Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso
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1 Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO CORPORAL SOBRE O NÍVEL DE FLEXIBILIDADE DE ADOLESCENTES Autor: Dennis Neves dos Santos Orientador: Prof. Ms. Luiz Antônio de Oliveira Rocha Brasília - DF 2011
2 DENNIS NEVES DOS SANTOS INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO CORPORAL SOBRE O NÍVEL DE FLEXIBILIDADE DE ADOLESCENTES Artigo apresentado ao Curso de Educação Física da Universidade Católica de Brasília, como requisito para obtenção do Título de Bacharelado em Educação Física. Orientador: Prof. Ms. Luiz Antônio de Oliveira Rocha Brasília 2011
3 DENNIS NEVES DOS SANTOS INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO CORPORAL SOBRE O NÍVEL DE FLEXIBILIDADE DE ADOLESCENTES RESUMO O objetivo deste estudo foi correlacionar à influência da composição corporal sobre o nível de flexibilidade de adolescentes. A amostra foi composta por 17 adolescentes do sexo feminino (16,2 ±1,1 anos) e 15 adolescentes do sexo masculino (16,4± 1,1 anos) praticantes de musculação. Foram avaliados o Índice de Massa Corporal (IMC), percentual de gordura (% G), massa muscular (MM) através de avaliação física e o nível de flexibilidade através do Flexiteste. Não foram observadas variações significativas na idade, estatura e IMC entre os sexos. O sexo masculino apresentou significativamente maior a massa corporal total e percentual de massa muscular em relação ao sexo feminino (p 0,05). O sexo feminino obteve um nível de flexibilidade e percentual de gordura corporal significativamente maior comparado com o sexo masculino (p 0,05). As correlações das variáveis da composição corporal com o nível de flexibilidade da amostra foram fraca a moderada. Entre os sexos, apenas o IMC calculado do sexo masculino apresentou correlação forte com o nível de flexibilidade. A conclusão das relações das variáveis da composição corporal com o nível de flexibilidade (de maneira individualizada). As correlações das variáveis da composição corporal não se mostraram tão atuantes no nível de flexibilidade da presente amostra. Palavra Chave: Composição corporal, flexibilidade, adolescentes INTRODUÇÃO Consideradas como componentes da aptidão física relacionada à saúde e à performance 1,2,6,8,11,12,15,16, a composição corporal e a flexibilidade tem um papel importante na vida diária das pessoas. A composição corporal pode ser definida como a estruturação do organismo de acordo com o conteúdo dos diferentes tecidos, células, estruturas bioquímicas e atômicas e suas interações dinâmicas de equilíbrio e funcionamento orgânico 10, dividida basicamente como massa muscular, massa gorda,
4 massa óssea e vísceras. A avaliação da composição corporal permite a identificação de riscos à saúde e o monitoramento de modificações que ocorrem nas diferentes faixas etárias 10, pois muitos estudos relacionam a ocorrência de enfermidade com o excesso de gordura corporal, por exemplo, a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis tais como doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, alguns tipos de câncer 5,6,8,10,11,13. Analisar a composição corporal de indivíduos em diferentes faixas etárias serve também de indicador nutricional, para determinar se são atendidas as necessidades fisiológicas de energia e de nutrientes 5,6,10. Nas várias fases da vida infância, adolescência, vida adulta, velhice, período gestacional o corpo sofre grandes transformações em sua estrutura, caracterizadas pelos fatores do processo de crescimento 6, sendo dinâmico e complexo, regulado pela hereditariedade, ingestão de nutrientes (principalmente na gravidez, pois está diretamente relacionada com a saúde pós-natal do bebê), nível de atividade física, estilo de vida, sexo etc 10. Esta série de modificações biológicas do crescimento e o desenvolvimento provocam alterações em quantidade e distribuição de gordura, massa óssea e massa muscular 10. Na qualidade da aptidão musculoesquelética, a flexibilidade é conceituada como a amplitude máxima passiva fisiológica de um dado movimento articular 1, em uma visão mais esportiva é a capacidade de aproveitar as possibilidades de movimentos articulares o mais amplamente possível em todas as direções, permitindo uma amplitude de oscilações maior em impulsos e balanços, refletindo na qualidade da técnica executada 2. Tendo grande importância nas atividades de vida diária, a atitude de alongar-se, mantendo certo nível de flexibilidade, evita o encurtamento da musculatura em razão de seu fortalecimento ou enrijecimento 12, assim permitindo movimentos amplos, evitando