Técnicas de maneio, sistemas de gestão e sistemas de produção em aquacultura biológica

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1 Técnicas de maneio, sistemas de gestão e sistemas de produção em aquacultura biológica Maria Emília Cunha e Pedro Pousão-Ferreira Estação Piloto de Piscicultura de Olhão, INRB, I.P./ IPIMAR-Olhão, Av. 5 de Outubro s/n Olhão, Portugal; micunha@ipimar.pt; ppousao@cripsul.ipimar.pt A estratégia de desenvolvimento sustentável da aquacultura Europeia estabelece uma visão para o desenvolvimento deste sector durante um período de dez anos, a fim de permitir instalar uma indústria estável nas zonas rurais e costeiras, oferecendo alternativas às actividades de pesca, tanto em termos de produtos como de emprego e salienta o potencial da produção aquícola biológica e a necessidade de desenvolver normas e critérios. A aquacultura biológica é um sector relativamente recente da produção biológica. Dado o interesse crescente dos consumidores pelos produtos do tipo biológico, é provável que o número de unidades aquícolas que se convertem em unidades de produção biológica venha a aumentar. Desta forma o Jornal Oficial da União Europeia de 6 de Agosto de 2009 vem regular a produção aquícola biológica de animais e de algas marinhas (Reg. (CE) n o 710/2009). Foi com agrado que verificamos que o cultivo semi-intensivo em tanques de terra, que é a prática corrente de produção de peixes marinhos em Portugal, está muito próximo do regulamentado no que se refere às: i) regras gerais aplicáveis à produção de animais de aquacultura (Art. 25º-F); ii) regras específicas aplicáveis aos sistemas aquáticos de produção (Art. 25º -G); iii) e gestão dos animais de aquacultura (Art. 25º -H). Desta forma não será difícil adaptar as actuais práticas do sistema semi-intensivo para que este possa ser considerado como aquacultura biológica e tirarem-se daí as vantagens inerentes. Mesmo sem qualquer adaptação a produção em regime semi-intensivo poderá candidatar-se a uma certificação semelhante à existente para o já conhecido frango do campo, que neste caso poderá ser peixe de cultivo semi-intensivo. Senão vejamos: Em Portugal a piscicultura marinha é essencialmente feita em antigas salinas, lagoas costeiras e antigos terrenos agrícolas com quotas ao nível do mar ou de zonas lagunares (Fig 1). Estes locais são transformados com o maior ou menor aproveitamento das características do terreno em tanques de produção com entrada e saída de água. Neste tipo de sistemas produzem-se principalmente douradas (Sparus aurata) e robalos 1

2 (Dicentrarchus labrax) que, consoante o maneio utilizado, se designam por cultivos extensivos ou semi-intensivos. A aquacultura extensiva é realizada em tanques de terra de grandes dimensões tejos (reservatórios) de salinas, outros reservatórios ou pequenas lagoas costeiras, obedecendo sem sombra de dúvida ao regulado para a aquacultura biológica. Os animais cultivados são juvenis selvagens que entram pelas comportas quando se dá o enchimento dos tanques com a maré. A alimentação destes peixes é, em geral, feita à base de organismos que se desenvolvem naturalmente no interior dos tanques. Em certos casos pode haver a introdução de outro tipo de juvenis mas sempre em pequena quantidade uma vez que o sistema precisa de ser mantido em equilíbrio. A produção é da ordem dos 200 a 400 kg por hectare por ano e não justifica grandes investimentos. A cultura semi-intensiva é o regime aplicado na grande maioria dos casos em Portugal, uma vez que permite obter produções superiores. É feita geralmente em tanques de terra que são especificamente adaptados/construídos para o cultivo de peixe (Fig. 2). O local escolhido é transformado ou reconvertido de acordo com a topografia e as condições locais. O povoamento inicial dos tanques com juvenis é planeado de forma a obterem-se densidades finais da ordem dos 1,5 a 3 kg por m 3. Estes valores são manifestamente inferiores ao referido no n o 2 do Art. 25º -F o qual indica que no caso da produção em tanques de terra sob influência de marés e em lagunas costeiras, poderão ter densidades até 4 kg/m 3. O cultivo semi-intensivo é normalmente efectuado em tanques de terra pelo que mais de 5 % da superfície do perímetro ( interface terra-água ) contém geralmente vegetação natural (n o 2 do Art. 25º -G) onde não se usam sistemas de aquecimento/arrefecimento (n o 4 do Art. 25º -G) e a luz é natural (n o 2 do Art. 25º -H). As áreas destes tanques estão entre os 3,000 e 20,000 m 2 e as profundidades entre 1,5 m a 1,8 m o que consideramos como espaço suficiente para assegurar o bem-estar dos animais de produção aquícola (n o 1 do Art 25º -F). Os juvenis introduzidos, com pesos médios entre 5 e 20g, são alimentados com rações apropriadas até ao peso comercial de ±400g e sofrem um manuseamento mínimo ou nulo com operações de calibragem limitadas (n o 1 do Art 25º -H). Para além da dieta normal, à base de racções comerciais, os peixes estabulados ingerem também organismos que se desenvolvem naturalmente nos tanques. Refira-se que nos cultivos semi-intensivos em tanques de terra a produtividade natural associada, quer em outras espécies de peixes, crustáceos e moluscos quer em plâncton, é bastante superior à dos peixes estabulados pelo que o sistema tem de ser gerido no seu conjunto. A oxigenação 2

