(73) Titular(es): (72) Inventor(es): (74) Mandatário:

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1 (11) Número de Publicação: PT (51) Classificação Internacional: B67D 3/00 (2006) (12) FASCÍCULO DE MODELO DE UTILIDADE (22) Data de pedido: (30) Prioridade(s): (43) Data de publicação do pedido: (73) Titular(es): HEINEKEN ESPAÑA S.A. AVENIDA DE ANDALUZIA Nº. 1 E SEVILHA (72) Inventor(es): FRANCISCO ARREBOLA RODRÍGUEZ JUAN ALCÁNTARA MARTÍNEZ DE PINILLOS (74) Mandatário: ES ES ES MARIA SILVINA VIEIRA PEREIRA FERREIRA RUA CASTILHO, N.º 50, 5º - ANDAR LISBOA PT (54) Epígrafe: COLUNA PARA FORNECIMENTO DE BEBIDAS (57) Resumo: COLUNA PARA FORNECIMENTO DE BEBIDAS, A QUAL COMPREENDE DUAS CÂMARAS LONGITUDINAIS INDEPENDENTES DE ARREFECIMENTO RESPETIVAMENTE UMA PRIMEIRA CÂMARA LONGITUDINAL, ATRAVÉS DA QUAL CORRE A COLUNA DE FORNECIMENTO DA BEBIDA (5), QUE CHEGA À TORNEIRA DE SAÍDA (13) E UMA SEGUNDA CÂMARA LONGITUDINAL, QUE DEFINE, PELO MENOS PARCIALMENTE, A SUPERFÍCIE VISÍVEL DO CONJUNTO ATRAVÉS DE UMA PAREDE TERMICAMENTE CONDUTORA E QUE NÃO POSSUI ISOLAMENTO TÉRMICO. A BEBIDA É ASSIM TRANSPORTADA DESDE O BARRIL (12) ATÉ À TORNEIRA (13), ATRAVÉS DA PASSAGEM POR UMA CONDUTA REFRIGERADORA (4), PASSANDO AINDA POR UMA UNIDADE REFRIGERADORA (1). A PRIMEIRA E A SEGUNDA CÂMARA SÃO TERMICAMENTE ISOLADAS ENTRE SI E ESTÃO LIGADAS A FONTES DE FRIO (2 E 3) SEPARADAS.

2 RESUMO COLUNA PARA FORNECIMENTO DE BEBIDAS Coluna para fornecimento de bebidas, a qual compreende duas câmaras longitudinais independentes de arrefecimento respetivamente uma primeira câmara longitudinal, através da qual corre a coluna de fornecimento da bebida (5), que chega à torneira de saída (13) e uma segunda câmara longitudinal, que define, pelo menos parcialmente, a superfície visível do conjunto através de uma parede termicamente condutora e que não possui isolamento térmico. A bebida é assim transportada desde o barril (12) até à torneira (13), através da passagem por uma conduta refrigeradora (4), passando ainda por uma unidade refrigeradora (1). A primeira e a segunda câmara são termicamente isoladas entre si e estão ligadas a fontes de frio (2 e 3) separadas.

3 DESCRIÇÃO COLUNA PARA FORNECIMENTO DE BEBIDAS Campo da invenção A presente invenção refere-se a uma coluna para fornecimento de bebidas, tanto alcoólicas como não alcoólicas, a qual compreende uma carcaça, através de cujo interior corre a conduta de fornecimento da bebida, até alcançar uma torneira superior de saída da mesma. A presente invenção tem por objeto proporcionar uma coluna do tipo indicado, na qual a carcaça pode congelar-se exteriormente de forma ostensiva, mesmo em condições ambientais desfavoráveis. Outro objeto da invenção é conseguir uma coluna para fornecimento de bebidas, com a qual se pode garantir a congelação da sua superfície externa, sem que isso afete o produto a ser servido. Antecedentes da invenção As colunas para fornecimento de bebidas são compostas por uma carcaça, que costuma estar instalada sobre um balcão e através da qual corre a conduta de fornecimento da bebida. Na carcaça encontra-se montada uma torneira, a partir da qual se serve o produto. Além disso, a carcaça pode ainda servir como suporte publicitário da marca do produto que se serve. Estas colunas costumam encontrar-se dispostas sobre uma bandeja, a qual serve para recolher ou canalizar o líquido, que possa sobrar ao servir-se um copo da bebida. A bandeja serve também como elemento para elevar a coluna e gerar um espaço, através do qual passam as condutas 1

