Tratores Agrícolas 1
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- Benedita Leão Alves
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1 Tratores Agrícolas 1
2 TRATOR AGRÍCOLA 1 DEFINIÇÃO???? Máquina autopropelida provida de meios que, além de lhe conferirem apoio estável sobre uma superfície horizontal, capacitam-no a tracionar, transportar e fornecer potência mecânica para movimentar órgãos ativos de máquinas e implementos agrícolas. MÁQUINA AGRÍCOLA Conjunto de órgãos, constrangidos em seus movimentos por obstáculos fixos e de resistência suficiente para transmitir o efeito de forças e transformar energia. IMPLEMENTO AGRÍCOLA Conjunto de órgãos que não apresentam movimentos relativos e não têm capacidade para transformar energia; seu único movimento é o de deslocamento, normalmente imprimido por uma máquina motora. 2
3 2 FUNÇÕES DOS TRATORES AGRÍCOLAS a) Controle e transferência de potência para máquinas e implementos b) Transporte 3 o PONTO SHTP BIE BID TDP BT 3
4 3 CLASSIFICAÇÃO 3.1 Quanto ao tipo de rodado Semi-esteiras Rodas Esteiras a) Duas rodas Motocultivador (trator de rabiças) Indicado para áreas de até 30 ha 4
5 b) Triciclo eixo traseiro com 2 RM eixo dianteiro com uma roda não comercializado no Brasil c) Quatro rodas tipo mais comum 2 Rodas Motrizes 4 Rodas Motrizes - TDA e 4x4 5
6 d) Esteiras grande área de contato baixo centro de gravidade Agrícola BT, SHTP e TDP Duas esteiras ferro ou borracha Trator de esteiras Trator de rodas Indicações Inconvenientes Maior rendimento tratório Maior coeficiente de tração (Ft/P) Capacidade para tracionar cargas pesadas Menor área compactada Maior estabilidade lateral Baixa velocidade Baixa mobilidade no transporte Maior custo de operação e manutenção Maior dificuldade de manutenção Maior velocidade de operação Maior mobilidade no transporte Menor custo de operação e manutenção Maior facilidade de manutenção Maior desempenho operacional Menor rendimento tratório Menor coeficiente de tração (Ft/P) Maior área compactada Menor estabilidade lateral 6
7 3 CLASSIFICAÇÃO 3.2 De acordo com a tração a) 4 x2 - apenas para tratores de rodas Rodas Traseiras TRAÇÃO Rodas Dianteiras DIRECIONAMENTO b) 4 x2 TDA Rodas Dianteiras TRAÇÃO DIANTEIRA AUXILIAR Rodas Traseiras TRAÇÃO - Tração dianteira ligada de acordo com a operação - Pneus dianteiros menores 7
8 c) 4 x 4 - tração nos dois eixos - quatro rodas de mesmo diâmetro - direcionamento por articulação do chassi 3 CLASSIFICAÇÃO 3.3 De acordo com a potência: Grande?? Pequeno?? 8
9 a) Tratores de duas rodas (rabiças, motocultivador) até 15 cv b) Tratores pequenos 15 a 49 cv 9
10 c) Tratores médios 50 a 99 cv d) Tratores grandes 100 a 200 cv 10
11 e) Tratores pesados acima de 200 cv 3 Classificação 3.4 De acordo com o uso a) Tratores agrícolas 11
12 b) Tratores florestais c) Tratores industriais 12
13 4 CONSTITUIÇÃO Rodados Caixa de câmbio Rodados Motor SHTP TDP Embreagem Chassi BT Diferencial Redução Final + sistemas de direção, elétrico, de arrefecimento e de lubrificação 4.1 Chassi Monobloco Formado pela carcaça dos próprios componentes do trator Esforços de torção recebidos diretamente nos componentes 13
14 4.1 Chassi Monobloco Vantagens: Simplicidade Redução nos custos de fabricação Desvantagens: a) Necessidade de motores específicos - Mais robustos b) Vibrações no posto do operador 4.1 Chassi Convencional Estrutura de perfis de aço longitudinais, reforçados por perfis transversais Suporte ao motor, caixa de câmbio e transmissão final Normalmente equipa tratores acima de 90 cv 14
15 4.1 Chassi Convencional Vantagens a) Transmissões e motor não submetidos aos esforços de torção b) Melhor isolamento das vibrações (coxins de borracha) c) Facilidade no acoplamento de equipamentos frontais d) Aumento da capacidade de carga do trator Desvantagens Maior custo de fabricação 4.1 Chassi Articulado Aumenta a transferência de potência do trator para o solo Permite empregar pneus de maior diâmetro no eixo dianteiro Aumenta o contato sobre o solo Ganha-se maior potência no solo Perde se flexibilidade para adequação do trator aos implementos manobrabilidade 15
16 4.2 Sistema de Transmissão Conjunto de mecanismos, responsável por conduzir a potência gerada no motor para as rodas motrizes Responsável por cerca de 25 a 30% do custo final do trator Funções a) Transmitir a potência gerada no motor às rodas, TDP, etc. b) Transformar torque e velocidade do motor em torque e velocidade necessários para realização de trabalho c) Proporcionar ao operador o controle de mecanismos ligados à TDP Torque? 16
17 Torque? Grandeza física vetorial Medida de quanto uma força que age em um objeto, faz com que o mesmo gire O eixo de saída do motor gira continuamente A transmissão deve ser, de certa forma, desconectada do motor Como fazer isso? 17
