MUNÍCIPIO DE TORRE DE MONCORVO - CÂMARA MUNICIPAL- PLANO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS (PMDFCI)

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1 MUNÍCIPIO DE TORRE DE MONCORVO - CÂMARA MUNICIPAL- PLANO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS () COMISSÃO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS DE TORRE DE MONCORVO Caderno I Informação Base Apoiado Financeiramente pelo Fundo Florestal Permanente Torre de Moncorvo

2 PLANO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS () Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Torre de Moncorvo Caderno I Informação Base Data de reunião da CMDFCI: 27/10/2016 2

3 Índice Geral 1 ANÁLISE BIOFÍSICA E SOCIO-ECONÓMICA SUMÁRIA, NOS ASPECTOS COM RELEVÂNCIA PARA A...1 DETERMINAÇÃO DO RISCO DE INCÊNDIO 1.1. Caracterização física Enquadramento geográfico do concelho Altitude Declive Exposição Hidrografia Caracterização climática Temperatura do ar Precipitação Humidade relativa do ar Ventos dominantes Caracterização da população População residente por censo e freguesia e densidade populacional Índice de envelhecimento e sua evolução População por sector de atividade Romarias e festas Parâmetros considerados para a caracterização dos usos do solo e zonas especiais Uso e ocupação do solo Povoamentos florestais Áreas protegidas, rede natura 2000 (ZPE + ZEC) e regime florestal Instrumentos de gestão florestal Zonas de Recreio Florestal, Caça e Pesca Análise do histórico e da casualidade dos incêndios florestais Distribuição temporal Distribuição anual Distribuição espacial Pontos de início e causas Fontes de alerta Grandes incêndios...40 III

4 Índice de Figuras Figura 1 Valores mensais de temperatura média, média das máximas e valores máximos no concelho de Torre de Moncorvo, Figura 2 Precipitação mensal e máximas diárias no concelho de Torre de Moncorvo, Figura 3 Valores médios mensais da humidade relativa do ar às 9 e 18 horas no concelho de Torre de Moncorvo, Figura 4 - População por sector de atividade para os anos 1991 e 2001, para o concelho de Torre de Moncorvo Figura 5 Distribuição anual da área ardida e do n.º de ocorrências, no período de Figura 6 - Distribuição da área ardida e do n.º de ocorrências em 2011 e média no quinquénio , por freguesia (Fonte: ICNF, ; GTF e SGIF, ) Figura 7 - Distribuição da área ardida e do n.º de ocorrências em 2011 e média no quinquénio por espaços florestais em cada 100 ha, por freguesia (Fonte: ICNF, ; GTF e SGIF, ) Figura 8 - Distribuição mensal da área ardida e do n.º de ocorrências em 2011 e média no período Figura 9 Distribuição semanal da área ardida e do n.º de ocorrências em 2011 e média no período (Fonte: ICNF, ; GTF e SGIF, ) Figura 10 - Distribuição dos valores diários acumulados da área ardida e do n.º de ocorrências no período (Fonte: ICNF, ; GTF e SGIF, ) Figura 11 - Distribuição horária do n.º de ocorrências no período Figura 12 - Distribuição horária da área ardida no período Figura 13 - Distribuição horária da área ardida por incêndio no período Figura 14 - Distribuição da área ardida em espaços florestais no período Figura 15 - Distribuição da área ardida e do n.º de ocorrências por classes de extensão no período Figura 16 - Distribuição do número de ocorrências por fonte de alerta no período (Fonte: ICNF e SGIF, ) Figura 17 - Distribuição do número de ocorrências por fonte e hora de alerta no período Figura 18 - Distribuição Anual dos Grandes Incêndios Figura 19 - Ondas de calor Figura 20- Distribuição mensal dos Grandes Incêndios Figura 21- Distribuição semanal dos Grandes Incêndios Figura 22- Distribuição horária do n.º de ocorrências dos Grandes Incêndios Figura 23- Distribuição diária da área ardida dos Grandes Incêndios Índice de Quadros Quadro I Médias mensais da frequência e velocidade do vento no concelho de Torre de Moncorvo, entre Quadro II Ocupação do solo do concelho de Torre de Moncorvo Quadro III Distribuição das espécies florestais do concelho de Torre de Moncorvo Quadro IV N.º total de incêndios e causas por freguesia ( ) Quadro V Distribuição anual da área ardida e n.º de grandes incêndios por classes de áreas IV

5 Informação Geográfica n.º 1 - n.º 2 - n.º 3 - n.º 4 - n.º 5 - n.º 6 - n.º 7 n.º 8 n.º 9 n.º 10 - n.º 11 - n.º 12 - n.º 13 - n.º 14 - n.º 15 - Mapa de Enquadramento Geográfico do Concelho de Torre de Moncorvo Mapa Hipsométrico do Concelho de Torre de Moncorvo Mapa de Declives do Concelho de Torre Moncorvo Mapa de Exposições do Concelho de Torre Moncorvo Mapa da Rede Hidrográfica do Concelho de Torre Moncorvo Mapa da População Residente (1980/1991/2001/2011) e da Densidade Populacional (2011) do Concelho de Torre Moncorvo Mapa do Índice de Envelhecimento (2001/2011) por freguesia Mapa da população por setor de atividade para o ano 2011 por freguesia Mapa da taxa de analfabetismo para 1981, 1991, 2001 por freguesia Mapa das romarias e festas do Concelho de Torre Moncorvo Mapa de Ocupação do Solo do Concelho de Torre Moncorvo Mapa dos Povoamentos Florestais do Concelho de Torre Moncorvo Mapa das Áreas Protegidas, Rede Natura 2000 e Regime Florestal do Concelho de Torre Moncorvo e Concelhos limítrofes Mapa dos instrumentos de gestão territorial do Concelho de Torre de Moncorvo Mapa das Zonas de Recreio Florestal, Caça e Pesca do Concelho de Torre Moncorvo n.º 16 - Mapa das Áreas Ardidas do Concelho de Torre Moncorvo no período n.º 17 - n.º 18 - Mapa dos Pontos de Ignição e Causas dos Incêndios do Concelho de Torre Moncorvo no período Mapa das Áreas Ardidas dos Grandes Incêndios do Concelho de Torre Moncorvo no período V

6 ASSINATURA DOS MEMBROS DA COMISSÃO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS DE TORRE DE MONCORVO Torre de Moncorvo, 27 de Novembro de 2016 VI

7 1 ANÁLISE BIOFÍSICA E SOCIO-ECONÓMICA SUMÁRIA, NOS ASPECTOS COM RELEVÂNCIA PARA A DETERMINAÇÃO DO RISCO DE INCÊNDIO 1.1. Caracterização física Enquadramento geográfico do concelho O concelho de Torre de Moncorvo ocupa uma área aproximadamente de 531,6 km 2, situa-se na região Norte do País, distrito de Bragança, encaixando-se entre os concelhos de Alfandega da Fé (a norte), Mogadouro (a nordeste), Vila Flor (a noroeste), Vila Nova de Foz Côa (a sul) e Freixo de Espada-à-Cinta (a sudoeste). Pertence à área de abrangência do Departamento de Conservação da Natureza e das Florestas do Norte. Está organizado administrativamente em 13 freguesias: União de Freguesias Adeganha e Cardanha Adeganha (48,4 km 2 ); Cardanha (16,1 km 2 ), Cabeça Boa (26, 4 km 2 ); Carviçais (63,0 km 2 ); Castedo (17,9 km 2 ); União de Freguesias Felgar e Souto da Velha- Felgar (34,5 km 2 ); Souto da Velha (12,4 km 2 ); União de Freguesias Felgueiras e Maçores - Felgueiras (23,1 km 2 ); Maçores (15,9 km 2 ); Horta da Vilariça (16,4 km 2 ); Larinho (16,4 km 2 ); Lousa (33,3 km 2 ); Mós (58,7 km 2 ); União de Freguesias Urros e Peredo dos Castelhanos Urros (57,4 km 2 ); Peredo dos Castelhanos (18,0 km 2 ); Torre de Moncorvo (36,1 km 2 ); Açoreira (24,0 km 2 ). O enquadramento geográfico do concelho encontra-se no mapa n.º Altitude A análise do mapa hipsométrico (mapa n.º 2) indica-nos que a altitude máxima verificada no concelho, corresponde à Serra do Reboredo, não excedendo os 1000 metros (cota máxima do ponto mais alto da Serra do Rebordo é 911 metros). As áreas de menor altitude, cuja cota mínima é de 88 metros, correspondem aos vales dos rios Douro (limite Sul do Concelho) e Sabor (que corta a parte Norte do Concelho a meio). A proximidade aos 1000 metros de altitude, é o limite em altitude de algumas espécies arbóreas notáveis como os carvalhos (Quercus pyrenaica) e o castanheiro (Castanea Sativa). A atividade rural reduz-se, praticando-se essencialmente a pastorícia. Nas zonas montanhosas a fricção aos ventos é máxima e constituem um obstáculo ao movimento das massas de ar, de forma a que os cumes arredondados alteram pouco o fluxo de ar e cumes abruptos originam numerosas turbulências com remoinhos e sotaventos. Nos vales estritos ocorrem fenómenos de aquecimento mais rápido e maiores velocidades de vento. Durante a noite, nos fundos dos vales podem darse fenómenos de inversão térmica que alteram o gradiente normal de temperatura. Esta influência do relevo no regime dos ventos, tem repercussões na direção e velocidade de propagação do fogo. 1