lesões e promovendo uma recuperação mais rápida após algum tipo de esforço com sobrecarga 15, sobretudo, auxilia no alivio das tensões musculares provocadas por posturas estáticas 12. Voltada para a saúde, especialmente de pessoas idosas, a autonomia, independência e a segurança da locomoção estão associadas a níveis apropriados de flexibilidade geral 1,15. Tendendo à diminuição com o passar dos anos 1, a flexibilidade vem de forma a auxiliar nesta manutenção da saúde, o ápice desta redução está na passagem da infância para a adolescência 16, oscilando progressivamente sua diminuição dependendo da etapa de vida, sendo mais rápida a perda da infância ao final da adolescência, branda na vida jovem e adulta e tornando a acelerar na velhice 1,16. É consensual entre os estudiosos
5 que o treinamento de exercícios de flexibilidade para indivíduos saudáveis e nãosaudáveis é de suma importância 2. Sendo uma capacidade específica de cada articulação 12, seu desenvolvimento provoca uma tolerância maior ao estiramento 1. Na caracterização entre sexos, há uma consonância que as mulheres são mais flexíveis de modo geral do que os homens 1. Fatores hormonais, culturais entre outros, podem estar associados a este resultado. Quanto a fatores morfológicos, o excesso de gordura ou músculos hipertrofiados podem provocar limitações de amplitude articulares 1. Portanto, o objetivo do presente trabalho é correlacionar os componentes da composição corporal com o nível de flexibilidade de adolescentes, analisando a influência sobre a amplitude articular. MATERIAIS E MÉTODOS A amostra foi composta por 32 adolescentes freqüentadores de uma academia na cidade satélite do Gama-DF, com idades entre 15 e 18 anos de ambos os sexos, sendo 15 adolescentes do sexo masculino e 17 do sexo feminino. Primeiramente foram demonstradas e elucidadas todas as dúvidas sobre a proposta do estudo e encaminhado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para os maiores de idade e aos pais dos voluntários menores de idade, informando sobre os objetivos da pesquisa e esclarecendo todos os procedimentos a serem adotados. Foi garantido aos alunos o direito de não participarem ou a possibilidade de renúncia em qualquer momento da pesquisa. Os dados dos voluntários que participaram da amostra serão mantidos em total sigilo. As avaliações físicas e o teste de flexibilidade foram realizados no turno matutino, sem que os indivíduos tivessem praticado qualquer tipo de exercício físico antes da análise. Foi usada uma balança portátil digital da marca Plenna, com aproximação de valores às 100g para determinar a massa corporal total usando o mínimo de roupa possível na hora da aferição; a estatura foi determinada por um estadiômetro de parede marca Wiso com a cabeça alinhada no plano de Frankfurt, com aproximação de valores aos 0,1 cm; os valores de massa corporal total e estatura foram utilizados para o cálculo do IMC (índice de massa corporal) 4 ; as dobras cutâneas foram mensuradas com um adipômetro da marca Lange com aproximação de valores de 1 mm; um paquímetro da marca Cardiomed, modelo WCS foi usado para medir o diâmetro ósseo, com aproximação de valores de 0,1 cm; e uma fita antropométrica da
6 marca Sanny para mensurar as circunferências corporais com aproximação de valores de 0,1 cm. Para a determinação da composição corporal da amostra, com os menores de 18 anos foi usada a equação de predição de Slaughter et al.(1988) 5 e para os maiores de 18 anos a equação de predição de Jackson & Pollock (1978) 5, e todos os resultados foram inseridos no software de avaliação física Gallileu 3.0 para determinar a composição corporal. Para avaliar a flexibilidade foi aplicado o teste adimensional Flexiteste completo de Araújo (2005). Para tratamento dos dados foram utilizadas medidas de tendência central (média) e dispersão (desvio padrão), teste t de Student para verificar se há alguma diferença significativa entre as variáveis e teste de correlação de Pearson para medir o grau de correlação entre duas variáveis de escala métrica nos resultados da amostra geral e na divisão por sexo 7. Foi usado o software Microsoft Excel e o nível de significância adotado foi de p 0,05. RESULTADOS e DISCUSSÃO A Tabela 1 mostra os dados das variáveis idade, peso, estatura, IMC, percentual de gordura, massa muscular e Flexíndice em média e desvio-padrão (±) caracterizando a amostra (n = 32). O Flexíndice é a soma de todos os resultados das notas dadas a cada articulação avaliada. Tabela 1. Características descritivas da amostra (n= 32). Dados expressos em média e (±) desvio padrão. Idade (anos) Peso (kg) Estatura (cm) IMC (kg.m 2 ) MG (kg) PG (%) MM (kg) PMM (%) Flexíndice 16,3 ± 1,1 57,4 ± 9,6 167,9 ± 8,7 20,3 ± 2,5 12,0 ±4,1 21,1 ±6,9 22,3 ±5,2 38,8 ±5,3 48 ±7,2 IMC= índice de massa corporal, MG= Massa Gorda, PG= percentual de gordura, MM= Massa Muscular, PMM= percentual de massa muscular. A Tabela 2 apresenta os resultados por sexo para análise de estatística descritiva dos resultados das variáveis mensuradas da amostra em média e desvio-padrão (±). Em suas médias, não apresentaram diferenças significativas as variáveis idade, estatura, IMC (p 0,05). A massa corporal mostrou-se significativamente maior nos adolescentes do sexo masculino do que nas do sexo feminino (p= 0,0004). A massa gorda em demonstrou-se maior no sexo feminino comparado com o masculino (p 0,044), em percentil não. A massa muscular não demonstrou diferença significativa alguma entre os sexos, mas em percentil houve diferença significativa maior para o sexo masculino (p
7 0,001). O nível de flexibilidade nas adolescentes do sexo feminino apresentou-se significativamente maior do que os do sexo masculino (p= 0,007). Tabela 2. Comparação da Massa Corporal (kg), estatura (cm), IMC (kg.m 2 ), percentual de gordura (%), massa muscular (kg) e Flexíndice entre Homens (n=15) e Mulheres (n=17). Dados expressos em média e (±) desvio padrão. Homens Mulheres Idade (anos) 16,4 ± 1,1 16,2 ± 1,1 Massa Corporal (kg) 63,5 ± 9* 52 ± 6,5 Estatura (cm) 174,5 ± 6,9 158,1 ± 5,5 IMC (kg.m 2 ) 20,5 ± 2,5 19,8 ± 2,2 MG (kg) PG (%) MM (kg) PMM (%) 10,4 ± 4,5 16,3 ± 5,9 26,7 ± 4,4 41,8 ± 5,6* 13,3 ± 3,4* 25,5 ± 4,1 18,8 ± 2,5 36,2 ± 3,3 Flexíndice 44,5 ± 5,5 51,1 ± 7,3* IMC= índice de massa corporal, MG= massa gorda, PG= percentual de gordura, MM= massa muscular, PPM= percentual de massa muscular, * = diferença significativa p 0,05. O IMC da amostra foi classificado na tabela nutricional de Frisancho (1990), OMS (1995) e Sisvan (2004) 6, como eutrofia (boa nutrição), dentro de uma normalidade. O IMC trabalha numa relação de massa corporal e estatura 6, representa um procedimento extremamente prático para avaliar a questão do sobrepeso, é considerado rudimentar pela sua forma de indicar obesidade 5. Na comparação entre sexos, pela pouca diferença entre as médias, ambos também foram classificados dentro da normalidade como eutrofia. A média da amostra em relação ao percentual de gordura foi classificada segundo a tabela do Bristish Journal of Nutrition (1990) 6,10 como adequado para o sexo masculino e moderadamente alto para o sexo feminino. Nesta análise de prevalência maior do percentual de gordura do sexo feminino, está de acordo com estudos que propõe a tendência de acúmulo maior de gordura corporal no sexo feminino (GUEDES & GUEDES, 1997; MOREIRA E SARDINHA apud BODAS et. al, 2006). A maior massa muscular no sexo masculino corrobora com estudos de vários autores (COSTA, 2001; GUEDES & GUEDES, 1997; NACIF & VIEBIG, 2007; QUEIROGA,
8 2005; WEINECK, 2005), que relacionam esta diferença a fatores biológicos de desenvolvimento maturacional do sexo masculino tendendo a desenvolver mais a massa muscular. A prevalência de um maior nível de flexibilidade por parte do sexo feminino corrobora com as idéias de OKANO apud BODAS (2006), que atribui esta diferença a fatores anatômicos, assim como à maior aceitabilidade por parte das moças em atividades nas quais os movimentos que solicitam esta capacidade são enfatizados. A Tabela 3 expõe as correlações entre a idade, estatura, massa corporal, IMC, massa gorda, percentual de gordura, massa muscular e percentual de massa muscular com o Flexíndice de toda a amostra. Valores de ρ (coeficiente de correlação de Pearson) entre 0 e 0,30 expõe uma correlação fraca, valores de ρ entre 0,31 e 0,70 expõe uma correlação moderada e valores de ρ acima de 0,70 expõe uma correlação forte (p 0,05). Os valores positivos detêm uma correlação proporcional entre a variável e o nível de flexibilidade, e valores negativos detém uma correlação inversamente proporcional. Tabela 3. Correlação entre idade, estatura, IMC (kg.m 2 ), massa gorda (kg), percentual de gordura (%), massa muscular (kg), percentual de massa muscular (kg) com o Flexíndice (n= 32). Flexíndice Idade -0,14 Estatura -0,29 Massa Corporal (kg) -0,48 IMC (kg.m 2 ) -0,39 PG (%) 0,25 MM (kg) -0,48 IMC= índice de massa corporal, PG= percentual de gordura, MM = massa muscular, ρ = coeficiente de correlação de Pearson. ρ A Tabela 4 mostra a correlação das variáveis idade, estatura, massa corporal, IMC, massa gorda, percentual de gordura, massa muscular e percentual de massa muscular com o Flexíndice analisada por sexo. De maneira geral, as correlações das variáveis referentes ao sexo feminino mostraram-se fracas (ρ = 0 a 0,30 positivo ou negativo). As correlações das variáveis idade, massa corporal e massa muscular referentes ao sexo masculino apresentaram-se moderadas, inversamente proporcionais. A estatura e o percentual de gordura mostraram fraca correlação. O IMC correlacionou
