Perspectivas metodológicas no estudo do autocontrole
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- João Farias Esteves
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1 Perspectivas metodológicas no estudo do autocontrole ANGELA M C. UCHÔA DE A BRANCO 1. Introdução; 2. Metodologia na pesquisa do autocontrole. O comportamento humano nem sempre pode ser explicado em função das contingências oferecidas pelo ambiente imediato. Boa parcela de tais comportamentos é interpretada como representante de uma categoria de resposta peculiar, considerada por muitos como indispensável à convivência social nos grupos humanos: o autocontrole. Após a delimitação do problema, dificuldades básicas encontradas a nível metodológico são discutidas e analisadas. Neste sentido, são considerados os critérios necessários à validade interna e externa das pesquisas, ressaltando, entre outros, obstáculos como ausência de definições operacionais das variáveis e não-fidedignidade do auto-registro como instrumento de mensuração do fenômeno. Análise detalhada dos análogos experimentos utilizados para o estudo de autocontrole no laboratório e em seguida efetuada em termos de suas principais vantagens e limitações. 1. Introdução Os fatores responsáveis por uma série de comportamentos apresentados por diversos organismos nem sempre podem ser identificados nas contingências ambientais imediatamente presentes à ocorrência desses comportamentos (5, 15, 17,46,47). Isto é especialmente verdadeiro quando observamos o comportamento humano: aparentemente não podemos explicar a teimosia de um prisioneiro de guerra em não confessar segredos de Estado mesmo quando torturado, considerando apenas as contillgências ambientais impostas pelo carrasco. Tal ausência de fatores explicativos, na situação imediata, conduziu um vasto número de teóricos de psicologia a especular a respeito de agentes ou mecanismos subjacentes capazes de produzir e controlar estes fenômenos. Agentes internos tais como ego, superego, selves ou consciência moral surgiram no sentido de atuar como mediadores para tais comportamentos, e várias escolas de psicologia empenharam-se em melhor compreender o seu papel e atuação nos domínios da personalidade. Recentes progressos na análise experimental do comportamento"entretanto, apontam para a importância da correlação entre eventos do ambiente e o compor- Arq. bras. Psic. apl., Rio de Janeiro, 30 (4): , out./dez. 1978
2 tamento. A tradicional noção de contigüidade temporal como essencial ao controle do comportamento vem sendo abandonada e substituída pela correlação, ao longo de um fluxo temporal contínuo, entre ocorrências do ambiente e do comportamento. Fenômenos inexplicáveis por simples contigüidade temporal entre estímulos e respostas são assim explicados e já existem numerosas evidências experimentais para a aceitação de tal correlação como o fator mais importante na aprendizagem (5,8, 18,38). Contudo, teóricos ligados à análise experimental do comportamento insistem em inferir e utilizar elementos e processos mediadores para explicar uma boa parcela do comportamento humano (3,4, 21, 23, 32,49). Uma rica terminologia abrangendo auto-observação, automanejo, auto-imagem, auto-regulação, autoreforçamento, autopunição, etc., proliferou na tentativa de estabelecer um quadro geral para a compreensão dos fenômenos da área que denominar-se-á autocontrole. Empregando, de maneira não precisa, termos derivados do laboratório (como auto-reforçamento, por exemplo) estes teóricos diferenciam os fenômenos de autocontrole dos demais em termos do [oeus do controle: no autocontrole, este estaria situado dentro do organismo, sob a forma de processos e operações. Skinner (44) defmiu autocontrole (AC) como o processo pelo qual um organismo torna uma resposta indesejável menos provável por meio da alteração das variáveis, das quais a resposta é função. Qualquer resposta bem sucedida em tal alteração seria automaticamente reforçada. Rachlin (38), por sua vez, defme situações de AC como aquelas em que o objetivo é aumentar a probabilidade de que um comportamento seja