RELATÓRIO E CONTAS. 30 de Abril de 2013

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1 I N S T I T U T O P O R T U G U Ê S D E O N C O L O G I A D E C O I M B R A F R A N C I S C O G E N T I L, E P E RELATÓRIO E CONTAS de Abril de 2013

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3 RELATÓRIO E CONTAS HOSPITAL EPE SUMÁRIO SUMÁRIO... 3 BREVE APRESENTAÇÃO... 4 MENSAGEM DO PRESIDENTE... 5 GOVERNO DA ENTIDADE... 9 GOVERNAÇÃO CLÍNICA RELATÓRIO DE GESTÃO PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO

4 BREVE APRESENTAÇÃO O IPO de Coimbra é uma Instituição com meio século de história, tendo sido criado em Coimbra como um centro anticancerígeno em 1962 e autonomizandose em relação ao IPO de Lisboa em Situado na parte alta da cidade ocupa uma área de m 2 e é constituído por 5 blocos ligados entre si. Com uma lotação de cerca de 236 camas, na qual se inclui o Hotel para Doentes, estrutura inovadora no panorama da prestação de cuidados de saúde em Portugal, cobre uma população estimada em dois milhões e meio de habitantes. Em termos jurídicos a Instituição reveste a forma de Entidade Pública Empresarial (EPE), por transformação da entidade IPOFG - Centro Regional de Oncologia de Coimbra, SA que revestia a forma de sociedade anónima. Esta transformação produziu efeitos em 31 de dezembro de 2005, com a publicação do Decreto-Lei nº 233/2005 de 29 de dezembro. O IPO de Coimbra é uma unidade hospitalar moderna que tem por missão desenvolver ações nos domínios da prestação de cuidados de saúde, da prevenção primária e secundária, da investigação, da formação e ensino oncológicos, do rastreio oncológico, do registo oncológico e da colaboração na definição e acompanhamento de execução da política oncológica nacional, constituindo-se como uma Instituição de referência para os cidadãos que serve e para os serviços de saúde. Os valores que sempre serviram de linha de orientação à atividade desenvolvida por esta Instituição, estão consubstanciados nas necessidades individuais de saúde do cidadão, perspetivando o acesso em tempo útil aos cuidados de saúde, a promoção da saúde das populações, a melhoria contínua da qualidade dos cuidados, a modernização e humanização dos serviços, bem como a promoção da qualificação profissional, técnica e científica dos seus colaboradores. O IPO de Coimbra integra a plataforma A da Rede de Referenciação Hospitalar de Oncologia, o que lhe atribui responsabilidades de topo no diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas em toda a Região Centro. 4

5 MENSAGEM DO PRESIDENTE Em 2012 o IPO de Coimbra teve um dos exercícios económicos mais difíceis e mais exigentes do seu meio século de história. A redução significativa dos recursos postos à disposição da Região Centro, quando comparada com a média da redução nacional, elevaram o nível de exigência de gestão a patamares nunca antes atingidos tendo em conta que os compromissos de qualidade, universalidade e equidade foram mantidos intactos. E os resultados, uma vez mais, estão à vista: cumprimento integral do contrato programa (100%), Prazo Médio de Pagamento a fornecedores de 31 dias (e ponderado de 43,2 dias), EBITDA de 3,2 M, cumprimento integral da Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso, elevado grau de satisfação dos utilizadores em todas as linhas de serviço. As responsabilidades de um Instituto de Oncologia enquanto Centro Compreensivo de Cancro, integrado numa estrutura de âmbito nacional, não se circunscrevem à Região Centro e às Unidades Hospitalares que a integram e para as quais constitui Instituição de referência em oncologia. Enquanto parte integrante da rede nacional de Institutos de Oncologia, juntamente com Lisboa e Porto, as responsabilidades do IPO de Coimbra jogam-se também no plano da definição nacional de guidelines de diagnóstico e tratamento como instrumentos de equidade e efetividade clínica, na obtenção de ganhos de eficiência pelo efeito da normalização, não só de bens e serviços, mas também dos formulários hospitalares de medicamentos e de normas de orientação clínica, nas vantagens competitivas resultantes do efeito escala e finalmente, no contributo para a definição de uma política de saúde em oncologia integradora, orientada para os resultados, promotora de equidade, de efetividade e de eficiência na utilização dos recursos e que constitui um referencial para o qual, as unidades hospitalares, que possuam a oncologia na sua carteira de serviços, devem evoluir. Neste domínio das responsabilidades nacionais, foram dados passos muito significativos em 2012 em matéria de definição de normas de orientação clínica, comuns aos três Centros de Oncologia, na promoção de reuniões regulares das Comissões de Farmácia e Terapêutica, na aquisição conjunta de bens através da constituição de Agrupamento de Entidades Adjudicantes, figura prevista no Código dos Contratos Públicos e que os Institutos de Oncologia terão sido as primeiras Instituições a utilizar e, finalmente, no reforço do papel da Comissão Coordenadora dos IPO s para a definição das políticas de saúde em oncologia. O Ministério da Saúde foi sensível aos argumentos dos Institutos de Oncologia e, particularmente, aos que o IPO de Coimbra teve oportunidade de desenvolver no seu Relatório e Contas de 2011, no sentido de que o modelo de financiamento da oncologia revelava preocupantes sinais de desajustamento face à realidade da 5

6 prática clínica, chegando mesmo a gerar incentivos contraditórios com o desenvolvimento que se pretende imprimir à prestação de cuidados. Estamos a referir-nos à insensibilidade do atual modelo de financiamento para o crescimento exponencial dos custos com as terapêuticas oncológicas em ambulatório que, de algum modo, terá estado na origem de uma linha de financiamento experimental de 4 patologias oncológicas (mama, colo do útero, cólon e recto) baseada no conceito de preço compreensivo ou global e que se designou genericamente por financiamento por "doente a cargo". Este modelo, tem subjacente um estudo conduzido pela DGS (através do Diretor do Plano Oncológico Nacional) e pela ACSS, no qual participaram os Institutos de Oncologia de Lisboa, Porto e Coimbra alargado, numa segunda fase, aos Hospitais Centrais Universitários. A vantagem teórica deste modelo, assente num preço compreensivo, é a de que transfere para a Instituição a responsabilidade pelo financiamento integral do tratamento do doente durante o período de tempo "contratado", ultrapassando assim os constrangimentos resultantes do pagamento das linhas de produção ao longo das quais o doente é tratado. Mas o modelo pressupõe igualmente uma transferência do risco uma vez que todos os cuidados de que o doente necessite, dentro ou fora da instituição, relacionados ou não com a doença oncológica, estão incluídos no envelope financeiro contratado. Um modelo deste tipo para ser bem sucedido e, por conseguinte, replicado, supõe: Uma análise de custos rigorosa; Critérios claros e clinicamente fundamentados, de inclusão e exclusão dos doentes; Normas de orientação clínica que garantam uniformidade dos processos de diagnóstico, estadiamento e tratamento da doença; Auditorias clínicas e de gestão que assegurem o escrupuloso cumprimento das regras. Os trabalhos preparatórios que envolveram a definição da metodologia de trabalho, os critérios para o custeio, a dimensão da amostra, foram levados a cabo com os três Institutos de Oncologia. Os resultados a que se chegou quando começaram a efetuar-se as primeiras comparações entre os IPO s foram de uma enorme consistência, quer no que respeita à forma como os doentes de cada uma das 4 patologias eram tratados, quer nos custos associados a esses mesmos tratamentos. Esta consistência resulta do facto de o modelo de organização da prestação de cuidados, assente na multidisciplinaridade e em critérios de efetividade clínica, ser partilhado pelas 3 Instituições e por isso foi relativamente simples estabilizar o modelo o suficiente para o testar em ambiente mais alargado, envolvendo os Hospitais Universitários. No entanto a entrada dos Hospitais no estudo pôs em evidência uma enorme discrepância dos resultados destas Instituições, quando comparados com os dos Institutos e, mais preocupante, uma total inconsistência dos resultados a que cada uma delas chegou o que, descontando o viés introduzido pela fragilidade 6

7 dos sistemas de informação, revela uma preocupante dispersão na forma como cada uma aborda o diagnóstico e o tratamento das mesmas patologias. Isto não envolve qualquer juízo de valor relativamente aos Hospitais Gerais. É antes a constatação de que a oncologia não é o "core" da sua atividade, mas apenas mais uma valência na carteira de serviços. O que acontece é que a eficácia, segurança e replicabilidade dos resultados e a eficiência na utilização de recursos em oncologia não pode ser assegurada sem um modelo de gestão da doença assente na multidisciplinaridade da decisão clínica presente no processo diagnóstico, na definição das terapêuticas e na avaliação dos resultados. Este modelo é o que esta inscrito no código genético dos Institutos de Oncologia e é este modelo que terá que ser replicado nas Unidades de saúde que pretendam ser acreditadas para deter a oncologia no seu portfólio de serviços. Concluído o estudo e definidos os pressupostos da sua implementação, restava aguardar pela decisão relativamente aos preços que iriam ser definidos. Tratavase claramente de uma decisão da exclusiva competência do Ministério da Saúde, comprimida pela reconhecida escassez de recursos disponíveis, razão pela qual jamais foi abordada nas reuniões com as Instituições participantes no estudo. Significa isto que os preços que vieram a ser definidos, situando-se muito abaixo dos custos, nunca poderiam ter sido fixados por acordo com as entidades participantes. E desta forma, uma boa ideia, ousada e inovadora - a definição de um modelo alternativo de financiamento que olha para o doente de uma forma integrada e não para a segmentação das linhas de tratamento da sua doença - arrisca-se a falhar ao incentivar, perversamente, as barreiras à entrada de doentes no modelo por claro subfinanciamento de cada uma das patologias. Por vezes, as oportunidades de reforma pressionadas pela escassez de recursos, têm maior probabilidade de sucesso uma vez que congregam um consenso mais amplo sobre a necessidade de reformar. Ninguém tem ilusões de que não serão disponibilizados mais recursos para a oncologia em Portugal. Pelo contrário, o volume de recursos terá que ser menor e o sistema terá que lidar com uma crescente pressão para o aumento dos gastos, venha da indústria farmacêutica ou das tecnologias de saúde. Mas isso não significa que o valor do dinheiro disponível não possa aumentar. Basta para tal: Orientar a sua distribuição por critérios de racionalidade económica, de eficácia e de efetividade clínica, com um mapeamento rigoroso de todos os requisitos que as organizações de saúde terão que cumprir para deter a oncologia na sua carteira de serviços; Definir uma estratégia de rede integrada e coerente de prestadores que se articulam entre si e garantem uma prática clínica harmonizada e promotora de equidade no acesso e de eficiência e racionalidade nas decisões de investimento; Um sistema de auditorias externas que garantam o cumprimento rigoroso das regras do jogo. 7

8 O Ministério da Saúde tem na mão um poderoso instrumento para a regulação do sub-sistema "oncologia" no sentido da normalização da prática clínica, da eficiência na utilização dos recursos e da reprodutibilidade dos resultados. Esse instrumento é uma rede nacional de Institutos de Oncologia, verdadeiros centros compreensivos de cancro, autónomos mas perfeitamente articulados entre si e que poderá apoiar o Ministério da Saúde na definição da política de saúde em oncologia, na operacionalização da estratégia e na avaliação dos seus resultados, acrescentando valor, para a sociedade no seu todo, a cada unidade monetária despendida na luta contra o cancro em Portugal. Dr. Manuel António L. Silva 8

9 GOVERNO DA ENTIDADE 9

10 PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO I. MISSÃO, OBJETIVOS E POLÍTICAS DA EMPRESA A missão do IPO de Coimbra está bem expressa no artigo 5º do seu Regulamento Interno:...desenvolver ações nos domínios da prestação de cuidados de saúde, da prevenção primária e secundária, da investigação, da formação e ensino oncológicos, do rastreio oncológico, do registo oncológico e da colaboração na definição e acompanhamento de execução da política oncológica nacional, constituindo-se como uma instituição de referência para os cidadãos que serve e para os serviços de saúde. Esta Instituição responde preferencialmente às necessidades de saúde da população da área de influência da Administração Regional de Saúde do Centro, no entanto, respeita a liberdade de escolha dos cidadãos, satisfazendo a procura de cuidados de saúde a nível nacional nas áreas de prestação em que é especializada. A prossecução da missão do IPO de Coimbra é fortemente alicerçada em valores que há muito fazem parte do património ético desta Instituição, consubstanciados nas necessidades individuais de saúde do cidadão, perspetivando o acesso em tempo útil aos cuidados de saúde, a promoção da saúde das populações, a melhoria contínua da qualidade dos cuidados e modernização e humanização dos serviços, bem como a promoção da qualificação profissional, técnica e científica dos seus colaboradores. Porque o IPO de Coimbra entende ser um dos pilares no combate à doença oncológica, articula-se com os Institutos de Oncologia de Lisboa e Porto, através da Comissão Coordenadora do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, que integra o grupo técnico de acompanhamento da política de saúde oncológica e do Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas. No que diz respeito à definição dos objetivos organizacionais e ao seu cumprimento, importa referir que a área da atuação desta Instituição é o sector da saúde, caracterizado pela dificuldade de planeamento rigoroso da atividade, já que esta depende de uma procura de cuidados de saúde com elevado grau de aleatoriedade. Esta característica de imponderabilidade é mais intensa numa área tão específica, e em constante mutação, como é a oncologia, e assim, a aferição do cumprimento dos objetivos medidos no indicador que de facto é importante, a saúde das populações, é de difícil execução. É permanente o esforço institucional em conseguir ajustar uma estrutura pesada em termos de recursos, como a de um hospital diferenciado como o IPO de Coimbra, às exigências expressas pela comunidade que serve. 10

11 No entanto, com a passagem em dezembro de 2002 do IPO de Coimbra para o Sector Empresarial do Estado, e com o consequente reforço dos mecanismos de contratualização no sector público da saúde, esta Instituição começou, de forma mais consistente e clara, a ver definidos os seus objetivos de produção, qualidade e económico-financeiros, e assim poder medir o grau de cumprimento dos mesmos. O documento que estabelece estes objetivos tem o horizonte temporal de um ano e denomina-se Contrato Programa, sendo assinado pelo Ministério da Saúde e IPO de Coimbra. Assim, desde 2003 que o IPO de Coimbra tem como instrumento anual orientador da sua atividade um Contrato Programa. Realizando uma retrospetiva dos últimos anos, pode afirmar-se com segurança que foram cumpridos todos os objetivos major de cada contrato. As metas de produção e qualidade definidas têm sido globalmente atingidas, os resultados têm sido francamente positivos, e a certificação legal das contas levada a cabo pelo Fiscal Único tem sido emitida sem quaisquer reservas. II. REGULAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS A QUE A ENTIDADE ESTÁ SUJEITA Por força do Decreto-Lei n.º 233/2005 de 29 de Dezembro, o IPO de Coimbra reveste a natureza de Entidade Pública Empresarial (EPE), e como refere este diploma legal no n.º 2, do Artigo 5º, do Capítulo II...os hospitais EPE regem-se pelo regime jurídico aplicável às entidades públicas empresariais, com as especificidades previstas no presente decreto-lei e seus Estatutos constantes dos anexos I e II, bem como nos respetivos regulamentos internos e nas normas em vigor para o Serviço Nacional de Saúde que não contrariem as normas aqui previstas. O IPO de Coimbra é uma pessoa coletiva de direito público de natureza empresarial, dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, regendo-se nos termos da Legislação aplicável ao Sector Empresarial do Estado 1. O Hospital rege-se ainda pelos seus Estatutos (patentes no Decreto-Lei nº 233/2005, alterado e republicado pelo decreto-lei n.º 244/2012, de 9 de Novembro), bem como pelo normativo em vigor para o Serviço Nacional de Saúde, em particular a Lei de Bases da Saúde aprovada pela Lei n.º 48/90, de 24 de Agosto, com as alterações introduzidas pela Lei n.º27/2002, de 8 de Novembro. Os Estatutos definem a orgânica ao nível dos órgãos sociais (conselho de administração e o órgão de fiscalização); o auditor interno e demais 1 Decreto-Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto- Lei nº 300/2007, de 23 de Agosto. 11

12 comissões, bem como as respetivas competências e as obrigações ao nível de avaliação, controlo e prestação de contas. Além deste enquadramento legal externo, o IPO de Coimbra desenvolveu internamente alguns documentos orientadores da sua atividade. De seguida é feita referência aos regulamentos considerados mais relevantes, com uma sumária descrição dos seus principais objetivos: - Regulamento Interno É o documento orientador na organização e funcionamento do IPO de Coimbra por excelência. Com a passagem da Instituição para o estatuto de entidade pública empresarial, houve necessidade de elaborar um novo regulamento interno que espelhasse esta nova realidade. A publicação do Decreto-Lei n.º 244/2012, de 9 de Novembro, introduziu alterações ao Decreto -Lei n.º 233/2005, de 29 de Dezembro, estabelecendo o artigo 7º que os respetivos regulamentos internos deverão ser adaptados e submetidos a homologação do membro do Governo responsável pela área da saúde. Nesta data, o IPO de Coimbra já adaptou o seu regulamento interno e submeteu o mesmo à homologação; - Regime de Recrutamento e Seleção Assume-se como o instrumento orientador nos procedimentos de recrutamento e seleção dos recursos humanos correspondendo às exigências contidas no artigo 14º do Decreto-Lei n.º 233/2005, de 29 de Dezembro; - Regulamento de aquisição ou locação de bens, serviços e empreitadas de obras Pretende estabelecer as normas relativas aos procedimentos prévios à contratação para a aquisição de bens e serviços e de empreitadas de obras com o objetivo de cumprimento dos princípios gerais da concorrência, transparência e boa gestão, bem como a fundamentação das decisões a tomar nesta matéria; - Regulamento da Comissão de Ética Contém as normas que definem a natureza, constituição, competência e funcionamento da Comissão de Ética, destinada a zelar pela observância de padrões de ética no exercício das ciências médicas na prestação de cuidados de saúde e no exercício profissional dos respetivos funcionários e agentes; - Regulamento de Incentivos ao Desempenho Documento que contém o enquadramento normativo, legal e regulamentar, que dá suporte ao processo de contratualização interna, definindo os critérios e pressupostos de atribuição de incentivos/prémios ao desempenho, como alavanca para a elevação dos níveis de eficiência e qualidade através do envolvimento e implicação dos profissionais nos objetivos estratégicos; - Outros Regulamentos: Regulamento Post Mortem; Regulamento de Assistência Espiritual e Religiosa; Regulamento do Gabinete do Utente (incluindo os Procedimentos respeitantes às reclamações, sugestões e elogios); Procedimentos para a apresentação de reclamação dos colaboradores; 12

13 - Código de Ética Documento que enuncia o compromisso ético do IPO de Coimbra, nas vertentes organizacional e funcional perante o Estado, entidades reguladoras, utentes, colaboradores, voluntários, fornecedores, bem como perante a comunidade social em geral e o meio ambiente. Constitui igualmente um referencial ético a que devem corresponder as atitudes e comportamentos dos titulares dos órgãos de administração, dos dirigentes e demais colaboradores. III. INFORMAÇÃO SOBRE AS TRANSACÇÕES RELEVANTES COM ENTIDADES RELACIONADAS O IPO de Coimbra sempre considerou os Centros de Saúde e Hospitais, preferencialmente os da sua área de influência, como parceiros estratégicos no combate à doença oncológica. Nesse sentido, assumindo a sua posição de liderança na Plataforma A na Rede de Referenciação Hospitalar de Oncologia, assegura um fluxo contínuo de informação sobre os protocolos de diagnóstico e estadiamento das várias patologias que trata, bem como a carteira de serviços que pode disponibilizar a outras Instituições de Saúde. Em resultado do avultado investimento realizado no Serviço de Radioterapia que ampliou a capacidade técnica e produtiva, o IPO de Coimbra, em articulação com a Administração Regional de Saúde do Centro, firmou o acordo de assegurar para toda a Região Centro os tratamentos de radioterapia que correspondam às necessidades das populações. Eixo estratégico no relacionamento externo do IPO de Coimbra é a sua integração na Comissão Coordenadora do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil conjuntamente com os centros de Lisboa e Porto. Como unidades de referência na área oncológica, será necessário oferecer a quem nos procura o que há de melhor e o que de melhor se faz a nível de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento, de modo a que cada vez mais sejamos encarados como centros de excelência. Nesse sentido o IPO de Coimbra sempre apoiou: - Desenvolvimento de estratégias comuns do ponto de vista do estudo, diagnóstico e terapêutica, com a criação de Protocolos; - Discussão sobre a necessidade de criação de Grupos de Patologias ou de Patologias Estratégicas, com vista a uma maior concentração de esforços no investimento tecnológico e humano nessas áreas; - Desenvolvimento e implementação de uma Rede de Indicadores Oncológicos; - Negociação conjunta de bens e serviços, fortalecendo desta forma a posição negocial. III - a) OBRIGAÇÕES DE SERVIÇO PÚBLICO As obrigações de serviço público são inerentes ao próprio posicionamento do hospital, à sua articulação com a rede de cuidados de saúde, especificamente a 13

14 rede de referenciação oncológica, e à sua integração no Serviço Nacional de Saúde. O Serviço Nacional de Saúde envolve todos os cuidados integrados de saúde, compreendendo a promoção e vigilância da saúde, a prevenção da doença, o diagnóstico e tratamento dos doentes e a reabilitação médica e social. Tem como objetivo a efetivação, por parte do Estado, da responsabilidade que lhe cabe na protecção da saúde individual e colectiva 2 O enquadramento subjacente às obrigações de serviço público decorre do disposto no artigo 64º da Constituição da República Portuguesa e da Lei de bases da Saúde. Ao nível da organização, assume relevância o Estatuto do Serviço Nacional de Saúde que assenta na incessante preocupação de propiciar aos utentes cuidados compreensivos e de elevada qualidade, a ver definidos os seus objetivos de produção, qualidade e económico-financeiros, e assim poder medir o grau de cumprimento dos mesmos. O documento que estabelece estes objectivos tem o horizonte temporal de um ano e denomina-se Contrato Programa, sendo assinado pelo Ministério da Saúde e IPO de Coimbra. Assim, desde 2003 que o IPO de Coimbra tem como instrumento anual orientador da sua atividade um Contrato Programa. Realizando uma retrospetiva dos últimos cinco anos, podemos afirmar com segurança que foram cumpridos todos os objetivos major de cada contrato. As metas de produção e qualidade definidas têm sido globalmente atingidas e os resultados económico-financeiros têm sido francamente positivos reflectindo-se numa elevada capacidade de solver os compromissos. III - b) TERMOS CONTRATUAIS DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO Com a aprovação do regime de gestão hospitalar (Lei nº 27/2002, de 8 de Novembro), introduziram-se modificações profundas na Lei de Bases da Saúde, definindo-se um novo modelo de gestão hospitalar aplicável aos estabelecimentos hospitalares que integram a Rede de Prestação de Cuidados de Saúde dando-se assim expressão institucional a modelos de gestão de tipo empresarial (EPE). Nestes termos, passou-se para um modelo de prestação de serviço público do tipo contratual, em que é definido à priori, em sede de contrato-programa, as condições em que o mesmo é prestado e o volume de atividade e preços associados aos serviços de saúde, abrangendo este contrato todos os cidadãos residentes em Portugal desde que não tenham um subsistema de saúde, abrangendo assim a maioria da população representando 97 a 99% do total. No modelo de remuneração dos serviços prestados há que referir que em 2010 os subsistemas públicos de saúde (ADSE, IASFA e SAD PSP e GNR) passaram a integrar o Contrato Programa, sendo que no seu conjunto representam cerca de 16% do total dos cuidados de saúde prestados. A Portaria de facturação passou a 2 In Portal da Saúde 14

15 aplicar-se apenas aos subsistemas privados e a serviços prestados a terceiras entidades não referidas anteriormente. A alteração das relações financeiras entre o SNS e os subsistemas públicos de saúde da ADSE, regulado pelo Decreto-Lei n.º 118/83, de 25 de fevereiro, da SAD da GNR e PSP regulado pelo Decreto-Lei n.º 158/2005, de 20 de setembro, e da ADM das Forças Armadas regulado pelo Decreto-Lei n.º 167/2005, de 23 de setembro abrangem a prestação própria dos estabelecimentos e serviços do SNS que dava origem a facturação entre o Hospital e os subsistemas, passando os encargos a serem suportados directamente pelo Orçamento de Estado e não pelas Instituições a que os beneficiários estavam vinculados. III - c) FINANCIAMENTO DO SERVIÇO PÚBLICO A contratualização assenta num acordo entre três partes envolvidas, a designar: Administração Central do Sistema de Saúde, IP; A Administração Regional de Saúde do Centro, IP e o Hospital. Ao contrato está subjacente um envelope financeiro associado à atividade assistencial com definição de objetivos e responsabilidade quanto à sua prestação, traduzindo-se num modelo de financiamento do tipo contratual. Quanto à produção hospitalar são estabelecidas metas de produção e respetivos preços por linha de atividade e que no caso do IPO de Coimbra compreende as seguintes: - Consulta Externa (1 as consultas e seguintes); - Internamento (GDH s Cirúrgicos e GDH s Médicos); - Ambulatório (GDH s Cirúrgicos e GDH s Médicos); - Hotel de Doentes. Associado à atividade hospitalar está prevista uma verba para a formação de internos, para medicamentos cedidos em ambulatório e também incentivos institucionais que dependem do cumprimento de objetivos previamente definidos. Estão ainda previstos diversos Programas Verticais específicos que englobam a assistência médica no estrangeiro e as ajudas técnicas. Do valor contratualizado, o hospital recebe mensalmente a título de adiantamento pelos serviços prestados um duodécimo do valor global do contrato sendo o acerto feito no momento em que se encerra o ciclo de faturação anual. IV. INFORMAÇÃO SOBRE OUTRAS TRANSACÇÕES IV - a) PROCEDIMENTOS ADOPTADOS EM MATÉRIA DE AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS Com a entrada em vigor do Decreto-Lei 18/2008, de 29 de Janeiro, foi aprovado o novo regime de contratação pública definida no Código dos Contratos Públicos 15

