INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. Moçambique. Inquérito Demográfico e de Saúde RELATÓRIO FINAL SOBRE TRAUMATISMO. Junho, 2006

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1 INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA Moçambique Inquérito Demográfico e de Saúde 2003 RELATÓRIO FINAL SOBRE TRAUMATISMO Junho, 2006

2 MOÇAMBIQUE Inquérito Demográfico e de Saúde 2003 Instituto Nacional de Estatística Maputo, Moçambique Ministério da Saúde Maputo, Moçambique Measure DHS/ORC Macro (Assessoria) Junho 2006 Instituto Nacional de Estatística Ministério da Saúde

3 O Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS) em Moçambique faz parte dum programa internacional de inquéritos (MEASURE DHS) desenvolvido pelo ORC Macro, através de um contrato com a USAID/Washington, com o propósito de apoiar aos governos e instituições privadas dos países em desenvolvimento na realização de inquéritos nacionais por amostragem, nas áreas de população e saúde. O Programa MEASURE DHS tem por objectivo: Subsidiar a formulação de políticas e implementação de programas nas áreas de população e saúde; Aumentar a base internacional de dados sobre população e saúde para acompanhamento e avaliação; Aprimorar metodologia de inquérito por amostragem; e Consolidar, na área de inquérito, a capacidade técnica da instituição executora no país participante do Programa. O Programa DHS teve início em 1984 e, desde então, já foram realizados inquéritos em mais de 70 países da América Latina, Caribe, África, Ásia e Leste Europeu. Informações adicionais sobre o Programa MEASURE DHS o IDS podem ser obtidas no seguintes endereços: Instituto Nacional de Estatística Avenida Ahmed Sekou Touré 21 C.P. 493, Maputo Telefone: (2581) Fax: (2581) Correio: info@ine.gov.mz Internet: Ministério da Saúde Avenida Salvador Allende C.P. 264, Maputo Telefone (2581) /4 Fax: (2581) ORC Macro/DHS Program Beltsville Drive, Suite 300 Calverton, MD 20705, U.S.A. Telefone: (301) Fax: (301) Correio: reports@orcmacro.com Internet:

4 CONTEÚDO Página Lista de Quadros e Gráficos... i Mapa de Moçambique... ii CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO 1.1 Questionários Desenho da amostra Aspectos operacionais do Inquérito Taxas de Resposta...3 CAPÍTULO 2 CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO ENTREVISTADA 2.1 Características Gerais Nível Educacional dos Inquiridos e Alfabetismo... 5 CAPÍTULO 3 TRAUMATISMO 3.1 Traumatismo nos 30 dias anteriores ao inquérito Principais causas de traumatismo nos 30 dias precedentes ao inquérito Mortes por traumatismo nos 12 meses antecedentes ao inquérito Principais causas de morte por traumatismo nos 12 meses anteriores ao inquérito ANEXOS Quadros originais sobre traumatismo... 19

5 LISTA DE QUADROS E GRÁFICOS CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO Página Quadro 1.1 Taxas de resposta... 4 Quadro 1.2 Pessoas entrevistadas segundo área de residência e província... 4 CAPÍTULO 2 CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO ENTREVISTADA Quadro 2.1 Características seleccionadas das pessoas entrevistadas... 6 Quadro 2.2 Nível de instrução da população entrevistada... 7 Quadro 2.3 Alfabetismo... 9 Gráfico 2.1 CAPÍTULO 3 Inquiridos com Educação Secundária ou mais por Área de Residência e Província...8 TRAUMATISMO Quadro 3.1 Casos de traumatismo Quadro 3.2 Número de membros do agregado que sofreram traumatismo Quadro 3.3 Principais causas de traumatismo Quadro 3.4 Principais causas de traumatismo por sexo Quadro 3.5 Principais causas de traumatismo por idade Quadro 3.6 Casos de mortes por traumatismo Quadro 3.7 Número de membros do agregado que morreram por traumatismo Quadro 3.8 Causas de morte por traumatismo, por província Quadro 3.9 Causas de morte por traumatismo, por sexo Quadro 3.10 Causas de morte por traumatismo, por idade... 17

