Náira Bueno Seixas Faculdade de Medicina Centro de Ciências da Vida

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Náira Bueno Seixas Faculdade de Medicina Centro de Ciências da Vida"

Transcrição

1 AVALIAÇÃO DO LACTATO SANGUÍNEO DE PACIENTES COM APRESENTANDO DIFERENTES GRAUS DE OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS, ANTES E APÓS O TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS Náira Bueno Seixas Faculdade de Medicina Centro de Ciências da Vida nairabs@puccampinas.edu.br Prof. Dr. Mário Augusto Paschoal Grupo de Pesquisa: Função autonômica cardíaca e atividade física na saúde e na doença Centro de Ciências da Vida fisioni@puc-campinas.edu.br Contextualização: Estudos revelam que além do acometimento pulmonar, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica () pode provocar disfunção muscular periférica secundária a consequências metabólicas sistêmicas. Hipoxemia e aumento da lactacidemia durante atividades físicas leves e moderadas, como o Teste de Caminhada de seis minutos (TC6min), podem refletir a capacidade do sistema tampão em manter o equilíbrio do organismo. Objetivo: Avaliar se o grupo com maior obstrução pulmonar apresenta maior correlação com a menor distância percorrida no teste e, principalmente, com maiores elevações no valor de lactato sanguíneo. Método: Foram estudados 29 indivíduos, divididos em grupos: controle, leve (n=9) e moderado, com grau da doença quantificado por VEF1 e índice de Tiffeneau obtidos em espirometria prévia. Testes de correlação e comparativos avaliaram dados clínicos e antropométricos, dinamometria, manovacuometria, além da lactacidemia antes e após o exercício (TC6min). A amostra de sangue para análise do lactato foi obtida por lactímetro Roche. A análise estatística foi realizada através do software Graph Pad Prism 6, por teste de Kruskal-Wallis com significância p<0,05. Empregouse correlações de Spearman para avaliar a magnitude de interferência das variáveis. Resultados: Submetidos ao TC6min, pacientes com maior limitação ventilatória mostraram maiores alterações na capacidade de clearance do lactato produzido. O grupo moderado mostrou significativa elevação da lactacidemia após TC6min, o que não ocorreu com os demais grupos, mesmo com menor desempenho, representado pela menor distância percorrida. Além disso, quanto maior a freqüência cardíaca ao término do TC6min, maior foi o valor de lactato sanguíneo, nos grupos leve e moderado. Conclusão: O grau de está associado à maior produção de lactato sanguíneo no exercício, demonstrando que a disfunção ventilatória e sua repercussão multissistêmica foram responsáveis pela limitação metabólica. Palavras-chave: limiar anaeróbio, exercício físico,. Área do Conhecimento: Ciências da Saúde, Medicina 1. INTRODUÇÃO A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica () é definida como enfermidade respiratória com obstrução crônica do fluxo aéreo, não totalmente reversível, geralmente progressiva. Está associada a um processo inflamatório crônico que produz alterações dos brônquios (bronquite crônica), bronquíolos (bronquiolite obstrutiva) e parênquima pulmonar (enfisema pulmonar). A predominância destas alterações é variável em cada indivíduo [1]. Atualmente a doença é de extrema relevância, com elevadas taxas de morbimortalidade e estimativa de aumentos progressivos. Em 2013, estudos apontam para três milhões de mortes a cada ano, 5% de todas as causas de morte, com aumento considerável entre as mulheres. O envelhecimento da população, o contexto da como doença sistêmica e a epidemia da multimorbidade aumentam a complexidade do manejo da doença [2]. Está bem estabelecido que, além do acometimento pulmonar, a apresenta consequências sistêmicas que podem levar à disfunção muscular periférica, com maior fatigabilidade muscular, menor tolerância ao exercício e menor sobrevida [3]. Segundo Paschoal (2002)[4] muitas são as modificações adaptativas de caráter morfológico e funcional decorrentes da exposição prolongada ao treinamento aeróbio observadas no, mas elas dependem de fatores como as características dos protocolos de treinamento desenvolvidos e a motivação.

2 Entre as modificações, por causar limitação à captação de oxigênio, a doença provoca hipoxemia, que está associada à redução da capacidade de realização de trabalho físico que cursa para a redução da massa magra e da força e endurance da musculatura de membros e respiratória [3]. Esses aspectos, somados ao tempo de doença, provocam uma tendência ao aumento na lactacidemia, mesmo durante a realização de atividades físicas leves e moderadas [4-7]. O mecanismo bioquímico que justifica a alteração está relacionado à reduzida densidade mitocondrial e à menor capacidade oxidativa muscular, levando à queda do ph e ao acúmulo de ácido lático resultante da inabilidade da conversão do oxigênio em energia em situações ácidas [8]. Esse acúmulo revela a menor capacidade de limpeza (clearance) ou metabolização do mesmo durante o esforço, em que há elevação na sua produção, como resultado da ativação das células musculares [5,9]. Por isso, a análise dos níveis de lactato sanguíneo é importante por avaliar a capacidade dos sistemas tampões, em manter ou não, condições de equilíbrio do ph do meio interno quando a pessoa avaliada está exposta a determinado protocolo de esforço. A fim de avaliar pacientes e saudáveis durante esforço físico, desde os anos 80, foi sendo aprimorado um dos protocolos de esforço mais empregados: o teste de caminhada de seis minutos (TC6min). Esse protocolo foi desenvolvido a partir de estudos preliminares de Cooper [10] que depois foram aprimorados por Mc Gavin [11] e Butland e col [12]. Butland et al (1982)[12] foram os primeiros a propor um protocolo com seis minutos e, quando essa proposta foi colocada em prática houve grande adesão, pois as anteriores previam um tempo de doze minutos, condição inadequada aos pacientes mais graves que não conseguiam completá-lo [13]. Por ser fácil, não exigir material dispendioso e sofisticado, revelar boa capacidade de reprodutibilidade, alta confiabilidade e excelente correlação com testes realizados com aparelhos complexos, caros e confiáveis como ergoespirômetros, o TC6min se difundiu pelo mundo, deixando de ser utilizado exclusivamente na área respiratória [12-16]. Portanto, no presente trabalho o TC6min foi o protocolo empregado na avaliação de capacidade funcional cardiorrespiratória de pacientes com com a intenção de se avaliar um dos aspectos pouco estudados nessa linha de investigação, o quanto o grau de obstrução das vias respiratórias pode interferir no desempenho dos doentes, e quanto isso representaria em termos metabólicos com o acompanhamento da medição do ácido lático no sangue. 2. MATERIAIS E MÉTODOS O estudo, de caráter longitudinal, foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas Envolvendo Seres Humanos do Centro de Ciências da Vida da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, parecer Seleção dos voluntários Foram selecionados 10 voluntários para o grupo controle e 19 portadores de, classificados em leves (n=9) ou moderados de acordo com a relação VEF1/CVF e Índice de Tiffeneau. Os critérios de inclusão foram: ex-tabagista (há pelo menos seis meses), não etilista ou praticante de atividade física, condição de estabilidade na doença (incluindo medicação), faixa etária ampla (bronquite crônica: anos; enfisema pulmonar: mais de 60 anos), 20 IMC 35 e assinatura do termo de consentimento livre esclarecido. Já os critérios de exclusão: não atenderem critérios de inclusão, não apresentarem valores estabelecidos para VEF1 e Índice de Tiffeneau, portadores de doenças respiratórias associadas ao, HAS não controlada, cardiopatia importante, insuficiência cardíaca e grande dificuldade de compreensão. Após receber a orientação sobre os procedimentos que seriam realizados, o voluntário leu e assinou o termo de consentimento livre e esclarecido Avaliação antropométrica Os voluntários foram posicionados, sem calçados, na balança Filizola pré-calibrada, contendo unidades de 100 gramas, para obtenção do peso. Neste mesmo aparelho, por meio de haste metálica com valor escalar unitário em centímetros (cm) o voluntário se posicionou em posição bípede de costas para a haste metálica, sendo obtida sua estatura Avaliação clínica Inicialmente, confirmava-se que o voluntário havia seguido as orientações de não ter ingerido chá, refrigerante de cola, café, chocolate e guaraná no dia do registro e ter tido uma boa noite de sono. A avaliação constou com uma breve anamnese, registro da frequência cardíaca (FC) obtida por cardiofrequencímetro Polar S810i (Kempele, Finlândia) após a permanência dos voluntários por 5min em decúbito supino em sala climatizada em 23ºC. A medida da pressão arterial (PA) foi realizada com o esfigmomanômetro de coluna de mercúrio e um estetoscópio Littman Classic II. Após, foram

