GUIA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NA AGROINDÚSTRIA: UM ESTUDO DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS GUIA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NA AGROINDÚSTRIA: UM ESTUDO DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS Danilo José P. da Silva Série Sistema de Gestão Ambiental Viçosa-MG/Janeiro/2011

2 Índice 1.0- INTRODUÇÃO ASPECTOS AMBIENTAIS DA AGROINDÚSTRIA CARACTERIZAÇÃO DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS GERADOS NA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS Efluentes líquidos Resíduos sólidos RECUPERAÇÃO DE SUBPRODUTOS SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA) PRINCÍPIOS DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL FERRAMENTAS DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS NA AGROINDÚSTRIA ETAPAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA) NA AGROINDÚSTRIA REDUÇÃO DO CONSUMO E REUSO DE ÁGUA NA AGROINDÚSTRIA PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO E REUSO DE ÁGUA (PCRA) ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DE UM PCRA Etapa 1: Avaliação Técnica Preliminar Etapa 2: Avaliação da Demanda de Água Etapa 3: Avaliação da Oferta de Água Etapa 4: Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica Etapa 5: Detalhamento e Implantação do PCRA Etapa 6: Implantação do sistema de gestão de água CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS

3 1.0- INTRODUÇÃO O novo cenário mundial praticamente obrigará, via restrições ao comércio, todas as empresas, grandes ou pequenas a adotarem num futuro próximo, além de padrões de qualidade de produto já tradicionalmente conhecidos, os padrões de qualidade ambiental. A qualidade ambiental passará de um ato de resposta às restrições impostas pelos órgãos ambientais para tornar-se um componente importante de competitividade no mercado. Para a maioria das empresas o controle ambiental representa um custo. No entanto o controle ambiental pode ser sinônimo de investimento e aumento da competitividade e dos lucros das empresas. Para perceber essa realidade basta fazer uma simples análise: tudo que a empresa joga fora na forma de resíduos foi comprado a preços de matéria prima, embalagens ou insumos, como água, energia, produtos químicos entre outros. Dessa forma um programa de controle preventivo que tenha como princípio, agir nas fontes geradoras para minimizar a geração dos resíduos, reaproveitar os resíduos e, só em último caso, tratá-lo e dispô-lo de maneira adequada, trará grandes benefícios para a empresa. Atualmente produzir um produto com qualidade em muitos casos deixou de ser um diferencial da empresa e passou a ser uma exigência do consumidor e da própria legislação. Com o aumento das exigências por qualidade os conceitos de qualidade e os métodos de controle da qualidade também evoluíram. O controle de qualidade deixou de ser feito no final da linha (produto acabado) e passou a ser feito em todas as etapas da cadeia produtiva, iniciando na obtenção da matéria prima e passando pelas etapas de processamento, onde todos os esforços se concentram no controle do processo, garantindo que o produto chegue ao final da linha com a qualidade desejada. Além disso, essa preocupação se estende na trajetória do produto até o consumidor final. Esse novo conceito de qualidade (Garantia da Qualidade) evita reprocesso, reduz o desperdício, reduz consumo de água e insumos e conseqüentemente reduz a geração de resíduos. O controle ambiental tem evoluído seguindo a mesma tendência do controle de qualidade. As empresas estão adotando técnicas preventivas, ou seja, a preocupação é evitar a geração de resíduos na fonte, racionalizando o uso de matéria prima e insumos, sendo incorporada também a preocupação com os 2

4 impactos que o uso e descarte desse produto podem causar ao meio ambiente. Aliado a isso, as empresas têm desenvolvido produtos que podem ser facilmente reciclados após o uso e retornam ao ciclo econômico. Nesse contexto, pode-se afirmar que a gestão da qualidade do processo/produto e a gestão ambiental estão fortemente interligadas e o bom funcionamento de uma cria um ambiente favorável para implantação e funcionamento da outra. Em muitas empresas hoje coexistem sistemas de Gestão da Qualidade, Gestão Ambiental e Gestão da Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional constituindo o chamado Sistema de Gestão Integrado (SGI). O SGI promove uma maior conscientização de todas as camadas da organização, não somente para obter produtos de qualidade para seus clientes, mas em produzir respeitando o meio ambiente, com segurança e saúde para os colaboradores. Trata-se de ter um único manual da qualidade para a gestão integrada. É o que poderíamos chamar de QUALIDADE AMPLA: qualidade do processo e do produto, qualidade ambiental e qualidade das condições de trabalho. Nesse contexto o novo desafio para a agroindústria é promover o seu desenvolvimento com mínimo comprometimento da qualidade ambiental. A geração de resíduos além de constituir um problema ambiental para a sociedade é também um problema econômico para a empresa, já que demanda gastos com sua eliminação e/ou tratamento até níveis ambientais aceitáveis. Seguindo essa tendência de atuação preventiva, a agroindústria tem buscado novas tecnologias, principalmente visando ao aproveitamento de resíduos antes considerados desprezíveis, os quais eram descartados ao meio ambiente. No entanto, as pequenas e médias empresas desse setor, incluindo o segmento de laticínios, na sua maioria, não dispõem de especialistas na área de gerenciamento e tratamento de resíduos em sua equipe técnica. Como agravante essa indústria emprega uma mão de obra pouco qualificada, o que dificulta a aplicação de programas de treinamento para implementação de novas tecnologias e formas de comportamento. Uma conscientização dos proprietários e gerentes das micro, pequenas e médias empresas da agroindústria, no que se refere aos benefícios que se pode obter pela adoção de sistemas preventivos de controle de qualidade e controle 3