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8 INTRODUÇÃO 1 O presente relatório apresenta os resultados do segundo Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS 2003) realizado em Moçambique pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e o Ministério da Saúde (MISAU), com apoio técnico da Macro Internacional Inc. O IDS faz parte do programa mundial de Inquéritos Demográficos e de Saúde (DHS), actualmente na sua quarta fase de execução, e em Moçambique se realizou pela segunda vez. Estes inquéritos são realizados na base duma amostra de representatividade nacional, provincial e de área de residência. E estão desenhados para administrar informações sobre fecundidade, saúde materno-infantil e características sócio-económicas da população entrevistada. Na área da fecundidade, as informações recolhidas permitem avaliar os níveis e tendências da fecundidade, conhecimento e uso de métodos contraceptivos, amamentação e outros determinantes próximos desta variável demográfica, tais como a proporção de mulheres casadas e/ou em união e duração da amenorreia pós-parto. Investiga, ainda, intenções reprodutivas e necessidades não satisfeitas relacionadas com o planeamento familiar Na área de saúde materno-infantil, recolhem informações sobre mortalidade materna, HIV/SIDA, DTS, gravidez, assistência pré-natal e ao parto. A nível da saúde da criança, os dados recolhidos permitem determinar taxas e tendências da mortalidade infanto-juvenil, como também analisar os seus determinantes socio-económicos, uma vez que são investigadas as principais causas de doenças predominantes na infância (diarreia e infecções respiratórias), imunização e estado nutricional. Este último IDS (2003) incluiu, pela primeira vez, perguntas relacionadas com o Traumatismo, Malária, Aspectos Cardiovasculares e a Circuncisão Masculina. O inquérito registou ainda as características socio-económicas da população entrevistada, tais como: a educação; o acesso aos meios de comunicação; ocupação; religião; condições da habitação em relação ao acesso a água, saneamento, electricidade, bens duráveis, número de divisões e material predominante na construção do pavimento da habitação. Além do inquérito individual da população feminina, foi também considerada uma sub-amostra de 30 por cento dos agregados familiares seleccionados, com o propósito de registar as percepções da população masculina sobre o conhecimento, atitudes e práticas relacionadas com o planeamento familiar, intenções reprodutivas, conhecimento e comportamento sexual face ao HIV/SIDA. Com a realização do IDS 2003 em Moçambique foram obtidos dados fidedignos, representativos e de alta comparabilidade com outros países da região. A maior parte da informação do IDS actual é comparável com a do IDS 1997, o que permitirá registar a dinâmica da informação contida ao longo do tempo. O banco de dados do IDS é muito acessível, permitindo gerar indicadores para análise de tendências e mudanças na dinâmica socio-demográfica da população. 1.1 ASPECTOS METODOLÓGICOS E ORGANIZAÇÃO DO INQUÉRITO Questionários Para a recolha de dados, adoptou-se metodologia de entrevistas aos agregados familiares, aplicando-se três tipos de questionários: Questionário de Agregados Familiares Questionário de Mulheres Questionário de Homens. 2

9 Os questionários tiveram como base o modelo utilizado pelos Inquéritos Demográficos e de Saúde na quarta fase. Para além disso, foram contextualizados e acrescidos de questões específicas para satisfazer as necessidades do País. É de referir que estes instrumentos foram devidamente pré-testados em Maputo Cidade e nas áreas rurais circunvizinhas em Junho de Desenho da amostra A amostra foi desenhada para ser representativa a nível nacional, provincial e por áreas de residência urbano-rural, abrangendo somente a população residente em agregados familiares. Foi excluída da amostra a população que residia em instituições residenciais colectivas, como hotéis, hospitais, quartéis militares, etc. e os sem casa/habitação. Tendo em conta a necessidade de obter indicadores de níveis de fecundidade, mortalidade infanto-juvenil, a prevalência de uso de contraceptivos, etc., nos domínios acima mencionados, estimou-se que o tamanho da amostra devia permitir obter 11,200 entrevistas completas de mulheres de 15 a 49 e em um terço de agregados familiares seleccionados foram também entrevistados os homens de 15 a 64. O IDS03 foi uma sub-amostra do Inquérito aos Agregados Familiares (IAF) realizado pelo INE entre 2002/03. O IAF era constituído por 858 UPA s (Unidades Primárias de Amostragem) e igual número de AEs (Áreas de Enumeração), elaboradas a partir dos resultados do censo populacional de Por seu turno, o IDS 2003 era composto por 52 UPA s e igual número de AEs por província, com a excepção das Províncias de Nampula e Zambézia, com 68 UPA s e AE s, devido ao peso das suas populações no total do País. Nas AEs abrangidas procedeu-se a uma actualização dos agregados familiares através da listagem. A partir desta lista foram seleccionados os 24 agregados familiares a inquirir. Treinamento do Pessoal do Inquérito A fim de assegurar a uniformidade da formação e dos procedimentos de trabalho de campo, todo o pessoal de campo foi formado ao mesmo tempo por técnicos do INE e da ORC Macro. As equipas receberam treinamento teórico-prático durante três semanas e meia, através de aulas expositivas, dinâmica de grupo, dramatização, exercícios e prática de campo. O curso decorreu de 28 de Julho a 23 de Agosto de 2003, onde participaram 80 mulheres e 40 homens. Dada a diversidade étnica e linguística de Moçambique, todos os participantes eram originários das províncias onde deveriam trabalhar e falavam correctamente os idiomas predominantes nessas zonas. Recolha de Dados A actividade de recolha de dados teve início em Agosto de 2003, tendo terminado em Janeiro de Em cada província, o trabalho de campo foi realizado por uma equipa que era constituída por 8 pessoas: uma controladora, um supervisor, quatro inquiridoras e um inquiridor, além do motorista. Processamento de Dados A entrada de dados começou em Setembro de 2003, três semanas após o início da recolha, tendo terminado em Fevereiro de 2004, uma semana depois do término do trabalho de campo. As actividades de processamento do inquérito envolveram processos manuais e automáticos: recepção e verificação dos questionários, crítica (revisão e codificação), digitação, edição e análise de inconsistências. Este trabalho envolveu um responsável pelo processamento, um programador, cinco supervisores, cinco críticos de dados e trinta digitadores. 3

