CARACTERÍSTICAS AGRONÓMICAS E ENOLÓGICAS DA CASTA TOURIGA NACIONAL EM SEIS REGIÕES PORTUGUESAS

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1 CARACTERÍSTICAS AGRONÓMICAS E ENOLÓGICAS DA CASTA TOURIGA NACIONAL EM SEIS REGIÕES PORTUGUESAS Amândio CRUZ (1) ; Paula FERNANDES (1) ; Catarina VIEIRA () ; Diogo LOPES (3) ; Joana de CASTRO () ; Carlos LUCAS (5) ; Fernando RIBEIRO (1) ; Jorge RICARDO-DA-SILVA (1) ; Rogério de CASTRO (1) (1) INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA VITICULTURA, (rcastro@isa.utl.pt) () HERDADE DO ROCIM, (catarina.vieira@movicortes.pt) (3) SOC. AGRÍCOLA DO VALE DE JOANA, LDA (diogo.lopes@grou.pt) () QUINTA DE LOUROSA SOC. AGRÍCOLA, LDA. (info@quintadelourosa.com) (5) DÃO SUL SOCIEDADE VITIVINÍCOLA, S.A. (carloslucas@daosul.com) RESUMO O objectivo deste estudo, foi comparar o comportamento da Touriga Nacional, tanto ao nível agronómico como enológico, em seis regiões do país: Vinhos Verdes (Lousada-LOU), Dão (Carregal do Sal-DAO), Estremadura ( locais: Leiria-LEI e Lisboa-LIS) e Alentejo ( locais: Cabeção-CAB e Vidigueira-VID), durante o ciclo vegetativo de. Ao longo do ciclo vegetativo foi acompanhada a fenologia e, após o pintor, foram colhidas amostras semanais de bagos para a caracterização da cinética da maturação. O rendimento mais elevado foi obtido na parcela CAB (1.1t/ha) e os menores foram registados nas parcelas LOU, DAO e VID. Em relação ao peso por cacho, foram igualmente registadas diferenças significativas, com o valor mais baixo na região de LOU (5.3g) e o mais elevado nas regiões de CAB, LEI e VID (13., 17. e 153.g respectivamente). A acidez total aumentou de sul para norte, enquanto que o ph aumenta em sentido inverso. Os compostos fenólicos (antocianinas, polifenóis totais e intensidade corante) registaram valores mais baixos no Alentejo (CAB e VID), tal como o peso por bago, enquanto que os valores mais elevados daqueles compostos foram registados na parcela DAO. Após a FML e a estabilização tartárica foram analisados: antocianinas totais, pigmentos poliméricos, pigmentos totais, grau de polimerização dos pigmentos, intensidade e tonalidade da cor, índice de fenóis totais e poder tanante. Palavras-chave: Touriga Nacional, regiões vitivinícolas, rendimento, composição química dos bagos, mosto e vinhos.

2 1. INTRODUÇÃO A Touriga Nacional é unanimemente considerada uma das mais nobres castas portuguesas e também uma das mais antigas das regiões do Dão e Douro, das quais será originária. É uma casta que se comporta de maneira distinta e por vezes muito irregular, em função dos solos e condições climáticas onde é cultivada (Magalhães,199). Caracteriza-se por apresentar um porte retombante e uma fertilidade potencial elevada. Contudo a sua sensibilidade ao desavinho com consequentes baixas produções, levou ao seu quase total abandono nas suas regiões de origem. Na origem desta forte regressão estão factores genéticos, o uso inadequado do portaenxerto Aramon (Dão) e a sua incorrecta condução. Actualmente, com o programa nacional de selecção da videira, o uso de porta-enxertos mais adequados e de uma mais correcta condução da vinha, a sua falta de produtividade, está amplamente ultrapassada. Em certas situações, a Touriga Nacional tornou-se mesmo excessivamente produtiva e a monda de cachos passou a ser uma prática corrente. Hoje em dia, esta casta é usada praticamente em todas as regiões portuguesas, estando também em franca internacionalização (Castro et al., 7).. MATERIAIS E MÉTODOS.1. Clima e solo Este trabalho decorreu simultâneamente em seis regiões do país: Lousada, na região dos Vinhos Verdes (LOU); Carregal do Sal, região do Dão (DAO); Leiria e Lisboa, na região da Estremadura (LEI e LIS); Cabeção e Vidigueira, na região do Alentejo (CAB e VID). Segundo Köppen, Portugal é classificado como sendo um país com clima temperado e Verões secos, sendo assim designado como clima mediterrânico (Cs). As regiões LOU, DAO e LEI, são classificadas mais especificamente como Csb e, as regiões LIS, CAB e VID, como Csa. Segundo a classificação da FAO, nas parcelas LOU, DAO e LEI, os solos são do tipo Cambissolo, sendo os dois primeiros de origem granítica e o último de origem calcária. Os solos da região LIS são classificados como Vertissolos. CAB situa-se

