ANO 6 NÚMERO 61 JULH0 DE 2017 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO

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1 ANO 6 NÚMERO 61 JULH0 DE 2017 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS A deflação de -0,23% registrada em junho, medida pelo IPCA, poderia ser comemorada uma vez que é a primeira ocorrida no país após quase 11 anos.porém, ao se analisar as causas desse resultado, observa-se elas têm como principal fator a diminuição na demanda interna oriunda do elevado nível de desemprego e do baixo volume de investimentos públicos e privados ocorrido no país. Esse comportamento da demanda traz dificuldades para a sociedade como um todo, e mais especificamente para o governo, que não consegue, com isso, obter um nível de arrecadação fiscal que lhe permita melhorar os resultados das contas públicas, que vêem registrando sucessivos déficits como mostram os dados mais recentes destacados nessa carta. Após a crise de 2008, os países emergentes foram considerados a salvação da economia mundial. Quase dez anos depois, embora ainda contribuindo para a elevação do crescimento médio mundial, os emergentes ainda vivem um quadro de problemas estruturais que geraram até agora a desaceleração do crescimento e recessão. Em 2017 China e Rússia apresentam sinais positivos de crescimento, mas longe ainda de uma efetiva retomada.por outro lado, a economia da índia, até agora a de maior crescimento entre os emergentes, enfrenta também um processo de desaceleração. 2 RESULTADO FISCAL DO TESOURO REGISTRA DÉFICIT TAMBÉM EM MAIO Prof. Flavio Riani A exemplo do que vem ocorrendo recentemente, como destaca a tabela 1, também em maio / 17 o tesouro nacional apresentou déficit primário, alcançando no mês o valor de R$ milhões. Os dados dessa tabela revelam um descompasso entre as variações ocorridas nas receitas e nas despesas, quando comparadas ao mesmo período do ano anterior. Eles mostram que enquanto a receita líquida do tesouro tem uma queda de 1,6%, há uma elevação real de quase 13% nas despesas primárias, gerando, com isso um expressivo acréscimo no valor do déficit primário. Tabela 1 - Resultado Primário do Governo Central Brasil - R$ milhões - Valores Reais IPCA/Maio 2017 Maio Discriminação Variação % Real (IPCA) 1 - Receita Líquida Total ,6 2 - Despesas Primárias Total ,7 3 - Resultado Primário (1-2) ,2 Fonte: Tesouro Nacional EXPEDIENTE Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais: Grão-Chanceler Dom Walmor Oliveira de Azevedo Reitor Professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães Vice-Reitora Professora Patrícia Bernardes Assessor Especial da Reitoria Professor José Tarcísio Amorim Chefe de Gabinete do Reitor Professor Paulo Roberto Souza Chefia do Departamento de Economia Professora Ana Maria Botelho Coordenação do Curso de Ciências Econômicas Professora Ana Maria Botelho Coordenação Geral Professor Flávio Riani e Professor Ricardo F. Rabelo Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais: Prédio 14, sala 103 Avenida Dom José Gaspar, 500 Bairro Coração Eucarístico CEP: Tel: icegdigital@pucminas.br

2 Tais dados estão apresentados de forma comparativa no gráfico 1, onde ficam mais evidenciadas as diferenças entre o comportamento das receitas e das despesas. Gráfico 1 -Resultado Primário Federal Brasil Maio/2017 R$ milhões Receita Líquida Total 2 - Despesas Primárias Total 3 - Resultado Primário (1-2) Dados acumulados de janeiro a maio de 2017 em relação ao mesmo período do ano anterior estão destacados na tabela 2 e no gráfico 2. Tabela 2 - Resultado Primário do Governo Central Brasil - Acumulado Jan.- Maio - R$ milhões - Valores Nominais Discriminação Jan.-Maio Variações % Nominal % Real (IPCA) 1 - Receita Líquida Total ,1-3,3 2 - Despesas Primárias Total ,4-1,1 3 - Resultado Primário (1-2) ,8 83,2 Fonte: Tesouro Nacional