10 Para a entrada de dados usou-se o software interactivo CSPRO (Census and Survey Processing System), para micro-computadores, programa desenhado especialmente para agilizar a digitação dos dados, crítica, obtenção de frequências e tabulações. CSPRO é a combinação de interfaces de IMPS e ISSA no ambiente Windows. Este programa permite verificar interactivamente os intervalos das variáveis, detectar inconsistências e controlar o fluxo interno dos dados durante a digitação dos questionários. Supervisão e Controle de Qualidade O trabalho de campo contou com estreita supervisão e controle de qualidade por parte dos técnicos centrais e provinciais, tanto do INE como do MISAU, e do Consultor Residente da Macro. Além disso, durante a recolha de dados foi estabelecido um rigoroso controle a nível de cada equipa sobre o processo de recolha, mediante a detecção de erros por parte da crítica de campo, o que permitiu a correcção imediata ainda no terreno. A nível da coordenação central, os críticos de dados fizeram revisão adicional dos questionários e os problemas encontrados eram comunicados às respectivas equipas. O processamento interactivo e por lotes de informação através do programa CSPRO permitiu, ainda, a nível central, a obtenção periódica de resultados parciais, para análise dos dados recolhidos até dado momento, mediante a produção de tabelas para acompanhamento e controle de qualidade. Os resultados dessas tabulações foram reportados em retroalimentação às inquiridoras, assegurando a qualidade dos dados. 1.2 TAXAS DE RESPOSTA O número de agregados familiares seleccionados, ocupados e entrevistados, assim como o número de pessoas elegíveis que responderam à entrevista (mulheres e homens) e a taxa de respostas do país inteiro (11 províncias) são ilustrados no Quadro 1.1. Dos 12,315 agregados entrevistados no inquérito foi identificado um total de 13,657 mulheres elegíveis. Foram feitas entrevistas a 12,418 destas mulheres, significando que a taxa de resposta foi de 91 por cento. Dos 3,599 homens elegíveis identificados na sub-amostra de casas seleccionadas para o inquérito masculino, foram entrevistados 2,900 com sucesso, dando uma taxa de resposta de 81 por cento. As taxas de resposta são mais baixas para a amostra urbana do que para a rural, especialmente para homens (75 por cento para a urbana contra 86 para a rural). A razão principal de não resposta entre homens e mulheres elegíveis foi a de não se ter encontrado os indivíduos em casa, apesar de se ter visitado várias vezes a mesma casa. A baixa taxa de resposta nos homens reflecte as ausências mais frequentes e mais longas de homens de suas casas, principalmente relacionadas ao emprego e estilo de vida. O Quadro 1.2 mostra o número ponderado de mulheres e de homens inquiridos. Ao calcular indicadores, é necessário aplicar a ponderação, pois a amostra não foi alocada por províncias de acordo com a actual distribuição da população. É também importante notar que algumas variáveis apresentadas incluem, comparativamente, números pequenos de respondentes. Por esta razão, nos casos em que o número de subgrupos não ponderados estivesse baseado em menos de 30 casos, os seus dados não foram incluídos neste relatório. 4

11 Quadro 1.1 Taxas de resposta para o inquérito dos agregados familiares e inquérito das mulheres e de homens Número de agregados familiares, número de mulheres e homens elegíveis e entrevistados, e taxas de resposta segundo províncias e áreas de residência, Moçambique 2003 Agregados familiares Mulheres Homens Número de Número Número agregados Agre- Agregados Taxa de Mulheres Taxa de Homens Taxa Área de residência seleccio- gados entre- de mulheres entrevis- de homens entre- de e província nados ocupados vistados resposta elegíveis tadas resposta elegíveis vistados resposta Área de residência Rural 8,983 8,435 7, ,525 7, ,851 1, Urbana 5,492 5,232 4, ,132 5, ,748 1, Província Niassa 1,248 1, Cabo Delgado 1,241 1,182 1, Nampula 1,632 1,524 1, ,292 1, Zambézia 1,632 1,565 1, ,210 1, Tete 1,248 1,191 1, ,154 1, Manica 1,248 1,173 1, ,238 1, Sofala 1,240 1,140 1, ,303 1, Inhambane 1,248 1,182 1, ,199 1, Gaza 1,242 1,181 1, ,324 1, Maputo Província 1,248 1,179 1, ,340 1, Maputo Cidade 1,248 1,196 1, ,746 1, Total 14,475 13,667 12, ,657 12, ,599 2, Quadro 1.2 Pessoas entrevistadas segundo área de residência e província Distribuição percentual das mulheres e dos homens entrevistados, segundo área de residência e província, Moçambique 2003 Mulheres Homens Número Número Percentagem Número não- Percentagem Número não- Característica ponderada ponderado ponderado ponderada ponderado ponderado Área de residência Rural ,870 7, ,705 1,585 Urbana ,548 5, ,195 1,315 Província Niassa Cabo Delgado 8.6 1, Nampula ,403 1, Zambézia ,906 1, Tete 8.3 1,025 1, Manica , Sofala , Inhambane 8.8 1,088 1, Gaza , Maputo Província 8.5 1,050 1, Maputo Cidade 8.5 1,059 1, Total ,418 12, ,900 2,900 5