3 numa mancha de Podzois e por fim na parcela VID, os solos pertencem à classe dos Litossolos... Vinhas/parcelas Na região dos Vinhos Verdes, a parcela do ensaio (LOU) está situada numa vinha de encosta, pertencente à Quinta de Lourosa, Soc. Agrícola Lda. O sistema de condução é o Lys /3 sendo a orientação das linhas no sentido E W. O compasso de plantação é de 3,5x1,5 m ( cepas/ha). A vinha foi plantada em 199 e o portaenxerto é o 1R. Na região do Dão, a vinha (DAO) pertencente à empresa Dão Sul Soc. Vitivinícola, SA, está enxertada em 1R, tem 5 anos de idade e a orientação das linhas é N-S. O sistema de condução é o Lys e o compasso é de,5x1,m ( cepas/ha). A parcela LEI da região de Lisboa pertence à empresa Terralis-Máq. Agrícolas e Industriais, Lda., foi plantada em 5, o porta-enxerto é o 1R e a orientação das linhas é no sentido NE-SW. A parcela encontra-se exposta a Sul. A vegetação é conduzida em monoplano ascendente, assente num cordão Royat unilateral e o compasso é de,5x1m ( cepas/ha). A vinha da parcela LIS, região de Lisboa, pertence ao Instituto Superior de Agronomia, foi plantada em 199, está enxertada em Ru e orientada no sentido N-S. A vegetação é conduzida em monoplano ascendente, assente num cordão Royat bilateral e o compasso é de,5x1,m (3333 cepas/ha). Na região do Alentejo, ambas as parcelas são regadas através de sistema de rega gota-a-gota. Na parcela CAB, a vinha pertencente à empresa Soc. Agrícola do Vale de Joana, Lda., tem 5 anos de idade, é enxertada em 1R e está conduzida em Lys. O compasso de plantação é de,x1m (3571 cepas/ha) e a orientação das linhas é N-S. A parcela VID situada na Herdade do Rocim (Terralis-Máq. Agrícolas e Industriais, Lda.) foi plantada em, o porta-enxerto é o 1R e a orientação das linhas é E- W. A densidade de plantação é de 3571 cepas/ha (,x1m) e o sistema de condução é o Lys

4 A evolução da fenologia ao longo do ciclo vegetativo foi feita tendo por base a escala de Baggiolini. Registaram-se os principais estados fenológicos, de onde se destaca o abrolhamento (B), a floração (I) e o pintor (M). A maturação foi acompanhada através de amostragens semanais de 3 bagos colhidos aleatóriamente ao longo das parcelas. As análises foram realizadas no laboratório Ferreira Lapa do Instituto Superior de Agronomia, tendo sido analisados os seguintes parâmetros: peso e volume dos bagos, volume do sumo, ºBRIX, acidez total e ph. Foi previamente definido que a vindima seria realizada quando o TAP dos bagos atingisse sensivelmente os 13,5º (% v/v). Nessa data, para além das análises anteriormente definidas, foram também analisadas as antocianas totais, índice de fenóis totais e intensidade/tonalidade da cor dos bagos. À vindima foi registado o número e peso dos cachos por cepa, numa amostra aleatória de 3 videiras por parcela. As uvas de todas as parcelas foram vinificadas (microvinificação) na adega do Instituto Superior de Agronomia, utilizando cerca de 5 quilos de uva, às quais apenas se adicionou sulfuroso a %. O tempo de maceração foi de 15 dias. As análises aos bagos, mostos e vinhos, foram realizadas segundo os seguintes métodos e em vigor neste laboratório. Análises correntes Método Teor Alcoólico Ebuliometria Acidez Total NP (197) ph Potenciometria Cor e compostos fenólicos Antocianas Totais Somers e Evans (197, 1977) Pigmentos Poliméricos Somers (1971) Intensidade e Tonalidade da cor Somers e Evans (197, 1977) Compostos Fenólicos Totais Somers e Evans (197, 1977) Poder tanante de Freitas & Mateus (1) 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1. Caracterização climática Índices