16 (CCP). O Código estipula que À contratação pública são especialmente aplicáveis os princípios de transparência, da igualdade e da concorrência. Como entidade adjudicante definida na alínea a) do n.º 1 do artigo 2º do CCP, anexo ao Decreto-Lei n.º18/2008, de 29 de Janeiro, e até à entrada em vigor do Decreto-Lei nº. 149/2012, de 12 de Julho, o IPO de Coimbra, enquanto hospital EPE não estava abrangido pela aplicação da Parte II do CCP em valores que se situassem abaixo dos limiares comunitários. A alteração do quadro legal, aplicável apenas aos procedimentos iniciados após a entrada em vigor do Decreto-Lei nº. 149/2012, não teve grande impacto em 2012, porquanto a maioria dos procedimentos tinham sido iniciados no período anterior. Assim, o IPO de Coimbra continuou a reger-se em 2012, em termos de procedimentos, até aos limiares comunitários, pelo seu Regulamento Interno de Aquisições e, a partir daqueles valores, pela aplicação integral do CCP. A formalização dos procedimentos tenderá gradualmente para a sua desmaterialização, passando a ter como suporte a utilização da plataforma electrónica, ferramenta já em uso, nas adjudicações acima dos referidos limiares comunitários. Neste sentido, todo o universo das transações em matéria de aquisição de bens e serviços, realizando-se ao abrigo do seu regulamento, estão perfeitamente enquadradas num espírito de verdadeira transparência que deve caracterizar a atuação das instituições de cariz público. IV - b) UNIVERSO DAS TRANSACÇÕES QUE NÃO TENHA OCORRIDO EM CONDIÇÕES DE MERCADO As transações que ocorreram em condições excepcionais são as referentes às aquisições de materiais, por ajuste directo, ao abrigo da protecção de direitos exclusivos, de acordo com a alínea e) do número 1 do artigo 24º do CCP, anexo ao Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro. Em 2012 os ajustes directos com base no regulamento antedito totalizaram o montante de IV - c) LISTA DE FORNECEDORES QUE REPRESENTEM MAIS DE 5% DOS FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS ACIMA DE 1 MILHÃO DE EUROS. Dos fornecimentos e serviços externos em 2012, não houve qualquer fornecedor responsável por fornecimentos, na rubrica de fornecimentos e serviços externos, superiores a 1 milhão de euros. 16

17 V. MODELO DE GOVERNO V - a) ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS São órgãos estatutários do IPO de Coimbra: a) Conselho de Administração; b) Fiscal Único. c) Conselho Consultivo 3. O Conselho de Administração é o órgão de administração do IPO de Coimbra, que exerce todos os poderes de gestão que não estejam reservados a outros órgãos. O Fiscal Único é o órgão de fiscalização, responsável pelo controlo da legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira e patrimonial do IPO de Coimbra. O Conselho Consultivo é o órgão de consulta que acompanha a atividade do IPO de Coimbra, aprecia os planos de atividade, e emite recomendações, tendo em vista o melhor funcionamento dos serviços. São órgãos de apoio técnico de carácter consultivo: d) A comissão de ética; e) A comissão da qualidade e segurança do doente; f) A comissão de controlo da infecção hospitalar; g) A comissão de farmácia e terapêutica; h) A comissão de higiene, segurança e saúde no trabalho; i) A comissão médica; j) A comissão de enfermagem; k) A direcção do internato médico; l) O gestor do risco clínico; m) O gestor do risco geral; n) O gabinete da qualidade e comunicação; o) O gabinete coordenador da formação; p) O conselho científico; q) O gabinete coordenador da investigação; r) Unidade hospitalar de gestão de inscritos para cirurgia; s) Equipa de gestão de altas. 3 Não está constituído. 17

18 A auditoria interna é um serviço, dirigido pelo auditor interno, a quem compete a avaliação dos processos de controlo interno e de gestão de riscos, nos domínios contabilístico, financeiro, operacional, informático e de recursos humanos, contribuindo para o seu aperfeiçoamento contínuo. A designação, competências e atividade do auditor interno regem-se pelo disposto no artigo 17.º dos Estatutos. V - b) ESTRUTURA ORGANIZACIONAL A estrutura organizacional que vigorou durante o ano de 2012 é a que está representada no organograma da página seguinte. Assenta numa tipologia organizacional tripartida em Serviços de Prestação de Cuidados, Serviços de Suporte à Prestação de Cuidados e Serviços de Gestão e Logística. As principais características encontram-se na área correspondente aos Serviços de Prestação de Cuidados, onde emerge uma estrutura departamental que envolve a totalidade dos serviços existentes. Os quatro Departamentos do IPO de Coimbra, agregando diversos serviços ou tecnologias complementares entre si, visam proporcionar uma resposta multidisciplinar, flexível e integrada às exigências da prestação de cuidados e à prossecução de objetivos comuns. Um dos princípios subjacentes a esta fórmula organizacional é o da contratualização interna. Para suporte à execução dos objetivos departamentais estipulados, a cada um corresponde um nível intermédio de gestão. Esta estrutura tem como função central, no âmbito da estratégia institucional definida pelo Conselho de Administração, auxiliar a direção do departamento no cumprimento das metas assistenciais definidas. O referido apoio traduz-se num contínuo de informação respeitante aos recursos utilizados, bem como aos resultados de produção conseguidos. Como parte integrante do quadro de funções desta estrutura estão ainda o papel de interface com os diversos serviços de suporte à prestação de cuidados e de gestão e logística, bem como o de assumir a responsabilidade de ser o interlocutor central entre o Departamento e o Órgão de Gestão. 18

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20 V - c) COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS: Nos termos do art.º 6º dos Estatutos anexos ao DL. N.º 233/05, de 29/12, alterado pelo D.L. n.º 244/2012 de 9/11, o Conselho de Administração dos Hospitais EPE, é composto por 1 Presidente e um máximo de 4 Vogais. Cargo Identificação Eleição Mandato Conselho de Administração Presidente Vogal Vogal Executivo Vogal Diretora Clínica Vogal Enfermeira Diretora Dr. Manuel António L. Silva Dr. Carlos Manuel Gregório dos Santos Dra. Paula Cristina S.Dias Sanches Pinto Alves Enf.ª Maria Soledade Correia Neves Despacho n.º 8321/2012, de 21 de junho 2012/ Presidente Vogal Vogal Executivo Vogal Diretor Clínico Vogal Enfermeira Diretora Dr. Manuel António L. Silva Dr. Carlos Manuel Gregório dos Santos Dr. José Francisco Carvalho Eufrásio Enf.ª Maria Soledade Correia Neves Despacho n.º 10445/2009, de 22 de abril 2009/ Fiscal Único Efetivo Suplente Cravo, Fortes, Antão & Associados, SROC n.º 87. Representado por: Dr. Avelino Azevedo Antão, ROC n.º 589 Carlos Teixeira, Noé Gomes & Associados, SROC n.º 28. Representada por: Dr. Carlos Manuel Duarte Teixeira, ROC n.º 541 Despacho MEF n.º 1212/2012 de 27de Julho 2012/2014 V - d) FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES: As funções e responsabilidades dos membros do Conselho de Administração estão descritas nos artigos 8º a 10º dos Estatutos, alterados e republicados pelo DL n.º244/2012, de 9 de Novembro, estando igualmente replicados no Regulamento Interno. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente Manuel António Leitão Silva Compete ao presidente do conselho de administração: - Coordenar a atividade do conselho de administração e dirigir as respetivas reuniões; - Garantir a correta execução das deliberações do conselho de administração; 4 Este mandato foi iniciado a 15 de junho de Este mandato prolongou-se até 14 de junho de

21 - Submeter a aprovação ou autorização dos membros do Governo competentes todos os actos que delas careçam; - Representar o IPO de Coimbra em juízo e fora dele e em convenção arbitral, podendo designar mandatários para o efeito constituídos; - Exercer as competências que lhe sejam delegadas. Vogal Vogal Executivo Carlos Manuel Gregório dos Santos - Exercer as competências que lhe sejam delegadas pelo Conselho de Administração e substituir o presidente nas suas ausências e impedimentos. Vogal Diretora Clínica Paula Cristina Silva Dias Sanches Pinto - À direção clínica compete a direção de produção clínica do IPO de Coimbra, que compreende a coordenação da assistência prestada aos doentes e a qualidade, correção e prontidão dos cuidados de saúde prestados. Vogal Enfermeira Directora Maria Soledade Correia Neves - Compete à enfermeira diretora a coordenação técnica da atividade de enfermagem do hospital, velando pela sua qualidade. FISCAL ÚNICO (ARTIGO 15º DOS ESTATUTOS) O fiscal único tem as competências, os poderes e os deveres estabelecidos na Lei e nos Estatutos. Ao fiscal único compete, especialmente: a) Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem de suporte; b) Dar parecer sobre o relatório de gestão do exercício e certificar as contas; O fiscal único é o órgão responsável pelo controlo da legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira e patrimonial do IPO de Coimbra; c) Acompanhar com regularidade a gestão através de balancetes e mapas demonstrativos da execução orçamental; d) Manter o conselho de administração informado sobre os resultados das verificações e dos exames a que proceda; e) Propor a realização de auditorias externas, quando tal se mostre necessário ou conveniente; f) Pronunciar-se sobre qualquer outro assunto em matéria de gestão económica e financeira que seja submetido à sua consideração pelo conselho de administração; g) Dar parecer sobre a aquisição, arrendamento, alienação e oneração de bens imóveis; h) Dar parecer sobre a realização de investimentos e a contração de empréstimos; 21

22 i) Elaborar relatórios da sua ação fiscalizadora, incluindo um relatório anual global; j) Pronunciar-se sobre assuntos que lhe sejam submetidos pelo conselho de administração, pelo Tribunal de Contas e pelas entidades que integram o controlo estratégico do sistema de controlo interno da administração financeira do Estado; k) Verificar se os critérios valorimétricos adoptados pelo IPO de Coimbra conduzem a uma correta avaliação do património e dos resultados. V - e) ESTATUTO REMUNERATÓRIO FIXADO: Até Março de 2012 as remunerações foram calculadas nos termos da Resolução de Conselho de Ministros n.º 29/89 de 26/08, Despacho Conjunto n.º 914/03, de 01/09, publicado no DR n.º 216, II Série de 18/09 (que classifica o IPO de Coimbra como Hospital do Grupo A, Nível 1) e Despacho Conjunto n.º 351/06 de 31/03/06, publicado no DR n.º 81, II Série de 26/04/2006. O valor das despesas de representação foram calculadas com base no valor padrão (2.812,16 ), fixado para o ano de 2002 (Despacho n.º 8035/02 - publicado no DR n.º 92, II Série de 19/04). A partir do mês de abril de 2012, as remunerações foram calculadas nos termos do Novo Estatuto do Gestor Público (EGP) decorrente do Decreto-Lei n.º 8/2012, de 18 de janeiro, Resolução do Conselho de Ministros n.º 16/2012, 14 de fevereiro, Resolução do Conselho de Ministros n.º 18/2012, de 21 de fevereiro, Resolução do Conselho de Ministros n.º 36/2012, de 26 de março e da atribuição da Classificação B (85%) estabelecida na Resolução de Conselho de Ministros n.º 97/2012 de 11 novembro. Mandato Conselho Administração Presidente: Remuneração: 5.722,74 x 85% (% do valor padrão) = 4.864,33 Nos termos do n.º 21 da RCM n.º 16/2012 e do n.º 3 da RCM n.º 36/2012, o valor da remuneração do presidente manteve-se em 4.752,55. O presidente optou pelo vencimento da categoria de origem (Chefe de Serviço da Carreira Especial Médica) que corresponde: Remuneração base de 5.664,36, 14 vezes por ano; Despesas de representação de 1.663,39, 12 vezes por ano, correspondentes a 35% da remuneração de 4.752,55. Vogais: Remuneração: 5.722,74 x 68% (% do valor padrão) = 3.891,47 ; Despesas de representação: 3891,47 x 40 % = 1.556,59. Fiscal Único: O Despacho do Secretário de Estado do Tesouro e Finanças n.º 1212/12, de 27 de julho, nomeou os fiscais únicos e determinou a remuneração anual ilíquida, passando a corresponder ao limite máximo de 22,5% da quantia correspondente a 12 meses do vencimento mensal ilíquido atribuído, nos termos legais, ao presidente do conselho de administração do IPO de Coimbra, sem prejuízo do previsto no n.º1 do artigo 12º da Lei n.º12-a/2010, de 30 de junho, no artigo 19º da Lei n.º55-a/2010, de 31 de dezembro, e das reduções futuras que vierem a ser legalmente definidas. 22

23 Mandato Presidente: Remuneração: 2.812,16 x130% (%do valor padrão) x 1,30 (Grau complexidade) = 4.752,55 * Despesas de representação: 4.752,55 x 35 % = 1.663,39 Vogais: Remuneração: 2.812,16 x 115% (% do valor padrão) x 1,30 (Grau complexidade) = 4.204,18 ; Despesas de representação: 4.204,18 x 30 % = 1.261,25. Fiscal Único: Fixado pelo Despacho do SETF n.º 10652/2009, de 09 de abril, publicado no DR, II Série de remuneração anual ilíquida será a constante do contrato de prestação de serviços a celebrar entre o conselho de administração do IPO de Coimbra e o respetivo fiscal único, com o limite máximo equivalente a 25% da quantia correspondente a 12 meses do vencimento base mensal ilíquido atribuído, nos termos legais, ao presidente do conselho de administração, tendo sido ajustado o valor em função do artigo 22º da Lei n.º55-a/2011. Sobre os valores apresentados deverão ser aplicados os seguintes cortes salariais atualmente em vigor: - Artigo 12.º, da Lei n.º 12-A/2010, de 30 de junho (redução de 5% nos vencimentos dos gestores públicos); - Artigo 19.º, da Lei n.º 55-A/2010, 31/12, mantida em vigor pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro (OE 2012). Aplica-se integralmente à remuneração e às despesas de representação; - Suspensão de subsídio de férias e de natal ao abrigo do OE 2012; - A partir de Abril de 2012 passou-se a aplicar 5% de redução sobre as despesas de representação de todos os gestores públicos, baseado no Despacho nº 2132/2012, de 02 de outubro, do Senhor Secretário de Estado da Saúde, artº 12º da Lei nº 12-A/2010, de 30 de junho, e Resolução do Conselho de Ministros nº 36/2012, de 26 de março (em vigor desde 01/04/2012). VI. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS EM 2012 A informação referente à remuneração dos membros dos órgãos sociais encontra-se detalhada no quadro seguinte e é referente ao exercício económico de 2012: 23

24 Presidente Manuel A.L. Silva Vogal Carlos M. G. Santos Vogal José F. C. Eufrásio Vogal Paula Cristina S. D. S. Pinto Alves Vogal M. Soledade C. Neves Mandato I / II I / II I - a) II - b) I / II Adaptado ao EGP (Sim/Não) Sim Sim Sim Sim Sim Remuneração Total ( ) , , , , ,25 OPRLO Sim Não Não Não Não Entidade de Origem (identificar) IPOCFG, EPE IPOCFG, EPE IPOCFG, EPE IPOCFG, EPE IPOCFG, EPE Entidade pagadora (origem/destino) IPOCFG, EPE IPOCFG, EPE IPOCFG, EPE IPOCFG, EPE IPOCFG, EPE 1.1.Remuneração Anual , , , , , Despesas de Representação (Anual) , , , , , Senha de presença (Valor Anual) 0,00 0,00 0,00 0,00 0, Redução decorrente da Lei 12-A/ , , , , , Redução decorrente da Lei 64-B/ , , , , , Suspensão do pagamento dos subsidios de férias e natal , , , , , Reduções de anos anteriores 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1. Remuneração Anual Efetiva Líquida ( ) , , , , ,25 2. Remuneração variável 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3.Isenção de Horário de Trabalho (IHT) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4.Outras (identificar) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Subsídio de deslocação 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Subsídio de refeição 918,05 930,86 439,81 491,05 943,67 Encargos com benefícios sociais Regime de Proteção Social (ADSE/Seg.Social/Outros) 7.326, , , , ,54 Seguros de saúde 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Seguros de vida 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Seguro de Acidentes Pessoais 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Outros (indicar) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Acumulação de Funções de Gestão (S/N) Não Não Não Sim Não Faculdade Medicina Entidade (identificar) Coimbra Remuneração Anual 0,00 0,00 0, ,98 0,00 * Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável a) O mandato do Vogal José F. C. Eufrásio terminou a 14 de Junho de b) O mandato da Vogal Paula Cristina S. D. S. Pinto Alves iniciou a 15 de Junho de Parque Automóvel Presidente Manuel A.L. Silva Vogal Carlos M. G. Santos Vogal José F. C. Eufrásio Vogal Paula Cristina S. D. S. Pinto Alves Vogal M. Soledade C. Neves Mandato I / II I / II I - a) II - b) I / II Modalidade de Utilização Veículo Operacional / Afeto-Serviço Veículo Operacional / Afeto-Serviço Veículo Operacional / Afeto-Serviço Veículo Operacional / Afeto-Serviço Veículo Operacional / Afeto-Serviço Valor de referência da viatura nova , Ano Inicio Ano Termo N.º prestações (se aplicável) Valor Residual 7.175,00 716,00 0,00 0,00 498,00 Valor de renda/prestação anual da viatura de serviço 5.146, ,26 0,00 0, ,18 Combustível gasto com a viatura 4.375, ,84 664,22 561, ,47 Plafond anual Combustivel atribuído 4.990, , , , ,77 Outros (Portagens / Reparações / Seguro) 3.953, , ,27 369, ,64 Limite definido conforme Art.º 33 do EGP (Sim/Não) Sim Sim Sim Sim Sim Outras regalias e compensações Presidente Manuel A.L. Silva Vogal Carlos M. G. Santos Vogal José F. C. Eufrásio Vogal Paula Cristina S. D. S. Pinto Alves Vogal M. Soledade C. Neves Mandato I / II I / II I - a) II - b) I / II Plafond mensal atribuido em comunicações móveis 75,00 75,00 75,00 75,00 75,00 Gastos anuais com comunicações móveis 201,48 365,22 422,57 462,29 409,13 Outras (indicar) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Limite definido conforme Art.º 32 do EGP (Sim/Não) Sim Sim Sim Sim Sim 24

25 Gastos c/ deslocações Presidente Manuel A.L. Silva Vogal Carlos M. G. Santos Vogal José F. C. Eufrásio Vogal Paula Cristina S. D. S. Pinto Alves Vogal M. Soledade C. Neves Mandato I / II I / II I - a) II - b) I / II Custo total anual c/ viagens 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Custos anuais com Alojamento 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Ajudas de custo 91,60 0,00 0,00 0,00 0,00 Outras (indicar) * Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável a) O mandato do Vogal José F. C. Eufrásio terminou a 14 de Junho de b) O mandato da Vogal Paula Cristina S. D. S. Pinto Alves iniciou a 15 de Junho de Fiscal Único Unid: em (valores sem IVA) Fiscal Único a) 2012 b) Remuneração anual auferida , , ,34 Redução remuneratória* 1.283, ,24 900,76 Remuneração anual efetiva , , ,58 * Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável a) Remuneração do período 1/1/2012 a 26/7/2012 b) Remuneração do período 27/7/2012 a 31/12/2012 VII. ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA NOS DOMÍNIOS ECONÓMICOS, SOCIAL E AMBIENTAL À análise da sustentabilidade está subjacente que a fruição/utilização dos recursos pela sociedade, satisfação das necessidades presentes, não coloca em causa o futuro das gerações vindouras, sendo fundamental que cumpra quatro requisitos básicos: ecologicamente correto; economicamente viável; socialmente justo e culturalmente aceite. VII - a) ECOLOGICAMENTE CORRETO O IPO de Coimbra, instituição de saúde da plataforma A da Rede de Referenciação Hospitalar de Oncologia, tecnologicamente avançada, dotada de um parque de equipamentos altamente diferenciado com utilização de fontes de radiações ionizantes, manuseamento e administração de produtos químicos de elevado grau de complexidade e com um grande volume de resíduos resultantes da atividade, tem por imposição legal e por dever próprio de se relacionar adequadamente com o meio envolvente. Cumpre nos diferentes domínios a legislação vigente e procura de forma sistemática a adopção das melhores práticas. Respeito integral pelo disposto no Decreto-Lei n.º180/2002 no que às radiações respeita; para o tratamento de efluentes radioativos possui tanques decantadores nos quais se processa o decaimento radiométrico, não sendo possível a injeção direta na rede de esgotos de efluentes eventualmente contaminados; todos os resíduos são devidamente separados, recolhidos em recipientes próprios e armazenados, onde a política dos três R s impera (reduzir, reutilizar e reciclar), conceitos vastamente integrados e culturalmente aceites por todos os colaboradores institucionais, 25

26 sendo os registos e transporte dos mesmos realizado por entidades externas credenciadas que operam nesta área. Para tal existe um conjunto de políticas internas que determinam procedimentos e atribuem responsabilidades nos diversos domínios, encontrando-se constituídas e nomeadas diversas comissões de peritos que monitorizam e prestam informações no âmbito das suas competências às diversas entidades envolvidas, designadamente: Política de Segurança e Proteção Radiológica; Manual de Gestão Integrada de Resíduos do IPO de Coimbra; Gestão do Risco (nas suas diversas vertentes: geral, clínico, incêndio, ); Planos de Emergência Interna (Plano de Prevenção contra Incêndios e Plano de Emergência e Evacuação) e Externa (Riscos de Catástrofe); Eliminação de documentos; Política de Higiene e Segurança. Em 2011 regista-se o primeiro ano de pleno funcionamento do Ecocentro do IPO de Coimbra, estrutura com compartimentação de áreas destinadas às diversas tipologias de resíduos, consumíveis, pesagens e registos. O Ecocentro representa, inquestionavelmente, um salto qualitativo muito importante em matéria de gestão de resíduos da instituição, já que promove as condições de higiene e segurança para todos os intervenientes no processo intra e extra hospitalar. O IPO de Coimbra é assim uma unidade hospitalar que desenvolve a política de gestão integrada dos resíduos que produz procurando conciliar os mais elevados critérios de segurança para doentes e colaboradores com soluções que, ecologicamente, se revelem mais favoráveis à sustentabilidade ambiental. VII - b) ECONOMICAMENTE VIÁVEL Desde o início do processo de empresarialização que o IPO de Coimbra tem vindo a reforçar a sua situação líquida o que se evidencia pelo sucessivo aumento dos fundos próprios e que assenta essencialmente no facto dos resultados de exploração serem sistematicamente positivos. A situação e estrutura patrimonial refletem um equilíbrio de curto, de médio e longo prazos na gestão dos recursos existindo uma forte capacidade de investimento através do auto-financiamento, mas também apresentando uma solvabilidade francamente positiva que é reveladora da capacidade de solver compromissos no futuro, reduzindo assim o risco das operações com credores. Enquanto entidade jurídica possui como órgão estatutário a figura do Fiscal Único, órgão de fiscalização, responsável pelo controlo da legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira e patrimonial da empresa (Art.º 8º do regulamento interno), entidade externa com competência para proceder anualmente à Certificação Legal de Contas. 26

27 VII - c) SOCIALMENTE JUSTO Dispõe o artigo 4º do regulamento interno como objecto principal a prestação de cuidados de saúde em Oncologia. Neste sentido, é garantido a todos os cidadãos a igualdade de acesso e a equidade no tratamento. São ainda empreendidas acções e disponibilizados equipamentos que se pretende constituam atenuantes de um estado per si de maior fragilidade, tais como: Hotel de doentes, local de pernoita para doentes que se encontram a realizar tratamentos de radioterapia em regime ambulatório; assistentes sociais que apoiam os utentes nas suas dificuldades e preocupações, procurando as soluções mais pertinentes para cada caso; psicóloga clínica; apoio espiritual e religioso às diversas confissões, existindo uma bolsa de contacto que será utilizada a pedido do utente e de acordo com as suas convicções; dispõe ainda de uma bolsa interna de tradutores que permite a ultrapassar as barreiras linguísticas num mundo cada vez mais global; Gabinete de Apoio ao Utente onde é possível apresentar não só reclamações mas também sugestões e elogios; serviço de cafetaria apoiado por um grupo de voluntários que diariamente distribuem de forma gratuita pequenos-almoços (colaboração da Liga Portuguesa Contra o Cancro NRC). De destacar ainda a preocupação sistemática de procura pela melhoria das condições de atendimento e bem-estar dos doentes, encontrando-se em projectos de curto prazo: reformulação dos processos de atendimento, através da implementação de um sistema de gestão de filas de espera; renovação de toda a área cirúrgica internamento e blocos operatórios, conferindo maior conforto e dignidade no atendimento dos utentes. Também a garantia de promoção da igualdade de oportunidades, de respeito pelos direitos humanos e de não discriminação: procedimentos aplicáveis em matéria de recrutamento e selecção de pessoal, aquisições e serviços, bem como o respeito pela diversidade de assistência espiritual e religiosa, a avaliação de riscos psicossociais no trabalho e promoção de boas condições físico-ambientais e psicossociais de trabalho, avaliação e planeamento de acções de melhoria, no âmbito da saúde ocupacional, designadamente na vigilância e prevenção da doença, vacinação e acidentes de trabalho, ergonomia postura, levantamento e manuseamento de cargas ou procedendo à avaliação ergonómica de postos de trabalho. VII - d) CULTURALMENTE ACEITE A MARCA IPO O IPO de Coimbra assume-se como uma instituição de referência quer no domínio da Oncologia como entidade de idoneidade inquestionável quer ainda pela humanidade dos recursos que coloca ao serviço da população. Normalmente retratado como uma instituição dotada de um alto sentido de humanismo, bem patente nos resultados obtidos nos estudos realizados por entidades externas no âmbito do Projecto de Avaliação da Qualidade Apercebida e Satisfação do Utente/Cliente dos Hospitais EPE, desenvolvido pela Administração Central do Sistemas de Saúde, IP em parceria com o Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação da Universidade Nova de Lisboa. 27