12 CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO ENTREVISTADA 2 O objectivo deste capítulo é de fornecer uma descrição da situação dos inquiridos em Moçambique, nomeadamente mulheres em idade reprodutiva e inquiridos do sexo masculino com de idade. As principais características demográficas e económicas que serão usadas em capítulos subsequentes sobre a reprodução e saúde serão a idade na altura do inquérito, estado civil, área de residência, província e nível de educação geral, dentre outras. 2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS A descrição e caracterização específica da população entrevistada é importante, na medida em que permite a contextualização dos dados apresentados nos capítulos seguintes deste relatório. O Quadro 2.1 apresenta a distribuição percentual de mulheres e de homens entrevistados, segundo a idade, nível de escolaridade e estado civil, província e área de residência. São incluídos resultados ponderados e não ponderados. Os dados contidos no Quadro 2.1 revelam que: Apenas uma pequena proporção da população (menos de 1 por cento) frequentou o ensino superior e só 7.6 por cento de mulheres e 15.1 por cento de homens têm nível secundário. Quatro entre dez mulheres e dois entre dez homens, nunca frequentaram a escola. A percentagem de homens não casados é duas vezes superior à de mulheres que nunca se casaram (31.4 por cento contra 15.8 por cento). Não se registaram diferenças significativas entre a percentagem de homens casados e a dos que estão em uma união consensual, enquanto que, entre as mulheres, cerca de 55 por cento informaram que estavam numa união consensual e aproximadamente 16 por cento, que eram casadas. Quase dois terços das mulheres e homens vivem em áreas rurais (cerca de 63 e 59 por cento, respectivamente). 2.2 NÍVEL EDUCACIONAL DOS INQUIRIDOS E ALFABETISMO O Quadro 2.2 mostra a distribuição dos homens e mulheres entrevistados por nível educacional, de acordo com características seleccionadas. São de particular importância as diferenças no nível educacional dos inquiridos dos diferentes grupos etários, províncias e áreas de residência rurais e urbanas. O Gráfico 2.1 resume os diferenciais por sexo, área de residência e província para inquiridos com nível secundário ou mais. 6

13 Quadro 2.1 Características seleccionadas das pessoas entrevistadas Distribuição percentual das mulheres e dos homens entrevistados, segundo características seleccionadas. Moçambique, 2003 Mulheres Homens Número Número Percentagem Número não- Percentagem Número não- Característica ponderada ponderado ponderado ponderada ponderado ponderado Idade ,454 2, ,456 2, ,224 2, ,792 1, ,411 1, ,126 1, na na na na na na na na na Estado civil Solteira ,961 2, Casada ,926 1, União consensual ,810 6, ,057 Divorciada/separada ,609 1, Viúva Residência Rural ,870 7, ,705 1,585 Urbana ,548 5, ,195 1,315 Província Niassa Cabo Delgado 8.6 1, Nampula ,403 1, Zambézia ,906 1, Tete 8.3 1,025 1, Manica , Sofala , Inhambane 8.8 1,088 1, Gaza , Maputo 8.5 1,050 1, Maputo Cidade 8.5 1,059 1, Nível de escolaridade Nenhum ,100 4, Primário ,347 6, ,940 1,964 Secundário , Superior Religião Católica ,763 3, Muçulmana ,335 1, Sião/Zione 8.8 1,087 1, Protestante/Evangélica ,375 3, Outra Sem religião ,800 1, Total ,418 12, ,900. 2,900 Nota: Os níveis de educação, referem-se aos níveis mais elevados frequentados, tenham sido completados ou não. na = Não aplicável 7

14 Quadro 2.2 Nível de instrução da população entrevistada Distribuição percentual da população entrevistada por nível de escolaridade, segundo características seleccionadas. Moçambique, 2003 Nível mais elevado frequentado ou completado Sem Primário Secundário Secun- Número Número esco- não Primário não Secundário dário de de Característica laridade completo completo 1 completo completo 2 ou mais Total pessoas estudados MULHERES Idade , , , , , , Residência Rural Urbana ,870 4, Província Niassa Cabo Delgado , Nampula , Zambézia , Tete , Manica Sofala Inhambane , Gaza Maputo , Maputo Cidade , Total , HOMENS Idade Residência Rural Urbana ,705 1, Província Niassa Cabo delgado Nampula Zambézia Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Maputo Maputo Cidade Total , Completou as 7 classes do nível primário 2 Completou as 5 classes do nível secundário 8

15 Gráfico 2.1 Inquiridos com Educação Secundária ou mais, por Área de Residência e Província Total RESIDÊNCIA Rural 6 18 Urbana PROVÍNCIA Niassa Cabo Delgado Mulheres Nampula Homens Zambézia 7 22 Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Maputo Maputo Cidade Percentagem de inquiridos O nível de alfabetização apresentado no Quadro 2.3 é baseado na habilidade dos inquiridos de ler nada, uma parte ou toda a frase na língua em que provavelmente são capazes de ler, se tiverem aprendido. As perguntas para avaliar o nível de alfabetização são feitas apenas aos inquiridos que não frequentaram a escola ou que frequentaram apenas ou primeiro ciclo da escola primária. Assume-se que os inquiridos que frequentaram pelo menos o segundo ciclo da escola primária são alfabetizados. 9

16 Quadro 2.3 Alfabetismo Distribuição percentual da população entrevistada, por nível de escolaridade e nível de alfabetismo, e percentagem de alfabetismo, segundo características seleccionadas. Moçambique, 2003 Segundo Sem escolaridade ou primeiro ciclo escola Primária ciclo escola Só Sem cartão Primária/ Leu leu Não no Número Percentagem ou toda parte consegue idioma Sem de de alfa- Característica Superior frase da frase ler requerido informação Total pessoas betismo 1 MULHERES Idade , , , , , , Residência Rural Urbana ,870 4, Província Niassa Cabo Delgado , Nampula , Zambézia , Tete , Manica Sofala Inhambane , Gaza Maputo , Maputo Cidade , Total , HOMENS Idade Residência Rural Urbana ,705 1, Província Niassa Cabo delgado Nampula Zambézia Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Maputo Maputo Cidade Total , Inquiridos que frequentaram pelo menos o segundo grau da escola primária e os que leram uma parte ou toda a frase. O denominador exclui inquiridos sem cartão no idioma e inquiridos que são cegos/deficientes visuais, 10