5 Tendo em consideração a classificação climática de Huglin (197), que tem por base o cálculo do índice héliotérmico (IH), verifica-se no quadro 1, que no ano de, é a parcela DAO a que apresenta menor valor (entre 15 e ), sendo classificada como tendo um clima vitícola frio, propício a castas brancas e tintas precoces. De facto, neste ano foi nesta região onde a vindima foi efectuada mais tarde (1 de Outubro), o que reflecte um período de maturação mais prolongada, mas que se veio a revelar benéfico em termos de composição fenólica dos bagos à vindima (quadro 3). As parcelas LOU e LEI encontram-se no intervalo seguinte (entre e ), sendo classificadas como de clima temperado. Quadro1- índice Héliotermico (HI), Índice de frescura das noites (IF), Índice de Secura (IS) e suas respectivas classes, segundo Tonietto e Carboneau (), para as diferentes parcelas em estudo. Classe Local IH IF ( C) IS (mm) IH IF IS LOU IH-1 IF+1 IS+1 DAO IH- IF+1 IS+1 LEI IH-1 IF+1 IS+1 LIS IH+1 IF-1 IS+ CAB IH+ IF+ IS+ VID IH+ IF-1 IS+ Com IH entre e, encontra-se a parcela LIS, classificada como temperada quente, e por fim, um IH entre e 3, é obtido nas parcelas CAB e VID, consideradas de clima quente, onde devido ao excedente heliotérmico existe o risco de stress (térmico, luminosos e hídrico) associado. Na realidade, a primeira vindima ocorreu na parcela VID (1 Setembro figura 1), enquanto que em CAB, a data de vindima não foi tão precoce quanto seria expectável, a que não será alheio o elevado rendimento aí obtido (quadro ). O Sistema CCM Geovítícola, definido por Tonietto e Carboneau (), acrescenta ao índice anterior (IH), mais dois índices (IF e IS). Relativamente ao IF, a parcela CAB, é a única classificada com tendo noites muito frescas. A classificação de noites frescas, foi obtida nas parcelas LOU, DAO e LEI e por fim, as parcelas LIS e VID são avaliadas como tendo noites temperadas. No que respeita ao IS, as parcelas LOU,

6 DAO e LEI, são classificadas como moderadas, enquanto que as parcelas mais a Sul (LIS, CAB e VID), são consideradas como secas. 3.. Resultados agronómicos e enológicos Rendimento Através da análise dos dados do quadro, verifica-se que foi na parcela LOU aquela onde se registou o maior número de cachos por cepa, consequentemente conduziu a cachos mais leves e ao mais baixo rendimento. O número de cachos foi inferior nas parcelas LEI e VID, devido à monda de cachos efectuada por decisão empresarial. Os cachos mais pesados obtiveram-se em LEI, VID e CAB, devido ao seu baixo número nas duas primeiras, e em CAB, devido à rega, o que associado ao elevado número de cachos originou o maior rendimento. Quadro - Parâmetros do rendimento nas as parcelas em estudo. Média ± epm (n=3). Local Nºcachos Produção/cepa Peso/cacho Rendimento /cepa (kg) (g) (t/ha) LOU,9 ±,1,3 ±,5 5,3 ±, 5, ±, DAO 1,7 ±,7 1,7 ±,, ±,15,9 ±, LEI 11, ±,, ±,3 17, ±,,1 ±, LIS, ±,11, ±,5 97, ±,3 9,3 ±,9 CAB 7, ±,1,5 ±,7 13, ±,37 1,1 ±,13 VID 11,7 ±,5 1, ±, 153, ±,19, ±, 3... Evolução da maturação Da observação da figura 1, verifica-se em qualquer das parcelas o aumento do teor em açúcares e o decréscimo da acidez total ao longo da maturação. Ao observar os valores do TAP (figura 1 e quadro 3), verifica-se que a vindima foi realizada na maioria das parcelas, antes dos bagos terem atingido o TAP inicialmente estipulado de 13,5º (% v/v). Esta decisão foi tomada tendo em conta o estado sanitário das uvas e a previsão de precipitação.

