SILVIA LISBOA DE ARAUJO INTERAÇÃO DE INDICADORES GEOQUÍMICOS E FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS NA AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO RECIFE DE FORA, PORTO SEGURO, BAHIA

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1 SILVIA LISBOA DE ARAUJO INTERAÇÃO DE INDICADORES GEOQUÍMICOS E FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS NA AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO RECIFE DE FORA, PORTO SEGURO, BAIA Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Geoquímica da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Geociências. Área de Concentração: Geoquímica Ambiental. ORIENTADORA: Drª. CÁTIA FERNANDES BARBOSA Niterói 2010

2 A663 Araujo, Silvia Lisboa de. Interação de indicadores geoquímicos e foraminíferos bentônicos na avaliação ambiental do Recife de Fora, Porto Seguro, Bahia / Silvia Lisboa de Araújo. Niterói : UFF. Programa de Geoquímica, f.: il. ; 30 cm. Dissertação (Mestrado em Geociências - Geoquímica ambiental). Universidade Federal Fluminense, Orientadora: Profª. Drª. Cátia Fernandes Barbosa. 1. Foraminífero bentônico. 2. Sedimento marinho. 3. Sedimento superficial. 4. Indicador ambiental. 5. Recife de coral. 6. Porto Seguro (BA). 7. Produção intelectual. CDD

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4 AGRADECIMENTOS À minha orientadora, Drª. Cátia F. Barbosa, pela amizade e confiança que você tem por mim. Agradeço também pela paciência em me mostrar todas as ornamentações e outros pequeníssimos detalhes dos forams, que eu nunca conseguiria ver sozinha! À equipe do projeto Coral Vivo por ter disponibilizado e coletado as amostras. Sem vocês nada disto seria possível. À professora Ana Luiza pelo carinho e confiança. Obrigada pela grande contribuição a este documento. Agradeço também ao professor Bastiaan pela excelente contribuição. À Cacá, minha querida irmã siamesa, que trouxe alegria e leveza para esta jornada. Te agradeço muito pelo apoio e orientações. Aos amigos do lab, Thiago e Igor, pelo apoio e principalmente pela paciência nos meus momentos de pura reclamação! Aos amigos Fábia, Ju, Rafa, Bia, Ana e Leo por caminharem comigo. Vocês são um exemplo para mim. À minha família, especialmente ao Wlad, pelo amor, paciência e carinho que tiveram comigo durante este período. Obrigada pela preocupação e interesse.

5 Quando o ser humano entender que faz parte do mundo, muitas transformações ocorrerão. Ele não jogará mais lixo nos lagos, rios e mares porque saberá que são estas as mesmas águas que correm em seu corpo. T. P. Zylberberg

6 RESUMO Com os danos que vêm sendo causados nos ecossistemas recifais brasileiros e considerando suas altas taxas de endemismo, a conservação da biodiversidade dos mesmos é indispensável e a utilização de indicadores ambientais é importante para o estudo dos fenômenos que afetam os ecossistemas marinhos. É nesse contexto que a assembleia de foraminíferos bentônicos tem sido amplamente utilizada como indicadores da qualidade ambiental de ecossistemas de recifes de coral, uma vez que estes organismos estão entre os principais produtores do sedimento recifal. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a interação entre os indicadores geoquímicos e a fauna de foraminíferos bentônicos na caracterização ambiental do Recife de Fora, que corresponde a uma área de proteção marinha, porém com intensa visitação turística e exploração de seus recursos. As estações de amostragem foram escolhidas aleatoriamente e totalizaram 59 amostras de sedimento superficial, destinadas às análises de tamanho dos grãos, matéria orgânica, carbonato de cálcio e foraminíferos. A face leste apresentou os maiores teores de areia e de carbonato de cálcio dentre as demais estações, já a face oeste do Recife de Fora apresentou o sedimento composto predominantemente por lama e com maiores concentrações de matéria orgânica. Nesta mesma área foram obtidos os maiores índices de diversidade (Shanon-Wiener) e a maior abundância dos foraminíferos oportunistas Bolivina, Ammonia e Nonion. Sendo assim, a relação entre o tipo de sedimento e a diversidade e a composição da assembleia de foraminíferos observada permite concluir que a fauna analisada exibe padrões de distribuição relacionados principalmente aos parâmetros sedimentológicos, associados à presença de corpos recifais. Palavras-chave: Composição do sedimento. Assembleia de foraminíferos. Índice FORAM. Saúde ambiental. Recife de Fora, nordeste do Brasil.

7 ABSTRACT With the damages that have been caused in the brazilian reefs ecosystems and considering their high endemism, the conservation of biodiversity therefore is indispensable and the use of bioindicators are important for understanding the phenomena that affects marine ecosystems. In this context, the foraminiferal assemblages have been widespread used as environmental quality indicators of coral reefs, since these organisms are among the main producers of reef sediments. The aim of this work was to evaluate the interaction between geochemical parameters and benthic foraminifera assemblages to assess the environmental quality of Recife de Fora, which corresponds to a marine protected area subject to tourism and exploitation of its resources. For this purpose, 59 random stations were chosen for surface sediment sampling and analyses of particle size, organic matter content, calcium carbonate and foraminifera. The seaward side of the reef had the highest proportions of sand and calcium carbonate among all stations and the landward exhibited the sediments, mainly composed of mud and higher concentrations of organic matter. In the latter area the highest diversity indexes (Shanon-Wiener) were found with a greater abundance of the stress-tolerant foraminifera Bolivina, Ammonia and Nonion. As such, a close relationship among the sediment type with the diversity and the composition of foraminifera assemblage indicating that the distribution pattern of the analysed fauna is directly related to sedimentary parameters associated with the presence of coral reefs and hydrodynamic conditions operating in the area. Keywords: Sediment composition. Foraminifera assemblages. FORAM indice. Environmental healty. Recife de Fora reef, E-Brazil.