3 realizadas auscultas cardíaca e pulmonar, segundo técnicas amplamente descritas na literatura [17] Dinamometria A avaliação de força da mão do membro superior dominante foi realizada pelo aparelho Spring Hand Dynamometer - Saehan, modelo SH5002 (Changwon, Coréia do Sul). Os pacientes foram posicionados sentados em uma cadeira com o membro superior dominante apoiado pelo cotovelo e antebraço sobre uma mesa, sendo realizada medida do tamanho da mão e ajustado o aparelho. Este foi seguro pelo paciente, que fez flexão brusca dos dedos com a máxima força. O teste foi realizado três vezes com intervalos, sendo registrada a maior força conseguida (100% da Contração Voluntária Máxima CVM) Medida de pressões inspiratória máxima (PImáx) e expiratória máxima (PEmáx) A força da musculatura respiratória foi obtida por manovacuômetro (Comercial Médica - São Paulo, Brasil) [18]. O voluntário foi posicionado sentado e um clipe colocado em seu nariz. Após, foi orientado para inspirar profundamente pela boca e, imediatamente após, expirar bruscamente o mais forte que puder através do bocal, contra a resistência Avaliação da lactacidemia O procedimento foi explicado ao voluntário, que teve um de seus dedos limpo com álcool antes de ser perfurado para a obtenção da gota de sangue. Lancetas estéreis e descartáveis Roche (Mannheim Alemanha) foram impulsionadas em direção ao dedo do voluntário por um dispositivo de disparo (Accu Check Softclix Pro ) comandado pelo pesquisador, que estava usando luvas descartáveis. A gota de sangue colhida foi imediatamente depositada sobre uma fita BM-Lactate Roche e inserida no aparelho Accutrend Lactate Roche (Mannheim Alemanha), que fez a leitura do valor da concentração de ácido lático no sangue. Todo esse protocolo foi repetido imediatamente após o protocolo de esforço (TC6min) Teste de Caminhada de seis minutos (TC6min) Antes do TC6min, este foi explicado detalhadamente, além do índice de percepção de esforço IPE-Borg (escala 6 a 20) [19] para que o paciente fizesse sua avaliação ao final do teste. Em seguida, foi fixado em seu tórax o cardiofrequencímetro Polar S810i que efetuou o registro da FC, batimento a batimento, FC pico, FC média, etc. Esses dados foram enviados a um computador por meio de sinais infravermelhos à interface que envia ao software Polar Precision Performance. Antes do TC6min foram realizados alongamentos. Durante o teste os pacientes foram incentivados a cada minuto a fim de que atingissem a maior distância. Cada percurso de 15 metros foi registrado, sendo multiplicado pelo número de vezes que foi percorrido, chegando-se à distância total final. Imediatamente após teste foram registrados: FC, frequência respiratória (FR), PA, saturação periférica de oxigênio (SpO 2 ) e IPE-Borg. A distância total e a FC durante o TC6min foram calculados após Análise dos dados e abordagem estatística Os dados estão apresentados por meio de estatística descritiva (média e desvio padrão) e as diferenças entre os dados antes e após o TC6min foram calculados estatisticamente com o software Graph Pad Prism 6. O teste estatístico aplicado foi o Kruskal-Wallis devido à distribuição não homogênea dos dados, com significância p<0,05. Empregou-se correlações de Spearman para avaliar a magnitude de interferência das variáveis mais relevantes. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela I abaixo estão apresentados os dados antropométricos e clínicos. Tabela 1. Dados antropométricos e clínicos (média e desvio padrão) dos grupos controle saudável, leve e moderado. Variáveis Controle Saudável Leve (n=9) Moderado Idade (anos) 51,2 ± 19,3 59,8 ± 6,4 63,3 ± 12,2 0,2784 Peso (kg) 63,2 ± 9,7 72,2 ± 15,5 71,9 ± 17,0 0,2851 Altura (cm) 159,1 ± 7,9 157,5 ± 10,0 157,6 ± 8,9 0,9550 IMC (kg/m²) 24,8 ± 4,1 29,2 ± 6,6 28,9 ± 5,9 0,1703 PAS repouso (mmhg) PAD repouso (mmhg) FC repouso (bpm) FR repouso (mrm) 111,0 ± 12,0 130,0 ± 19,4 133,0 ± 20,6 *0, ,0 ± 7,4 81,1 ± 11,7 81,0 ± 5,7 *0, ,2 ± 13,0 70,0 ± 14,7 72,5 ± 9,7 0, ,7 ± 3,3 17,3 ± 1,9 18,3 ± 3,6 0,5731 SpO 2 (%) 96,8 ± 1,9 94,8 ± 2,4 93,7 ± 1,8 *0,0087 p

4 Quanto aos valores da altura e peso, que promoveram o cálculo do IMC, nota-se que não houve diferença significativa entre os grupos. Portanto, eventuais argumentações de que o peso e o IMC pudessem ser fatores que interferissem na distância percorrida no TC6min, não devem ser considerados. Obtivemos diferença entre os grupos nos valores de pressão arterial (PA) de repouso, sistólica (PAS) e diastólica (PAD) com maiores valores para os portadores de. No entanto, todos os grupos se encontravam com valores de PA sistêmica dentro da normalidade, com médias menores que 140 e 90 mmhg para PAS e PAD, respectivamente [20] aspecto esse, portanto, que também não interferiu nos dados de maior relevância do estudo. Os valores de saturação de oxigênio (SpO 2 ) ao repouso foram significativamente diferentes entre o grupo controle e o grupo moderado, com valores menores para esses. Apesar de os valores apresentados na Tabela I serem considerados normais para todos os grupos, pacientes com podem apresentar dessaturação em repouso [21] ou um decréscimo acentuado da SpO 2 quando submetidos a exercícios submáximos [22]. Tabela 2. Valores médios e desvios padrões obtidos por manovacuometria e dinamometria dos grupos controle saudável, leve e moderado. Variáveis PE máxima (cmh2o) PI máxima (cmh2o) CVM (kg) Controle Saudável Leve (n=9) Moderado 95,0 ± 26,8 73,3 ± 39,0 64,0 ± 25,5 0, ,0 ± 17,3 71,1 ± 37,2 69,5 ± 32,2 0, ,8 ± 8,2 20,7 ± 5,1 20,4 ± 7,6 0,8302 Na Tabela II, se pode constatar que os valores de PI e PE máximos, que expressam a força dos músculos respiratórios, foram ligeiramente menores nos grupos com em relação ao controle, o que resultou em ausência de diferença estatística. Esse fato nos leva a depreender que a já pode ter interferido ligeiramente na força gerada pelos músculos respiratórios, que estão limitados a um arcabouço torácico com mobilidade diminuída em decorrência do constante acúmulo de ar (aumento do volume residual), uma das características da patologia. Ainda na Tabela II, os valores da contração voluntária máxima (CVM), que reflete a força muscular p periférica (não respiratória), também não foram diferentes entre os grupos. No entanto, como não foi avaliada a resistência muscular, não é possível concluir se também esse aspecto não foi afetado pela. Portanto, ao se concluir a análise da força dos músculos da respiração e dos membros (representado pelo CVM) o que se sugere é que nesses doentes as interferências da parecem estar mais centralizadas nos pulmões, conforme mostrado adiante. Figura 1. Valores da lactacidemia pré e pós-teste de caminhada de seis minutos no grupo moderado (média e desvios-padrões). Em relação ao principal objetivo do estudo, análise da variação da lactacidemia antes e após o TC6min, o grupo moderado apresentou resultado significativo, como observado na Figura 1. Ao serem submetidos ao esforço físico (TC6min), os pacientes com maior limitação ventilatória mostraram maiores alterações na capacidade de clearance do lactato produzido durante o teste, quando comparados ao grupo leve e aos saudáveis. Como se sabe, o CO 2 produzido durante o esforço é gerado a partir de duas fontes. Uma delas é o CO 2 metabólico, resultante da ação de fibras musculares oxidativas, cuja contração gera 75% do CO 2 que deve ser eliminado pelos pulmões; e uma segunda fonte, CO 2 não metabólico, que resulta do tamponamento do lactato, que ocorre durante níveis de esforço mais elevados. No entanto, prejuízos à troca gasosa como no caso da, limitam a capacidade de eliminação do CO 2 metabólico e, também, diminuem a capacidade contrátil dos músculos em ação, promovendo a formação de CO 2 não metabólico mesmo em atividades consideradas leves ou moderadas [5]. Em suma, os resíduos metabólicos, entre eles o CO 2, são mais difíceis de ser eliminados pelo portador de mais grave. Como o CO 2 é veiculado no sangue e no plasma para ser eliminado pelos pulmões e, como os pulmões dos portadores de

