of California Press, Berkeley and Los Angeles. Dores, E. F. G. C. & De-Lamonica-Freire, E. M Contaminação do ambiente aquático por pesticidas. Estudo de caso: águas usadas para consumo humano em Primavera do Leste, Mato Grosso análise preliminar. Química Nova, 24: Karr, J.R Assessment of biotic integrity using fish communities. Fisheries, 6: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Divulgação da estimativa da taxa de desmatamento por corte raso do PRODES Brasília: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Ministério da Pesca e Aquicultura Boletim estatístico da pesca e aquicultura. Brasília: Ministério da Pesca e Aquicultura. 128p. Santos, G., Ferreira, E., Zuanon, J Peixes comerciais de Manaus. Manaus: IBAMA/AM, ProVárzea. 144p. 22

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