NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS

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1 NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS TEORIA, LEGISLAÇÕES 12 QUESTÕES DE PROVAS IBFC COM GABARITOS 86 QUESTÕES DE PROVAS DE OUTRAS BANCAS COM GABARITOS Edição Maio 2017 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa (art. 184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19/02/98 Lei dos Direitos Autorais). Site: emmentalapostilas.com.br Facebook: Emmental Apostilas

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3 SUMÁRIO 1. PRECEDENTES HISTÓRICOS: Direito Humanitário, Liga das Nações e Organização Internacional do Trabalho (OIT) Questões de Provas de Concursos A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS/ Questões de Provas de Concursos CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS/1969: (Pacto de São José da Costa Rica) (arts. 1º ao 32) Questões de Provas de Concursos PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS (arts. 1º ao 15) Questões de Provas de Concursos PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS/1966 (arts. 1º ao 27) Questões de Provas de Concursos GABARITOS... 52

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5 NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS 1 PRECEDENTES HISTÓRICOS: Direito Humanitário, Liga das Nações e Organização Internacional do Trabalho (OIT). O processo de internacionalização dos direitos humanos tem diversas fontes históricas, sendo que as principais são as oriundas do Direito Humanitário, bem como os tratados celebrados durante a Liga das Nações e ainda as convenções e tratados da Organização Internacional do Trabalho. Todavia com o advento da Organização das Nações Unidas ONU em 1945, e logo a posteriori a Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948, aclamada pela Assembleia Geral da ONU, foi um grande divisor de águas no sistema protetivo internacional de proteção dos direitos do homem. Numa sequência histórica surgiu os Pactos de Nova York de 1966, com a criação de mecanismos de proteção, entre eles o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Nessa mesma esteira protetiva no denominado Sistema Regional Interamericano, adveio a Convenção Americana de Direitos Humanos, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Corte Interamericana de Direitos Humanos. Numa última etapa surge o Tribunal Penal Internacional, decorrente do estatuto de Roma de 1998, para julgar de modo pré-constituído, ou seja, não sendo Tribunal de exceção, e de modo permanente, não sendo um tribunal temporário (como os de Ruanda e Iugoslávia), para julgar crimes de guerra, genocídio, contra a humanidade e de agressão. Assim, vale dizer, o advento da Organização Internacional do Trabalho, da Liga das Nações e do Direito Humanitário registra o fim de uma época em que o Direito Internacional era, salvo raras exceções, confinado a regular relações entre Estados, no âmbito estritamente governamental. Por meio desses institutos, não mais se visava proteger arranjos e concessões recíprocos entre os Estados visava-se, sim, o alcance de obrigações internacionais a serem garantidas ou implementadas coletivamente, que, por sua natureza, transcendiam aos interesses exclusivos dos Estados contratantes. Essas obrigações internacionais voltavam-se à salvaguarda dos direitos do ser humano e não das prerrogativas dos Estados. Tais institutos rompem, assim, com o conceito tradicional que situava o Direito Internacional apenas como a lei da comunidade internacional dos Estados e que sustentava ser o Estado o único sujeito de Direito Internacional. Rompem ainda com a noção de soberania nacional absoluta, na medida em que admitem intervenções no plano nacional, em prol dos direitos humanos (PIOVESAN, 2011, p ). Nesta mesma linha de raciocínio, mister transcrever as observações de Mazzuoli acerca dos efeitos positivos dos precedentes mencionados: É neste cenário que começam a aparecer os primeiros contornos do Direito Internacional dos Direitos Humanos, afastando-se a ideia de soberania absoluta dos Estados, em seu domínio reservado, e erigindo os indivíduos à posição, de há muito merecida, de sujeitos de Direito Internacional, dando-lhe mecanismos processuais eficazes para a salvaguarda de seus direitos internacionalmente protegidos. A partir