28 Este inquérito foi o quarto (2003, 2005, 2008 e 2009), tem por objetivo, no caso do IPO de Coimbra, a avaliação das dimensões do seu atendimento hospitalar Internamento, Consultas Externa e, pela primeira vez em 2009, Cirurgia de Ambulatório, tendo conseguido em qualquer delas um óptimo resultado, tendo aumentado o score em 2009 relativamente ao ano anterior. Como resultado obteve no Internamento 91,5 (90,9 em 2008), valor mais elevado no Ranking de Satisfação para o conjunto dos Hospitais EPE da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC). Quanto às Consultas Externas, e com um score de 88,6 (88,2 em 2008), o Ranking de Satisfação coloca o IPO de Coimbra na primeira posição quando comparado com os pares EPE s e igualmente em primeiro se alargarmos o universo aos Hospitais SPA, no âmbito da ARSC. Pela primeira vez em 2009 foi alvo de atenção a Cirurgia de Ambulatório. O IPO de Coimbra obteve um resultado de 88,5, em linha com os melhores Hospitais do país nesta valência. Também o elevado número de elogios, os quais somados às sugestões ultrapassam largamente as reclamações, constituem igualmente um indicador de satisfação. Merecem ainda especial destaque as certificações já conseguidas, bem como ainda as que se encontram no domínio dos projetos e que conferem, sustentam e cimentam a cultura institucional. Em 2005, o IPO de Coimbra obteve a primeira Acreditação total pela entidade acreditadora, então designada, Health Quality Service, com reacreditação em 2010, pelo agora designado CHKS. Em 2011, neste processo de acreditação, a instituição começou a trabalhar com o novo programa de acreditação internacional para organizações de saúde. Em 2008 a instituição deu os primeiros passos para iniciar o projecto de acreditação pela Organization of European Cancer Institutes (OECI), conjuntamente com outros centros europeus de referência no tratamento da doença oncológica. A acreditação pela OECI ocorreu em Janeiro de 2011 e constitui uma mais-valia no caminho de uma prestação de cuidados de qualidade preconizados pelo atual estado da arte para a área da oncologia. Em matéria de qualidade é de realçar ainda, em 2011, a renovação da recertificação do Serviço de Imunohemoterapia pela NP EN ISO 9001:2000. VIII. AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO A gestão da entidade rege-se pela norma do estrito cumprimento de toda a legislação e regulamentação em vigor. Quanto ao cumprimento dos Princípios de Bom Governo merece uma avaliação francamente positiva, consubstanciada nos seguintes factos: 28

29 - A auditoria conduzida pela Inspecção-Geral de Finanças, que decorreu de outubro de 2009 a março de 2010, focou-se essencialmente na avaliação do Sistema de Controlo Interno, mas também na avaliação da economia, eficiência e eficácia da despesa realizada: O IPO de Coimbra obteve uma classificação de BOM no que respeita ao sistema de controlo interno e que globalmente merece uma apreciação muito positiva nas várias áreas analisadas, encontrando-se os procedimentos formalizados em documento autónomo ; No que se refere à atividade desenvolvida a IGF refere um elevado nível de cumprimento das metas de produção e objetivos de qualidade e eficiência acordados com o SNS, fazendo também referência à qualidade dos documentos de relato e planeamento e aos bons indicadores de medição da satisfação dos utentes que têm colocado o IPO de Coimbra nos lugares cimeiros dos sucessivos rankings; Ao nível da situação económica a IGF refere uma evolução favorável por via de um acréscimo sustentado dos proveitos, superior ao dos custos operacionais, e ao nível da situação financeira a avaliação efetuada é a de que está equilibrada e caracteriza-se por um elevado montante de fundos próprios e por rácios de liquidez, solvabilidade e autonomia de nível positivo e crescente. - A avaliação feita aos Princípios do Bom Governo pela Direcção-Geral do Tesouro e Finanças no Parecer ao Relatório e Contas de 2010 refere que A análise ao mesmo permite concluir que o Hospital deu cumprimento integral à obrigação de divulgação da informação nos termos do ponto 29 da RCM n.º 49/2007, de 28 de março. IX. CÓDIGO DE ÉTICA O IPO de Coimbra tem previsto no seu Regulamento Interno a Comissão de Ética, em funcionamento desde 8 de março de O Código de Ética está aprovado desde 1 de junho de 2010 e enuncia o compromisso ético do IPO de Coimbra, nas vertentes, organizacional e funcional, perante o Estado, entidades reguladoras, utentes, colaboradores, voluntários, fornecedores, bem como perante a comunidade social em geral e o meio ambiente. Constitui igualmente um referencial ético a que devem corresponder as atitudes e comportamentos dos titulares dos órgãos de administração, dos dirigentes e demais colaboradores. Este documento pode ser consultado em: BC99AFEDA21A/18574/CódigodeÉticadoIPOdeCoimbra.pdf X. SISTEMA DE CONTROLO INTERNO O Sistema de Controlo Interno resulta de um largo conjunto de disposições constantes dos Estatutos, do Regulamento Interno, dos regulamentos dos órgãos 29

30 de administração, de apoio técnico e de consulta, dos serviços e das demais instâncias organizacionais, bem como dos procedimentos estabelecidos que definem os modelos e as formas de atuação destinados a assegurar a consecução das políticas e dos objetivos organizacionais e a satisfação equilibrada dos direitos e expetativas de todos os interessados e destinatários ( stakeholders ). Além disso, o bom governo de cada organização implica atenção permanente à evolução económica e social o que exige versatilidades de adaptação organizacional. Neste quadro, o sistema de controlo interno é insusceptível de se confinar em qualquer conjunto específico de normas de controlo interno aprovadas e implementadas face à diversidade de disposições abrangidas e à dinâmica própria que o bom governo da organização exige. O artigo 17-A dos Estatutos, publicado pelo decreto-lei n.º244/2012, de 9 de novembro, veio introduzir um articulado para o sistema de controlo interno e de comunicação de irregularidades, atribuindo ao conselho de administração a responsabilidade na sua implementação e ao auditor interno a responsabilidade pela sua avaliação. O IPO de Coimbra dispõe de um Manual de Controlo Interno que sistematiza os procedimentos de controlo interno existentes tendo sido aprovado pelo Conselho de Administração em 17 de janeiro de Refira-se que o Sistema de Controlo Interno foi auditado pela Inspecção-Geral de Finanças, que se referiu à existência de um sistema de controlo interno que globalmente merece uma apreciação muito positiva nas várias áreas analisadas. XI. PREVENÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSES Os membros do Conselho de Administração abstêm-se de intervir em decisões que envolvam os seus próprios interesses, designadamente na aprovação de despesas por si realizadas. Além disso, os membros do Conselho de Administração não detêm qualquer participação patrimonial na entidade nem relações relevantes com parceiros comerciais. Foi efetuado o depósito da declaração de inexistência de incompatibilidades e impedimentos de titular de alto cargo público junto da Procuradoria-Geral da República. O IPO de Coimbra, enquanto entidade de natureza pública, dispõe de um Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas, devidamente publicado que promovendo uma cultura administrativa de rigor e transparência também ele acompanha e monitoriza a problemática do Conflito de Interesses, conforme a Recomendação N.7 do Conselho de Prevenção da Corrupção. XII. OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES A informação de carácter relevante, à semelhança do que acontece com a prestação deste tipo de informação aos acionistas por parte das empresas admitidas à negociação em mercado regulamentado, é divulgada no sítio da internet da Direcção Geral do Tesouro e Finanças ( e incide 30

31 sobre as informações de que tenha conhecimento que sejam susceptíveis de afetar relevantemente a situação económica, financeira ou patrimonial, ou as suas condições de prestação de serviço público, salvo quando o interesse público ou o interesse de empresa impuserem a sua não divulgação, designadamente em caso de informação estratégica ou confidencial, segredo comercial ou industrial ou na protecção de dados pessoais. Relativamente à informação histórica de cariz financeiro, é divulgada no sítio da internet anteriormente mencionado, e ainda em e no sítio da internet institucional sendo também divulgada a informação relativa à identificação e elementos curriculares dos órgãos sociais. O acesso à informação é livre e gratuito. Informação a constar no Site do SEE Divulgação S N N.A. An exo 2 Come ntários Estatutos actualizados (PDF) X Historial, Visão, Missão e Estratégia X Ficha sintese da empresa X Identificação da Empresa: Missão, objectivos, politicas, obrig. serv. público e modelo de financiame X Modelo Governo / Ident. Orgãos Sociais: Modelo de Governo ( identificação dos órgãos sociais) X Estatuto remuneratório fixado X Remunerações auferidas e demais regalias X Regulamentos e Transacções: Regulamentos Internos e Externos X Transações Relevantes c/ entidade(s) relacionada(s) X Ou tras transacções X Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental X Avaliação do cumprimento dos PBG X Código de Ética X Informação Financeira histórica e actual X Esforço Financeiro do Estado X Informação a constar no Site da Empresa Existência de Site Historial, Visão, Missão e Estratégia Organigrama Orgãos Sociais e Modelo de Governo: Identifica dos orgãos sociais Identificação das áreas de responsabilidade do CA Identificação de comissões existentes na sociedade Identificar sistemas de controlo de riscos Remuneração dos órgãos sociais Regulamentos Internos e Externos Transacções fora das condições de mercado Transacções relevantes com entidades relacionadas Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental Código de Ética Relatório e Contas Prove dor do cliente Divulgação S N N.A. X X X X X X X X X X X X X X X Come ntários 31

32 DIVULGAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS I. OBJETIVOS DE GESTÃO I - a) ORIENTAÇÕES DE GESTÃO: As orientações de gestão para 2012 estão contempladas essencialmente no Contrato Programa que constitui a base dos objetivos operacionais, económicofinanceiros e de qualidade definidos pela Tutela. Para 2012 não foi proferido Despacho Conjunto dos Ministros das Finanças e da Administração Pública e da Saúde onde conste as orientações gerais e específicas e os objetivos de gestão. As orientações específicas de gestão constantes do Contrato Programa visam promover os seguintes princípios orientadores: - Cumprimento da missão e objetivos que lhes hajam sido determinados, de forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente, atendendo a parâmetros exigentes de qualidade, com respeito pelos princípios de responsabilidade social, desenvolvimento sustentável, de serviço público e de satisfação das necessidades da coletividade que lhe hajam sido fixados; - Implementação de uma filosofia de gestão empresarial, nos vários domínios da estrutura de gestão; - Contribuição para um efetivo controlo sobre o crescimento da despesa com a saúde; - Consecução de uma maior eficiência no uso dos recursos escassos; - Garantia de acesso dos cidadãos, em tempo útil, aos cuidados de saúde; - Crescimento do peso da atividade de ambulatório; - Articulação permanente e efetiva com a Rede de Cuidados de Saúde Primários e Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Para além dos objetivos específicos definidos no Contrato Programa, têm sido enunciados outros objetivos de gestão: - Cumprimento das metas relativas ao prazo médio de pagamento previsto no n.º9 do Programa anexo à Resolução do Conselho de Ministros n.º 34/2008, de 22 de fevereiro, Programa Pagar a Tempo e Horas; 32

33 - Cumprimento do Despacho do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde n.º 693/2009, determinando a obrigatoriedade de os Hospitais reportarem atempada e adequadamente a respetiva informação económico-financeira; - Redução da dívida vencida e ausência de pagamentos em atraso. I - b) AVALIAÇÃO DO GRAU DE CUMPRIMENTO: Relativamente ao grau de cumprimento dos objetivos de gestão para o exercício de 2012 informa-se que: - O IPO de Coimbra atingiu um indicador do prazo médio de pagamentos de 31 dias com o indicador ponderado a situar-se nos 43 dias, ao passo que em 2011 foi de 54 dias, representando uma redução de 20%. Em linha com esta diminuição, o passivo (excluído de acréscimos e diferimentos) foi reduzido em 22% face ao período homólogo representando em 31 de Dezembro ,28, dos quais ,92 são valores entregues ao Estado em janeiro de 2013; - O IPO de Coimbra terminou o ano de 2012 sem dívidas vencidas e sem pagamentos em atraso, cumprindo todos os compromissos com os seus credores; - Em 2012, e em resultado da política de tesouraria, o valor dos descontos financeiros atingiu os , o que representa 1.65 % face a todos os pagamentos realizados no ano; - Ao nível dos objetivos de prestação de informações de índole económico-financeira e operacional informamos que a mesma, em nossa opinião, foi preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e refletem de forma verdadeira e apropriada a posição e o desempenho financeiro do Hospital, para além de termos cumprido os prazos fixados superiormente para o seu envio; - A informação remetida para a Tutela da Saúde foi sempre elaborada com periodicidade mensal, recorrendo ao princípio da especialização e à mensuração dos custos e proveitos, sendo suportada pelo relatório analítico que contém informação detalhada sobre: o desempenho financeiro e as estimativas para o final do exercício; a posição face ao orçamento para as principais rubricas orçamentais, com sinalização dos principais desvios e uma explicação detalhada para cada um desses desvios; o desempenho operacional por linha de produção com indicação dos desvios face ao orçamentado e das variações relativamente ao período homólogo. - Para a Tutela das Finanças é divulgada a informação económicofinanceira através da inserção dos dados no Sistema Informático de Recolha de Informação Económica e Financeira (SIRIEF) com a periodicidade trimestral e sempre que se verifiquem alterações aos elementos divulgados no âmbito dos Princípios do Bom Governo. 33

34 Relativamente a outras orientações de gestão que estão inerentes ao Contrato Programa podemos afirmar que de um modo geral o grau de cumprimento foi bastante satisfatório, devendo realçar apenas alguns dos indicadores de desempenho da Instituição no exercício económico de 2012: - Cumprimento de 100% nas metas estabelecidas no Contrato Programa; - Cumprimos em 98% os objectivos de qualidade e eficiência definidos nos termos da cláusula 5ª do contrato programa; Indicador Ponderação Obje ctivo a Deze mbro Indicador A. Ac es so A.1 Percentagem das primeiras consulta s no total de consultas médicas (%) 3,0 % 17,10 17,0 3,0 % A.2 P ermilagem de do entes sin alizad os para a RNCCI, até 5 d ia s, no to tal de doentes s aíd os, nas es pecialid ades de Cu idado s P aliativo s, Ginec ologia, Onc ologia Médica e Ra dioterapia-braquiterapia ( ) A.3 P ercentagem de co nsu ltas realizadas e regis tada s n o CTH no total d e 1 as cons ultas (%) 3,0 % 9,5 2,2 3 1,5 % 3,0 % 16,15 1 9,24 3,6 % A.4 Percentagem de doentes ci rurgicos trata dos em tempo adequado (%) 3,0 % 8 5,5 86,2 3,0 % A.5 P ercentagem de utentes ref erenciados para con sulta ex terna aten didos em tempo adequa do (%) B. Des empenho Ass istencia l 15,0% 3,0 % 92,15 9 9,74 3,2 % B.1 Demora média (dias) 5,9 % 7,77 7,53 6,1 % B.2 P ercentagem de doentes s a ído s c om duraç ão d e in ternamento acima do limiar máx imo (%) 3,5 % 2,1 1,7 4,3 % B.3 Percentagem de reinternamentos em 3 0 dias (%) 3,5 % 26,25 20,2 4,2 % B.5 P ercentagem de cirurgias r ealizadas em ambula tório no total d e c irurgias p ro gramadas (GDH) (%) B.6 P ercentagem de co nsu mo d e emb alagens de medic amentos genéricos, no total de embalagens de medicamentos (%) C. Desempenho Económico /Financeiro 20,0% C.1 P ercentagem dos c usto s co m pes so al ajus tado s n o tota l de proveitos o peracionais (%) C.2 P ercentagem dos c usto s co m horas ex traordinárias, s uplementos e FSE (s eleccionados), no total de custos com pessoal (%) C.3 P ercentagem de proveitos o peracio nais extra co ntrato-progra ma, no total de proveitos (operaciona is) (%) 3,5 % 35,15 34,5 3,4 % 3,6 % 29,45 32,6 4,0 % 3,0 % 47,91 4 6,50 3,1 % 3,0 % 12,82 1 0,19 3,6 % 3,0 % 4,22 4,6 3,3 % C.4 EBITDA ( ) 3,0 % ,6 % C.5 Acrés cimo de Dívida Vencida ( ) 3,0 % 0 0,00 3,0 % Objectivos Regionais 15,0% F.1 Variação de custos com MCDT externa lizados (%) (1) 16,6% -6,71 1 3,76 8,3 % F.2 Variaç ão de c usto s c om Med icamen tos (%) (2 ) 16,7% 3,2-9, 59 20,0% F.4 Tempo máximo admiss ível pa ra preenc himento d os ficheiro s d e a companhamento no SICA (dia s) 16,7% Sim SI M 16,7% 100,0% 98,0% - Os resultados operacionais apresentaram um valor negativo de ,09, embora este fosse positivo não tivesse de serem incluídas as estimativas de subsídio de férias decretadas pelo Acórdão do Tribunal Constitucional 187/2013; - O custo operacional unitário por doente padrão diminuiu, tendo saído reforçado o esforço recorrente de melhoria dos níveis de eficiência. Como se verifica no gráfico abaixo, desde 2009 que o IPO de Coimbra melhora o seu desempenho deste indicador, apresentando uma redução de 12,76 % no período entre 2009 e 2012; 34

35 3.228, , , , , Custo Operacional - Doente Padrão Sem efeito Subsídio de Férias - A melhoria dos níveis de eficiência tem origem, por um lado na forte contenção de custos, e por outro lado numa maior produtividade dos efectivos. II. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO O IPO de Coimbra não apresenta qualquer risco financeiro, apresentando rácios de solvabilidade e de autonomia financeira bastante sólidos. O endividamento de médio e longo prazos resulta de 2 contratos de leasing cujo valor em dívida a 31 de dezembro era de 5.193,43, o que face aos 69 milhões de capitais próprios, conclui-se que não tem qualquer expressão Grau de solvabilidade 12,39 14,59 16,72 22,22 Autonomia financeira (em %) Liquidez 7,92 9,52 7,99 10,73 III. PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO E "ARREARS" A evolução do prazo médio de pagamento e dos atrasos no pagamento, nos termos do anexo 3, é a seguinte: Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores nos termos da RCM 34/2008 com as alterações introduzidas pelo Despacho 9870/2009 Anexo 3 PMP 1ºT ºT ºT ºT ºT ºT ºT ºT 2012 PMP a Fornecedores (dias) 53,78 54,81 57,23 54,04 55,18 50,50 43,89 43,19 Mapa da posição a 31/12/2012 dos Pagamentos em Atraso, nos termos do DL 65-A/2011, de 17 de maio Pagamentos em Atraso 0-90 dias dias dias dias > 360 dias Fornecedores Externos Fornecedores - SNS Estado

36 Também os fundos disponíveis foram suficientes para fazer face aos compromissos assumidos. A evolução do prazo médio de pagamentos evoluiu favoravelmente situando-se em níveis totalmente controlados e com todas as dívidas dentro dos prazos estabelecidos com os fornecedores, não havendo dívidas vencidas nem pagamentos em atraso. 76,6 Ev olução Prazo Médio Pagamento 53,8 53,8 54,0 43, Dez-08 Dez-09 Dez-10 Dez-11 Dez-12 PMP PMP Ponderado INTERVALO DE PRAZOS D E DÍVIDA (em dias) TIPO AQUISIÇÕES DÍVIDA VINCENDA P_0_90 P _91_180 P_181_240 P_241_360 P_361_540 P_541_720 P_M_721 FORNECEDORES EXTERNOS ,76 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 02 Aquisição de Bens e serviços(200) ,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 07 Aquisições de bens de capital(700) ,62 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 FORNECEDORES - SNS ,97 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0, Outras(1303) 3.528,52 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 02 Aquisição de Bens e serviços(200) ,45 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 ESTADO ,68 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0, Remuneraç ões certas e Perm anentes(120) 1.102,08 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0, CGA(13021) ,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0, SS(13022) ,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 02 Aquisição de Bens e serviços(200) 5.227,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Total Geral ,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 IV. DEVERES ESPECIAIS DE INFORMAÇÃO Para a Tutela das Finanças é divulgada a informação económico-financeira através da inserção dos dados no Sistema Informático de Recolha de Informação Económica e Financeira (SIRIEF) com a periodicidade trimestral e sempre que se verifiquem alterações aos elementos divulgados no âmbito dos Princípios do Bom Governo. Para a Tutela da Saúde é reportada a informação operacional e económicofinanceira todos os meses, e demais informação solicitada. 36

37 V. CUMPRIMENTO DAS RECOMENDAÇÕES DO ACIONISTA O Despacho Conjunto de aprovação do Relatório e Contas de 2011 foi emitido em 31 de janeiro de Não obstante a sua aprovação ocorrer após o encerramento de contas do exercício de 2012, o IPO de Coimbra já tinha encetado medidas que resultam num elevado nível de cumprimento das recomendações que vieram a constar do Despacho. As recomendações que constam do Despacho são as seguintes: - À redução do Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores, em conformidade com o disposto na Resolução do Conselho de Ministros n.º 34/2008, de 22 de fevereiro, e no Despacho do Ministro de Estado e das Finanças n.º 9870/2009, de 13 de abril; - À plena adoção das recomendações efetuadas pelo Tribunal de Contas, no âmbito da Auditoria às Práticas de Gestão do IPO Lisboa, Coimbra e Porto, e pela IGF no âmbito da Auditoria de Monitorização das Correções dos Incumprimentos sobre as Reduções Remuneratórias e Outros Abonos. VI. DECLARAÇÃO DE REMUNERAÇÕES VI - a) DOS ÓRGÃOS SOCIAIS Nos termos do artigo 29º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro (Orçamento de Estado para 2012), não foram atribuídos prémios de gestão aos membros do Conselho de Administração. Nos termos do artigo 20º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro (Orçamento de Estado para 2012), foram aplicadas às remunerações dos membros do Conselho de Administração, as reduções remuneratórias estabelecidas na referida disposição legal. Nos termos do artigo 12º da Lei n.º 12-A/2010, de 30 de junho, foi aplicada uma redução de 5% às remunerações dos membros do Conselho de Administração. Nos termos do artigo 21º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro (Orçamento de Estado para 2012), foi suspenso o pagamento dos subsídios de férias e de Natal aos membros do Conselho de Administração. VI - b) DO FISCAL ÚNICO Nos termos do artigo 26º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro (Orçamento de Estado para 2012), foi aplicada à remuneração do auditor externo a redução remuneratória estabelecida na referida disposição legal. 37

38 VI - c) DOS RESTANTES TRABALHADORES Nos termos do artigo 20º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro (Orçamento de Estado para 2012), foram aplicadas às remunerações dos trabalhadores do IPO de Coimbra, as reduções remuneratórias estabelecidas na referida disposição legal. Nos termos do artigo 21º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro (Orçamento de Estado para 2012), foi suspenso o pagamento dos subsídios de férias e de Natal aos trabalhadores do IPO de Coimbra. VII. ESTATUTO DE GESTOR PÚBLICO (ARTIGO 32º) Os membros do Conselho de Administração não são titulares de cartão de crédito nem recorreram a qualquer instrumento de pagamento para realização de despesas ao serviço do Hospital, ou de representação pessoal. VIII. CONTRATAÇÃO PÚBLICA Como entidade adjudicante definida na alínea a) do n.º 1 do artigo 2º do CCP, anexo ao Decreto-Lei n.º18/2008, de 29 de janeiro, e até à entrada em vigor do Decreto-Lei nº. 149/2012, de 12 de julho, o IPO de Coimbra, enquanto Hospital EPE não estava abrangido pela aplicação da Parte II do CCP em valores que se situassem abaixo dos limiares comunitários. A alteração do quadro legal, aplicável apenas aos procedimentos iniciados após a entrada em vigor do Decreto-Lei nº. 149/2012, não teve grande impacto em 2012, porquanto a maioria dos procedimentos tinham sido iniciados no período anterior. Assim, o IPO de Coimbra continuou a reger-se em 2012, em termos de procedimentos, dentro dos limiares comunitários e até à entrada em vigor do Decreto-Lei nº. 149/2012, pelo seu Regulamento Interno de Aquisições e, a partir daqueles valores, pela aplicação integral do CCP, aplicando assim as normas vigentes sobre a contratação pública. IX. MEDIDAS NO ÂMBITO DAS GRANDES OPÇÕES DO PLANO De acordo com as medidas das grandes opções do Plano, o IPO de Coimbra, no âmbito do Sistema Nacional de Compras Públicas, está vinculado como Entidade Voluntária Aderente ao acordo celebrado com a ESPAP, I.P. (ex. ANCP) ao abrigo do qual formalizou em 2012 um contrato para aquisição de serviços de segurança nos termos das regras do respetivo Acordo Quadro. No mesmo âmbito foram também iniciados os procedimentos destinados à aquisição de combustíveis rodoviários e energia elétrica. 38

