PARTE 3 NOVOS PARÂMETROS POPULACIONAIS PARA CURSOS TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO NAS UNIDADES DO IFPR
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- Thomaz Taveira Clementino
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1 PARTE 3 NOVOS PARÂMETROS POPULACIONAIS PARA CURSOS TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO NAS UNIDADES DO IFPR Gilmar José Hellmann 1 Curitiba - Março/2016 Sumário 1. CONTEXTO METODOLOGIA Descrição de Indicadores Previsão com Cenários A e Situação de Vagas para Cursos de Nível Médio Integrados e Concomitantes 2015 e Novos Indicadores e Cenários para os Cursos de Nível Médio Cenários para Cursos de Nível Médio e Pós-Médio de pessoas com idade até 17 anos em QUADROS DE CENÁRIOS DE DEMANDAS POPULACIONAIS E EDUCACIONAIS Situação, Novos Indicadores e Cenários para os Cursos de Nível Médio Cenários para Cursos Nível Pós-Médio Cenários Indicadores Comentários referentes aos Quadros Situação, Novos Indicadores e Novos Cenários para os Cursos de Nível Médio Novos Cenários para Cursos de Nível Médio Subsequentes e Pós-Médio Desafios para os Novos Cenários CONCLUSÃO REFERÊNCIAS CONTEXTO Como ente público federal na condição de Autarquia, prima-se por seguir as orientações políticas, legais e hierárquicas do Ministério da Educação, coordenado pela SETEC. Os procedimentos consequentes que se materializam nas ações do Instituto Federal de Educação do Paraná podem refletir três parâmetros para o Estado do Paraná: estritamente o cumprimento normativo, a adequação macrorregional mas, limitada ao território paranaense e a realização propositiva das metas educacionais com caráter inovador. Neste contexto, os estudos populacionais e educacionais visam fomentar no IFPR a realização da missão institucional racional e inovadora. No primeiro trabalho situou-se o contexto e a tendência populacional das Unidades Educacionais da Autarquia no território paranaense. No segundo, os dados reforçam a situação anterior, mas detalham a realidade local para o público jovem para os Cursos de Nível Médio, referenciando no tempo e no espaço os Campi, considerando as diversidades regionais do Paraná. Este terceiro estudo propõe-se como alternativa para os cenários anteriores, portanto uma perspectiva positiva e proativa para efetivação dos recursos institucionais para Cursos de Nível Médio. Os fundamentos desta última perspectiva asseveram-se: nas diretrizes que orientam a criação dos Institutos Federais de Educação, destacando-se a inserção 1 Técnico Administrativo Educacional (TAE), na função de Administrador, lotado na Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (PROPLAN) do IFPR. SIAPE CRA/PR Colaboraram na revisão: Karen M.R.L Rodrigues Técnica em Secretariado (PROENS/IFPR); Prof. Evandro C. Rolin (PROPLAN/IFPR). 1
2 regional; no atendimento da população que necessita de formação técnica e científica, mas não possui as condições econômicas e sociais (ex. Faixa etária) delimitadas por outros ofertantes (rede estadual, municipal e privada); e no múnus público da ética e dos fundamentos da Constituição Federal. Portanto, no contexto atual, as ações de Ensino, Pesquisa e Extensão estabelecem alguns desafios para o IFPR: se para cumprir a meta de oferta de 50% de vagas para Cursos de Nível Médio Integrados e Concomitantes, tende-se a acirrar a disputa pela mesma população na faixa etária entre os diferentes atores sociais (Federal, Estadual e Privado); consequentemente logrará êxito aquele mais eficiente e eficaz na fase de divulgação e manutenção dos estudantes. Caberia então algumas perguntas