desse momento histórico emerge finalmente a concepção de que o indivíduo não é apenas objeto, mas também sujeito do Direito Internacional Público (MAZZUOLI, 2010, p. 759). DIREITO HUMANITÁRIO O Direito Internacional Humanitário, criado no século XIX, desenvolveu-se com o objetivo de limitar a atuação do Estado e assegurar a observância dos direitos fundamentais, colocando sob sua tutela militares fora de combate (por ferimentos, doença, naufrágio ou prisão) e populações civis. Era basicamente uma proteção para as populações civis em conflitos armados. É o conhecido direito da guerra. Mesmo num conflito bélico entre países, existem princípios éticos mínimos que devem ser seguidos. Tem origem nas Convenções de Genebra (início do século XIX), sendo a mais conhecida a de O Direito Humanitário elevou ao status internacional a proteção humanitária em casos de guerra, regulamentando juridicamente, em âmbito internacional, proteções aos feridos e aos civis. Passa a haver nas guerras certos limites. Nos casos, à liberdade e à autonomia dos Estados conflitantes, ganham regramento. Fica assim indicado um caminho por onde os direitos humanos, mais tarde, também deveriam trilhar, alcançando amplitude universal. 5

6 O Direito Internacional Humanitário (ou Direito dos Conflitos Armados) é um ramo do Direito Internacional Público constituído por todas as normas convencionais ou de origem consuetudinária especificamente destinadas a regulamentar os problemas que surgem em período de conflito armado. Estas podem ser fundamentalmente de três tipos: O primeiro é constituído pelo chamado Direito de Genebra, isto é, pelas quatro Convenções de Genebra de 1949 para a proteção das vítimas de guerra e dos seus dois Protocolos Adicionais de Estes seis instrumentos jurídicos perfazem cerca de 600 artigos codificando as normas de proteção da pessoa humana em caso de conflito armado. Estes textos de Genebra foram elaborados (como aliás os próprios títulos das Convenções o comprovam) com o único objetivo de proteção das vítimas de guerra: tanto os militares fora de combate, bem como as pessoas que não participem nas operações militares. O segundo tipo de regras é chamado o Direito de Haia constituído pelo direito da guerra propriamente dito, ou seja, pelos princípios que regem a conduta das operações militares, direitos e deveres dos militares participantes na conduta das operações militares e limita os meios de ferir o inimigo. Estas regras têm vista a necessidade de ter em conta necessidades militares das partes em conflito, nunca esquecendo, porém, os princípios de humanidade. O Direito de Haia encontra a maior parte das suas regras nas Convenções de Haia de 1899 (revistas em 1907), mas igualmente em algumas regras do Protocolo I Adicional às Convenções de Genebra de 12 de agosto de O terceiro tipo de regras (ditas de Nova Iorque) prende-se com a proteção dos direitos humanos em período de conflito armado. São chamadas regras de Nova Iorque por terem na sua base a atividade desenvolvida pelas Nações Unidas no âmbito do direito humanitário. Com efeito é importante referir que em 1968 a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a Resolução 2444 (XXIII) com o título "Respeito dos direitos humanos em período de conflito armado", o que constitui um marco, verdadeiro sinal da mudança de atitude desta organização no que diz respeito ao Direito humanitário. Se, desde 1945 a O.N.U. não se ocupou deste ramo do direito com a justificação de que tal indiciaria uma falta de confiança na própria organização enquanto garante da paz, o ano de 1968 pode ser considerado como o do nascimento deste novo foco de interesse. As Nações Unidas têm desde então vindo ainda a mostrar um grande interesse em tratar questões como as relativas às guerras de libertação nacional, e à interdição ou limitação da utilização de certas armas clássicas. As regras fundamentais do Direito Internacional Humanitário aplicáveis nos conflitos armados 1. As pessoas postas fora de combate e aquelas que não participam diretamente nas hostilidades têm o direito ao respeito das suas vidas e da sua integridade física e moral. Estas pessoas devem ser, em todas as circunstâncias, protegidas e tratadas com humanidade, sem qualquer distinção de carácter desfavorável. 2. É proibido matar ou ferir um adversário que se renda ou que se encontre fora de combate. 