39 Houve igualmente uma tentativa de aplicar o respetivo Acordo Quadro à prestação dos serviços de limpeza, tendo-se verificado que o mesmo não se adequava à realidade hospitalar. No que aos bens de consumo diz respeito, o IPO de Coimbra procede à aquisição de medicamentos através da SPMS enquanto entidade integrada no SNCP, na qualidade de UMC, sempre que as condições vigentes no seu Catálogo sejam mais vantajosas do que as obtidas institucionalmente. Em 2012 o IPO de Coimbra não procedeu à aquisição de quaisquer veículos. X. PRINCÍPIO DA IGUALDADE DE GÉNERO Nos termos da Resolução do Conselho de Ministros n.º 19/2012, Princípio da Igualdade de Género, foi procedido ao diagnóstico da situação de homens e mulheres. Em 31 de dezembro de 2012, existia paridade entre os géneros na composição do Conselho de Administração. XI. PLANO DE REDUÇÃO DE CUSTOS O ofício-circular da DGTF n.º8784, de 15 de novembro de 2010 emitiu orientações ao Sector Empresarial do Estado, onde se inclui o IPO de Coimbra, EPE, sobre o Plano de redução de gastos e maximização da eficiência operacional e optimização e redução das estruturas de custos. O IPO de Coimbra apresentou à Direcção-Geral do Tesouro e Finanças um plano de redução e optimização da estrutura de custos ao abrigo do Despacho n.º1315/2010 do Secretário de Estado do Tesouro e Finanças. A execução do plano revelou apresentar resultados bastante positivos registando-se um aumento considerável da eficiência operacional e financeira do IPO de Coimbra. Para aferir o aumento de eficiência recorremos ao indicador dos custos unitários por doente padrão, que reduziu em 12,76 % no período de 2009 a Relativamente ao resultado das operações constata-se um EBITDA positivo, que tem contribuído para um equilíbrio financeiro sustentado, e um resultado operacional também positivo que garante as operações de autofinanciamento para a renovação dos ativos. 39

40 em Euros 3.228, , , ,2 Milhões de Euros 1,1-1,8 3,6 0,0 4,3 0,6 4,4 0,6 3,4-0,3 3,2-0, Resultado Operacional EBITDA Custo Operacional - Doente Padrão Acresce ainda que face às instruções dos Instrumentos Previsionais de Gestão, conforme ofício-circular n.º 82, de 6 de Janeiro, o IPO de Coimbra cumpriu o objectivo definido e manteve o peso dos CMVMC+FSE+Custos com Pessoal no volume de actividade. Face aos indicadores apresentados, é perceptível que a gestão do IPO de Coimbra tem sido manifestamente rigorosa e com resultados positivos. XII. REDUÇÃO DE EFETIVOS Publica-se o anexo 5 nos termos definidos pelo ofício-circular n.º1578, de 13 de fevereiro da Direção-Geral do Tesouro e Finanças. Anexo 5 Unid: Designação Gastos com pessoal ( ) Gastos com Órgãos Sociais ( ) Reduções decorrentes de alterações Legislativas ( ) Aumentos decorrentes de alterações Legislativas ( ) Gastos com Dirigentes sem O.S. ( ) Reduções decorrentes de alterações Legislativas ( ) Aumentos decorrentes de alterações Legislativas ( ) Gastos com Efetivos sem O.S. e sem Dirigentes ( ) Reduções decorrentes de alterações Legislativas ( ) Aumentos decorrentes de alterações Legislativas ( ) Reduções Subsídio Férias/Natal ( ) * Rescisões / Indemnizações ( ) Designação Nº Total RH (O.S. + Dirigentes + Efetivos) Nº Órgãos Sociais (O.S.) (número) Nº Dirigentes sem O.S. (número) Nº Efetivos sem O.S. e sem Dirigentes (número) * As reduções do subsídio de férias e de natal constituem estimativas uma vez que não foram processados estes abonos no ano 2011 (s.férias) e 2012(s.férias e natal) No ano de 2012 registou-se uma diminuição do número de efetivos, passando de 942 para 929, sendo a diminuição verificada pela saída de 20 efetivos com 40

41 Contrato de Trabalho em Funções Públicas, maioritariamente por aposentação, ao passo que as novas entradas foram de apenas 7 efetivos com Contrato Individual de Trabalho, ou seja, por cada 3 saídas registou-se 1 nova entrada. O gráfico abaixo reflete a evolução do custo unitário por funcionário com remunerações, outras prestações e encargos patronais, identificando-se uma tendência de descida do nível médio remuneratório, apesar de em 2012 o valor médio apresentar uma subida em virtude da estimativa do subsídio de férias decretada pelo Tribunal Constitucional 187/2013, cujo impacto é de por funcionário. Atente-se ainda para o facto de as novas entradas serem preenchidas por profissionais mais qualificados ao passo que as saídas têm na sua base pessoal com menores qualificações e por conseguinte com um nível salarial mais baixo Remuneração Média Funcionário (em ) Efectivos: XIII. PRINCÍPIO DA UNIDADE DE TESOURARIA DO ESTADO Nos termos do artigo 89º da Lei n.º64-b/2011, de 31 de dezembro, o IPO de Coimbra declara que cumpre o princípio da unidade de tesouraria do estado, registando saldos médios de em conta bancária no Santander que são utilizados para suprir necessidades que não são colmatadas pelo IGCP. No IGCP estavam depositados 99,92% do total das disponibilidades e outras aplicações financeiras. XIV. RECOMENDAÇÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS No âmbito do processo n.º21/2011 auditoria orientada às práticas de gestão no Instituto Português de Oncologia de Lisboa, de Coimbra e do Porto, o Tribunal de Contas emitiu considerações sobre o desempenho do IPO de Coimbra, bem como cinco recomendações, que complementamos com a fundamentação apresentada em sede de contraditório e com as medidas adoptadas pela Instituição. 41

42 XIV - a) CONSIDERAÇÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS SOBRE O DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO De modo a corresponder às necessidades de informação dos nossos stakeholders, entendemos que neste capítulo deveríamos realçar algumas considerações que o Tribunal de Contas emanou sobre o desempenho do IPO de Coimbra, nomeadamente no capítulo das conclusões sobre a situação económicofinanceira, e que passamos a transcrever (e com sublinhado nosso) aquelas que nos parecem mais relevantes para a Instituição: - No triénio em análise, o IPO de Coimbra apresenta os melhores resultados no esforço de contenção de custos, verificando-se aumentos nos custos totais de 3%, em 2009, e de 2,5%, em 2010 por oposição aos aumentos, mais acentuados, nos outros Institutos de Oncologia. Note-se que o número de doentes padrão aumentou, no triénio em todos os Institutos de Oncologia, sendo que no IPO de Coimbra o aumento mais significativo ocorreu em 2010 (mais 7,53% de doentes padrão do que no ano anterior), com um decréscimo de 4,67% nos custos totais do referido instituto por doente padrão, o que evidencia uma utilização mais racional dos recursos ; - Se a diminuição dos custos totais não tiver origem numa redução dos custos unitários podemos estar, ceteris paribus, perante um racionamento dos recursos. O que não for compensado com eficiência passa a ser contingentado ou racionado, pelo que se deve dar a maior ênfase ao custo unitário a fim de evitar qualquer tipo de racionamento. No triénio o IPO de Coimbra foi o que apresentou a melhor performance, diminuindo os custos unitários por doente padrão em 2,11%. Os Institutos de Oncologia de Lisboa e Porto, aumentaram esses custos unitários em 3,28% e 7,21%, respetivamente. XIV - b) RECOMENDAÇÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS SOBRE O DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO O Tribunal de Contas emitiu cinco recomendações ao IPO de Coimbra, que passamos a expor: I. Assegurar que as decisões de maior impacto financeiro e os planos de investimento são precedidos de Análise Custo- Benefício, que previna uma racional (estudo de alternativas/escolhas) aplicação do dinheiro dos contribuintes. Em sede de contraditório referimos o seguinte: A Administração do IPO de Coimbra utiliza instrumentos de planeamento e de gestão para a condução dos destinos do hospital, e desde 2003 tem à sua disposição instrumentos de gestão previsionais anuais e plurianuais, assentes num Plano Estratégico de Médio e Longo Prazo em linha com o Plano Nacional de Saúde e com as linhas de orientação da Tutela. Os Planos Plurianuais têm sido 42

43 revistos e têm conjugado a estratégia institucional com as estratégias políticas ao longo dos últimos anos. Das apreciações às análises custo-benefício e à ausência da utilização do cálculo económico como instrumento de suporte às decisões, refira-se que nesta matéria o Hospital sustenta o seu modelo de gestão no planeamento da sua atividade e dos recursos a empregar, sistematizando esta informação em instrumentos de gestão essenciais à condução da sua estratégia. No que respeita à recomendação para utilização de análises custo-benefício, a que damos naturalmente acolhimento, iremos melhorar os instrumentos de análise já existentes. Contudo o IPO de Coimbra utiliza outras ferramentas além desta e que na nossa perspetiva têm produzido análises mais sustentadas do ponto de vista da adequação da formulação de escolhas racionais em saúde, designadamente análises custo-efetividade, custo-utilidade e minimização de custos. Quanto à ausência do cálculo económico como instrumento de suporte às suas decisões de gestão refira-se a título de exemplo o instrumento de planeamento e de gestão de médio e longo prazo que incide na renovação da infraestrutura física e plataforma tecnológica Plano de Investimentos , o qual foi precedido de um estudo de avaliação económica alinhado com o Plano Estratégico, para um valor global de investimento de e que obteve a aprovação da Tutela em agosto de Na base deste Plano está subjacente uma identificação clara das necessidades existentes ao nível da qualidade do serviço prestado, mas também ao nível da renovação da plataforma tecnológica no domínio da oncologia, e que está vertido no Plano Estratégico da Instituição desde Consequentemente, e após identificação dos investimentos necessários à concretização da estratégia, foi elaborado um estudo de avaliação económica e financeira baseada nos pressupostos exógenos e endógenos ao Hospital. Este estudo compreendeu uma análise prospetiva do período de 2009 a 2016, tendo como base o período de 2008, e assentou numa metodologia de análise de Custo-Benefício que consistiu em valorizar em termos monetários todos os efeitos previsíveis da decisão em causa, recorrendo-se para o efeito aos seguintes instrumentos: - Análise da evolução da atividade e quantificação dos recursos a empregar ao longo do período de 2009 a 2016, baseada na capacidade instalada em 2008 e nas alterações originadas pelo investimento. A metodologia utilizada para quantificar os fluxos económicos da atividade e dos recursos foi a seguinte: Determinação de um indicador que medisse o volume de atividade de forma agregada Doente Padrão; Quantificação dos doentes padrão pelas principais áreas de produção do Hospital (Cirurgia, Oncologia Médica e Radioterapia); Utilização do método de custeio integral para cada uma das áreas de produção, identificando os custos fixos e variáveis e os custos diretos e indiretos, sendo possível deste modo determinar os custos unitários de 43

44 cada doente padrão, bem como a sua sensibilidade às variações na procura; Deste modo, foi possível determinar qual o break-even do projeto (doentes padrão de ) face ao volume de atividade previsto (doentes padrão de ) e comparar com a oferta existente no período de referência (doentes padrão em 2008 de ); Estes resultados evidenciaram um incremento em 32% no volume de atividade a custos controlados, além de produzirem melhores indicadores de qualidade do serviço (v.g., redução da demora média, aumento da taxa de ocupação, redução das infeções nosocomiais, aumento da cirurgia de ambulatório, etc). - O aumento do volume de atividade em 32% reflete a previsão das necessidades de quem procura a diferenciação de um instituto compreensivo de cancro, e sustenta-se através de análises às tendências de evolução da doença oncológica que assenta por um lado no envelhecimento da população, e por outro lado na maior incidência do cancro provocado pelas alterações dos estilos de vida; - O aumento dos custos unitários em apenas 2,78%, refletidos a preços correntes, traduz-se num indicador que garante a viabilidade na utilização do dinheiro dos contribuintes pois a avaliação do binómio eficiência-qualidade, é manifestamente positiva nos ganhos de saúde da população. Deste modo julgamos ter demonstrado que os benefícios económicos do projeto comportam os custos incrementais da atividade, garantindo um nível de eficiência bastante interessante, e garantindo uma oferta superior em quantidade e qualidade dos cuidados de saúde oncológicos prestados aos cidadãos da região centro, podendo assim continuar a assumir-se como o hospital de referência no domínio da oncologia nesta região. - O Plano Financeiro e de Financiamento traduz as necessidades financeiras e a sua aplicação durante a fase de investimento e pósinvestimento, designadamente através dos seguintes instrumentos: Plano de financiamento do projeto com a identificação das fontes de financiamento e com a determinação dos Meios Financeiros Libertos do Projeto, onde também se encontra identificado o Investimento/Desinvestimento em fundo de maneio necessário, de modo a assegurar todas as necessidades de financiamento do ciclo de exploração; Determinação dos cash-flows operacionais resultantes da atividade durante e após o período de investimento e o seu contributo para assegurar o financiamento do projeto. - Utilização de indicadores de avaliação qualitativa e económica de projetos de investimento: Matriz de análise do impacto da realização do investimento nas vertentes (Utentes, Financeira, Processos e Estrutura), e em cada uma das vertentes qual a perspetiva que maior relevância teria para esta análise. Da análise efetuada pelos diversos grupos de trabalho constituídos para o efeito resultou a MATRIZ de avaliação dos impactos que consta do Plano de Investimentos; 44

45 Do ponto de vista da análise económica foram utilizados 2 indicadores de avaliação da viabilidade do projeto, nomeadamente: a) VAL (Valor Acrescentado Líquido) no valor de , que mede a viabilidade do projeto de investimento através do cálculo do valor atual de todos os seus cash-flows atualizados a uma taxa de referência de 3,5%; b) O Período de Recuperação do Investimento determinado foi de 9 anos. Deste modo, estamos em crer que o IPO de Coimbra dispõe dos instrumentos adequados à tomada de decisões, pois os estudos elaborados permitiram ao Conselho de Administração decidir sobre a execução deste plano e aos Ministros da Saúde e das Finanças e da Administração Pública aprová-lo, conferindo-lhe deste modo uma importância relevante ao nível dos objetivos consagrados no Plano Nacional de Saúde. II. Instituir medidas e procedimentos que garantam a fiabilidade dos registos de produção e de custos da contabilidade analítica. Em sede de contraditório referimos o seguinte: O IPO de Coimbra sempre promoveu o maior rigor no desenho e parametrização dos seus sistemas de informação, por forma a que toda a produção seja objeto de registo, de forma automática, isto é, que seja o próprio software de gestão dos fluxos de trabalho a gerar a informação relativa aos atos clínicos realizados e não um operador a introduzir essa informação autonomamente. Mas o rigor colocado no registo da produção visa promover outro objetivo essencial que é o da transparência do processo de faturação. O IPO de Coimbra procura registar e faturar toda a sua produção de acordo com as regras de faturação do contrato programa, no respeito integral por essas mesmas regras, sendo o sistema auditável a todo o momento. No que se refere à contabilidade analítica, o Conselho de Administração tem enfatizado a sua importância como um instrumento de gestão e atribui-lhe enorme significado pelo facto de ser um instrumento crucial para a elaboração dos objetivos de contratualização interna e para a sua monitorização. Além disso, a informação produzida pela contabilidade analítica é de especial utilidade à Tutela no atual modelo de financiamento. Assim, parece-nos que a contabilidade analítica deverá ser encarada não tanto como uma ferramenta de análise económica ao nível dos serviços prestados, mas essencialmente como uma ferramenta que serve de pilotagem no atual contexto de contratualização com os Hospitais. De facto, sendo, de acordo com o sistema de financiamento em vigor, os serviços prestados pelo hospital remunerados por linhas de produção, poderá estar um pouco esvaziado de sentido utilizar instrumentos que avaliem o custo de cada um dos atos, até porque o preço de referência não se altera em função dessa avaliação. O diferenciador dos preços de referência para cada Hospital incide sobre o índice de case-mix e este já reflete a complexidade dos serviços 45

46 prestados. Se no limite efetuarmos análises de custo-benefício ao ato médico poderíamos incorrer numa subversão das regras de faturação, o que no limite poderia ser indutor de alteração do mix de produção para cada um dos hospitais. Numa perspetiva de rede, julgamos que as decisões de gestão a este nível terão que ir além destas análises de modo a não provocar desequilíbrios no sistema. Competirá, deste modo, à administração central, através das agências de contratualização, identificar onde poderão ser rentabilizados alguns nichos de produção, sem pôr em causa a equidade e universalidade no acesso e a prevenção de situações que promovam a seleção adversa. Medidas adotadas e resultados: Os custos diretos são imputados aos centros de custo respetivos, estando parametrizados no sistema de informação as imputações de custos com pessoal e gastos gerais. Quanto aos gastos diretos são imputados em função de cada operação, quer no domínio dos consumos, dos subcontratos ou de outros fornecimentos e serviços. A informação gerada pelo sistema de informação de contabilidade analítica é crucial para o processo de contratualização interna, e proporciona um conhecimento adequado dos recursos afetos a cada serviço/centro de custo. As situações pontuais identificadas no referido relatório foram objeto de análise e de correção, embora não tivessem qualquer impacto no processo de contratualização interna. Tal como tínhamos referido no contraditório, a evolução de um sistema de contabilidade analítica do método das secções homogéneas para outro mais direcionado para a atividade deverá em nossa opinião ser conduzido pela Tutela com as devidas adaptações ao Plano Nacional de Contabilidade Analítica. III. Rever os preços acordados com entidades privadas prestadoras de serviços de radioterapia para, no mínimo, poder beneficiar dos preços mais económicos já praticados aos Institutos de Oncologia do Porto e de Lisboa. Em sede de contraditório referimos o seguinte: Pode ler-se no Relatório (página 17) que o IPO de Coimbra evidenciou, em 2009 e 2010, custos unitários com a subcontratação de serviços de radioterapia convencional superiores aos dos restantes Institutos e, no ponto seguinte, concluem os Autores do Relatório que a divergência dos custos evidencia falta de articulação dos Institutos na negociação da subcontratação deste tipo de prestação de serviços. O IPO de Coimbra não adquire serviços de radioterapia ao exterior porquanto responde integralmente às necessidades dos seus próprios doentes e ainda assegura os tratamentos de todos os doentes da Região Centro (com exceção dos doentes dos CHUC) referenciados pelas unidades hospitalares da Região. É assim agora e foi assim sempre ao longo da história de uma Instituição que comemora, este mesmo ano de 2012, meio século. Daí que a articulação do IPO de Coimbra 46

47 com os restantes Institutos, especificamente para aquisição de serviços de radioterapia ao exterior, careceria de sentido uma vez que não faz parte do seu plano de negócios. O recurso do IPO de Coimbra a prestadores privados na área da radioterapia ocorreu apenas por duas vezes em toda a sua história: A primeira em 2006, aquando das obras de remodelação do Serviço para instalação dos novos equipamentos e apenas no período mais crítico da intervenção que obrigou à paragem dos tratamentos. Mesmo nesse período o IPO de Coimbra não deixou de assumir as suas responsabilidades perante toda a Região Centro, pelo que continuou a receber todos os doentes. A aquisição de serviços ao exterior, nessa época, foi precedida de consulta aos diversos prestadores privados, sendo a principal variável a capacidade para responder em tempo útil a um tão grande afluxo de doentes e só após confirmação de que nenhuma das Instituições do SNS, designadamente os Institutos e os HUC dispunham de capacidade de resposta. A segunda e última vez ocorreu em 2009 (um reduzidíssimo numero de doentes terminou os seus tratamentos já em 2010, mas foram iniciados em 2009), esteve relacionada com uma situação absolutamente excepcional e imprevisível e culminou na saída de 3 Médicos Especialistas para outra Unidade Hospitalar como, de resto, bem refere a nota 36 do Relatório. Em circunstâncias como aquelas, em que o que está em causa é garantir a continuidade de tratamento dos doentes, muitos deles já iniciados, não é possível compatibilizar a prioridade clínica com os procedimentos de consulta e negociação de condições. O processo de referenciação foi conduzido diretamente pela Diretora do Serviço de então e o prestador escolhido foi, uma vez mais, aquele que tinha capacidade para responder de imediato às necessidades e tendo em conta o bom desempenho em termos clínicos de que havia dado mostras em Refere também o Relatório que aquela situação foi o resultado de uma deficiente política de gestão de pessoal por parte do IPO de Coimbra que não acautelou, em devido tempo, a saída de Especialistas da Instituição. Com o devido respeito, não pode o IPO de Coimbra estar mais em desacordo. O IPO de Coimbra, desde o início do processo de empresarialização, definiu uma política de remunerações coerente e consistente relativamente à qual jamais abriu qualquer exceção. Isso significa que as remunerações pagas dentro de cada grupo profissional são exatamente as mesmas para o mesmo conteúdo funcional e carga horária e têm como referencial as remunerações das carreiras e categorias correspondentes em Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas. Naturalmente que ao longo destes quase 10 anos muitas têm sido as pressões dos profissionais para negociar condições remuneratórias individualizadas, muitas vezes encorajados quer pela prática, quer por propostas concretas de outras Instituições. O IPO de Coimbra nunca trilhou esse caminho porque acredita que o vínculo dos profissionais com a Instituição se forja mais num projeto de qualidade e no prestígio associado à marca IPO e menos numa abordagem imediatista de competição pelos salários. E tem sido com esta postura de coerência que a Instituição tem sabido fixar os melhores. Daí que as 47

48 saídas de profissionais, por razões meramente salariais, têm sido absolutamente insignificantes. Entendemos que de cada vez que uma Instituição do SNS entra em competição direta com outra pela contratação de profissionais, exclusivamente alavancada no valor do salário, gera um único efeito que é o do aumento do preço do fator trabalho sem que a esse aumento esteja associado qualquer valor, sendo que muitas vezes o saldo chega mesmo a ser negativo em termos de valor acrescentado para o todo da rede pública. É pois essencial esclarecer que, no caso dos três Médicos Especialistas que saíram em 2009, a única forma que o IPO de Coimbra tinha de acautelar a sua saída seria pelo aumento do valor dos respetivos salários e esse é um caminho que não queremos percorrer e que os bons resultados se têm encarregado de demonstrar que não deveria ter sido percorrido. De facto, passada a turbulência inerente ao processo negocial que encetaram com a Instituição que os contratou e à instabilidade que esse processo lhes causou e que diretamente esteve na origem da queda da capacidade de produção do serviço que originou a necessidade de recurso ao exterior, a saída daqueles três profissionais permitiu reorganizar o serviço de radioterapia, redesenhar processos e equipas e a Instituição passou a evidenciar um desempenho absolutamente notável, com uma média de tratamentos por ano, respondendo às necessidades de toda a Região Centro, acolhendo e tratando doentes do IPO de Lisboa em técnicas especificas e ao abrigo de protocolos concretos e com o mesmo número de profissionais, uma vez que aqueles especialistas não foram substituídos, desde logo porque não existem especialistas no mercado para os substituir. No entanto, tratando-se o IPO de Coimbra de uma Instituição idónea para a formação médica pós-graduada em Radioterapia, foi possível, de forma planeada e sem comprometer os princípios contratuais anteriormente explicitados, sobretudo no que respeita às condições remuneratórias, continuar a investir na formação de internos, e assim garantir a contratação de novos médicos, repondo o stock de especialistas do serviço, e acautelando, deste modo, a resposta às necessidades dos doentes. IV. Alargar os processos de aquisição conjuntos a outros medicamentos e ao fornecimento de serviços. Os três IPO s mantiveram o processo de aquisição conjunto ao nível dos medicamentos e de alguns dispositivos médicos. Ao longo dos vários anos foi possível obter ganhos muito significativos para o conjunto das Instituições e consequentemente para o sistema. No entanto, os benefícios conseguidos nos últimos dois anos têm sido menores, fruto das reduções significativas alcançadas em anos anteriores. No ano de 2012, a Tutela centralizou um processo negocial com a Apifarma, com ganhos substanciais para o IPO de Coimbra. 48

49 V. Instituir procedimentos de reavaliação sistemática dos novos medicamentos, com base nos resultados da sua aplicação em meio hospitalar. O modelo de organização da prestação de cuidados de saúde de oncologia em Portugal assenta na existência de três Centros Regionais de Oncologia cuja actividade é coordenada por uma Comissão Coordenadora e que, sem prejuízo da respectiva autonomia, constituíram até 2002, um Instituto Nacional de Cancro, o Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil. As redes de referenciação hospitalar de oncologia têm sido desenhadas em torno desta realidade que decorre da existência de três Centros Compreensivos de Cancro e, não obstante os cuidados prestados por Hospitais Gerais, com os quais trabalham em parceria, os Institutos de Oncologia são responsáveis por cerca de 50% dos cuidados oncológicos prestados a nível nacional. Este modelo de organização coloca Portugal em linha com os países mais avançados do mundo ocidental, na luta contra o cancro. Os três IPO s mantiveram o processo de aquisição conjunto ao nível dos medicamentos e de alguns dispositivos médicos. Ao longo dos vários anos foi possível obter ganhos muito significativos para o conjunto das Instituições e consequentemente para o sistema. No entanto, os benefícios conseguidos nos últimos dois anos têm sido menores, fruto das reduções significativas alcançadas em anos anteriores. Não obstante, julgamos que existe margem para potenciar as sinergias do actual modelo de organização testado ao longo de quase um século, quer no domínio da actividade clínica (actualização e divulgação de protocolos e normas de orientação clínica) quer na vertente da eficiência (plataforma logística, uniformização de consumos, racionalização de investimentos, aquisições conjuntas de bens e de serviços) e terá um impacte muito significativo na melhoria dos resultados em saúde da populações e na racionalidade com que recursos escassos são utilizados na prossecução de uma missão de indiscutível interesse publico. 49