8 Observa-se também que a maior parte da área do concelho encontra-se entre os 400 e os 600 metros (40,06%, correspondendo a ,75 ha). Embora com alguns vales, correspondentes aos principais rios que atravessam o concelho, a altitude média do concelho é relativamente elevada. As altitudes entre os 400 e 800 metros são as que têm maior fatia da área do concelho, com 20,5%, seguidas de 500 a 600 metros, que representam 19,56%. As altitudes superiores a 900 metros abrangem uma área pouco representativa (9,25 ha, que correspondem a 0,02 % do total). A altitude é um fator determinante na distribuição das precipitações e das temperaturas e consequentemente levam à existência de diferentes tipos de vegetação. De uma maneira geral a quantidade de combustível diminui ao aumentar a altitude. Não fosse o abandono agrícola que se tem vindo a verificar ao longo dos tempos, teríamos nas zonas de menor altitude a prática agrícola e para as restantes altitudes as áreas de floresta e matos. Assim, teríamos uma paisagem em mosaico, o que em termos de DFCI conduziria a uma menor probabilidade de ocorrência e propagação de incêndios. No entanto, em consequência do abandono agrícola, de grande parte da atividade da silvopastorícia e o êxodo rural, praticamente em todas as altitudes encontra-se grande acumulação de combustível (matos) e consequentemente o risco de incêndio é muito mais elevado, conduzindo a medidas e ações de DFCI mais rigorosas e urgentes e, sobretudo orientadas para a gestão de combustível, garantindo desta forma a criação e a manutenção de descontinuidade horizontal e vertical da carga de combustível nos espaços rurais, através da modificação total ou parcial da biomassa vegetal, nomeadamente, com recurso a meios mecânicos (destroçador), meios moto-manuais (motoroçadouras), como também o recurso a fogo controlado, à silvopastorícia e á agricultura, empregando as técnicas mais recomendadas com a intensidade e frequência adequadas à satisfação dos objetivos dos espaços intervencionados Declive O parâmetro mais importante do relevo é o declive, o qual condiciona fortemente o comportamento do fogo e, influência a continuidade vertical e horizontal do combustível. Relativamente ao mapa de declives (mapa n.º 3), verifica-se que o concelho tem um relevo bastante acidentado. Cerca de 61,4% da área do concelho tem declives superiores a 10 graus, sendo nestes declives que a floresta começa a aparecer, concentrando-se a maior percentagem, quer de floresta quer de matos na classe de declives superiores a 15 graus. Em termos de DFCI, estes declives acentuados aumentam a velocidade de progressão dos incêndios e consequentemente dificultam o combate ao mesmo. Declives entre 5-10 graus são também significativos, representando cerca de 21,4% da área total do concelho e 17,1% 2

9 apresenta declives inferiores a 5 graus. É nas classes de declives inferiores a 10 graus que a agricultura tem a sua maior representatividade. Nestas zonas menos inclinadas os fenómenos de convecção e radiação são mais eficientes e a velocidade de progressão de um fogo é menor Exposição A exposição do relevo é um fator que influencia a propagação do incêndio por determinar as variações do tempo atmosférico durante o dia, já que à medida que a posição do Sol se modifica varia a temperatura à superfície, bem como a humidade relativa, o conteúdo em humidade dos combustíveis e a velocidade e direção dos ventos locais. Da análise do mapa nº. 4, observa-se que as exposições distribuem-se uniformemente entre os quadrantes, verificando-se uma pequena percentagem da área com exposições planas. A orientação das vertentes predominantes é a Sul com cerca de 26% ( ha) da área do concelho. Em termos de DFCI, a exposição sul é a que apresenta normalmente condições favoráveis à progressão de um incêndio, na medida em que os combustíveis sofrem maior dessecação e o ar é também mais seco devido à maior quantidade de radiação solar incidente. A exposição Norte, geralmente mais fria e húmida que as restantes representa 25% ( ha) da área do concelho. Em termos de combate a incêndios as encostas que apresentam exposição Norte são privilegiadas devido às condições de maior humidade e menor insolação Hidrografia O concelho apresenta uma rede hidrográfica relativamente densa. É de realçar que o concelho é drenado pelo rio Douro, recebendo os seus principais tributários: Sabor, Tua e ribeiras num vale encaixado ao longo de todo o seu percurso. No entanto, refere-se que a maior parte destes lagos e ribeiras não se encontra com água no Verão e apenas o rio Douro e alguns locais do rio Sabor nesta altura conseguem ter caudal para abastecimento dos meios aéreos, o que dificulta a atividade dos mesmos, quando são necessários para a DFCI. No entanto, o concelho tem 7 barragens operacionais permitindo o abastecimento dos meios aéreos e terrestres. Assim, e comparativamente a outros concelhos adjacentes, Torre de Moncorvo é privilegiada na sua rede hidrográfica e no número e respetiva localização de barragens operacionais, refletindo-se numa maior eficiência na DFCI. No mapa n.º 5 encontram-se a rede hidrográfica do concelho. Apresentaram-se neste mapa as barragens existentes no concelho, por se considerarem massas de água relevantes. 3

10 1.2. Caracterização climática O clima é um elemento do meio natural sobre o qual o homem não tem controlo, sobretudo quando estão em causa áreas grandes e extensivas. Assim, funciona como uma imposição, uma variável exógena relativamente aos sistemas florestais. A floresta é composta por plantas vivas, que, tal como todos os seres vivos estão adaptadas a determinadas condições climáticas para se desenvolverem e subsistirem. Assim, terá de existir um equilíbrio entre a gama de variação de elementos climáticos suportada por cada espécie, e as condições que esta encontra no ambiente que a rodeia, para que o seu desenvolvimento se processe com o mínimo de sobressaltos e se possam atingir os melhores desempenhos produtivos. Sendo que não se pode alterar o clima para adaptá-lo à floresta pretendida, resta-nos a opção que envolve conhecer bem o clima e escolher as espécies/variedades, operações e tratamentos culturais que a ele melhor se adequem de maneira a que se atinja o equilíbrio exigências climáticas da floresta clima existente. Por um lado deveremos considerar uma ação direta do clima sobre a floresta a ação do clima sobre os processos vitais das plantas. Mas, por outro lado, também deveremos considerar a sua ação indireta sobre a floresta, que resulta do clima influenciar: os processos de erosão do solo, a ocorrência de incêndios e também o regime hidrológico das áreas florestadas, três aspetos fortemente relacionados com as funções dos sistemas florestais. Em zonas de clima com influência mediterrânea, como se verifica no concelho de Torre de Moncorvo, deveremos destacar dois aspetos determinantes para o ordenamento florestal: Verão quente e seco origina a possibilidade de ocorrência de grandes incêndios; paragem do crescimento vegetativo devido à secura; Chuva concentrada no Outono/Inverno agrava fortemente os processos erosivos. Para a problemática dos incêndios florestais no concelho, os elementos climáticos de maior interesse são a temperatura, a precipitação, a velocidade e direção dos ventos, seguidos do nível de insolação e da humidade e trovoadas. Para o estudo dos elementos do clima foram utilizados valores da estação meteorológica de Mirandela, para o intervalo temporal / A escolha desta estação meteorológica prende-se com o facto de não existirem os dados necessários e com um número de anos significativo de outras estações no concelho ou na sua proximidade. 4

11 Temperatura do ar Da análise dos dados (figura 1), verifica-se que tanto os valores mensais da temperatura média, como a média dos valores máximos ocorrem nos meses de Julho e Agosto. Os valores máximos de temperatura ocorrem nos meses de Junho, Julho, Agosto e Setembro É de salientar que durante estes meses o concelho regista temperaturas do ar superiores a 40 ºC, demarcando bem a estação quente estival. Em termos de DFCI, o aumento da temperatura atmosférica nestes meses tende a elevar a probabilidade de ignição. Ao subir a temperatura do ar, os combustíveis, especialmente os finos e mortos, tendem a perder humidade para alcançar o equilíbrio higroscópio com o ar que os rodeia, o que os deixa em condições mais favoráveis para que se inicie e se propague um incêndio. Figura 1 Valores mensais de temperatura média, média das máximas e valores máximos no concelho de Torre de Moncorvo, (Fonte: Instituto Meteorologia, Portugal. Normais climatológicas / Trás os Montes e Alto Douro. Lisboa.) 5

12 Precipitação A precipitação é fundamental para recarregar a reserva hídrica do solo e assim possibilitar o crescimento das plantas. Influência sobre a humidade relativa e dos combustíveis mortos e dias depois, nos combustíveis vivos ao incorporar-se a água do solo nos tecidos das plantas. No entanto, se essa precipitação se verificar com uma intensidade superior à capacidade de infiltração, verifica-se o escorrimento superficial e, surge a erosão hídrica do solo. A distribuição mensal total e as máximas diárias são irregulares, como se pode observar na figura seguinte: Figura 2 Precipitação mensal e máximas diárias no concelho de Torre de Moncorvo, (Fonte: Instituto Meteorologia, Portugal. Normais climatológicas / Trás-os-Montes e Alto Douro. Lisboa.) Os meses que apresentam valores mais elevados de precipitação média total são Dezembro, Janeiro e Fevereiro. Em contrapartida, Julho e Agosto são os meses mais secos, com 14,5 mm assinalados em Julho e 9,5 mm em Agosto 6

13 Assim, para efeitos de DFCI, podemos dizer que o clima do concelho, com verões quentes e secos (altas temperaturas e baixa precipitação), favorecem a ocorrência de incêndios na medida em que a quantidade de energia a fornecer aos combustíveis para entrarem em ignição é menor Humidade relativa do ar Quanto à humidade relativa do ar, o seu aumento faz diminuir a possibilidade de início de incêndio, e dificulta a sua propagação, já que a atmosfera cede humidade aos combustíveis dificultando assim a sua combustão. A análise do gráfico (Figura 3), permite concluir que a humidade relativa do ar varia diretamente com os valores da precipitação. Nos meses de Verão, com temperaturas mais elevadas, os valores de humidade relativa do ar assumem os registos mais reduzidos. Em termos de DFCI o comportamento da humidade aliado ao da temperatura assume um papel negativo uma vez que acentua as condições de ocorrência e propagação de incêndios. Figura 3 Valores médios mensais da humidade relativa do ar às 9 e 18 horas no concelho de Torre de Moncorvo, (Fonte: Instituto Meteorologia, Portugal. Normais climatológicas / Trás os Montes e Alto Douro. Lisboa.). 7