3. Os feridos e doentes devem ser recolhidos e tratados pela parte no conflito que os tem em seu poder. A proteção cobre igualmente o pessoal sanitário, os estabelecimentos, os meios de transporte e material sanitário. O emblema da cruz vermelha ou do crescente vermelho constitui o sinal dessa proteção, devendo por isso ser respeitado. 4. Os combatentes capturados e os civis que se encontrem sob a autoridade da parte adversa têm direito ao respeito da sua vida, da sua dignidade, dos seus direitos pessoais e das suas convicções. Devem ser protegidos de todo o ato de violência e de represálias. Terão o direito a trocar notícias com as suas famílias e a receber socorros. 5. Todas as pessoas beneficiarão das garantias judiciárias fundamentais. Ninguém será tido como responsável de um ato que não cometeu. Ninguém será submetido à tortura física ou mental, nem a penas corporais ou a tratamentos cruéis e degradantes. 6. As partes num conflito e os membros das suas forças armadas não possuem um direito ilimitado na escolha dos métodos e meios de guerra susceptíveis de causar perdas inúteis ou sofrimentos excessivos. 7. As partes num conflito devem fazer sempre a distinção entre a população civil e os combatentes, de forma a poupar a população e os bens civis. Nem a população civil enquanto tal, nem as pessoas civis devem ser objeto de ataques. Os ataques devem ser exclusivamente dirigidos contra objetivos militares. Cruz Vermelha Internacional Destaque para a Cruz Vermelha Internacional, considerada uma organização não governamental que tem por objetivo conceder aos países necessitados ajuda humanitária (no mínimo médica). Não tem natureza jurídica de organização internacional, sendo regida exclusivamente pelo código civil suíço. Nos locais onde a Cruz Vermelha estiver instalada será considerado território neutro, não podendo ser atacada. Criação em 1863 por Jean Henri Dunant, conhecido por Henry Dunant. 6

7 A Cruz Vermelha é apresentada como a guardiã do direito internacional humanitário; A Cruz Vermelha é organização humanitária, independente e neutra, que busca proporcionar proteção e assistência às vítimas da guerra e de outras situações de violência; Tem sua sede em Genebra na Suíça pautada nos princípios fundamentais: (fundamento no Art. 1º do Estatuto da Cruz Vermelha brasileira - Decreto nº 4.948, de 07 de janeiro de 2004). Princípios fundamentais da Cruz Vermelha 1. Humanidade: Deste princípio decorrem os demais. A ação da CV objetiva socorre, sem discriminação, os feridos no campo de batalha e procura evitar e aliviar os sofrimentos dos homens, em todas as circunstâncias; 2. Imparcialidade: Não faz nenhuma distinção de nacionalidade, raça, religião, condição social e filiação política; 3. Neutralidade: para obter e manter a confiança de todos Estados onde há consentimento recíproco para instalar sede, abstém-se de participar das hostilidades e nunca intervém nas controvérsias de ordem política, racial, religiosa e ideológica; 4. Independência: As Sociedades Nacionais, auxiliares dos poderes públicos em suas atividades humanitárias, sujeitas às leis que regem seus respectivos países, devem, no entanto, manter sua autonomia, a fim de poderem agir sempre de acordo com os Princípios Fundamentais da Cruz Vermelha Internacional. 5. Voluntariado: é uma Instituição voluntária de Socorros sem nenhuma finalidade lucrativa; 6. Unidade e: Só pode existir uma Sociedade de Cruz Vermelha em cada país. Ela está aberta a todos e exerce sua ação humanitária em todo território do mesmo; 7. Universalidade: é uma instituição mundial, na qual todas as Sociedades têm iguais direitos e dividem iguais responsabilidades e deveres, ajudando-se mutuamente (se exprimem através da Federação). LIGA DAS NAÇÕES (LDN) TAMBÉM CONHECIDA POR SOCIEDADE DAS NAÇÕES (SDN) Com o fim da Primeira Guerra Mundial, os países vencedores se reuniram em Versailles, nos subúrbios de Paris, França, em janeiro de 1919, para firmar um tratado de paz, que ficou conhecido pelo nome do local da capital francesa onde foi assinado. Um dos pontos do Tratado de Versailles era a criação de um organismo internacional que tivesse como finalidade assegurar a paz num mundo traumatizado pelas dimensões do conflito que se encerrara. Em 1920 teve lugar em Genebra, na Suíça, a Primeira Assembleia Geral