4 necessárias, sem necessidade de se perfurar a superfície sobre a qual se instala a bandeja. Existe atualmente um grande número de colunas com a constituição descrita, que fornecem líquidos tanto alcoólicos como não alcoólicos. Não obstante, nas colunas atuais, apenas quando o produto leva álcool se pode conseguir o efeito de congelação superficial da coluna. Isto deve-se ao facto do sistema de refrigeração do produto ser, ao mesmo tempo, aquilo que provoca o efeito colateral desejado de congelação superficial da coluna. Quando a bebida que se serve é de natureza alcoólica, pode baixar-se a temperatura de refrigeração do produto para ligeiramente abaixo de 0º sem o risco de que a bebida congele e com a possibilidade de se conseguir um efeito de congelação parcial sobre a superfície externa da coluna. O efeito de congelação superficial da coluna é muito solicitado pelos clientes do setor hoteleiro, especialmente nas suas colunas destinadas à cerveja, já que o cliente final quer um produto a uma temperatura muito baixa e este efeito de congelação aumenta essa sensação. Nas colunas tradicionais o arrefecimento da bebida, geralmente para abaixo dos 0ºC e o efeito de congelação da coluna, conseguem-se por meio da utilização de uma mistura de anticongelante alimentar e água a uma temperatura não inferior à temperatura de congelação do produto a servir. Esta mistura inunda interiormente a carcaça da coluna e através dela passa à tubagem de fornecimento da bebida, o que provoca o arrefecimento da mesma, ao mesmo tempo que faz com que a superfície exterior da coluna se encontre a baixa temperatura, não inferior à de congelação do produto. 2

5 Com esta constituição, a temperatura mais baixa que a superfície exterior da coluna pode alcançar está limitada à temperatura que o produto ou bebida a ser servida pode aguentar em estado líquido. Com esta limitação de temperatura observa-se que a congelação da superfície externa da coluna é muito afetada pelas condições ambientes do local onde se encontra colocada a coluna. Descrição da invenção A presente invenção tem por objeto uma coluna para fornecimento de bebidas, constituída de tal modo que permite reduzir a temperatura da superfície exterior da carcaça da referida coluna para abaixo da temperatura de congelação da bebida, sem risco de que se produza a congelação da referida bebida e com a vantagem de poder conseguir-se um elevado efeito de congelação sobre a superfície exterior da coluna, mesmo nas condições mais adversas do meio, em que se encontra instalada a referida coluna. Para isso, de acordo com a presente invenção, a coluna compreende duas câmaras longitudinais independentes de arrefecimento. Através de uma primeira câmara longitudinal corre a coluna de fornecimento da bebida, que chega até à torneira de saída. Uma segunda câmara longitudinal define, pelo menos parcialmente, a superfície visível do conjunto, através de uma parede, que é termicamente condutora e não possui isolamento térmico. As referidas primeira e segunda câmaras são termicamente isoladas entre si e estão ligadas a fontes de frio separadas. 3