controlado pelas suas conseqüências a longo prazo. Kanfer e Karoly (23) propõem uma defmição mais elaborada, onde AC se refere à situação em que o sujeito quebra uma cadeia de comportamentos em um ponto particular e inicia respostas controladoras, mantendo a nova cadeia de respostas mesmo que a resposta controlada tenha maior probabilidade de ocorrer e suas conseqüências reforçadoras sejam imediatas. Várias outras defmições têm sido sugeridas (11, 4, 35, 49), e um elemento comum a todas elas é a existência de respostas controladoras e respostas controladas, ambas emitidas pelo sujeito. De uma maneira geral, o AC tende a ocorrer nas seguintes situações: a) quando um estímulo reforçador positivo mais valioso, porém, mais atrasado, é escolhido em lugar de outro menos valioso, porém, mais imediato. b) quando o sujeito executa urna resposta apesar de suas conseqüências aversivas imediatas, evitando porém conseqüências bem piores no futuro. A resistência à tentação e a tolerância à estimulação aversiva parecem, pois, englobar as principais ocorrências do fenômeno. Estudos a nível de laboratório e de situações clínicas têm procurado justamente uma análise das variáveis envolvidas em tais situações. Conforme discutirs.>-á a seguir, tais estudos geralmente têm se deparado com sérias dificuldades de natureza metodológica, o que entretanto, apesar de constituir um desafio à criatividade dos pesquisadores, não deve representar um obstáculo à investigação científica do fenômeno. 126 A.B.P.A. 4/78
3 2. A metodologia na pesquisa do autocontrole Para que determinada área do conhecimento possa se tornar de interesse científico, deve: a) ser capaz de gerar questões e hipóteses que sejam publicamente especificáveis e testáveis; b) as observações empíricas devem ser replicáveis por investigadores independentes; c) os experimentos realizados devem ajustar-se a padrões de validade interna e externa. A maior parte dos experimentos realizados na área de AC geralmente não chegam a atender a ambos os padrões de validade e nem todas as questões levantadas são traduzidas empiricamente, de acordo com wn critério realmente satisfatório. Dados e informações sobre AC costwnam originar-se a partir de procedimentos empíricos baseados nas mais diversas metodoiogias, nem sempre adequadas à investigação do fenômeno estudado. No laboratório, dois planejamentos experimentais são mais comumente utilizados: são eles o planejamento intragrupai, onde realiza-se wn estudo intensivo e extensivo de cada sujeito ao longo de um período de tempo determinado, e o planejamento intergrupal, onde vários grupos são comparados segundo suas características em interação com o procedimento experimental. Ocorre, porém, que a utilização de planejamentos experimentais intragrupais como o ABAB (de reversão) e LBM (linha-base múltipla) torna-se difícil, uma vez que a natureza do próprio fenômeno parece interferir CO)1l o seu emprego. A reversão nem sempre é bem sucedida (isto mesmo quando o sujeito não se opõe à sua utilização) e a generalização entre comportamentos é observada com bastante freqüência, contaminando assim os efeitos de uma LBM (35). Por outro lado, grande parte das investigações realizadas no contexto clínico apresentam falhas e deficiências que praticamente invalidam seus resultados. Entre elas, podemos enwnerar as seguintes: a) ausência de. defrnições operacionais e objetivos do comportamento e técnicas empregadas; b) ausência de controle experimental e follow-up; c) ausência de grupos de controle para testar os efeitos da auto-observação, a qual em si tem demonstrado exercer wn papel significativo na modificação de comportamentos; d) não-fidedignidade dos comportamentos auto-registrados (31). As dificuldades encontradas para isolar os efeitos da auto-observação sobre o comportamento auto-observado e a não-fidedignidade dos auto-registros têm sido relatadas por diversos autores como sérios obstáculos à investigação (16, 26,48). Outros problemas referem-se a variáveis do experimentador e do sujeito (viés e motivação, por exemplo) e a del1cas na situação experimental que governam a percepção do sujeito quanto ao seu papel no experimento. Dificuldades adicionais se apresentam quando as variáveis envolvidas referem-se à linguagem subjetiva do sujeito, constituindo-se no que costwnamos chamar de respostas encobertas (pensamento, imagens, etc.): estas, inacessíveis à observação pública e direta, não possuem o status empírico desejável a wn estudo científico do comportamento. Aqui resta-nos o estudo dos comportamentos observáveis relacionados a tais variáveis intervenientes, e com ele os riscos inerentes às inferências assim inevitáveis. Perspectivas metodológicas 127