14 A escassez de água no período estival conjugada com temperaturas elevadas e humidades reduzidas resultam no período do ano mais difícil em termos de defesa da floresta contra incêndios Ventos dominantes Por último, os principais feitos do vento na propagação de incêndios florestais são os seguintes: Dessecação do combustível florestal ao acelerar a transpiração das plantas devido à diminuição da humidade relativa do ar; Inclinação da chama, o que provoca maior eficácia nos processos de transmissão de energia por radiação, dado que esta incide de forma mais perpendicular sobre o combustível adjacente; À medida que o declive aumenta, aumenta a eficácia da transmissão de energia, aumentando o seu dinamismo; Aumento da intensidade de reação, uma vez que o vento fornece maiores quantidades de oxigénio, à combustão; Maior alcance dos materiais incandescentes, partículas, que ascendem pelo vértice da coluna de convecção e que podem originar focos de ignição secundários. 8

15 Quadro I Médias mensais da frequência e velocidade do vento no concelho de Torre de Moncorvo, entre N NE E SE S SW W NW C Mês f v f v f v f v f v f v f v f v f Janeiro 1,8 4,8 10,2 5,1 1,2 7,5 9,7 5,6 2,2 7,3 14,6 6,2 1,8 6,6 20,7 5,5 37,7 Fevereiro 1,6 5,7 11,5 4,4 1,2 11,1 11,1 5,3 2,4 8,7 17,8 6,8 1,7 8,6 21,5 5,4 31,2 Março 1,5 6,1 12,2 4,6 1,3 6,6 13,6 5,9 2,2 9,3 17,2 6,8 2,8 9,6 23,1 6,5 26,1 Abril 1,9 7,7 12,5 6,5 2,5 9,1 13,4 5,5 1,2 6,2 15,9 5,8 3,6 6,8 30 7,1 19,1 Maio 1,5 10,1 10,9 6,6 2,3 7,7 11,9 5,6 2,3 8,2 18,6 6,6 4,1 8,9 33,5 7,3 14,8 Junho 1,9 6,3 12,5 5,8 2,3 6,1 10,9 5,3 1,5 5,2 17,5 6,8 4,9 7,8 37,7 7,1 10,6 Julho 2,4 6,7 13,7 6,1 1,7 11,5 9,7 6,2 0,8 5,3 12,4 6,1 3,5 9,5 45,7 6,9 10,1 Agosto 1,8 8 12,9 6,4 1,2 8,2 8,6 5,2 1,4 6,2 14,9 7,1 4, ,1 7,6 11,8 Setembro 2,2 5,6 12,4 4,9 1,6 6,2 12,3 4,9 1,5 5,4 17,1 7,4 3 8,5 36,2 6,6 13,8 Outubro 2,3 5,1 12,1 4,9 1,3 8,3 13,5 4,7 1,6 5,7 15,3 5,9 2,5 5,5 25,4 5,4 25,9 Novembro 1,3 6,5 13 4,2 1,4 5,5 11,9 6,9 1 6,4 12,5 5,6 2,3 6,6 21,8 5,7 34,9 Dezembro 2,4 5,7 12,5 4,6 1,6 5,5 10,1 5,7 1,6 9,4 12,2 6,7 1,6 6,7 19,8 5,7 38,2 (Fonte: Instituto Meteorologia, Portugal. Normais climatológicas / Trás os Montes e Alto Douro. Lisboa.) F: Frequência de direção (%); V: Velocidade média para cada direção (km/h) Da análise do Quadro I, verifica-se que os rumos dominantes no concelho são os de NW e SW, sendo o vento do quadrante NW que domina nos períodos mais favoráveis à ocorrência de incêndios. Relativamente à velocidade do vento, esta situa-se entre os 5,3 km/h e os 8,3 km/h, podendo considerar-se como brisas ligeiras ou suaves, o que leva a concluir que o concelho de Torre de Moncorvo não está sujeito, regra geral, a ventos fortes ou ciclónicos. 9

16 De uma maneira geral, os grandes incêndios ocorridos no concelho estão associados a condições meteorológicas, correspondentes a elevadas temperaturas do ar, teores baixos de humidade relativa, precipitações muitos baixas, por vezes com alguns ventos fortes. Estas condições meteorológicas são propícias nos meses de verão, no entanto, nos últimos anos temos vindo a assistir a um prolongamento da época estival até finais de Outubro, coincidindo com grandes incêndios que têm ocorrido neste mês Caracterização da população População residente por censo e freguesia e densidade populacional O concelho de Torre de Moncorvo, exatamente como os restantes concelhos localizados no interior norte do País e do distrito tem vindo a perder população. Fazendo a análise por freguesia e, de acordo com os CENSOS, 2011 (mapa nº. 6), em todas as freguesias houve uma diminuição da população residente, desde 1981 a 2011 excetuando-se a freguesia de Torre de Moncorvo, em que no ano 2001 registou um crescimento populacional cifrado nos 20,7%, resultado de uma união de esforços para a fixação das populações e da melhoria da sua qualidade de vida, passando por investimentos em diferentes áreas mas veio a decrescer ligeiramente em Este facto está relacionado com a procura de melhores condições de vida por parte da população, conduzindo à desertificação e ao êxodo rural em todas as freguesias, o que em termos de DFCI, levou a uma perda significativa da vigilância popular e consequentemente a uma menor participação da população na primeira intervenção e no combate, e conduziu também ao abandono agrícola e à diminuição da atividade silvopastoril, muito representativas em tempos no concelho, levando a um aumento de áreas de mato e á inexistência de compartimentação da paisagem, o que aliado às condições topográficas e meteorológicas do concelho propiciam a ignição e propagação de incêndios florestais. Como seria de esperar, a densidade populacional (hab/km 2 ) referente ao ano de 2011 é também muito baixa, apresentando a Vila de Torre de Moncorvo o valor mais alto. Valores que seguem a mesma tendência dos registados para a região Douro (50 hab/km 2 ) e a região Norte (173 hab/km 2 ). De referir que para a população residente foi possível obter dados dos Censos de 81/91/01 e 2011, e dados da densidade populacional do ano mais recente (2011). 10

17 Índice de envelhecimento e sua evolução Também de acordo com dados dos Censos, 2011, o índice de envelhecimento no concelho aumentou significativamente de 1981 (72,7), 1991 (120,8), 2001 (229,78) e 2011 (396). Analisando também o índice de envelhecimento por freguesia entre 2001 e 2011 (mapa n.º 7), verifica-se que em todas as freguesias aumentou, sendo mais significativo em Felgueiras, Maçores, Peredo dos Castelhanos e Souto da Velha. Assim, de uma forma geral pode-se dizer que os pequenos agricultores têm idades muito avançadas. Facto que nos permite projetar no futuro o cenário do abandono quase completo da pequena agricultura/floresta, isto é, o aumento do absentismo dos novos proprietários que serão os herdeiros dos atuais agricultores. Este aspeto assume extrema importância ao nível da DFCI, uma vez que estas áreas rapidamente ficam com matos e deixa de haver compartimentação da paisagem, conduzindo a uma maior probabilidade de ocorrências de incêndios e quando existem são de grandes dimensões. Fazendo uma análise em função da área geográfica, verificamos que o concelho de Torre de Moncorvo, tal como os restantes concelhos que integram o Douro (176) e zona Norte do País (114) apresenta um índice de envelhecimento muito elevado, o que é realmente preocupante. De referir que no INE não tinha informação disponível por freguesia relativa aos anos de 1981 e 1991, apenas dispunha de informação relativa ao concelho. Assim, no mapa constam os dados do índice de envelhecimento por freguesia para os anos 2001 e 2011 e respetiva evolução para os mesmos anos População por sector de atividade Outro aspeto interessante é o que diz respeito aos sectores de atividade. Entre 1991 e 2001 (Figura 4), o concelho de Torre de Moncorvo perdeu metade da população ativa a laborar no sector primário passando de 44,2% para 22,0% (sector cada vez menos valorizado no panorama económico português), o que nos leva a crer que num futuro muito próximo, a pouca atividade no sector tenderá a desaparecer. Contrariamente, os sectores secundários e nomeadamente o terciário tendem a aumentar, para tal muito contribuiu o esforço para o desenvolvimento do concelho nos últimos anos. 11

18 População por sector de atividade ,1 (%) Pop ulaç ão ,2 40,1 22, ,7 19, Primário Secundário Terciário Sector de atividade Figura 4 - População por sector de atividade para os anos 1991 e 2001, para o concelho de Torre de Moncorvo (Fonte: INE, Censos 2001) A análise por freguesia para o ano 2001 (mapa n.º 8), indica-nos que o setor terciário é na maioria das freguesias o mais representativo, com destaca na freguesia de Torre de Moncorvo (82% da população a laborar neste setor), seguindo-se o setor primário, com maior representatividade nas freguesias da Adeganha e Urros (ambas ainda com mais de metade da população a laborar no setor 63%) e, por último, o setor secundário, sendo na freguesia da Cardanha, onde tem maior representatividade (com 39% da população a trabalhar neste setor). Estes valores seguem o mesmo padrão de distribuição para os restantes concelhos que integram o Douro e a zona Norte do País, apresentando o setor primário uma diminuição drástica da população a laborar no setor, o que é realmente preocupante em termos de defesa da floresta contra incêndios. Este indicador típico dos países em desenvolvimento devia-nos indicar que o aumento de mecanização na agricultura e na floresta levou à menor necessidade de pessoas neste sector, porém, mostra-nos que a agricultura e a floresta tem vindo a ser abandonada gradualmente, consequentemente estas áreas passaram a ter mato, conduzindo a uma paisagem sem compartimentação e com maior probabilidade de propagação de incêndios. De referir que a pastorícia, teve em tempos uma representatividade muito significativa, no concelho. No entanto, de acordo com dados da ADS (2006), o número de gado bovino, ovino e caprino sofreu um decréscimo 12