9 de forma forte (ρ 0,70), inversamente proporcional no sexo masculino, onde à medida que o IMC vai aumentando o nível de flexibilidade declina. Tabela 4. Correlação entre IMC (kg.m 2) ), percentual de gordura (%), massa muscular (kg) e Flexíndice entre Homens (n=15) e Mulheres (n=17). Homens Flexíndice ρ Mulheres Flexíndice Idade -0,37 0,07 Estatura 0,15 0,03 Massa Corporal (kg) -0,64 0,02 IMC (kg.m 2 ) -0,77 0,01 MG (kg) -0,32-0,07 PG (%) -0,13-0,11 MM (kg) -0,58 0,11 PMM (%) -0,03 0,13 IMC= índice de massa corporal, PG= percentual de gordura, MM = massa muscular. ρ = coeficiente de correlação de Pearson. ρ Comparado aos achados de KRAVITZ citado por MINATO et al. (2010), a correlação da flexibilidade com idade e estatura revelou-se não haver significância na amplitude de movimentos quanto a estas duas características. Analisada por sexo, a idade dos homens correlacionou-se moderadamente, inversamente proporcional com a flexibilidade, diminuindo com o passar dos anos. ARAÚJO (2005) descreve outro estudo nesta relação da estatura com a flexibilidade, usando diversas técnicas, sendo unânime a ausência de correlação significativa entre essas duas variáveis. Na relação com o IMC, CONTE et al. (2000), analisaram a influência da composição corporal obtida somente pelo cálculo do IMC sobre a aptidão física de 56 jovens estudantes de Sorocaba/SP, chegando a conclusão de que o IMC não interferiu na qualidade física da flexibilidade, sendo empregado somente o teste de sentar e alcançar que fornece meramente a amplitude de uma articulação. Corroborando com os mesmos resultados do presente estudo quanto ao IMC do sexo feminino com uma correlação fraca, MINATO et. al (2010), comparando a massa corporal, estatura, índice de massa corporal e flexibilidade com a idade cronológica e a
10 maturação sexual em 2604 meninas de 8 a 17 anos, verificou uma baixa correlação do IMC com o nível de flexibilidade da região lombar. Em um estudo parecido BODAS et. al (2006), não encontraram significância alguma nesta relação da influência da composição corporal sobre o nível de flexibilidade, em uma amostra de 92 crianças e adolescentes, aplicando somente o teste sentar e alcançar, avaliando unicamente a articulação do quadril. Podemos ter uma limitação de flexão do tronco, puramente mecânica, por excesso de gordura abdominal ou, simplesmente, pela presença de quadro gestacional avançado. Em indivíduos extremamente obesos, estudiosos do assunto relacionam o excesso de gordura corporal na limitação da amplitude articular 1, 5, 6, 8, 10, 11, 15, 16. Em certos movimentos do cotidiano, a gordura localizada pode dificultar esta mobilidade, principalmente na região do abdômen, onde estudos expõem o surgimento de dores a nível lombar pelo excesso de peso e encurtamento dos músculos desta região 1, 2, 15,16. Assim, o percentual de gordura com o nível flexibilidade pouco se relacionaram nesta amostra, não apresentando qualquer resultado significativo para se apoiar com estas idéias. Assim como o excesso de gordura corporal, a massa muscular pode ser um fator limitante ao nível de flexibilidade do indivíduo. WEINECK (2005), a massa muscular hipertrofiada ao extremo, leva a uma restrição da flexibilidade, puramente mecânica. SILVA et. al (2009), um estudo de pré e pós-teste, expuseram a influência de um treinamento de força muscular, que interferiu positivamente no nível de flexibilidade da articulação do quadril. Nem sempre o excesso de massa muscular leva com freqüência a uma restrição da flexibilidade, por exemplo, os ginastas, com excepcional musculatura desenvolvida e extraordinária flexibilidade 1. As variáveis da composição corporal comportaram-se de maneira geral de pouca a moderada sua correlação com nível de flexibilidade da amostra. Pelo pequeno número da amostra é difícil poder caracterizar esta população, mas é fato que o nível de flexibilidade global das mulheres é maior se comparado com o dos homens. Embora a influência de tantos outros fatores sobre a flexibilidade não tenha sido apontada, é sensato refletir que a inatividade física provoca excesso de peso e corrobora para a atrofia muscular. Uma boa flexibilidade não depende somente da composição corporal do indivíduo, sua caracterização é multifatorial 15, podendo a aptidão física não mensurada neste influenciar diretamente nesse componente 1, 2, 6, 8, 10, 11.