para a autorreflexão: Há condições no IFPR para lograr sucesso nesta disputa de mercado? Seriam aqueles públicos estudados os únicos para a efetiva missão institucional? Os Cursos de Nível Médio Integrados em 4 anos é fator positivo neste contexto? Os cursos atualmente ofertados estariam alinhados com a oferta/demanda das realidades econômicas regionais? Por que o jovem optaria pelo IFPR e não por outro ofertante entre os 15 e 17 anos? Em relação aos Cursos de Nível Médio Subsequentes, o que levaria o jovem/adulto a realizar Cursos Técnicos de Nível Médio de 2 a 4 anos, quando poderia cursar Cursos Tecnólogos com status de nível superior, tendo o registro nas categorias de classe? A oferta de Cursos de Nível Médio Subsequentes na modalidade Ensino a Distância pelo próprio IFPR seria potencial concorrência intrainstitucional na demanda populacional? Se a Instituição considerar sua inviabilidade na oferta/demanda para Nível Médio e reforçar oferta de Cursos de Nível Superior, não interfeririam em políticas e recursos públicos de outros entes das esferas estadual e federal? Estas são algumas questões; outras poderão surgir na análise dos dados e informações que serão apresentados nos novos cenários, objetivo deste trabalho. Não se trata de direcionar o caminho para a eficiência institucional na relação candidato/vaga, mas sugerir possibilidades, outras alternativas e ampliar horizontes para consecução da missão institucional. No entanto, as novas oportunidades também possuem desafios institucionais internos (adequação da estrutura humana e pedagógica) e externos (do público-alvo). A proposição geral deste estudo é apresentar possível demanda populacional disponível identificada na Economicamente Ativa, a partir dos 18 anos de idade, mas com formação educacional entre o Ensino Fundamental Completo e o Ensino Médio Incompleto. Ou seja, seriam potenciais alunos para os Cursos de Nível Médio com o perfil jovem/adultos. Em relação aos estudos anteriores, parece haver maior margem populacional disponível e com menos concorrência de atores públicos e privados ofertantes para este público. O estudo possibilita as informações para visualizar potencial público para atividades educacionais nos Cursos de Nível Pós-Médio, mas não é o enfoque deste estudo. 2. METODOLOGIA A estrutura metodológica segue procedimentos e metodologia similares aos trabalhos anteriores, seja tanto em relação ao período de estudo quanto às fontes utilizadas. Serão apresentados dois grupos de informações: o primeiro refere-se aos potenciais alunos para os Cursos de Nível Médio, independente da idade após 18 anos, demonstrados nos Quadros 1 a 3; o segundo grupo delimita-se a pessoas que possuíam até 17 anos em 2015 e que estivessem finalizado os Cursos de Nível Médio nas Unidades 2
3 do IFPR, potencializando-se alunos para Ensino Médio Subsequentes ou Pós-Médio, denominação utilizada para identificar estes novos cenários; identificados nos Quadros 4 e Descrição de Indicadores Previsão com Cenários A e Situação de Vagas para Cursos de Nível Médio Integrados e Concomitantes 2015 e Neste item, o Quadro 1 relaciona os Cenários A 2 referentes à quantidade de alunos matriculados com 15 anos (2015), 16 anos (2016) e 17 anos (2017). Na sequência, são apresentadas as vagas disponibilizadas e os candidatos inscritos para os Cursos de Nível Médio Integrados e Concomitantes nos anos de 2015 e Novos Indicadores e Cenários para os Cursos de Nível Médio Referem-se às informações dos Quadros 2 e 3. a) Economicamente Ativa (PEA): foram consideradas as pessoas estratificadas no Censo 2010, mas