8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Foraminíferos representantes dos três grupos tróficos Figura 2 Mapa do Brasil evidenciando os recifes de corais do Sul da Bahia 19 Figura 3 Mapa do Recife de Fora, Porto Seguro, Bahia com as estações amostradas Figura 4 Distribuição espacial do teor de areia encontrado no sedimento das estações amostradas Figura 5 Distribuição espacial do teor de lama encontrado no sedimento das estações amostradas Figura 6 Distribuição espacial do teor de matéria orgânica encontrado no sedimento das estações amostradas Figura 7 Distribuição espacial do teor de carbonato de cálcio encontrado no sedimento das estações amostradas Figura 8 Descritores ecológicos da comunidade de foraminíferos do Recife de Fora Figura 9 Análise de agrupamento das estações de coleta com base nas densidades dos gêneros de foraminíferos Figura 10 Distribuição espacial dos principais grupos formados pelo dendrograma da análise de agrupamento em modo-q Figura 11 Distribuição espacial do índice FORAM para as estações amostradas Figura 12 Diagrama de ordenação da análise dos componentes principais das variáveis geoquímicas e físicas por estação de coleta Figura 13 Representação espacial das estações influenciadas pelo teor de matéria orgânica e pela lama segundo a análise dos componentes principais... 45

9 LISTA DE TABELAS Tabela1 Contribuição dos principais gêneros para a formação da assembleia Tabela 2 Contribuição percentual dos principais gêneros segundo a análise do percentual de similaridade (SIMPER) Tabela 3 Autovalores e peso das variáveis analisadas na PCA para os dois primeiros eixos e suas respectivas porcentagens de variância... 44

10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO RECIFES DE CORAL FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS OBJETIVOS ÁREA DE ESTUDO MATERIAL E MÉTODOS ATIVIDADES DE CAMPO ATIVIDADES LABORATORIAIS Análises sedimentológicas e geoquímicas Análises dos foraminíferos ANÁLISE DOS DADOS RESULTADOS CONDIÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS SEDIMENTOLOGIA E GEOQUÍMICA FORAMINÍFEROS ANÁLISE DOS COMPONENTES PRINCIPAIS DISCUSSÃO CONDIÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS, PADRÕES SEDIMENTOLÓGICOS E GEOQUÍMICOS FORAMINÍFEROS ANÁLISE DOS COMPONENTES PRINCIPAIS CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICES... 69

11 1 INTRODUÇÃO 1.1 RECIFES DE CORAL As alterações causadas pelo homem têm descaracterizado e degradado os ecossistemas marinhos, levando muitas espécies à extinção. As maiores ameaças à biodiversidade marinha, principalmente costeira, são a destruição de habitats, a sobrepesca, a exploração dos recursos para consumo e ornamento e a introdução de espécies exóticas (AMARAL; JABLONSKI, 2005). O turismo desordenado tem se mostrado especialmente danoso nas regiões de recifes de corais e fundos calcários, enquanto que a poluição, principalmente por pesticidas, produtos químicos, rejeitos industriais e esgoto doméstico, constitui um forte agente de ameaça para a manutenção da biodiversidade marinha. Num contexto global, os recifes desempenham um importante papel, funcionando como sumidouros de carbono e cálcio, controlando o balanço biogeoquímico dos oceanos e o ciclo do carbono na natureza (VILLAÇA, 2009). Eles estão entre os mais produtivos ecossistemas do mundo, pois sustentam a maior biodiversidade marinha, abrigando um quarto de todas as espécies marinhas (KIKUCI et al., 2003). Eles fornecem alimento e, associados aos manguezais, representam a principal fonte de recursos econômicos para milhares de pessoas que vivem nas regiões costeiras do planeta (MOBERG; FOLKE, 1999); e ainda protegem a costa contra a ação das ondas (ARAÚJO; MACADO, 2008a). Contudo, com a crescente eutrofização e o aumento do fluxo de nutrientes nos ambientes recifais, observa-se uma mudança na estrutura destas comunidades (ALLOCK, 2005). Nos últimos 20 anos, os recifes do mundo todo vêm sofrendo

12 11 com o declínio da densidade de corais e com o crescimento da cobertura de algas não-coralíneas (UGES, 1999). Atualmente, calcula-se que cerca de 30% dos recifes já estejam severamente danificados (LEÃO et al., 2008) e que dentro de 30 a 40 anos aproximadamente 60% das áreas recifais do mundo estarão totalmente degradadas, particularmente em consequência da ação sinérgica das mudanças climáticas globais e do uso predatório dos recursos naturais devido à ação humana, sobretudo da pesca e da poluição marinha (AMARAL; JABLONSKI, 2005). No Brasil, os recifes de corais distribuem-se por cerca de 3000 km ao longo da costa da região Nordeste, desde o Maranhão até o sul da Bahia, representando os únicos ecossistemas recifais do Atlântico sul (SOPPA et al., 2009). Os recifes de corais brasileiros são particularmente importantes em função do grande número de espécies endêmicas. Cerca de um quarto das espécies de corais escleractíneos e hidrocorais são endêmicas do Brasil, sendo esta uma das maiores taxas de endemismo do mundo (LEÃO et al., 2003). De acordo com Leão (1996), os maiores e mais ricos recifes de coral do Brasil encontram-se no litoral do Estado da Bahia. As maiores ameaças à vida dos recifes de coral estão divididas entre as causadas por agentes naturais e aquelas decorrentes da ação antrópica. Na costa da Bahia o agente natural que mais causou impacto nos ecossistemas recifais foram as variações do nível do mar ocorridas durante a última regressão marinha, expondo o topo dos recifes à erosão marinha e às comunidades que aí vivem ao estresse provocado, sobretudo pelas fortes radiações solares. Assim, no Estado da Bahia, são os efeitos da ação do homem nas zonas costeiras que mais ameaçam os recifes de coral. Essas ameaças provavelmente começaram junto com a colonização européia (LEÃO, 1995). Nos últimos 500 anos o fluxo de sedimentos do continente para o mar aumentou significativamente, devido à crescente erosão das áreas costeiras causada em virtude da destruição da Mata Atlântica para exploração de madeira e para abrir lugar às plantações de cana de açúcar e/ou coqueirais e, nas últimas décadas, para o plantio de florestas de eucalipto para fins industriais (LEÃO, 1994). Em países em desenvolvimento como o Brasil e grande parte da América Latina, os projetos de desenvolvimento urbano, industrial e turístico, com grande potencial de perturbação ambiental, são frequentemente instalados em habitats