5 têm maior dificuldade em permitir uma troca gasosa eficiente, há maior concentração de CO 2, que resulta em maior produção de lactato sanguíneo. Conforme se observa na Figura 1, o grupo com moderado mostrou significativa elevação da lactacidemia após o TC6min, o que não ocorreu com os demais grupos. Esse fato corrobora com o discutido acima, pois quanto maior o grau de acometimento da doença, maior a produção de lactato. Ao observarmos a Figura 2, constatamos que os valores de lactato foram significativamente maiores nos portadores de moderado comparado ao produzido pelos demais grupos. Ressalta-se, ainda mais, que isso ocorreu mesmo esse grupo de doentes tendo mostrado o menor desempenho no TC6min, representado pela distância percorrida, conforme é mostrado na Figura 3. Dentro desse contexto, é importante observar na Figura 5 que a FC se correlacionou positivamente com a produção de lactato também para o grupo leve. Esse aspecto é relevante pelo fato de que quanto mais elevada estiver a FC durante o esforço, maior será a produção de lactato. Ressalta-se que isso também ocorre com pessoas saudáveis, porém não nos valores de FC nos quais houve significativa elevação no valor de lactato nos portadores de, tanto que durante o teste realizado, considerado um protocolo de intensidade submáxima [13, 23], não houve aumento do lactato sanguíneo no grupo controle. Figura 4. Correlação entre lactacidemia e frequência cardíaca pós teste de caminhada de seis minutos no grupo moderado (média e desvios padrões). Figura 2. Valores da lactacidemia pós teste de caminhada de seis minutos nos grupos controle, leve e moderado (média e desvios padrões). Figura 3. Distância percorrida durante o teste de caminhada de seis minutos nos grupos controle, leve e moderado (média e desvios padrões). A Figura 4 revela, claramente, por meio de correlação de Spearman, que quanto maior foi a FC (uma das variáveis que reflete o esforço) ao término do TC6min, maior foi o valor de lactato sanguíneo obtido ao término desse teste, no grupo moderado. Figura 5. Correlação entre lactacidemia e frequência cardíaca pós teste de caminhada de seis minutos no grupo leve (média e desvios padrões). Para que pessoas saudáveis apresentem elevações significativas na lactacidemia o esforço físico tem que ser maior do que o feito no referido teste. Isso porque a resposta do lactato aos exercícios submáximos está associada ao maximal lactate steady state, maior intensidade de exercício que pode ser realizada mantendo uma concentração constante de lactato sanguíneo [24]. As elevações da lactacidemia são documentadas nos esforços acima do limiar anaeróbio e/ou após a execução de esforços máximos.

6 4. CONCLUSÃO O presente estudo evidenciou que o grau de está associado à maior produção de lactato sanguíneo após o exercício físico, demonstrando que a disfunção ventilatória e sua repercussão multissistêmica foram responsáveis pela limitação metabólica, traduzida pela dificuldade que esses pacientes tiveram em eliminar o CO 2 produzido durante o esforço, causando maior acúmulo de lactato sanguíneo. REFERÊNCIAS [1] II Consenso Brasileiro sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2004;30(5). p1. [2] Rabahi MF. Epidemiologia da : Enfrentando Desafios - Epidemiology of COPD: Facing Challenges. Pulmão. 2013;22(2):4-8. Obtido em 02.pdf. [3] Rondelli RR, Dal Corso S, Simões A, Malagutti C. Métodos de avaliação da fadigabilidade muscular periférica e seus determinantes energeticometabólicos na. J Bras Pneumol 2009; 35(11): [4] Paschoal MA. Avaliação cardiorrespiratória de esforço e programa de recondicionamento aeróbio em cicloergômetro para pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Rev Bras Fisioter 2002;6(3): [5] Wasserman K, Hansen JE, Sue DY, Casaburi R et al. Principles of exercise testing and interpretation. 3a ed., Philadelphia: Lippincott, Willians & Wilkins. 1999; [6] Wasserman K, Beaver WL, Whipp BJ Gas exchange theory and lactic acidosis (anaerobic) threshold. Circulation. 1990; 81(1 Suppl):II [7] Cooper CB. Exercise in chronic pulmonary disease: limitations and rehabilitation. Med Sci Sports Exerc 2001;33(7 Suppl):S [8] Saye D, Côté CH, Mador MJ, Laviolette L, Le- Blanc P, Jobin J et al. Assessment of muscle fatigue during exercise in chronic obstructive pulmonary disease. Muscle Nerve. 2006;34(1): [9] Smith EW, Skelton MS, Kremer DE, Pascoe DD, Gladden LB. Lactate distribution in the blood during progressive exercise. Med Sci Sports Exerc May; 29(5): [10] Cooper KH. A means of assessing maximal oxygen intake: correlation between field and treadmill testing. JAMA 1968;2003: [11] McGavin CR, Gupta SP, McHardy GJR. Twelve minutes walk test for assessing disability in chronich bronchitis. Br Med J 1976;1: [12] Butland RJA, Pang J, Gross ER. Two, six and twelve-minute walking tests in respiratory disease. Britsh Med J. 1982, 284: [13] Paschoal MA. Fisioterapia Cardiovascular: avaliação e conduta na reabilitação cardíaca. Ed. Manole, 1ª ed, Barueri, SP, 2010.Borg GA. Psychophysical bases of perceived exertion. Med Sci Sports Exerc 1982; 14: [14] Enright PL, Sherril DI. Reference equations for the six-minutes walk in healthy adults. Am J Resp Care Med. 1998; 158: [15] Demers C, McKelvie RS, Negassa A, Yusuf S. Reliability, validity, and responsiveness of the sixminute walk test in patients with heart failure. Am Heart J. 2001, vol142, n.4 (october). [16] Enright PL. The six-minutes walk test. Respir Care 2003; 48(8): [17] Irwin S, Tecklin JS. Fisioterapia Cardiopulmonar. 2a ed. São Paulo: Manole; p.570. [18] Souza RB. Pressões respiratórias estáticas máximas. Jornal de Pneumologia. 2002; 28(suplem3):S [19] Borg GA. Psychophysical bases of perceived exertion. Med Sci Sports Exerc 1982;14: [20] Sociedade Brasileira de Cardiologia/ Sociedade Brasileira de Hipertensão/ Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95 (1 supl. 1):1-51. [21] Projeto Diretrizes: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; Obtido em [22] Moreira MAF, Medeiros GA, Boeno FP et al. Análise da dessaturação de oxigênio durante o teste de caminhada de seis minutos em pacientes com. J Bras Pneumol. 2014;40(3): [23] Noonan V, Dean E. Submaximal exercise testing: clinical application and interpretation. Phys Ther 2000;80(8): [24] Goodwin ML, Harris JE, Hernández A, Gladden LB. Blood Lactate Measurements and Analysis during Exercise: A Guide for Clinicians. J Diabetes Sci Technol 2007; 1(4):

CAPITULO III METODOLOGIA

CAPITULO III METODOLOGIA CAPITULO III METODOLOGIA A metodologia seguida neste trabalho é referente a um estudo descritivo e quantitativo. Isto porque a natureza do trabalho desenvolve-se na correlação e comparação entre as diferentes

Leia mais

Consumo Máximo de Oxigênio

Consumo Máximo de Oxigênio Consumo Máximo de Oxigênio Prof. Sergio Gregorio da Silva, PhD BE066 Consumo Máximo de Oxigênio VO2max BE066 Sistema Portátil K4b 2 BE066 VO2max Definição: É a razão máxima de O2 que uma pessoa pode absorver,

Leia mais

Adaptações cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício

Adaptações cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE Departamento de Fisiologia Laboratório de Farmacologia Cardiovascular - LAFAC Adaptações cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício Prof. André Sales Barreto Desafio