5 ambiental, se constitui no principal ponto de partida para garantir um crescimento competitivo e sustentável ASPECTOS AMBIENTAIS DA AGROINDÚSTRIA As atividades agropecuárias e de processamento de produtos agropecuários têm proporcionado sérios problemas de poluição do solo, águas superficiais e águas subterrâneas. Os resíduos de atividades agroindustriais apresentam, em geral, grande concentração de material orgânico e o seu lançamento em corpos hídricos pode proporcionar grande decréscimo na concentração de oxigênio dissolvido no meio, cuja magnitude depende da concentração da carga orgânica e da quantidade de efluente lançado, além da vazão do curso d água receptor (MATOS, 2004). Os resíduos agroindustriais são gerados no processamento de alimentos, fibras, couros, madeiras, produção de açúcar e álcool, etc., sendo sua produção, em alguns casos, sazonal, condicionada pela maturidade da cultura. As águas residuárias podem ser provenientes da lavagem da matéria prima, processos de escaldamento, cozimento, pasteurização, resfriamento e lavagem dos equipamentos e ambientes de processamento. Os resíduos sólidos constituem sobras de processo, descarte de lixo proveniente de embalagens, lodo de esgoto de sistemas de tratamento de águas residuárias, além de lixo gerado no escritório, refeitório e pátio da agroindústria (MATOS, 2004). As águas residuárias do processamento de produtos animais, tais como as geradas em laticínios, matadouros e cortumes, são muito poluidoras, podendo conter gordura, sólidos orgânicos e inorgânicos, além de sais e químicos, que podem ser adicionados durantes às operações de processamento. Águas residuárias geradas no processamento de produtos de origem vegetal podem conter, além de elevado conteúdo de material orgânico, outros poluentes, tais como solo, restos de vegetais e pesticidas. Nas agroindústrias, a produção de águas residuárias é, geralmente, expressa como função da quantidade de produto processado, devendo variar conforme as técnicas de processamento adotadas. A seguir são apresentados os principais aspectos ambientais de algumas agroindústrias específicas segundo MATOS, 2006: 4

6 Indústria suco-alcooleira A vinhaça é o principal efluente de usinas de destilaria de álcool e aguardente, resultante da destilação do mosto fermentado (caldo de cana, melaço ou xarope diluído), sendo produzida na proporção de 13 a 16 litros por litro de álcool produzido. O processamento de toneladas de cana-de-açúcar gera, nas usinas de produção de álcool, em média, 910 m 3 de vinhaça. No caso de usinas açucareiras com destilaria, a geração de vinhaça está entre 150 e 300 m 3 por cada toneladas de cana-de-açúcar processada. Matadouros de bovinos O consumo de água em matadouros de bovinos é bastante variável, dependendo do tipo de instalação. Os volumes de água gastos estão entre 1,25 e 2,4 m 3 para cada animal abatido, sendo distribuídos da seguinte forma: 0,9 m 3 na sala de matança, cerca de 1,0 m 3 nas demais dependências (bucharia, triparia, sanitários, ectc.) e 0,6 m 3 a área externa (currais, pátios, etc.). O efluente líquido de matadouros é constituído, principalmente, por água de limpeza dos equipamentos e do piso, contendo sangue resultante do gotejamento no piso ao longo da linha de abate, e pequenas partículas da carcaça, pêlos, gordura, vômitos e barrigada. Peças condenadas da carcaça são, em grande parte, recuperadas para a produção de graxas e farinhas. Cortumes No geral, as águas residuárias de cortume caracterizam-se por apresentarem ph elevado, alta carga orgânica, grande quantidades de sólidos suspensos (pêlos e carnaça), intensa cor, grande dureza e elevadas concentrações de sulfetos e de cromo Caracterização da Indústria de Laticínios O Brasil é o sétimo produtor mundial de leite. Sua produção, em 2008, foi da ordem de 26,4 bilhões de litros, volume que representa 4,6% da produção mundial (Embrapa, 2008). Entre os maiores produtores de leite do mundo, o Brasil apresentou a maior taxa anual de crescimento da produção nos últimos 10 anos. A taxa brasileira foi 73% maior que a americana, enquanto as produções da Rússia, da Alemanha e da França tiveram taxas negativas de crescimento. Mantidos tais comportamentos, a 5