13 12 pristinos antes mesmo da obtenção de dados sobre a composição da biota e da estrutura do ecossistema (COUTO et al., 2003). A falta de planejamento e o intenso desenvolvimento de áreas costeiras em conjunto com a exploração de seus recursos naturais têm gradualmente causado perdas irreparáveis nos ecossistemas brasileiros, a despeito da importância econômica destes ambientes. Sendo assim, no Brasil, o maior problema ambiental das zonas costeiras que ameaçam os recifes de coral diz respeito ao intenso desenvolvimento urbano, responsável pelo aumento do fluxo de sedimento para o oceano, oriundo de desmatamentos na área continental próxima (ADDAD; MARTINS-NETO, 2000), além de sistemas de esgotamento sanitário deficiente (COSTA JR. et al., 2000); e o crescimento acelerado da indústria do turismo (LEÃO, 1996). Recentemente, Costa Jr. et al. (2008) concluíram que os ecossistemas recifais brasileiros já mostram sinais de degradação, principalmente por estarem em grande parte localizados próximos à zona costeira, onde se concentra a maior parte da população. Apesar de existirem nove unidades de conservação no país destinadas ao manejo e proteção do ecossistema recifal, ainda há pouca informação sobre estas áreas, principalmente em relação ao estado de conservação (SOPPA et al., 2007). Considerando as altas taxas de endemismo dos recifes brasileiros, a conservação da biodiversidade dos mesmos é de vital importância (MOURA, 2000) e deve ser considerada como prioridade pela comunidade científica e poder público. Visando reverter esta situação, é nesse contexto que o projeto Coral Vivo realiza ações de pesquisa e educação para a conservação e uso sustentável de recifes de coral brasileiros. O Recife de Fora, de grande biodiversidade, próximo à costa e com grande visitação turística, é ideal para a criação de um modelo de aplicação do conhecimento para gestão de unidades de conservação, uma vez que este recife, localizado na baía de Porto Seguro no Estado da Bahia, constitui uma área de proteção marinha. 1.2 FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS

14 13 Os foraminíferos pertencem ao Reino Protista, Filo Granuloreticulosa e Classe Foraminifera (SEN GUPTA, 1999). Surgiram no período Cambriano (500 Ma) e são os protozoários mais abundantes dos ambientes marinhos, muito embora possam ocorrer também com menor diversidade em ambientes parálicos. São especialmente diversos e abundantes em habitats de mar profundo, recifes de corais, sedimentos não consolidados e de águas rasas, podendo até mesmo ser encontrados em planícies abissais e em fumarolas hidrotermais (SEN GUPTA; AARON, 1994). Possuem uma carapaça, formada por minerais secretados ou aglutinada de partículas do sedimento, que protege o protoplasma. Estruturalmente, as carapaças são compostas por uma ou várias câmaras que se intercomunicam através de uma ou mais aberturas, chamadas de foramen (VILELA, 2000). Apresentam pseudópodes delgados e anastomosados que são projetados para fora da carapaça no momento da alimentação. Estas estruturas também são responsáveis pela locomoção e respiração desses organismos. A reprodução se dá geralmente, por alternância de gerações, onde a reprodução assexuada (forma megalosférica) é seguida pela reprodução sexuada (forma microsférica). Às vezes pode ocorrer a ausência da fase sexuada. Segundo Boersma (1978), alguns autores consideram que o ciclo de vida dos foraminíferos era inicialmente assexuado e que, somente no final do Paleozóico (245 Ma) adquiriram a capacidade de se reproduzir sexuadamente. O crescimento ocorre através de uma câmara inicial chamada prolóculo, com a projeção de uma parte do protoplasma para fora dessa câmara formando um molde, no qual se dá a adição de minerais para formação da nova câmara (AQ; BOERSMA, 1999). Quando a nova câmara é formada, uma abertura na última câmara permite a conexão do protoplasma entre estas duas câmaras (BOERSMA, 1978). Os foraminíferos bentônicos são o grupo mais abundante do meiobentos (KORNEEVA et al., 2004) e sua distribuição ecológica é controlada por fatores bióticos e abióticos (RENEMA, 2006; ORTON; MURRAY, 2007). Apresentam preferências de salinidade, temperatura, profundidade, luminosidade, oxigênio dissolvido, transparência da água e substrato bem definidas e que, se alteradas, interferem na distribuição, composição e estrutura da comunidade. Foraminíferos aglutinantes indicam águas menos básicas, como as de estuários e lagoas hipossalinas e se apresentam abundantes em regiões salobras, com intenso aporte

15 14 de água doce (DULEBA et al., 2005). Carapaças porcelanosas são favorecidas por ambientes altamente iluminados, como lagoas hipersalinas e são abundantes em águas quentes, rasas e alcalinas. Já as testas hialinas são encontradas nos mais diversos ambientes (BARBIERI et al., 2006). Os foraminíferos têm ampla distribuição geográfica e batimétrica, apresentam grande diversidade morfológica e seu registro fóssil é bem preservado (BAUMIK; GUPTA, 2005). Devido à preservação de suas carapaças os foraminíferos também são úteis em estudos paleoambientais, pois indicam com precisão a profundidade, salinidade e temperatura, a energia do meio, características do substrato e níveis de oxigênio, permitindo a reconstituição ambiental da área estudada (VILELA, 2000). A preservação das testas também permite que todo tipo de poluente incorporado a elas fique registrado (TEODORO et al., 2009), possibilitando assim, a investigação da existência e duração de fenômenos de estresse no tempo geológico (NIGAM et al., 2006). Deformidades e outras alterações morfológicas na carapaça também são observadas em resposta a mudanças das condições ambientais (GESLIN et al., 2002; SARASWAT et al., 2004; VILELA et al., 2004; NIGAM et al., 2006). O empobrecimento geral do número de espécies evidencia restrição e o desfavorecimento ambiental, uma vez que situações de estresse podem modificar a estrutura da comunidade alterando a abundância de certas espécies, a diversidade e a uniformidade da assembleia (FONTANIER et al., 2002). Com isso, a utilização de foraminíferos como bioindicadores se baseia nas variações relacionadas à presença/ausência, comportamento e abundância para a obtenção de informações sobre a saúde do ecossistema (LINTON; WARNER, 2003). A utilização de indicadores ambientais é uma importante ferramenta para o estudo dos fenômenos que afetam os ecossistemas marinhos (COOPER et al., 2009). É nesse contexto que a assembleia de foraminíferos bentônicos tem sido amplamente utilizada como indicadora da qualidade ambiental de recifes de coral (ARAÚJO; MACADO, 2008a; ALLOCK et al., 2003; MACADO, 1995; SCUET; FRANK, 2008; SMIT et al., 2008; SOUZA; MACADO, 1995; UTICKE; NOBES, 2008), uma vez que estes organismos estão entre os principais formadores do sedimento recifal (DEBENAY et al.; 1999, MORAES; MACADO,