Leia mais

Reabilitação pulmonar na DPOC: uma análise crítica

Reabilitação pulmonar na DPOC: uma análise crítica Reabilitação pulmonar na DPOC: uma análise crítica José R. Jardim Pneumologia Universidade Federal de São Paulo Dispnéia : principal sintoma Reabilitação pulmonar Definição Reabilitação pulmonar é uma

Leia mais

19 Congresso de Iniciação Científica COMPARAÇÃO DAS RESPOSTAS CARDIOPULMONARES DE MULHERES SUBMETIDAS A EXERCÍCIO DE RESISTÊNCIA DE FORÇA E AERÓBIO

19 Congresso de Iniciação Científica COMPARAÇÃO DAS RESPOSTAS CARDIOPULMONARES DE MULHERES SUBMETIDAS A EXERCÍCIO DE RESISTÊNCIA DE FORÇA E AERÓBIO 19 Congresso de Iniciação Científica COMPARAÇÃO DAS RESPOSTAS CARDIOPULMONARES DE MULHERES SUBMETIDAS A EXERCÍCIO DE RESISTÊNCIA DE FORÇA E AERÓBIO Autor(es) TIAGO VIEIRA ARBEX Orientador(es) MARCELO DE

Leia mais

COMO MEDIR A PRESSÃO ARTERIAL

COMO MEDIR A PRESSÃO ARTERIAL COMO MEDIR A PRESSÃO ARTERIAL REQUISITOS BÁSICOS PARA ADEQUADA AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Tele-educação REDE DE TELEASSISTÊNCIA DE MINAS GERAIS Organizadores Edênia S. G. Oliveira Lidiane A. Pereira

Leia mais

FISIOLOGIA CARDIORESPIRATÓRIA ENVELHECIMENTO

FISIOLOGIA CARDIORESPIRATÓRIA ENVELHECIMENTO FISIOLOGIA CARDIORESPIRATÓRIA ENVELHECIMENTO Prof. Hassan Mohamed Elsangedy hassanme20@hotmail.com Hassan M. Elsangedy, MS. Especialização em Fisiologia do Exercício - 2009 1 INCIDÊNCIAS Hassan M. Elsangedy,

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Capacidade Funcional; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC); Fisioterapia; Reabilitação Pulmonar (RP).

PALAVRAS-CHAVE: Capacidade Funcional; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC); Fisioterapia; Reabilitação Pulmonar (RP). V EPCC Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 23 a 26 de outubro de 2007 ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA ATRAVÉS DAS TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO PULMONAR COMO FORMA DE TRATAMENTO PARA

Leia mais

ESTRUTURA FREQUÊNCIA CARDÍACA 09/06/2013. O número de batimentos cardíacos por unidade de tempo, geralmente expresso em batimentos por minuto (bpm).

ESTRUTURA FREQUÊNCIA CARDÍACA 09/06/2013. O número de batimentos cardíacos por unidade de tempo, geralmente expresso em batimentos por minuto (bpm). Revisar alguns conceitos da fisiologia cardiovascular; Revisar alguns conceitos da fisiologia do exercício do sistema cardiovascular; Estudar as adaptações do treinamento aeróbico e de força no sistema

Leia mais

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA FUNÇÃO CARDIO-VASCULAR E EXERCÍCIO

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA FUNÇÃO CARDIO-VASCULAR E EXERCÍCIO BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA FUNÇÃO CARDIO-VASCULAR E EXERCÍCIO Prof. Sergio Gregorio da Silva, PhD 1 Qual é o objetivo funcional do sistema CV? Que indicador fisiológico pode ser utilizado para demonstrar

Leia mais

AVERIGUAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL NO REPOUSO E APÓS ATIVIDADE FÍSICA EM ACADÊMICOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA

AVERIGUAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL NO REPOUSO E APÓS ATIVIDADE FÍSICA EM ACADÊMICOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA AVERIGUAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL NO REPOUSO E APÓS ATIVIDADE FÍSICA EM ACADÊMICOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA BLOOD PRESSURE OF FINDING AT HOME AND AFTER PHYSICAL ACTIVITY IN STUDENTS OF PHYSICAL THERAPY COURSE

Leia mais

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Novos paradigmas na interpretação da intolerância aos esforços J. ALBERTO NEDER Prof. Adjunto Livre Docente Disciplina de Pneumologia do Departamento de Medicina DPOC

Leia mais

& EFEITOS DE UM TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO SOBRE A CAPACIDADE FUNCIONAL DE UM PACIENTE ASMÁTICO

& EFEITOS DE UM TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO SOBRE A CAPACIDADE FUNCIONAL DE UM PACIENTE ASMÁTICO & EFEITOS DE UM TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO SOBRE A CAPACIDADE FUNCIONAL DE UM PACIENTE ASMÁTICO Adriane Schmidt Pasqualoto 1 Gabriela Paranhos Floriano 2 Elenita Costa Beber Bonamigo 3 Darlene Costa

Leia mais

Unidade II Cultura: A pluralidade na expressão humana.

Unidade II Cultura: A pluralidade na expressão humana. Unidade II Cultura: A pluralidade na expressão humana. Aula 7.1 Conteúdo: Corpo humano: circulação. Habilidade: Conhecer o coração e a função desse órgão; Entender a relação dos batimentos do coração com

Leia mais

PROVAS DE FUNÇÃO RESPIRATÓRIA ESPIROMETRIA

PROVAS DE FUNÇÃO RESPIRATÓRIA ESPIROMETRIA PROVAS DE FUNÇÃO RESPIRATÓRIA ESPIROMETRIA CASUÍSTICA DO SERVIÇO DE MFR 2005-2010 CENTRO HOSPITALAR E UNIVERSITÁRIO DE COIMBRA Sara Bastos, Filipa Januário, Carla Amaral Introdução Volumes e os débitos

Leia mais

Autores/Editores Adília da Silva Fernandes; Carlos Pires Magalhães; Maria Augusta Pereira da Mata; Maria Helena Pimentel; Maria Gorete Baptista

Autores/Editores Adília da Silva Fernandes; Carlos Pires Magalhães; Maria Augusta Pereira da Mata; Maria Helena Pimentel; Maria Gorete Baptista FICHA TÉCNICA Título de Longa Duração e Manutenção de Santa Maria Maior Autores/Editores Adília da Silva Fernandes; Carlos Pires Magalhães; Maria Augusta Pereira da Mata; Maria Helena Pimentel; Maria Gorete

Leia mais

PLANO DE AULA. Prática Clínica Supervisionada

PLANO DE AULA. Prática Clínica Supervisionada PLANO DE AULA Disciplina: em Fisioterapia Pneumologica e Cardiovascular Professor(a): Elder dos Santos Cavalcante e Emerson dos Santos Curso: Fisioterapia Semestre/Ano 5o. Ano Turma: Atividades temáticas

Leia mais

Atividade Física e Cardiopatia

Atividade Física e Cardiopatia AF e GR ESPECIAIS Cardiopatia Atividade Física e Cardiopatia Prof. Ivan Wallan Tertuliano E-mail: ivantertuliano@anhanguera.com Cardiopatias Anormalidade da estrutura ou função do coração. Exemplos de

Leia mais

BE066 - Fisiologia do Exercício. Consumo Máximo de Oxigênio

BE066 - Fisiologia do Exercício. Consumo Máximo de Oxigênio BE066 - Fisiologia do Exercício Consumo Máximo de Oxigênio Sergio Gregorio da Silva, PhD Objetivos Conceituar Consumo Máximo de Oxigênio Descrever os Fatores que influenciam o VO2max Meios para determinação

Leia mais

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA APÓS UM PROGRAMA DE HIDROTERAPIA EM PACIENTES HIPERTENSAS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA APÓS UM PROGRAMA DE HIDROTERAPIA EM PACIENTES HIPERTENSAS AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA APÓS UM PROGRAMA DE HIDROTERAPIA EM PACIENTES HIPERTENSAS José Cortez Assunção Júnior; Arones Bruno de Souza; Robison Carlos Silva Costa; Lucien Peroni Gualdi. Faculdade

Leia mais

Exercício Físico em altitudes. Prof a. Dr a. Bruna Oneda

Exercício Físico em altitudes. Prof a. Dr a. Bruna Oneda Exercício Físico em altitudes elevadas Prof a. Dr a. Bruna Oneda Altitude Elevada Menor disponibilidade de oxigênio; Alterações fisiológicas para garantir oxigênio em todos os tecidos Treinamento em altitude

Leia mais

RESUMO SEPSE PARA SOCESP INTRODUÇÃO

RESUMO SEPSE PARA SOCESP INTRODUÇÃO RESUMO SEPSE PARA SOCESP 2014 1.INTRODUÇÃO Caracterizada pela presença de infecção associada a manifestações sistêmicas, a sepse é uma resposta inflamatória sistêmica à infecção, sendo causa freqüente

Leia mais

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA).