6 A primeira câmara longitudinal, através da qual corre a conduta de fornecimento da bebida, pode receber um líquido refrigerante a uma temperatura de, por exemplo, -2,2ºC, enquanto que a segunda câmara longitudinal pode receber líquido de refrigeração a uma temperatura de -8ºC. Estando as duas câmaras longitudinais termicamente isoladas uma em relação à outra, a primeira câmara longitudinal não é afetada pela baixa temperatura que reina na segunda câmara longitudinal. As paredes da primeira câmara longitudinal estarão, de preferência, isentas de isolamento interior a todo o seu comprimento. Quanto à parede exterior da segunda câmara longitudinal, ela não terá isolamento térmico e além disso, tal como se indicou anteriormente, será de um material bom condutor térmico, de modo que transmita à sua superfície a temperatura que reina no interior dessa segunda câmara, para produzir um arrefecimento de baixa temperatura, com o qual se consiga o efeito de congelação da superfície, mesmo que as condições ambientais sejam as mais desfavoráveis. A baixa temperatura da segunda câmara longitudinal não se transmite à primeira câmara longitudinal e, por consequência, não afeta as condições da bebida fornecida pela conduta instalada na referida primeira câmara longitudinal. As fontes de frio separadas podem ser constituídas por dois equipamentos de frio distintos. As fontes separadas de frio podem compreender também dois circuitos independentes de evaporação, ambos alimentados a partir de um grupo de compressão comum, regulados por meio de dispositivos de 4

7 controlo independentes. Logicamente, em cada um dos circuitos de refrigeração será utilizado um fluído refrigerante adaptado a suportar as temperaturas que se deseje alcançar. Breve descrição dos desenhos Nos desenhos juntos apresenta-se um exemplo, não limitativo, de realização de uma coluna para fornecimento de bebidas, constituída de acordo com a invenção, sendo: A figura 1, uma perspectiva do equipamento e da instalação completa de uma coluna de fornecimento de bebidas, constituída de acordo com a invenção. A figura 2, uma vista explodida, em perspectiva, da coluna da invenção. A figura 3, um alçado frontal da mesma coluna de fornecimento. A figura 4, uma secção longitudinal da mesma coluna, efetuada de acordo com a linha de corte IV-IV da figura 3. A figura 5, uma secção transversal da coluna, de acordo com a linha de corte V-V da figura 3. Descrição pormenorizada de uma forma de realização A fim de melhor se poderem compreender as características e a constituição da coluna da invenção, faz-se a seguir uma descrição pormenorizada do exemplo de realização mostrado nas figuras anteriormente referidas. 5

8 Na figura 1 mostra-se uma instalação, que inclui uma coluna de fornecimento constituída de acordo com a invenção. Esta instalação inclui uma primeira unidade refrigeradora (1), do tipo gelo, na qual reina uma temperatura de aproximadamente 0ºC e um equipamento duplo de refrigeração, composto por duas fontes de frio independentes (2 e 3). Através do refrigerador (1) e da primeira fonte de frio (2) passa a conduta refrigerada (4), de fornecimento da bebida, que chega até à coluna de fornecimento (5). Esta coluna de fornecimento (5), compreende, conforme se pode ver melhor nas figuras 2 a 4, compreende duas câmaras longitudinais, uma primeira câmara longitudinal (6), através da qual corre a conduta (4) de fornecimento da bebida por intermédio do cotovelo (14) e uma segunda câmara longitudinal (7), encarregada de provocar o arrefecimento da superfície exterior visível da coluna (5). As câmaras (6 e 7) ficam separadas entre si por uma parede (8), termicamente isolada. O resto das paredes da primeira câmara longitudinal (6) não possui isolamento térmico. As paredes (9) da segunda câmara longitudinal (7), por sua vez, também não terão isolamento térmico e serão constituídas à base de um material bom condutor térmico. As câmaras (6 e 7) serão inundadas com água e refrigerante, que circularão por extravasamento através das mesmas, respetivamente procedentes das fontes de frio (2 e 3) correspondentes. A câmara (6) fará a recirculação utilizando o interior do cotovelo (14), com água a uma temperatura de aproximadamente -2,2ºC e a câmara (7) usará os espigões tubulares (10 e 10 ) para a circulação da água 6