7 produção nacional terminará, na próxima década, em segundo lugar, perdendo apenas para a dos Estados Unidos (SEBRAE-MG/SILEMG/FAEMG, 2006). A produção de leite no Brasil cresceu, significativamente, nos últimos anos, de 1990 a 2004, a produção aumentou, em média, 3,38% ao ano (SEBRAE- MG/SILEMG/FAEMG, 2006). As regiões Sudeste e Sul responderam, em 2003, por 66% da produção nacional. Na região Sudeste está concentrada a maior produção, os maiores centros de consumo e as indústrias laticinistas. Quanto à produtividade, foram também essas duas regiões que apresentaram os mais elevados índices. O estado de Minas Gerais ocupa o primeiro lugar na produção de leite, sendo responsável por 71% da produção da região Sudeste e 29% da produção nacional (SEBRAE-MG/SILEMG/FAEMG, 2006). A agroindústria mineira do leite é a mais importante do País. Sua liderança é histórica. O Estado foi sede da primeira indústria de laticínios do Brasil e da América do Sul. Além disso, a representatividade do setor na economia mineira é mais expressiva que no cenário nacional. Este é um setor de grande significado econômico, político e social para Minas Gerais, principalmente porque encontra-se disseminado em todo o estado, colaborando de forma inegável para a interiorização do desenvolvimento, limitando o êxodo rural e diminuindo as desigualdades regionais (INDI, 2003). Nos estados que lideram a produção nacional de leite e derivados prevalecem as micro e pequenas empresas. Em Minas Gerais, por exemplo, 40,12% delas, podem processar somente até 5 mil litros de leite/dia; 17,57% - de 5 a 10 mil litros; 16,69% - de 10 a 20 mil litros/dia; 17,42% - de 20 a 50 mil litros/dia, e somente 8,2% processam mais de 50 mil litros/dia (INDI, 2003) Características dos resíduos gerados na indústria de laticínios A indústria de laticínios gera efluentes líquidos, resíduos sólidos, e emissões atmosféricas passíveis de impactar o meio ambiente. Os efluentes líquidos industriais são despejos líquidos originários de diversas atividades desenvolvidas na indústria, que contém leite e produtos do leite, detergentes, desinfetantes, areia, lubrificantes, açúcar, pedaços de frutas, essências e condimentos diversos que são 6

8 diluídos nas águas de lavagem de equipamentos, tubulações, pisos e demais instalações da indústria, (MACHADO et al., 2002) Efluentes líquidos Os efluentes líquidos das indústrias de laticínios abrangem os efluentes industriais, os esgotos sanitários gerados e as águas pluviais captadas na respectiva indústria. O efluente líquido é considerado um dos principais responsáveis pela poluição causada pela indústria de laticínios. Em muitos laticínios o soro de queijo é descartado junto com os efluentes líquidos sendo considerado um forte agravante devido ao seu elevado potencial poluidor (DBO entre a mg O 2 /L). Uma fábrica com produção média de litros de soro por dia polui o equivalente a uma cidade com habitantes. Atualmente constitui prática incorreta descartar o soro, direta e indiretamente, nos cursos de água, (MACHADO et al., 2002). O soro de queijo é o subproduto da indústria de laticínios resultante da precipitação e remoção da caseína do leite durante a produção de queijo (KOSIKOWSKI, 1979). Nos últimos anos observou-se um crescente aumento da produção mundial de soro de queijo impulsionado pela expansão da indústria de laticínios, atingindo 100 bilhões de litros ao ano (SILVEIRA, 2004). O soro de queijo representa aproximadamente 80 a 90% do volume de leite e retém 55% dos nutrientes do leite apresentando entre 6,0 e 7,0 % de sólidos totais. Entre os sólidos totais destacam-se: a lactose (4,5-5% p/v), proteínas solúveis (0,6-0,9% p/v), lipídios (0,3-0,5% p/v), sais minerais (0,6%) e ácido lático (0,1%), além de outros nutrientes presentes em menores concentrações como vitaminas (SANTOS, 2001). Em média, para a fabricação de um quilo de queijo necessita-se de 10 litros de leite e recupera-se 9 litros de soro. Atualmente o soro de queijo vem sendo amplamente utilizado pela indústria alimentícia em uma gama enorme de produtos com resultados bastante satisfatórios tanto para o consumidor como para as empresas em geral. O soro está presente em cerca de 80 % dos alimentos processados (MARCHIORI, 2006). Infelizmente no Brasil grande parte do soro de queijo ainda é descartada na natureza sem nenhum tipo de tratamento (SILVEIRA, 2004). Além de constituir um 7