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou

Leia mais

15º FÓRUM DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA AUDITÓRIO 10

15º FÓRUM DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA AUDITÓRIO 10 Fóruns 28 de setembro de 2013 15º FÓRUM DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA AUDITÓRIO 10 Insuficiência Cardíaca Como abordar na: IC Fração de ejeção reduzida / normal IC descompensada IC Crônica IC Chagásica

Leia mais

10º Congreso Argentino y 5º Latinoamericano de Educación Física y Ciencias

10º Congreso Argentino y 5º Latinoamericano de Educación Física y Ciencias 10º Congreso Argentino y 5º Latinoamericano de Educación Física y Ciencias 1 Influência de um programa de exercícios aeróbios sobre níveis pressórios de indivíduos com Síndrome Metabólica Chane Basso Benetti;

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE DPOC. Reabilitação pulmonar. Força muscular respiratória.

PALAVRAS-CHAVE DPOC. Reabilitação pulmonar. Força muscular respiratória. Efeitos de um programa de reabilitação pulmonar em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) EFFECTS OF PULMONARY REHABILITATION PROGRAM IN PATIENTES WITH CHRONIC OBSTRUCTIVE PULMONARY DISEASE

Leia mais

SISTEMA RESPIRATÓRIO PROF. JAIR

SISTEMA RESPIRATÓRIO PROF. JAIR SISTEMA RESPIRATÓRIO PROF. JAIR Fisiologia do Sistema Respiratório A respiração pode ser interpretada como um processo de trocas gasosas entre o organismo e o meio, ou como um conjunto de reações químicas

Leia mais

Congresso da Associação de Fisioterapia do Estado do Rio de Janeiro (AFERJ) 2011

Congresso da Associação de Fisioterapia do Estado do Rio de Janeiro (AFERJ) 2011 Congresso da Associação de Fisioterapia do Estado do Rio de Janeiro (AFERJ) 2011 Prof. Dr. Bruno M. Silva Laboratório de Ciências do Exercício - LACE Universidade Federal Fluminense - UFF 1. Fisiologia

Leia mais

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Clínica Médica e Cirúrgica I INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA João Adriano de Barros Disciplina de Pneumologia Universidade Federal do Paraná Objetivos da Aula... Importância da IRA devido a sua alta mortalidade

Leia mais

Agrupamento Escolas de Figueiró dos Vinhos

Agrupamento Escolas de Figueiró dos Vinhos Agrupamento Escolas de Figueiró dos Vinhos Disciplina de Estudo do Movimento Professor Ricardo Ramos Ano letivo 2014/2015 Módulo 4 Qualidades Físicas Técnico de Apoio à Gestão Desportiva Aluno: N.º : Classificação:

Leia mais

Aula 6: Sistema respiratório

Aula 6: Sistema respiratório Aula 6: Sistema respiratório Sistema respiratório Tem início no nariz e na boca e continua através das vias aéreas até os pulmões, onde ocorre a troca dos gases. Sistema respiratório - Funções Condução

Leia mais

Portal da Educação Física Referência em Educação Física na Internet

Portal da Educação Física Referência em Educação Física na Internet Portal da Educação Física Referência em Educação Física na Internet AVALIAÇÃO DO VO2 MAX O cálculo do Vo2max possibilita aos atletas, qualquer que seja o seu nível ou idade, a obtenção de melhores resultados

Leia mais

EPIDEMIOLOGIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL ESTUDO POPULACIONAL NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS - MS

EPIDEMIOLOGIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL ESTUDO POPULACIONAL NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS - MS EPIDEMIOLOGIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL ESTUDO POPULACIONAL NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS - MS Daniela da Silva Garcia; Discente do curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Três Lagoas AEMS, e-mail:

Leia mais

Setor: Todos os setores Responsável pela prescrição do POP Médico, Enfermeiro Responsável pela execução do POP Auxiliar ou Técnico em Enfermagem

Setor: Todos os setores Responsável pela prescrição do POP Médico, Enfermeiro Responsável pela execução do POP Auxiliar ou Técnico em Enfermagem PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP N 22 Título: Verificação da Pressão Arterial em Área de Aplicação: Obstetrícia Adultos Setor: Todos os setores Responsável pela prescrição do POP Médico, Enfermeiro

Leia mais

Espirometria. Espirometria. Espirometria. Espirometria. Relembrando... Volume: quantidade de ar que entra ou sai do pulmão (L)

Espirometria. Espirometria. Espirometria. Espirometria. Relembrando... Volume: quantidade de ar que entra ou sai do pulmão (L) Definição O termo espirometria vem do latim espirare = respirar + metrum = medida É a medida do ar que entra e sai do pulmão Exame peculiar em medicina, pois exige: compreensão e colaboração do paciente

Leia mais

Fisiopatologia Respiratória na Obesidade Mórbida. Implicações Perioperatorias

Fisiopatologia Respiratória na Obesidade Mórbida. Implicações Perioperatorias Introdução A obesidade constitui um dos problemas de saúde mais importantes das sociedades desenvolvidas Na Espanha os custos econômicos com a obesidade representam 6,9% do gasto sanitário O índice de

Leia mais

Índice de massa corporal e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em idosos institucionalizados

Índice de massa corporal e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em idosos institucionalizados Índice de massa corporal e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em idosos institucionalizados Cadimiel Gomes¹; Raíla Dornelas Toledo²; Rosimar Regina da Silva Araujo³ ¹ Acadêmico do Curso

Leia mais

RELATOS DE UMA EXPERIÊNCIA

RELATOS DE UMA EXPERIÊNCIA Linhas de Pesquisa de Fisioterapia em Cardiologia RELATOS DE UMA EXPERIÊNCIA VI Simpósio de Fisioterapia em Cardiologia Fisiot. Espec. Cleusa Maria Richter INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DE CRUZ ALTA www.icca-rs.com.br

Leia mais

Prova de Título de Especialista em Fisioterapia Respiratória

Prova de Título de Especialista em Fisioterapia Respiratória Prova de Título de Especialista em Fisioterapia Respiratória 1. Anatomia e fisiologia do sistema cardiorrespiratório Egan. 1 ed. São Paulo: Manole, 2000. (Seção 3, caps.7 e 8) WEST, J.B. Fisiologia respiratória

Leia mais

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO EFEITO DE APRENDIZAGEM NA MEDIDA DE PRESSÃO INSPIRATÓRIA E EXPIRATÓRIA MÁXIMA EM ADULTOS SAUDÁVEIS

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO EFEITO DE APRENDIZAGEM NA MEDIDA DE PRESSÃO INSPIRATÓRIA E EXPIRATÓRIA MÁXIMA EM ADULTOS SAUDÁVEIS Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: AVALIAÇÃO DO EFEITO DE APRENDIZAGEM NA MEDIDA DE PRESSÃO INSPIRATÓRIA E EXPIRATÓRIA MÁXIMA EM

Leia mais

ANÁLISE COMPARATIVA DA INFLUÊNCIA DO TABAGISMO SOBRE A FREQUÊNCIA CARDÍACA A PRESSÃO ARTERIAL E O DUPLO PRODUTO.

ANÁLISE COMPARATIVA DA INFLUÊNCIA DO TABAGISMO SOBRE A FREQUÊNCIA CARDÍACA A PRESSÃO ARTERIAL E O DUPLO PRODUTO. ANÁLISE COMPARATIVA DA INFLUÊNCIA DO TABAGISMO SOBRE A FREQUÊNCIA CARDÍACA A PRESSÃO ARTERIAL E O DUPLO PRODUTO. Veneziano,L.S.N. 1 ;Maia,C.S. 2 ;Freitas,N.F. 3 ; Cabral,F.D. 4 ;Cabral,R.M.C. 5 ; Dias,R.

Leia mais

Como evitar os riscos e aumentar os benefícios??