que a partir de 2015 teriam alcançado 18 anos ou mais. Optou-se por este indicador porque inclui-se a Ocupada (empregados, autônomos, empregadores e não remunerados) e a Desocupada (não tinham trabalho na época da pesquisa mas estavam disponíveis para ocupação) 4. b) Pessoas Empregadas com Ensino Fundamental Completo (EFC): com base em dados de 2014, possuíam potencial de prosseguirem seus estudos na etapa seguinte do Ensino Regular do Ensino Médio. c) Pessoas Empregadas com Ensino Médio Incompleto (EMI): com base em dados de 2014, possuíam potencial de concluírem os estudos na etapa Ensino Regular que se encontram, mas também possibilidade para frequentar Cursos de Nível Médio Subsequentes. d) Cenário A - Potencial de Pessoas Empregadas com EMI + EFC sobre o total de PEA: este indicador gera um público estimado em pessoas que potencialmente, com ou sem trabalho, necessitariam complementar os estudos de nível médio. e) Cenário B Potencial de Pessoas considerando o Cenário anterior descontando os alunos matriculados na modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos). f) Diferença entre Censitária (2010) e Estimada (2015): indicador já utilizado na formação de cenários populacionais, tem a intenção corrigir a atualização entre o censo e a estimativa realizada pelo IBGE. g) Cenário C Potencial de pessoas do Cenário B acrescido da diferença da percentual do item f Cenários para Cursos de Nível Médio e Pós-Médio de pessoas com idade até 17 anos em 2015 Referem-se aos Quadros 4 e 5 a) Propõe-se quatro cenários distintos, similares aos Cenários anteriormente 2 Parte 2 - Parâmetros Populacionais Convergentes à Demanda Educacional para Nível Médio. 3 Durante a realização do estudo, ocorreu o Processo Seletivo 2016, não sendo possível disponibilizar a quantidade de candidados/vaga deste período. 4 Informações detalhadas sobre a definição dos indicadores estão disponíveis no site do IBGE, Pesquisa Mensal de Emprego/Notas Metodológicas/2. Conceitos principais: 3
4 apresentados 5, sendo que as possibilidades se modificam ao acrescentar diferentes indicadores, ampliando ou reduzindo o número provável de pessoas para os Cursos de Nível Médio Subsequentes e também de Nível Superior. A referência deste cenário é o conjunto de pessoas na idade ideal de 15 a 17 anos, não estratificado. b) Indicadores: utilizam-se quase os mesmos indicadores do estudo anterior. Difere-se a taxa de matrícula no Ensino Médio, na qual relacionam-se as matrículas do Sistema Federal, mas não são contabilizadas na elaboração dos cenários, já que somente estes são considerados potenciais para o IFPR. O indicador Censo Populacional refere-se ao total da população em idade ideal (15 a 17 anos) e não estratificada. 3. QUADROS DE CENÁRIOS DE DEMANDAS POPULACIONAIS E EDUCACIONAIS 3.1 Situação, Novos Indicadores e Cenários para os Cursos de Nível Médio Quadro 1 Previsão dos Cenários A (2015 a 2017) e Situação de Oferta/Demanda de Vagas e Candidatos PREVISÃO DOS CENÁRIOS A (2015 A 2017) E SITUAÇÃO OFERTA/DEMANDA DE VAGAS E CANDIDATOS PREVISÃO SITUAÇÃO VAGAS E CANDIDATOS PARA CURSOS DE PREVISÃO POPULACIONAL PARA CURSOS DE NÍVEL NÍVEL MÉDIO MÉDIO (INTEGRADO E CONCOMITANTE) CENÁRIO A INTEGRADO/CONCOMITANTE Critério Pessoas Pessoas Pessoas Vagas Candidatos Vagas Candidatos Campus do IFPR Estado do Paraná Assis Chateaubriand Astorga Barracão Campo Largo Capanema Cascavel Colombo Coronel Vivida Curitiba Foz do Iguaçu Goioerê Irati Ivaiporã Jacarezinho Jaguariaíva Londrina Palmas Paranaguá Paranavaí Pinhais Pitanga Quedas do Iguaçu Telêmaco Borba Umuarama União da Vitória Fonte: IPARDES/ Adpatação da PROPLAN do IFPR 5 Convergente à Demanda Educacional para Cursos de Nível Médio Integrados e Concomitantes. 4