16 ). Além disso, existem taxa de foraminíferos que depende fisiologicamente de algas endossimbiontes, assim como os corais, e por terem um ciclo de vida mais curto que os corais, esses foraminíferos respondem mais rápido a alterações ambientais (ALLOCK et al., 2003). Outras características como diversidade, grande abundância, potencial de preservação, bem como facilidade de coleta em campo, armazenamento e preparação laboratorial fazem dos foraminíferos excelentes bioindicadores (YANKO et al., 1994; ARMYNOT du CÂTELET et al., 2004). Sendo assim, allock et al. (2003), com base em um monitoramento de 30 anos em ecossistemas recifais do Caribe, desenvolveram o índice FORAM (Foraminifera in Reef Assessment and Monitoring) para diagnosticar a saúde de ecossistemas recifais utilizando foraminíferos bentônicos como bioindicadores. O índice FORAM (IF) relaciona a qualidade da água à saúde recifal e utiliza a relação entre os diferentes grupos funcionais de foraminíferos (com endossimbiontes, pequenos heterotróficos e tolerantes ao estresse) para quantificar a capacidade do ambiente em suportar o desenvolvimento prolífico de organismos calcificadores que hospedam algas endossimbiontes (corais zooxantelados e foraminíferos grandes) e consequentemente, o crescimento recifal. Os foraminíferos grandes hospedam algas endossimbiontes que ajudam na calcificação e na produção de alimento para o foraminífero da mesma forma que as zooxantelas para os corais (ALLOCK et al., 2003). Estes endossimbiontes limitam o crescimento destes organismos à zona fótica e a águas pobres em nutrientes e relativamente claras. Quando o fluxo de nutrientes aumenta, a comunidade bentônica sofre uma troca de dominância para algas não-coralíneas e esponjas e, na assembléia de foraminíferos observa-se o crescimento de pequenas espécies heterotróficas, de crescimento rápido (COCKEY et al., 1996; SCUET; FANK, 2008). Com isso, a abundância dos grandes foraminíferos parece estar relacionada à abundância dos corais, característica que permite o uso destes foraminíferos na avaliação da qualidade ambiental em respeito à saúde dos corais. Portanto, a presença dos foraminíferos que hospedam algas endossimbiontes indica condições de luz adequada e água pobre em nutrientes. Já a presença de gêneros heterotróficos sugere um ambiente mais enriquecido em nutrientes (CARNAAN, 2005), uma vez que estes organismos necessitam de matéria

17 16 orgânica e material em suspensão para se alimentar. Além destes dois grupos funcionais, o IF considera o percentual dos foraminíferos tolerantes ao estresse na assembleia (CARNAAN et al., 2009) (Fig. 1). Antes chamados de oportunistas (ALLOCK et al., 2003), estes indivíduos são tolerantes a ambientes expostos à matéria orgânica, metais pesados e vários outros efluentes químicos (ALVE, 1995); e são capazes de se estabelecer rapidamente em áreas com enriquecimento orgânico (DEBENAY et al., 2006). Nos recifes de coral do Brasil, o índice FORAM já foi aplicado utilizando-se foraminíferos dos sedimentos de Abrolhos, Porto Seguro, Tamandaré e Fernando de Noronha (BARBOSA et al., 2006), do Atol das Rocas (OLLERBAC, 2006), de Corumbau (PRAZARES, 2007), Corumbau e Abrolhos (BARBOSA et al., 2009) e Tamandaré (SILVA, 2009). Foi aplicado ainda utilizando-se os foraminíferos recuperados de fragmentos de corais em Abrolhos (LAMANA, 2007) e Porto Seguro (ARAUJO, 2007). De forma geral, estes trabalhos têm como resultado valores medianos do índice FORAM (2 < IF < 4), sugerindo que estas áreas estão em situação de declínio do ambiente recifal. Além disso, foi observado também que os recifes costeiros (Corumbau, Porto Seguro e Tamandaré) sofrem um alto grau de impacto antropogênico, diferentemente dos recifes mais afastados da costa (Abrolhos, Atol das Rocas e Fernando de Noronha), onde foram encontrados índices um pouco melhores.

18 Figura 1. Foraminíferos representantes dos três grupos funcionais: Foraminíferos que hospedam algas endossimbiontes: A) Archaias spp. vista lateral, 350x, 100 µm. B) Amphistegina spp. vista ventral-apertural, 200x, 200 µm. Foraminíferos tolerantes ao estresse: C) Elphidium spp. vista lateral, 400x, 100 µm. D) Ammonia spp. vista dorsal, 900x, 20µm. Pequenos foraminíferos heterotróficos: E) Siphonina spp. vista lateral, 700x, 20µm. E) Eponides spp. vista dorsal, 400x, 100µm. Fonte: ARAUJO,

19 2 OBJETIVOS Objetivo geral Avaliar a interação entre os indicadores geoquímicos e a fauna de foraminíferos bentônicos como base para a caracterização ambiental do Recife de Fora. Objetivos específicos Descrever o padrão de distribuição dos foraminíferos bentônicos do Recife de Fora, através da análise dos descritores ecológicos. Avaliar a saúde do ecossistema recifal através da aplicação do índice FORAM. Identificar os fatores abióticos capazes de determinar a assembleia de foraminíferos.

20 3 ÁREA DE ESTUDO A área de estudo é o Recife de Fora, a qual está inserida na plataforma continental do Estado da Bahia, que se estende da Baía de Todos os Santos até o cabo de São Tomé (13 a 22 S). Esse trecho da costa é dominado primordialmente pelos sedimentos terciários da Formação Barreiras e secundariamente por sedimentos quaternários (DOMINGUEZ et al., 2002), contendo dunas, estuários de rios e manguezais, recifes em franja e em bancos (EKAU; KNOPPERS, 1999) (Fig: 2). Figura 2. Mapa de localização da área de estudo.

