A PEC 241/2016 e a Saúde

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1 Marcos Mendes Assessor Especial do Ministro da 10 de novembro de 2016

2 2 Por que a PEC 241 será benéfica para a saúde A saúde não é beneficiária do atual modelo de forte expansão dos gastos públicos Vinculação do piso da saúde à receita foi feita na hora errada Recuperação da economia é essencial para o setor da saúde A volta do realismo no orçamento vai fortalecer a saúde Há argumentos incorretos sendo usados por aqueles que dizem que a saúde vai perder Recursos têm que ser para saúde, e não para política industrial. 2

3 3 A PEC 241 e o Novo Regime Fiscal Expansão das despesas primárias da União nos próximos 20 anos não pode ser superior à inflação No décimo ano Presidente da República pode propor ao Congresso alteração da taxa de correção do limite Limite individual para: Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública Realismo orçamentário: fim dos orçamentos inchados 3

4 A Saúde na PEC 241 Não há teto específico para despesa com saúde. O teto é para o global das despesas do Poder Executivo Piso mínimo para Saúde e Educação. Pela regra constitucional atual, esse gasto mínimo seria de 13,7% da Receita Corrente Líquida, R$ 104 bilhões. Com a PEC 241, o gasto mínimo sobe para R$ 114 bilhões, equivalente a 15% da Receita Corrente Líquida. Aumento do gasto mínimo de R$ 10 bilhões em A partir de 2018 o gasto mínimo com saúde deixará de ser corrigido pela RCL e passará a ser corrigido pelo IPCA. A regra vale para 10 anos, repactuando-se o ritmo de crescimento da despesa no 10º ano. A PEC só se aplica aos gastos do Governo Federal. Não atinge os gastos financiados com recursos de Estados e Municípios. 4 4

5 5 Saúde não é beneficiária do modelo atual Participação dos Principais Itens de Despesa Primária na Despesa da União: ,8 Benefícios Previdenciários (RGPS e RPPS) Benefícios Assistenciais 8,8 5,9 48,3 Pessoal Ativo (exceto saúde e educação) Saúde 8,7 10,4 Educação Outras Fonte: SIAFI- Sistema Siga Brasil. Elaborado pelo autor. 5

6 Educação Assistência Social Abono e Seguro-Desemprego Benefícios Previdenciários Saúde Despesas Primárias Totais A PEC 241/2016 e a Saúde Saúde não se saiu bem no atual marco legal e orçamentário 6 299,4% Crescimento real das despesas entre 2004 e ,0% 171,5% 74,6% 65,3% 102,4% Fontes: SIGA Brasil Relatório de Gestão do FAT Resultado do Tesouro Nacional 6

7 7 Receita e Despesa do Governo Central: taxas anuais de crescimento (%) Discriminação Variação % Constantes RECEITA TOTAL 6,8 2,4-0,9-4,0 RECEITA LÍQUIDA RECORRENTE 6,3 2,8 1,0-2,0 DESPESA TOTAL 6,5 5,6 6,5-0,8 PIB 3,2 2,2 0,1-3,8 Fonte: MF/STN; BCB. Elaboração FGV/IBRE 7

8 RCL (regra atual) vs. IPCA (proposta da PEC 241) 8 8

9 9 A saúde na PEC 241 R$ bilhões sem PEC 2017 com PEC Empenhado Limite Mínimo Fontes: STN e PLOA

10 Se a crise fiscal não for resolvida, a despesa vai cair 10 Gastos públicos per capita em Saúde na Argentina e no Chile 2004/2014 (em US$ PPC de 2011) Argentina Chile Fonte: Banco Mundial Fonte: Valor Econômico 10

11 A PEC 241/2016 e a Saúde Crise econômica também afeta saúde privada 11 Variação do número de Beneficiários de Planos Privados de Saúde no Brasil: 2001 a setembro de 2016 (em milhares) * Até setembro Fonte: ANS/MS *Beneficiário: pessoa natural, titular ou dependente, que possui direitos e deveres definidos em legislação e em contrato assinado com operadora de plano privado de assistência à saúde. 11

12 Realismo orçamentário 12 PEC acaba com orçamento irreal e espaço para grupos de pressão introduzirem novos gastos: reais prioridades sociais ganham força. Reforma da previdência abre espaço fiscal para saúde, uma prioridade óbvia, dado o envelhecimento da população. 12

13 Comparações que não fazem sentido: olhar para o passado 13 1) Se a PEC tivesse sido aplicada a partir do ano 2000: a Saúde teria perdido com a vinculação do gasto mínimo pela inflação. o A situação fiscal era melhor e o ajuste teria sido mais suave. o Entre janeiro de 2005 e dezembro de 2008 houve um crescimento excepcional das receitas da União, da ordem de 8,9% ao ano. Esse crescimento foi mais que o dobro do crescimento do PIB e foi uma situação atípica, que não voltará a acontecer. o Outras despesas teriam sido controladas, abrindo espaço para a Saúde. o A economia teria crescido mais e hoje teríamos mais receita e mais recursos para a Saúde. 13

14 14 Comparações que não fazem sentido: projetar o futuro em bases irreais 2) Projetando para o futuro, há perdas para a saúde. o Não faz sentido fazer projeções para o futuro em cenário sem a aprovação da PEC usando estimativas otimistas para a receita e para a inflação. o Sem a PEC, a receita seria baixa e a inflação alta. 14