4 A utilização do termo auto-reforçamento para a denominação de certo tipo de fenômeno da área de AC parece não ser adequada, estando a maioria das pesquisas realizadas preocupadas em investigar a operação do auto-reforçamento (isto é, em que condições um sujeito faz um estímulo reforçador disponível contingente a uma determinada resposta) e não ao processo em si (isto é, se o autoreforçamento é funcional em aumentar a probabilidade da resposta controlada). Os experimentos planejados para investigar o auto-reforçamento, geralmente, ou o consideram como variável dependente, ou, simplesmente, não representam a situação de auto-reforçamento encontrada, na maioria das vezes, no ambiente natural. Isto ocorre, pois mesmo sem especificar exatamente os critérios para o reforçamento, que em muitos casos permanece disponível, tais experimentos estabelecem uma contingência entre o estímulo reforçador e a emissão de alguma resposta. Daí, o auto-reforçamento emitido em tais situações pelo sujeito irá apenas evidenciar 'a existência de padrões de desempenho que os pais ou outros a~eíltes socializantes impuseram à criança no passado, mediante o comportamento de auto-reforçar-se, adquirido provavelmente por meio de imitação, aprendizagem vicariante ou reforçamento diferencial (4). A elaboração de análogos experimentais e o desenvolvimento de estudos relativos ao AC em situações simplificadas de laboratório, por sua vez, representam um avanço significativo para a compreensão do problema. A tendência atual da análise experimental do comportamento em relação ao estudo de processos comportamentais complexos irá sem dúvida contribuir para a formulação e o desenvolvimento de uma teoria geral para o comportamento (2, 7, 19,42). Contudo, pela análise de vários estudos desenvolvidos na área de AC (1, 2,12,34,38, 39), verificou-se uma tendência à super simplificação do fenômeno, o que implica um sério obstáculo à sua validade externa, assim como várias outras dificuldades de natureza metodológica. Para os autores de tais estudos, AC é defmido operacionalmente como a preferência do sujeito numa situação de escolha por um reforço maior e mais atrasado em lugar de um reforço menor, porém, mais imediato. Impulsividade, por sua vez, refere-se à situação semelhante, onde, porém, a preferência é pelo reforço menor e mais imediato. Já Mowrer e Ullman (33) levantaram a hipótese de que a impulsividade é devida a uma propriedade básica do reforçamento, observável em animais inferiores: à medida que o reforçamento se atrasa com relação ao momento da escolha, ocorre um declínio em sua efetividade. Vários experimentos paramétricos investigando a preferência por diferentes magnitudes e atrasos de reforçamento concluíram sobre a natureza negativamente acelerada da função de atraso (12, 25, 29, 34, 43). Entretanto, não foi possível concluir sobre a forma exata de tal função, e assim vários modelos foram sugeridos a partir dos dados obtidos em diversos experimentos, cada qual realizando predições específicas, ora confirmadas, ora rejeitadas por novos dados que estão sendo produzidos (6, 13, 17,36,37). 128 A.B.P.A.4/78