3 O resultado acumulado mostra também uma significativa elevação no valor do déficit primário de 2017 relativamente ao mesmo período em 2016, fortemente influenciado pelo resultado gerado em maio/ Gráfico 2 -Resultado Primário Governo Central Brasil : Jan. a Maio R$ milhões correntes Receita Líquida Total 2 - Despesas Primárias Total 3 - Resultado Primário (1-2) Fonte: Tesouro - MF COMPORTAMENTO DAS RECEITAS E DAS DESPESAS DO TESOURO NACIONAL EM 2017 Valores acumulados das receitas fiscais alcançadas pelo governo federal no acumulado de janeiro a maio de 2017 e 2016 estão destacados na tabela 3 e no Gráfico 3. Tabela 3 - Receitas Primárias do Governo Central Acumulado Jan.-Maio - Valores constantes - IPCA Maio/17 R$ milhões - Brasil Discriminação Jan-Maio Diferença Variação 2016 (a) 2017 (b) R$ Real -% 1- Receita Total ,7 Administradas pela Receita Federal ,6 Incentivos Fiscais ,4-6,4 58,2 Arrecadação Previdência ,5 Não Administradas pela Receita Federal ,2 2- Transferências Constitucionais ,4 3- Receita Líquida Total (1-2) Fonte: Tesouro Nacional As receitas líquidas do tesouro são alcançadas após abater da receita total recursos a serem transferidos para as demais esferas de governo que no período apresentaram elevação real de 6,4%. Ressalte-se ainda, o percentual de acréscimo real nos valores dos incentivos fiscais, com impactos negativos também no volume da arrecadação fiscal. Os valores da tabela 3 mostram que enquanto todas as fontes de arrecadação tiveram quedas reais nos períodos em tela, os incentivos fiscais e as transferências constitucionais apresentaram movimentos opostos.

4 Gráfico 3 -Receitas Primárias Governo Federal Brasil - Jan. a Maio R$ milhões -Constantes IPCA maio/17 Administradas pela Receita Federal Incentivos Fiscais Arrecadação Previdência Não Administradas pela Receita Federal Transferências Constitucionais O comportamento das despesas do tesouro no período analisado está destacado na tabela 4 e no gráfico 4. Tabela 4 - Despesas Primárias do Governo Central Acumulado Jan.-Maio - Valores constantes - IPCA/ maio-2017 R$ milhões - Brasil Discriminação Jan-Maio Diferença Variação 2016 (a) 2017 (b) R$ Real -% 1- Despesa Total ,1 Benefícios Previdenciários ,2 Pessoal e Encargos Sociais ,8 Outras Despesas Obrigatórias ,6 Despesas Discricionárias - Todos Poderes Fonte: Tesouro Nacional Os valores da tabela 4 registram queda real de 1,1% na despesa total no acumulado de janeiro a maio de 2017 comparativamente ao mesmo período de Chama atenção as elevações ocorridas nos montantes de recursos destinados aos pagamentos dos Benefícios Previdenciários e ao Pessoal e Encargos Sociais que apresentaram taxas reais de crescimento bem superiores à inflação do período, revelando ganhos reais nessas duas categorias. Por outro lado, as demais despesas obrigatórias e as relativas às despesas discricionárias de todos os poderes, sobre as quais o governo tem alguma margem de manobra, apresentaram quedas reais.

5 Gráfico 4 -Despesas Primárias Governo Central Brasil -Jan. a Maio - R$ milhões-constante IPCA Maio/ Benefícios Previdenciários Pessoal e Encargos Sociais Outras Despesas Obrigatórias Despesas Discricionárias - Outros Poderes A trajetória observada até o mês de maio de 2017 sinaliza continuidade na geração de déficits fiscais para o ano. Pior do que isso é a clara possibilidade de que o déficit acumulado no ano ultrapasse a meta fiscal estabelecida pelo governo. Com base nisso o governo federal já sinaliza a possibilidade de buscar alternativas adicionais de capitação de receitas através da elevação da carga tributária. 3 - A ECONOMIA DOS EMERGENTES: INDÍCIOS DE RETOMADA Prof. Ricardo F. Rabelo Após a crise de 2008, os países emergentes foram considerados a salvação da economia mundial. Quase dez anos depois, embora ainda contribuindo para a elevação do crescimento médio mundial, os emergentes ainda vivem um quadro de problemas estruturais que geraram até agora a desaceleração do crescimento e recessão. Os problemas não foram enfrentados, mas as economias da China e da Rússia dão sinais positivos de crescimento, longe ainda de uma efetiva retomada, enquanto a economia da Índia sofre os efeitos de uma reforma monetária do Governo, Assim como no restante da economia mundial, esses processos de retomada do crescimento ocorrem quando os governos adotam política ativas de estímulo econômico, ainda que timidamente, e abandonam ou implementam apenas parcialmente as políticas econômicas pautadas por medidas de austeridade e as chamadas reformas neoliberais. Nesse artigo vamos atualizar alguns aspectos das principais economias emergentes que compõem os BRICS, excetuando a economia brasileira, cuja análise retomaremos no próximo número desta Carta.