18 4.2 Sistema de transmissão Embreagem Permite conectar ou desconectar o motor à caixa de cambio, para efetuar as trocas de marchas Possibilita operações de aproximação Possibilita paradas de emergência sem danificar os componentes da transmissão Embreagem Monodisco CREMALHEIRA 18
19 Funcionamento A medida que a mola é empurrada para dentro, a Placa de Pressão é empurrada para longe do Disco da Embreagem, liberando a embreagem da rotação de saída do motor. Embreagem Dupla - 2 discos - Disco principal: - Transmite o movimento à caixa de câmbio - Disco secundário - Menor diâmetro - Transmite à TDP 19
20 4.2.2 Caixa de Câmbio Funções Facilitar a adequação da potência e torque do trator à atividade a ser realizada Alterar o sentido do movimento do trator Tratores agrícolas Velocidade e torque controlados por mudança de marcha Variações na rotação pequenas diferenças de velocidade 20
21 Relação de Transmissão (i) 32 dentes 32 dentes 32 dentes 16 dentes i = 32/32 i = 1:1 i = 32/16 i = 2:1 32 dentes 16 dentes i = 16/32 i = 1:2 Caixa de Câmbio Convencional Eixo Primário Eixo Terciário A B c d e f A B c d e f Pinhão de ré Grupo Redutor Caixa de Câmbio Eixo Secundário 21
22 GRUPO REDUTOR A alavanca redutora aciona o anel deslizante com duas engrenagens (A e B). Normal Reduzida A B A B Funcionamento: Para que haja engrenamento - Mesma velocidade tangencial dos dentes do par de engrenagens - Par de engrenagens parado 22
23 Trocas de marchas com o trator em movimento: - Grande dificuldade em fazer coincidir os dentes de uma engrenagem com os vazios da outra Trocas de marchas com o trator em movimento: - Forte atrito X Isto desaparece quando - Golpe de uma engrenagem contra a outra os dentes estão na mesma velocidade! - Desgastes e quebra em ambas 1 a MARCHA d e f d e f Pinhão de ré 23
24 2 a MARCHA d e f d e f Pinhão de ré 3 a MARCHA d e f d e f Pinhão de ré 24
25 PINHÃO DE RÉ Caixa de Câmbio Planetária Constituição: Coroa Porta-satélites Solar (engrenagem central) Satélites Arvores motora e movida 25
26 4.2.3 Caixa de Câmbio Planetária Caixa de Câmbio Planetária Funcionamento: sistemas de frenagem, com 3 situações Giro livre da coroa (Neutro) Coroa travada (Reduzida) Giro conjunto (coroa e porta-satélites) (Normal) 26
27 4.2.5 Caixa de Câmbio Sincronizada Função: Permitir a seleção de baixo a alto torque que será transmitido para as rodas do trator. Normalmente um grupo de marcha permite: Selecionar 4 faixas de trabalho» A, B, C ou D Para cada seleção do grupo, permite-se:» Trocas de marcha na caixa de câmbio» 1 a, 2 a, 3 a ou 4 a marcha Caixa de Câmbio Sincronizada Permite fazer trocas de marchas e de grupos com o trator em movimento Sistema mais eficiente e produtivo que as caixas de câmbio convencionais - Luva de acoplamento - Mecanismo sincronizador - Função: sincronizar a velocidade da engrenagem a ser acoplada com a velocidade da árvore terciária - Troca de marchas de forma suave 27
28 4.2.5 Caixa de Câmbio Sincronizada Permite que o eixo se bloqueie em relação à engrenagem que a engrenagem gire de forma independente Ex. de desempenho da caixa sincronizada em operação A B C D A B C D Par de engrenagens ativas 28
29 A B C D Par de engrenagens ativas A B C D Pinhão de ré 29
30 4.3 Diferencial Número de voltas diferentes para cada roda Compensação Diferencial! 4.3 Diferencial Função Distribuir a potência para uma ou duas rodas de acordo com a distribuição de carga e de direção Alterar o sentido do movimento (motor rodas) 30
31 4.3 Diferencial Constituição: Pinhão Coroa Satélites giram junto com coroa Não fazem movimento de rotação Acionam as planetárias e, conjuntamente os semi-eixos (as rodas têm a mesma velocidade) FUNCIONAMENTO EM RETA 31
32 Planetária ligada à roda com menor velocidade Satélites giram junto com coroa e também sobre o seu eixo FUNCIONAMENTO EM CURVA Planetária ligada maior velocidade à roda com Bloqueio do Diferencial Impede que as planetárias (ficam unidas) girem com velocidades diferentes e que as engrenagens satélite tenham movimento de rotação Possibilita a distribuição eqüitativa da potência em ambas rodas - Maior eficiência de tração em condições difíceis Liberação automática quando equalizada a tração. Operado através de um pedal - Localizado ao lado direito da plataforma 32
33 4.3 Redução Final PAR DE ENGRENAGENS CILÍNDRICAS (VALTRA e CBT) Engrenagem menor (pinhão) ligada a semi-árvore motora Engrenagem maior (coroa) ligada a semi-árvore movida (cubo de roda) 4.3 Redução Final SISTEMA PLANETÁRIO (MF, NH, JD) Movimento é transmitido por vários pares de engrenagens Apresenta menor desgaste 33
34 4.3 Redução Final Movimento oriundo das planetárias é transmitido aos semieixos motores Coroa fixa à carcaça do semi-eixo - Redução do movimento - Aumento do torque 34
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