da Liga das Nações. A Convenção da Liga das Nações, de 1920, segundo explica Flávia Piovesan (2000, p.124), tinha como finalidade promover a cooperação, paz e segurança internacional, condenando agressões externas contra a integridade territorial e a independência política de seus membros. A Convenção da Liga das Nações ainda estabelecia sanções econômicas e militares a serem impostas pela comunidade internacional contra os Estados que violassem suas obrigações, o que representou uma redefinição do conceito de soberania estatal absoluta. A Liga possuía uma Secretaria Geral permanente, sediada em Genebra, e era composta de uma Assembleia Geral e um Conselho Executivo. A Assembleia Geral reunia, uma vez por ano, representantes de todos os países membros da organização, cada qual com direito a um voto. Já o Conselho, principal órgão político e decisório, era composto de membros permanentes (Grã-Bretanha, França, Itália, Japão e, posteriormente, Alemanha e União Soviética) e não-permanentes, estes últimos escolhidos pela Assembleia Geral. Não possuindo forças armadas próprias, o poder de coerção da Liga das Nações baseava-se apenas em sanções econômicas e militares. Sua atuação foi bem-sucedida no arbitramento de disputas nos Bálcãs e na América Latina, na assistência econômica e na proteção a refugiados, na supervisão do sistema de mandatos coloniais e na administração de territórios livres como a cidade de Dantzig. Mas ela se revelou impotente para bloquear a invasão japonesa da Manchúria (1931), a agressão italiana à Etiópia (1935) e o ataque russo à Finlândia (1939). Em abril de 1946, o organismo se autodissolveu, transferindo as responsabilidades que ainda mantinha para a recém-criada Organização das Nações Unidas, a ONU. O Brasil aderiu desde o início a Liga das Nações, porém por ato isolado do Presidente da República Artur Bernardes se desligou (denunciou) seis anos depois (1926) sem a anuência do Congresso Nacional. Desde então, a vontade do Presidente da República foi suficiente para denunciar um tratado sem a concordância (ratificação) do Congresso Nacional. Apesar de todos os defeitos, a Liga das Nações procurava proteger os direitos humanos. É antecessora da Organização das Nações Unidas (ONU). 7

8 ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT) E SUAS CONVENÇÕES A Organização Internacional do Trabalho foi criada pela Conferência de Paz após a Primeira Guerra Mundial. A sua Constituição converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes. Em 1944, à luz dos efeitos da Grande Depressão a da Segunda Guerra Mundial, a Organização Internacional do Trabalho adotou a Declaração da Filadélfia como anexo da sua Constituição. A Declaração antecipou e serviu de modelo para a Carta das Nações Unidas e para a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A Organização Internacional do Trabalho estabeleceu um patamar mínimo de proteção dos trabalhadores e conseguiu identificar os sujeitos de proteção, tais como, crianças, gestantes, idosos. A Organização Internacional do Trabalho tem sede em Genebra (Suíça). Recomenda-se acompanhar o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 1625 proposta pela CONTAG em face da Convenção 158 da OIT que protege o trabalhador contra a demissão imotivada e que foi denunciada unilateralmente pelo Presidente da República. Fundada em 1919 com o objetivo de promover a justiça social, e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 1969, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é a única agência das Nações Unidas que tem estrutura tripartite, na qual representantes de governos, de organizações de empregadores e de trabalhadores de mais de 180 Estados-membros participam em situação de igualdade das diversas instâncias da Organização. Desde a sua criação, os membros tripartites da OIT adotaram mais de 185 Convenções Internacionais de Trabalho e mais de 200 Recomendações sobre diversos temas (emprego, proteção social, recursos humanos, saúde e segurança no trabalho, trabalho marítimo etc). Em 1998, a Conferência Internacional do Trabalho aprovou a Declaração dos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho. A Declaração estabelece quatro princípios fundamentais a que todos os membros da OIT estão sujeitos: liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva; eliminação de todas