9 grande problema ambiental, o não aproveitamento do soro no Brasil coloca o produto como o segundo derivado lácteo mais importado, perdendo apenas pelo leite em pó. Em 2007 o Brasil importou cerca de 30 mil toneladas de soro em pó correspondendo um valor acima de 52,9 milhões de dólares (MILKPOINT, 2008). O Estado de Minas Gerais, por exemplo, possui cerca de 1000 indústrias de laticínios formalmente constituídas, sendo que em torno de 80 % não possuem qualquer tipo de tratamento de seus efluentes (SEBRAE/SILEMG, 2006). Esse dado permite concluir que a poluição provocada pelos efluentes líquidos de laticínios assume proporções que exigem uma conscientização da gerência e funcionários das indústrias e a implementação de ações concretas para minimizar esse impacto ambiental. A vazão e a qualidade do efluente gerado por agroindústrias são dependentes, dentre outros fatores, do tipo e porte da indústria, dos processos empregados, do grau de reciclagem e da existência de pré-tratamento. Dessa forma, mesmo que duas empresas produzam essencialmente o mesmo produto, o potencial poluidor pode ser bastante diferente entre si (VON SPERLING, 1996a). No caso específico da indústria de laticínios, a composição detalhada do efluente é influenciada por fatores tais como: processos industriais em curso; volume de leite processado; condições e tipos de equipamentos utilizados; práticas de redução da carga poluidora e do volume de efluentes; atitudes de gerenciamento e da direção da indústria em relação às práticas de gestão ambiental; quantidade de água utilizada nas operações de limpeza e no sistema de refrigeração, (MACHADO et al., 2002). No Quadro 1 estão apresentados os valores das principais características físico-químicas do efluente industrial de um laticínio obtidos por SILVA (2006). As faixas de variações de alguns parâmetros apresentados no Quadro 1 são muito amplas, e podem ser justificadas pela falta de aplicação de medidas preventivas para reduzir a geração de resíduos e pela variação na escala de produção dos produtos em relação a diferentes dias de processamento. Para efeito de comparação com os dados apresentados no Quadro 1 são apresentados no Quadro 2 valores das Características físico-químicas de efluentes industriais de fábricas de laticínios localizadas no Estado de Minas Gerais. 8

10 Quadro 1- características físico-químicas do efluente de uma fábrica de laticínios processando litros de leite por dia. Parâmetro Faixa Média Desvio Padrão PH 4,9 11,28 8,77 2,55 Temperatura (ºC) ,50 4,95 S. totais (g/l) 0,9-3,76 2,06 0,87 S. Suspensos (g/l) 0,23 0,78 0,47 0,20 S. Dissolvidos (g/l) 0,67 3,15 1,63 0,80 S. Sedimentáveis (ml/l) 0,0 27,00 3,10 8,26 Óleos e graxas (mg/l) 22, ,80 DQO (mg de O 2 /L) ,39 DBO 5 (mg de O 2 /L) ,24 Volume (m 3 /dia) 65,7 99,10 75,85 12,56 Carga orgânica total (Kg DQO/dia) 270,63 Carga orgânica específica (Kg DQO/m 3 de leite processado) 25,70 Relação DBO 5 /DQO 0,29 Fonte: SILVA (2006) Quadro 2 Características físico-químicas de efluentes industriais de fábricas de laticínios localizadas no Estado de Minas Gerais (*) Tipos de indústria: (1) Produção de leite pasteurizado, manteiga, requeijão, doce de leite e queijos; (2) Produção de queijos diversos; (3) Produção de leite pasteurizado, requeijão, ricota, manteiga e queijos; (4) Produção de queijos diversos. Parâmetros Tipos de Indústria (*) DBO 5 (mg O 2 /L) DQO (mg O 2 /L) DBO/DQO 0,67-0,78 0,59-0,85 0,77-0,93 0,83-0,87 Sólidos suspensos (mg/l) Sólidos totais (mg/l) Sólidos sedimentáveis (ml/l) 0,4-60 0,5-15 0,4-0,6 1,4-2,3 Nitrogênio orgânico (mg/l) 32,5-79,6 74,2-297,6 52,7-142,7 190,7-292,0 Fósforo total (mg/l) 6,5-31,0 2,9-131,4 12,4-29,2 92,4-175,5 Óleos e graxas (mg/l) Coeficiente geração efluente (L efluente/l leite recebido) Coeficiente consumo água (L água/l leite recebido) 2,7-3,1 3,7-4,0 2,6-3,4 1,0 3,9-4,4-3,3-3,9 1,4-1,5 Leite recebido (m 3 /dia) 16,3-18,1-15,1-21,7 22,0-22,2 Leite processado (m 3 /dia) 17,0 7,0 18,5 21,5 Fonte: Adaptado MINAS AMBIENTE/CETEC,