15 Como as hipóteses determinam os resultados 15 Crescimento da receita acima da inflação SEM A PEC RCL (R$ bi) COM A PEC Crescimento da receita acima da inflação RCL (R$ bi) Diferença de RCL (R$ bi) ,0% 758 1,0% ,0% 766 1,5% ,0% 773 1,5% ,0% 781 2,0% ,0% 789 2,0% ,5% 801 2,5% ,5% 813 2,5% ,5% 825 3,0% ,5% 837 3,0%

16 Projeções realistas 16 CENÁRIO 1 Baixo crescimento da receita na opção sem PEC CENÁRIO 2 Cenário 1 + não pagamento de R$ 6 bilhões ano (acúmulo de restos a pagar) CENÁRIO 3 Cenário 2 + aumento do espaço fiscal para a saúde em R$ 2 bilhões por ano ano a partir de 2022 Sem PEC Com PEC Diferença Acumulada Sem PEC Com PEC Diferença Acumulada Sem PEC Com PEC Diferença Diferença Diferença Diferença Acumulada

17 set/00 mar/01 set/01 mar/02 set/02 mar/03 set/03 mar/04 set/04 mar/05 set/05 mar/06 set/06 mar/07 set/07 mar/08 set/08 mar/09 set/09 mar/10 set/10 mar/11 set/11 mar/12 set/12 mar/13 set/13 mar/14 set/14 mar/15 set/15 mar/16 A PEC 241/2016 e a Saúde Argumento que não se sustenta IPCA da Saúde NÃO é maior que o IPCA geral. o Nos últimos 16 anos, até agosto/16, o IPCA geral acumulou 184,99% enquanto o IPCA- Saúde e Cuidados Pessoais variou 184,22% IPCA x IPCA - Saúde e Cuidados Pessoais média móvel de 12 meses IPCA IPCA- Saúde e Cuidados Pessoais Fonte: IBGE 17

18 Recursos da Saúde devem ser usados para política industrial? 18 o o Decreto 7.713/2012 margem de preferência para 126 medicamentos Grupo Qtde medicamentos Tipo de produto Margem Grupo 1 10 Medicamentos nacionais que utilizem em sua formulação fármacos importados 8% Grupo 2 34 Medicamentos nacionais que utilizem em sua formulação fármacos nacionais 20% Grupo 3 34 Fármacos nacionais 20% Grupo 4 4 Insumos farmacêuticos não ativos (adjuvantes) nacionais 20% Grupo 5 22 Medicamentos nacionais que utilizem em sua formulação biofármacos com produção tecnológica integrada no país 20% + 5% Grupo 6 22 Biofármacos com produção tecnológica integrada no país 20% + 5% Decreto 7.767/2012 margem de preferência para 77 equipamentos de uso em saúde Grupo Qtde itens Tipo de produto Margem Anexo I 7 Materiais de uso em saúde (catéteres, válvulas cardíacas, implantes cocleares, dialisadores, enxertos e preenchimentos fabricados com biomateriais) 25% Anexo I 4 Materiais de uso em saúde (bombas centrífugas descartáveis, coils para aneurisma, grampeadores lineares cortantes, endopróteses vasculares - enxertos e stents) 20% Anexo I 15 Materiais de uso em saúde (bolsas de sangue e colostomia, preservativos, luvas cirúrgicas e de procedimentos, equipos - para bomba, soro e sangue, agulhas hipodérmicas, seringas) 15% Anexo I 2 Materiais de uso em saúde (campos cirúrgicos descartáveis, paramentação cirúrgica descartável) 8% Anexo II 12 Anexo II 15 Anexo II 15 Anexo II 7 Equipamentos de uso em saúde (monitores de gases sanguíneos, aparelhos de anestesia, marcapassos, cardiodesfibriladores, tomógrafos, angiógrafos, máquinas de hemodiálise) Equipamentos de uso em saúde (glicosímetros, holters, monitores multiparamétricos e de ECG, máquinas de circulação extracorpórea, ventiladores pulmonares e de transporte, raios-x) Equipamentos de uso em saúde (eletrocardiógrafos, colonoscópios, eletroencefalógrafos. Oxímetros de pulso, bombas de infusão, bisturis elétricos, incubadoras infantis, autoclaves) Equipamentos de uso em saúde (mesas cirúrgicas, cadeiras de rodas - para banho, sem mecanismos de propulsão e motorizadas, cadeiras odontológicas, camas hospitalares) 25% 20% 15% 8% 18

19 Recursos da Saúde devem ser usados para política industrial? 19 Compras com Margem de Preferência Total de Processos de Compras por Órgão Pregão Eletrônico 2016* Valor (em R$ milhões) das Compras por Órgão Pregão Eletrônico 2016* Fonte: CompraNet/MPDG Painel de Compras Governo Federal. *Valores para 2016 até setembro. 19

20 Recursos da Saúde devem ser usados para política industrial? Hemobras: Gastos com a Hemobrás da criação, em 2004, até 2014: R$ Aportes do TN: 20 Fontes: Relatório de Administração de 2014 Hemobrás Relatório de Gestão 2009 a 2013 Hemobrás 20

21 Conclusão 21 é necessário que se façam medidas de contenção de gastos públicos para que esses possam ser priorizados e reorientados, e a PEC 241 poderá ser um dos caminhos para resolver esse problema. Afinal de contas, sem retomar o crescimento não serão gerados os recursos públicos para financiar políticas de saúde sustentáveis e equitativas. André Cezar Medici Fonte: Monitor de Saúde André Cezar Médici 21

22 22 Obrigado 22

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