UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CAMPO MOURÃO CURSO SUPERIOR EM ENGENHARIA CIVIL
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- Samuel Madureira Canário
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1 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CAMPO MOURÃO CURSO SUPERIOR EM ENGENHARIA CIVIL Relatório de Estágio Curricular Andre Kazunori Maebara Prof. Dr. Leandro Waidemam Autorizo para encaminhamento à banca examinadora, Assinatura do Prof. Orientador CAMPO MOURÃO 2012
2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ETAPA A DESCRIÇÃO DO LOCAL ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ELABORAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PROJETO ESTRUTURAL CONFERÊNCIA DE PROJETOS ESTRUTURAIS ETAPA B DESCRIÇÃO DO LOCAL ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ACOMPANHAMENTO DAS TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ACOMPANHAMENTO DE MÃO DE OBRA ACOMPANHAMENTO DO RECEBIMENTO E ESTOCAGEM DOS MATERIAIS CONCLUSÃO ANEXOS... 14
3 RESUMO Este relatório apresenta a descrição das atividades de estágio realizadas a fim de cumprir com os requisitos necessários para a conclusão da disciplina ES38A Estágio Supervisionado. Uma vez que o estágio foi realizado em duas empresas distintas, este relatório é também apresentado em duas seções: uma primeira, contemplando as atividades realizadas em um escritório de cálculo estrutural (desenvolvimento e detalhamento de projetos estruturais de concreto armado e conferências de projetos) e uma segunda com a descrição das atividades acompanhadas durante a execução parcial de um edifício (mão de obra, estocagem de materiais e técnicas construtivas).
4 1 1. INTRODUÇÃO Existem vários setores da engenharia civil que um estudante, depois de formado, pode atuar. Como exemplos podem ser citados as áreas de confecção de projetos (arquitetônico, estrutural, hidrossanitários, etc), acompanhamento de processos construtivos, saneamento, logística, dentre outros. Cabe ao aluno identificar e definir em qual área irá se especializar. Uma ferramenta prática que o aluno dispõe para melhor conhecer esses ramos de atuação é o período de estágio. Neste período o aluno pode vivenciar e obter conhecimentos práticos, o que o auxilia em sua definição. Diante do exposto, o período de estágio a que se refere este relatório foi dividido em duas etapas. Uma primeira, onde o estagiário teve contato com as atividades realizadas em um escritório de projetos estruturais e uma segunda onde atuou nas etapas construtivas de um edifício. Vale ressaltar também que, em função da legislação referente ao estágio, há a necessidade de que se cumpram, no mínimo, cento e cinquenta horas de estágio em uma mesma empresa. Considerando-se ainda que a carga horária total mínima para concluir a disciplina é 400h e que a primeira etapa foi realizada durante as férias de julho, total de 150 horas, houve-se a necessidade de complementar a carga horária mínima em uma segunda etapa realizada simultaneamente às aulas. 2. ETAPA A 2.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL A primeira etapa do estágio foi realizada no escritório de cálculo estrutural INGAPLAN PROJETOS ESTRUTURAIS, localizado na cidade de Maringá PR, na Av. Mauá, 2109 Sala 11 2º Andar Ed. Alfa Zona 3.
5 2 Todas as atividades desta etapa do estágio foram desenvolvidas no escritório, que contava com uma equipe de trabalho formada por um engenheiro civil, um desenhista, um estagiário e dois secretários. Em termos de infraestrutura o escritório possuía uma sala central, sala de reuniões para discussões relativas aos projetos, sala de arquivos, cozinha e banheiro. Estavam também disponíveis mesas com computadores individuais para cada um dos membros da equipe. 2.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ELABORAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PROJETO ESTRUTURAL A rotina de elaboração de projetos estruturais no escritório em questão se dava com um primeiro contato do cliente com o engenheiro civil para a definição das generalidades do projeto. É nesta etapa o cliente apresentava os projetos arquitetônicos já elaborados, uma vez que esta etapa do empreendimento não era contemplada no escritório. Com o projeto arquitetônico em mãos, a princípio era necessário efetuar uma limpeza dos detalhes que não eram importantes no desenvolvimento do projeto estrutural. Na sequencia elaborava-se o estudo para a melhor locação dos elementos estruturais. Em geral o cálculo estrutural era efetuado com o auxílio de um software comercial que, ao final do processo, apresentava um memorial de cálculo juntamente com o dimensionamento e detalhamento dos elementos estruturais. No entanto alguns elementos (escadas e elementos de menores dimensões) eram dimensionados manualmente com ou sem o auxílio de ferramentas computacionais (planilhas, por exemplo) desenvolvidas pela própria equipe de trabalho.