5 Analisando de perto os estudos realizados, encontramos alguns problemas metodológicos que convém ressaltar. Além de contribuirem significativamente para a redução da validade externa desses experimentos, tais problemas ameaçam mesmo sua própria validade interna. As funções do atraso de reforçamento investigadas pelos experimentos até agora realizados são por demais específicas ao sujeito, respostas medidas e reforçamentos empregados. A utilização de pombos como sujeitos, apesar de conveniente em termos de maior controle e simplificação das variáveis envolvidas, implica uma série de limitações na manipulação dos parâmetros do reforçamento que estão sendo investigados. Até o momento, a literatura em análise experimental do comportamento não forneceu evidência alguma quanto aos limites para uma discriminação temporal utilizando-se pombos como sujeitos, sendo impossível garantir a ocorrência de tal discriminação quando intervalos de tempo maiores são utilizados. Entretanto, alguns autores empregaram em seu procedimento experimental intervalos de atraso de reforçamento de até 40 segundos, (12,34). Dificuldades relativas às medidas empregadas são igualmente freqüentes. Alguns autores assumem que a freqüência e a magnitude do reforçamento são equivalentes em seus efeitos sobre o comportamento de escolha (34). Assim, uma situação experimental onde o reforçamento fosse apresentado conforme um FI de 5 segundos (FI5") e o acesso ao reforçamento permitido por 3 segundos (A = 3") seria equivalente à situação que empregasse um FI de 2 segundos (FI2") e permitisse um acesso do reforçamento de 1,2 segundos (A = 1,2). Existem, porém, inúmeras evidências contrárias a tal equivalência, apontando a freqüência de reforçamento como fator mais importante no controle do comportamento de escolha (41, 50). A suposição de tal equivalência não confirmada empiricamente permite aos dados maior ajustamento aos modelos propostos, mas as verdadeiras relações entre os diferentes parâmetros do reforçamento e do comportamento permanecem desconhecidas e não investigadas. A resposta bicar a chave utilizada, na maioria dos experimentos, limita por sua vez qualquer generalização a partir dos resultados obtidos. Estudos na área da automodelagem têm evidenciado a existência de outros fatores, além do reforçamento, capazes de controlar a resposta de bicar em pombos (9, 14, 40). Portanto, os resultados de experimentos que utilizam tal resposta não podem ser atribuídos integralmente às manipulações paramétricas do reforçamento. O emprego de respostas iguais para a obtenção de reforçamentos da mesma natureza também contribuem para limitar possíveis generalizações a partir dos resultados, uma vez que o maior número de situações que envolvem AC referem-se a diferentes re~postas e reforçadores. Outro fator negligenciado pelos trabalhos experimentais na área de AC é o controle de estímulos. O reforçamento - como praticamente a única explicação para o comportamento - já não mais se mantém (10, 20). Mahoney e Thoresen (32) colocam bem o problema: Perspectivas metodológicas 129
6 ... a given behavior is sandwiched between its cues stimulus and its consequences, both of which may play a significant role in maintaining it. Depending on the relative importance of antecedents and consequences in any particular instance, effective self-control may require changing both of these factors" (p. 44).. O papel do controle de estímulos no AC não pode ser superenfatizado (2, 21, 22, 24, 30, 31, 32, 44). Um grande número de técnicas de AC, largamente utilizadas pelos psicólogos clínicos, fundamenta-se no controle de estímulos sobre o comportamento. Conforme tem sido demonstrado inúmeras vezes na área clínica, comportamentos de fumar, comer, etc., encontram-se sob forte controle dos estímulos ambientais: não é o fumar em si e sim certas ocasiões especiais que geralmente fazem com que o sujeito não resista à tentação e continue fumando. Desta maneira, os trabalhos desenvolvidos no laboratório representam situações extremamente especiais, onde, visando uma maior simplificação e controle das variáveis, foi sacrificada a investigação de fatores fundamentais para a compreensão do fenômeno de AC. Considerando as reais limitações de tais experimentos e o fato de que os resultados ali encontrados são também passíveis de variações idiossincráticas dos sujeitos e das condições em que os parâmetros de reforçamento foram manipulados (2, 34), a utilidade de tilis experimentos