Como evitar os riscos e aumentar os benefícios?? Como evitar os riscos e aumentar os benefícios?? RISCOS BENEFÍCIOS RISCO DE MORTE POR DOENÇAS 100 % CARDIOVASCULARES 80 Diminuição de 34% 66% 60 40 20 0 AGITA São Paulo Sedentário Pouco Ativo Ativo Muito

Leia mais

Disciplina de BIOQUÍMICA do Ciclo Básico de MEDICINA Universidade dos Açores 1º Ano ENSINO PRÁTICO 5ª AULA PRÁTICA

Disciplina de BIOQUÍMICA do Ciclo Básico de MEDICINA Universidade dos Açores 1º Ano ENSINO PRÁTICO 5ª AULA PRÁTICA Disciplina de BIOQUÍMICA do Ciclo Básico de MEDICINA Universidade dos Açores 1º Ano ENSINO PRÁTICO 5ª AULA PRÁTICA EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE NO ORGANISMO HUMANO REGULAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO HIDROGENIÓNICA - IMPORTÂNCIA

Leia mais

AVALIAÇÃO DE FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTE DPOC EM UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO HOSPITALAR.

AVALIAÇÃO DE FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTE DPOC EM UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO HOSPITALAR. AVALIAÇÃO DE FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTE DPOC EM UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO HOSPITALAR. INTRODUÇÃO MARCOS AUGUSTO MORELLO NATANIEL MATHEUS NEITZKE CESAR ANTÔNIO LUCHESA. Faculdade Assis Gurgacz

Leia mais

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA Curso de Educação Física Disciplina: Fisiologia do Exercício. Ms. Sandro de Souza

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA Curso de Educação Física Disciplina: Fisiologia do Exercício. Ms. Sandro de Souza UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA Curso de Educação Física Disciplina: Fisiologia do Exercício Ms. Sandro de Souza Discutir alguns aspectos associados à medida do VO2máx. Conhecer os mecanismos envolvidos

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI DISCIPLINA: FISIOLOGIA HUMANA E FISIOLOGIA DOS SISTEMAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI DISCIPLINA: FISIOLOGIA HUMANA E FISIOLOGIA DOS SISTEMAS UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI DISCIPLINA: FISIOLOGIA HUMANA E FISIOLOGIA DOS SISTEMAS DEPARTAMENTO CIÊNCIAS BÁSICAS/ FCBS PROF.: WAGNER DE FÁTIMA PEREIRA/ CRISTIANE ROCHA F.

Leia mais

Protocolo de reabilitação pulmonar em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica

Protocolo de reabilitação pulmonar em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica Artigo de Revisão Protocolo de reabilitação pulmonar em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica Protocol of pulmonary rehabilitation in patients with chronic pulmonary disease obstructive Gleice

Leia mais

CAPITULO IV APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

CAPITULO IV APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS CAPITULO IV APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Ao longo deste capítulo, serão apresentados os resultados obtidos bem como a sua discussão, após o tratamento estatístico das variáveis envolvidas no

Leia mais

Adaptações Metabólicas do Treinamento. Capítulo 6 Wilmore & Costill Fisiologia do Exercício e do Esporte

Adaptações Metabólicas do Treinamento. Capítulo 6 Wilmore & Costill Fisiologia do Exercício e do Esporte Adaptações Metabólicas do Treinamento Capítulo 6 Wilmore & Costill Fisiologia do Exercício e do Esporte Adaptações ao Treinamento Aeróbio Adaptações centrais e periféricas Realização do exercício submáximo

Leia mais

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2010/2011. Unidade Curricular de BIOQUÍMICA II Mestrado Integrado em MEDICINA 1º Ano

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2010/2011. Unidade Curricular de BIOQUÍMICA II Mestrado Integrado em MEDICINA 1º Ano Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2010/2011 Unidade Curricular de BIOQUÍMICA II Mestrado Integrado em MEDICINA 1º Ano ENSINO PRÁTICO E TEORICO-PRÁTICO 7ª AULA TEÓRICO-PRÁTICA

Leia mais

Prof. MSc. Paulo José dos Santos de Morais

Prof. MSc. Paulo José dos Santos de Morais Prof. MSc. Paulo José dos Santos de Morais AVALIAÇÃO FÍSICA: Testes de Aptidão em Escolares ( 7 17 anos) O Proesp-BR Considerando: a) Carência de estrutura física das escolas brasileiras em sua estrutura

Leia mais

04/07/2014. Apneia do Sono e Hipertensão Resistente Qual a importância?

04/07/2014. Apneia do Sono e Hipertensão Resistente Qual a importância? e Hipertensão arterial resistente (HAR): todo paciente com HAR deve fazer Polissonografia? Gleison Guimarães TE SBPT 2004/TE AMIB 2007 Área de atuação em Medicina do Sono pela SBPT - 2012 Profº Pneumologia

Leia mais

Como reconhecer uma criança criticamente enferma? Ney Boa Sorte

Como reconhecer uma criança criticamente enferma? Ney Boa Sorte Como reconhecer uma criança criticamente enferma? Ney Boa Sorte Passo 1 - Avaliar a criança Prevendo a parada cardiopulmonar A parada cardiopulmonar em lactentes e crianças raramente é um evento súbito!

Leia mais

COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL?

COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL? COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL? Profa. Dra. Rosália Morais Torres VI Diretrizes Brasileiras de hipertensão arterial Arq Bras Cardiol 2010; 95 (1 supl.1): 1-51 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS)

Leia mais

05)Quanto ao ciclo de Krebs é INCORRETO afirmar que:

05)Quanto ao ciclo de Krebs é INCORRETO afirmar que: FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Questões de Avaliação Parte I 01)Compare a energia produzida pela degradação da glicose pela via aeróbica e pela via anaeróbica terminando com o lactato, destacando quais as vantagens

Leia mais

Variação da pressão arterial antes e após cirurgia nasal - com e sem tamponamento nasal.

Variação da pressão arterial antes e após cirurgia nasal - com e sem tamponamento nasal. Variação da pressão arterial antes e após cirurgia nasal - com e sem tamponamento nasal. Serviço de Otorrinolaringologia Hospital dos Servidores do Estado - RJ Krishnamurti Sarmento Junior Daniel Robson

Leia mais

Objetivo da aula. Trabalho celular 01/09/2016 GASTO ENERGÉTICO. Energia e Trabalho Biológico

Objetivo da aula. Trabalho celular 01/09/2016 GASTO ENERGÉTICO. Energia e Trabalho Biológico Escola de Educação Física e Esporte Universidade de São Paulo Bioquímica da Atividade Motora Calorimetria Medida do Gasto Energético No Exercício Físico Objetivo da aula Medida do gasto energético no exercício

Leia mais

A intensidade e duração do exercício determinam o dispêndio calórico total durante uma sessão de treinamento, e estão inversamente relacionadas.

A intensidade e duração do exercício determinam o dispêndio calórico total durante uma sessão de treinamento, e estão inversamente relacionadas. Mst.. Sandro de Souza A intensidade e duração do exercício determinam o dispêndio calórico total durante uma sessão de treinamento, e estão inversamente relacionadas. Para a aptidão cardiorrespiratória,

Leia mais

Introdução. avalon 04/02/2016. José Pereira De Mattos Filho

Introdução. avalon 04/02/2016. José Pereira De Mattos Filho Introdução Avalon 2.0.1-06/02/2016 Interpretação dos Percentis Avalon 2.0.1-06/02/2016 Anamnese ANAMNESE Histórico de Atividades Físicas Praticou tênis durante 15 anos, mas está parado há 4 anos. Atividades

Leia mais

EFEITO AGUDO DE UMA SESSÃO DE HIDROGINÁSTICA SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL EM MULHERES NORMOTENSAS E HIPERTENSAS

EFEITO AGUDO DE UMA SESSÃO DE HIDROGINÁSTICA SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL EM MULHERES NORMOTENSAS E HIPERTENSAS EFEITO AGUDO DE UMA SESSÃO DE HIDROGINÁSTICA SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL EM MULHERES NORMOTENSAS E HIPERTENSAS JANE MARIA SILVA CARVALHO BRUNO ALMEIDA TOCANTINS MAYCOM DO NASCIMENTO MOURA ANTONIO EDUARDO

Leia mais

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO. Profa. Ainá Innocencio da Silva Gomes

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO. Profa. Ainá Innocencio da Silva Gomes Profa. Ainá Innocencio da Silva Gomes CONCEITOS BÁSICOS ESPORTISTA - Praticante de qualquer atividade física com o intuito da melhoria da saúde ou de lazer, sem se preocupar com alto rendimento. ATLETA