21 20 O Parque Municipal Marinho do Recife de Fora, criado por lei municipal em 1997, é uma área de preservação permanente e está localizado a cerca de 5 milhas náuticas do município de Porto Seguro, no Estado da Bahia, entre as coordenadas S e W. O Recife de Fora é a estrutura recifal mais proeminente da baía de Porto Seguro. O recife tem uma área de aproximadamente 20 km 2, com 2,5 km de comprimento por cerca de 1,5 km de largura, e se localiza em águas cuja profundidade não ultrapassa 20 metros (LEÃO, 1994). Esta área é caracterizada pela presença de bancos coralíneos paralelos à linha de costa com variadas formas e dimensões, que cresceram colonizando linhas de arenito. Fora da costa, encontram-se vários bancos recifais de diversos tamanhos, parcialmente expostos durante a maré baixa e entre esses recifes e a costa vêem-se pequenos recifes irregularmente distribuídos (LEÃO et al., 2003). A região está inserida na faixa de circulação dos ventos alísios. Originários dos anticiclones subtropicais, os alísios são ventos regulares de leste, cujo fluxo de ar tropical se desloca ao longo das faces equatoriais. Entre as latitudes 10 S e 35 /40º S, os alísios que afetam a faixa litorânea tem direção NE, podendo apresentar contrastes ocasionais em função da localização das células anticiclônicas (FONZAR, 1994). A costa do Estado da Bahia está predominantemente, ao longo do ano, sob influência da Corrente do Brasil (CB), braço sul da Corrente Sul Equatorial (CSE), que flui no sentido norte-sul, transportando a Água Tropical com velocidade média anual de cerca de 0,7 nós (BRASIL, 1993). A direção preferencial de aproximação das ondas é E-NE durante a maior parte do ano, dando origem a uma deriva litorânea direcionada para SW. Esta é também a direção preferencial das correntes costeiras (DOMINGUES; LEÃO, 1995). O clima nesta região é tropical úmido, com índice pluviométrico de 1300 mm/ano na região mais ao norte do Estado (12 30 S) a um máximo de 2000 mm/ano na região de Abrolhos (18 00 S) (LEÃO et al., 2006). A temperatura da superfície do mar varia de 30º C (fevereiro a maio) a 27º C (julho a agosto). Durante o inverno, a temperatura mínima pode chegar a 21º C (US Navy, 1978 apud LEÃO; DOMINGUEZ, 2000).

22 21 4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1 ATIVIDADES DE CAMPO A amostragem dos sedimentos foi realizada pela equipe do Projeto Coral Vivo em diversas campanhas durante o verão de 2008, por meio de mergulho autônomo no entorno do Recife de Fora, na área que abrange o Parque Municipal Marinho do Recife de Fora, localizado na área de influência do município de Porto Seguro. As estações de amostragem foram escolhidas aleatoriamente e totalizaram 59 amostras de sedimento superficial, que foram então destinadas às análises de granulometria, matéria orgânica e carbonato de cálcio e identificação dos foraminíferos (Fig. 3). A transparência da água em cada ponto de coleta foi apenas estimada e a profundidade mensurada através da ecossonda, onde foi marcada a coordenada. A temperatura da água superficial também foi medida. A coleta das amostras foi realizada através de mergulho autônomo, onde os mergulhadores utilizaram potes plásticos para o acondicionamento do material coletado. Foram coletadas amostras de sedimento superficial, respeitando-se sempre a profundidade máxima de 2 cm. Ainda em campo, as amostras destinadas às análises de foraminíferos foram fixadas em solução de formol 4% tamponado com bórax e foi ainda adicionado o corante rosa de Bengala, responsável por corar o protoplasma dos organismos vivos, o que permite que as formas viventes no momento da coleta possam ser discriminadas durante a triagem no laboratório.

23 Figura 3. Mapa do Recife de Fora localizado em Porto Seguro, Bahia com as estações amostradas. 22

24 ATIVIDADES LABORATORIAS Análises sedimentológicas e geoquímicas Para a determinação do tamanho dos grãos, uma pequena fração de cada amostra foi passada em uma peneira de malha 500 µm para a eliminação de partículas que pudessem ultrapassar a capacidade de trabalho do aparelho. As partículas retidas na malha foram secas e pesadas. Posteriormente, as amostras foram analisadas entre as faixas granulométricas de 0,04 a 500 µm através do analisador de partículas a laser (Cilas modelo 1064) no laboratório de Sedimentologia do Departamento de Geoquímica da UFF. As classes foram definidas com o auxílio do programa Gradistat v. 4.0 (BLOTT; PYE, 2001) e os parâmetros sedimentares interpretados segundo Folk e Ward (1957). Grãos maiores que 63µm foram classificados como areia e menores que 63µm, como lama. Para a determinação do teor de matéria orgânica, cadinhos de cerâmica foram previamente pesados e então uma pequena quantidade de amostra úmida foi pesada nos mesmos cadinhos. O material foi colocado em estufa a 60ºC e pesado 72 horas depois. Depois de secas, as amostras foram pesadas e colocadas em mufla a 450ºC durante 10 horas para a determinação gravimétrica do teor de matéria orgânica (MULLER, 1967). Para a determinação do teor de carbonato de cálcio as amostras foram submetidas ao ataque ácido do Cl 1M, segundo a metodologia desenvolvida por Loring e Rantala (1992) Análises dos foraminíferos Para as análises dos foraminíferos as amostras foram lavadas através de peneira granulométrica de abertura de malha 0,062 mm para a retirada das frações granulométricas silte e argila. Entre a lavagem de cada amostra, as peneiras foram

25 24 mergulhadas em azul de metileno, com o objetivo de corar os organismos que pudessem vir a contaminar a amostra seguinte. Posteriormente as amostras foram secadas em estufa à 50ºC. Pequenas frações das amostras foram pesadas e os foraminíferos em boas condições de preservação foram triados sob estereomicroscópio (Carl Zeiss Stemi DV4) até a obtenção de um número mínimo de 150 indivíduos, segundo a metodologia de allock (2003). Após a triagem, os indivíduos foram agrupados por afinidade morfológica em lâminas micropaleontológicas e a identificação taxonômica foi feita no microscópio estereoscópico Carl Zeiss modelo Stemi 2000, através da comparação das características estruturais da carapaça, com apoio de bibliografia especializada. Para as identificações genéricas foram consultados os trabalhos de Cushman (1929), Boltovskoy (1980), Loeblich e Tappan (1988), ottinger et al. (1993) e Jones (1994). Esta etapa do trabalho foi realizada no laboratório de Videomicroscopia do Departamento de Geoquímica da UFF. De acordo com allock et al. (2003), o índice FORAM (Foraminifera in Reef Assessement and Monitoring) é obtido através da quantificação da assembléia de foraminíferos e diferenciação dos mesmos dentro de grupos funcionais pré-definidos (foraminíferos que hospedam endossimbiontes, pequenos heterotróficos e tolerantes ao estresse). Após a identificação em nível genérico, os foraminíferos foram classificados dentro dos grupos funcionais para aplicação do índice, cuja fórmula é: IF = (10 x Ps) + (Po) + (2 x Ph) A proporção (P) de indivíduos de cada grupo funcional é calculada através da soma dos indivíduos de cada gênero daquele grupo (N) dividida pelo número total de indivíduos contados (T). Sendo assim, temos: Ps = Ns/T, onde s representa os foraminíferos grandes, que hospedam algas endossimbiontes; Po = No/T, onde o representa os foraminíferos oportunistas, tolerantes a estresses e Ph = Nh/T, onde h representa os pequenos foraminíferos heterotróficos.