17 TRAUMATISMO 3 Alguns dos problemas que põem em causa a vida da população podem ser causadas pelo traumatismo. Designa-se por trauma ou traumatismo o conjunto de alterações anatómicas e funcionais, locais e gerais, provocadas no organismo por meios violentos, seja por agressões ou acidentes, sendo que no primeiro há a intenção e no segundo não. São exemplos de agressões os espancamentos, ferimentos intencionais por armas, e de acidentes, as quedas, queimaduras, os acidentes de trânsito, dentre outros. Como se pode inferir a partir da definição, o traumatismo, pode ser intencional ou acidental, está presente na vida de todo indivíduo, qualquer que seja a sua idade, condição social ou cultural, e representa uma das doenças mais importantes em saúde pública. De acordo com a gravidade, o traumatismo pode ou não ocasionar óbitos. O IDS contou, pela primeira vez, com um capítulo destinado a colher informações sobre a ocorrência de traumatismo e seu impacto na mortalidade. Nos quadros que constam neste relatório, a informação é apresentada com base nos dados com ponderação e sem ponderação para cada uma das províncias do país. 3.1 TRAUMATISMO NOS 30 DIAS ANTERIORES AO INQUÉRITO O Quadro 3.1 mostra a percentagem de agregados familiares em que algum membro sofreu de traumatismo nos 30 dias que antecederam o inquérito. Quadro 3.1 Casos de traumatismo Percentagem de agregados familiares em que algum membro sofreu traumatismo nos últimos 30 dias, segundo província. Moçambique, 2003 Província % Nº Casos Niassa ,155 Cabo Delgado ,757 Nampula ,393 Zambézia ,968 Tete ,352 Manica ,103 Sofala ,933 Inhambane ,612 Gaza ,637 Maputo Província ,356 Maputo Cidade ,233 Total ,231,500 11

18 Tendo em conta os dados contidos no quadro, a nível nacional, em 3.01% de agregados familiares ocorreu algum traumatismo. Analisados os dados por província, constata-se que registaram-se percentagens mais elevadas de ocorrência de traumatismo em Cabo Delgado (7.54%), Nampula (4.44%), Sofala (4.25%) e Maputo Província (3.65%). Nas províncias de Zambézia (0.51%), Niassa (0.81%) e Maputo Cidade (1.57%), as percentagens de registo de traumatismo foram mais baixas. Quadro 3.2 Número de membros do agregado que sofreram traumatismo Distribuição percentual de agregados familiares em que algum membro sofreu traumatismo nos últimos 30 dias por número de pessoas que sofreram, segundo província. Moçambique, 2003 Província Número de pessoas 1 2 Total Nº Casos Niassa Cabo Delgado ,404 Nampula ,211 Zambézia ,162 Tete ,367 Manica ,659 Sofala ,269 Inhambane ,399 Gaza ,150 Maputo província ,969 Maputo cidade ,007 Total ,118 Houve casos em que, num agregado, mais de uma sofreu traumatismo, como se pode comprovar pelos dados do Quadro 3.2. Contudo a percentagem de agregados familiares nos quais o número de vítimas de traumatismo é de duas pessoas é bastante reduzida. A nível nacional esta percentagem é de 4.0%. De referir que, de acordo com os dados ponderados, a Província de Nampula é que denota maior percentagem de agregados com duas pessoas que sofreram traumatismo (7.6%), seguida da de Sofala (5.0%). Importa salientar ainda que em Niassa, Zambézia, Manica, Maputo Província e Maputo Cidade, em todos os agregados, somente um membro sofreu traumatismo Dum modo geral, mais homens que mulheres sofreram traumatismo nos últimos 30 dias (vide Quadro 3.3), em particular nas províncias de Tete e Nampula, onde mais de três quartos das vítimas de traumatismo são do sexo masculino (78.7 e 76.1 por cento, respectivamente). A percentagem de vítimas de traumatismo do sexo masculino em Maputo Cidade e Manica são também superiores a 70%. A contrastar com a situação anterior, a Província de Maputo apresenta mais mulheres que homens vítimas de traumatismo (73.6 por cento das vítimas são mulheres). O padrão não muda, quando os dados são analisados por área de residência, apesar de, em números absolutos, a área rural ter registado mais casos de traumatismo que a urbana. 12

19 Quadro 3.3 Vítimas de traumatismo por sexo Distribuição percentual de casos de traumatismo por sexo, segundo província. Moçambique, 2003 Área de residência e Província Homens Mulheres Total Nº de casos Urbana Rural Niassa Cabo Delgado ,648 Nampula ,068 Zambézia ,162 Tete ,460 Manica ,659 Sofala ,431 Inhambane ,504 Gaza ,167 Maputo província ,969 Maputo Cidade ,007 Total ,597 No que concerne à altura em que ocorreu traumatismo, relativamente ao momento do inquérito, nota-se uma grande divergência entre as províncias. Importa referir que nas províncias de Niassa (61.9%), Maputo (59.2% e Cabo Delgado (57.5%), mais de metade dos casos de traumatismo tinha ocorrido havia 3 semanas ou mais antes da entrevista (vide Quadro 3.4). A província de Gaza é a que apresenta maior percentagem de casos mais recentes de traumatismo, ou seja, cuja ocorrência se havia dado num período inferior a uma semana (63.3%) e a de Nampula, a menor (15.4%). Vistos os dados sob a alçada da área de residência, constata-se que na urbana, a maior parte dos casos de traumatismo tinham ocorrido num período de três semanas ou mais antes da entrevista. Quanto à área rural, embora tenda a haver mais casos ocorridos uma a duas semanas antes, a distribuição dos casos pelo tempo apresenta diferenças não muito grandes. 13