9 a uma temperatura aproximada de -8ºC. As temperaturas podem variar e apenas são fornecidas a título informativo. A parede intermédia (8), de natureza termicamente isoladora, impede que as baixas temperaturas da segunda câmara longitudinal (7) alcancem a primeira câmara longitudinal (6). Com esta constituição, enquanto a bebida, que circula através da conduta (4), pode alcançar a temperatura adequada, à volta de -2ºC, na câmara (7) reina uma temperatura muito mais baixa, de aproximadamente -8ºC, o que faz com que a parede 9 desta câmara alcance essas baixas temperaturas para provocar na sua superfície exterior um intenso efeito de congelação, sejam quais forem as condições ambientais em que está instalada a coluna. Como se vê na figura 1, a conduta (4), refrigerada com a bebida, parte por exemplo de um barril (12) de fornecimento da bebida e acaba na torneira (13) de fornecimento. As fontes de frio (2 e 3) podem ser constituídas por duas máquinas independentes, ou por uma única máquina, de acordo com as necessidades do espaço onde se instale a coluna. No exemplo representado na figura 1 a instalação inclui um sistema de cuba dupla, a primeira das quais corresponde ao sistema de arrefecimento (2) e a segunda ao sistema de arrefecimento (3). Na zona de arrefecimento (2) manter-se-á uma temperatura correspondente à de serviço da bebida e estará encarregue de gerar a refrigeração da mesma. O seu limite de arrefecimento será o ponto de congelação da bebida que se fornece, mantendo sempre uma margem de 7

10 segurança. A segunda fonte de arrefecimento (3) permitirá alcançar a temperatura, que se considere necessária, por exemplo à volta de -8ºC. Para obter as duas temperaturas indicadas, dentro das cubas (2 e 3), são necessários dois circuitos independentes de evaporação, os quais podem ser controlados pela abertura e o fecho das válvulas, que controlam a produção de frio em cada uma das cubas, partilhando ambos os evaporadores o mesmo grupo de compressão, que estará dimensionado para o circuito mais exigente. Para a regulação de cada uma das cubas dispor-se-á de um controlador independente. Com a construção descrita fica disponível uma coluna para fornecimento de bebidas, com a qual se pode fornecer a bebida à temperatura tradicional, através da primeira fonte ou cuba de arrefecimento (2), ao mesmo tempo que se consegue um arrefecimento da superfície exterior visível da coluna, capaz de produzir uma condensação intensa sobre a mesma, com gelo do tipo branco ou transparente e tudo isso graças à existência das câmaras longitudinais (6 e 7), separadas por uma parede intermédia (8) com o isolamento térmico necessário para impedir que as baixas temperaturas da segunda câmara longitudinal (7) alcancem a primeira câmara longitudinal (6). O isolamento (8) pode ser do tipo espuma elastomérica, que aguente gradientes de 10ºC e assegure uma independência térmica entre as duas câmaras. A coluna (5) pode adoptar qualquer configuração e desenho, mantendo a existência das duas câmaras descritas. Lisboa, 14 de Setembro de

11 REIVINDICAÇÕES 1. Coluna para fornecimento de bebidas, caracterizada por compreender duas câmaras longitudinais independentes de arrefecimento (6 e 7) sendo uma primeira câmara longitudinal (6), através da qual corre a coluna de fornecimento (5) da bebida e que chega até à torneira de saída e uma segunda câmara longitudinal (7), que define, pelo menos parcialmente, a superfície visível do conjunto, através de uma parede termicamente condutora e sem isolamento térmico; primeira e segunda câmara (6 e 7) essas que se encontram termicamente isoladas uma da outra e ligadas a fontes de frio separadas. 2. Coluna de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por as fontes de frio separadas serem constituídas por dois equipamentos de frio independentes (2 e 3). 3. Coluna de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por as fontes de frio separadas (2 e 3) compreenderem dois circuitos independentes de evaporação, os quais são alimentados a partir de um grupo de compressão comum e regulados por meio de dispositivos de controlo independentes. Lisboa, 14 de Setembro de

12 1/5 Figura 1

13 2/5 Figura 2

14 3/5 Figura 3

15 4/5 Figura 4

16 5/5 Figura 5