7 1 LOU 1 1 DAO 1 T.A.P (%Vol.) 1 1 AC.Tot (g ac.tart/l) T.A.P (%Vol) 1 1 AC.Tot (g ác.tart/l) -Set- 1-Set- -Set- (V) 5-Set- 1-Set- 5-Set- 1-Out- (V) T.A.P (%Vol.) 1 1 LEI Ago- 1-Set- -Set-(V) AC.Tot (g ac.tart/l) T.A.P (%Vol.) 1 1 LIS 11-Ago- -Ago- 1-Set- -Set- 1-Set- (V) 1 1 AC.Tot (g ac.tart/l) T.A.P (%Vol.) 1 1 CAB Ago- -Set- 5-Set- (V) AC.Tot (g ac.tart/l) T.A.P (%Vol.) 1 1 VID 11-Ago- 19-Ago- 5-Ago- 1-Set- (V) 1 1 AC.Tot (g ac.tart/l) TAP Ac. Total Figura 1 Gráficos da variação do Teor Alcoólico Provável (TAP) e Acidez Total dos bagos, ao longo do período de maturação, para cada uma das parcelas Características dos bagos à vindima Da análise do quadro 3, verificamos que a parcela LOU, apresentou os bagos mais pesados, assim como o ph mais baixo, parâmetro que diminui de Norte para Sul do país, enquanto que a acidez total varia em sentido inverso. Quadro 3- Dados do peso por bago (P.bago), TAP, ph, acidez total, teor em antocianas totais, índice de fenóis totais (IFT) e a tonalidade/intensidade da cor, à data da vindima. P.bago TAP Ac.Total Ant. Totais IFT Intensidade Local (g) (%v/v) ph (g ác.tartárico/l) (mg/l) (ua) da cor (ua) LOU 1,9 11,7 3,31 7, 17,7,5,3 DAO 1,7 1, 3,3 5,9 9,, 3,31 LEI 1, 13,1 3,5 5,7 15, 7,9 1,3 LIS 1,3 13,1 3,, 177,7 7,3 3, CAB 1,3 1, 3,5 3,9 99,,3 13, VID 1, 13,5 3,57,5 1335, 57, 15,5 ua: unidades de absorvência.

8 A parcela DAO é a que regista maiores valores em compostos fenólicos (índice de fenóis totais (IFT) e teor em antocianinas totais) e consequentemente uma maior intensidade da cor. Por outro lado, as parcelas localizadas mais a Sul (CAB e VID) são as que possuem menores teores de antocianinas totais e IFT, observando-se também, uma menor intensidade da cor. Relativamente ao peso por bago, observa-se um gradiente decrescente de Norte para Sul, mesmo com rega nas parcelas CAB e VID Características das uvas (mosto) à entrada da adega Ao comparar o quadro 3 com o quadro, verificamos que os valores de TAP (%v/v) obtidos nos bagos são muito distintos dos valores obtidos para os mostos, com excepção da parcela VID. Nas restante parcelas, o vindimado apresentou dados muito próximos ou mesmo superiores ao valor estabelecido para realizar a vindima. Para a parcela LOU existe um abaixamento significativo do valor de ph, que corresponde a uma subida da acidez total. Quadro Características do mosto de cada uma das parcelas, após o esmagamento Local TAP Ac.Total (% v/v) ph (g ác. tartárico/l) LOU 1,5 3,1 9,3 DAO 15, 3,3, LEI 13, 3,35,9 LIS 1, 3,39,5 CAB 13, 3,3 3,3 VID 13, 3,51 3, Características físico-químicas dos vinhos prontos (Fevereiro 9) O teor alcoólico dos vinhos corrobora os valores de TAP obtidos no mosto, enquanto que o ph sofreu o normal incremento após a fermentação maloláctica. O teor de antocianinas totais nos vinhos apresenta para qualquer das parcelas, valores que podem ser considerados médio a elevados (quadro 5). Verificou-se no entanto em todos os casos um grande decréscimo do seu valor quando se comparam os bagos com os vinhos (quadros 3 e 5). Em relação aos pigmentos poliméricos, observam-se os maiores valores nas parcelas VID, LOU e LIS, compostos importantes para a cor dos vinhos, pois ajudam à sua estabilidade.

