INOVAÇÃO, MUDANÇAS INSTITUCIONAIS E DESENVOLVIMENTO DO SETOR PESQUEIRO DO MUNICÍPIO DE VIGIA DE NAZARÉ, ESTADO DO PARÁ RESUMO

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1 INOVAÇÃO, MUDANÇAS INSTITUCIONAIS E DESENVOLVIMENTO DO SETOR PESQUEIRO DO MUNICÍPIO DE VIGIA DE NAZARÉ, ESTADO DO PARÁ José Nazareno Araújo dos Santos * Ana Paula Vidal Bastos ** RESUMO A inovação é considerada por Celso Furtado e pela teoria neoschumpeteriana como importante instrumento de promoção do desenvolvimento, por provocar um dinamismo econômico capaz de transformar cenários sem qualquer perspectiva de mudança. Principalmente em regiões pouco desenvolvidas ou quase sem nenhum grau de desenvolvimento, como no município paraense de Vigia de Nazaré, e no setor industrial da pesca. Este município se destaca em relação aos demais municípios do Estado pela presença de empreendedores que vem liderando o processo de introdução de tecnologias na industrialização de pescado favorecendo não só o desenvolvimento sustentável da atividade como a inserção de trabalhadores no mercado formal de emprego. A adoção de inovações causa mudanças nos agentes públicos enrobustecendo as instituições ligadas à atividade. Observou-se um ambiente favorável à endogeneização do desenvolvimento local, e a possibilidade de se estender o modelo para as esferas estadual e regional. Palavras-chave: Inovação. Desenvolvimento local. Pesca-Vigia de Nazaré-Pará * Economista; Mestre em Planejamento do Desenvolvimento pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA/UFPA). Professor Assistente de Economia do Instituto de Estudos Costeiros da Faculdade de Engenharia de Pesca da UFPA. Bragança-Pa. jnazarenoaraujo@uol.com.br ** Doutora em Economia pela Universidade de Tsukuba, Japão. Professora Adjunta do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA/UFPA). Belém-PA. pbastos@ufpa.br Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun

2 INNOVATION, CHANGE INSTITUCIONAL AND DEVELOPMENT OF THE FISHING SECTOR OF THE CITY OF VIGIA OF NAZARÉ, STATE OF PARÁ ABSTRACT The innovation is considered by Celso Furtado and for the neoschumpeterian theory as important instrument of promotion of the development, have seen to provoke an economical dynamism before capable to change sceneries without any change perspectives, mainly in areas little developed or almost without any development degree, as in the municipal district paraense of Vigia de Nazaré, especially in the industrial section of the fishing. This municipal district stands out in relation to the other municipal districts of the State for the entrepreneurs presence that is leading the process of introduction of new technologies in the fish industrialization favoring not only the maintainable development of the activity as the workers insert in the formal market of job. The adoption of innovations is causing changes in the agent s public nourishing the linked institutions to the activity. A favorable atmosphere was observed to the endogenous form of the local development, and the possibility of could extend the model for the state and regional spheres. Key words: Innovation. Local development. Fishery - Vigia de Nazaré-Pará. Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun

3 1 INTRODUÇÃO O processo de adoção de inovação como instrumento referencial de promoção do desenvolvimento tornou-se importante na literatura econômica por volta dos fins dos anos 1970 e início dos anos Esta questão ganhou dimensão no cenário acadêmico não somente por sua capacidade de modificar os ambientes onde é introduzida, mas principalmente pela disposição de dinamizar e impulsionar o desenvolvimento econômico, aspecto que toma uma dimensão especial na teoria neoschumpeteriana. É verdadeiro, também, que para o desenvolvimento econômico seja atingido, a partir do desenvolvimento e adoção de inovações, faz-se necessário uma pré-disposição local e isto decorre da formação de um ambiente favorável, onde haja instituições capazes de provocar ou mesmo sustentar ações empreendedoras voltadas para esse fim. A atividade pesqueira do município de Vigia de Nazaré tem na inovação um ponto de atratividade de políticas institucionais direcionadas para a criação de um ambiente favorável ao processo de desenvolvimento do setor o que coloca o município em lugar de destaque no estado do Pará. Isto leva a configurar um aglomerado produtivo local inovador (APLi), o qual poderá formar um ambiente institucional capaz de tornálo sustentável ao longo do tempo e com elevada possibilidade de desenvolvimento local. Assim sendo, este artigo procura mostrar tal processo, ressaltando questões que levam a uma reflexão sobre os efeitos causados na dinâmica econômica local, bem como sua importância como referência para políticas públicas que procure dinamizar a atividade no Estado como um todo. Além desta introdução apresenta duas seções sobre as discussões teóricas no âmbito da inovação e do desenvolvimento local, uma delas destaca o setor pesqueiro industrial vigiense, e as considerações finais, onde se apontam as principais questões discutidas. 2 O PAPEL DA INOVAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO: BREVES REFLEXÕES O desenvolvimento e a adoção de inovação mostra-se como um processo que requer um esforço dos diversos agentes envolvidos na atividade econômico, objeto da mudança. Em alguns casos, principalmente em locais onde o desempenho macro das forças produtivas é subdesenvolvido, as dificuldades de implantação de novas formas de organização da produção e a criação de produtos podem tornar-se o estágio mais importante a ser superado. Esta questão é tratada com elevado teor de importância pela teoria neoschumpeteriana, a qual Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun tem como ponto central de análise o papel exercido pela inovação (tecnológica) e como o seu processo de mudança acaba influenciando na dinâmica da atividade econômica capitalista (POSSAS, 1989; ROSENBERG, 2006). De acordo com Nelson e Winter (2005, p.39) a preocupação central da teoria evolucionária diz respeito aos processos dinâmicos que determinam conjuntamente os padrões de comportamento da firma e os resultados de mercado ao longo do tempo. O processo de desenvolvimento sustentado pelo avanço tecnológico, portanto, deve ocorrer endogenamente às estruturas produtivas. 181