50 XV. OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES Anexo 6 - EPNF Cumprimento das Orientações legais Cumprimento S N N.A. Justificação Objectivos de Gestão: Contrato Programa X Ponto I Objetivo 2 Objetivo 3 Gestão do Risco Financeiro X Ponto II Limites de Crescimento do Endividamento X Ponto II Evolução do PMP a fornecedores X Ponto III Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") X Ponto III Deveres Especiais de Informação X Ponto IV Recomendações do acionista na aprovação de contas: Recomendação 1 Recomendação 2 Remunerações: Não atribuição de prémios de gestão, nos termos art.º 29.º da Lei 64- B/2011 X Órgãos sociais - redução remuneratória nos termos do art.º 20.º da Lei 64-B/2011 X Órgãos Sociais - redução de 5% por aplicação artigo 12º da Lei n.º 12- A/2010 X Órgãos Sociais - suspensão sub. Férias e natal, nos termos do art.º 21º da Lei 64-B/2011 X Auditor Externo - redução remuneratória nos termos do artº 26º da Lei 64-B/2011 X Restantes trabalhadores - redução remuneratória, nos termos do art.º 20º da Lei 64-B/2011 X Restantes trabalhadores - suspensão sub. Férias e natal, nos termos do art.º 21º da Lei 64-B/2011 X Artigo 32º do EGP Utilização de cartões de crédito Reembolso de despesas de representação pessoal Contratação Pública Normas de contratação pública Normas de contratação pública pelas participadas Contratos submetidos a visto prévio do TC Adesão ao Sistema Nacional de Compras Públicas Parque Automóvel Principio da Igualdade do Género Medida 1 Medida 2 Plano de Redução de Custos Gastos com pessoal Fornecimentos e Serviços Externos Redução nº Efetivos e Cargos Dirigentes Nº de efetivos X Ponto XII Nº de cargos dirigentes X Princípio da Unidade de Tesouraria X Ponto XIII X X X X X X X X X X Ponto V Ponto VI Ponto VII Ponto VIII Ponto IX Ponto X Ponto XI - 50

51 GOVERNAÇÃO CLÍNICA 51

52 A Governação Clínica assume-se como o sistema institucional que visa garantir uma prestação de cuidados de saúde de qualidade, numa perspetiva de melhoria contínua, aos doentes do IPO de Coimbra. Em linha com os documentos estruturantes da abordagem institucional da qualidade, nomeadamente no que à Estratégia da Governação Clínica diz respeito (O.S. n.º 26/2009 de 18/11), em 2012 procedeu-se ao acompanhamento e monitorização de alguns indicadores clínicos, bem como outros indicadores com relevo para a Governação Clínica, definidos no respetivo Plano de Ação. I. INDICADORES CLÍNICOS I - a) ACTIVIDADE CIRÚRGICA A Cirurgia constitui-se como intervenção de primeira linha em muitas situações clínicas e, no domínio da oncologia, de especial relevo no tratamento de tumores sólidos. Em termos de financiamento hospitalar é uma das principais linhas de atividade, onde o preço atribuído constitui o padrão, quer para valorização do contrato, ponderado pelo casemix das outras linhas de produção, quer ainda como referência no cálculo do doente padrão. Toda atividade cirúrgica, convencional ou ambulatória, é classificada em ICD9 MC, diagnósticos e procedimentos. Esta classificação, desenvolvida pela OMS, permite a codificação dos diagnósticos através de um código de três dígitos 6 (mínimo), que possibilita a hierarquização em categorias, obtendo-se maior detalhe através do desdobramento por algarismos colocados à direita do terceiro dígito. Tal codificação, combinada com um conjunto de variáveis de entrada, permite o agrupamento em Grupos de Diagnóstico Homogéneo (GDH) - sistema de classificação de doentes, clinicamente coerente e similar do ponto de vista do consumo de recursos, processo que tem por base um algoritmo informático denominado agrupador. A cada GDH corresponde um peso relativo, conferindo-lhe um valor acrescentado pelo facto de permitir a medição e definição do casemix de um hospital, indicador de complexidade da patologia tratada e utilizado para a gestão hospitalar como ponderador do preço de referência acima enunciado, diferenciando por esta via o financiamento. O exercício que a seguir se empreende tem como fonte a base resultante da codificação (LDRG), elegendo-se apenas os episódios de GDH cirúrgico 7 e 6 Esta codificação agrupa 19 categorias, duas das quais suplementares onde se incluem as admissões para Quimioterapia, Radioterapia ou inserções de CTI e, a outra de causas externas. 7 De acordo com a classificação estabelecida na tabela publicada pela Portaria nº 132/2009, modificada pela Portaria nº 839-A/2009, anexo II. 52

53 expurgados por ano os doentes com mais de um episódio para o mesmo tipo de patologia, obtendo-se o que denominámos de Doentes distintos patologia/ano. Apresentam-se as categorias diagnósticas mais significativas, desdobrando-as de forma a uma melhor apreensão da patologia tratada, correspondendo os valores à distribuição de CIRURGIA PROGRAMADA CONVENCIONAL Começamos por apresentar a atividade cirúrgica convencional oferendo uma perspetiva evolutiva do triénio ( ) Cirugia Programada Convencional Doentes distintos Patologia/Ano 2. Neoplasias ( ) Linear (2. Neoplasias ( )) O gráfico evidencia de forma inequívoca um aumento da atividade cirúrgica bem como um crescente número de episódios codificados na categoria 2. Neoplasias ( ), conforme representa a linha de tendência. Na tabela a seguir, apresentam-se episódios por sexo e escalão etário, verificando-se um claro domínio do género feminino, com uma distribuição etária mais homogénea embora crescente ao ritmo da idade; quanto ao género masculino a distribuição apresenta-se mais assimétrica, igualmente crescente à medida que subimos no escalão etário, em que o último escalão reúne 52% do total dos casos. Escalao etario Nº Episodios Feminino (F) Doentes distintos por patologia/sexo e escalão etário Freq. Relativa Escalao etario Nº Episodios Masculino (M) Freq. Relativa Escalao etario Total % Relativa (F) % Relativa (M) < % 40 3% % 24% 35 a % 51 4% % 17% 45 a % % % 30% 55 a % % % 39% > % % % 45% Total Geral % % % 37% Distribuição por categoria dos episódios cirúrgicos programados convencional Da observação do gráfico verifica-se que do total dos episódios classificados em 2012, a categoria 2. Neoplasias ( ), apresenta um claro destaque, com 53

54 um quantitativo total de casos 79% - retrato bem nítido do core cirúrgico do IPO Coimbra, em pleno acordo com a área em que se insere. 2. Neoplasias ( ) 79% Doenças do Aparelho Geniturinário ( ) 19. Classificação Suplementar Factores com Influência no Estado de Saúde e 8. Doenças do Aparelho Respiratório ( ) 3. Doenças Endócrinas, Nutricionais, Metabólicas e da Imunidade 17. Lesões e Intoxicações ( ) 9. Doenças do Aparelho Digestivo ( ) 4. Doenças do sangue e órgãos hematopoiéticos ( ) 12. Doenças da pele e tecido subcutâneo ( ) 13. Doenças do Aparelho Osteomuscular e do Tecido Conjuntivo ( ) 14. Anomalias congénitas ( ) 1. Doenças infecciosas e parasitárias ( ) 6. Doenças do Sistema Nervoso e dos Órgãos dos Sentidos ( ) 7. Doenças do Aparelho Circulatório ( ) Categoria 2. Neoplasias ( ) Neoplasia Maligna do Osso, Tecido Conjuntivo, Pele e Mama ( ) 33% 822 Neoplasia maligna dos órgãos genitourinários ( ) 19% 464 Neoplasias benignas ( ) Neoplasia maligna de outras localizações não especificadas ( ) Neoplasia maligna dos órgãos digestivos e peritoneu ( ) 12% 11% 13% Neoplasia maligna do lábio, cavidade oral, e faringe ( ) Neoplasia maligna do sistema respiratório e orgãos intratorácicos ( ) Carcinoma in situ ( ) Neoplasias de comportamento incerto ( ) Neoplasia maligna dos tecidos linfático e hematopoietico ( ) 4% 3% 3% Tumores Neuroendócrinos ( ) 1 Detalhando os episódios verifica-se que estes se distribuem por cinco grupos de maior dimensão (acima dos 10% da distribuição), liderados pela patologia que se inscreve no intervalo a qual representa quase o dobro da categoria posicionada em segundo lugar, tal como se pode observar no gráfico aqui apresentado. Apresentaremos a seguir, por ordem de grandeza (quantidade de episódios classificados em cada intervalo), os cinco agrupamentos mais representativos da distribuição, permitindo conhecer com maior detalhe a patologia tratada: Neoplasias malignas, ossos, tecidos conexos, pele e mama ( ) Neste intervalo de classificação os dois grupos com maior peso relativo são a Neoplasia da Mama Feminina com 541 (66%), e a Neoplasia Maligna da Pele NCOP com 202 (24%), representando 90% dos episódios. Os restantes 10% distribuem-se por quatro categorias. 54

55 41; 5% 32; 4% 5; 1% NEOPLASIA MALIGNA DA MAMA FEMININA 202; 24% NEOPLASIA MALIGNA DA PELE, NCOP MELANOMA MALIGNO DA PELE NEOPLASIA MALIGNA DO TECIDO CONJUNTIVO E OUTROS TECIDOS MOLES NEOPLASIA MALIGNA DA MAMA MASCULINA 541; 66% NEOPLASIA MALIGNA DOS OSSOS E CARTILAGENS ARTICULARES Neoplasias malignas dos órgãos génito-urinários ( ) No segundo intervalo, a patologia prostática apresenta uma expressão dominante com 204 casos (44%); seguindo-se-lhe a patologia uterina com 77 (17%); as neoplasias da bexiga com 76 (16%); e dois agrupamentos com percentagem de distribuição na ordem dos 7%, respectivamente, rim e órgãos urinários e patologia maligna do colo do útero 33 e 32 episódios; por último, referindo apenas os mais significativos, com 21 casos (4%), as neoplasias malignas do ovário, anexos e útero. 32; 7% 12; 3% 9; 2% 21; 4% 204; 44% NEOPLASIA MALIGNA DA PROSTATA NEOPLASIA MALIGNA DO CORPO DO UTERO 33; 7% NEOPLASIA MALIGNA DA BEXIGA NEOPLASIA MALIGNA DO RIM E ORGAOS URINARIOS NCOP OU NAO ESPECIFICADOS NEOPLASIA MALIGNA DO COLO DO UTERO 76; 16% 77; 17% NEOPLASIA MALIGNA DO OVARIO E OUTROS ANEXOS DO UTERO NEOPLASIA MALIGNA DOS ORGAOS GENITAIS FEMININOS NCOP E SOE NEOPLASIA MALIGNA TESTICULO, PENIS E OUTROS ORGAOS GENITAIS MASCULINOS Neoplasia maligna de outras localizações não especificadas ( ) Na patologia classificada neste intervalo existe uma maior simetria de distribuição, observando-se contudo que 67% se reparte por dois tipos de patologia: as neoplasias malignas da tiróide, a mais representativa com 116 casos (39%) e as neoplasias malignas secundárias dos aparelhos respiratório e digestivo. A terceira porção do gráfico representa as neoplasias malignas secundárias dos gânglios linfáticos com 21% da distribuição. 55

56 34; 12% 1; 0% NEOPLASIA MALIGNA DA GLANDULA TIREOIDE 116; 39% NEOPLASIA MALIGNA SECUNDARIA DOS APARELHOS RESPIRATORIO E DIGESTIVO 62; 21% NEOPLASIA MALIGNA SECUNDARIA OU N/ESPECIF. DOS GANGLIOS LINFATICOS NEOPLASIA MALIGNA SECUNDARIA DE LOCALIZACAO ESPECIFICADA NCOP 83; 28% NEOPLASIA MALIGNA DE LOCALIZACAO NAO ESPECIFICADA Neoplasia maligna dos órgãos digestivos e peritoneu ( ) No que respeita ao intervalo , patologia do foro digestivo, predominam três tipos de neoplasias malignas: cólon com 100 episódios (36%); recto/junção recto-sigmoideia e ânus com 93 episódios (34%); e do estômago com 60 episódios (22%). 5; 2% 5; 2% NEOPLASIA MALIGNA DO COLON 12; 4% 60; 22% 100; 36% NEOPLASIA MALIGNA DO RECTO, JUNCAO RECTO- SIGMOIDEIA E ANUS NEOPLASIA MALIGNA DO ESTOMAGO NEOPLASIA MALIGNA RETRO-PERITONEAL E PERITONEAL NEOPLASIA MALIGNA DO ESOFAGO 93; 34% OUTRAS NEOPLASIAS MALIGNAS DO APARELHO DIGESTIVO Neoplasias Benignas ( ) 22; 7% 10; 3% 17; 5% 22; 7% 5; 1% 12; 4% 9; 3% 9; 3% 10; 3% 42; 13% 44; 14% 119; 37% NEOPLASIA BENIGNA DA MAMA LEIOMIOMA UTERINO NEOPLASIA BENIGNA DO LABIO, BOCA E FARINGE NEOPLASIA BENIGNA DA GLANDULA TIREOIDE NEOPLASIA BENIGNA DO OVARIO LIPOMA NEOPLASIA BENIGNA DE GLANDULAS ENDOCRINAS E ESTRUTURAS AFINS NCOP NEOPLASIA BENIGNA DOS ORGAOS RESPIRATORIOS INTRA-TORACICOS NEOPLASIA BENIGNA DA PELE NEOPLASIA BENIGNA DO TECIDO CONJUNTIVO E TECIDOS MOLES NCOP NEOPLASIA BENIGNA DO APARELHO DIGESTIVO, NCOP OUTRAS NEOPLASIA BENIGNAS Por último, terminamos a abordagem de distribuição dos eventos cirúrgicos convencional, com a classificação do intervalo ( ) - Neoplasias Benignas. Também aqui a patologia mamária continua a ser a que apresenta um maior número de episódios (119 37%), seguindo-se dois grupos com valores de distribuição muito próximos, na ordem dos 14% - 13%, um pertencente à 56

57 patologia genital feminina (Leiomioma uterino: 44-14% e Neoplasia benigna lábio, boca e faringe 42-13%). Por fim, e para referir apenas as mais significativas, observam-se dois grupos com 22 casos cada (7%) correspondentes à patologia tiroideia e do ovário. CIRURGIA DE AMBULATÓRIO A opção da abordagem cirúrgica por esta via necessita de uma reflexão que é preciso levar a cabo por cada instituição. Analisar e refletir sobre a atividade cirúrgica realizada de forma a conseguir encontrar as melhores soluções para um programa cirúrgico seguro, eficiente e racional quer do ponto de vista económico mas, sobretudo de qualidade. A realização cirúrgica em ambulatório, além de requisitos próprios, estruturais, socioeconómicos, sociofamiliares de suporte, psicológicos do doente, de proximidade, obedece ainda a uma criteriosa seleção dos doentes e das patologias passíveis de resolução cirúrgica neste regime. Sempre que congregadas tais premissas, o seu recurso, proporciona ao utente uma recuperação em ambiente familiar, com menor perigo de infeção e intercorrências, contribui para um mais rápido restabelecimento e regresso ao quotidiano, promove o acesso e uma maior rendibilização dos recursos disponíveis. Em oncologia, embora não se constitua massivamente como intervenção de primeira linha, a excisão de pequenas lesões da pele e de algumas lesões de alto grau de probabilidade degenerativa - pré-malignas, assume um papel de especial importância, conferindo-lhe um carácter proactivo no tratamento e prevenção da doença oncológica. A acrescer ao que atrás foi dito, a variabilidade anual de doentes com patologias possíveis ou não de resolução por este tipo de abordagem, condiciona igualmente o maior ou menor número de eventos. Assim, ao longo do triénio analisado verifica-se uma ligeira redução do número de eventos, pese embora a patologia oncológica, classificada na categoria 2. Neoplasias ( ) apresente um aumento relativamente à patologia resolvida em Apresentamos também uma tabela de distribuição por escalão etário e sexo, verificando-se igualmente domínio do género feminino com eventos (76%) 57

58 contra os 424 realizados para o género masculino (24%). Em qualquer dos géneros o maior número de casos ocorre no escalão etário mais elevado. Contudo e à semelhança do que se passa na cirurgia convencional, a distribuição pelos diversos escalões, no género feminino, apresenta maior homogeneidade, com maior número de ocorrências em escalões etários mais baixos. Doentes distintos por patologia/sexo e escalão etário Escalao etario Nº Episodios Feminino (F) Freq. Relativa Escalao etario Nº Episodios Masculino (M) Freq. Relativa Escalao etario Total % Relativa (F) % Relativa (M) < % 42 10% % 14% 35 a % 26 6% % 11% 45 a % 45 11% % 16% 55 a % 67 16% % 27% > % % % 36% Total Geral % % % 24%. Distribuição por categorias dos Eventos Cirúrgicos do Ambulatório No ambulatório cirúrgico, é também a categoria 2. Neoplasias ( ) que apresenta um maior valor de distribuição com cirurgias (64%). 136; 8% 27; 1% 464; 27% 2. Neoplasias ( ) 10. Doenças do Aparelho Geniturinário ( ) 12. Doenças da pele e tecido subcutâneo ( ) Outras categorias diagnósticas 1.108; 64% Contudo, existem ainda duas outras categorias com um valor bastante significativo: Doenças do aparelho génito-urinário ( ) com 464 episódios representando 27% e ainda Doenças da pele e tecido subcutâneo ( ) com 136 casos (8%). Categoria 2. Neoplasias ( ) 101; 9% 39; 4% 207; 17% Neoplasia Maligna do Osso, Tecido Conjuntivo, Pele e Mama ( ) Neoplasias benignas ( ) Neoplasias de comportamento incerto ( ) Carcinoma in situ ( ) 323; 29% 513; 46% Restantes sub-categorias diagnósticas 58

59 O gráfico detalha a distribuição da patologia codificada na categoria 2. Neoplasias destacando-se dois grupos: Neoplasia maligna do osso, tecido conjuntivo, pele e mama ( ) com 513 episódios - 46%, e o outro, Neoplasias benignas ( ), 323 casos - 29%. Ainda dignos de menção encontram-se dois intervalos de classificação: neoplasias de comportamento incerto ( ) e carcinoma in-situ ( ) com quantitativos de 207 (17%) e de 101 (9%) episódios, respetivamente. Os quatro gráficos a seguir apresentados explanam de forma mais objetiva as patologias codificadas nos intervalos atrás referidos. 34; 7% Intervalo NEOPLASIA MALIGNA DA PELE, NCOP 21; 6% 11; 3% 19; 6% 15; 5% Intervalo NEOPLASIA BENIGNA DA PELE MELANOMA MALIGNO DA PELE NEOPLASIA BENIGNA DA MAMA 476; 93% NEOPLASIA MALIGNA DO TECIDO CONJUNTIVO E OUTROS TECIDOS MOLES 254; 79% LIPOMA 4; 3% Intervalo ; 29% Intervalo NEOPLASIA COMPORTAMENTO INCERTO TECIDOS/LOCALIZACOES NCOP OU N/ESPECIFICADAS CARCINOMA IN SITU DA MAMA E APARELHO GENITO-URINARIO 128; 97% NEOPLASIA DE COMPORTAMENTO INCERTO DOS ORGAOS GENITO- URINARIOS 72; 71% CARCINOMA IN SITU DA PELE Em dois dos gráficos apresentados, verifica-se um domínio claro da patologia do órgão pele, quer no intervalo , neoplasias malignas, quer no , neoplasias benignas. O intervalo correspondente às neoplasias de comportamento incerto é praticamente dominado por patologia de tecidos/localizações NCOP ou não especificadas. Já no que respeita ao último gráfico do grupo, intervalo o carcinoma in-situ da mama e aparelho genito-urinário representa 71% da distribuição sendo os restantes 29% correspondentes a carcinoma in-situ da pele. Categoria 10. Doenças Aparelho Genitourinário ( ) Conforme já referido, na patologia agrupada no intervalo , são as doenças do foro genital feminino que detêm praticamente a totalidade da distribuição 88% casos. 59

60 25; 6% 29; 6% 1; 0% 10. Doenças Aparelho genitourinário ( ) Outras Doenças do Tracto Genital Feminino ( ) Doença Inflamatória dos Órgãos Pélvicos Femininos ( ) Doenças da Mama ( ) Doenças dos Órgãos Genitais Masculinos ( ) 409; 88% Categoria 12. Doenças Pele e Tecido subcutâneo ( ) Por último, apresentamos um gráfico, em que o detalhe é obtido pelo agrupamento ao terceiro dígito do diagnóstico principal. Desta forma conseguese uma leitura mais exata da localização/patologia tratada. Esta categoria representa 136 eventos cirúrgicos, distribuídos por três classificações, todas elas pertencentes ao órgão pele. 23; 17% 1; 0% 12. Doenças pele tecido subcutâneo ( ) Diagnóstico - agrupamento ICD 3º dígito 48; 35% 64; 47% DERMATOSE NAO CLASSIFICAVEL EM OUTRA PARTE TRANSTORNOS DA PELE E TECIDO CELULAR SUBCUTANEO, NCOP DOENCAS DAS GLANDULAS SEBACEAS DOENCAS DO CABELO E FOLICULOS PILOSOS Finalizamos a abordagem da distribuição da atividade cirúrgica (programada convencional e ambulatório), com uma leitura global do que até aqui apresentámos: Tendência crescente da patologia codificada na categoria 2. Neoplasias ( ), com predomínio da patologia mamária (quer em convencional quer em ambulatório); Maior número de utentes do género feminino (63% e 76%, respetivamente convencional e ambulatório); Distribuição do número de eventos crescente ao ritmo da idade, em acordo com o carácter crónico-degenerativo da patologia do foro oncológico, embora mais assimétrico no género masculino com manifestações mais tardias, ao invés no género feminino em que a distribuição apresenta maior simetria. 60

61 I - b) ATIVIDADE ASSISTENCIAL RELATÓRIO E CONTAS 2012 CONTRATO PROGRAMA Num ano especialmente exigente de contenção da despesa pública, em geral, e da despesa do SNS, em particular, a contratualização com os Hospitais prorrogou para 2012 o Contrato-Programa , mantendo na generalidade os seus pressupostos e metodologia mas modificando os preços. Essencialmente, as alterações decorrentes do acordo modificativo para 2012 traduziram-se, numa diminuição de 8% nos preços unitários das várias linhas de produção, na assunção por parte do hospital da responsabilidade financeira decorrente das intervenções cirúrgicas realizadas por terceiros e no plafonamento dos proveitos provenientes do Contrato Programa ao valor global do acordo assinado. Em termos globais, a atividade assistencial de 2012 caracterizou-se pela estabilidade face aos resultados que o IPO de Coimbra tem vindo a conseguir ao longo dos últimos anos. Assegurou-se uma produção de cuidados de saúde capaz de corresponder quer às necessidades das populações, quer ao compromisso firmado em sede de Contrato Programa. Contrato Programa de 2012 Preço Unitario ICM Quantidade Valor da Produção % Contratada Contratada Execução Consultas Externas Primeiras 121, , % Seguintes 110, , % Internamento GDHs Médicos 2.116,4 1, , % GDHs Cirúrgicos 2.116,4 1, , % Ambulatório 2.116, ,4 Lar de Doentes GDHs Médicos GDHs Cirúrgicos 0,1395 0, , , % % Dias de Estadia 69, , % Total da Produção Valor Faturado % Total produção % Medicamentos % Internos % Valor da Produção Contratada % Incentivos % Valor Total do Contrato % Em termos da execução do contrato SNS, embora ainda não haja dados finais, constatamos que 2012 foi mais um ano em que a maioria das linhas de produção viu os objetivos traçados praticamente alcançados ou mesmo ultrapassados, conforme se pode aferir no quadro acima apresentado. Para além de cumprir as metas de produção, tem também procurado fazê-lo com qualidade e eficiência tal como se demonstra pelo quadro dos objetivos de qualidade e eficiência com os quais se comprometeu. 61

62 Objetivos de Qualidade e Eficiência 2012 Indicador Ponderação Objectivo Cumprimento A. Acesso A.1 Percentagem das primeiras consultas no total de consultas médicas (%) 3,0% 17,10 SIM A.2 Permilagem de doentes sinalizados para a RNCCI, até 5 dias, no total de doentes saídos, nas especialidades de Cuidados Paliativos, Ginecologia, Oncologia Médica e Radioterapia-Braquiterapia ( ) 3,0% 9,5 NÃO A.3 Percentagem de consultas realizadas e registadas no CTH no total de 1as consultas (%) 3,0% 16,15 SIM A.4 Percentagem de doentes cirurgicos tratados em tempo adequado (%) 3,0% 85,5 SIM A.5 Percentagem de utentes referenciados para consulta externa atendidos em tempo adequado (%) 3,0% 92,15 SIM B. Desempenho Assistencial 15,0% B.1 Demora média (dias) 5,9% 7,77 SIM B.2 Percentagem de doentes saídos com duração de internamento acima do limiar máximo (%) 3,5% 2,1 SIM B.3 Percentagem de reinternamentos em 30 dias (%) 3,5% 26,25 SIM B.5 Percentagem de cirurgias realizadas em ambulatório no total de cirurgias programadas (GDH) (%) 3,5% 35,15 NÃO B.6 Percentagem de consumo de embalagens de medicamentos genéricos, no total de embalagens de medicamentos (%) 3,6% 29,45 SIM C. Desempenho Económico/Financeiro 20,0% C.1 Percentagem dos custos com pessoal ajustados no total de proveitos operacionais (%) 3,0% 47,91 SIM C.2 Percentagem dos custos com horas extraordinárias, suplementos e FSE (seleccionados), no total de custos com pessoal (%) 3,0% 12,82 SIM C.3 Percentagem de proveitos operacionais extra contrato-programa, no total de proveitos (operacionais) (%) 3,0% 4,22 SIM C.4 EBITDA ( ) 3,0% SIM C.5 Acréscimo de Dívida Vencida ( ) 3,0% 0 SIM Objectivos Regionais 15,0% F.1 Variação de custos com MCDT externalizados (%) (1) 16,6% -6,71 NÃO F.2 Variação de custos com Medicamentos (%) (2) 16,7% 3,2 SIM F.4 Tempo máximo admissível para preenchimento dos ficheiros de acompanhamento no SICA (dias) 16,7% Sim SIM ACESSO O IPO de Coimbra, enquanto instituição hospitalar de referência no tratamento da doença oncológica, oferece e promove o acesso aos cidadãos da sua área direta de influência, cumprindo o preconizado na Carta dos Direitos de Acesso aos Cuidados de Saúde, Lei n.º 41/2007, de 24 de agosto. Tem procurado dar resposta a todos os pedidos, processados através da plataforma CTH ou por outras vias, desde que baseados em critérios válidos de referenciação para uma instituição hospitalar especializada no tratamento da patologia oncológica e se encontrem no âmbito das especialidades disponibilizadas. A existência de uma ferramenta como o CTH, tem permitido de uma forma mais ágil e com maior clareza de ação, proporcionar aos cidadãos um acesso mais célere a cuidados especializados, variável primordial no tratamento da doença oncológica. No entanto, continua sem enviar para o software hospitalar, a prioridade atribuída a cada pedido de consulta inviabilizando a eficaz monotorização do seu grau de urgência. 62