26 25 As proporções são, então, obtidas para o cálculo do índice FORAM. Amostras que contêm 25% de foraminíferos que hospedam endossimbiontes apresentam IF = 4. Quando IF é > 4 o recife tem condições de se recuperar caso haja algum impacto. Se IF está entre 3 e 4 o ecossistema está em estágio inicial de declínio. Quando 2 < IF < 3 existe uma condição desfavorável para a recuperação da comunidade recifal após um evento de estresse. Caso IF seja < 2 existem condições críticas para o crescimento e recuperação do recife. Em locais com IF < 2 não há a ocorrência de foraminíferos que hospedam algas endossimbiontes (ALLOCK et al., 2003). 4.3 ANÁLISE DOS DADOS Os dados numéricos das amostras (padronizados em 10g para os dados bióticos) foram analisados no programa estatístico PRIMER v 6.1 (Plymouth Routines In Multivariate Ecological Research), usando-se análises uni e multivariadas (CLARK; WARWICK, 1994). Foram utilizados na interpretação dos dados descritores ecológicos da assembleia de foraminíferos, como número de indivíduos (N), densidade relativa, frequência relativa, riqueza (S), o índice de diversidade de Shanon-Wiener [ = -Σi pi log (pi)] e equitatividade de Pielou [J = /log (S)]. A diversidade de Shannon-Wiener ( ) incorpora a riqueza e uniformidade dos gêneros, pois expressa a relação entre o número de gêneros e o número de indivíduos numa assembléia. O índice de Uniformidade de Pielou (J) expressa o grau de uniformidade da distribuição dos indivíduos entre os gêneros nas amostras. Em geral, quanto mais elevada for a uniformidade, mais equilibrada é a amostra, pois isto indica que os indivíduos estão uniformemente distribuídos dentre os gêneros identificados. As análises univariadas são usadas para extrair características de comunidades independentemente das espécies que a compõem e são úteis na redução de grandes conjuntos de dados para um valor único, que pode ser usado na comparação entre as estações e na avaliação da assembléia de

27 26 foraminíferos. As análises exploratórias multivariadas, não-paramétricas, utilizadas neste estudo (CLUSTER, SIMPER e PCA) têm o objetivo de detectar os principais padrões de similaridade entre as estações, associação de foraminíferos e correlação entre as variáveis (GOS et al., 2006). Para examinar a relação entre as estações uma análise de agrupamento (Qmode CLUSTER) foi realizada empregando-se o índice de similaridade de Bray- Curtis com base na matriz de densidade dos gêneros de foraminíferos para cada estação. A Análise de Percentagem de Similaridade (SIMPER) tem utilidade na determinação dos gêneros característicos de cada grupo de variáveis (geoquímicas e sedimentológicas) e sua contribuição para a dissimilaridade entre os grupos. Além disso, a SIMPER fornece uma lista com os gêneros que mais contribuíram para a dissimilaridade dentro ou entre as variáveis. A percentagem de dissimilaridade em conjunto com a lista dos gêneros por grupo pode apresentar uma avaliação da distinção da fauna para cada grupamento de amostras (GOS et al., 2006). Para a análise dos componentes principais os dados de densidade dos gêneros de foraminíferos por estação foram transformados na raiz quadrada e os dados granulométricos e geoquímicos foram normalizados, uma vez que tratam-se de grandezas diferentes. A PCA envolve o cálculo das correlações lineares entre as variáveis, formando componentes fatoriais designados como autovalores, indicando a posição das variáveis no plano fatorial onde o ângulo formado entre dois vetores indica a correlação entre os descritores. Assim, quanto maior o vetor, maior é sua correlação com o eixo fatorial correspondente (QUINN; KEOUG, 2002).

28 5 RESULTADOS 5.1 CONDIÇÕES FISICO-QUÍMICAS Em relação à transparência da água, as estações do setor norte do recife apresentaram os maiores valores. A baixa visibilidade encontrada na região sul do recife pode ser decorrente da influência de material em suspensão proveniente do rio Buranhém, cuja saída encontra-se exatamente a sudoeste da estrutura recifal. 5.2 SEDIMENTOLOGIA E GEOQUÍMICA O tamanho dos grãos dos sedimentos apresentou grande variação, com estações apresentando desde 100% de areia (estação 1) a 100% de lama (estação 50). De maneira geral, as maiores concentrações de areia foram encontradas na área voltada para o mar, na face leste do Recife de Fora, já as maiores concentrações de lama foram encontradas na região voltada para a costa, na face oeste do recife (Fig. 4 e 5).

29 28 Figura 4. Distribuição espacial do teor de areia encontrado no sedimento das estações amostradas no recife de Fora, Porto Seguro, BA.

30 29 Figura 5. Distribuição espacial do teor de lama encontrado no sedimento das estações amostradas no recife de Fora, Porto Seguro, BA.

31 30 O teor de matéria orgânica variou entre 2,30% na estação 88 a 17,94% na estação 222 (Fig. 6). Os maiores teores de matéria orgânica foram encontrados na área sudoeste, justamente aquela mais próxima à saída do rio Buranhém. Esta região apresentou em média 10,16% de matéria orgânica, já a área sudeste teve média de 4,29%. Também se observa que os maiores teores de matéria orgânica foram encontrados na mesma área (sudoeste) onde o sedimento é composto predominantemente de lama. O teor de carbonato de cálcio variou de 60,87% na estação 41 a 99,27% na estação 152. As estações da face oeste do recife apresentaram os menores teores de CaCO 3, apesar da média desta área ser superior a 80%, já as estações da face leste apresentaram em média 94% de CaCO 3, evidenciando uma diferença na composição dos sedimentos da área do recife voltada para a costa e dos sedimentos da face externa da plataforma recifal (Fig. 7).

32 Figura 6. Distribuição espacial do teor de matéria orgânica encontrado no sedimento das estações amostradas no recife de Fora, Porto Seguro, BA. 31

33 32 Figura 7. Distribuição espacial do teor de carbonato de cálcio encontrado no sedimento das estações amostradas no recife de Fora, Porto Seguro, BA.