11 Fontes de efluentes líquidos Na indústria de laticínios, diversos processos, operações e ocorrências contribuem para a geração de efluentes líquidos, as quais são apresentados no Quadro 3. Quadro 3 Operações e processos que geram efluentes líquidos na indústria de laticínios Operação ou processo Limpeza e higienização Descartes e descargas Vazamentos e Derramamentos Fonte: MACHADO et al. (2002). Descrição - Enxágüe para remoção de resíduos de leite ou de seus componentes, assim como de outras impurezas, que ficam aderidos em latões de leite, tanques diversos (inclusive os tanques de caminhões de coleta de leite e silos de armazenamento de leite), tubulações de leite e mangueiras de soro, bombas, equipamentos e utensílios diversos utilizados diretamente na produção; - Lavagem de pisos e paredes; - Arraste de lubrificantes de equipamentos da linha de produção, durante as operações de limpeza. - Descargas de misturas de sólidos de leite e água por ocasião do início e interrupção de funcionamento de pasteurizadores, trocadores de calor, separadores e evaporadores; - Descarte de soro, leitelho e leite ácido nas tubulações de esgotamento de águas residuárias; - Descargas de sólidos de leite retidos em clarificadores; - Descarte de finos oriundos da fabricação de queijos; - Descarga de produtos e materiais de embalagem perdidos nas operações de empacotamento, inclusive aqueles gerados em colapsos de equipamentos e na quebra de embalagens; - Produtos retornados à indústria; Vazamentos de leite em tubulações e equipamentos correlatos devido a: - Operação e manutenção inadequadas de equipamentos e tubulações; - Transbordamento de tanques, equipamentos e utensílios diversos; - Negligência na execução de operações, o que pode causar derramamentos de líquidos e de sólidos diversos em locais de fácil acesso às tubulações de esgotamento de águas residuárias. Para o controle do volume e carga poluente dos resíduos gerados durante o processamento é preciso uma compreensão do fluxograma de processamento e dos fatores que influenciam a sua geração. No entanto, é difícil identificar uma planta típica e seus resíduos associados. Na Figura 1 pode-se observar de forma resumida as etapas de processamento e os principais pontos de geração de resíduos em uma indústria de laticínios. 10

12 Etapas Processos e ambiente Resíduos gerados Recepção do leite Higienização de tanques, caixas plásticas, desnatadeira, filtros, resfriador e caminhão. Resíduos de leite, gordura, embalagens, detergentes, lodo da desnatadeira e areia. Pasteurização Higienização dos tanques, Padronizador, homogeneizador, Pasteurizador, local de envase e câmara fria. Resíduos de leite, gordura, detergente e embalagens. Iogurte e bebida láctea Higienização dos tanques, homogeneizador, pasteurizador, máquinas de envase, fermenteiras e câmara fria. Resíduos de leite, gordura, detergentes, ingredientes, iogurte e embalagens. Doce de leite Higienização de tanques, evaporadores, envasadora, área de acondicionamento e estocagem. Resíduos de leite, gordura, detergente, minerais, doce, açúcar e embalagens Manteiga Higienização do recipiente de creme, padronizador, pasteurizador, tanque de maturação, batedeira, empacotadeira, área de acondicionamento e câmara fria. Resíduos de gordura, detergente, creme, lodo, manteiga, leitelho e embalagem Requeijão Operações de dessoragem e lavagem da massa, higienização de tanques, da máquina de fundir a massa, embaladora, câmara fria e área de embalagem. Resíduos de leite, gordura, soro, detergentes, água, proteína, massa e requeijão Queijos Higienização de tanques, formas, dessoradores, panos, pisos, paredes, prateleiras, processo de dessoragem, salga e maturação. Resíduos de leite, detergente, gordura, queijo, soro, minerais, salmoura e embalagens. Figura 1- Etapas de processamento com os principais pontos de geração de resíduos em uma planta de laticínios (SILVA, 2006) Resíduos sólidos Segundo MACHADO et al. (2002), os resíduos sólidos gerados na indústria de laticínios podem ser subdivididos em dois grupos principais, no que se refere a 11

13 sua origem. O primeiro grupo são os resíduos gerados nos escritórios, nas instalações sanitárias e nos refeitórios da indústria. Corresponderia ao que se costuma denominar lixo comercial e abrange: papéis; plásticos e embalagens diversas geradas nos escritórios; resíduos de asseio dos funcionários como papel toalha, papel higiênico, etc. e resíduos de refeitório ou cantina, restos de alimentos, produtos deteriorados, embalagens diversas, papel filtro, etc. O segundo grupo refere-se aos resíduos sólidos industriais provenientes das diversas operações e atividades relacionadas diretamente à produção industrial. Nas indústrias de laticínios são basicamente sobras de embalagens, embalagens defeituosas, papelão, plásticos, produtos devolvidos e cinzas de caldeiras. Quanto ao tipo dos resíduos de embalagens, predomina o material plástico, principalmente sob as formas de sacos (polietileno de baixa densidade PEB) usados para a embalagem de leite pasteurizado, iogurte e bebidas lácteas, bem como de filmes plásticos diversos usados na embalagem de queijos. Pode haver, ainda, no caso da manteiga, filmes de papel, usados na embalagem de tabletes. Nas indústrias onde se produz doce de leite e requeijão também há resíduos de lata, vidro ou de embalagens de plástico semi-flexível. No Quadro 4 está representada a quantidade estimada dos principais resíduos sólidos que são gerados e comercializados pelas indústrias de laticínios no Estado de Minas Gerais, em função da capacidade de processamento de leite. Quadro 4 Estimativa da quantidade de resíduo de embalagens gerado pelas indústrias de laticínios Volume de leite Quantidade estimada de resíduo produzido (kg/dia) processado (L/dia) Plástico Embalagem multifoliar Folha de Flandres Alumínio Fonte: MACHADO et al. (2002). 12