63 Apesar da existência de algumas especialidades com maior dificuldade de resposta, nomeadamente Urologia, tem vindo a conseguir-se progressos significativos quer em termos de avaliação dos pedidos quer em termos de diminuição da espera, com cumprimento dos prazos legais. Com o objetivo de garantir um sistema integrado e universal de registo e de gestão do acesso às primeiras consultas de especialidade hospitalar no SNS, a portaria 615/2008 de 4 de Julho no seu ponto 11 e mais recentemente a portaria nº 95/2013 de 4 de Março preconizam o alargamento do CTH à referenciação por via informática, dos pedidos com origem em outros hospitais e ou outros serviços internos, o que até à data ainda não aconteceu provocando constrangimentos internos no planeamento das consultas dado que uns chegam via informática e outros, a grande maioria chega ainda via papel. Outro projeto nacional, essencial para a acessibilidade, tem sido o Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), o qual visa garantir aos beneficiários do SNS a igualdade no acesso ao tratamento cirúrgico programado dentro de tempos máximos - por prioridade e patologia, servindo-se para o efeito de instrumentos de avaliação e controlo de toda a actividade cirúrgica realizada a nível nacional. Os tempos de resposta por prioridade foram efetuados de acordo com as metas acordadas tal como se verifica no quadro infra e que já analisámos anteriormente com mais pormenor. Cirurgia programada Tempos máximos de resposta garantidos (TMRG) Nível de acesso TMRG TGR da entidade e tipo de cuidados TR da entidade Ano 2012 Prioridade de nível 4 de acordo com a avaliação da especialidade hospitalar 72 (setenta e duas) horas após a indicação clínica 72 horas 15 horas Prioridade de nível 3 de acordo com a avaliação da especialidade hospitalar 15 (quinze) dias após a indicação clínica 15 dias 5 dias Prioridade de nível 2 de acordo com a avaliação da especialidade hospitalar Prioridade de nível 1 de acordo com a avaliação da especialidade hospitalar 60 (sessenta) dias após a indicação clínica 270 (duzentos e setenta) dias após a indicação clínica 45 ou 60 dias consoante a patologia (oncológica ou não) 60 ou 270 dias consoante a patologia (oncológica ou não) 31 dias 39 dias CONTRATUALIZAÇÃO INTERNA A contratualização interna tem assumido ao longo dos últimos anos um papel importante de suporte à prossecução da estratégia, com reflexos efetivos no bom desempenho institucional e consequentemente no cumprimento dos objetivos definidos. A aposta tem sido no desdobramento interno do Contrato Programa e num estreito acompanhamento da respetiva execução, onde a ferramenta de análise específica Indicador Global de Eficiência (IGE), conjuga aspetos financeiros e não financeiros, permitindo desta forma a ligação com a missão e estratégia 63

64 institucional satisfação máxima dos clientes (utentes do SNS) e com uma melhor utilização dos recursos. Os objetivos definidos para 2012 foram os constantes do quadro seguinte, dependendo das características dos serviços. Nº Doentes Saídos Demora média Objetivos de Produção Objetivos de Qualidade e eficiência Tempo médio de avaliação do pedido de marcação de consulta no ALERTP1* Indice case mix Nº de Cirurgias de Ambulatório %Cumprimento do Tempo Máximo de Resposta Garantido (TMRG) Nº de Cirurgias Programadas para BO Taxa de Ocupação do Bloco (Tempo Cirúrgico) Nº de Gdhs Médicos de Ambulatório Custo por doente padrão Nº de Consultas Externas % de doentes saidos com duração de internamento acima do limiar máximo % de Primeiras Consultas % de reinternamentos em 30 dias Nº de Diarias de Lar % de cirurgias realizads em ambulatório(gdh) no total de Cirurgias programadas(gdh) Nº de Exames Ponderados % Embalagens de Genéricos Prescritos O estabelecimento de metas, e a assunção destas pelos Serviços, permite no seu todo, que o IGE seja, por um lado, um instrumento de navegação para o serviço e, por outro, uma medida que permite estabelecer um ranking do cumprimento dos objetivos traçados. Da leitura deste ranking, observa-se que 29 % dos Serviços ultrapassaram os objetivos contratualizados e 72% situaram-se acima dos 90% de cumprimento. Indicador Global de Eficiência (IGE) Serviço 2012 Serviço 2012 Gastrenterologia 106% Medicina Nuclear 93% Dermatologia 106% Oncologia Médica 93% Estomatologia 105% Ginecologia 92% ORL 101% Cirurgia Cabeça e Pescoço 89% Endocrinologia 98% Cirurgia 87% Medicina e Cuidados Paliativos 97% Urologia 86% Radioterapia 95% Pneumologia 82% ATIVIDADE ASSISTENCIAL Procedendo a uma breve análise às diversas linhas de produção verificamos que após um aumento muito acentuado durante o ano de 2011, em 2012, a produção diminuiu ligeiramente pela quebra da procura por parte de novos doentes. O aumento das taxas moderadoras e a mudança na política de transportes não deverão ser alheios à redução de 3% verificada na inscrição de novos doentes. 64

65 Var. 2012/2010 Var. 2012/201 Novos Doentes % -3% Consultas Externas Nº de Consultas médicas % -1% % Primeiras consultas 17,6% 18,0% 17,0% -4% -6% Consultas outros profissionais % -5% % Embalagens genéricos prescritos Internamento 18% 29% 33% 79% 13% Doentes Saídos % 0% Demora Média 7,05 7,37 7,53 7% 2% Taxa de Ocupação 68% 73% 73% 7% 0% Índice-Case-Mix 1,22 1,25 1,26 3% 1% Cirurgias Cirurgias % GDH Cirúrgicos 48% 48% 54% 13% 12% Cirurgias Convencionais % 1% Cirurgias Ambulatórias % -5% % Cirur. Amb. No Total de 39% 36% 35% -10% -4% Nº de doentes em Lista % -14% 1 Tratamentos Radioterapia Externa % -1% Braquiterapia % 40% Quimioterapia ambulatória % -2% Assegurar uma utilização mais racional e eficiente dos recursos disponíveis, sem prejuízo da garantia de acesso efetivo dos cidadãos, com elevada qualidade, aos cuidados de saúde que os seus estados clínicos exigem, constitui um dos objetivos fundamentais de uma política de saúde que vise assegurar o direito à proteção da saúde. Sendo o doente-padrão, uma medida de atividade hospitalar global que reflete em doentes equivalentes de internamento cirúrgico, toda a atividade do Hospital, pode-se concluir que a produção total do IPO de Coimbra em 2012, a preços do Contrato Programa 2012, teve um acréscimo de 1,7% relativamente a 2010 e uma diminuição de 1,1% em relação a Analisando o indicador custo por doente padrão que espelha a relação da produção medida em doentes-padrão com os custos operacionais, verifica-se ao longo do triénio, uma diminuição acentuada representando uma variação de -10,4% relativa a 2010 e de -4,4% em relação a 2011, traduzindo uma maior eficiência na gestão dos recursos. 65

66 3.228, , , , , Custo Operacional - Doente Padrão Sem efeito Subsídio de Férias LISTA DE ESPERA CIRÚRGICA O SIGLIC (Sistema Informático de Gestão da Lista de Inscritos para Cirurgia), recentemente referido pela OCDE como um programa estrutural exemplar, enquanto programa nacional de gestão do acesso procura garantir o tratamento equitativo dos doentes por ordem de entrada e prioridade clínica assegurando, sempre que os tempos máximos de resposta garantidos (TMRG) estão em risco de ser ultrapassados, a liberdade de escolha do utente de entre prestadores públicos ou privados com carteira de serviços disponível. Assume ainda especial importância consoante a criticidade da patologia em causa, tal como é o caso da oncologia em que a existência de um tempo óptimo de resolução influencia inequivocamente o êxito, determinante da eficácia do tratamento cirúrgico. O cumprimento do TMRG constitui-se como um indicador de desempenho do hospital, contribuindo em termos de incentivos e/ou penalizações, sendo imputada ao hospital de origem a responsabilidade financeira da não realização atempada do episódio cirúrgico aquando da transferência e efetivação por qualquer hospital de destino (público ou convencionado) ,5 1,4 1,0 1,0 Dez-10 Mai-11 Dez-11 Dez-12 2,4 2,1 1,8 1,5 1,2 0,9 0,6 0,3 0 LIC TE (mediana) A introdução em 2011 de uma nova versão da plataforma do programa acabou por perturbar o regular funcionamento e resposta do sistema. Uma vez que a instituição trabalha diretamente sobre a aplicação, sem qualquer interface de permeio, a suspensão temporária e acessoriamente todo o tempo para a estabilização/disponibilização das diversas opções, teve reflexo no 66

67 funcionamento da regulação da LIC Institucional e, consequentemente uma deterioração de alguns dos indicadores ,93 0,90 0, ,4 2,1 1,8 1,5 1,2 0,9 0,6 0,3 0 Entradas em LIC Operados TE (mediana) Operados Assim, o caminho da recuperação tem vindo a ser trilhado de forma paulatina, ainda com algumas situações avolumadas por resolver, encontrando-nos, por isso, em fase de recuperação. No gráfico pode-se constatar o que até aqui foi tentado explicar por palavras. No final de maio de 2011 a LIC situava-se dentro dos valores médios de anos anteriores, sofrendo, a partir daqui um agravamento quer em termos de indicador de espera quer de número de inscritos foi um ano de resolução de situações criadas devido a este handicap conseguindo-se um fecho de ano com um número de propostas em LIC já bastante consentâneo com a lista de espera real, pese embora o tempo de espera se encontre ainda dilatado, fruto essencialmente de um número de propostas com espera bastante elevada. Tais situações encontram-se identificadas, correspondendo a eventos cirúrgicos que embora de cariz não puramente oncológico respeita contudo a doentes do foro desta doença, na sua maioria relacionados com eventos antecedentes. Apesar das condicionantes apresentadas, globalmente 2012 pautou-se por um desempenho em linha com os anos transatos, quanto ao número de entradas, ao número de cirurgias realizadas, quer ainda à mediana do tempo de espera dos operados, a qual continua abaixo do valor mediano de 1 mês. Assim, permitimo-nos afirmar que, apesar dos constrangimentos referidos, a instituição mantém a preocupação e o olhar atento dos atores da área cirúrgica no sentido de uma gestão eficiente da espera em função da prioridade/patologia do doente. II. GESTÃO DO MEDICAMENTO O consumo de medicamentos foi, no ano de 2012, de , o que representou uma redução de 10% relativamente a Continuando a política de negociações iniciada há alguns anos, foi possível obter ganhos por redução de preços, por bónus, por Notas de Crédito de rappel num valor superior a três milhões de euros, aos quais deverá acrescer-se 500 mil euros de redução da despesa por via do acordo entre o Ministério da Saúde e a Apifarma. 67

68 Quanto aos consumos por centro de custo há que referir a redução generalizada na maioria dos centros de custo, dos quais se destaca a redução de 6% no Hospital de Dia de Quimioterapia, de 16% no internamento de Oncologia Médica e de 28% na Consulta de Hematologia. A consulta de Nutrição registou também uma redução de mais de 50%, embora tivesse aumentado a quantidade de produtos nutricionais dispensados, resultado direto da redução de preços conseguida. Os centros de custo do laboratório de Patologia Clínica registaram também uma redução generalizada dos custos. Houve porém alguns centros de custo que registaram aumentos, nomeadamente a consulta de Oncologia Médica (7%) e a de Urologia (6%), bem como a Imagiologia (14%). O aumento de custos registado na consulta de Oncologia Médica ( ) pode imputar-se principalmente à prescrição de Abiraterona ( ) e Lapatinib ( ). No ano de 2012 não se introduziu nenhum novo antineoplásico no Formulário do IPO de Coimbra. A constituição da Comissão de Farmácia e Terapêutica foi alterada a partir de julho de 2012, mas manteve os procedimentos e critérios de validação instituídos, contribuindo também de forma efetiva para o controlo da despesa com medicamentos. Durante o ano de 2012 procedeu-se à aquisição de uma nova aplicação informática para a gestão de stocks e prescrição de medicamentos em regime de ambulatório e de internamento. Em setembro iniciou-se a parametrização da base de dados de medicamentos e, a partir de meados de outubro, foi dada formação aos médicos, enfermeiros e farmacêuticas de modo a ser possível iniciar a prescrição de medicamentos em regime de internamento já na nova aplicação. A prescrição para ambulatório iniciou-se em dezembro, em regime experimental, tendo-se tornado obrigatória apenas a partir de janeiro de Ficou assim concluído o processo de informatização da prescrição médica no IPO de Coimbra. No referente à gestão de stocks, a nova aplicação só foi introduzida a partir de 1 de janeiro de Ainda no campo das aplicações informáticas, em janeiro de 2012, foi implementada a nova versão do software ONCOFARM, para prescrição de citostáticos, que apresenta algumas vantagens qualitativas relativamente à versão anterior. No âmbito das instalações e equipamentos, em agosto de 2012 foi dada por concluída a construção de uma nova sala limpa para preparação de citostáticos, que servirá para apoio de retaguarda em casos de avarias do equipamento da sala principal e foi adquirida uma hotte para a preparação de manipulados não estéreis, visando assim aumentar a qualidade das preparações e a segurança do ambiente e dos técnicos que procedem à manipulação. 68

69 III. ATIVIDADE CIENTÍFICA Em 2012 o Gabinete Coordenador da Investigação (GCIN) continuou empenhado em melhorar a celeridade da apreciação dos projectos de investigação clínica. No que diz respeito aos ensaios clínicos, transitaram de anos anteriores vinte ensaios. Em 2012 foram submetidos ao GCIN três ensaios clínicos e quatro estudos observacionais. De acordo com a centralização de dados relativos à atividade científica da instituição a que o Gabinete Coordenador da Investigação procede e de acordo com a informação enviada pelos serviços, registou-se em 2012 o seguinte: ENSAIOS CLÍNICOS A decorrer no Serviço de Oncologia Médica: BCIRG 005: Ensaio clínico de fase III, randomizado, multicêntrico, comparando DOCETAXEL em combinação com DOXORRUBICINA e CICLOFOSFAMIDA versus Doxorrubicina e Ciclofosfamida no tratamento adjuvante do carcinoma da mama operado HER-2 negativo com gânglios axilares positivos. Promotor: Sanofi-Aventis HERA: Ensaio clínico de fase III, randomizado, multicêntrico, comparando HERCEPTIN adjuvante 1 ou 2 anos versus observação em doentes com carcinoma da mama HER-2 positivo que completaram quimioterapia adjuvante. Promotor: Roche Farmacêutica VITORIA/L00070 IN 303 B0: Ensaio clínico de fase III, de VINFLUNINA e GEMCITABINA versus Paclitaxel e Gemcitabina em doentes com carcinoma da mama recorrente ou metastático não operável, após quimioterapia adjuvante com Antraciclinas. Promotor: Pierre Fabre BEATRICE/BO 20289: «Ensaio clínico multinacional, multicêntrico, aberto, de 2 braços, de fase III, de BEVACIZUMAB na terapêutica adjuvante do cancro da mama triplo negativo». Promotor: Roche/Quintilles LUX-Breast-1: «Ensaio clínico de fase III, aberto, aleatorizado, com BIBW 2992 e VINORELBINA versus Trastuzumab e Vinorelbina em doentes com cancro da mama metastizado com sobre-expressão de Her-2 que falharam tratamento anterior com Trastuzumab». Promotor: Boehringer-ingelheim EMILIA: «Ensaio multicêntrico, randomizado, de fase III, para avaliar a eficácia e segurança de TRASTUZUMAB-MCC-DM1 versus Capecitabina e Lapatinib em doentes com carcinoma da mama HER-2 positivo localmente avançado ou metastizado previamente tratadas com TRASTUZUMAB». Promotor: Roche/Covance AVAglio/BO21990: «Ensaio clínico randomizado, multicêntrico, duplamente cego, controlado com placebo, de fase III, de BEVACIZUMAB, TEMOZOLAMIDA e RADIOTERAPIA seguidos de BEVACIZUMAB e TEMOZOLAMIDA versus placebo, Temozolamida e radioterapia seguidos de placebo e Temozolamida em doentes com glioblastoma multiforme recentemente diagnosticado». Promotor: Roche MORAb : «Ensaio clínico randomizado, duplamente cego, controlado com placebo, de fase III, para avaliar a eficácia e segurança de FARLETUZUMAB (MORAb-004) semanal em combinação com CARBOPLATINA e TAXANO em indivíduos com primeira recidiva de cancro do ovário sensível à platina. Promotor: Morphotek/PPD AGO-OVAR 12/ /LUME-OVAR-1: «Ensaio clínico multicêntrico, randomizado, de fase III, para avaliar a eficácia e segurança do BIBF1120 em combinação com CARBOPLATINO e PACLITAXEL comparado com 69

70 placebo e Carboplatino e paclitaxel no carcinoma do ovário avançado (IIB-IV)». Promotor: Boehringer Ingelheim TRINOVA: «Ensaio clínico de fase III, randomizado, duplamente cego, de PACLITAXEL e AMG 386 ou placebo, em mulheres com carcinoma do ovário recorrente, carcinoma da trompa ou primário peritoneal após um regime com platino». Promotor: Amgen-Biofarmacêutica, Ldª CABAZ C 05331: «Ensaio clínico multicêntrico, braço único,aberto, com intenção de fornecer antecipadamente o acesso ao CABAZITAXEL a doentes com cancro da próstata hormono-refractário metastizado, tratados previamente com um regime contendo Docetaxel e e para documentar a segurança de CABAZITAXEL nestes doentes. Promotor: Sanofi-Aventis C Ensaio clínico de fase III, aleatorizado, em dupla-ocultação e multicêntrico para comparar o ORTERONEL (TAK-700) combinado com PREDNISONA versus placebo combinado com Prednisona em doentes com carcinoma da próstata metastático hormono-resistente que tenha progredido durante ou após quimioterapia com DOCETAXEL. Promotor: Millenium Pharmaceuticals, Inc./PPD Global Ltd. DIGEST / TPU-S1303 Um estudo de fase III, aberto, multicêntrico e randomizado acerca do S-1 e CISPLATINA em comparação com 5-FU e CISPLATINA em doentes com cancro gástrico metastático difuso, anteriormente não tratados com quimioterapia. Promotor: Taiho Pharma USA/ Covance FIRSTANA/EFC11784: Estudo aleatorizado, aberto e multicêntrico de comparação entre CABAZITAXEL a 25 mg/m2 e a 20mg/m2 em combinação com PREDNISONA a cada 3 semanas e docetaxel em combinação com prednisona em doentes com carcinoma da próstata hormono- refractário metastático não tratados previamente com quimioterapia. Promotor: Sanofi-Aventis IMCL CP : Ensaio clínico de fase III, aleatorizado, em dupla ocultação e controlado com placebo de PACLITAXEL semanal com ou sem o medicamento RAMUCIRUMAB (IMC-1121B) em doentes com Adenocarcinoma Gástrico Metastático, refractário ou em progressivo, após terapêutica de primeira linha com platina e fluoropirimidina. Promotor: ImClone LLC / Eurotrials Consultores Científicos, SA EGF Ensaio clínico de fase III, para comparar a eficácia e segurança de LAPATINIB em associação com TRASTUZUMAB e um inibidor da AROMATASE (IA) versus Trastuzumab em associação com um IA versus Lapatinib em associação com um IA, como terapêutica de primeira linha em doentes pós-menopáusicas com cancro da mama metastático (CMM) com receptores hormonais positivos e HER2 positivo, que receberam trastuzumab e terapêutica endócrina no tratamento neoadjuvante e / ou adjuvante. Promotor: GlaxoSmithKline / PPD Global Ltd. LUX Lung 8/ : Ensaio clínico de fase III, aleatorizado com AFATINIB versus ERLOTINIB, em doentes com carcinoma avançado do pulmão de células escamosas, como terapêutica de segunda linha no seguimento de quimioterapia de primeira linha com quimioterapia com base em platinos. Promotor: Boehringer-Ingelheim SOLTI Estudo-piloto farmacogenómico exploratório de fase II, aberto, de eribulina como agente único (HALAVEN) no tratamento neoadjuvante de cancro da mama operável de fase I-II que não apresenta superexpressão do HER 2. Promotor: SOLTI / Novexem Portugal A decorrer no Serviço de Endocrinologia: Ensaio de Fase 3, multicêntrico, aleatorizado, em dupla ocultação, controlado com Placebo, do E7080 em Cancro da Tiróide diferenciado e refractário ao l131. Promotor: Eisai Limited / PPD Global Ltd. A decorrer no Serviço de Ginecologia: Ensaio Clínico V501 / PN018 - Estudo sobre Segurança e Imunogenicidade de GARDASIL (Vacina Recombinante contra o Papilomavírus Humano (Tipos 6, 11, 16, 18)) em Pré-adolescentes e Adolescentes dos 9 aos 18 anos de idade (Extensão de Ensaio Clínico). Promotor: Merck Sharp & Dohme 70

71 HPV-015 -: Estudo controlado de fase III, de dupla ocultação, randomizado, para avaliar a segurança, imunogenicidade e eficácia da vacina HPV-16/18 da GlaxoSmithKline Biologicals, administrada por via intramuscular, de acordo com um plano de três doses(0,1,6 meses) em mulheres adultas com idade igual ou superior a 26 anos.(emenda 05, 08 de Fevereiro de 2011). Promotor: GlaxoSmithKline Estudo Clínico HPV-062 Estudo de seguimento ginecológico, de fase IIIb, aberto, multicêntrico, para seguimento de um subgrupo de participantes do estudo HPV-015. Promotor: GlaxoSmithKline Estudo Clínico HPV-066 Estudo multicêntrico de imunização de fase IIIb, para avaliação da segurança da vacina HPV-16/18 l1vlp AS04 da GlaxoSmithKline (GSK) Biologicals,administrada por via intramuscular segundo um esquema de vacinação de 0, 1, 6 meses em participantes do sexo feminino saudáveis, que pertencem ao grupo no estudo HPV-015 da GSK. Promotor: GlaxoSmithKline ESTUDOS OBSERVACIONAIS CANTARISK/DIREG C 04823: «Registo prospectivo, não-intervencional, numa coorte de doentes oncológicos e receber quimioterapia para avaliação do risco de TEV (tromboembolismo venoso)». Promotor: Sanofi-Aventis EuLuCA - European Lung Cancer Audit - "Estudo Observacional, não interventivo, de recolha de dados demográficos e clínicos de doentes com cancro do pulmão num contexto Pan-Europeu". Promotor: The European Initiative for Quality Management in Lung cancer Care EIQMLCC. Estudo Clínico THYR "Um estudo retrospectivo e não interventivo em doentes com tumores no estadio T4 comparando o sucesso da ablação do remanescente da tiróide depois da administração de Thyrogen e 131 I versus privação de hormona tiroideia e administração de 131I". Promotor: Genzyme Europe B.V / Covance Estudo de "Avaliação dos custos e da efectividade dos análogos da somatostatina no tratamento da acromegalia em Portugal" - Estudo não Experimental, retrospectivo e multicêntrico, em doentes adultos com acromegalia, tratados com análogos da somatostatina. Promotor: Novartis Oncology / Exigo Consultores "Estudo Transversal de Caracterização dos Doentes com Neoplasias Neuroendócrinas, em Portugal". Promotor: Grupo de Estudos de Tumores Neuroendócrinos da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo / KeyPoint PRODUÇÃO CIENTÍFICA Publicações Apresentações Projectos de Actividade Pós-Graduação / Mestrado / Investigação Formativa Doutoramento Nacionais Internac. Nacionais Internac. Nacionais Internac. Interna Externa Frequência Defesa Orientação DERMATOLOGIA PATOLOGIA CLÍNICA GASTRENTEROLOGIA IMUNOHEMOTERAPIA ENDOCRINOLOGIA REGISTO ONCOLOGICO REGIONAL Doutoram. 0 0 UNIDADE DE NUTRIÇÃO PATOLOGIA MOLECULAR Doutoram. ONCOLOGIA MÉDICA FÍSICA MÉDICA