34 FORAMINÍFEROS Um total de 98 gêneros foi identificado, pertencentes a 58 famílias das ordens Rotaliida, Miliolida, e Textulariida, sendo a ordem Rotaliida representada por 63 gêneros de 41 famílias, a ordem Miliolida por 30 gêneros de 13 famílias, e a ordem Textulariida por apenas 5 gêneros representantes de 4 famílias (Apêndice B). Os rotalídeos e os miliolídeos representaram 64,28% e 30,61%, respectivamente para a assembleia total, já os textularídeos contribuíram com apenas 5,10%. A riqueza (S) mostrou uma variação muito pequena, sendo de 45 gêneros na estação 152 a 14 nas estações 156 e 170 (Fig. 8). A densidade absoluta (N) foi de 274 na estação 56 e de 19 na estação 218. Em relação à equitatividade, o maior J foi obtido para a estação 140 (0,99) e o menor, para a estação 170 (0,97). Devido a esta variação pouco expressiva, este índice não foi inserido no gráfico dos descritores ecológicos (Fig. 8). Sendo a diversidade de uma área o reflexo de sua riqueza e equitatividade, tem-se como resposta deste cálculo, pelo índice de Shannon-Wiener ( ), que a estação 192 apresentou a maior diversidade (3,771) e a estação 170, a menor (2,569) (Fig. 8). Em média, as estações da área oeste da plataforma recifal apresentaram os maiores valores de S, N e, demonstrando que os sedimentos compostos por lama são mais favoráveis a uma maior diversidade de foraminíferos. Os dados absolutos dos descritores ecológicos se encontram no apêndice C.

35 ,5 S N ' , , , Figura 8. Descritores ecológicos da comunidade de foraminíferos do Recife de Fora, onde S = Riqueza, N = número de indivíduos e = Índice de diversidade de Shannon-Wiener.

36 35 Do total de 98 gêneros, 19 contribuíram com mais de 78% da assembléia total de foraminíferos da área estudada (Tabela I). Desses 78,72%, 44,45% consistem de miliolídeos e 38,90% de rotalídeos. Quinqueloculina representou 15,90% da assembleia numa média para todas as estações, seguida por Amphistegina com 11,84%. Dentre os indivíduos da ordem Miliolida, a contribuição dos gêneros Quinqueloculina, Sigmamiliolinella e Triloculina foi de 25,76%. Já para a ordem Rotaliida, Amphistegina, Elphidium e Neoeponides representaram juntos mais de 24% da assembléia. Em relação aos gêneros tolerantes ao estresse, pode-se perceber que as maiores freqüências de Bolivina, Ammonia e Nonion ocorrem na área a oeste da plataforma recifal, local onde foram encontrados os maiores níveis de matéria orgânica. Já o gênero Elphidium, também considerado como tolerante ao estresse, apresentou maior ocorrência na região ao sul do sistema recifal, e não na área a oeste do sistema, como era esperado. Os gêneros Quinqueloculina, Miliolinella, Rosalina e Gavelinopsis, apesar de não serem considerados como tolerantes ao estresse, apresentaram a mesma ocorrência deste grupo, com freqüências maiores ocorrendo na área ao sul do recife. Já os pequenos foraminíferos heterotróficos, como Triloculina, Sigmamiliolinella, Spiroloculina, Cycloforina e Pyrgo, não apresentaram preferências de região. O gênero Neoeponides apresentou maior frequência na área leste, provavelmente, devido ao fato de sua carapaça robusta permitir a sua permanência nesta área. Os gêneros que hospedam algas endossimbiontes, Peneroplis e Archaias, tiveram menor freqüência de ocorrência na região sudoeste do recife, área onde se obteve os menores valores de transparência da água, fato que pode dificultar a realização de fotossíntese pelos endossimbiontes. O gênero Amphistegina, que também hospeda endossimbiontes, obteve ocorrência inesperada, com valores baixos na região noroeste, área onde foram encontradas águas mais claras. A classificação dos foraminíferos em cada grupo funcional foi realizada com base nas referências apresentadas no apêndice D.

37 36 Tabela 1. Principais gêneros e sua contribuição para a formação da assembleia de foraminíferos do Recife de Fora, Porto Seguro, BA. Gênero Ordem Frequência relativa total (%) NW NE SW SE ÁBITO Quinqueloculina Miliolida 15,90 18,10 14,17 17,26 14,56 Amphistegina Rotaliida 11,84 3,17 15,77 12,43 17,38 SI Elphidium Rotaliida 7,02 5,36 6,53 8,32 8,05 OP Neoeponides Rotaliida 5,20 1,59 7,12 3,17 9,11 Triloculina Miliolida 5,00 5,58 4,13 5,87 4,66 Sigmamiliolinella Miliolida 4,86 6,83 6,25 2,38 3,30 Spiroloculina Miliolida 3,94 4,85 2,41 6,15 2,73 Miliolinella Miliolida 3,63 4,85 2,98 3,75 2,80 Peneroplis Miliolida 3,35 3,49 3,37 2,67 3,60 SI Cycloforina Miliolida 3,14 3,51 2,69 2,79 3,45 Bolivina Rotaliida 2,44 3,83 1,43 2,47 1,92 OP Pyrgo Miliolida 2,01 2,78 1,43 1,71 1,96 Rosalina Rotaliida 1,89 2,81 1,09 2,36 1,21 Cibicides Rotaliida 1,53 1,69 2,06 0,97 1,12 Textularia Textulariida 1,48 2,13 1,36 1,11 1,23 Ammonia Rotaliida 1,46 2,74 0,18 2,66 0,36 OP Nonion Rotaliida 1,34 2,02 0,31 2,49 0,68 OP Archaias Miliolida 1,30 1,65 1,90 0,24 1,20 SI Gavelinopsis Rotaliida 1,20 1,83 0,95 1,01 0,85 O dendrograma construído a partir de dados de densidade dos gêneros de foraminíferos de todas as estações mostra a formação de 14 grupos (Fig. 9). É possível observar, por exemplo, que o grupo a é formado apenas pela estação 1, a qual está mais distante da plataforma recifal. O grupo d também é formado por apenas uma estação (146), que também está um pouco distante da plataforma recifal. O grupo b é formado por 7 estações, sendo 6 delas localizadas na área oeste do sistema. As 6 estações que compõem o grupo e estão localizadas na face leste do recife. Já o grupo f é formado por 3 estações (39, 155 e 196) localizadas em cima da plataforma recifal e as estações que formam o grupo g (163 e 198) e i (82 e 189) também apresentam esta característica. O grupo h (estações 95, 103, 104 e 152) é formado por estações das extremidades norte e sul do recife. O maior número de estações está no grupo j, basicamente formado por estações da porção oeste do recife. Já o grupo n é formado, em sua maioria, por estações da porção sul do sistema recifal (Fig. 10).