5 Quadro 2 Novos Indicadores e Cenários Populacionais e Educacionais para Cursos de Nível Médio NOVOS INDICADORES E CENÁRIOS POPULACIONAIS E EDUCACIONAIS PARA CURSOS DE NÍVEL MÉDIO PREVISÃO POPULAÇÃO COM 18 ANOS OU + PARA CURSOS DE NÍVEL MÉDIO Economicamente Atva (PEA)* CENÁRIOS CENÁRIO A CENÁRIO B CENÁRIO C CRITÉRIOS Pessoas Percentual Percentual Pessoas Pessoas Percentual Pessoas Campus do IFPR / / Estado do Paraná % 9% ,88% Assis Chateaubriand % 7% ,03% Astorga % 13% ,17% Barracão % 10% ,10% 974 Campo Largo % 8% ,43% Capanema % 9% ,04% Cascavel % 11% ,28% Colombo % 10% ,14% Coronel Vivida % 9% ,45% Curitiba % 6% ,27% Foz do Iguaçu % 12% ,00% Goioerê % 12% ,36% Irati % 9% ,23% Ivaiporã % 8% ,81% Jacarezinho % 9% ,87% Jaguariaíva % 8% ,71% Londrina % 9% ,20% Palmas % 13% ,16% Paranaguá % 9% ,25% Paranavaí % 9% ,35% Pinhais % 9% ,58% Pitanga % 7% ,67% Quedas do Iguaçu % 11% ,77% Telêmaco Borba % 7% ,50% Umuarama % 8% ,49% União da Vitória % 9% ,69% *PEA de 2010 com mais de 19 anos atualmente; ** Ensino Fundamental Completo; ***Ensino Médio Incompleto Fonte: IPARDES/ Adpatação da PROPLAN do IFPR Pessoas Empregadas com EFC** Pessoas Empregadas com EMI*** Potencial EFC + EMI sobre PEA Público Potencial descontado Matrículas Modalidade EJA Censitária (2010) e Estimada (2015) Potencial 5
6 Quadro 3 Comparativo de Novos Indicadores e Cenários Populacionais e Educacionais para Cursos de Nível Médio COMPARATIVO DE NOVOS INDICADORES E CENÁRIOS POPULACIONAIS E EDUCACIONAIS PARA CURSOS DE NÍVEL MÉDIO SITUAÇÃO IFPR NOVOS INDICADORES NOVOS CENÁRIOS PREVISÃO POPULACIONAL PARA CURSOS DE NÍVEL MÉDIO (INTEGRADO E CONCOMITANTE) CENÁRIOS A CENÁRIOS CENÁRIO A CENÁRIO B CENÁRIO C Critério Pessoas Pessoas Pessoas Vagas Vagas Pessoas Percentual Percentual Pessoas Pessoas Percentual Pessoas Campus do IFPR/ Período / / Estado do Paraná % 9% ,88% Assis Chateaubriand % 7% ,03% Astorga % 13% ,17% Barracão % 10% ,10% 974 Campo Largo % 8% ,43% Capanema % 9% ,04% Cascavel % 11% ,28% Colombo % 10% ,14% Coronel Vivida % 9% ,45% Curitiba % 6% ,27% Foz do Iguaçu % 12% ,00% Goioerê % 12% ,36% Irati % 9% ,23% Ivaiporã % 8% ,81% Jacarezinho % 9% ,87% Jaguariaíva % 8% ,71% Londrina % 9% ,20% Palmas % 13% ,16% Paranaguá % 9% ,25% Paranavaí % 9% ,35% Pinhais % 9% ,58% Pitanga % 7% ,67% Quedas do Iguaçu % 11% ,77% Telêmaco Borba % 7% ,50% Umuarama % 8% ,49% União da Vitória % 9% ,69% Fonte: IPARDES/ Adpatação da PROPLAN do IFPR VAGAS PARA CURSOS DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO Economicamente Atva (PEA)* Pessoas Empregadas com EFC** Pessoas Empregadas com EMI*** Potencial EFC + EMI sobre PEA Público Potencial descontado as Matrículas na Modalidade EJA Censitária (2010) e Estimada (2015) Potencial 6
7 3.2 Cenários para Cursos Nível Pós-Médio Cenários Quadro 4 Cenários Populacionais e Educacionais para Cursos de Nível Pós-Médio ou Médio Subsequentes em 2015 CENÁRIOS POPULACIONAIS E EDUCACIONAIS PARA CURSOS DE NÍVEL PÓS-MÉDIO OU MÉDIO SUBSEQUENTES EM 2015 Fórmula (G-D) (G - (D+(D*(E+F)))) (G+(G*H)) - (D+(D*(E+F))) (G+(G*H+I)) - (D+(D*(E+F))) Possibilidades Cenário A Cenário B Cenário C Cenário D Descrição dos Indicadores/ Unidades do IFPR Censo Populacional Total de Matriculas 2014 de Ensino Médio Censo Populacional 2010-Total de Matrículas (Taxa Evasão e Repetência) Censo Populacional 2010+(Taxa de Migração)-Total de Matrículas (Taxa Evasão e Repetência) Censo Populacional 2010+(Taxa de Migração+Diferença Censo)-Total de Matrículas (Taxa Evasão e Repetência) Estado do Paraná Assis Chateaubriand Astorga (CA) Barracão (DE/RF) Campo Largo (RMC) Capanema Cascavel (RM) Colombo (RMC) Coronel Vivida (CA) Curitiba (RMC) Foz do Iguaçu (RF) Goioerê Irati Ivaiporã Jacarezinho (RMLO) Jaguariaíva Lapa (CA/RMC) Londrina (RMLO) Palmas Paranaguá Paranavaí Pinhais (RMC) Pitanga Quedas do Iguaçu (CA) Telêmaco Borba Umuarama (RM) União da Vitória (DE) Abrev iações: CA - Campus Av ançado; DE (Div isa com Estado); RM Região Metropolitana; RMC Região Metropolitana de Curitiba; RMLO Região Metropolitana de Londrina. Público prev isto na sequencia de curso pós Ensino Médio segundo a f aixa etária até 18 anos. Fonte: adaptação PROPLAN/. 7
8 3.2.2 Indicadores Quadro 5 - Indicadores Educacionais e Populacionais para Cursos de Nível Médio Subsequentes ou Pós-Medio nas Unidades do IFPR em 2015 INDICADORES EDUCACIONAIS E POPULACIONAIS PARA CURSOS DE NÍVEL MÉDIO SUBSEQUENTES OU PÓS-MEDIO NAS UNIDADES DO IFPR EM 2015 Indicadores da Fórmula A B C D E F G H I Indicadores Educacionais Indicadores Populacionais Descrição dos Indicadores Taxa de Matrícula no Ensino Médio Taxa de Repetência Final do EF Taxa de Evasão Final do EF Censo Populacional Atualizado de 15 a 17 anos Taxa de M igração Diferença Censo e Estimada Sistema Público Sistema Público Sistema Total de M atrículas Federal Estadual Privado (Exceto Federal) Período Nº de Unidade de Unidades do IFPR Nº de Alunos Nº de Alunos Nº de Alunos Alunos Percentual Percentual Pessoas Percentual Percentual Estado do Paraná ,6% 6,4% ,18% 6,88% 1. Assis Chateaubriand ,6% 6,8% ,54% 3,03% 2. Astorga* ,0% 6,7% ,83% 5,17% 3. Barracão ,6% 10,5% 566-4,84% 5,10% 4. Campo Largo ,3% 5,0% ,44% 10,43% 5. Capanema ,5% 6,0% 878-2,97% 4,04% 6. Cascavel ,8% 6,8% ,81% 9,28% 7. Colombo ,0% 10,4% ,74% 9,14% 8. Coronel Vivida* ,3% 3,5% ,36% 0,45% 9. Curitiba ,6% 5,3% ,16% 7,27% 10. Foz do Iguaçu ,3% 6,4% ,03% 3,00% 11. Goioerê ,5% 5,6% ,06% 2,36% 12. Irati ,9% 6,6% ,95% 6,23% 13. Ivaiporã ,2% 5,2% ,26% 2,81% 14. Jacarezinho ,9% 9,0% ,78% 2,87% 15. Jaguariaíva ,4% 8,3% ,12% 5,71% 16. Lapa* ,4% 2,1% ,08% 5,84% 17. Londrina ,3% 2,9% ,08% 8,20% 18. Palmas ,1% 11,3% ,96% 11,16% 19. Paranaguá ,8% 6,4% ,12% 7,25% 20. Paranavaí ,5% 3,6% ,13% 6,35% 21. Pinhais ,7% 10,2% ,50% 8,58% 22. Pitanga ,3% 1,1% ,53% -0,67% 23. Quedas do Iguaçu* ,2% 6,3% ,86% 7,77% 24. Telêmaco Borba ,9% 5,4% ,30% 8,50% 25. Umuarama ,1% 6,1% ,68% 7,49% 26. União da Vitória ,90% 8,40% ,65% 6,69% Fontes Fontes: 1, 2, 3 - Secretaria Estadual de Educação do Paraná/ Superintendência de Desenv olv imento Educacional SUDE; 4 Adaptação PROPLAN/IFPR; 5 Ipardes/BDE Web/Taxa de Repetência; 5, 7 Ipardes/ Anuário Estatístico do Estado do Paraná 2013/ Item 5.1 Indicadores Sociais e Demográficos; 6 - Ipardes/BDE Web/ Censitária; 8 Adaptação PROPLAN/Ipardes Estimada/ Censitária 8
9 3.3 Comentários referentes aos Quadros Situação, Novos Indicadores e Novos Cenários para os Cursos de Nível Médio a) Quadro 1 Previsão dos Cenários A (2015 a 2017) e Situação Oferta/Demanda de Vagas e Candidatos Por se tratar de trabalho científico, o pesquisador não pode se furtar a apresentar as diferenças entre o estimado e o realizado. Se há divergências em relação a estudos anteriores, não significa necessariamente erro, mas a possibilidade de propor novas hipóteses e respostas. Há possíveis explicações possíveis para as divergências entre Cenário A e Vagas e Candidatos. * Os Cenários trabalham com pessoas exclusivamente na idade ideal para o ingresso no 1 o Ano do Ensino Médio, ou seja, com a idade de 15 anos. Questiona-se se todos os candidatos