3 natural resultante da fotossíntese diária realizada pelas algas unicelulares transforma-se em consumo de oxigénio durante a noite! Durante o ciclo produtivo a água é renovada por marés e/ou por bombagem a partir de um reservatório não existindo qualquer tipo de recirculação (n o 1 do Art. 25º -G) sendo o sistema aberto. Este sistema proporciona caudais e parâmetros físico-químicos que protegem a saúde e o bem-estar dos animais, bem como satisfazem as suas necessidades comportamentais (n o 3 do Art. 25º -F)). É comum utilizarem-se meios de arejamento e/ou de oxigenação (Fig. 3) principalmente em períodos críticos de produção ou transporte (n o 4 Art. 25º -H). Durante o Verão quando as temperaturas são muito altas torna-se necessário manter o oxigénio em níveis compatíveis com as necessidades dos peixes estabulados e da restante biomassa e para que a qualidade da água sejam mantida com um teor de oxigénio adequado (n o 1 do Art 25º -F) e a amónia seja oxidada mais rapidamente. A utilização de arejadores permite também movimentar a água evitando estratificação térmica e formação de zonas anóxicas. A descarga dos efluentes destes tanques é feita geralmente para um tanque de recepção (Fig. 2) que para além de servir como zona de sedimentação para o material particulado permite a remineralização dos compostos orgânicos. Os tanques de produção funcionam eles próprios como decantadores pelo que a sua gestão tem de ser rigorosa de modo a manterem as melhores condições para o crescimento dos peixes estabulados. As comportas de descarga dos tanques de produção e de recepção são duplas sendo uma delas equipada com rede de malha adequada para evitar a fuga dos organismos estabulados (no 4 do Art. 25º -F). Como a abertura das comportas é controlada, em caso de fuga de peixes ou crustáceos a sua recaptura poderá ser facilmente realizada (n o 5 do Art. 25º -F). O ciclo produtivo no sistema semi-intensivo é geralmente de 1 ano mas como está estreitamente ligado com as condições da temperatura ambiente pode variar entre os 12 e os 16 meses após o que os peixes são capturados e vendidos. Uma das vantagens destes sistemas com vários tanques é que o ciclo de produção pode ser programado de acordo com as necessidades do mercado. A captura dos peixes tanques é feita com redinha e o processo da pesca é do tipo artesanal. Os peixes capturados são imediatamente colocados numa mistura de água e gelo (Fig. 4) o que os deixa imediatamente inconscientes e insensíveis à dor (n o 5 Art. 25 o -H). Após a pesca os tanques vazios passam por um processo de secagem durante um período de tempo determinado (15 a 60 dias) para que se dê a mineralização da matéria orgânica resultante de fezes e outros produtos do metabolismo e que se encontra 3

4 depositada no fundo dos tanques. Deste modo pode iniciar-se um novo ciclo de produção com um tanque limpo e desinfectado. Em nossa opinião o incremento da produção de organismos com base no sistema semiintensivo em tanques de terra poderia ser uma estratégia a seguir por parte do governo Português pois, para além da sua conversão aos métodos biológicos de produção ser relativamente simples e o impacto no ambiente aquático ser mínimo, o produto final obtido é de grande qualidade e seguro para o consumidor. 4

5 Legenda das figuras Fig. 1 Vista geral da piscicultura Aquamarim situada na Ria Formosa, Algarve Fig. 2 Esquema de uma piscicultura em regime semi-intensivo. 1- Reservatório; 2 Tanques de engorda; 3 Estação de bombagem; 4 Tanques de pré-engorda; 5 Edifício de apoio; 6 Tanque de recepção Fig. 3 Tanques de produção com arejadores mecânicos. Piscicultura Vilanova na foz do rio Mira. Fig. 4 Abate dos peixes capturados nos tanques de terra com uma mistura de água e gelo. 5

6 Fig. 1 6

7 7

8 Fig. 3 8

9 Fig. 4 9

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