14 3.0- Recuperação de subprodutos Processos industriais secundários são operações de manipulação, recuperação e processamento de subprodutos, (CARAWAN e PILKINGTON, 1986). Subprodutos correspondem a todos os produtos que não são diretamente destinados ao consumo e uso humanos (BRAILE e CAVALCANTI, 1979). A recuperação de subprodutos é prática econômica indiscutível e evita que materiais sejam liberados ao ambiente como rejeitos. Nesta etapa ocorre acentuada diferenciação tecnológica entre pequenas e grandes empresas (SILVEIRA, 1999). A produção de subprodutos a partir de resíduos de certos tipos de estabelecimentos pressupõe a existência de quantidades mínimas de resíduos para que possam ser recuperados individualmente de forma econômica. O armazenamento dos resíduos para a formação de lotes economicamente viáveis pode-se tornar altamente oneroso e inconveniente devido a sua rápida deterioração. Além disso, deve se considerar a ociosidade dos equipamentos no caso de pequenos estabelecimentos. Esses fatores dificultam a produção dos subprodutos (BRAILE e CAVALCANTI, 1979). Nos últimos 50 anos algumas alternativas para o aproveitamento do soro de queijo foram desenvolvidas, tais como: destiná-lo para ração animal, secagem, recuperação das proteínas, produção de ácidos orgânicos, produção de biogás, produção de combustível, produção de glicerol, produção de lactose, α- lactoalbumina, β-lactoglobulina, fosfolipoproteínas, peptídeos, proteases e aproveito direto em formulações e outros (SANTOS, 2001; SILVEIRA 2004). Mesmo com todas essas alternativas, estima-se que menos da metade de todo soro produzido no mundo é aproveitado de alguma maneira. A etapa inicial da maioria dos procedimentos adotados para o aproveitamento industrial do soro corresponde à recuperação das proteínas. Esse processo gera um permeado e um concentrado protéico, composto, principalmente, por β- lactoglobulina, α-lactoalbumina e lactoferrina (SANTOS, 2001). Estas proteínas são compostas por aminoácidos essenciais facilmente digeríveis e considerados nutricionalmente completos. A recuperação das proteínas do soro não resolve o problema ambiental, porque o permeado gerado contém toda lactose presente originalmente no soro 13

15 (Viene e Stockar, 1985 citado por SILVEIRA, 2004). Uma alternativa que está sendo considerada há décadas é o aproveitamento desse permeado para a fermentação de leveduras para produção de etanol. No entanto devido ao caráter diluído da lactose do soro de queijo, a produção de álcool a partir desse é economicamente inviável (TIN e MAWSON, 1992). Uma alternativa mais viável e que está ganhando espaço no Brasil, é a utilização do soro para elaboração de novos produtos como: bebidas lácteas; leites fermentados; mistura em sucos e ricota (SANTOS, 2001). Essa tendência pode ser comprovada pela pesquisa realizada pelo SEBRAE/MG (1997), em que se constatou um aumento de 206% na produção de bebidas lácteas no ano de Sistema de Gestão Ambiental (SGA) Um Sistema de Gestão Ambiental corresponde a uma forma lógica, racional e planejada de fazer o controle ambiental, ou seja, qualquer medida que reduza o volume e o potencial poluidor dos resíduos. Esse sistema pode ser implantado pela adoção de medidas simples como: identificar os pontos de geração de resíduos e implementar medidas para reduzir essa geração, fazer a coleta seletiva do lixo facilitando assim o processo de reciclagem, reaproveitar os resíduos para fabricação de um novo produto, fazer reuso de água entre outras Princípios de um Sistema de Gestão Ambiental Um Sistema de Gestão Ambiental está fundamentado nos princípios de prevenção, reciclagem/reuso, otimização da disposição final e ações corretivas, seguindo essa ordem de importância. Os princípios de prevenção e reciclagem/reuso devem ser prioridade na indústria. Qualquer ação implementada visando atender esses dois princípios representará um investimento e trará um retorno financeiro para a empresa. A otimização da disposição final e a aplicação de ações corretivas são exigências da legislação e representam um custo para as empresas (SILVA, 2006). No Quadro 5 estão apresentados cada um dos princípios relacionando suas premissas e medidas que podem ser implementadas para atender cada um. 14