do processo seletivo estariam com a idade ideal, aquém (14 anos) ou além dela (16 anos). * O comparativo entre 2016 e 2015, mostra que no total foram ofertadas 0,54% de vagas a mais e houve diminuição de 27,93% de candidatos. * Dados de matrículas do Censo 2014 já demonstravam elevação de 11,6% na faixa etária entre 12 e 14 anos na totalidade estadual, desconsiderando as características localizadas (Unidades do IFPR). * Cidades polarizadoras, especialmente nas Regiões Metropolitanas, poderiam influir positiva ou negativamente no quantitativo populacional não autóctone. * Estratégias efetivas dos Núcleos Regionais de Educação e de unidades escolares estaduais para diminuição da evasão e da repetência podem influenciar na disponibilidade quantitativa de alunos nos anos finais do Ensino Fundamental para ingresso no Ensino Médio. * Fatores econômicos localizados, como no caso de Telêmaco Borba, cujo vetor produtivo sustenta-se na atividade primária (madeira), e que a instalação de grandes empresas influenciou na geração de empregos diretos e indiretos provocam mudanças populacionais e consequentemente no quantitativo de matrículas. * A carência de estudos socioeconômicos dos Campi não permite relacionar outros fatores endógenos locais e regionais que poderiam influenciar nas dinâmicas populacionais, como nas Unidades de Fronteira (estadual ou nacional). * O empenho local da gestão (direção e outros servidores) para divulgação do Processo Seletivo e a diversidade de estratégias do campus também pode ser diferencial para completar o quadro de vagas ofertadas. b) Quadro 2 Novos Indicadores e Novos Cenários para Cursos de Nível Médio No quadro 2, os indicadores propõe o potencial de pessoas que pertencem à PEA ( Economicamente Ativa), que encerraram o Ensino Fundamental, mas não concluíram o Ensino Médio. Portanto, o resultado de pessoas como potencial para cursarem os Cursos de Nível Médio não tem como parâmetro a questão etária. Deste pressuposto decorre que: a) O público-alvo seria diversificado, com perfil pedagógicoformativo da Educação de Jovens e Adultos (EJA); b) Se estas pessoas estiverem empregadas, a complementação dos estudos as possibilitaria a formalização dos estudos; c) Se estiverem desempregadas, será a oportunidade para qualificação e reforço para ingresso no mercado de trabalho; d) A conclusão dos estudos de Ensino Médio oportunizaria a continuidade dos estudos em Cursos Técnicos Subsequentes, Tecnólogos e Superiores da própria instituição, contribuindo com a verticalização e atendimento aos itinerários formativos. 9
10 Destes indicadores, gerou-se três cenários possíveis. O Cenário A seria aquela população potencial anteriormente descrita. O Cenário B especifica os números potenciais de alunos, pois considera as pessoas matriculadas nos Cursos de Educação de Jovens e Adultos (não especifica o nível, se de Ensino Fundamental ou Médio). No Cenário C, acrescentou-se a diferença percentual entre o Censo e a Estimada. Exceto no município de Pitanga, em todas as demais Unidades, em média, o percentual é positivo em 7%, mas pode acrescentar até 11% (Palmas) no potencial populacional para cursar imediatamente os Cursos de Nível Médio. c) Quadro 3 Comparativo de Novos Indicadores e Novos Cenários para Cursos de Nível Médio No Quadro 3, pode-se visualizar de forma comparativa os possíveis Cenários A, a oferta de vagas e os Novos Cenários. Percebe-se o contraste quantitativo do potencial populacional entre o público de 14 a 17 anos e o novo público-alvo sem o parâmetro etário. Certamente os Novos Cenários também interpõem novos