Leia mais

PULMONAR E NA PÓS-CARGA VENTRICULAR DIREITA

PULMONAR E NA PÓS-CARGA VENTRICULAR DIREITA REDUÇÃO DO RC TIME APÓS O TRANSPLANTE CARDÍACO: OS EFEITOS INESPERADOS DA FREQUÊNCIA CARDÍACA NA HEMODINÂMICA PULMONAR E NA PÓS-CARGA VENTRICULAR DIREITA Nádia Moreira 1, Rui Baptista 1, David Prieto 2,

Leia mais

Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN versão eletrônica

Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN versão eletrônica DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA E EXERCICÍO FÍSICO: UMA BREVE REVISÃO Mozart da Silva Gonçalves Almeida 1, Alexandre Gonçalves 2 59 RESUMO Programas de reabilitação pulmonar com exercícios físicos fornecem

Leia mais

AULA 2 Fatores de Risco para Crianças e Adolescentes

AULA 2 Fatores de Risco para Crianças e Adolescentes AULA 2 Fatores de Risco para Crianças e Adolescentes Sumário Ver Livro Didático: pág. 37 à 45 e 65 à 71. Lipídeos e Lipoproteínas Sanguíneas Quando pedir ao responsável a análise do perfil lipídico? Pais

Leia mais

Teste da caminhada de seis minutos em pacientes com DPOC durante programa de reabilitação *

Teste da caminhada de seis minutos em pacientes com DPOC durante programa de reabilitação * ARTIGO ORIGINAL Teste da caminhada de seis minutos em pacientes com DPOC durante programa de reabilitação Teste da caminhada de seis minutos em pacientes com DPOC durante programa de reabilitação * MARIA

Leia mais

A INFLUÊNCIA DE DIFERENTES INTERVALOS DE RECUPERAÇÃO ENTRE SÉRIES NO DESEMPENHO DE REPETIÇÕES MÁXIMAS DE UM TREINAMENTO DE FORÇA

A INFLUÊNCIA DE DIFERENTES INTERVALOS DE RECUPERAÇÃO ENTRE SÉRIES NO DESEMPENHO DE REPETIÇÕES MÁXIMAS DE UM TREINAMENTO DE FORÇA 1 A INFLUÊNCIA DE DIFERENTES INTERVALOS DE RECUPERAÇÃO ENTRE SÉRIES NO DESEMPENHO DE REPETIÇÕES MÁXIMAS DE UM TREINAMENTO DE FORÇA VINÍCIUS MISIAK GODOY Educador Físico, Especialista em Treinamento Individual

Leia mais

Aula 5: Sistema circulatório

Aula 5: Sistema circulatório Aula 5: Sistema circulatório Sistema circulatório Sistema responsável pela circulação de sangue através de todo o organismo; Transporta oxigênio e todos os nutrientes necessários para a manutenção das

Leia mais

Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos

Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos 1 Qualidades Físicas As qualidades físicas podem ser definidas como todas as capacidades treináveis de um organismo. As qualidades são: resistência, força, velocidade,

Leia mais

Na ESGB, os testes utilizados para avaliar a força são: força abdominal; flexões/extensões de braços.

Na ESGB, os testes utilizados para avaliar a força são: força abdominal; flexões/extensões de braços. Agrupamento de Escolas D. Maria II Escola Básica e Secundária de Gama Barros Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos 10º Ano Qualidades Físicas As qualidades físicas podem ser definidas como todas

Leia mais

& RELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E O TEMPO DE DIAGNÓSTICO DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 1

& RELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E O TEMPO DE DIAGNÓSTICO DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 1 & RELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E O TEMPO DE DIAGNÓSTICO DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 1 Ibrahim Bonesso de Sena 2 Ariel Luís Uez 2 Luciana Meggiolaro Pretto 3 Eliane Roseli Winkelmann 4 RESUMO

Leia mais

FUNÇÃO assegurar as trocas gasosas (oxigénio e dióxido de carbono) entre o organismo e o ar da atmosfera.

FUNÇÃO assegurar as trocas gasosas (oxigénio e dióxido de carbono) entre o organismo e o ar da atmosfera. FUNÇÃO assegurar as trocas gasosas (oxigénio e dióxido de carbono) entre o organismo e o ar da atmosfera. Pulmões, onde se realizam as trocas gasosas. Vias respiratórias, estabelecem a comunicação entre

Leia mais

Respostas cardiovasculares ao esforço físico

Respostas cardiovasculares ao esforço físico Respostas cardiovasculares ao esforço físico Prof. Gabriel Dias Rodrigues Doutorando em Fisiologia UFF Laboratório de Fisiologia do Exercício Experimental e Aplicada Objetivos da aula 1. Fornecer uma visão

Leia mais

O TREINO DE UM(a) JOVEM MEIO- FUNDISTA

O TREINO DE UM(a) JOVEM MEIO- FUNDISTA O TREINO DE UM(a) JOVEM MEIO- FUNDISTA LEIRIA, 21/11/2009 plano da apresentação 1. Jovens meio-fundistas? 2. Que capacidades devem ser desenvolvidas por um jovem meiofundista? 3. Como desenvolver essas

Leia mais

Doença arterial periférica não revascularizável

Doença arterial periférica não revascularizável Reabilitação cardiovascular para além do enfarte do miocárdio: o que existe de novo? Doença arterial periférica não revascularizável Ângela Maria Pereira Sobrevivência (%) Doença Arterial Periférica Sobrevivência

Leia mais

HIPERTENSÃO ARTERIAL

HIPERTENSÃO ARTERIAL HIPERTENSÃO ARTERIAL HIPERTENSÃO ARTERIAL A pressão arterial VARIA de batimento a batimento do coração, ajustando-se às atividades desenvolvidas ao longo do dia. Tais variações são fisiológicas e imperceptíveis,

Leia mais

EFEITOS DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO MUSCULAR PARA QUADRÍCEPS EM UM PACIENTE PORTADOR DE DPOC E REPERCUSSÕES NA QUALIDADE DE VIDA

EFEITOS DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO MUSCULAR PARA QUADRÍCEPS EM UM PACIENTE PORTADOR DE DPOC E REPERCUSSÕES NA QUALIDADE DE VIDA EFEITOS DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO MUSCULAR PARA QUADRÍCEPS EM UM PACIENTE PORTADOR DE DPOC E REPERCUSSÕES NA QUALIDADE DE VIDA Bruno Cavalcante dos Santos 1, Silvia R.F.Bassini², Jamili Anbar Torquato

Leia mais

TÍTULO: COMPARAÇÃO DA CONTAGEM DE PLAQUETAS ENTRE O MÉTODO DE FÔNIO E O MÉTODO SEMI-AUTOMATIZADO

TÍTULO: COMPARAÇÃO DA CONTAGEM DE PLAQUETAS ENTRE O MÉTODO DE FÔNIO E O MÉTODO SEMI-AUTOMATIZADO TÍTULO: COMPARAÇÃO DA CONTAGEM DE PLAQUETAS ENTRE O MÉTODO DE FÔNIO E O MÉTODO SEMI-AUTOMATIZADO CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO

Leia mais

TESTE DE 6 MINUTOS. POSSÍVEIS PARÂMETROS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROGRAMA DE CAMINHADA PARA IDOSOS

TESTE DE 6 MINUTOS. POSSÍVEIS PARÂMETROS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROGRAMA DE CAMINHADA PARA IDOSOS Recebido em: 18/9/2009 Emitido parecer em: 5/10/2009 Artigo original TESTE DE 6 MINUTOS. POSSÍVEIS PARÂMETROS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROGRAMA DE CAMINHADA PARA IDOSOS Tiago Antunes da Luz Neto 1, Frank

Leia mais

Study of correlation between functional respiratory tests and the six minute walk test in patients with chronic obstructive pulmonary disease

Study of correlation between functional respiratory tests and the six minute walk test in patients with chronic obstructive pulmonary disease Rodrigues ARTIGO SL, ORIGINAL Viegas CAA Estudo de correlação entre provas funcionais respiratórias e o teste de caminhada de seis minutos em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica

Leia mais

Manutenção do ph do sangue

Manutenção do ph do sangue Manutenção do ph do sangue Muitos dos fluidos biológicos, quer no interior, quer no exterior das células, apresentam intervalos de ph muito apertados, ou seja um valor de ph praticamente constante, uma

Leia mais

A respiração pode ser interpretada como: - processo de trocas gasosas entre o organismo e o meio.