38 Figura 9. Análise de agrupamento das estações de coleta no recife de Fora, Porto Seguro, BA, com base nas densidades dos gêneros de foraminíferos. 37

39 Figura 10. Distribuição espacial dos principais grupos formados pelo dendrograma da análise de agrupamento em modo-q. Foram excluídos os grupos formados por apenas uma estação (a, d, k e m). 38

40 39 Após a análise de agrupamento foi realizado um teste para determinar os gêneros característicos do grupo de estações definido e sua contribuição para a semelhança dentro de cada grupo, através da análise de porcentagens de similaridade (SIMPER). O resultado desta análise apresenta os principais gêneros que caracterizam o grupo de estações e sua contribuição percentual para a abundância total (Tab. II). Sendo assim, o grupo b é composto por 6 estações localizadas a oeste e definido por Quinqueloculina e Elphidium, gêneros pastadores, que são favorecidos numa situação de enriquecimento orgânico, como observado nesta área. O gênero de foraminífero que hospeda algas endossimbiontes, Amphistegina é determinante para 5 grupos (e, f, g, h, l e n), que apresenta principalmente estações localizadas na face leste do recife e/ou sobre a plataforma recifal. Além disso, o gênero heterotrófico Quinqueloculina também é determinante para a formação destes grupos. Os grupos c, i e j são determinados pela ocorrência dos foraminíferos heterotróficos Quinqueloculina, Spiroloculina e Sigmamiliolinella e não apresentam um padrão de distribuição, estando espalhados por todo o Recife de Fora. A aplicação do índice FORAM refletiu o estado de saúde ambiental do recife em estudo. O resultado do índice e sua distribuição espacial apresentam em maioria, os maiores valores localizados à leste do recife, indicando esta área como saudável (figura 11). Já as estações voltadas para a costa apresentam, em geral, índices menores que 4, o que pode ser interpretado como uma condição desfavorável para o crescimento e desenvolvimento da comunidade recifal (ALLOCK et al., 2003).

41 40 Tabela 2. Contribuição percentual dos principais gêneros dominantes por grupo e similaridade media total do grupo segundo a SIMPER. Grupo Similaridade media total Gêneros determinantes Similaridade média Contribuição % % acumulada c i b e j g h l f n 65,25 61,36 64,44 68,25 58,66 71,62 71,52 65,86 64,63 70,77 Quinqueloculina 11,18 7,17 Spiroloculina 8,67 5,5 Quinqueloculina 7,4 7,74 Sigmamiliolinella 7,38 7,55 Quinqueloculina 8,08 6,92 Elphidium 6,58 5,57 Amphistegina 5,31 8,76 Quinqueloculina 4,5 7,43 Quinqueloculina 5,31 8,38 Sigmamiliolinella 4,33 5,8 Quinqueloculina 3,58 7,43 Amphistegina 3,4 5,99 Quinqueloculina 3,54 6,67 Amphistegina 3,17 5,95 Amphistegina 3,45 14,03 Archaias 2,74 11 Amphistegina 2,99 7,49 Quinqueloculina 2,75 6,71 Amphistegina 2,2 11,55 Quinqueloculina 1,61 8,48 12,67 15,29 12,49 16,19 14,19 13,42 12,61 25,02 14,2 20,03

42 41 Figura 11. Distribuição espacial do índice FORAM para as estações amostradas no recife de Fora, Porto Seguro, BA.

43 ANÁLISE DOS COMPONENTES PRINCIPAIS Para a análise dos componentes principais (PCA) foram utilizados os dados de densidade de foraminíferos, dados físico-químicos e dos indicadores sedimentológicos e geoquímicos de 56 estações amostradas, pois das 59 estações utilizadas para as análises de foraminíferos, somente 56 apresentavam os dados de campo completos. A tabela III apresenta os autovalores e o peso das variáveis e a figura 13, o diagrama de ordenação da PCA. De acordo com a tabela e o diagrama é possível observar que o eixo 1 explica cerca de 43% da variação total dos dados, sendo os dois primeiros eixos responsáveis por 73,3% da variação encontrada. Na representação espacial do resultado da PCA pode-se observar que as estações influenciadas pelo teor de matéria orgânica e pela lama (eixo 1) encontram-se a oeste da plataforma recifal (Fig. 12). Já as variáveis profundidade e transparência da água, orientadas positivamente para o eixo 2, influenciam fortemente apenas a estação 181, localizada exatamente em cima da plataforma recifal principal (quadrante NW).

44 Figura 12. Diagrama de ordenação da análise dos componentes principais das variáveis geoquímicas e físicas por estação de coleta. 43

45 44 Tabela 3. Autovalores e peso das variáveis analisadas para os dois primeiros eixos e suas respectivas porcentagens de variância. Autovalores Eixo 1 Eixo 2 Autovalor 2,59 1,81 % variação 43,2 30,1 % variação cumulativa 43,2 73,3 Peso das variáveis Eixo 1 Eixo 2 CaCO 3 (%) 0,375-0,210 M. O. (%) -0,432 0,031 % areia 0,579 0,068 % lama -0,579-0,068 Transparência (m) 0,031 0,659 Profundidade (m) -0,010 0,706

46 Figura 13. Representação espacial das estações influenciadas pelo teor de matéria orgânica e pela lama segundo a análise dos componentes principais. 45

47 6 DISCUSSÃO 6.1 CONDIÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS, PADRÕES SEDIMENTOLÓGICOS E GEOQUÍMICOS Os resultados de transparência da água sugerem que a região oeste do Recife de Fora retém o material particulado de origem terrígena (LARCOMBE et al., 1995), causando menor transparência da água na área oeste em relação à face leste do recife. De acordo com Schueth e Frank (2008), esse padrão só ocorre em recifes próximos à costa, em áreas recifais localizadas offshore a área interna do recife é dominada por areias carbonáticas e a coluna d água é geralmente clara. Segundo Maida e Ferreira (1997), a turbidez da água ao longo da costa brasileira é alta devido à descarga dos rios, particularmente durante a estação chuvosa. Além disso, a turbidez é influenciada pelo processo de ressuspensão e erosão de sedimentos devido ao alto regime de ondas que caracteriza o nosso litoral (MANN; LAZIER, 1996). Leão e Brichta (1995) definem duas feições sedimentares distintas para essa seção da margem continental brasileira, sendo elas: (i) uma feição de sedimentos siliciclásticos e (ii) uma feição de sedimentos carbonáticos de origem biogênica. Sendo assim, uma transição da dominância de sedimentos siliciclásticos na zona costeira para areias carbonáticas em direção às plataformas média e externa caracteriza a margem continental tropical do Brasil (LEÃO; DOMINGUEZ, 2000). Segundo Melo et al. (1975), os sedimentos siliciclásticos, resultantes da descarga de rios, erosão costeira e de sedimentos relictos de trato de mar baixo, predominam numa estreita faixa paralela à costa, que se alarga na desembocadura

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