19 acentuado. Este facto, ao nível de incêndios florestais pode ser interpretado de duas formas: se por um lado esta diminuição pode conduzir a uma diminuição das causas provocadas pelas queimadas realizadas pelos pastores para terem alimento para os seus rebanhos; por outro lado não havendo pastoreio, as áreas de mato aumentam e consequentemente existe maior carga combustível para arder. A análise da população por setor de atividade reporta-se ao ano de 2001, uma vez que o INE ainda não dispunha desta informação para o ano 2011 e, também não tinha dados para o ano de 2011/freguesia por sector de atividade De acordo com os dados dos Censos (2011), assistiu-se no concelho, à semelhança do distrito e continente, a uma diminuição da taxa de analfabetismo (em 1991 a taxa de analfabetismo era de 43% e em 2011 era de 20%), o que poderá representar em termos de DFC uma maior sensibilização/informação da população sobre a problemática dos incêndios. Analisando os dados por freguesia para os anos 1981, 1991 e 2011 (mapa n.º 9), verifica-se também que de uma maneira geral, a taxa de analfabetismo diminui Romarias e festas No mapa n.º 10 apresentam-se as romarias e festas. Em termos de DFCI, não se tem verificado um maior número de ocorrências ou área ardida nem constituem uma principal causa dos incêndios florestais nas datas em que as mesmas se realizam. No entanto, é de referir que os Bombeiros Voluntários de Torre de Moncorvo têm estado presente nestas romarias e festas para na eventualidade de haver necessidade de intervir em matéria de DFCI, e as juntas de freguesia efetuam limpezas na zona envolvente dos santuários e nos locais onde lançam foguetes, diminuindo a probabilidade de ignição de incêndios nestas áreas. Apesar de não haver uma relação direta com a ocorrência de incêndios florestais, deverá sempre manter-se máxima vigilância e estar alerta aquando destes eventos. De referir que os dados são referentes ao ano 2016, pois os dias de inicio e fim de algumas romarias e festas são alterados consoante o ano de realização. 13

20 1.4. Parâmetros considerados para a caracterização dos usos do solo e zonas especiais Uso e ocupação do solo A caracterização do uso do solo foi baseada na COS2007, com algumas atualizações realizadas pelo GTF. No quadro seguinte apresentam-se os valores em ha, das diferentes classes de ocupação do solo, por freguesia. Quadro II Ocupação do solo do concelho de Torre de Moncorvo Ocupação do Superfícies Solo (ha)/ Áreas Sociais Agricultura Floresta Improdutivos Incultos Aquáticas Freguesias Torre de Moncorvo 182, ,39 887,74 3, ,59 59,58 Larinho 113,18 817,37 902,16 132,40 964,13 19,41 Felgar 147, ,19 825,74 25,67 992,94 31,99 Felgueiras 41,29 836,24 436,79 0,00 999,90 0,00 Carviçais 162, , ,17 3, ,42 17,32 Mós 28, ,94 812,15 101, ,41 0,00 Peredo dos Castelhanos 17,76 763,57 192,50 0,00 734,87 86,51 Urros 31, ,49 738,94 3, ,65 99,71 Açoreira 39, ,08 230,88 0,00 930,47 71,87 Maçores 17,09 658,82 141,62 10,75 757,49 0,00 Horta da Vilariça 29, ,91 90,91 0,00 375,76 8,65 Cabeça Boa 67,33 785,62 901,15 0,00 828,44 54,68 Adeganha 53, ,64 700,63 33, ,79 43,88 Cardanha 27,07 607,52 119,22 27,36 814,95 10,11 Castedo 37,61 831,42 521,28 0,00 421,33 0,00 Lousa 57, , ,39 7,77 305,18 105,25 Souto da Velha 18,37 377,14 245,41 0,00 599,75 2,88 Total 1.072, , ,68 350, ,07 611,84 Fonte: COS 2007 (IGEO, 2000 e GTF, 2012) 14

21 A análise da carta de ocupação do solo (mapa nº. 11) e do quadro anterior evidencia a clara dominância de terrenos incultos que ocupam ,07 ha. Uma grande percentagem destes terrenos eram usados em tempos para a pastorícia, outra atividade que teve grande representatividade no concelho. No entanto, atualmente, com a diminuição desta atividade, estes terrenos encontram-se com grande quantidade de carga de combustível e de grande porte, o que aliado à topografia do concelho, às condições climáticas e ao histórico dos incêndios no concelho, têm grande potencial para arderem. A ocupação agrícola é a segunda maior, com predomino do amendoal, olival e a vinha, ocupando ,78 ha. Dado o abandono agrícola que se tem vindo sentir, estas áreas poderão evoluir a curto/médio prazo, para incultos, podendo em algumas áreas crescer floresta. A floresta ocupa uma área de ,68 ha. Da análise da carta de ocupação do solo, realça-se a sua complexidade e difícil representação cartográfica, a qual pode ser imputada aos incêndios, ao abandono agrícola e consequente aumento do mosaico de incultos, à diminuição da silvopastorícia, ao êxodo rural, etc. Atualmente, a ocupação do solo é caracterizada pela ocorrência duma mistura de espécies na mesma mancha (por exemplo olival com mato; amendoal com mato, hortas intercaladas com parcelas de mato, pinheiros com matos, etc.) e por as manchas florestais apresentarem frequentemente um grau de cobertura inferior a 100% (por exemplo uma mancha de um pinhal ardido, é atualmente ocupada por mato no estrato rasteiro e 30% de pinheiros e 30% de carvalhos no estrato arbóreo, etc.). Assim, a atual ocupação do solo no concelho aliada à difícil orografia e às condições meteorológicas propiciam a ocorrência de incêndios e difícil supressão dos mesmos. Considerando a freguesia a unidade de gestão, verifica-se que Carviçais e Lousa destacam-se não só pela maior área de floresta mas também área agrícola, o que em termos de DFCI é importante uma vez que há uma maior compartimentação da paisagem, originando aquando de incêndios florestais, menor velocidade de propagação ou mesmo a uma interrupção dos mesmos. Relativamente à área de incultos, as freguesias de Mós e Adeganha são as que apresentam maior área e de forma continua, indicativo de que futuramente em matéria de DFCI terá que existir uma gestão destes incultos, quer por exemplo por meio da cinegética, da silvopastorícia, da realização de fogo controlado ou da utilização de corta-matos. 15

22 Povoamentos florestais Dando especial ênfase à ocupação florestal (mapa n.º 12 e Quadro III), podemos dizer que o pinheiro bravo, carvalho e o sobreiro são as espécies mais representativas no concelho. Sendo na freguesia de Carviçais onde o pinheiro bravo tem a sua maior representatividade, o carvalho na Lousa em Torre de Moncorvo e o sobreiro na Adeganha. O pinheiro bravo uma espécie altamente inflamável e com elevado poder calorífico, aliada à elevada combustibilidade presente nestes formações vegetais são fatores que propiciam não só a maior probabilidade de ignição como também a facilidade com que uma combustão, após iniciada, se propaga. De referir que na área do Perímetro Florestal do Reboredo encontra-se uma grande mancha de carvalho negral, tendo sido alvo de gestão de combustível as áreas que percorridas por incêndios florestais nos anos de 1991 e 2003, e a rearborização das mesmas iniciou-se em Outubro de 2012, utilizando o carvalho e o sobreiro, espécies autóctones e mais resistente à passagem do fogo. Quadro III Distribuição das espécies florestais do Concelho de Torre de Moncorvo Freguesias Área Florestal Sobreiro Eucalipto Castanheiro Pinheiro Bravo Carvalho Azinheira Outras Folhosas Outras Resinosas Torre de 887,74 42,91 3,78 9,22 382,36 273,01 2,78 23,24 150,43 Moncorvo Larinho 902,16 4,88 0,00 0,37 784,92 87,18 0,00 2,71 22,10 Felgar 825,74 20,13 0,00 7,63 701,11 70,58 0,00 10,28 13,21 Felgueiras 436,79 11,51 0,00 9,45 413,17 2,65 0,00 0,02 0,00 Carviçais 1.283,17 201,76 0,00 11, ,51 20,21 0,00 0,00 5,28 Mós 812,15 68,46 0,00 0,00 624,52 53,53 0,00 66,95 0,00 Peredo dos ,86 0,00 Castelhanos Urros 738,94 43,75 0,00 1,05 144,12 205,87 14,11 330,03 0,00 Açoreira 230,88 31,42 0,00 4,58 90,33 96,02 7,38 1,16 0,00 Maçores 141,62 66,78 0,00 0,00 73,48 0,00 1,36 0,00 0,00 Horta da 90,91 28,04 0,00 0,00 24,61 37,45 0,00 0,00 0,00 Vilariça Cabeça Boa 901,15 72,97 0,00 10,78 488,81 58,98 269,62 0,00 0,00 Adeganha 700,63 409,39 0,00 0,00 291,24 0,00 0,00 0,00 0,00 Cardanha 119,22 27,38 0,00 0,00 49,96 41,89 0,00 0,00 0,00 Castedo 521,28 42,86 0,00 2,97 425,95 49,49 0,00 0,00 0,00 Lousa 1.398,39 162,49 0,00 47,31 364,74 404,02 419,83 0,00 0,00 Souto da 245,41 5,84 0,00 0,00 235,85 0,00 0,00 3,75 0,00 Velha Total , ,49 3,78 104, , ,88 778,71 460,00 191,02 Fonte: COS 2007 (IGEOE, 2016) 16