desafios estruturais, organizacionais e pedagógicos para o IFPR. Destarte a exigência de adaptação da instituição para o novo, sem comprometer a realização da missão institucional da autarquia Novos Cenários para Cursos de Nível Médio Subsequentes e Pós-Médio a) Quadro 4 Cenários Populacionais para Cursos de Nível Médio Subsequentes e Pós-Médio em 2015 Os Cenários (A, B, C, D) do Quadro 4 apresentam dados majoritariamente positivos. Indicam a possibilidade de planejamento organizacional para atender demandas significativas de pessoas que pretendem estudar em Cursos de Nível Médio Subsequentes e Pós-Médio. Portanto, tais cenários serviriam também para o planejamento quantitativo em Cursos Tecnólogos ou de Graduação. Com esta finalidade, sugere-se a elaboração de novos estudos específicos para os Cursos de Nível Superior, como aqueles já realizados nos Boletins Informativos disponíveis no Observatório Regional Desafios para os Novos Cenários Entre os desafios para os Novos Cenários pode-se iniciar por aqueles propostos na 34ª reunião da Reditec, subsidiados pelo Plano Nacional de Educação (PNE): a) oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos Níveis Fundamental e Médio, na forma integrada à Educação Profissional e Tecnológica (EPT); b) triplicar as matrículas da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público; c) as metas requerem mudanças no valor social da formação técnica e profissional A EPT deve se tornar uma escolha natural para os jovens do Nível Médio. Além destes, há outros desafios, que tratam de questões políticas, curriculares 7 e culturais que impactam na atratividade dos jovens do Nível Médio pela formação técnica 6 Sugere-se a metodologia de pesquisa realizada no item 3.8 do Boletim Informativo do Campus Goioerê (p. 30). Disponível em: < 04-Campus-Avan%C3%A7ado-Goioere-1008.pdf> 7 A oferta do Curso de Nível Médio Integrado com 4 anos pode ensejar eficácia de aprendizagem (tempo e conteúdo), mas também arrojo para o tempo de permanência do jovem em nível técnico profissionalizante. 10
11 (FERES, 2015). No caso específico da Rede Federal presente no Estado do Paraná, por meio do IFPR, concita-se duas situações: a) As metas do Plano Estadual de Educação que pretende atender 100% da população em idade ideal para Cursos do Nível Médio, inclusive ofertando Cursos Concomitantes; b) Na Autarquia Paranaense (IFPR), os Itinerários Formativos, a Certificação de Saberes (EJA) e o Ensino a Distância necessitam de políticas claras para não haver conflito de interesse de público e de recursos para o mesmo fim. Os conflitos podem ocorrer em virtude das parcerias realizadas ou não previstas entre setores que atendem o mesmo público afim (Estado, Setor Produtivo, outros) 8. Se o presente estudo sugere alternativas para a questão quantitativa de população a frequentar os Cursos Técnicos de Nível Médio Integrados, Concomitantes ou Subsequentes, transcendendo a faixa etária até 18 anos ou logo posteriores, também há de verificar se há estrutura pedagógica e humana na Autarquia para sustentar as novas demandas de público jovem/adulto e em períodos alternativos, como o noturno. Sugere-se que cada equipe das Pró-Reitorias e dos Campi que tiverem acesso a este documento, visualizem os quadros propostos e construam um Quadro de Análise nas perspectivas SWOT e PEST-A, como aquele realizado e comentado em Estudo 9 anterior. Propostos os desafios, acredita-se na capacidade de adaptação e adequação da Autarquia do Ensino Tecnológico e Profissionalizante (EPT), tendo como horizonte a gestão administrativa pública eficiente, eficaz e efetiva. 