16 Quadro 5 - Princípios do SGA, premissas e exemplos de medidas que podem ser aplicadas para atender cada um. Prevenção Princípios Premissas Exemplos de medidas Reciclagem/Reuso Otimização da disposição final Ações corretivas Fonte: SILVA (2006) Qualquer prática, processo ou técnica que auxilie na redução ou eliminação em volume, concentração e/ou toxicidade dos resíduos na empresa. Uma vez que o resíduo foi gerado, a melhor maneira de minimizar qualquer impacto adverso ao meio ambiente e reduzir o custo para tratar esse resíduo é usar esse material como matéria-prima ou insumo na fabricação de outro produto. Quando o resíduo não puder ser reciclado, uma variedade de processos de tratamento deve ser considerada de modo a reduzir o volume e potencial poluidor dos resíduos e, assim, minimizar o impacto ambiental decorrente de sua disposição final. Deve-se adotar sempre ações educativas e preventivas, prioritariamente àquelas meramente de caráter corretivo. Ações corretivas são sempre aplicadas após ocorrer algum tipo de dano ambiental que pode vir acompanhado de multa e degradação da imagem da empresa. - Modificações nos equipamentos, nos processos ou procedimentos; - Reformulação ou replaneijamento de produtos; - Substituição de matéria-prima. - Reuso do condensado e da água de resfriamento; - Recuperação de subprodutos como o soro que pode ser usado para fabricação de bebida láctea, doce, produção de soro em pó, etc. - Construção das Estações de Tratamento de Efluentes (ETE) que podem ser constituídas por sistemas biológicos, físico-químicos ou a combinação dos dois. - Destinação dos resíduos sólidos para sistemas de compostagem. - Recuperação de áreas degradadas - Recuperação de rios e nascente; - Reflorestamento; - Multas e advertências Ferramentas do Sistema de Gestão Ambiental As ferramentas do SGA constituem um conjunto de técnicas, estratégias, normas e linhas de atuação que tem como principal objetivo orientar passo a passo o processo de implantação e manutenção de um programa de gestão ambiental. No Quadro 6 estão apresentadas essas ferramentas, com seus respectivos princípios, pontos de aplicação e exemplos das medidas aplicáveis. 15

17 Quadro 6 - Ferramentas do Sistema de Gestão Ambiental Ferramentas Princípios/premissas Pontos de aplicação Produção mais limpa (P + L) Técnicas de Prevenção a Poluição (P2) ISO Fonte: SILVA (2006) A produção mais limpa é uma política de caráter preventivo e abrangente que tem como princípio eliminar a poluição durante o processo de produção, não no final da linha de processamento. A P2 refere-se a qualquer prática, processo, técnica e tecnologia que visem a redução ou eliminação em volume, concentração e/ou toxicidade dos poluentes na fonte geradora. A ISO é um conjunto de normas voluntárias, definidas pela ISO, para padronizar e facilitar a implantação do sistema de Gestão Ambiental nas empresas. É aplicada nos processos, produtos e serviços, ou seja, ambiente interno e externo à empresa. É aplicada nos processos e produtos. É aplicada nos serviços, produtos e ambiente de trabalho de qualquer organização pública ou privada. Exemplos - Práticas de reuso de efluentes; - Uso de embalagens recicláveis; - Exigir dos fornecedores matéria prima e insumos produzidos com responsabilidade ambiental; - Incorporação das preocupações ambientais no planejamento e entrega dos serviços. Modificações nos equipamentos, processos ou procedimentos, reformulação ou replanejamento de produtos, substituição de matériasprimas, eliminação de substâncias tóxicas, padronização dos procedimentos de operação e manutenção, treinamento dos funcionários. Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001); Auditorias ambientais (ISO 14010, e 14012); Avaliação do desempenho ambiental (ISO 14031); Rotulagem ambiental (ISO 14020, e 14024); Aspectos ambientais em normas de produtos (ISO 15060); Análise do ciclo de vida do produto (ISO 14040) Gerenciamento de Resíduos na Agroindústria No passado, as indústrias concentravam suas preocupações, exclusivamente com a produção e os lucros. Ações para proteger o meio ambiente eram insignificantes e esta despreocupação foi responsável pela ocorrência de comprometimentos ambientais irreversíveis (PEREIRA e TOCCHETO, 2005). O surgimento de uma legislação ambiental constitui um importante instrumento de controle e fiscalização das atividades industriais, contribuindo para a melhoria da gestão das empresas, inclusive para a implantação de medidas que resultaram na redução do impacto ambiental. No entanto, os custos de disposição de resíduos ainda eram vistos como uma despesa operacional (PEREIRA e TOCCHETO, 2005a). Com a globalização da economia a competitividade entre as empresas aumentou e a margem de lucros diminuiu. Produzir muito pode significar gerar um grande volume de resíduos e conseqüentemente aumentar os custos com 16