23 Intimamente associada à ocupação do solo está a estrutura fundiária do concelho. De acordo com dados da Direção Geral de Contribuições e Impostos, a área média da propriedade em Torre de Moncorvo situa-se entre os 1 a 5 ha, o que aliado à distância dos proprietários leva a um aumento do desinteresse destes pelo seu ordenamento e gestão, com consequências na DFCI Áreas protegidas, rede natura 2000 (ZPE + ZEC) e regime florestal O concelho tem cerca de 482,0 ha de floresta pertencentes ao Perímetro Florestal da Serra do Reboredo (área registada nas finanças) e 316,3 ha de área protegida pertencente ao Douro Internacional. Em termos de rede natura 2000, tem áreas de Zonas de Proteção Especial classificadas no âmbito da Diretiva Aves (ZPES) são: Rios Sabor e Maças com 3.909,9 ha e Douro Internacional e Vale do Águeda 1.575,7 ha; e tem sítios classificados no âmbito da Diretiva Habitats (Sítio) são: Rios Sabor e Maças com 1.886,8 ha e Douro Internacional com 103,2 ha. Pode observar-se no mapa n.º 13 que as áreas prolongam-se para os concelhos limítrofes e que o concelho de Vila Nova de Foz Côa tem mais uma área de Zona de Proteção Especial Vale do Côa. Em matéria de DFCI, estas áreas são consideradas prioritárias ao nível de defesa devido às suas próprias características e, qualquer intervenção que seja preconizada deverá ser articulada com as várias entidades responsáveis pela sua gestão Breve caracterização da área de regime florestal O Perímetro Florestal do Reboredo ocupa uma área de 482,0 ha (área registada nas finanças). Está dividida em 18 talhões, encontrando-se bem servida de rede viária em toda a sua extensão, não só por caminhos florestais e estradões como também por aceiros de fácil acesso. É constituída por um diversificado mosaico de espécies florestais: Cupressus lusitanica, Quercus pyrenaica, Pinus pinaster, Pinus sylvestris; Eucalyptus glóbulos, Chamaecyparis lawsoniana, Juniperus oxycedrus. Esta diversificação de espécies constituída por folhosas e resinosas é em termos de DFCI muito favorável, pois as folhosas sendo espécies mais resistentes á passagem do fogo constituem uma barreira à progressão dos incêndios florestais. De salientar que as áreas que se tem vindo a rearborizar no PFR, privilegia-se espécies de folhosas, tais como, carvalho (nas áreas já existia regeneração de carvalho, sendo a mesma aproveitada) e sobreiro. 17

24 Instrumentos de gestão florestal O concelho tem o plano de gestão florestal (PGF) do Perímetro Florestal do Reboredo (mapa n.º 14), aprovado em sendo os responsáveis pela sua gestão a Câmara Municipal de Torre de Moncorvo e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas. Foi solicitada ao Diretor da Direção Regional de Florestas do Norte (ofc. n.º 1784 de ), cartografia em formato shapefile relativa às zonas de intervenção florestal legalmente constituídas, com identificação dos respetivos gestores e de outras áreas com planos de gestão florestal aprovados mas até à data não foi facultada, pelo que no mapa apenas está representada a área com PGF aprovado referente ao PFR. Analisando o PGF do PFR verifica-se que este instrumento de planeamento florestal privilegiou as futuras (re)arborizações com espécies folhosas, carvalho e sobreiro, preconiza ações de gestão de combustível em toda a área, faseadas no tempo e garantindo a continuação da manutenção da rede viária e divisional e da rede de pontos de água em bom estado. Em termos de DFCI, estas ações contribuem para uma diminuição da probabilidade desta área arder e em caso de incêndio a área tem boas infraestruturas para ajuda ao combate Zonas de Recreio Florestal, Caça e Pesca No concelho existem dois percursos pedestres: ecopista e o caminho da cigadonha, com extensão de 24,7 km e 7,2 km, respetivamente. O parque de merendas na Foz do Sabor e o miradouro de S.º Gregório na Cardanha são também espaços de recreio muito frequentados. No Perímetro Florestal do Reboredo existem duas rotas pedestres: a rota do corço e a rota do lobo, com extensão de 12,5 Km e 13,2 Km, ambos interligados. No Perímetro Florestal do Reboredo existem dois parques de merendas e dois observatórios panorâmicos. Relativamente às zonas de caça e pesca foi solicitada ao Diretor da Direção Regional de Florestas do Norte (ofc. n.º 1784 de ) cartografia em formato shapefile, no entanto até á data não obtivemos resposta relativamente às zonas de pesca. Em 2009 o clube de caça e pesca de Torre de Moncorvo forneceu ao município cartografia referente às zonas pesca, pelo que é esta que consta no presente plano. O concelho tem 1.243,93 ha ordenados em Zona de Caça Associativa, ,65 ha em Zona de Caça Municipal e 736,66 ha em Zona de Caça Turística. A ZCT Douro Caça pertence ao concelho de Freixo de Espada à Cinta, no entanto, abrange áreas das freguesias de Maçores, Mós do concelho de Torre de Moncorvo. A ZCT que pertence à freguesia de Ligares, também tem uma pequena área que abrange o concelho de Torre de Moncorvo, freguesia de Urros. A ZCM da Ferradosa pertence ao concelho de Alfândega da Fé mas abrange. 18

25 O concelho tem também uma zona de pesca desportiva do Rio Sabor com uma extensão de 6,5 km. O mapa com identificação destas áreas é o n.º 15. Em termos de DFCI, estas zonas estão sujeitas, em determinada época do ano, a uma maior concentração de pessoas, no entanto, a análise do histórico dos incêndios, concretamente, o histórico referente aos dias da semana e das causas, não permite tirar ilação com o maior número de ocorrências e área ardida nestas zonas Análise do histórico e da casualidade dos incêndios florestais Distribuição temporal Distribuição anual A análise das ocorrências, das áreas ardidas e das respetivas localizações durante os últimos anos permite, avaliar a eficiência dos meios de vigilância e combate, e também detetar os locais para onde deve ser dirigida mais atenção. Da análise do mapa n.º 16, verifica-se que no ano de 2011, as freguesias de Mós e Cabeça Boa foram as mais fustigadas e não existem freguesias que não tenha tido área ardida desde 1999 a 2011.Verifica-se também que existem incêndios que se estendem para outros concelhos ou que vêm de outros concelhos, sobretudo Freixo de Espada á Cinta, Alfandega da Fé e Carrazeda. Factos que vêm reforçar a ideia que é nos limites dos concelhos onde surgem maiores problemas no combate incêndios, o que aliado às deficientes infra-estruturas de combate dos meios terrestres e ao tipo de relevo acidentado, nomeadamente nas freguesias da Lousa, Mós, Urros e Cabeça Boa, poderá ter contribuído, conjuntamente com as condições meteorológicas (temperatura elevadas), para o valor elevado de área ardida nestas freguesias. Salienta-se o facto que aquando da comparação deste mapa com a figura 6, existem contradições, isto porque na figura 6, no ano de 2011 a freguesia mais fustigada foi Carviçais e não Mós. Isto verifica-se porque os dados que se encontram no SIG e ICNF relativos ao local do incêndio (os quais permitiram calcular o histórico dos incêndios-figura 6) são dados pelos bombeiros, que indicam o lugar mais próximo da ocorrência, sendo no caso em concreto, o lugar de Quinta da Nogueirinha. No entanto, em termos cartográficos (mapa n.º 16) verifica-se que não é correto, a maioria parte da área ardida pertence à freguesia de Mós, ardendo apenas uma pequena percentagem na freguesia de Carviçais. Deverá assim, ter-se muita atenção ao analisar os dados `de área ardida e n.º de ocorrências do histórico dos incêndios (retirados do SIG e ICNF), quando reportados à freguesia, pois não são precisos. Da análise do mapa destaca-se o ano de 2003 e as freguesias de Cabeça Boa e Maçores como as mais fustigadas em termos de área ardida, com 1.232,2 ha e 1.730,2 ha, respetivamente. Nesse mesmo ano 19

26 verificou-se que um incêndio com inicio no concelho de Freixo de Espada à Cinta, se estendeu para o concelho de Torre de Moncorvo, onde consumiu alguns ha de área ardida da freguesia de Mós. Na figura seguinte apresenta-se os valores anuais de área ardida e do n.º de ocorrências por ano, para o período compreendido entre 1992 e Figura 5 Distribuição anual da área ardida e do n.º de ocorrências, no período de (Fonte: ICNF, ; GTF e SGIF, ) 20

27 A análise da evolução anual das áreas ardidas do concelho permite identificar diferentes ciclos de fogo: o primeiro, entre 1992 e 1999, caracterizando-se por valores de área ardida médios pouco oscilantes, sendo que em termos de n.º de ocorrências verificou-se uma maior variação, com destaque para o ano de 1998 com um n.º de ocorrências significativo; o segundo ciclo, entre 2000 e 2005, caracterizou-se por uma constante anual de valores de área ardida elevados; e a partir de 2006 até 2010 podemos considerar um terceiro ciclo em que voltamos a ter valores quer de área ardida quer de n.º de ocorrências pouco oscilantes; Em 2011 entramos num quarto ciclo, cujos valores de área ardida e n.º de ocorrências aumentaram significativamente. No ano de 2006 o valor da área ardida e do número de ocorrências diminuiu significativamente, comparativamente ao ciclo entre 2000 e O segundo ciclo registou maior área ardida, foram percorridos pelo fogo ,0 ha relativos a 723 registos de incêndios; o valor máximo registou-se em 2003 (34,1% do total ardido entre 2000 e 2005), e o mínimo em 2005 (8,6% do total ardido entre 2000 e 2005). No entanto, foi no primeiro ciclo onde se registaram maior número de ocorrências, 811, correspondendo a um valor de área ardida de 3.202,2 ha. A partir de 2006 a área ardida diminui, à exceção dos anos de 2008 e No ano 2008 o valor elevado de área ardida deve-se à ocorrência de um grande incêndio no dia 5 de Outubro que consumiu 211,103 ha, dos quais 199,16 ha de matos; 11,8 ha de povoamentos e 0,763 ha de área agrícola. Este incêndio ocorreu na freguesia de Felgueiras, lugar de Cabeço da Panasqueira, com inicio dia 5 de Outubro às 12:00 horas e terminou dia 6 de Outubro às 4:50 horas. Em 2010 o valor elevado de área ardida deve-se sobretudo a um incêndio que deflagrou no dia 13 de Agosto, na Serra do Reboredo, consumindo 107,9 ha de matos; 21,8 ha de povoamentos de pinheiro bravo e 3,0 ha de área agrícola. Estes incêndios deflagraram em dias com temperaturas elevadas e humidade relativa dos combustíveis baixa, aliado ao tipo de combustível existente rapidamente atingiu grandes proporções, dificultando o trabalho das equipas de primeira intervenção e combate. Da análise da figura 6, verifica-se que o ano de 2003 foi o que registou o maior valor de área ardida (5.221,9 ha) dos últimos 17 anos, coincidindo com fenómenos meteorológicos anormais traduzidos em ondas de calor (figura 20), enquanto o ano de 1998 foi o que registou maior número de incêndios (219 ocorrências). 21