4. CONCLUSÃO Diante do cenário de mudança no perfil populacional, a diminuição do quantitativo de jovens até 18 anos e o aumento de ofertantes de vagas para Cursos de Nível Médio, o estudo propõe como alternativa novos focos em público jovem/adulto. Para tal, faz-se necessário conhecer melhor as localidades e as microrregiões onde estão inseridos os Campi do IFPR. O estudo se propõe a ser parâmetro, mas não é condição sine qua non (sem a qual não pode ser). Os indicadores e cenários podem servir, entre outros, como sinal para o conhecimento e a melhor construção identitária do IFPR em sua localidade e região. Por exemplo, se o número de candidatos por vaga tem aumentado e está acima dos números propostos nos cenários, é possível deduzir a elevação do grau de atratividade institucional. Estes novos cenários apresentam-se como alternativas possíveis para consecução da missão institucional, realizando as diretrizes institucionais e otimizando estruturas do IFPR. Portanto, o trabalho pode suscitar questionamentos e indicar perspectivas que até o presente não se haviam vislumbrado. O consenso pode ser a razão de ser da Instituição. O filósofo Aristóteles, no livro Ética a Nicômaco, 1985, p. 17, afirma: Se há, então, para as ações que praticamos alguma finalidade que desejamos por si mesmas, sendo tudo mais desejado por causa dela, e se não escolhemos tudo por causa de algo mais (se fosse assim, o processo prosseguiria até o infinito, de tal forma que nosso desejo seria vazio e vão), evidentemente tal finalidade deve ser o bem e o melhor dos bens. 8 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio - Documento Base. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Brasília, dezembro de 2007, p Parte 2 - Parâmetros Populacionais Convergente à Demanda Educacional para Cursos Técnicos de Nível Médio nas Unidades Educacionais do Instituto Federal de Educação (IFPR). 11
12 Neste caso, o bem maior seria a realização efetiva eficiente e eficaz da missão institucional, mesmo que para isto se necessite rever ações, objetivos e diretrizes. A efetivação da ética pública fundamenta-se também no Princípio da Isonomia e da Razoabilidade do Serviço Público. Estes são fatores de ponderação dos Atos Administrativos, que pautam os relatórios do Tribunal de Contas da União. Além destes fundamentos, citam-se outras propostas e iniciativas institucionais, como a do Observatório Regional, com fundamento técnico, científico e metodológico, que pode ser um dos canais de aproximação entre as atividades administrativas da Autarquia com o desenvolvimento regional sustentável. Entretanto, seria pertinente dar amplo conhecimento destes desafios dentro e fora da instituição, a fim de possibilitar um planejamento estratégico amparado em informações técnicas e mensuráveis, auxiliando na tomada de decisões políticoadministrativas com suporte hodierno, sem comprometer recursos num futuro próximo. REFERÊNCIAS ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. 2ª ed. Editora Universidade de Brasília BRASIL. Decreto Nº de 5 de Novembro de Altera e acresce dispositivos ao Regulamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SENAC, aprovado pelo Decreto n o , de 5 de dezembro de FERES, Marcelo M. Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento da EPT no Brasil até XXXIX edição da Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação (Reditec). Fortaleza, 21 de outubro de Apresentação em PPT. 12
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Orgão vinculado ao Ministério da Educação. 3
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