4 A abordagem neoschumpeteriana, tendo as inovações tecnológicas como o cerne de suas discussões sobre desenvolvimento, busca inspiração nos fundamentos de Schumpeter à dinâmica capitalista ao mesmo tempo em que tenta mostrar os processos periódicos de transformação econômicos e institucionais condicionados pela evolução capitalista, sob distintos níveis de intensidade e abrangência (POSSAS, 1989) e fazendo da firma capitalista a unidade de análise principal de sua elaboração teórica (PAULA et al., 2001). Entretanto, embora a firma seja de fato o agente desencadeador das mudanças paradigmáticas, decorrentes do processo de adoção e/ou desenvolvimento de inovações, é importante se evidenciar que os aspectos socioinstitucionais e ambientais assumem um papel relevante na conjuntura e da própria concepção do progresso técnico. Neste sentido, Pavitt (1984) chega à conclusão de que as origens do progresso técnico estão vinculadas à presença de distintos setores industriais, bem como das relações existentes internamente entre os setores e destes com outras instituições. Furtado (2000) no âmbito de discussão da inovação e o seu papel em relação ao desenvolvimento tem importantes pontos comuns com os neoschumpeterianos, principalmente com a linha que discute os sistemas de inovação, que para promover o desenvolvimento precisa de suportes que a tornem um poderoso instrumento de transformação social e local, os quais vão desde aspectos econômicos aos sociais. É preciso enquadrar os agentes econômicos nas estruturas que permitem a realização do desenvolvimento. Desta forma, a inovação é importante para promover o desenvolvimento, pois parte de uma racionalidade humana que permite estabelecer um novo estágio de sua evolução aflorando aspectos da sua criatividade e resultando no que se chama progresso técnico, o qual é fruto da faculdade humana para inovar, (FURTADO, 2000, p. 43). É importante destacar que o processo criativo é fruto de uma capacidade humana movida pela necessidade de acumular capital primeiramente, antes mesmo de se tornar uma forma de desenvolver recursos humanos, o que é peculiar à própria lógica do modo capitalista de produção (FURTADO, 2000). Os ganhos oriundos do progresso técnico por parte dos agentes produtores podem se tornar extraordinários em virtude da dificuldade de imitação e ingresso ao mercado, da sustentabilidade do segredo industrial, no patenteamento, no saber fazer e na ocorrência da mudança técnica em economias dinâmicas de aprendizado (TAPIA; CAPDEVIELLE, 2002), o que reforça a condição dinâmica do progresso técnico (POSSAS, 1989) ao mesmo tempo em que revela a complexidade do acesso e difusão da tecnologia apresentada por Rosenberg (1976). Nelson e Winter (2005) desenvolvem sua análise evolucionista sobre o progresso tecnológico enfocando uma contraposição ao pensamento dominante no que tange ao comportamento da firma e dos mercados. Neste sentido, apontam dois pontos de ruptura com a teoria ortodoxa, onde destacam a essencialidade do desequilíbrio e das assimetrias no processo de mudança estrutural e de movimento, bem como a presença da incerteza no ambiente de tomada de decisões capitalistas e no esforço inovador das empresas, em virtude principalmente da adesão dos agentes à rotina (CAPDEVIELLE, 2002; POSSAS, 1989; TAPIA, 2002). Isto reforça um dos pontos de reflexão de Furtado (2000) quando destaca que a rotina tem um forte elo entre a acumulação de capital e a inovação, haja vista que esta inovação é fruto de Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun

5 uma racionalidade humana voltada principalmente para atender necessidades que lhe são exógenas, mas ao mesmo tempo endógenas ao sistema. A acumulação de capital é o seu objetivo finalístico e as ações adotadas para sua promoção inovação têm a intenção de torná-la rotineira. As rotinas na visão de Nelson e Winter (2005) são consideradas como processos importantes na compreensão da conduta das empresas em um modelo evolutivo, haja vista que, aliadas a fatores estocásticos, acabam por determinar a própria mudança destas práticas referentes ao comportamento das empresas. Este esforço que as firmas fazem no sentido da inovação, alteração de suas rotinas denominada pelos autores de processo de busca de oportunidades presentes ou futuras, expectacionalmente, dado o contexto tecnológico, pois (...) o resultado das buscas de hoje constitui tanto uma nova tecnologia bem-sucedida como um novo ponto de partida natural para as buscas de amanhã (NELSON; WINTER, 2005, p.373). Esse processo de busca das inovações quando em interatividade com o de seleção irá compor, em um ambiente competitivo e de mercado, o fundamento do quadro teórico alternativo proposto pela abordagem evolucionista (KUPFER, 1996; POSSAS, 1989) sob o qual se dá o progresso tecnológico (PAULA et al., 2001). A busca por inovações é parte de todo o processo do progresso tecnológico, uma vez que se complementa pelo processo de seleção, o qual tem o propósito de validar ou não uma inovação realizada, através de uma implementação prática e de eventual difusão no mercado e/ou entre empresas concorrentes. De acordo com Nelson e Winter (2005) para se entender mais profundamente as questões que envolvem os efeitos causados pela introdução de Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun inovações em um dado segmento da economia faz-se necessário distinguir os dois tipos existentes onde algumas podem ser resultantes das atividades de P&D das firmas com o setor em que atuam enquanto outras podem assumir, em grande parte, a forma de materiais, de componentes ou de equipamentos ofertados pelas firmas fornecedoras (NELSON; WINTER, 2005, p. 383). Dosi (1984) apresenta sua contribuição teórica a respeito do progresso da indústria centrado nos fundamentos da chamada concorrência schumpeteriana, onde por meio dos padrões da mudança tecnológica analisa o processo de transformação e de dinâmica no ambiente industrial. Assim como Nelson e Winter (2005), o autor em destaque tem a concepção de que o processo de geração e difusão de inovações tecnológicas tem papel de reforçar e mesmo de gestar mecanismos de dinâmica industrial, os quais são oriundos das assimetrias tecnológicas e produtivas. As assimetrias assumem importante papel no processo de dinâmica industrial em Dosi (1984), uma vez que conduz a uma transformação nos padrões industriais então existentes. É a partir, portanto, da existência de assimetrias que a dinâmica inovadora e industrial tem sustentabilidade e continuidade no âmbito industrial. Isto é de certo modo representado no setor industrial pesqueiro vigiense, o qual, apesar de não haver tendências generalizadas de inovação e, portanto, de concorrência mais intensa, tem na inovação tecnológica elementos de base modificadores da estrutura produtiva do setor no local e por efeito refletido aos demais locais de atuação das empresas de pesca (a nível estadual e regional). 183

6 Porém não deixa de ser algo muito próximo à assimetria apresentada por Dosi (1984), pois torna a indústria pesqueira vigiense (por meio de sua empresa líder) uma assimiladora exclusiva, até que o mercado selecione e passe a imitar, dos ganhos oriundos da inovação. Neste sentido, diz-se então que a adoção de práticas inovadoras revolucionárias dos padrões vigentes coloca o inovador em situação de vantagem competitiva no ambiente de mercado, ampliando e reforçando sua condição de líder, impulsionando a dinâmica econômica. Entretanto, é importante se frisar que o processo de adoção e desenvolvimento de inovações em regiões periféricas aos grandes centros é limitado e em alguns aspectos precárias, tornando mais complexa a internalização desse processo (CROCCO et al., 2006). 3 O LOCAL INFLUENCIADO PELO PROCESSO DE INOVAÇÃO A inovação, mais precisamente a inovação tecnológica 1, tem papel precípuo na promoção do desenvolvimento econômico e a geração e difusão destas inovações é a forma de promoção, a qual exige acumulação de conhecimento e um ambiente propício para tal (TEECE, 2005). O conhecimento e o aprendizado, portanto, passam a ter um papel central na construção deste espaço onde a interação entre os agentes econômicos acaba criando condições para a promoção da dinâmica tecnológica em termos do local. Entretanto, a efetivação de uma ação inovadora, seja sob a forma de processo ou de produto e/ou conjugadamente, preestabelece um estágio mínimo de capacidade de recursos humanos para que se obtenham os resultados programados. A própria ação inovadora no decorrer de sua trajetória, da concepção a concretização, contempla o aprendizado e o conhecimento dele resultante. Nesta direção, estabelecendo que o ato de inovar resulte da dotação de técnicas, haja vista o objetivo fim seja a acumulação de capital, Furtado (2000, p.44-45) reforça a importância da codificação do conhecimento, pois o homem ao agir com maior eficácia: Dota-se de técnicas que, via de regra, ampliam sua capacidade operativa mediante o uso de instrumentos. Seja incorporando-se diretamente ao saber do homem, seja sob a forma de instrumentos, as técnicas somente se transmitem mediante um processo de acumulação. Portanto, o desenvolvimento da capacidade do homem para agir (e para produzir) funda-se num misto de inventividade e acumulação. Fica cristalino a partir desta orientação teórica que o processo inovador apresenta uma relação recíproca com o ambiente de interação e principalmente com os seus atores, embora essa mutação seja em grandes proporções limitada às necessidades impostas pelo capital dominante. Existem, portanto, fortes evidências na literatura econômica sob a projeção dos efeitos dinâmicos do processo de adoção de inovação em um ambiente geográfico delimitado. A questão que envolve o espaço geográfico e suas características como foco importante nas discussões sobre desenvolvimento vem ganhando novamente força no cenário acadêmico atual. Furtado (2000, p. 44), porém, vai além dos aspectos territoriais destacando a importância de se considerar as particularidades que envolvem a sociedade local. Para entender o processo de Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun

7 inovação em uma cultura necessitamos inserir os agentes da criatividade nas estruturas sociais. Para tanto, torna-se inevitável o abarcamento das considerações acerca da dinâmica territorial (GALVÃO, 2002), o qual é fundamental para o entendimento de questões específicas quanto a forma que toma certos desdobramentos emergentes da adoção de inovações, uma vez que as diferenças socioespaciais são importantes no desenvolvimento técnico-econômico da atualidade (ALBAGLI; MACIEL, 2004). Neste sentido, o espaço local deve ser observado e considerado como (...) um sistema de interações capaz de potencializar o aprendizado tecno-inovativo e de regular as direções empreendidas pelos agentes (GALVÃO, 2002, p.42), onde a dinâmica interna do local torna-se importante neste processo. Isto é reforçado por Lall (2005) quando destaca a importância do local no processo de difusão de tecnologias e por extensão do próprio desenvolvimento. Nas palavras do autor a importação de tecnologia não é, porém, um substituto para o desenvolvimento de aptidões locais; a eficácia com a qual as tecnologias são utilizadas depende de esforços locais (LALL, 2005, p.35). A condução e o comportamento do ambiente local condicionam o desempenho de mecanismos implementadores de inovação, seja via geração ou difusão. O local acaba sendo impulsionado pelo progresso tecnológico a reagir às necessidades impostas pela mudança econômica introduzida a partir do âmbito produtivo da economia. Estas observações são apresentadas em literaturas mais recente que têm procurado encontrar a importância da dimensão territorial na relação com os processos inovativos (GALVÃO, 2002). Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun Neste sentido destaca Lastres et al. (1999, p.53): O foco de contribuições mais recentes neste sentido, em particular na economia da inovação, reside fundamentalmente na noção de que os processos de geração de conhecimento e inovação são interativos e localizados. Isto é, argumenta-se que a interação criada entre agentes localizados em um mesmo espaço favorece o processo de geração e difusão de inovações. Lastres et al. (1999) e Crocco et al. (2006) corroboram o fato de que o desenvolvimento não é decorrente tão somente da implementação de novos processos de produção, mas sim da forma como serão organizados em um ambiente local. Desta forma se mostra um caminho alternativo de análise das transformações recentes na produção e no território (MARTINS, 2001). O território passa a ser incorporado como elemento importante no desenvolvimento porque de acordo com o autor (2001, p. 49) possui uma importância fundamental, uma dimensão ativa na constituição e evolução dos processos produtivos. Isto é possível em virtude da potencialidade de integração e do dinamismo social que o território pode representar, inclusive reforçando o processo muito destacado no âmbito da literatura econômica que é o de desenvolvimento local. Por isso, é necessário destacar que o processo de desenvolvimento deve ser feito dentro de limites territoriais os quais forcem endogenamente a criação de inovações que permitam um ganho para seus criadores e ao mesmo tempo inviabilizem o acesso imediato e em um mesmo grau dos demais agentes que se posicionam externamente, reforçando e valorizando os conhecimentos locais. O Conhecimento é fruto do aprendizado e este 185

8 aprendizado quando realizado de forma interativa acaba criando o processo de inovação, onde se envolvem intensas junturas entre agentes distintos, o que necessita de novos formatos organizacionais em rede (LEMOS, 1999), inclusive com o aparelhamento de instituições que o consolide. Neste sentido Martins (2001) destaca que a abordagem neoschumpeteriana tem partido da noção do learning by interacting, considerada fundamental nesta abordagem, onde o território é abordado basicamente a partir de três categorias: as redes de empresas, os sistemas de inovação e a eficiência coletiva. A este respeito destaca Martins (2001, p.79) que: (...) a análise neoschumpeteriana das redes de empresa enfatiza os aspectos dinâmicos desses arranjos, em termos de aglutinação de competências para realizar a inovação. Já a noção de sistemas de inovação [...] coloca a ênfase na interação entre os diversos agentes presentes em um território, o que evidencia um grau de territorialização maior. A terceira noção analisada, a de Eficiência Coletiva, enfatiza as economias externas geradas pela clusterização, e a ação coletiva deliberadamente realizada pelas empresas do cluster. O papel que o território representa na abordagem neoschumpeteriana vem ganhando espaço importante nas discussões mais recentes sobre desenvolvimento, pois o território, e por extensão, a dimensão local permite que se tenha uma compreensão melhor dos processos inovadores potencialmente geradores de desenvolvimento local, em especial quando tal espaço tem a capacidade de criação de um ambiente inovador. Em um aspecto mais geral pode-se dizer que os efeitos gerados localmente a partir dos resultados obtidos com a inovação, em virtude principalmente da forma como está organizado este território e como se dá a relação entre os agentes econômicos, portanto aspectos socioinstitucionais podem ser estendidos a coletividade e criando bases para que o processo de geração e incorporação de inovações seja de fato o promotor do progresso econômico. Entretanto, é importante se destacar que no caso de regiões localizadas marginalmente aos centros mais evoluídos em termos de processos técnico-econômicos, em virtude do grau de dificuldade existente e face ao hiato técnico presente as ações dos agentes econômicos estabelecidos no local tem precípua participação no intuito de se formar um ambiente propício ao desenvolvimento de mecanismos que o possa inserir no mundo globalizado de forma a competir em condições de igualdade ou muito próxima dela. Isto leva a reforçar a discussão de que embora as mudanças técnicas hodiernas tenham avançado no sentido de tornar os diversos ambientes mais próximos via incorporação de espaços econômicos marginais, não necessariamente os tornaram menos desiguais sociais e territorialmente. Desta forma, o local tem extrema importância na trajetória desta inserção no mundo globalizado (ALBAGLI; MACIEL, 2004). Estes efeitos identificados no município de Vigia de Nazaré (PA) são causados localmente a partir do progresso industrial do setor pesqueiro aliado à geração e incorporação de inovações, os quais agregam elementos da participação das instituições como agentes colaboradores neste processo, onde as instituições locais, bem como aquelas externas, mas que atuam localmente, vêm sendo influenciadas pela conduta deste setor moldando assim suas políticas e utilizando mecanismos que tornem possível abarcar os demais agentes da atividade municipal e ao Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun

9 mesmo tempo promover a criação de um ambiente mais favorável ao desenvolvimento sustentado da pesca. As instituições ganham um importante papel no processo de consolidação de um novo estágio produtivo possibilitando uma melhor estruturação da interação humana, seja no âmbito político, social ou econômico (NORTH, 1998), haja vista que são moldadas pela interação que existe entre os indivíduos e ao mesmo tempo como resultado deste processo. Assim sendo, as instituições precisam acompanhar o processo evolutivo das economias nacionais, regionais e locais para estabelecer um ambiente favorável as interações, pois as performances alcançadas por estas economias devem-se à natureza de suas instituições a capacidade de inovar (AREND; CÁRIO, 2005) e é a partir do processo inovador que as elas se moldam tentando estabelecer um ambiente capaz de promover o desenvolvimento econômico, pois as mudanças institucionais, assim como as tecnológicas, devem ser compreendidas como um processo evolucionário (NELSON, 2006, p. 12). 4 INOVAÇÃO, MUDANÇAS INSTITUCIONAIS E IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E SOCIAL NA PESCA DO MUNICÍPIO DE VIGIA DE NAZARÉ (PA) Localizada a 96 km de Belém, o principal acesso ao município é feito via terrestre por meio da rodovia PA 140. Vigia de Nazaré é estratégica e privilegiadamente localizado às proximidades do Oceano Atlântico. Está situado na Mesorregião Nordeste Paraense e na Microrregião do Salgado limitando-se com os municípios de São Caetano de Odivelas, Castanhal, Santo Antônio do Tauá e Colares. As principais atividades econômicas do município de Vigia são: a pesca, a agricultura e o comércio, responsáveis por grande parte dos postos de trabalho gerados no âmbito privado municipal ao mesmo tempo em que agregam um contingente de trabalhadores com baixa qualificação e, portanto, com baixa remuneração. A pesca assume um importante papel no conjunto das atividades que compõem a economia da Região Norte do Brasil, em especial porque é exercida em larga escala regional, estadual e local. O estado do Pará destaca-se na Região apresentando os melhores resultados socioeconômicos. O município paraense de Vigia de Nazaré tem na pesca sua mais importante atividade econômica, a qual é responsável pelo funcionamento da economia do município, principalmente em seu aspecto formal 2. O gráfico a seguir permite visualizar o ritmo do crescimento da produção de pescado vigiense comparado com o do estado do Pará, que em 2004 recuou enquanto que a local permaneceu em crescente evolução crescente. Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun

10 Gráfico 1 - Evolução da produção física da pesca de Vigia de Nazaré 1998 a Fonte: Santos (2007). A produção pesqueira de Vigia de Nazaré apresentou uma trajetória de crescimento da produção para o período de 1995 a 2004 ininterruptamente atingindo, em 2004, a quantidade de ,50t de pescado o que correspondeu a 24,98% da produção estadual. As características da pesca em Vigia de Nazaré têm um caráter bem peculiar e podese atribuir a elas boa parte das mudanças ocorridas no setor. Apresentando-se em uma estrutura bipolar (industrial e artesanal) com predominância, em termos quantitativos, no setor artesanal, responsável pelo maior volume de produção e de ocupações. Entretanto, é importante destacar que neste segmento existe um predomínio da informalidade, onde aproximadamente 80% do total das ocupações e dos estabelecimentos ligados à pesca estão enquadrados neste tipo de relação econômica. Apesar de sua importância para a economia local, o setor artesanal é pouco dinâmico e contribui infimamente para o desenvolvimento da atividade, sendo conduzido pelo desempenho do setor industrial, ali estabelecido, sendo o mais dinâmico 3 em seu segmento, tanto em nível local quanto estadual, e quando conduzido por práticas inovadoras dá um outro ritmo de desenvolvimento para o local. O setor industrial pesqueiro é também responsável praticamente pela totalidade da indústria no município, assim como responde por elevada parcela dos empregos formais locais (em 2006 foram registrados 545 empregos na indústria de pesca correspondendo a 30,1% do total de empregos formais do município) o que torna Vigia de Nazaré como o município paraense mais especializado na atividade pesqueira nos últimos anos, conforme mostra a tabela subseqüente. Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun

11 Tabela 1 - Participação do emprego formal da indústria pesqueira vigiense sob os demais setores da economia municipal, 2000 a Fonte: MTB/RAIS, Esta posição tem justificação em virtude do grau de formalidade que existe no setor tanto local quanto em relação ao restante do Estado, pois é bastante considerável a participação dos empregos formalmente gerados na indústria de pesca. Analisando especificamente o estoque de empregos da indústria local, percebe-se que ao longo da série analisada obteve-se um crescimento continuado. Isto corrobora a situação apresentada pelo setor pesqueiro industrial vigiense, o qual vem apresentando desempenho progressivo no mercado de seu segmento (SANTOS; CRUZ, 2006) ao mesmo tempo em que promove mudanças na ossatura institucional em um patamar não observado até então. O total de empregos formais do município também vem apresentando crescimento. Nos últimos três biênios registrouse elevação, embora o biênio tenha registrado o maior índice 29,85%, período em que o setor industrial local sofreu maior dinamização. Para o período o crescimento foi da ordem de 7%, praticamente gerado pelo setor industrial. Houve um maior dinamismo e a nova postura da indústria pesqueira se traduziu em resultados positivos para a economia vigiense. Em termos de estado, considerando-se isoladamente o setor industrial da pesca, Vigia de Nazaré responde por elevada parcela dos empregos formais. Em 2004, por exemplo, respondeu por nada menos que 45,59% do total do Pará, conforme apresenta a tabela seguinte: Tabela 2 - Participação da indústria de pesca vigiense no emprego formal do setor no estado do Pará Fonte: MTB/RAIS, Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun

12 Em 2006, houve uma queda relativa na participação do emprego formal da pesca industrial de Vigia de Nazaré em relação ao total do Estado, fato que pode ser atribuído às ações governamentais, principalmente de caráter federal, que induziram uma elevação do nível de empregos da pesca industrial no Pará, atingindo um índice de crescimento na ordem de 20%. Percebe-se, entretanto, que no estado como um todo, o setor mostra um baixo nível de empregos formais quando comparado a outros setores da economia, fato decorrente principalmente do baixo dinamismo apresentado, por grande parte das empresas que o compõem. Entretanto, destaca-se que no Brasil, considerando o emprego formal do setor industrial da pesca no ano de 2006, o estado do Pará respondeu por 11% do total de empregos (Vigia de Nazaré com 4,4%) sendo o terceiro mais importante, ficando atrás de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além de sua capacidade de agregar grande parte dos postos de trabalho, a pesca industrial de Vigia de Nazaré assume um papel de destaque no cenário regional e estadual face à postura adotada a partir de 1998 quando apostou na inovação para alcançar um novo estágio e status em seu segmento. O grau de desenvolvimento alcançado desde então é promissor e idiossincrático fato que torna o município o centro de atenção de políticas voltadas para o desenvolvimento sustentado da pesca ao mesmo tempo em que surge no espaço local a formação de uma estrutura institucional que busca criar um ambiente favorável à extensão de externalidades positivas geradas com este momento da pesca industrial vigiense. O desempenho apresentado pelo setor tem induzido a formação de um arranjo institucional robusto em sua composição e, pelo menos em termos de propostas, no processo de condução de políticas de que dê impulso e sustentação à atividade no município, proporcionando-lhe uma nova configuração. (Figura 1) Figura 1 - Configuração do APL(i) Pesca do Município de Vigia de Nazaré-PA. Fonte: Santos (2007). Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun

13 A postura apresentada pelo setor industrial pesqueiro vigiense e os efeitos causados retrospectivamente e prospectivamente (HIRSCHMAN, 1985), embora este último ainda seja modesto localmente, provocaram a formação de um novo arranjo institucional capaz de atender as necessidades surgidas com as mudanças técnicas implementadas. Neste sentido, a partir de 2004, o município vive um momento muito particular quando o poder público local criou uma secretaria específica (Secretaria de Pesca e Agricultura - SEPESCA) no sentido de dar suporte ao setor como um todo e nos anos seguintes (2005 e 2006) o Governo Federal (SEBRAE e SEAP) e o Estadual (SAGRI, SEDUC e Banco do Cidadão) promoveram a instalação de unidades institucionais locais ao mesmo tempo em que implementaram políticas públicas específicas a fim de expandir as externalidades positivas geradas localmente aos demais agentes econômicos ligados à atividade. Torna-se importante destacar que este estágio alcançado pela pesca industrial é fruto também da capacidade empresarial presente no município de Vigia de Nazaré, onde os moldes do empresário inovador de Schumpeter se fazem presente na condução do processo de desenvolvimento do setor. Existe localmente uma empresa que sempre inova e assume a liderança na condução da pesca que a faz diferenciar de todas as outras estabelecidas no arranjo e fora dele, estadual e regional. Conforme apresentado no Quadro 1 o desenvolvimento de inovações é realizado com freqüência, tanto em nível de produto quanto de processo, bem como nas ações comercial e organizacional. Isto reforça a posição assumida pelo município de Vigia de Nazaré como foco de atenção das instituições condutoras de políticas públicas para a pesca. Particularmente, as inovações referentes a produtos, os quais, embora possam existir em algum outro local (externo à região norte), são cruciais e projetam o setor para um novo estágio de desenvolvimento ao mesmo tempo em que proporcionam uma redução dos esforços sobre o meio ambiente viabilizando mecanismos para a promoção de um desenvolvimento sustentável e sustentado da atividade. Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun

14 Quadro 1 - Inovações adotadas pelas empresas no período de Fonte: Santos (2007). Nota: adaptado a partir do questionário da REDESIST. Em comparação com o setor no estado do Pará tem-se que embora as empresas estejam concentradas mais próximas aos centros de desenvolvimento de pesquisas as inovações se restringem à melhoria de produtos já existentes para fins de adequação às exigências do mercado. Portanto, limitam-se as chamadas inovações de processos e pouco contribuem para o crescimento do setor. Com o intuito de reforçar a posição de destaque e para melhor entender o que diferencia o setor pesqueiro industrial de Vigia de Nazaré com o restante do Estado, optou-se por pesquisar e analisar quatro das empresas do setor, isto é, àquelas com maior representatividade dentro do Pará 4. Procurou-se indagar a respeito das inovações adotadas nos últimos anos e qual a Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun

15 finalidade dos processos de inovação. Como resposta, várias foram às ações adotadas, variando de processos a produtos, na relação com a produção do pescado, entretanto, nenhuma em caráter radical. Basicamente todas as ações inovadoras foram de caráter incremental. Todas as empresas pesquisadas responderam ter realizado inovações quanto a produtos, embora com limitadas melhorias, como por exemplo, adequação de tamanho e embalagem. Não há por parte das empresas entrevistadas quem apresentasse lançamento de produtos no mercado, ao mesmo tempo em que não se constatou nas empresas a presença do setor de P&D ou de desenvolvimento de outras atividades. Todas as inovações adotadas em termos de produto foram importadas tendo como principal estratégia o atendimento do mercado com qualidade e eficiência 5. Neste sentido, quando indagadas a respeito de inovações de processos também todas elas mostraram-se preocupadas com a questão do enquadramento nas normas de qualidade exigidas pelo mercado. 100% das empresas responderam que detém um centro de controle da qualidade e que constantemente inovam neste departamento. Destarte, pode-se afirmar que a inovação ao mesmo tempo em que promove mudanças no cenário da principal atividade econômica local cria efeitos sobre toda a economia em especial aumentando a participação do setor na geração de emprego e renda formal, além de referenciá-lo como principal centro dinamizador da pesca no Estado. Portanto, no caso específico de Vigia de Nazaré, a evolução técnica está promovendo melhorias econômicas e sociais locais o que resulta em transformações no arcabouço institucional existente no sentido de promover com maior amplitude o desenvolvimento local. Assim sendo a inovação reforça sua condição de força motriz do desenvolvimento proporcionando para Vigia de Nazaré uma nova dinâmica econômica e social. Este ponto leva a uma reflexão sobre o desenvolvimento diante condições endógenas tal como discutido por Barquero (2001) e Boisier (2005) onde transformações de caráter econômico, organizacional, tecnológico, político e institucional são decorrentes do comportamento dos atores locais e da utilização eficiente dos recursos disponíveis, inclusive este destacando a contribuição face o processo de globalização. Portanto, a capacidade de organização social do ambiente projeta o desenvolvimento em um sentido mais amplo assim o caracterizando como endógeno. Entretanto, é válido lembrar que em Vigia de Nazaré este processo está decorrendo do desempenho basicamente de um agente líder: uma empresa de pesca industrial. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento e a adoção de inovações fazem parte do cotidiano da principal empresa do setor da pesca no município de Vigia de Nazaré o que vem provocando mudanças importantes na atividade, na economia e no local. Portanto, um novo cenário se formou no segmento da pesca como um todo, de modo Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun particular e mais dinâmico no setor industrial. Produtos e processos foram desenvolvidos e adotados afetando positivamente o mercado de trabalho local e minimizando os impactos causados sobre o meio ambiente. A adoção de inovações trouxe maior capacidade de competição do setor no mercado 193

16 proporcionando elevação do volume de absorção de mão de obra e da renda do trabalho direta e indiretamente. Sobre o meio ambiente, o impacto deu-se em virtude da redução do chamado esforço de pesca, ao mesmo tempo em que se reduziu o descarte de resíduos antes devolvidos ao rio. Espécies de baixo valor comercial passaram também a ser aproveitadas gerando um equilíbrio (ou reduzindo o déficit) na captura daquelas de maior valor. Face este desempenho e a emergência do município como pólo inovador o setor público, tanto local quanto estadual e nacional, voltouse para a possibilidade de consolidar ali uma espécie de modelo promotor de desenvolvimento. Neste sentido, um novo arranjo institucional foi formado, enrobustecendo e fortalecendo as poucas instituições que estavam estabelecidas localmente. Criou-se um ambiente favorável, porém com ressalvas a promoção do desenvolvimento. É preciso adotar políticas as quais visem atingir todo o setor e sua respectiva cadeia produtiva sem que haja isolamento de quaisquer etapas, no intuito de se evitar que ocorram favorecimento e fortalecimento de fragmentos capazes de por em risco o processo ali estabelecido. As instituições precisam interferir positivamente criando mecanismos para viabilizar e fortalecer o setor pesqueiro vigiense para torná-lo mais dinâmico e competitivo. Entretanto, torna-se necessário que o arranjo institucional ali estabelecido ultrapasse os limites de sua condição física, presencial e estatutária e atue efetivamente. É importante tornar o processo endogeneizado onde o desenvolvimento de competências seja sempre estimulado no sentido de tornar o município de Vigia de Nazaré um local com uma atividade de pesca sustentada. NOTAS 1 Embora as chamadas inovações de processos, que não necessariamente requer uma inovação de tecnologias, tenham relevância não desprezível. 2 Embora haja uma evolução na formalização da atividade e de seus desdobramentos o índice de informalidade é elevado e a maior parte dos agentes envolvidos encontrase nesta condição 3 Em virtude de se buscar analisar os efeitos causados formalmente na economia vigiense optou-se por pesquisar as empresas que se encontram formalmente estabelecidas e que também processam o peixe o transformando em produto final. No caso específico do município de Vigia de Nazaré duas foram as empresas incluídas nestas condições e, portanto, as que foram consideradas para análise deste estudo. 4 A opção por apenas quatro das empresas que atuam no setor industrial da pesca do Pará deve-se principalmente as similitudes na postura e no porte da empresa líder do setor no município de Vigia de Nazaré. 5 Aqui o termo tem sentido de adequação dos produtos as exigências de seus consumidores/clientes. Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun

17 REFERÊNCIAS ALBAGLI, S.; MACIEL, M. L. Informação e conhecimento na inovação e no desenvolvimento local. Ciência da Informação, Brasília,DF, v. 33, n. 3, p. 9-16, set./dez AREND, M.; CÁRIO, S. A. F. Instituições, inovações e desenvolvimento econômico. Florianópolis: UFSC, BARQUERO, A. V. Desenvolvimento endógeno em tempos de globalização. Porto Alegre: Fundação de Economia e Estatística, BOISIER, S. Hay espacio para el desarrollo local en la globalización? Revista de la CEPAL, Santiago, n. 86, ago BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS). Disponível em: < em: 16 jan CROCCO, M.A. et al. Metodologia de identificação de arranjos produtivos locais potenciais. Nova Economia, Belo Horizonte, v. 16, n. 2, p , maio/ago DOSI, G. Technical change and industrial transformation: the theory and an application to the semiconductor industry. London: Macmillan, FURTADO, C. Introdução ao desenvolvimento: enfoque histórico-estrutural. Rio de Janeiro: Paz e Terra, GALVÃO. A. P. O desenvolvimento local e a dimensão social da inovação. Rio de Janeiro: LABTeC/ EPPG/UFRJ, HIRSCHMAN, O. Desenvolvimento por efeitos em cadeia: uma abordagem generalizada. In: CARDOSO, F. H.; SORJ, B.; FONT, M. (Org.). Economia e movimentos sociais na América Latina. Rio de Janeiro: Brasiliense, KUPFER, D. Uma abordagem neo-schumpeteriana da competitividade industrial. Ensaios FEE, Rio de Janeiro, v.17, n. 1, p , LALL, S. A mudança tecnológica e a industrialização nas economias de industrialização recente da Ásia: conquistas e desafios. In: KIM, L.; NELSON, R. Tecnologia, aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Campinas: Unicamp, LASTRES, H. M. M. et al. Globalização e inovação localizada. In: LASTRES, Helena M. M.; ALBAGLI, Sarita (Org.). Informação e globalização na era do conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, LEMOS, C. Inovação na era do conhecimento. In: Informação e globalização na era do conhecimento. LATRES, Helena M.M.; ALBAGLI, Sarita (Org.). Rio de Janeiro: Campus, MARTINS, H. E. P. Transformações recentes na produção e no território: uma abordagem neoschumpeteriana. Rio de Janeiro: UFRJ/IPPUR, Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun

18 NELSON, Richard R. As fontes do crescimento econômico. Campinas: Editora da Unicamp, NELSON, R. R.; WINTER, S. Uma teoria evolucionária da mudança econômica. Campinas: Unicamp, NORTH, D. C. Custos de transação, instituições e desempenho econômico. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, PAULA, J. A. et al. Ciência e tecnologia na dinâmica capitalista: a elaboração neo-schumpeteriana e a teoria do capital. Belo Horizonte: UFMG/CEDEPLAR, PAVITT, K. Sectoral patterns of technical change. Research policy, Amsterdam, n. 13, p , POSSAS, M. Em direção a um paradigma microdinâmico: a abordagem neoschumpeteriana. In: AMADEO, E. (Org.). Ensaios sobre economia política moderna. São Paulo: Marco Zero, ROLL, E. História das doutrinas econômicas. São Paulo: Cia. Editora Nacional, ROSENBERG, N. Perspectives on technology. Cambridge: Cambridge University, Por dentro da caixa preta: tecnologia e economia. Campinas: Editora da Unicamp, SANTOS, J. N. A.; CRUZ, A. G. Arranjo produtivo local da pesca: contribuições e possibilidades de uma nova etapa no ambiente econômico e institucional de Vigia de Nazaré Pará. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS REGIONAIS, 4., 2006, Foz de Iguaçu. Anais... Foz de Iguaçu, Industrialização e inovação no setor pesqueiro vigiense: análise sobre as possíveis contribuições para o desenvolvimento local. Dissertação (Mestrado em Planejamento do Desenvolvimento) - NAEA, UFPA. Belém, SCHUMPETER, J. A teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Nova Cultural, TAPIA, N.; CAPDEVIELLE, A. Corrientes y conceptos de la teoría evolucionista. In: TREVIÑO, Leonel Corona. Teorías económicas de la innovación tecnológica. México: Escola Superior de Economia, TEECE, D. J. As aptidões das empresas e o desenvolvimento econômico: implicações para as economias de industrialização recente. In: KIM, L.; NELSON, R. Tecnologia, aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Campinas: Unicamp, TREVIÑO, L. C. Teorías económicas de la innovación tecnológica. México: Escola Superior de Economia, Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun

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