28 No gráfico seguinte encontra-se a média da área ardida e número de ocorrências para o ano de 2011 e média no quinquénio , por freguesia. Verifica-se que o valor quer da área ardida no ano de 2011 (4.235,7 ha) foi significativamente superior ao do último quinquénio (1.518,54 ha). Nas freguesias de Açoreira, Adeganha, Cabeça Boa, Cardanha, Carviçais, Horta da Vilariça, Larinho, Peredo dos Castelhanos e Urros, os valores de área ardida no ano 2011 foram superiores ao quinquénio em análise, sendo nas freguesias de Carviçais e Cabeça Boa onde se verificaram os valores mais significativos, 1.488,2 ha e 1.294,0 ha de área ardida, respetivamente. Relativamente ao registo de ocorrências para o mesmo período, verifica-se que o n.º de ocorrências em 2011 (155) foi inferior ao do último quinquénio (362). Sendo a freguesia da Açoreira onde se registaram mais ocorrências. A análise destes dados permite-nos constatar que em 2011 houve uma diminuição do n.º de ocorrências por freguesia relativamente ao quinquénio em análise, no entanto os valores de áreas ardidas aumentaram de forma exponencial, na maior parte das freguesias, sendo os grandes incêndios os responsáveis por estes valores, tal como se poderá verificar no ponto dos grandes incêndios. Figura 6 - Distribuição da área ardida e do n.º de ocorrências em 2011 e média no quinquénio , por freguesia (Fonte: ICNF, ; GTF e SGIF, ) 22

29 Na figura seguinte encontra-se a distribuição espacial da área ardida e do número de ocorrências em 2011 e média no quinquénio por espaços florestais e por freguesia. A análise por freguesia indica que no ano 2011 a freguesia mais fustigada em área ardida foi Cabeça Boa, representando 15,9 ha do total da área ardida por espaço florestal (36,9 ha ardidos em 2011). Contrariando as tendências verificadas no último quinquénio, em que a freguesia de Felgueiras foi a que registou em média maior valor de área ardida por espaço florestal em cada 100 ha (6,6 ha/100 ha). Este valor elevado deve-se á ocorrência de dois grandes incêndios, um ocorrido no Cabeço da Panasqueira, em 5 de Outubro de 2008 com inicio às 12:00 horas, que consumiu 211,03 ha, dos quais 199,156 ha de matos; 11,8 ha de povoamentos e 0,763 ha de área agrícola. O outro ocorreu na Serra do Reboredo, em 13 de Agosto de 2010 às 15:53 e consumiu 132,7 ha, dos quais 107,9 ha de matos; 21,8 ha de povoamentos e 3,0 ha de área agrícola. De referir ainda que a causa destes incêndios foi o vandalismo utilização do fogo por puro prazer de destruir. Embora com valores de área ardida menos significativos neste quinquénio mas com uma área de espaços florestais consideráveis encontram-se as freguesias Mós, Carviçais, Urros e Adeganha. Figura 7 - Distribuição da área ardida e do n.º de ocorrências em 2011 e média no quinquénio por espaços florestais em cada 100 ha, por freguesia (Fonte: ICNF, ; GTF e SGIF, ) 23

30 Distribuição mensal A análise da distribuição mensal dos incêndios, em 2011, permite verificar a existência de uma época propícia de incêndios florestais, correspondendo aos meses de Julho, Agosto e Outubro, do qual se destacam Julho e Agosto como os mais críticos em termos de área ardida, com 30,3% do total de incêndios e 71,6% do total ardido. Em termos de n.º de ocorrências destaca-se o mês de Outubro, com 34,2% do total de incêndios e 19,4% do total de área ardida. Salienta-se que neste ano houve dois grande incêndio um no dia 26 de Julho, consumindo 1.476,45 ha e outro no dia 15 de Agosto, consumindo 1283,99 ha. Para o período entre , destacam-se duas épocas propícias à ocorrência de incêndios florestais embora com impactos distintos: a primeira ocorre entre Fevereiro e Abril com 0,8 % do total ardido (173,0 ha) e 6,5 % do total de incêndios (122); a segunda época ocorre entre Julho e Outubro com 83,9% do total de incêndios (1 590) e 92,6 % do total ardido (18.575,1 ha). Destacam-se destes 3 meses críticos, o mês de Agosto, por apresentar quer o maior registo de ocorrências quer de área ardida para o período Salienta-se o mês de Outubro, no qual têm ocorrido nos últimos anos grandes incêndios, daí entrar neste período, embora não com valores tão significativos como os outros 3 meses. Durante estes quatro meses os indicadores são dias consecutivos sem precipitação, temperaturas elevadas, com ventos por vezes fortes, sendo o vento do quadrante NW que domina neste período. Estas condições meteorológicas aliadas a uma 1ª intervenção tardia transformam-se em incêndios com grandes frentes e vários focos secundários, acompanhados com baixos teores de humidade dos combustíveis fatores propícios à ocorrência de incêndios florestais, na medida em que a quantidade de energia a fornecer aos combustíveis para entrarem em ignição é menor. Conjugados com os fatores meteorológicos, temos um concelho com relevo bastante acidentado cerca de 61% da área do concelho tem declives superiores a 10 graus, sendo nestes declives onde a floresta começa a aparecer, encontrando-se a maior percentagem tanto de floresta como de matos na classe de declive superior a 15 graus. Estes declives acentuados aumentam a velocidade de progressão dos incêndios e consequentemente dificultam o combate ao mesmo. Assim, em termos de defesa da floresta contra incêndios, o planeamento da deteção e vigilância deverá incidir nestes meses. 24

31 Figura 8 - Distribuição mensal da área ardida e do n.º de ocorrências em 2011 e média no período (Fonte: ICNF, ) Distribuição semanal Em termos de distribuição semanal (figura 9) a tendência que se vinha registando para o período para uma maior incidência de incêndios ao sábado e segunda-feira e, de área ardida à quarta-feira e domingo, não seguiu o mesmo padrão no ano Para este ano os dias da semana mais críticos em termos de área ardida são a segunda-feira e a quinta-feira enquanto o número de ocorrências regista o seu maior valor ao domingo. Assim, a ilação que podemos tirar, ainda que incerta, pelo facto de haver uma grande heterogeneidade nos resultados dos mesmos, é no sentido de um maior esforço de alerta nestes dias. 25

32 CONCELHO DE TORRE DE MONCORVO Distribuição semanal da área ardida e do n.º de ocorrências em 2011 e média no período , ,0 4000,0 300 Ár ea ard ida por (há ) 3500, ,0 2500,0 2000, Nº ocorrências 1500,0 1000,0 500,0 0,0 Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom Área ardida (ha) 1798,6 3118,6 4497,7 2167,9 2399,7 1551,4 4518,8 Área ardida em 2011 (ha) 1339,0 390,0 76,0 1812,0 144,0 77,0 396,0 N.º ocorrências N.º ocorrências N.ºde 50 0 Figura 9 Distribuição semanal da área ardida e do n.º de ocorrências em 2011 e média no período (Fonte: ICNF, ) Distribuição diária A figura seguinte permite-nos identificar 6 dias críticos em termos de área ardida: 24 e 26 de Julho; 3, 5 e 15 de Agosto e 26 de Setembro, representando 42,5 % do total de área ardida. Relativamente ao número de ocorrências podemos identificar 5 dias críticos: 15, 19 e 30 de Agosto e 9 e 16 de Setembro, representando 7,1 % do total de ocorrências, no período considerado. 26

33 Figura 10 - Distribuição dos valores diários acumulados da área ardida e do n.º de ocorrências no período (Fonte: ICNF, ) Da análise da distribuição diária da área ardida e do número de ocorrências (figura 11) podemos definir as seguintes Épocas Criticas para o concelho de Torre de Moncorvo: Risco elevado 18 de Junho a 23 de Julho e 16 de Agosto a 26 de Setembro; Risco muito elevado 24 de Julho a 15 de Agosto; Risco moderado a elevado 1.ª quinzena de Outubro. Esta quinzena considerou-se como uma época crítica, pois da análise da figura anterior verifica-se que existem dias com valores elevados de área adida e de número de ocorrências. Estas épocas críticas correspondem a condições meteorológicas propícias à ocorrência de incêndios florestais, com temperatura do ar elevada, humidade relativa dos combustíveis baixa e ventos por vezes fortes Distribuição horária A análise da casuística dos incêndios por classe horária poderá ajudar a revelar que situações ou motivações se encontram subjacentes à distribuição diária das deflagrações. Contudo, a distribuição diária acompanha, sob o ponto de vista meteorológico, o período do dia mais propício à deflagração de incêndios, o que permite 27