11 CONCLUSÃO As correlações das variáveis da composição corporal não se mostraram tão atuantes nesta correlação com o nível de flexibilidade da presente amostra. Refletindo sobre o IMC masculino ter uma forte correlação com o nível de flexibilidade, um componente somente da composição corporal tende a não influenciar de maneira significativa, mas a união em si de todos pode demonstrar uma correlação forte, pois a caracterização da flexibilidade do indivíduo é multifatorial, podendo a gordura depositada nas articulações e o acentuado desenvolvimento de massa muscular prejudicar a mobilidade articular. REFERÊNCIAS 1. ARAÚJO, Claudio Gil Soares de, 1956 Flexiteste: um método completo para avaliar a flexibilidade. Tradução: Cláudio Gil Soares de Araujo e Carlos André Oighenstein. Barueri, SP: Manole, BARBANTI, Valdir José. Teoria e prática do treinamento Esportivo. 2. Ed. São Paulo: Edgar Blücher, BODAS, Ana Rita et. al. Influência da idade e da composição corporal na resistência, flexibilidade e força em crianças e jovens. Fit Perf J. Rio de Janeiro, v. 5, n. 3, p Maio/Junho CONTE, Marcelo et al.. Influência da massa corporal sobre a aptidão física em adolescentes: estudo a partir de escolares do ensino fundamental e médio de Sorocaba/SP. Rev. Bras. Med. Esporte Vol. 6, nº 2 Mar/Abr, COSTA, Roberto Fernandes. Composição Corporal: Teoria e Prática da Avaliação. Barueri SP. Manole, GUEDES, Dartagnan Pinto; GUEDES, Joana Elisabete R. Pinto. Crescimento, Composição Corporal e Desempenho Motor de Crianças e Adolescentes. São Pulo: CLR Balieiro, 1997.
12 7. LEVIN, Jack. Estatística aplicada a ciências humanas. Tradução: Sérgio Francisco Costa. 2ª Ed. São Paulo: Harba, MARINS, João C. Bouzas; GIANNICHI, Ronaldo Sérgio. Avaliação & Prescrição de Atividade Física: guia prático. 3ª edição. Rio de Janeiro: Editora Shape, MINATO, Giseli et al.. Idade, maturação sexual, variáveis antropométrica e composição corporal: influências na flexibilidade. Rev. Bras. Cin. Des. Hum., 12 (3): , NACIF, Marcia; VIEBIG, Renata Furlan. Avaliação antropométrica nos ciclos da vida uma visão prática. São Paulo: Ed. Metha, QUEIROGA, Marcos Roberto. Testes e medidas para avaliação da aptidão física relacionada à saúde em adultos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, SABA, Fabio. Mexa-se: atividade física, saúde e bem-estar. São Paulo: Takano, SILVA, José Antônio et. al. Medidas e Avaliação. Montes Calores: CGB Artes Gráficas, SILVA, Pedro Henrique et. al. Influência do Treinamento de Força Muscular na Flexibilidade de Aluno de uma Academia de Ginástica de Muriaé MG. Rev. Inspirar. Vol. 1, n Novembro/Dezembro, VOIGT, Lú. A prática da flexibilidade Rio de Janeiro: Sprint, WEINECK, Jürgen. Biologia do esporte. 7ª Ed. Barueri: Editora Manole, 2005.
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