18 tratamento. Nesse contexto, o comportamento reativo das empresas é substituído pelo pró-ativo. As operações industriais, neste período, experimentaram mudanças radicais com implicações significativas, principalmente com a introdução das normas de gestão pela qualidade ambiental, a exemplo da série ISO (PEREIRA e TOCCHETO, 2005). As empresas adquiriram uma visão estratégica em relação ao meio ambiente, passando a percebê-lo como oportunidade de desenvolvimento e crescimento. As ações passaram a ser nas fontes geradoras de forma a minimizar a geração dos resíduos, reaproveitar o resíduo e, só em último caso, tratá-lo e dispô-lo de maneira segura (CICHOCKI, 2005). A ação de prevenir e de controlar a poluição nos processos industriais, estrutura-se nos conceitos de redução, reutilização e reciclagem de materiais, o que leva a benefícios como: diminuição dos desperdícios de produtos e de matéria prima; economia de insumos (água, energia elétrica, combustíveis e outros); otimização no uso de produtos químicos; redução do volume de despejos; menores riscos de infrações e multas; aumento de produtividade; dentre outros. Todos esses ganhos fazem com que a empresa reduza, principalmente, os custos de implantação da estação de tratamento de efluentes (ETE), além da melhoria da imagem da empresa com conseqüente aumento da competitividade, (MACHADO et al., 2002 e PEREIRA e TOCCHETO, 2005b). A agroindústria tem buscado novas tecnologias, principalmente visando o aproveitamento de resíduos e implementando sistemas de reuso de água. A aplicação de técnicas de gestão aliada às ferramentas e filosofias atuais como a "emissão zero" (PAULI ), "tecnologia limpa" (CNTL-1998) e sua versão "tecnologia mais limpa" (AMUNDSEN ), "APPCC/HACCP - Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle" (SENAI ) e (GARCÌA ), e "Boas Práticas de Fabricação" (JORDANO ), tem propiciado consideráveis melhorias na redução da emissão de resíduos nas indústrias de alimentos. Esta redução está limitada em parte às necessidades de higienização na indústria (ANDRADE & MACEDO, 1996). Apesar das tecnologias disponíveis ainda é elevado o despejo de resíduos, principalmente utilizando a água como veículo, em função do elevado consumo nas diferentes etapas de higienização. 17

19 Este problema pode ser mais bem equacionado pelo pleno conhecimento do processo tecnológico adotado e das diferentes formas e tecnologias de tratamento dos efluentes (SILVEIRA, 1999). Segundo SILVA (2006), apesar da maioria das empresas da agroindústria já aplicarem algum programa de reciclagem/reuso ou recuperação de subprodutos e preocuparem em reduzir o consumo de água, o conhecimento e aplicação dos princípios e ferramentas do sistema de gestão ambiental ainda são muito pouco explorados. Isso pode ser um reflexo da falta de transferência de conhecimentos dos centros de pesquisa para o mercado e a dificuldade de conscientização e treinamento de uma mão de obra pouco qualificada, além da falta de divulgação dos benefícios que o controle preventivo da geração de resíduos pode trazer para a empresa e sociedade de um modo geral Etapas para implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) na Agroindústria A seguir são descritas as etapas que deverão ser seguidas para implantação de um SGA na agroindústria, segundo manual proposto por SILVA (2006). Esse manual foi desenvolvido a partir de uma adaptação do Guia de Prevenção à Poluição desenvolvido pela EPA (2001) e CETESB (2006). Etapa 1: Comprometimento da direção da empresa A empresa que pretende implantar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) em seus processos produtivos deve ter como premissa básica o comprometimento da direção da empresa com o princípio preconizado por este programa. Este comprometimento contribui de forma significativa para o envolvimento do corpo funcional, gerando o entusiasmo necessário para o desenvolvimento do programa, devendo ser estabelecido por meio de uma Declaração Formal das Intenções da direção da empresa. A Declaração de Intenções tem por objetivo apresentar formalmente a aceitação e o comprometimento, por parte da direção da empresa, na implementação do Sistema de Gestão Ambiental em seus processos/atividades. Os objetivos e as prioridades gerais do programa devem estar inseridos nesta 18

20 declaração, a qual deverá ser divulgada a todos os interessados, ou seja, funcionários, fornecedores e clientes. Um exemplo de Declaração de Intenções é apresentado na Figura 2. DECLARAÇÃO DE INTENÇÕES Na [..nome da empresa...], a proteção do meio ambiente está sendo priorizada por meio da implantação do Sistema de Gestão Ambiental. Esta empresa se compromete a reduzir ou eliminar o uso de substâncias tóxicas, a emissão de poluentes e a geração de todos os tipos de resíduos, principalmente os perigosos e reduzir o consumo de água. Nós nos comprometemos em minimizar qualquer impacto indesejável no ar, água e solo, mesmo quando o uso de substâncias tóxicas, a geração de resíduos sólidos ou a emissão de poluentes tóxicos não puderem ser evitados. Direção da Empresa Figura 2: Exemplo de Declaração de Intenções. Etapa 2: Definição de uma equipe para implementação do SGA Nessa etapa deve ser definida a equipe que irá fazer o estudo da situação ambiental da empresa e posteriormente a implantação do SGA. Essa equipe deve ser formada por pessoas de diferentes setores da empresa, uma vez, que a troca de experiências e a integração dos funcionários será fundamental para o planejamento e implantação das medidas. É importante a presença de pelo menos um técnico que tenha bom conhecimento dos processos produtivos. O número de pessoas que deverá integrar a equipe vai depender do tamanho e da estrutura da empresa. A participação de pessoal externo (consultores, fornecedores, etc.) poderá complementar a equipe, suprindo-a de eventuais deficiências técnicas. A escolha de um líder é fundamental para o bom andamento dos trabalhos, pois dele dependerá a coordenação e, para tanto, é interessante que o líder esteja familiarizado com todos os aspectos operacionais da indústria e possua fácil acesso a todos os níveis hierárquicos da empresa. Como incentivo às participações voluntárias, sugere-se que as idéias recebidas sejam divulgadas em um boletim interno, ou de alguma outra forma que 19

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