6 3 Como exemplo de um projeto estrutural elaborado, apresenta-se em anexo o projeto de uma obra de arte em formato de flor, toda em concreto armado e com a sua parte central preenchida com solo e flores. O dimensionamento estrutural seguiu o processo descrito acima com o levantamento das forças externas e esforços solicitantes e posterior dimensionamento e detalhamento efetuados manualmente com o auxílio de planilhas e software CAD. O detalhamento estrutural pode ser visualizado no projeto em anexo. Para este projeto é interessante pontuar uma curiosidade encontrada. A peça foi concretada no próprio local, mas não em sua posição final. A concretagem se deu na posição horizontal e depois foi necessário fazer o içamento para colocá-la em sua posição final. Assim, durante o processo de dimensionamento estrutural, foi necessário fazer um estudo do comportamento da peça ao ser içada. Para este estudo fez-se uma maquete em escala reduzida e estudou-se pontos de içamento. Após realizados os estudos foi feito o dimensionamento da armadura de suspensão CONFERÊNCIA DE PROJETOS ESTRUTURAIS Para os projetos em que o dimensionamento fosse feito através do software, era necessário fazer a conferência de todas as pranchas para analisar se havia algum erro. Essa conferência era realizada nos projetos de fôrmas, vigas, pilares, lajes, etc. Essa conferência era feita juntamente com o memorial de cálculo que o software lançava. Quando havia alguma divergência do resultado, era necessário executar a conferência dos cálculos de maneira manual ou com alguma ferramenta desenvolvida no próprio escritório.
7 4 3. ETAPA B 3.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL A segunda etapa do estágio foi realizada em uma construção de um edifício residencial multifamiliar de três pavimentos com quatro apartamentos por pavimento, localizado na cidade de Campo Mourão na rua São Paulo. Trata-se de uma obra em alvenaria convencional e tem uma área total de 2099,76m². O layout da obra era disposto em uma área de convivência com refeitório, um escritório, um almoxarifado e um banheiro. Atrás do local da obra havia também um depósito de materiais onde eram estocados areia, brita, lajota e aço. Próximo ao depósito eram amarradas as armaduras. Figura 1 - Layout da obra
8 5 Figura 2 - Área de convivência. Figura 3 - Depósito de areia, brita e lajota.
9 6 3.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ACOMPANHAMENTO DAS TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Durante o período de estágio a obra já estava em fase de montagem e concretagem da primeira laje. Sendo assim foi possível acompanhar a montagem das fôrmas e armaduras para vigas e laje, concretagem e também os preparativos para posterior lançamento das instalações elétricas e hidráulicas. Figura 4 - Fôrmas das vigas Todo o processo acompanhado ocorreu segundo os padrões usuais. Ao mesmo tempo em que as fôrmas eram confeccionadas, a equipe de armadores efetuava a amarração do aço na central de armaduras. Neste caso ressalta-se que, visando facilitar o transporte e posicionamento final, apenas as vigas de pequeno porte eram montadas na central de armadura. As vigas de grande porte eram montadas in loco para a futura concretagem.