torna-se altamente questionável. Na verdade, o que tem sido estudado não é propriamente o autocontrole com algumas evidentes exceções (39). Investiga-se a natureza e a forma das funções da efetividade do reforçamento à medida que este se atrasa em relação ao momento de escolha, buscando-se explicar o por quê da súbita mudança de preferência à medida que a escolha torna-se mais próxima da apresentação do reforço menor mais imediato. O conhecimento derivado dessas investigações será útil principalmente ao fornecer uma espécie de linha-base para o estudo de AC. Previsões poderão ser feitas especificando o período ideal para a implementação de certas técnicas, e a avaliação dos resultados obtidos poderá contribuir para o aperfeiçoamento do modelo. Além da investigação empírica em laboratório, é necessário realizar-se pesquisas a nível da clínica. Lazarus (27) e Lazarus e Davison (28) fazem sérias objeções à não-utilização de dados clínicos. O conhecimento relativo às variáveis e aos processos envolvidos no AC é de fundamental importância para a compreensão de uma ampla gama de fenômenos comportamentais do ser humano. A socialização da criança e o seu desempenho satisfatório no contexto de uma sociedade organizada depende essencialmente da aprendizagem de comportamento de AC. Uma vez sugeridos os paradigmas para o seu estudo e abandonada a noção de mediadores internos, a investigação intensiva de análogos experimentais em laborató~io, a pesquisa com sujeitos humanos em situação controlada e a análise de dados clínicos poderão ampliar o nosso conhecimento do fenômeno. 130 A.B.P.A. 4/78
7 A noção do controle mútuo entre o homem e o seu ambiente, onde o indivíduo não mais se apresenta como elemento totalmente passivo mas também capaz de atuar ativamente na modificação do ambiente (uma vez que seu comportamento será estímulo para o comportamento de outros indivíduos) levou Skinner (45) a fazer a seguinte afirmação: "the relation between the controller and the controlled is reciproca!" (p. 169). Tal afirmação, entrl!tanto, não dc;;ve ser interpretada como uma sugestão de agentes ou processos internos autônomos mas como a indicação da premência que temos em conhecer melhor os processos, as interações entre eventos da história passada do organismo e seu desempenho na situação atual. Ainda é cedo para que se formule uma teoria para o autocontrole; estamos em um estágio muito inicial para que os dados obtidos sejam relacionados em um sistema amplo. A complexidade dos processos, as dificuldades' metodoiógicas e mesmo a consideração dos fenômenos encobertos, não devem, porém, desencorajar mas sim estimular a pesquisa do autocontrole e o desenvolvimento da capacidade criativa dos cientistas do campo psicológico. Referências bibliográficas 1. Ainslie. G. W. Impulse control in pigeons. Joumal Df Experimentei Analysis Df Behavior, 21 (3): 485-9, Ainslie, G. W. Specioas reward: a behavioral theory of impulsiveness and impulse control. Psychological Bulletin, 82 (4): , Bandura, A. Principies Df behavior modification. New York, HoIt, Rinehart & Winston, Bandura, A. Vicarious and self-reinforcement processes. In: Glaser, R. ed. The Nature Df reinforcement, Baum, W. M. The correlation based law of effect. Joumal Df Experimental Analysis Df Behavior, 20: , Baum, W. M. & Rachlin, H. Choice as time ailocation. Joumal Df Experimental Andysis Df Behavior, 12: , Benik, I. M. & Seligman, M. E. P. ControIlability and anxiety. Manuscrito não publica'lo. 8. Bloomfield, T. M. Reinforcement schedules: contingency or contiguity. In: Gilbert, R. M. e MiUenson, J. R. ed. Reinforcement: behavioral analysis. New York, Academic Press, Brown, P. L. & Jenkins, H. M. Auto-shaping of the pigeoris key peck. Joumal Df Experimental Analysis of Behavior, 11: 1-8, Catania, A. C. The Myth c,f self-reinforcement. Behaviorism. 3(2): 192-9, Cautela, J. R. Behavior therapy and self-control: techniques and implications. In: Franks, C. M. ed. Behavioral therapy:appraisal and status. New York, McGraw-Hill, Perspectivas metodológicas 131
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