34 direcionar os meios de vigilância e 1.ª intervenção para as horas mais criticas. Este facto é fundamental para a minimização da possibilidade de um foco de incêndio se transformar num grande incêndio. Figura 11 - Distribuição horária do n.º de ocorrências no período (Fonte: ICNF, ) No que diz respeito à distribuição dos incêndios entre 1992 e 2011 a análise da figura 11 permite verificar as seguintes tendências: é a partir das 12:00 horas que se regista uma significativa subida do número de incêndios; o período mais crítico, em termos de número de incêndios, encontra-se compreendido entre as 13:00 e as 18:59 horas com 45% do total registado e, o segundo período crítico decorre das 21:00 às 21:59 horas com 8,3% do total de incêndios registados; o período compreendido entre as 20:00 e as 20:50 horas representa 6,7 % do total de registos. As tendências registadas na distribuição diária da área ardida entre 1992 e 2011 (figura 12) indica que: é a partir das 11:00 horas que a área ardida começa a ter expressão; 28

35 o período mais crítico decorre dos incêndios deflagrados entre as 14:00-14:59 horas, com 22,7 % do total de área ardida; o segundo período crítico decorre dos incêndios deflagrados entre as 2:00-2:59 horas com 9,1% do total de área ardida. No entanto, este período regista-se devido a uma situação pontual que ocorreu em Maçores a 3 de Agosto de 2003, em que arderam 1.529,0 ha de matos privados; 234,0 ha de povoamentos privados e 226,0 ha de área agrícola, num total de área ardida de 2.052,5 ha. De acordo com informações fornecidas pelo Comando dos Bombeiros Voluntários de Torre de Moncorvo, o valor elevado de área ardida deve-se não só às condições meteorológicas que se fizeram sentir nesse dia (elevadas temperaturas, baixa humidade relativa dos combustíveis e vento a soprar com intensidades elevadas), como também ao facto de terem deflagrado outros incêndios aquando do combate deste, o que devido à falta de meios humanos houve necessidade de os retirar para os outros incêndios. Figura 12 - Distribuição horária da área ardida no período (Fonte: ICNF, ) 29

36 A análise comparativa entre o gráfico da distribuição dos incêndios e o da área ardida por classe horária indica que o período crítico, para os meios de combate, ocorre entre 12:00-12:59 horas, coincidindo sob o ponto de vista meteorológico (baixa a nula precipitação, temperaturas elevadas, ventos por vezes fortes, sendo o vento do quadrante NW que domina neste período, baixos teores de humidade dos combustíveis), com o período do dia mais propício à deflagração dos incêndios. No entanto, a capacidade de resposta dos meios pode atingir pontos de saturação antes mesmo deste período, uma vez que a intervenção nos incêndios ocorridos nos picos 11:00-11:59 e 13:00-13:59 horas se prolonga sobre o horário destinado à alimentação do pessoal. A partir da análise da distribuição diária da área ardida por incêndio entre 1992 e 2011 (figura 13) é possível verificar as seguintes tendências: tendo em conta que o período das 2:00.2:59 horas com 61,2% ha /incêndio, se deve a uma situação pontual, podemos dizer que o período crítico das 12:00-12:59 horas é aquele em que a área ardida por incêndio é maior com 48,7% ha/incêndio; o segundo período crítico ocorre as 14:00-14:59 horas com 34,2% ha/incêndio. 30

37 Figura 13 - Distribuição horária da área ardida por incêndio no período (Fonte: ICNF, ) Embora a área ardida por incêndio (figura 13) no concelho surja como um indicador de menor importância que o anterior (figura 12) a análise do gráfico, indicia existência de fragilidades no sistema de deteção e/ou na atuação dos dispositivos de 1ª intervenção. Em nossa opinião os valores registados no período matinal resultam quer de deteções tardias quer de tempos de resposta elevados. Uma das consequências dos incêndios matinais é a fadiga precoce do pessoal de extinção, reduzindo a capacidade de intervenção no período da maior incidência de incêndios que se regista a partir das 12:00 horas. No período noturno a deteção tardia dos incêndios devido à diminuição da visibilidade, os tempos de resposta elevados (devido à hipoteca de meios aéreos e/ou por coincidência com o período de alimentação) e o abaixamento da capacidade física do pessoal são causas que conjugadas podem ajudar a explicar os valores encontrados. Factos que têm levado nos últimos anos a um aumento da área ardida e do n.º de ocorrências no período noturno. É importante alertar também para o facto de alguns dos incêndios que percorreram o Concelho de Torre de Moncorvo, são originários em concelhos vizinhos (Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada 31

38 à Cinta), portanto é necessário articular o dispositivo existente com os diversos municípios confinantes de modo a tornar a nossa ação mais eficaz Distribuição espacial Distribuição da área ardida por espaços florestais A análise da área ardia por tipo por espaço florestal (figura 14) indica que as áreas de matos são as que apresentam maior suscetibilidade à deflagração de incêndios. Entre 1992 e 2011, ,5 ha (89,0%) com mato foram percorridas pelo fogo. Os registos relativos aos pontos de ignição (mapa n.º 17) indicam que uma parte muito significativa dos incêndios tem origem nestas áreas. Estas áreas são extremamente perigosas para deflagrar um incêndio pois o fogo rapidamente consome o mato e entra nas áreas florestais. Aliado ao tipo de espaço florestal, temos um concelho com relevo acidentado (cerca de 61,4% da área do concelho tem declives superiores a 10 graus), e uma percentagem significativa de orientação das vertentes a sul (26 %). Esta exposição é a que apresenta normalmente condições favoráveis à progressão de um incêndio, na medida em que os combustíveis sofrem maior dessecação e o ar é também mais seco devido à maior quantidade de radiação solar incidente. Figura 14 - Distribuição da área ardida em espaços florestais no período (Fonte: ICNF, ) 32

39 Constata-se que entre 1992 e 2011: As áreas de mato representam 91,5 % do total ardido em espaços florestais; As áreas de povoamentos (espécies resinosas e folhosas) representam 8,5 % do total ardido em espaços florestais. O facto da maior parte da superfície percorrida pelo fogo não ser economicamente valorizável (matos) tem induzido a uma generalidade de que os incêndios nestas áreas são aceitáveis. Contudo, uma parte significativa destas áreas apresenta, com maior ou menor intensidade, potencial para arborização com espécies arbóreas autóctones, menos vulnerável ao fogo. Estas áreas têm também benefícios indiretos como: caça, cogumelos, apicultura, recreio e lazer, diminuição do CO2 na atmosfera, etc Distribuição da área ardida e número de ocorrências por classes de extensão A análise dos dados dos incêndios por classe de extensão entre indica: A classe dos grandes incêndios (> 100 ha) representa 2,0 % das ocorrências mas foi responsável por 71,4% da área ardida As classes de incêndios entre ha e ha representam 4,8 % das ocorrências e foram responsáveis por 10,2% da área ardida; Cerca de 61,8 % das ocorrências teve uma área inferior a 1 hectare; E cerca de 30,0 % das ocorrências teve uma área inferior a 10 hectares. 33

40 Figura 15 - Distribuição da área ardida e do n.º de ocorrências por classes de extensão no período (Fonte: ICNF, ) A análise dos gráficos anteriores indica-nos que evoluímos de uma situação em que temos muitas ocorrências mas em que arde pouca área para uma situação em que temos poucos ocorrências mas que ardem extensas áreas de espaços florestais, representando grandes incêndios. Situação esta que é muito preocupante pois é indicativo que a prevenção estrutural, nomeadamente a construção de faixas e mosaicos de gestão de combustível e a silvicultura preventiva não estão a ser realizadas e/ou a pouca que ainda é realizada não é suficiente para colmatar esta lacuna. Consequentemente, teremos cada vez mais extensas áreas com elevada carga de combustível e propicias à ocorrência de grandes incêndios. Alertase para que a(s) entidade)s) responsáveis pela prevenção estrutural tomem medidas rápidas e eficazes para que se evite uma calamidade como a que aconteceu em 2003 e em

41 Também de acordo com o histórico dos incêndios entre o período de arderam 751,4 ha devido a reacendimentos, os quais é necessário reduzir ou eliminar e, para tal é necessário uma melhor eficácia de rescaldo e vigilância pós incêndio, utilizando máquinas de rastos para circunscrever o perímetro do incêndio e a permanência dos meios no local mais atentos Pontos de início e causas A localização espacial das ocorrências (identificadas através da povoação mais perto) mapa n.º 17, permitiu identificar locais prioritários de vigilância e os locais estratégicos de estacionamento (LEE), bem como as principais causas dos incêndios (mapa n.º 17) no concelho, das quais se destacam o uso do fogo e o incendiarismo, permitindo identificar e dirigir as ações de sensibilização para um determinado público alvo. Em termos cartográficos, os dados dos pontos inicio que se conseguiram obter são de 2001 a 2011, embora nem todos os incêndios tenham ponto de inicio. Dos dados existentes podemos observar que a freguesia com maior mancha de concentração de pontos de inicio é a Açoreira, seguida de Urros, Adeganha e Torre de Moncorvo. De salientar que o ano de 2011, a freguesia de Peredo dos Castelhanos tem uma mancha também considerável de concentração de pontos de inicio. Relativamente às causas associadas, e em termos cartográficos só foi possível obter dados referentes ao ano de 2011, sendo o uso do fogo a principal causa, destacando-se a renovação de pastagens. Estas aparecem associadas à realização de queimadas pelos pastores (apresentam maior relevância nas freguesias de Açoreira, Urros, Adeganha e Torre de Moncorvo), que devido a um ou outro fator evoluíram para uma situação incontrolável, por não respeitarem as condições mínimas de segurança, ao mesmo tempo que não garantem a inexistência de efeitos nefastos sobre o ecossistema e, em particular, sobre o solo. Esta situação não é infundada, encontrando a sua melhor explicação na necessidade, por parte, dos pastores, de renovarem os pastos para os seus rebanhos. Isto deve-se ao facto da pastorícia ser uma das atividades humanas mais enraizadas no concelho de Torre de Moncorvo, contribuindo grandemente para a subsistência das populações rurais. Assim, a criação de gado ovino e caprino, embora em muito menor escala que há uns anos atrás, assumese como uma atividade económica muito importante no concelho, sendo as freguesias onde a principal causa foi a renovação de pastagens, as mesmas onde atualmente ainda existe um n.º considerável de gado ovino e/ou caprino. 35