10 7 Figura 5 - Montagem das armaduras das vigas Confeccionadas as fôrmas e armaduras, o encanador encarregado da obra fez a marcação e colocação de fôrmas especiais para que os locais de passagem das tubulações hidráulicas ficassem desimpedidos após a concretagem. Da mesma forma, a medida que as placas de isopor usadas para preencher a laje eram posicionadas, eram também locados os eletrodutos e caixas de passagem visando a posterior conclusão do projeto elétrico. Tais processos podem ser visualizados nas figuras que seguem. Figura 6 - Caixas para tubulações hidráulicas
11 8 Figura 7 - Execução do projeto elétrico Terminadas as etapas descritas, efetuou-se a concretagem da laje utilizandose concreto usinado bombeável. Figura 8 - Concretagem da laje
12 9 Para finalizar é importante ressaltar que todos os serviços eram bem executados. Os operários seguiam sempre o que estava proposto nos projetos e também estavam atentos quanto à qualidade final do produto ACOMPANHAMENTO DE MÃO DE OBRA Durante todo o período de execução da obra estava presente uma equipe de trabalho composta por um mestre de obra, dois pedreiros e dois serventes. Quase todas as atividades eram executadas por essa equipe. Apenas para os setores de armadura, instalações elétrica e hidráulica, é que outras equipes eram deslocadas pela construtora para a obra em questão. Em virtude da necessidade de maior fluidez na execução dos serviços, durante a concretagem a equipe de mão de obra contava com um contingente maior. Nesta etapa estavam presentes nove operários: cinco efetuando o lançamento e espalhamento do concreto, dois operando vibradores e outros dois efetuando o acabamento superficial. Todos os trabalhadores estavam aptos para exercer suas funções ACOMPANHAMENTO DO RECEBIMENTO E ESTOCAGEM DOS MATERIAIS Na obra em questão o mestre de obra era o responsável pelo pedido de todo material necessário. O próprio mestre de obra era quem recebia o material e o encaminhava para a estocagem em lugar apropriado. Todo material que se necessitava de proteção contra intempéries (cimento, cal, etc) era alocado no almoxarifado. A estocagem desse material segue os requisitos necessários, pois além de estarem alocados em local coberto e
13 10 vedado, também eram estocados sobre pallets visando evitar a umidade proveniente do solo. Quanto ao material que ficava exposto ao meio ambiente (areia, brita, tijolos, etc), optou-se por armazená-lo ao fundo da construção, uma vez que o layout do canteiro de obra não comportava espaços na parte frontal. Neste caso, após a retirada das escoras da laje, o piso térreo passaria a ser utilizado para a armazenagem. Em se considerando os padrões tidos como corretos, pode-se dizer que materiais como areia e brita, estavam sendo estocados de forma incorreta, pois eram acondicionados juntos sem separação física. O ideal era construir baias individuais, separando e evitando a mistura de ambos. Quanto às barras de aço, pode-se dizer que também estavam sendo estocadas de forma incorreta, pois permaneciam sobre o efeito de intempéries. Figura 9 - Estocagem de cimento
14 11 Figura 10 - Recebimento e estocagem de vigotas Figura 11 - Depósito de areia, brita e lajota.
15 12 Quanto ao concreto utilizado para a confecção da laje, foi usado um concreto usinado bombeável com resistência de 25 MPa. Durante a concretagem foi feito o controle através da retirada de 4 corpos de prova por caminhão. Para um maior controle da trabalhabilidade, foi realizado o teste do tronco de cone (Slump test). Figura 12 - Corpos de prova Figura 13 - Slump test.
16 13 Como a concretagem foi ao final do período de estágio, os resultados dos corpos de prova não foram analisados. 4. CONCLUSÃO O período de realização de estágio para um aluno é importante para que este tome conhecimento de como é o mercado de trabalho e aplique na prática tudo o que se aprende nas salas de aula da universidade. Em particular, no estágio relatado neste trabalho, foi possível conhecer duas rotinas diferentes de trabalho: uma relacionada a cálculos e projetos e outra relacionada ao acompanhamento de obras. Inicialmente podem-se comentar algumas diferenças percebidas entre as duas etapas de estágio. Na etapa A todas as atividades foram realizadas em um escritório e não houve nenhuma visita às obras projetadas. A rotina era composta de apenas cálculos estruturais e confecção de memoriais de cálculo e pranchas contendo esquemas gráficos de fôrmas e armaduras. Já na etapa B a rotina foi desenvolvida em uma obra, havendo necessidade de atenção e controle na verificação das técnicas construtivas e relações interpessoais. Quanto às dificuldades encontradas no decorrer dos trabalhos, na primeira etapa elas se concentraram no momento de se realizar o dimensionamento de elementos estruturais mais complexos como escadas ou mesmo obras de arte. Houve também dificuldade durante o processo de familiarização e utilização do software para dimensionamento de tais elementos. Quanto à segunda etapa do estágio, as adversidades estavam relacionadas à comunicação com os operários, pois como o estágio era realizado apenas em meio período diário, muitas vezes eram feitas observações e solicitações que não eram seguidas, pois no contra turno o estagiário não se encontrava na obra para a verificação.
17 14 Para finalizar, pode-se também relatar algumas disciplinas que tiveram aplicações diretas durante a realização das atividades descritas. Na etapa A podem ser relacionadas as disciplinas de Teoria das Estruturas 1 e 2, Resistência dos Materiais 1 e 2, Concreto Armado 1 e 2 e Estruturas de Fundações. Já na etapa B podem ser listadas as disciplinas Tecnologia da Construção Civil 1 e 2, Instalações Hidrossanitárias Prediais, Instalações Elétricas Prediais e Logística e Gerência De Materiais. 5. ANEXOS
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