20 Quadro 3.4 Altura em que ocorreu o traumatismo Distribuição percentual dos casos de traumatismo por altura da ocorrência em relação ao momento da entrevista, segundo província. Moçambique, 2003 Área de residência e Província < 1 semana 1-2 semanas 3 ou + semanas Total Nº de casos Urbana Rural Niassa Cabo Delgado ,648 Nampula ,068 Zambézia ,162 Tete ,460 Manica ,659 Sofala ,431 Inhambane ,504 Gaza ,167 Maputo província ,969 Maputo Cidade ,007 Total , PRINCIPAIS CAUSAS DE TRAUMATISMO NOS 30 DIAS PRECEDENTES AO INQUÉRITO Os dados do Quadro 3.5 mostram que as três principais causas de traumatismo a nível do País são Queda (27.4%), Corte ou punhalada (19.7%) e Queimadura (17.1%). Importa referir ainda que mais de dez por cento dos entrevistados mencionaram como causas Golpe ou agressão física (12.7%) e acidentes de viação (12.2%) As causas de traumatismo apresentam diferenciais por província, como se pode comprovar pelos dados contidos no quadro supracitado e que a seguir se apresentam. De notar que nas Províncias de Niassa e Maputo Cidade são mais frequentes os acidentes de viação (apontados por 40.5% e 35.4%, respectivamente), enquanto que em Zambézia (51.5%), Maputo Província (44.1%), Inhambane (34.8%), Sofala (32.3%) e Nampula (30.1%) a causa de traumatismo mais frequente é a queda. A Província de Cabo Delgado evidencia maior ocorrência de cortes ou punhaladas (45.3%). Em Manica, embora a percentagem não sejam muito elevadas, salientam-se as queimaduras (21.8%) e as mordeduras e em Gaza, golpes/agressão física (23%). Na Província de Tete, destacam-se, com percentagem quase similar, golpe/agressão física e queda (30.9% e 30.8%, respectivamente). Importa referir ainda que em Maputo Cidade registou-se ainda uma proporção considerável de casos de golpe/agressão física (33.6%). 14

21 A análise por área de residência revela alguns diferenciais: na área urbana, a queda está em primeiro lugar (30.2%), seguindo-se-lhe os acidentes de viação (20.8%) e as queimaduras (20.7%); na rural, destaca-se o corte ou punhalada (27.5%) e, seguidamente, a queda (25.8%). Os acidentes de viação, obviamente, são mais frequentes na área urbana (20.8%) que na rural (7.4%. O mesmo acontece com os casos de golpe/agressão física (16.5% na urbana e 10.4% na rural). Porém, neste último caso, as diferenças são menos marcantes. Em contrapartida, os contes/punhaladas são mais frequentes na área rural que na urbana (27.5% e 5.7%, respectivamente), assim como as mordeduras (5.8% e 1.8%, respectivamente). Um exame às causas de traumatismo por sexo revela que a queda continua em primeiro plano para ambos os sexos (vide Quadro 3.6). Contudo, enquanto para as mulheres em segundo plano figura a queimadura, para os homens, a segunda causa mais frequente é o corte ou punhalada. Importa ressaltar ainda que as mordeduras são mais frequentes entre as mulheres (7.1%) comparativamente aos homens (2.9%). Embora a queda seja a causa de traumatismo com maior peso tanto entre homens como entre mulheres, a análise dos dados por idade revela uma certa variação no que respeita à causa mais frequente (vide Quadro 3.7). Por exemplo, entre as crianças dos 0-14 as causas mais frequentes são a queimadura e a queda. Entretanto, subdividindo este grupo de idades em dois subgrupos dos 0 aos 4 e dos 5 aos 14 nota-se que, para o primeiro grupo, a causa com maior frequência é a queimadura (40.8% contra 32.7% para a queda) e, para o segundo, a diferença entre as percentagens relativas a cada uma das duas causas não parece significativa (31% para a queda e 30.4% para a queimadura). Outra constatação importante é que dos 15 aos 24, as causa com maior ocorrência passam a ser golpe ou agressão física (23.7%) e queda (23.4%) e dos 25 aos 44 verifica-se maior proporção de casos de corte ou punhalada; a queda revela-se mais frequente dos 45 em diante. 15

22 Quadro 3.5 Principais causas de traumatismo Percentagem de casos de traumatismo nos 30 dias que precederam o inquérito por província, segundo causas ou mecanismos de traumatismo. Moçambique, 2003 Causas ou mecanismos Cabo Maputo Maputo Niassa Delgado Nampula Zambézia Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Província Cidade Total Acidente de Viação Queda Golpe/Agressão física Corte/punhalada Enforcamento/estrangulamento Agressão por arma de fogo Mordedura Queimadura Outro Nº casos 521 9,648 12,068 1,162 2,460 1,659 3,431 2,504 1,167 2,969 1,007 38,597 16

23 Quadro 3.6 Causas do traumatismo por área de residência Percentagem de casos de traumatismo por sexo, segundo causas ou mecanismos de traumatismo. Moçambique, 2003 Causas ou mecanismos Urbana Rural Total Acidente de Viação Queda Golpe/Agressão física Corte/punhalada Enforcamento/estrangulamento Agressão por arma de fogo Mordedura Queimadura Outro Nº de casos 13,852 24,745 38,597 Quadro 3.6 Causas do traumatismo por sexo Percentagem de casos de traumatismo por sexo, segundo causas ou mecanismos de traumatismo. Moçambique, 2003 Causas ou mecanismos Homens Mulheres Total Acidente de Viação Queda Golpe/Agressão física Corte/punhalada Enforcamento/estrangulamento Agressão por arma de fogo Mordedura Queimadura Outro Nº de casos 25,184 13,413 38,597 17