42 Quadro IV N.º total de incêndios e causas por freguesia ( ) Freguesia Causas Total de N.º de Incêndios Incêndios Investigados Reacendimentos 3 Uso do fogo 67 Açoreira Indeterminadas Incendiarismo 13 Sub-Total 178 Reacendimentos 2 Uso do fogo 25 Adeganha Indeterminadas Incendiarismo 4 Sub-Total 76 Reacendimentos 6 Naturais 1 Maçores Uso do fogo Indeterminadas 50 Incendiarismo 1 Sub-Total 68 Incendiarismo 1 Cardanha Uso do fogo 9 66 Indeterminadas 32 Sub-Total 42 Reacendimentos 7 Naturais 1 Felgar Uso do fogo Indeterminadas 64 Incendiarismo 9 Sub-Total 94 Reacendimentos 3 Incendiarismo 1 Castedo Uso do fogo 35 4 Indeterminadas 9 Sub-Total 17 Uso do fogo 3 Horta da Vilariça Incendiarismo 1 39 Indeterminadas 24 Sub-Total 28 Reacendimentos 4 Uso do fogo 3 Souto da Velha Indeterminadas Incendiarismo 1 Sub-Total 33 Reacendimentos 5 Larinho Uso do fogo Indeterminadas 49 Sub-Total 67 Carviçais Reacendimentos

43 Cabeça Boa Lousa Torre de Moncorvo Mós Felgueiras Peredo dos Castelhanos Urros (Fonte: ICNF, ) Estruturais 1 Uso do fogo 23 Indeterminadas 82 Incendiarismo 1 Naturais 3 Sub-Total 120 Reacendimentos 1 Uso do fogo 11 Indeterminadas Incendiarismo 4 Sub-Total 66 Reacendimentos 2 Naturais 2 Uso do fogo Indeterminadas 48 Incendiarismo 6 Sub-Total 70 Reacendimentos 4 Naturais 1 Uso do fogo Indeterminadas 147 Incendiarismo 9 Sub-Total 182 Uso do fogo 11 Indeterminadas 54 Reacendimentos 99 3 Estruturais 2 Sub-Total 70 Reacendimentos 1 Incendiarismo 5 Naturais 2 83 Uso do fogo 6 Indeterminadas 50 Sub-Total 64 Uso do fogo 26 Incendiarismo 5 Indeterminadas Reacendimentos 3 Sub-Total 61 Reacendimentos 19 Uso do fogo 47 Indeterminadas Incendiarismo 3 Sub-Total 140 Acidentais 1 Uso do fogo 112 Indeterminadas 941 Incendiarismo 35 Estruturais 2 Naturais 11 Total

44 O quadro anterior indica-nos que as principais causas dos incêndios no concelho são as indeterminadas, o uso do fogo e o incendiarismo. Relativamente ao uso do fogo destacam-se a renovação de pastagens e as borralheiras. As primeiras, tal como já referido anteriormente estão associadas à realização de queimadas pelos pastores para renovação de pastagens para alimento do gado, e as borralheiras, isto é, a queima de restos da agricultura e matos confinantes, após corte e ajuntamento, são também uma causa significativa, também explicada pela agricultura que é praticada no concelho. Salienta-se a freguesia de Urros, como a que apresenta maior percentagem de causas relacionadas com renovação de pastagens, seguindo-se as freguesias da Adeganha, Carviçais e Torre de Moncorvo. Por outro lado a grande percentagem de causas indeterminadas (das 1376 ocorrências investigadas, 941 são indeterminadas) e do número de incêndios que não foram investigados (das 2051 ocorrências entre 1992 e 2011, só 1376 foram investigadas), é indicativo da necessidade da(s) entidade(s) competente(s) na matéria, reunirem esforços para a sua determinação, a fim de se poderem identificar e dirigir as ações de sensibilização adequadamente Fontes de alerta Da análise da Figura seguinte, verificamos que a principal fonte de alerta no concelho é o 117 (50,1%), seguido dos Postos de Vigia (45,3%), e em menor percentagem, Outros (4,3 %), Vigilância Móvel (0,1 %) e DGF (0,3 %). Relativamente à primeira, justifica-se porque todos os alertas dados pelas equipas de vigilância, populares, sapadores florestais são para o 117, com destaque para os populares que no concelho tem contribuído para a deteção de muitas ocorrências. Comparando estes dados com os do anterior (dados de alerta compreendidos entre ), em que se verificou que eram os postos de vigia que tinham uma maior contribuição para a deteção de ocorrências, indicam-nos que a sensibilização e o civismo da população para a problemática dos incêndios está a mudar. Todavia, há uma ilação importante a ter em atenção: os meios fixos de vigilância contribuem significativamente para a deteção dos incêndios. Não esquecendo o papel que a vigilância móvel tem, terá maior eficácia se aliada a Locais Estratégicos de Estacionamento, com o objetivo dos vigias permanecerem algum tempo fixo. É de referir que para o período considerado, nem sempre existiam dados para todas as ocorrências. 38

45 Figura 16 - Distribuição do número de ocorrências por fonte de alerta no período (Fonte: ICNF e SGIF, ) Nota: VIG. Móvel = VIG. Móvel + BETA13 + C.B. + PV- ECIN + PV GNR; 117 = Populares + CCO CDOS + Vigilantes + sapadores florestais; DGF = DGF + CNGF; Outros = Outros + Central A análise da distribuição do número de ocorrências por fonte e hora de alerta, entre indica: as principais fontes de alerta são o 117 e os Postos de Vigia; no período entre 13:00-15:59 horas, e 20:00-22:59 horas, as fontes de alerta Postos de Vigia e 117 são ambas muito significativas; nos períodos entre 3:00-6:00 horas; das 16:00-19:59 horas e 23:00-23:59 horas, o 117 é a fonte de alerta mais significativa. 39

46 Figura 17 - Distribuição do número de ocorrências por fonte e hora de alerta no período (Fonte: ICNF, ) Grandes incêndios Distribuição anual dos grandes incêndios Ao observar o mapa n.º 18, verifica-se que o concelho é muito fustigado por grandes incêndios ( 100 ha), entre 1992 e 2011, ocorreram um total de 40 grandes incêndios, e não houve freguesias que não tivessem sido percorridas por grandes incêndios, o que é realmente preocupante. Em termos geográficos e, considerando a freguesia como unidade básica, verifica-se que no ano de 2011, foram as freguesias de Mós e Cabeça Boa as mais fustigadas. Verifica-se também que existem incêndios que se estendem para outros concelhos ou que vêm de outros concelhos, sobretudo Freixo de Espada á Cinta (incêndio ocorrido no ano de 2003 na freguesia de Mós e nos anos 1995 e 2002 na freguesia de Carviçais), Alfandega da Fé (incêndio ocorrido em 1996, freguesia da Adeganha e 1994 e 2000 na freguesia da Cardanha), Carrazeda (incêndio ocorrido na Lousa no ano de 1999) e Mogadouro (incêndios ocorridos em 1994 e 2004 na Lousa). Factos que vêm reforçar a ideia que é nos limites dos concelhos onde surgem maiores problemas no combate incêndios, o que aliado às deficientes infra-estruturas de combate dos meios terrestres e ao tipo de relevo acidentado, nomeadamente nas freguesias da Lousa, Mós, Urros, Adeganha, Cardanha e Cabeça Boa, poderá ter contribuído, conjuntamente com as condições meteorológicas (temperatura elevadas), para a ocorrência de grandes incêndios nestas freguesias. 40

47 Da análise do mapa destaca-se o ano de 2003, nas freguesias de Mós, Cabeça Boa, Maçores, Açoreira e Torre de Moncorvo com as maiores manchas de área ardida. Nesse mesmo ano verifica-se que um incêndio com início no concelho de Freixo de Espada à Cinta, se estendeu ainda para o concelho de Torre de Moncorvo, consumiu alguns ha de área ardida da freguesia de Mós. Na figura seguinte observa-se a distribuição anual dos grandes incêndios, entre 1992 a Figura 18 - Distribuição Anual dos Grandes Incêndios (Fonte: ICNF, ) A análise da figura anterior permite-nos identificar diferentes ciclos de fogo para os grandes incêndios: o primeiro entre , caracterizando-se por valores de área ardida e número de ocorrências pouco oscilantes, sendo que os anos de 2000 e 2001 registaram valores mais elevados quer de área ardida quer de ocorrências, relativamente aos restantes anos desse ciclo; o segundo ciclo entre 2002 e 2005, caracterizando-se por uma constante anual de valores de área ardida e número de ocorrências elevados; 41

48 o terceiro ciclo verifica-se entre caracterizando-se por valores de área ardida e número de ocorrências pouco oscilantes; a partir de 2011 entramos num quarto ciclo, cujos valores de área ardida e número de ocorrências aumentam significativamente, relativamente ao ciclo anterior, igualando-se a valores que ocorreram no segundo ciclo. O gráfico anterior indica-nos que os anos mais críticos em área ardida foram 2003 e 2011 e em n.º de ocorrências foram os anos 2003 e Relacionando os grandes incêndios com as condições meteorológicas, indicam-nos que os anos em que ocorrerem grandes incêndios coincidiram com fenómenos meteorológicos anormais traduzidos em ondas de calor (figura 19) nos anos 2003 e 2005 e a seca de 2004 a Salienta-se o ano de 2003 em que arderam 4.549,0 ha. Figura 19 - Ondas de calor 42

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