as formas de trabalho forçado; abolição efetiva do trabalho infantil; eliminação de todas as formas de discriminação no emprego ou na ocupação. Frente aos desafios da globalização e dos déficits das políticas em matéria de crescimento e emprego, a OIT instituiu o Trabalho Decente como o objetivo central de todas as suas políticas e programas. A noção de Trabalho Decente abrange a promoção de oportunidades para mulheres e homens do mundo para conseguir um trabalho produtivo, adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança e capaz de garantir uma vida digna. O Trabalho Decente é o eixo central para onde convergem os quatro objetivos estratégicos da OIT: a) respeito às normas internacionais do trabalho, em especial aos princípios e direitos fundamentais do trabalho; b) promoção do emprego de qualidade; c) extensão da proteção social; d) fortalecimento do diálogo social. O combate ao trabalho escravo é uma das prioridades da agenda da OIT de promoção dos direitos humanos no Brasil. Foto de João Roberto Ripper (1999). 8

9 O Trabalho Decente deve constituir a essência das estratégias mundiais, nacionais e locais para alcançar o progresso econômico e social e para dar cumprimento aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio relacionados com a erradicação da pobreza extrema. Nesse sentido, na Resolução final da Assembleia Geral da ONU, adotada em setembro de 2005, os Chefes de Estado e de Governo afirmam seu compromisso de que os objetivos do emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos, especialmente para as mulheres e os jovens, sejam uma meta fundamental das nossas políticas nacionais e internacionais e de nossas estratégias nacionais de desenvolvimento, incluindo as estratégias de redução da pobreza. Da mesma forma, 34 chefes de Estado e de Governo de todo o continente americano assinaram, em 2005, a Declaração e o Plano de Ação de Mar del Plata, nos quais se comprometem a implementar políticas ativas que gerem trabalho decente e criem condições de emprego de qualidade. O conceito de Trabalho Decente ganhou mais força, em julho de 2006, quando o Conselho Econômico e Social da ONU recomendou ao sistema das Nações Unidas apoiar e financiar programas e esforços de geração de emprego produtivo e colaborar na implementação do trabalho decente para todos. Para pôr em prática esse conceito, a OIT oferece assistência técnica a seus membros e parceiros na implementação das normas internacionais do trabalho, bem como implementa programas e projetos nas áreas de emprego, proteção e diálogo social. Além disso, desenvolve pesquisas e estudos e edita publicações sobre os mais diversos temas do mundo do trabalho. No Brasil, a OIT mantém representação desde 1950 e presta assessoria em diversas áreas de interesse dos seus constituintes no país. Ademais, executa projetos de cooperação técnica, com o fim de contribuir com os esforços nacionais para a eliminação do trabalho infantil e do trabalho escravo, o combate à discriminação e a promoção da igualdade, a promoção dos direitos das pessoas com deficiência e vivendo com HIV, a extensão dos mecanismos de proteção social aos trabalhadores da economia informal, a redução dos acidentes e doenças ocupacionais e o fortalecimento dos mecanismos e processos de diálogo social. Em 4 de maio de 2006, durante a XVI Reunião Regional Americana, em Brasília, o Governo brasileiro lançou oficialmente a Agenda Nacional de Trabalho Decente (ANTD), elaborada em consulta com organizações de empregadores e de trabalhadores. Desde então, as áreas de atuação da OIT no Brasil têm se articulado em torno das três prioridades da Agenda, quais sejam: Gerar Mais e Melhores Empregos, com Igualdade de Oportunidades e de Tratamento; Erradicar o Trabalho Escravo e Eliminar o Trabalho Infantil, em especial em suas piores formas; Fortalecer os Atores Tripartites e o Diálogo Social como um instrumento de governabilidade democrática A OIT é, hoje, reconhecidamente, uma agência vinculada à ONU (Organização das Nações Unidas), embora guarde personalidade jurídica independente desta. Todavia, nem sempre foi assim. Em verdade, a formação da OIT possui estreita ligação com a história bélica da humanidade no Século XX e com as guerras havidas em solo europeu. A sua criação é bem anterior à ONU, remontando ao momento histórico da "Sociedade