24 Quadro 3.7Causas de traumatismo por idade Percentagem de casos de traumatismo nos últimos 30 dias por grupos de idades, segundo causas ou mecanismos de traumatismo. Moçambique, e + Causas ou mecanismos Total Acidente de Viação Queda Golpe/Agressão física Corte/punhalada Enforcamento/estrangulamento Agressão por arma de fogo Mordedura Queimadura Outro Nº de casos 4,946 10,079 5,823 7,385 3,707 2,798 1,868 1,991 38, MOTIVOS QUE LEVARAM À OCORRÊNCIA DE TRAUMATISMO NOS 30 DIAS QUE PRECEDERAM O INQUÉRITO De acordo com os dados contidos no Quadro 3.8, a maior parte dos casos de traumatismo ocorridos no 30 dias que anteriores que precederam o inquérito foi de carácter acidental (93.1%). De referir que nas províncias de Zambézia e Inhambane, todos os casos de traumatismo ocorridos foram acidentais. Dum modo geral, entre os casos ocorridos intencionalmente, os homicídios denotam ser mais frequentes que os suicídios (4.6% contra 1.1%, respectivamente). A província de Gaza apresenta maior percentagem de casos de traumatismo intencional: 10.8% de casos de suicídio e 16.1% de homicídios. É de considerar também a percentagem de homicídios em Maputo Província (14.9%) e Maputo Cidade (14.6%), assim como a proporção de suicídios em Tete (6.5%). Aliando a intencionalidade às causas de traumatismo (vide Quadro 3.9), constata-se que todos os casos de queda, corte ou punhalada e queimadura, foram acidentais. De notar ainda que a maior parte dos casos de acidente de viação, mordedura e golpe ou agressão física (esta última com menor percentagem comparativamente às duas primeiras) também foram acidentais. Paradoxalmente, aparecem casos de suicídio por golpe ou agressão física, situação difícil de conceber, tendo em consideração que não é comum alguém desferir golpes ou agredir-se a si próprio, com intuito de matar-se. 18

25 Quadro 3.8 Motivos que levaram à ocorrência de traumatismo Distribuição percentual de casos de traumatismo por motivo da sua ocorrência, segundo província, Moçambique, 2003 Área de residência e Província Acidental Intencional (suicídio) Intencional (homicídio) Intervenção legal Outros Não sabe Total Nº de casos Urbana Rural Niassa Cabo Delgado ,648 Nampula ,068 Zambézia ,162 Tete ,460 Manica ,659 Sofala ,431 Inhambane ,504 Gaza ,167 Maputo província ,969 Maputo Cidade ,007 Total ,597 Quadro 3.9 Motivos que levaram à ocorrência de traumatismo Distribuição percentual de casos de traumatismo por motivo da sua ocorrência, segundo causa, Moçambique, 2003 Causa Acidental Intencional (suicídio) Intencional (homicídio) Intervenção legal Outros Não sabe Total Nº de casos Acidente de Viação ,700 Queda ,580 Golpe/Agressão física ,908 Corte/punhalada ,603 Enforcamento/estrangulamento Agressão por arma de fogo Mordedura ,684 Queimadura ,347 Outro ,684 Total ,597 19

26 3.3 AUTORES DE TRAUMATISMO NOS 30 DIAS QUE PRECEDERAM O INQUÉRITO O Quadro 3.10 mostra-nos que os responsáveis pela ocorrência do traumatismo são, muitas vezes as próprias vítimas do traumatismo (62.5%), o que é consistente com o facto de a maior parte dos casos ser acidental e de a queda ser uma das causas primordiais do traumatismo. No entanto, analisando a informação por província nota-se que Maputo Cidade não segue este padrão, pois é a única em que a maior parte dos casos de traumatismo foi provocada por pessoa estranha (44%). Contudo, apresenta também uma percentagem considerável de casos de traumatismo que são da responsabilidade da própria vítima (32.0%). Importa salientar de novo que as principais causas de traumatismo nesta cidade são os acidentes de viação e os cortes ou punhaladas. Quadro 3.10 Pessoa que provocou o traumatismo Distribuição percentual dos casos de traumatismo por pessoa que o originou, segundo área de residência e província Área de residência e Província Parceiro (actual ou passado) Pais (padrasto e madrasta) Outro familiar Pessoa conhecida Pessoa Autoridade estranha legal A si próprio Outro Não sabe Total Nº de casos Urbana Rural Niassa Cabo Delgado ,648 Nampula ,068 Zambézia ,162 Tete ,460 Manica ,659 Sofala ,431 Inhambane ,504 Gaza ,167 Maputo província ,969 Maputo Cidade ,007 Total ,597 Alguns casos de traumatismo podem ser produto de violência doméstica, visto terem sido originados maioritariamente por parceiros ou outros familiares (7.6%). Outros casos de traumatismo que se presumem sejam também resultantes de violência doméstica, são aqueles cujos autores foram parceiros (2.0%) e pais/padrastos (1.6%). Os presumíveis casos de violência doméstica denotam maior frequência na área urbana, comparativamente à rural. 20