9 Quadro 5 Análise físico-química dos vinhos, após o fim da fermentação alcoólica e maloláctica. Grau polimerização Local ph Teor alcoólico (% v/v) Antocianinas Totais (mg/l) Pigmentos. Poliméricos (ua) Pigmentos Totais (ua) dos Pigmentos (%) LOU 3,7 1,5 3,7 3,1, 1, DAO,9 15,3,3,75,77,3 LEI, 13,5 7,1, 5,55, LIS 3,7 1, 97,9,9 7,,7 CAB,37 1, 37, 1,9 19,9,1 VID, 13,5 75,9 3,17,97 11, ua: unidades de absorvência. Quadro Análise físico-química dos vinhos, após o fim da fermentação alcoólica e maloláctica. Intensidade Tonalidade Poder Local da cor da cor IFT (ua) (ua) (ua) Tanante (NTU/ml) LOU 1,,5 3,9 5,5 DAO,,7,9 3, LEI,, 5, 57, LIS,, 57, 1,9 CAB,, 9,3 7, VID 11,3,7 59,9 7, ua: unidades de absorvência. Da observação do quadro, verifica-se que as parcelas com maior intensidade da cor se situam nas latitudes extremas (LOU e CAB) deste estudo, registando a parcela CAB o menor valor. Em relação ao IFT, observa-se que os maiores valores são registados na parcela DAO e os menores na parcela CAB. No que respeita ao poder tanante, em todas as parcelas se obtém valores considerados elevados, mas é na parcela LOU, local mais a Norte, que se verifica o maior valor, enquanto que o mais pequeno foi registado na parcela DAO, o que provavelmente indicará uma maior macieza deste vinho.. CONCLUSÕES O trabalho realizado, embora de um único ano, parece indicar o elevado potencial da casta Touriga Nacional em qualquer das regiões em estudo. Verificou-se grande disparidade no rendimento obtido, nomeadamente ao nível do peso médio do cacho. O peso do bago decresceu de Norte para Sul do país, mesmo com rega nas duas

10 parcelas do Alentejo. Contrariamente ao expectável, foi no Alentejo (CAB) onde as noites foram mais frescas. Em termos qualitativos, a acumulação dos compostos fenólicos nas películas foi muito marcada pelo rendimento, bem como pelas condições meteorológicas do ano, verificando-se valores mais baixos nas parcelas mais a Sul. Os dados físico-químicos indicam vinhos distintos entre si, reflexo da influência que as características edafo-climáticas e a própria tecnologia vitícola têm sobre os compostos fenólicos e estes sobre as características organolépticas dos vinhos. 5. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA CARBONNEAU, A.; CASTERAN, P.; LECLAIR, P. (191). Principes de choix de systèmes de conduite pour des vignobles tempères et définitions pratiques utilisables en réglementation. Conn. Vigne Vin 15(): CASTRO, R.; CRUZ, A.; RODRIGUES, C.A.; BOTELHO, M.; RODRIGUES, C.; RODRIGUES, A.; GOMES, C. (7). Shoot density and basal leaf removal effects on microclimate, yield, fruit composition and wine quality of the portuguese vine variety Touriga Nacional. XV èmes Journées GESCO (Grupo de Estudos dos Sistemas de Condução da Vinha), Porec, Croatia. GLORIES, Y. (19a). La couleur des vins rouge. 1 er partie. Les équilibres des anthocyanes et des tanins. Conn. Vigne Vin, 1 : HUGLIN, P.,(197). Nouveau mode d evaluation des possibilites héliothermiques d um milieu viticole. Em: Proceedins of the Symposium Internacional sur lécologie de la Vigne. Ministère de l Agriculture et de l Industrie Alimentaire, Constança, 9-9. LAUREANO, O. (19). A matéria corante dos vinhos tintos. Relações com a cor e a origem dos vinhos. Dissertação apresentada às provas de acesso à categoria de Investigador Auxiliar. Instituto Superior de Agronomia UTL. LOUREIRO, V. & CARDOSO, A.H. (1993). Os Vinhos do Dão. Enciclopédia dos Vinhos de Portugal. Chave Ferreira Publicações, S.A. MAGALHÃES, N. (199). Aspectos do vingamento em Vitis Vinifera L. Dissertação de doutoramento, UTAD, Vila Real; OIV, 199. Recueil des methodes internacionales d analyse des vins et des moûts, Office Internacional de la vigne et du vin, Paris. RIBÉREAU-GAYON, P.; STONESTREET, E. (195). Le dosage des anthocyanes dans le vin rouge. Bull. Soc. Chim., 9 : 9-5. SOMERS, T.C.; EVANS, M.E. (197). Wine quality. Correlations with colour density and anthocyanin equilibria in a group of young red wines. J. Sci. Food Agric., 5 : TONIETTO, J.; CARBONNEAU, A () Multicriteria climatic classification system for grape-gwoing regions worldwide, Agricultural and Forest Meteorology 1 () 1-93

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