72 PROJETOS DE INVESTIGAÇÃO PARECERES FAVORÁVEIS Em 2012 o Gabinete Coordenador da Investigação pronunciou-se favoravelmente em relação aos seguintes projectos: «Estudo da prevalência de morbilidade psiquiátrica e evolução clínica numa população de doentes internados em cirurgia». Instituição proponente IPO de Coimbra «As práticas dos assistentes sociais em cuidados a doentes oncológicos em fim de vida». Instituição proponente ISCTE Instituto Universitário de Lisboa «Capacitação da pessoa com ostomia de eliminação para o autocuidado terapêutico». Instituição proponente Escola Superior de Enfermagem de Coimbra «A satisfação de indivíduos laringectomizados parciais, laringectomizados totais e glossectomizados parciais, face à intervenção em terapia da fala». Instituição proponente Escola Superior de Saúde Egas Moniz «Qualidade de vida em doentes submetidos a endoscopia digestiva alta». Instituição proponente IPO de Coimbra / Faculdade de Medicina da Universidade do Porto «Segurança das práticas dos enfermeiros». Instituição proponente Escola Superior de Enfermagem de Coimbra «Estudo da sintomatologia depressiva em doentes oncológicos e suas correlações clínico-patológicas». Instituição proponente IPO de Coimbra «Tratos e Retratos os enfermeiros da Unidade de Cuidados Intermédios, sob o olhar dos doentes de cirurgia torácica». Instituição proponente - IPO de Coimbra «Degradação de Cx43 por autofagia contribui para a progressão do cancro colo-rectal». Instituição proponente IPO de Coimbra / Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra / IBILI COLABORAÇÕES CIENTÍFICAS E PARTICIPAÇÕES EM REDE Nacionais: Universidade de Coimbra: Faculdade de Farmácia, Faculdade de Ciências e Tecnologia, LIP, HUC IPATIMUP, Universidade do Porto ISEC, Coimbra Universidade de Aveiro AIBILI Internacionais: Universidade de Rochester, Nova Iorque, EUA Instituto Trudeau, Saranac Lake, EUA DFKZ, Heidelberg, Alemanha Hospital Universitário das Canárias, Espanha Universidade de S. Paulo University, Brasil O IPO Coimbra é membro do: Centro de Neurociências e Biologia Celular, Universidade de Coimbra; Cluster for Health and Medical Solutions (CHMS). 72

73 SISTEMA DE INCENTIVOS FISCAIS DE I&D EMPRESARIAL (SIFIDE) As empresas que desenvolvam atividades no domínio da Investigação & Desenvolvimento podem beneficiar de um incentivo fiscal através da candidatura ao SIFIDE. Neste domínio o IPO de Coimbra recorreu a uma entidade externa com know-how neste domínio, sendo a sua retribuição de acordo com um sucess fee. Como objetivos deste projeto salientamos: 1. Apoio ao nível da estratégia de investimento na Inovação e I&D; 2. Identificação de todos os projectos que possam ser incentivados, e propor os melhores programas especificamente adaptados à situação e à estratégia de desenvolvimento, relativamente a atividades de Inovação, incluindo os programas do QREN e o SIFIDE; 3. Promover a Maximização do Financiamento dos Projectos mediante a utilização de todas as fontes de apoio possíveis (dispositivos fiscais diversos, programas de Financiamento nacionais tipo QREN, e programas Europeus); 4. Optimizar significativamente cada candidatura identificando e avaliando todos os custos elegíveis para cada programa; 5. Poupar o tempo dedicado pelo pessoal e todos os recursos internos mobilizados para a elaboração das candidaturas; 6. Como consequência, aumentar a capacidade de investimento próprio do IPO de Coimbra em novos projectos inovadores e outras melhorias; 73

74 IV. FORMAÇÃO O Gabinete Coordenador da Formação tem vindo a contribuir de forma decisiva para a melhoria das competências dos colaboradores do IPO de Coimbra. Em 2012 realizou, em colaboração com os serviços e outras estruturas intra e extra-institucionais, 52 ações de formação para um total de 968 formandos num volume de formação de horas. Parte desta formação foi realizada sob candidatura à medida 3.6 Profissionais de Saúde, no âmbito do Programa Operacional de Potencial Humano, tendo obtido um financiamento global de ,93. Curso N.º de Acções N.º de Formandos Destinatários Horas / Formando Volume de Formação FARMIS - Suporte à prescrição e administração de citostáticos 3 22 Médicos 4 88 FARMIS - Suporte à prescrição e administração de citostáticos 6 44 Enfermeiros e Técn. Sup. Saúde Segurança Hospitalar 1 29 Interlocutores da Gestão do Risco Geral (CHKS) 1 29 Segurança contra Incêndios com Simulacro no Serviço 8 92 Colaboradores dos Serviços 1 92 Segurança Hospitalar / Segurança contra Incêndios Todos os Grupos Profissionais Prevenção e Tratamento das Feridas em Doentes Oncológicos 1 15 Enfermeiros Suporte Básico de Vida 1 15 Administrativos e Auxiliares Suporte Básico de Vida 1 11 Técn. Sup. Saúde e Técn.Diagn. Terapêutica Suporte Avançado de Vida 1 12 Médicos e Enfermeiros Indicações para Transplante Hepático nos Tumores Neuroendócrinos 1 21 Médicos 1 21 Prevenção e Controlo da Infecção Associada aos Cuidados de Saúde 1 10 Enfermeiros e Técn.Diagn. Terapêutica Comunicação com o Doente Oncológico 1 8 Médicos Avaliação dos resultados dos testes de screening utilizados no Serviço de Imunohemoterapia para pesquisa de HIV 1/2, comparativamente com os resultados dos testes confirmatórios 1 10 Colaboradores do Serviço de Imunohemoterapia Implicações Terapêuticas das Doenças Virusais (HIV, VEB, Hepatite e HPV) e Cancro 1 27 Médicos 1 27 Curso de Bioestatística 1 5 Médicos Dor Crónica no Doente Oncológico 1 9 Enfermeiros Casuística de aloanticorpos identificados no Serviço de Imunohemoterapia, nos últimos 5 anos 1 8 Colaboradores do Serviço de Imunohemoterapia O Auxiliar nos Cuidados de Saúde 1 12 Auxiliares Gestão de Resíduos Hospitalares 1 96 Todos os Grupos Profissionais 1 96 Carcinoma laríngeo / hipofaringe localmente avançado: protocolo de preservação de orgão 1 19 Médicos Reflexão sobre SNG / PEG 1 18 Médicos Integração para Novos Colaboradores 1 11 Novos Colaboradores Curso de Oncologia nas Patologias de Cabeça e Pescoço e Pulmão 1 9 Enfermeiros Ventilação Mecânica: Princípios Básicos em Enfermagem 1 9 Enfermeiros Curso de Oncologia na Patologia Gastrointestinal e Urológica 1 9 Enfermeiros Prescrição Electrónica para Ambulatório 2 67 Médicos 1 67 PEG - Casuística 1 23 Médicos 1 23 A intervenção dos Vigilantes como garante das instalações 2 15 Vigilantes 1 15 Abordagem do Tratamento das Metástases Pulmonares 1 22 Médicos 2 44 TOTAL

75 V. REGISTO ONCOLÓGICO Criado pela portaria nº. 35/88, de 16 de janeiro, o Registo Oncológico Regional do Centro encontra-se sedeado no Instituto Português de Oncologia de Coimbra. A sua área de influência geográfica é constituída pela população residente nos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu e tem como principal objetivo o registo de todos os novos casos de cancro diagnosticados nesta região. Das actividades desenvolvidas em 2012, destacam-se: Levantamento, consulta e registo de processos da fonte IPO, relativos ao primeiro semestre de 2011; Validação, tratamento e análise de dados registados pelas diversas fontes e relativos a 2010/2011; Detecção, avaliação e recuperação do sub-registo da fonte IPO (2010); Tratamento e publicação dos dados regionais de incidência referentes ao ano de 2010; Produção e análise de indicadores de desempenho dos diversos registos oncológicos hospitalares; Contactos regulares com as fontes e feed-back relativo ao desempenho e qualidade da informação registada; Através do RNU, levantamento de dados de óbito verificados entre 2000 e 2011 e registo na aplicação ROR Centro; Manutenção do portal web do ROR Centro ( Participação em reuniões e congressos, nomeadamente: Reunião do GRELL, Reunião do Estudo Internacional CONCORD, Congresso Europeu de Epidemiologia, Congresso Internacional de Registo de Cancro; Estudos de sobrevivência dos tumores da mama e do estômago; Sobrevivência de tumores infantis (fase de publicação). Foram, ainda, efectuadas as seguintes actividades: Análise da evolução temporal da incidência de tumores da mama, estômago e pulmão; Participação e apresentação oral, de um trabalho, na reunião anual do RORENO; Colaboração com o RORA na análise da mortalidade, incidência e sobrevivência dos tumores da mama, nos Açores; Colaboração com o RORA na análise da sobrevivência dos tumores do estômago, nos Açores, Curso de Bio-Estatística, ministrado nas instalações do IPO de Coimbra. VI. AUDITORIA À QUALIDADE DOS REGISTOS DOS PROCESSOS CLÍNICOS No seguimento do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo Grupo da Auditoria à Qualidade dos Registos do Processo Clínico desde 2008, foram 75

76 auditados 540 processos clínicos em 2012, de acordo com a metodologia adoptada, cujos resultados se apresentam no gráfico seguinte: Parcial 9,3% Estatística Anual Não Aplicável 17,4% Não (Intolerável) 1,4% Σ Não 7,2% Não 5,8% Sim 66,1% Sim Parcial Não Aplicável Não Não (Intolerável) O Não (Intolerável) corresponde aos 6 critérios cujo incumprimento é considerado pelos auditores externos inaceitável e que anula toda a avaliação do respectivo processo clínico: - Falta de consentimento informado do doente; - Falta de relatório operatório; - Falta de relatório de anestesia; - Falta de preenchimento da folha de alergias ( Folha de alertas clínicos ); - Falta de resultados de meios complementares de diagnóstico; - Falta de folha terapêutica; - Falta informações detalhadas sobre os medicamentos que o doente está a tomar. VII. REFERENCIAÇÃO DE DOENTES PARA A RNCCI No quinto ano de atividade, a Equipa de Gestão de Altas do IPO de Coimbra (EGA) continuou empenhada na avaliação integral (clínica e social) de doentes internados dependentes sinalizados pela Equipa Funcional (médico assistente, enfermeiro e assistente social). Cada doente é observado no internamento e é elaborado um relatório clínico e social pormenorizado, com vista à identificação da tipologia que melhor irá responder às necessidades do doente para ser admitido na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). A escolha da tipologia por parte da EGA continua a ser orientada por critérios clínicos e não pelo tempo de demora de admissão nas Unidades/Serviços da RNCCI. 76

77 No ano de 2012 as Equipas Funcionais sinalizaram à EGA 113 doentes. Constatase que a sinalização por parte das equipas funcionais, continua a ser tardia, demorando em média 9,29 dias desde o primeiro dia de internamento. No ano de 2012, nas primeiras 24 horas ou seja no primeiro dia de internamento, foram sinalizados 21 doentes. Relativamente à proveniência dos doentes verificou-se que 41 doentes se encontravam internados no Serviço de Cuidados Paliativos, 15 no Serviço de Oncologia Médica, 7 no Serviço de Medicina Interna, 14 no Serviço de Radioterapia, 12 no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, 19 no Serviço de Cirurgia Geral e 3 no Serviço de Ginecologia. O Serviço de Urologia sinalizou 2 doentes à EGA. O número de doentes sinalizados pela EGA à RNCCI em 2012 foi de 113 doentes, sendo que 46 destes (40,71%) foram cancelados em pré-alta ou a aguardar vaga. As causas de cancelamento foram óbito, alterações de estado clínico ou recusa do doente/família. A tipologia de unidade mais solicitada pela EGA e com maior número de doentes admitidos foi a de Cuidados Paliativos (27 doentes), seguida de Longa Duração/Manutenção (26 doentes). Dos doentes sinalizados (113), 67 doentes (59,29%) beneficiaram de apoio nas Unidades/ Serviços da Rede. Em relação aos doentes que beneficiaram, verificase que 50 doentes (77,62%) tiveram alta diretamente do IPO de Coimbra para a RNCCI, enquanto 17 doentes (25,38%) regressaram ao domicílio, tendo ingressado posteriormente nas Unidades/Serviços da Rede. Por outro lado, 46 doentes (40,71%) referenciados não beneficiaram de apoio nas Unidades/Serviços da Rede. Verificou-se uma demora média de 9,29 dias entre a data de internamento e a data de sinalização dos doentes. Já entre a sinalização e a referenciação, a demora média foi de 6,54 dias. Assim, no quinto ano de atividade da EGA, continua a constatar-se que a sinalização por parte das equipas funcionais é tardia, demorando em média 9,29 dias após o primeiro dia de internamento. Esta demora poderá justificar-se em primeiro lugar pela multidisciplinaridade subjacente à doença oncológica e à especificidade do seu tratamentos que tornam difícil a programação da alta e a sinalização à EGA. O facto dos 3 elementos que compõem a Equipa de Gestão de Altas do IPO de Coimbra desempenharem simultaneamente outras funções Institucionais também torna difícil o acompanhamento integral de todos os doentes internados e a sua sinalização precoce. Apesar das dificuldades que o processo de referenciação de doentes dependentes internados no IPO de Coimbra implica, os elementos que constituem a EGA, conseguiram manter a celeridade na avaliação e referenciação dos doentes à Rede. 77

78 No ano de 2012, continua a observar-se um tempo de espera considerável para a admissão de doentes referenciados à RNCCI o que também favorece a sinalização tardia por parte das equipas funcionais, bem como a continuidade de cuidados com qualidade de forma atempada. Verifica-se que a sensibilidade das equipas funcionais para a escolha do apoio oferecido pelas Equipas de Cuidados Continuados Integrados ao domicílio é praticamente inexistente, o que coloca à EGA o desafio da formação neste âmbito a fim de rentabilizar a capacidade de respostas deste tipo de equipas em benefício do doente e da instituição. VIII. CONTROLO DE TRANSCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS A minimização do risco associado à transcrição de medicamentos levou a que, em 2012, se desse continuidade ao sistema que pretende reduzir tendencialmente a zero, o erro inerente à referida transcrição, iniciado já em Com a implementação da prescrição eletrónica de medicamentos continua a justificar-se o sistema de controlo visto que é preciso garantir a concordância entre a prescrição e o cardex. Todos os serviços de internamento estão cobertos por este sistema tendo, em 2012, abrangido 99,83% dos doentes internados. Controlo da Transcrição de Medicamentos ANO Serviço N.º de Doentes com prescrição Nº de Doentes (Conformidade) Nº de Doentes (Não Conformidade) % Ginecologia % Cirurgia Geral % Cirurgia Cabeça e Pescoço/Urologia % UCI % Radioterapia % Oncologia Médica % Cuidados Paliativos % Total: % IX. CONTROLO DA INFECÇÃO ASSOCIADA À PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE A Comissão de Controlo da Infecção (CCI) continua a desenvolver a sua atividade essencialmente em três grandes vertentes: vigilância epidemiológica, recomendação de boas práticas e formação. 78

79 A CCI, nomeadamente a coordenadora e a enfermeira, realizaram formação sobre o estudo de prevalência da Infeção Associada aos Cuidados de Saúde (IACS) e Utilização de Antimicrobianos em Hospitais, organizada pela DGS. Como consequência desta formação a nossa Instituição participou na realização do estudo, cumprindo as orientações do European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), que decorreu entre 21 de maio e 8 de junho. Os resultados deste estudo na nossa Instituição, dados a conhecer ao Conselho de Administração em altura própria, revelaram uma taxa de prevalência de infeção de 4,22%, sendo a infeção mais prevalente a infeção respiratória. No âmbito da campanha de higienização das mãos que continua a decorrer na Instituição, foram observadas, em 2012, um total de 1384 oportunidades das quais se obtiveram 950 ações realizadas, o que corresponde a uma taxa de adesão de 68,74%, colocando a Instituição no nível satisfatório. O Volume de solução antisética da base alcoólica gasta, no ano de 2012, foi de 900,5 litros. Continuamos a realizar a vigilância da ferida cirúrgica no Serviço de Cirurgia Internamento, tendo sido identificados 39 doentes com infeção durante o ano de 2012, sendo que neste mesmo ano e só no serviço em referência foram operados 1319 doentes, o que nos permite dizer que a incidência de infeção do local cirúrgico foi de 2,95%. Das infeções estudadas 20 foram classificadas como superficiais, 15 como profundas e 4 como órgão/espaço. Nestes 39 doentes só em 16 foram pedidas culturas para identificação microbiológica, tendo sido identificados 4 Staphylococcus aureus sendo 3 meticilino-resistentes e 1 Enterococcus faecium resistente à vancomicina. Foram ainda isolados em 3 doentes Staphylococcus Epidermidis, em 1 doente Enterococcus faecalis, em 1 doente Pseudomonas aeruginosa, em 1 doente Escherichia coli, mas todos estes microrganismos sem resistências a antimicrobianos. Iniciámos a vigilância da Infeção Nosocomial da Corrente Sanguínea (INCS), no serviço de Oncologia Médica Internamento estando ainda em fase de tratamento dos dados. Manteve-se a realização mensal das auditorias à qualidade dos serviços prestados pela empresa contratada para a prestação de serviços de limpeza, participando em reuniões com a referida empresa para avaliação dos assuntos mais críticos e definição de estratégias de melhoria. A CCI participou em reuniões de negociação com a empresa a contratar para a prestação de serviços de limpeza. Colaborou também na selecção da empresa para a prestação da gestão integrada de resíduos. Colaborou ainda nas comissões de escolha de detergentes hospitalares, material descartável, equipamentos de protecção individual, material para higiene pessoal e de pensos, compressas, entre outros. 79

80 X. AUDITORIA À QUALIDADE DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM Com o objetivo de melhorar a qualidade da prestação dos cuidados de enfermagem, avaliar a eficiência do processo de trabalho, a adequação da estrutura e os resultados alcançados, permitindo a monitorização necessária ao alcance dos padrões de qualidade previamente estabelecidos, foi implementada em 2010, metodologia para auditoria em Enfermagem nos Serviços de Cuidados Paliativos, Radioterapia e Oncologia Médica. Em janeiro de 2011, após a revisão do Manual de Auditoria à Qualidade dos Cuidados de Enfermagem, incluiram-se as restantes unidades de internamento nomeadamente, Cirurgia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Urologia, Ginecologia e Unidade de Cuidados Intermédios. A auditoria à Qualidade dos Cuidados de Enfermagem foi realizada ao doente acamado, impossibilitado de se levantar da cama sem ajuda; internado há pelo menos 48 horas no Serviço; alimentado «per os», ou por sonda nasogástrica/ostomia de alimentação; dependente ou parcialmente dependente na realização das Necessidades Humanas Básicas. Esta auditoria foi efetuada através do exame físico/observação do doente para identificar as condições gerais do mesmo, observação do ambiente e análise dos registos. As áreas de cuidados auditadas foram a Segurança Física do Doente, Respiração, Alimentação e Volume de Líquidos, Eliminação, Atividade Motora, Higiene e Conforto Físico, Tegumentos, Necessidades Emocionais e Análise de Registos. Para cada uma destas áreas de cuidados foi definido o padrão de qualidade pretendido e os respetivos critérios de qualidade perfazendo um total de 41 critérios. Conformidades Cirurgia CCP e Urologia Cuidados Paliativos Ginecologia Oncologia Médica Radioterapia UCI IPO n % n % n % n % n % n % n % n % Janeiro 88 77,88% ,91% ,51% 50 86,21% ,07% ,65% ,43% ,84% Fevereiro 79 73,15% 82 71,30% ,39% ,89% ,45% ,21% ,98% ,45% Março ,81% ,05% ,35% 55 90,16% ,35% ,61% ,52% ,49% Abril ,88% ,66% ,02% ,24% ,54% ,78% ,77% ,21% Maio 46 85,19% 44 73,33% ,69% 53 96,36% ,71% ,64% ,49% ,57% Junho 28 73,68% ,23% ,99% ,88% ,93% ,77% ,74% Julho 29 85,29% 52 83,87% ,91% ,61% ,58% 90 84,91% ,09% Agosto ,67% ,47% ,33% % ,67% ,14% ,78% ,76% Setembro 92 80,00% 45 73,77% ,81% ,36% ,94% ,62% 83 78,30% ,29% Outubro 48 87,27% 95 79,17% ,61% ,66% ,02% ,16% 93 86,11% ,88% Novembro 98 86,73% 85 73,28% ,51% ,41% ,18% ,22% 80 78,43% ,38% Dezembro ,06% 99 77,34% ,44% ,77% ,23% ,53% 47 88,68% ,26% Total ,33% ,57% ,81% ,11% ,28% ,96% ,07% ,42% 80

81 Não Conformidades Cirurgia CCP e Urologia Cuidados Paliativos Ginecologia Oncologia Médica Radioterapia UCI IPO n % n % n % n % n % n % n % n % Janeiro 25 22,12% 57 22,09% 13 5,49% 8 13,79% 29 11,93% 33 14,35% 44 28,57% ,16% Fevereiro 29 26,85% 33 28,70% 15 6,61% 9 8,11% 43 17,55% 27 11,79% 65 29,02% ,55% Março 59 27,19% 53 20,95% 6 2,65% 6 9,84% 45 17,65% 41 18,39% 43 20,48% ,51% Abril 50 22,12% 35 19,34% 11 4,98% 11 5,76% 29 11,46% 35 15,22% 30 19,23% ,79% Maio 8 14,81% 16 26,67% 10 4,31% 2 3,64% 35 14,29% 21 17,36% 32 20,51% ,43% Junho 10 26,32% 43 17,77% 20 9,01% ,12% 23 13,07% 30 19,23% ,26% Julho 5 14,71% 10 16,13% 9 4,09% ,39% 35 15,42% 16 15,09% ,91% Agosto 26 13,33% 20 16,53% 6 2,67% 0 0,00% 44 18,33% 33 14,86% 26 17,22% ,24% Setembro 23 20,00% 16 26,23% 14 6,19% 12 7,64% 43 17,06% 38 16,38% 23 21,70% ,71% Outubro 7 12,73% 25 20,83% 10 4,39% 7 5,34% 23 8,98% 27 11,84% 15 13,89% ,12% Novembro 15 13,27% 31 26,72% 8 3,49% 6 3,59% 34 13,82% 48 20,78% 22 21,57% ,62% Dezembro 23 13,94% 29 22,66% 19 8,56% 9 5,23% 67 25,77% 50 23,47% 6 11,32% ,74% Total ,67% ,43% 141 5,19% 70 5,89% ,72% ,04% ,93% ,58% Conformidades Não Conformidades UCI Radioterapia Oncologia Médica IPO de Coimbra Ginecologia Cuidados Paliativos CCP e Urologia Cirurgia UCI Radioterapia Oncologia Médica IPO de Coimbra Ginecologia Cuidados Paliativos CCP e Urologia Cirurgia 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Os resultados obtidos demonstram uma percentagem global de cumprimento dos critérios de qualidade de 85,42% (Anexo 2). O Serviço com maior percentagem de cumprimento de critérios de qualidade 94,81% é o Serviço de Cuidados Paliativos, o que apresenta menor percentagem de cumprimento de critérios de qualidade 78,57% é o Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço/Urologia. Resultados Globais por Áreas de Cuidados - % de Conformidades S. Doente Respiração Alimentação Eliminação A. Motora Higiene Tegumentos N. Emocionais Registos 81

82 Pela análise dos dados dos relatórios mensais da auditoria podemos afirmar que as áreas de cuidados onde se verifica um maior cumprimento dos critérios de qualidade são: Necessidades Emocionais 100%, Tegumentos 99,39% e Actividade Motora 99,20%, sendo a Alimentação e Volume de Líquidos 94,59%, Segurança Física do Doente 91,90%e a Análise de Registos das ultimas 48 horas 76,40% as áreas de cuidados onde se verifica um menor cumprimento dos critérios de qualidade. Analisando os resultados obtidos, comparativamente ao ano de 2011, em termos de percentagens globais, houve um decréscimo do cumprimento de critérios de qualidade de 0,31%. Relativamente aos serviços auditados no ano anterior podemos constatar que em dois deles houve uma melhoria na percentagem do cumprimento dos critérios de qualidade, designadamente no Serviço de Cuidados Paliativos 91,77% em 2011 e 94,81% em 2012, e no Serviço de Ginecologia com 90,04% em 2011 e 94,11% em Contrariamente nos restantes serviços verificou-se um decréscimo na percentagem do cumprimento dos critérios de qualidade comparativamente ao ano anterior. A Análise de Registos das últimas 48 horas mantém-se como uma área critica pese embora, ter-se verificado uma melhoria na percentagem de cumprimento de critérios comparativamente ao ano anterior de 30,86%. É no entanto uma área que continua a necessitar de melhorar. Como planeado, foi implementada em 2012 a aplicação informática SAPE com a utilização da linguagem CIPE nos serviços de Cirurgia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço/Urologia. Está planeada a implementação desta aplicação informática, durante o corrente ano, nos serviços de Ginecologia, UCI e Radioterapia. Estamos convictos que a sua utilização se traduzirá numa melhoria dos registos de enfermagem. Pela análise dos relatórios mensais da auditoria interna podemos afirmar, que a percentagem de auditorias internas planeadas e não realizadas 25%, ocorre com maior frequência nos Serviços Cirúrgicos (Anexo 2). Esta circunstância deve-se ao facto de nos dias planeados para a realização da auditoria interna, não haver nos Serviços doentes internados que reúnam os critérios de inclusão estabelecidos. Após reflexão sobre este aspeto foi ligeiramente alterada a Metodologia da Auditoria sendo avaliadas as alterações no corrente ano. ÚLCERAS DE PRESSÃO Dando continuidade ao trabalho já desenvolvido nos últimos anos, o grupo multidisciplinar para a prevenção e tratamento das úlceras de pressão do IPO de Coimbra realizou um estudo de incidência de UP s nos Serviços de Internamento de Radioterapia (incluía a Braquiterapia) e Cuidados Paliativos (SCP). Durante o trimestre de maio a julho de 2012 foi realizado o estudo de incidência de úlceras de pressão (UP) nos Serviços de Internamento de Radioterapia (RT) e SCP. Foram notificados, numa folha de registo mensal, todos os doentes pelo seu número de processo clínico, referenciando a data de aparecimento de UP s e a 82