das Nações", tendo sido criada em 1919, na mesma Conferência de Paz que aprovou o Tratado de Versailles. Na "Parte XIII" do mencionado tratado se encontra a sua previsão, adotando os princípios gerais da política da "Sociedade das Nações" no campo das relações de Trabalho. Sendo que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é uma agência multilateral ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), especializada nas questões do trabalho. Tem representação paritária de governos dos mais de 180 Estados-Membros e de organizações de empregadores e de trabalhadores. Com sede em Genebra, Suiça, a OIT tem uma rede de escritórios em todos os continentes, sendo que o seu orçamento regular provém de contribuições dos seus Estados Membros, que é suplementado por contribuições de países industrializados para programas e projetos especiais específicos. 9

10 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 1. [Soldado-(CBPM)-(T3)-PM-BA/2012-FCC].(Q.65) A respeito da Organização Internacional do Trabalho (OIT), considere: I. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) foi criada em 1944 pela /declaração da Filadélfia, sob os efeitos da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial. II. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é uma agência multilateral ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), especializada em questões do trabalho. III. O orçamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) provém de contribuições dos seus Estado Membros e é suplementado por contribuições de países industrializados para programas e projetos específicos. Está correto o que se afirma SOMENTE em a) I. b) II. c) II e III. d) I e II. e) I e III. 2. [Agente Seg. Socioeducativo-(NS)-SJC-SC/2016-Fepese].(Q.21) Analise o texto abaixo: A internacionalização dos direitos humanos constitui, assim, movimento extremamente recente na história, que surgiu a partir do pós-guerra, como resposta às atrocidades e aos horrores cometidos durante o nazismo. [ ] No momento em que os seres humanos se tornam supérfluos e descartáveis, no momento em que vige a lógica da destruição, em que cruelmente se abole o valor da pessoa humana, torna-se necessária a reconstrução dos direitos humanos, como paradigma ético capaz de restaurar a lógica do razoável. [ ] Diante dessa ruptura, emerge a necessidade de reconstruir os direitos humanos, como referencial e paradigma ético que aproxime o direito da moral. PIOVESAN, 2013, p. 190 O texto de Flávia Piovesan se refere ao processo de internacionalização dos direitos humanos no cenário global e sua reconstrução a partir do final da: a) Guerra Fria. b) Revolução Francesa. c) Revolução Americana. d) Primeira Guerra Mundial. e) Segunda Guerra Mundial. 3. [Agente Seg. Socioeducativo-(NS)-SJC-SC/2016-Fepese].(Q.22) O sistema internacional de proteção dos direitos humanos pode apresentar diferentes âmbitos de aplicação. Daí falar nos sistemas global e regional de proteção aos direitos humanos. O sistema global é o sistema da (1) Junto com o sistema global, surgem os sistemas regionais de proteção que buscam internacionalizar os direitos humanos no plano regional. No plano regional o Brasil faz parte da (2). Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas numeradas do texto. a) (1) Organização dos Estados Americanos (2) Organização das Nações Unidas b) (1) Organização das Nações Unidas (2) Organização dos Estados Americanos c) (1) Organização das Nações Unidas (2) União Europeia d) (1) Organização dos Estados Americanos (2) União Europeia e) (1) União Europeia (2) Organização dos Estados Americanos 10

11 GABARITOS (98 QUESTÕES) 1 PRECEDENTES HISTÓRICOS: Direito Humanitário, Liga das Nações e Organização Internacional do Trabalho (OIT) C E B C A B B 2 A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS/ A B D C A D A B A D C A D E A A E D C B B A A A A E E E C E E D E A C D D A D D B E C B A C A B B C C B A B E C E C B D B B 3 CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS/1969 (Pacto de São José da Costa Rica) (arts. 1º ao 32) A B C A C C A C A A E D E D D D E E 4 PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS (arts. 1º ao 15) A B C 5 PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS/1966 (arts. 1º ao 27) C D C A B B B E 52

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