27 Constatam-se diferenciais por província no que se refere a autores de provável violência doméstica que culminou em traumatismo, embora, na maior parte das províncias tenham sido outros familiares. Por exemplo: - em Zambézia os autores maioritários são os parceiros (16.7%), enquanto que em Inhambane são os pais/padrastos (6.2%); - em Niassa não se registaram vítimas de traumatismo originado por parceiros nem por pais/padrastos; - Cabo Delgado e Inhambane não registaram vítimas de traumatismo originado por parceiros; - em Tete e Manica e Gaza não houve vítimas de traumatismo por violência praticada por pais/padrastos; - Maputo Cidade não registou casos de traumatismo resultantes de violência doméstica; 3.3 LOCAL OCORRÊNCIA DE TRAUMATISMO NOS 30 DIAS QUE PRECEDERAM O INQUÉRITO A maior parte dos casos de traumatismo (vide Quadro 3.11) ocorreu em casa das vítimas (45.1%), seguidamente, na machamba (21.5%) e na via pública (20.4%). Exceptuando Niassa e Maputo Cidade, onde a maior parte dos casos sucedeu na via pública, em todas as restantes províncias a maior parte dos casos de traumatismo aconteceu em casa. A província de Niassa apresenta a percentagem mais elevada de casos de traumatismo ocorridos na via pública (41.5%) e a de Cabo Delgado, a percentagem mais elevada de casos de traumatismo que tiveram lugar na machamba (40.7%). Uma análise sob o ponto de vista da área de residência deixa patente que os casos ocorridos em via pública e nos centros educacionais (incluindo escolas) são mais frequentes na área urbana que na rural (29% contra 15.5%, respectivamente). E, como era de se esperar, os casos ocorridos na machamba têm maior expressão na área rural (29.2%) que na urbana (7.7%). Aliando o local de ocorrência do traumatismo às respectivas causas (vide Quadro 3.12) verifica-se que a maior parte dos acidentes de viação (obviamente) ocorreu na via pública (82.7%), havendo no entanto, registo de algumas ocorrências em casa (6.9%) em local público (5.1%), entre outros. Em contrapartida, exceptuando os casos de agressão por arma de fogo, que ocorreram todos em via pública, os restantes tipos de traumatismo tiveram lugar maioritariamente em casa, com maior destaque para o enforcamento/estrangulamento, para os quais todos os casos se registaram nas casas das vítimas. 21

28 Quadro 3.11 Local em que ocorreu o traumatismo Distribuição percentual dos casos de traumatismo por local em que ocorreu, segundo província, Moçambique, 2003 Província Em casa Na escola/ creche/centro Local de de formação trabalho Via pública Local público Bar/baraca/ restaurante Mar/Rio/ Lagoa Machamba Outro Total Nº de casos Urbana Rural Niassa Cabo Delgado ,648 Nampula ,068 Zambézia ,162 Tete ,460 Manica ,659 Sofala ,431 Inhambane ,504 Gaza ,167 Maputo província ,969 Maputo Cidade ,007 Total ,597 Quadro 3.12 Local em que ocorreu o traumatismo Distribuição percentual dos casos de traumatismo por local em que ocorreu, segundo causa, Moçambique, 2003 Em casa Na escola/ creche/centro de formação Local de trabalho Via pública Local público Bar/barraca /restaurante Mar/Rio/ Lagoa Machamba Outro Acidente de Viação ,700 Queda ,580 Golpe/Agressão física ,908 Corte/punhalada ,603 Enforcamento/estrangulamento Agressão por arma de fogo Mordedura ,684 Queimadura ,347 Outro ,684 Total ,597 Total Nº de casos 22

29 3.3 ACTIVIDADE NO MOMENTO DA OCORRÊNCIA DE TRAUMATISMO NOS 30 DIAS QUE PRECEDERAM O INQUÉRITO Mais de um terço das vítimas de traumatismo estavam a trabalhar no momento da ocorrência do trauma (34.8%) e mais de um quinto estava em recreio (23.2%). Para cerca de 14% dos casos, a ocorrência foi durante uma viagem (vide Quadro 3.13). Divisam-se, no entanto, diferenças quanto à área de residência: enquanto na área rural maior percentagem é denotada pelos que estavam trabalhando na altura da ocorrência do traumatismo (43.5%), na urbana esta alternativa figura em segundo plano, com 19.3% de casos, salientandose, em primeiro lugar, os que estavam recreando (26.7%). De referir, no entanto, que esta última tem também expressão considerável na área rural (21.2%), ocupando o segundo lugar na ordem de frequência. Embora as cifras não sejam elevadas, a percentagem dos que estavam a praticar desporto e a dos que estavam descansando são relativamente mais elevadas na área urbana, comparativamente à rural. Importa salientar ainda que apenas na área urbana aparecem casos de ocorrência de traumatismo no momento em que as vítimas estavam a estudar. Quadro 3.13 Actividade no momento do traumatismo Distribuição percentual de casos de traumatismo por actividade no momento da ocorrência, segundo província, Moçambique, 2003 Província Trabalhando Viajando desporto Praticando Recrean do Estudando Dormindo, comendo ou Nada em Andando, descansando particular Caminhando Outro Não sabe Total Nº de casos Urbana Rural Niassa Cabo Delgado ,648 Nampula ,068 Zambézia ,162 Tete ,460 Manica ,659 Sofala ,431 Inhambane ,504 Gaza ,167 Maputo província ,969 Maputo Cidade ,007 Total ,597 23

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