83 sua localização. Posteriormente foram levantados todos esses processos e realizado o preenchimento da folha de colheita de dados para a incidência das UP s. Como base para obter a incidência foi utilizada a fórmula de cálculo, abaixo indicada: Incidência de UPP = N de casos novos de pacientes com UPP em um determinado período X 100 N de pessoas expostas ao risco de adquirir UPP no período Analisando o número de doentes internados expostos ao risco de desenvolver UP s e o número destes, que desenvolveram UP s na instituição nos Serviços de RT e Cuidados Paliativos verificamos que a incidência de UP s nos serviços em estudo (conjuntamente) é de 3,74% sendo que, em separado, a RT apresentou uma incidência de 1.13% e o SCP de 8,89% no período supracitado. Nesta análise deve ter-se em atenção o baixo Score da Escala de Braden apresentado pelos doentes e o facto de, no serviço de CP os doentes passaram, em média, 21 dias sem desenvolver UP s enquanto que na RT esses dias reduzem para 11 dias. Neste estudo concluiu-se que a prevalência de UP é de 3,74%, sendo que nos serviços em estudo especificamente é de 1,13% na RT e de 8,89% no SCP, no período de maio a julho de Apareceram UP s em 10 doentes, sendo eles maioritariamente do género masculino e a sua média de idades de 68,3 anos. A média da Escala de Braden apresentada de 11,7 o qual nos revela um elevado risco destes doentes em desenvolver UP s, sendo a média da Escala de Braden dos doentes internados no SCP (11) inferior à do serviço de RT (14,5). A incontinência, a toma de medicação (Aminas), as alterações vasculares, hematológicas, tensionais e de temperatura são, a par dos edemas, os fatores presentes nos doentes que potenciam o aparecimento de UP s. Todos os doentes dispunham de dispositivo estático (colchão visco elástico de alta densidade), contudo verifica-se, pelo elevado risco de desenvolver UP s que deveriam ter também um dispositivo elétrico de alívio de pressão (colchão de 83

84 pressão alterna). Quanto às mobilizações percecionamos que, a maioria dos doentes são posicionados de 3/3h. Em média, após 19,1 dias de internamento, os doentes desenvolveram UP s. Das 35 UP s identificadas nos doentes que desenvolveram UP s denota-se que perto de metade (48,5%) foram desenvolvidas nos serviços em estudo nomeadamente 37,1% no serviço de CP e 11,4%, no serviço de RT. O domicílio apresenta-se como local propenso ao desenvolvimento de UP s, destacando-se ainda as UP s que provêm de outra Instituição (20%). Destaca-se uma média de 3,5 úlceras de pressão nos doentes que desenvolveram UP s. Analisando mais especificamente as UP s desenvolvidas nos serviços em estudo verificamos que 70% são de categoria I e II, 24% de categoria III sendo 6% de categoria IV, o que demonstra um baixo grau de profundidade, sendo possível a sua reversão pelo estadio inicial em que se encontram. A zona do corpo mais propícia ao desenvolvimento das UP s é a região dos calcâneos, seguindo-se a zona sagrada o que nos alerta para a adoção de medidas de prevenção mais adequadas e assertivas sobre estas áreas. Ao analisar o leito das UP desenvolvidas nos serviços em estudo 35% revelam maceração indicando necessidade de implementação de medidas de gestão do exsudado visto este estar presente em mais de metade das UP s. Deste estudo concluiu-se sobretudo que é essencial existir uma monitorização do risco de desenvolvimento de UP em doentes internados e a incidência de UP s, no sentido de serem implementadas medidas de prevenção o mais precocemente possível e de procurar a melhoria contínua dos cuidados prestados pela Instituição. INCIDÊNCIA DE EXTRAVASAMENTO DE CITOSTÁTICO ADMINISTRADO POR ACESSO VENOSO PERIFÉRICO A Incidência de Extravasamento de Citostático constitui um dos indicadores de qualidade clínica mais importantes numa Instituição Hospitalar especializada em oncologia, nomeadamente ao nível da segurança do doente. Atendendo a que o Hospital de Dia constitui a unidade em que, por excelência, são administrados estes fármacos, iniciou-se em 2011 a monitorização deste indicador, conforme quadro que segue onde apresentamos os dados referentes aos anos de 2012, em que: IECAAVP Incidência de Extravasamento de Citostático Administrado por Acesso Venoso Periférico; TCAAVP Tratamento Citostático Administrado por Acesso Venoso Periférico; ECAAVP Extravasamento Citostático Administrado por Acesso Venoso Periférico. 84

85 Mês N.º de doentes com TCAAVP N.º de doentes com ECAAVP Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total IECAAVP = Nº de doentes c/ ECAAVP por sessão de Hospital de Dia x 100 IECAAVP = 0,23 % Nº de doentes com TCAAVP XI. OUTROS INDICADORES RELEVANTES GESTÃO DO RISCO Uma adequada gestão do risco potencia uma prestação de cuidados de saúde num ambiente mais seguro para doentes e colaboradores. Neste contexto, é necessário o envolvimento de todos os intervenientes, numa perspetiva pró ativa e reativa, quer através da adoção de comportamentos preventivos e da perceção dos riscos presentes na sua atividade diária, quer através do reporte de todos os incidentes ou acidentes, com vista à criação de uma cultura de aprendizagem pelo erro. Em 2012, foram reportadas 50 ocorrências distribuídas conforme segue: Categoria N.º Ocorrências Quedas de doentes Furto Equipamento Danificado Degradação de instalações Incumprimento das normas institucionais Diversos Fuga de Gás Infestação Incêndio Inundação Violação do espaço por desconhecido Queda de objetos Erro Clínico Total

86 Refira-se que as ocorrências e os acidentes laborais são registados pelo Serviço de Saúde Ocupacional em ficheiros autónomos. Em 2012 foram levadas a efeito pelas áreas que integram Comissão de Gestão do Risco do IPO de Coimbra, as seguintes ações: SAÚDE OCUPACIONAL Acidentes de Trabalho Em 2012 verificou-se um aumento do número de acidentes de trabalho sem baixa e uma diminuição do número de acidentes de trabalho com baixa, reportados e tratados pelo Serviço de Saúde Ocupacional. Constata-se que o objetivo definido de disseminar uma cultura de segurança por toda a instituição está a ser alcançado, fruto da parceria cada vez mais robusta com os Serviços e da consciencialização da sua importância. A título exemplificativo, refiram-se os manuais de segurança e prevenção especificamente elaborados para as diversas categorias profissionais, bem como para colaboradoras grávidas, puérperas ou lactantes Total de acidentes de trabalho com baixa Total de acidentes de trabalho sem baixa Total de acidentes de trabalho Exames médicos efectuados: Exames de Admissão: 20 Exames Periódicos: 462 Exames Ocasionais: 460 Exames Pós Ausência por Doença: 11 Exames Pós Ausência por Acidente Trabalho: 8 Outras Actividades: Acompanhamento dos sinistrados no decorrer do processo de acidente por exposição a sangue ou outros produtos biológicos; 86

87 Colaboração nos relatórios anuais para Balanço Social, GEP e ACSS; Monitorização das situações de risco de HTA, Obesidade e Diabéticos; Administração de vacinas aos colaboradores de acordo com as diretivas da Direcção Geral da Saúde: Gripe Sazonal: 125 doses Taxa de cobertura 13,60 % Hepatite B: 72 doses Taxa de cobertura 80 % Tétano (Td): 74 doses Taxa de cobertura de 75 Conhecimento aos Centros de Saúde onde os colaboradores estão inscritos, das vacinas de Td administradas na instituição; Ensinos sobre a alimentação equilibrada e o exercício físico, no âmbito da educação para a saúde; Consultas por situação de doença aguda: 260; Atualização dos Planos de Emergência dos Serviços; Organização dos Simulacros de Incêndios nos Serviços de: Imunohemoterapia, Anatomia Patológica, Gastroenterologia/ Pneumologia, Arquivo Clínico, Imagiologia, Internamento de Ginecologia, Central de Esterilização e Armazém Geral; Organização do Simulacro anual Institucional no 3º piso do Edifício do Ambulatório; Monitorização das avaliações de risco geral a nível da higiene e segurança; Avaliação dos riscos psicossociais em conjunto com o ACT, nos Serviços com Internamento e Serviço de Gastrenterologia; Reunião com os interlocutores de risco geral da Instituição; Reunião trimestral com a comissão de controlo da infeção; Visitas aos Serviços: Imagiologia, Cirurgia Cabeça e Pescoço, Imunohemoterapia, Patologia Clínica, Anatomia Patológica, Hospital de Dia, Cuidados Paliativos, Gastroenterologia, Gabinete do Médico de Serviço Permanente do Setor Cirúrgico e Esterilização; Participação em formações efetuadas pelo Gabinete Coordenador da Formação/Investigação: 87

88 Curso N.º de Acções N.º de Formandos Destinatários Horas/ Formando H M Segurança Hospitalar 1 29 Segurança Hospitalar/Segurança Contra Incêndios Segurança Contra Incêndios com Simulacro no Serviço Gestão de Resíduos Hospitalares Integração de Novos Colaboradores O AAM nos Cuidados de Saúde Interlocutores da Gestão do Risco Geral Todos os Grupos Profissionais Colaboradores dos Serviços Profissionais de Saúde Novos Colaboradores Auxiliares Total RISCO CLÍNICO A Gestão do Risco Clínico, integrada na Comissão de Risco Geral do IPO de Coimbra, tem vindo a desenvolver um trabalho de defesa da segurança dos doentes com a crescente colaboração de todo o pessoal do Hospital, ensaiando uma abordagem estruturada na participação de ocorrências e avaliação dos riscos pelos interlocutores nomeados para as várias áreas. Dessa forma, o sistema de participação de ocorrências implementado no ano de 2006, tem vindo a ser progressivamente utilizado para relato de eventos com relevância clínica. Dada a criação do grupo de trabalho da DGS sobre segurança do doente, aguardamos orientações para integração no programa nacional de participação de ocorrências adversas. O gráfico seguinte mostra o tipo de participações no ano de 2012, baseado no registo constante na Base de Dados do Risco Clínico. 88

89 Constata-se relativamente a anos anteriores uma boa participação das quedas, consequência também da atenção dada a este indicador institucionalmente. Continua a registar-se uma quebra nas participações de ocorrências cuja tendência se tem vindo a acentuar, o que será alvo de atenção no plano de ação para Para cada registo efetuado na referida base de dados é atribuída uma classificação do risco, com base no grau de probabilidade de uma ocorrência e da sua gravidade. Esta classificação visa uma melhor abordagem das situações com base no seu grau prioridade de tratamento. No respeitante à classificação dos riscos detetados nas participações de 2012 a distribuição do grau de prioridades situou-se integralmente no muito baixo. Apenas podemos inferir com segurança que os eventos participados à gestão do risco clínico foram todos de baixo impacto. Não podermos de forma razoável concluir que todos os eventos (participados e não participados) tiveram o mesmo grau de prioridade/risco. Este é um assunto da maior importância e está a ser alvo de atenção pela gestão do risco clínico, porque envolve aspetos relevantes da cultura de segurança da instituição. EMERGÊNCIA MÉDICA Durante o ano de 2012 o Sistema de Emergência Interna do IPO de Coimbra, cumpriu em suficiência os objetivos para que está dirigido: a) Assistência a Doentes ou Utentes do IPO de Coimbra com situações clínicas urgentes/emergentes em resposta à ativação do Sistema por via telefónica; b) Transporte de Doentes críticos para outras Unidades Hospitalares em Ambulâncias medicalizadas e com suporte ventilatório mecânico à respiração. O IPO de Coimbra, não possui uma Unidade Física de Urgência Interna, este facto condiciona em muitos casos a ativação incorreta da Equipa de Emergência Interna. Assim em mais de 60% dos casos de ativação da Equipa de Emergência Interna foi para casos clínicos de quedas, síncopes vagais, reações eritematosas etc. ou para efetuar avaliação e transporte para outras Unidades Hospitalares de Doentes com situações crónicas de insuficiência respiratória em falência por agudização. Durante o ano de 2012 houve atividades formativas dos Recursos Humanos afetos ao Sistema. 89

90 INCÊNDIOS DESIGNAÇÃO DESTINATÁRIOS TIPO DE ACÇÃO REALIZADA DESEMPENHO SEGURANÇA HOSPITALAR Emergência Hospitalar Planos Específicos dos Serviços / Unidades (PES) Plano de Segurança Interno Prevenção contra Incêndios e Plano de Emergência Interno - Brigada de Incêndios / Piquete; - Centros de Informação e Comunicação e de Apoio Psicossocial - Comissão de Catástrofe - Auditorias internas e Externas (CHKS e outras) - Todos os profissionais do IPOC (Funcionários e Colaboradores das empresas contratadas e voluntários). - Diretores dos Serviços; - Interlocutores da Gestão do Risco Local; e - Profissionais dos Serviços. - Todos os profissionais e Comissão da Gestão do Risco (CGR). Profissionais do SIE e Vigilantes; - Responsável pela Comunicação/Relações Públicas; - Psicólogos, Assistentes Sociais e Voluntários; - Elementos constitutivos da Comissão. - Responsáveis dos Serviços; - Elementos da Comissão da Gestão de Risco; - CGR e IGRL da Radioterapia. - Formação de integração; - Formação contínua de reciclagem nas vertentes da prevenção contra Incêndios, luta contra incêndios, da emergência e evacuação e da catástrofe. - Apreciação das elaborações e atualizações dos PES e LVI pelos IGRL; - Implementação dos PES, com 9 ações de formação e simulacros de incêndio realizados nos Serviços e Unidades; - Remessa dos PES elaborados e apreciados para aprovação do CA. - Continuação da normalização das inconformidades descritas do LVI, com prioridade para a substituição de equipamentos de 1ª Intervenção (Extintores) e sinalética de emergência; - Avaliação dos riscos de incêndio dos Serviços, com a análise das LVI mensuráveis dos IGRL; - Realização de Simulacro de Incêndio obrigatório, com o apoio dos APC no Edifício do Ambulatório (piso 3) Exercício IPOC Formação específica para atuação em situações de emergência; - Reunião anual que coincidiu com reunião do simulacro anual de Colaboração com os Interlocutores de Risco dos Serviços; - Reuniões periódicas; - Realizada pelo CDOS inspecção regular ao edifício de Radioterapia - Ações obrigatórias com aplicação de teste de avaliação e novo conteúdo programático, coordenadas pela Comissão da Gestão do Risco e pelo Departamento de Formação. - Continuação dos trabalhos iniciados em 2007 e continuados em 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012 com as elaborações e atualizações dos PES e LVI; - Foram homologados os PES submetidos à apreciação do Sr. Presidente do CA. - Ações homologadas pelo CA e efetuadas pelo SIE em coordenação com a Comissão da Gestão do Risco; - Dados corrigidos e tratados na Comissão da Gestão do Risco e SIE; - Elaborado relatório de avaliação final, apreciado pela CGR e aprovado pelo CA. - Ministrada formação para a atuação do piquete e dos Centros de Informação e Comunicação e de Apoio Psicossocial; - Apreciada a Ordem de Operações do simulacro anual. - Definida a aplicação dos procedimentos para responder às normas aplicáveis e não totalmente cumpridas ao nível dos Serviços; - Aguarda-se a entrega do Relatório da Inspecção realizada em RESÍDUOS Em matéria de gestão de resíduos alcançaram-se, em 2012, os seguintes objetivos do plano de ação de 2011: - Procedeu-se à revisão do Manual de Gestão Integrada de Resíduos do IPO de Coimbra de acordo com as alterações de metodologias de trabalho que foram sendo introduzidas na instituição, bem como, de acordo com as alterações legais verificadas. A edição revista do Manual foi publicada através da O. S. Nº 20/2013 de 20 de Março. - Verificou-se um importante decréscimo no resíduo do Grupo IV resultante da melhoria do sistema de triagem dos Grupos III e IV no Serviço de Oncologia Médica, o maior produtor institucional deste tipo 90

91 de resíduo, contribuindo significativamente para a redução em cerca de 8% dos custos globais da facturação face ao ano anterior. - Foram efectuadas obras de reparação no armazém do Ecocentro destinado aos resíduos dos Grupos I e II ao nível das paredes, nomeadamente, impermeabilização e revestimento protector. - Foi implementado um sistema de recolha de embalagens de medicamentos através de protocolo que a empresa contratualizada para a prestação de serviços de gestão integrada de resíduos detém com a empresa Valormed. - Foi levada a efeito, no auditório da instituição, no dia 28 de Novembro de 2012, acção de formação sobre Gestão de Resíduos Hospitalares destinada a todos os grupos profissionais. A acção de formação contou com a participação de 96 formandos. SEGURANÇA/VIGILÂNCIA Em matéria de segurança e vigilância das instalações alcançaram-se, em 2012, os seguintes objectivos do plano de acção de 2011: Procedeu-se à revisão de um conjunto de documentos estruturantes para a segurança/vigilância da instituição: 1. Procedimento de segurança para os pertences de doentes O. S. Nº 14/2012 de 23 de Maio; 2. Desaparecimento de Doentes Procedimentos O. S. Nº 17/2012 de 23 de Maio; 3. Política de Segurança e Vigilância do IPO de Coimbra O. S. Nº 22/2012 de 21 de Junho. Em colaboração com o Serviço de Instalações e Equipamentos procedeu-se ainda à revisão do documento Procedimento para a Organização dos Chaveiros do IPO de Coimbra O. S. Nº 18/2012 de 6 de Junho. Está em curso a auditoria à organização dos Chaveiros, iniciada em Fevereiro de 2012, com a colaboração do Serviço de Instalações e Equipamentos, prevendo-se a sua conclusão em Maio de 2013; Com a colaboração do Serviço de Instalações e Equipamentos, iniciou-se a formação aos colaboradores da empresa prestadora de serviços de segurança e vigilância, destinada à identificação dos equipamentos chave no controlo das situações de emergência, nomeadamente, pontos de corte de água, electricidade, gás e outros, por edifício. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS Sendo a actividade do SIE, essencialmente de manutenção e reparação dos equipamentos e instalações de que o IPOC, E.P.E., necessita para a prossecução 91

92 dos seus fins, decorre do número de requisições que nos são solicitadas pelos diversos Serviços que integram a Instituição. As requisições são materializadas na formalização de encomendas ao exterior, ou satisfeitas internamente, tendo sido processadas no ano de 2012 (4111), o que representa um acréscimo de cerca de 5,90 % relativamente a 2010 (3882). Em termos de valores foram processadas reparações no total de ,03 euros, dos quais ,60 euros relativos a reparações externas, ,43 euros relativos aos materiais aplicados e ,00 euros relativos a despesas com pessoal. Relativamente aos Objectivos traçados no Plano de Acção para o ano 2012, continuaram as actividades da Identificação dos Quadros Eléctricos da Instituição e foram sendo substituídos os balastros ferro magnéticos e respectivos arrancadores por balastros electrónicos de modo a diminuir os consumos de energia em cerca de 7% após a sua conclusão. RADIOPROTECÇÃO A Radioprotecção é assegurada pelo Serviço de Física Médica (SFM) do IPO DE COIMBRA nos termos da Política de Segurança e Protecção Radiológica publicada na Ordem de Serviço Nº11/2009. Em 2012, foram realizadas as actividades seguintes: 1. De acordo com o Decreto-Lei 222/2008, foi assegurada a gestão da dosimetria individual dos trabalhadores do IPOC que são profissionalmente expostos às radiações ionizantes no âmbito da sua actividade profissional, desde a classificação/atribuição de dosímetro aos novos usuários, a troca mensal dos dosímetros, o registo e comunicação dos extravios e deterioração de dosímetros à empresa de prestação de serviços, a supervisão da facturação, a análise, comunicação e arquivo dos registos de dose individual, a actualização e melhoria da base de dados das doses individuais para cada trabalhador, a promoção de acções de integração para os novos colaboradores que utilizam dosímetro individual, a revisão dos procedimentos e a colaboração com o Serviço de Saúde Ocupacional na vigilância médica dos trabalhadores expostos, quando solicitado. 2. De acordo com o Decreto-Lei 38/2007, foi efectuada a gestão das fontes radioactivas utilizadas quer na Braquiterapia quer na Medicina Nuclear, desde a sua recepção, utilização, armazenamento, devolução ou eliminação na forma de resíduo, quando aplicável. Foram mantidos os registos correspondentes. Foi ainda iniciado o processo de licenciamento das fontes radioactivas de irídio-192 e césio-137 usadas respectivamente, na unidade de tratamento de alta taxa de dose da Braquiterapia e no irradiador de sangue da Imunohemoterapia. 3. De acordo com o Decreto-Lei 180/2002, foi efectuada a gestão dos resíduos radioactivos, quer no estado sólido, quer no estado líquido, que foram produzidos nos Serviços de Medicina Nuclear e da Patologia Clínica, desde a sua produção, quantificação da actividade, armazenamento/retenção temporária para declínio radioactivo e eliminação. Foram revistos os procedimentos e mantidos os registos. 92

93 4. Foram supervisionadas as obras de adaptação do novo local de armazenamento dos resíduos radioactivos sólidos provenientes do Serviço de Medicina Nuclear de forma a garantir condições adequadas de segurança radiológica da instalação. 5. De acordo com o Decreto-Lei 180/2002, foi efectuado o licenciamento do equipamento de Tomografia Computorizada Toshiba instalado na Imagiologia e do equipamento de raios X móvel Shimadzu Corporation utilizado na Unidade de Cuidados Intermédios. Foi ainda efectuada a renovação das cinco Licenças de Funcionamento que caducaram em 2012 (osteodensitómetro da Medicina Nuclear, ortopantomógrafo da Imagiologia, equipamento de raios X do tórax da Imagiologia, Tomografia Computorizada GE da Imagiologia e equipamento de raios X móvel Toshiba usado na Oncologia Médica). 6. No âmbito da substituição do acelerador linear Clinac da Radioterapia, foi realizado um estudo preliminar sobre o reforço necessário da blindagem estrutural do bunker para assegurar a segurança radiológica da instalação conforme a solução escolhida (acelerador linear em modo de fotões até 10 MV ou sistema de tratamento TomoTherapy). 7. Foi realizado o controlo dos níveis de radiação e de contaminação radioactiva no irradiador de sangue da Imunohemoterapia nos dias 26 de Julho de 2012 e 15 de Janeiro de 2013 (periodicidade semestral). Existem registos destas intervenções. 8. Foi dada continuidade ao registo e análise dos incidentes ocorridos com doentes de radioterapia externa de acordo com a metodologia ROSIS e foram tomadas as medidas no sentido de minorar as consequências, quando aplicável. 9. De acordo com o programa de garantia da qualidade desenvolvido pelo SFM, foram efectuados os testes de controlo de qualidade e foram supervisionadas as manutenções realizadas pelos fabricantes nos equipamentos radiológicos instalados na Radioterapia Externa, Braquiterapia, Medicina Nuclear, Imagiologia e Imunohemoterapia. Existem registos de todas estas intervenções. PROGRAMAS DE GARANTIA DA QUALIDADE Em Dezembro de 2012 o IPO de Coimbra submeteu-se a uma visita de monitorização levada a efeito pelo CHKS destinada a verificar a manutenção dos níveis de qualidade alcançados pela instituição com a acreditação obtida em Janeiro de De acordo com o relatório da visita de monitorização, o Painel de Acreditação do CHKS comunicou o resultado da reunião que efectuou em 6 de Março de 2013, referindo que o IPO de Coimbra continua a manter os critérios de qualidade que lhe permitiram alcançar o estatuto de instituição acreditada. Esta visita serviu também como preparação para a auditoria externa a realizar pela mesma entidade acreditadora no próximo mês de Maio, agora à luz do Manual Programa de Acreditação Internacional para Organizações de Saúde, em versão mais exigente. Em relação à OECI, organização europeia de institutos de cancro, e também entidade acreditadora do IPO de Coimbra, cuja atribuição lhe foi conferida em Janeiro de 2011, a instituição continua a desenvolver as acções acordadas em Plano de Acção pelas duas entidades. 93

94 Qualquer um destes processos de acreditação em que a instituição está envolvida atribui um forte relevo à monitorização de indicadores clínicos identificados como essenciais para a governação clínica, pelo que em 2012, foi adquirida uma aplicação informática que permite a monitorização de um leque substancial de indicadores pertinentes. Esta aplicação baseada no conceito dos Grupos Multidisciplinares por Patologia (GMPs) está a ser desenvolvida de acordo com as especificidades de cada Grupo. Neste contexto a sua implementação que se preconiza faseada, começou já a ser utilizada pela Estomatologia e Gastroenterologia. Acresce ainda referir que em matéria de auditoria externa, o Serviço de Imunohemoterapia manteve a recertificação da conformidade da qualidade do serviço de acordo com a declaração emitida pela Bureau Veritas Certification, com data de 4 de Janeiro de 2013, na sequência de auditoria efectuada por esta entidade em Novembro de A auditoria verificou que o Sistema de Gestão da Qualidade do Serviço está de acordo com os requisitos das normas de sistemas de gestão NP EN ISO 9001:2008. COMUNICAÇÃO Em 2012, o sistema de comunicação institucional, desenhado pela respectiva estratégica, revista e publicada na O.S. Nº 21/2013 de 20 de Março, manteve-se estruturado por forma a que a informação pertinente chegasse a todos os interlocutores através dos instrumentos de que dispõe, quer a nível externo quer a nível interno. Ao nível da comunicação interna, cuja importância é reconhecida pelo valor acrescentado que cria ao reforçar a coesão dos colaboradores em torno da missão, dos valores e dos objectivos institucionais, o Gabinete da Qualidade e Comunicação assegurou a publicação da Revista INFO, com a finalidade de divulgar internamente, boas práticas e dados de monitorização de indicadores de qualidade dos serviços. 94

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