A respiração pode ser interpretada como: - processo de trocas gasosas entre o organismo e o meio. INTRODUÇÃO A respiração pode ser interpretada como: - processo de trocas gasosas entre o organismo e o meio. - conjunto de reações químicas do metabolismo energético (respiração celular). RESPIRAÇÃO CELULAR

Leia mais

Bioenergética. Trabalho Biológico. Bioenergetica. Definição. Nutrição no Esporte. 1

Bioenergética. Trabalho Biológico. Bioenergetica. Definição. Nutrição no Esporte. 1 Bioenergética Trabalho Biológico Contração muscular * Digestão e Absorção Função glandular Manter gradientes de concentração Síntese de novos compostos Profa. Raquel Simões M. Netto 4 Exercício para saúde

Leia mais

EFEITO DA AURICULOTERAPIA NO SISTEMA RESPIRATÓRIO EM UM PACIENTE PORTADOR DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA- RELATO DE CASO

EFEITO DA AURICULOTERAPIA NO SISTEMA RESPIRATÓRIO EM UM PACIENTE PORTADOR DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA- RELATO DE CASO EFEITO DA AURICULOTERAPIA NO SISTEMA RESPIRATÓRIO EM UM PACIENTE PORTADOR DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA- RELATO DE CASO Gabriela Camila Hach, Natália Cursino Luz, Alessandra de Almeida Fagundes.

Leia mais

Atividade Física, sistema respiratório e saúde

Atividade Física, sistema respiratório e saúde Atividade Física, sistema respiratório e saúde Prof. Dr. Ismael Forte Freitas Júnior ismael@fct.unesp.br Sistema Respiratório Formado por órgãos e tecidos que levam O 2 para a célula e removem CO 2 para

Leia mais

Aptidão física e saúde

Aptidão física e saúde Aptidão física e saúde A aptidão física pode ser interpretada segundo duas perspetivas: aptidão física associada à saúde e aptidão física associada ao rendimento desportivo. Conceitos fundamentais Saúde

Leia mais

Crescimento e Desenvolvimento Humano

Crescimento e Desenvolvimento Humano Crescimento e Desenvolvimento Humano Capacidades física e Motoras durante o processo de crescimento e Desenvolvimento Humano Desenvolvimento e Crescimento Humano Para se entender o processo de desenvolvimento

Leia mais

Faculdade de Motricidade Humana Unidade Orgânica de Ciências do Desporto TREINO DA RESISTÊNCIA

Faculdade de Motricidade Humana Unidade Orgânica de Ciências do Desporto TREINO DA RESISTÊNCIA Faculdade de Motricidade Humana Unidade Orgânica de Ciências do Desporto TREINO DA RESISTÊNCIA A capacidade do organismo de resistir à fadiga numa actividade motora prolongada. Entende-se por fadiga a

Leia mais

TEORIA E METODOLOGIA DO TREINO ESPECÍFICO

TEORIA E METODOLOGIA DO TREINO ESPECÍFICO TEORIA E METODOLOGIA DO TREINO ESPECÍFICO AULA 3 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA ACTIVIDADE FÍSICA HUMANA ORGANIZAÇÃO E CONDUÇÃO DO PROCESSO DE TREINO As Componentes da Carga de Treino A Carga...no esforço

Leia mais

Teste de Caminhada de 6 minutos

Teste de Caminhada de 6 minutos Nome: Idade: Altura: F.C. máx prev, = Teste de Caminhada de 6 minutos Sexo: Peso: F.C. sub. máx prev.= Opção de teste: ( ) esteira ( ) terreno plano Glicemia: Teste Ergométrico Data: Tempo (min) Repouso

Leia mais

Riscos e Benefícios do Exercício de Força...

Riscos e Benefícios do Exercício de Força... Riscos e Benefícios do Exercício de Força... Tratamento da Hipertensão Medicamentoso + Não Medicamentoso Anti-hipertensivos Mudanças dos hábitos de vida Recomendação de Exercícios Físicos para Prevenção

Leia mais

SOBRECARGA CARDIOVASCULAR EM EXERCÍCIO ISOMÉTRICO EM PESSOAS CONDICIONADAS E NÃO CONDICIONADAS AEROBICAMENTE

SOBRECARGA CARDIOVASCULAR EM EXERCÍCIO ISOMÉTRICO EM PESSOAS CONDICIONADAS E NÃO CONDICIONADAS AEROBICAMENTE SOBRECARGA CARDIOVASCULAR EM EXERCÍCIO ISOMÉTRICO EM PESSOAS CONDICIONADAS E NÃO CONDICIONADAS AEROBICAMENTE 1 SILVA, Marcela Malaquias (Graduanda no Curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Triângulo

Leia mais

PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO AERÓBICO NO CARDIOPATA

PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO AERÓBICO NO CARDIOPATA PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO AERÓBICO NO CARDIOPATA Doutor Paulo Ricardo Nazario Viecili INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DE CRUZ ALTA www.icca-rs.com.br DECLARO NÃO HAVER CONFLITOS DE INTERESSE E NÃO POSSUO VÍNCULOS

Leia mais

SPIRARE +METRUM = MEDIDA DA RESPIRAÇÃO

SPIRARE +METRUM = MEDIDA DA RESPIRAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO EM ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA E SAÚDE OBJETIVO DA AULA FUNÇÃO PULMONAR ESPIROMETRIA e PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO (PFE) - Definir espirometria e Peak Flow ; - Identificar suas aplicações; -

Leia mais

- Definir os termos trabalho, potência, energia e eficiência mecânica, dar uma breve explicação sobre o método utilizado para calcular o trabalho

- Definir os termos trabalho, potência, energia e eficiência mecânica, dar uma breve explicação sobre o método utilizado para calcular o trabalho PLANO DE CURSO CURSO: Curso de Fisioterapia DEPARTAMENTO: RECURSOS TERAPÊUTICOS E FÍSICO FUNCIONAIS CRÉDITOS: 4 (2 2) DISCIPLINA: FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO PROFESSOR: RODRIGO DELLA MEA PLENTZ EMENTA: Esta

Leia mais

II Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Centro-Oeste. Dr. Maurício Milani

II Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Centro-Oeste. Dr. Maurício Milani Teste ergométrico II Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Centro-Oeste Dr. Maurício Milani 15/08/2009 Teste ergométrico Método para avaliar a resposta cardiovascular ao esforço físico

Leia mais

Data: 18/06/2013. NTRR 100/2013 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura. Solicitante: Juiza de Direito Dra. Herilene de Oliveira Andrade

Data: 18/06/2013. NTRR 100/2013 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura. Solicitante: Juiza de Direito Dra. Herilene de Oliveira Andrade NTRR 100/2013 a Solicitante: Juiza de Direito Dra. Herilene de Oliveira Andrade Data: 18/06/2013 Medicamento x Material Procedimento Cobertura Número do processo: 335.13.1151-3 Réu: Município de Itapecerica

Leia mais

APRESENTAÇÃO DE POSTERS DIA 16/10/2015 (10:15-10:30h)

APRESENTAÇÃO DE POSTERS DIA 16/10/2015 (10:15-10:30h) APRESENTAÇÃO DE S DIA 16/10/2015 (10:15-10:30h) 1399 EVOLUÇÃO DO PERFIL FUNCIONAL EM RELAÇÃO AO TEMPO DE INTERNAÇÃO E AO GÊNERO 1397 CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR PERIFÉRICA E O RISCO DE QUEDAS DE

Leia mais

Prova de Esforço Cardiopulmonar

Prova de Esforço Cardiopulmonar Prova de Esforço Cardiopulmonar Variáveis estudadas Valores de referência Hermínia Brites Dias Área Científica de Cardiopneumologia Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa 18 Março de 2005 Variáveis

Leia mais

Sistema Respiratório. Profª Talita Silva Pereira

Sistema Respiratório. Profª Talita Silva Pereira Sistema Respiratório Profª Talita Silva Pereira A respiração é fundamental para vida humana sendo responsável pela troca dos gases oxigênio(o2) e dióxido de carbono(co2) do organismo, com o meio ambiente.

Leia mais

Avaliação funcional do doente respiratório crónico. Testes de Exercício.

Avaliação funcional do doente respiratório crónico. Testes de Exercício. Avaliação funcional do doente respiratório crónico. Testes de Exercício. XX Congresso Português de Pneumologia Hermínia Brites Dias Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa Avaliação funcional

Leia mais