6 3.1 - A ECONOMIA CHINESA: UMA REVERSÃO DA DESACELERAÇÃO? De acordo com dados do Escritório Nacional de Estatísticas, a economia chinesa apresentou crescimento de 6,7% em 2016, menor taxa em 26 anos. Anteriormente, e em função das tendências à queda do crescimento, o governo havia optado por estabelecer um espectro de variação do crescimento, que poderia ir de 6,5 a 7% ao ano. Já no último trimestre de 2016, a economia mostrou uma mudança de rumo, com o Produto Interno Bruto (PIB) chinês crescendo 6,8%, na comparação com o ano anterior, resultante certamente da expansão dos gastos do governo e aumento da oferta de crédito. Trata-se de um fato inédito, pois nos últimos dois anos é a primeira vez que a economia chinesa apresenta uma aceleração do crescimento econômico. Um fator fundamental foi o aumento dos gastos de consumo que se manifesta na variação positiva do comércio varejista em dezembro, de 10,9%, em comparação com o ano anterior, cujas vendas foram lideradas pelos automóveis e cosméticos. Por outro lado, houve um crescimento do investimento em ativo fixo de apenas 8,1%, bem menor que o do ano anterior, sendo considerado o pior resultado desde 1999, resultado de uma queda do investimento privado em dezembro. Outro fator importante desse processo é o desempenho do setor imobiliário que apresentou um crescimento do investimento de 11,1% em dezembro em contraposição a apenas 5,7% em novembro. O Escritório Nacional de Estatísticas fez uma mudança metodológica das fórmulas de cálculo do PIB trimestral visando adaptar-se às normas internacionais e obter resultados cientificamente controlados. Dessa forma, os gastos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) que produzam resultados positivos para as empresas serão agora considerados investimento em capital fixo e não mais consumo intermediário. Isto representou um acréscimo de US$ 131,5 bilhões ao valor do PIB de Uma das características mais destacadas do modelo chinês é o forte gasto em ciência, tecnologia e economia criativa, com uma parte significativa destes gastos se dirigindo para a área de pesquisa e desenvolvimento(p&d), que tem resultado em um crescimento significativo da importância da P&D no bom desempenho da economia.

7 3.2 - A CRISE DA DÍVIDA Um dos maiores obstáculos à retomada do crescimento é o aumento em ritmo acelerado da dívida pública, resultante da especulação financeira que vigora no setor privado o que vem criando uma imensa bolha imobiliária. Os agentes financeiros acusam a eminente alta da inflação, e pressionam o governo a elevar a taxa de juros para combatê-la. Os bancos chineses fizeram em janeiro deste ano empréstimos de 2,03 trilhões de iuanes (278 bilhões de euros), duas vezes mais do que em dezembro e três vezes mais do que em novembro. Esse valor, equivalente ao PIB anual da Irlanda ou da África do Sul, aumenta a dívida chinesa (pública e privada), que ultrapassou os 270% do PIB do país no final de As agências de classificação de risco, defendendo os interesses do capital financeiro internacional, censuram a ação do governo para contraarrestar os fatores da crise baseada em forte investimento do setor estatal em obras de infraestrutura e empresas estatais. De acordo com a Standard & Poor's o modelo chinês, cujo crescimento é determinado pelo crédito e investimento público, gera o risco de um hard landing, ou seja, de uma aterrizagem forçada. Diante da possibilidade de crise, o Banco Popular da China adotou, a partir de 2014, uma política de redução da taxa de juros, cujos efeitos no setor público foram muito positivos. No entanto, o setor privado, estreitamente vinculado ao capital financeiro internacional, aproveitou a redução dos juros para desencadear uma onda especulativa que afetou o setor produtivo, em especial o de matérias-primas, mas fez os piores efeitos no setor imobiliário: fazendo o preço médio do m2 ter alta de 49% em 2016 na região de Shenzhen (sul), 14% em Pequim, 38% em Nanquim. Os governos municipais introduziram, no final de 2016, alguma tímidas restrições para a aquisição de apartamentos, mas isso não impediu o avanço da especulação, o que pode ser comprovado pelo aumento recorde de empréstimos imobiliários em janeiro (um terço dos empréstimos bancários). O Banco Central, não tem se caracterizado por uma ação mais constante na política monetária, pois, apesar de injetar liquidez adicional no sistema financeiro antes do ano novo lunar, passou a implementar uma reversão de sua política, elevando em um décimo sua taxa de juros no curto prazo (de 7 a 28 dias) no mercado monetário, pela primeira vez em quatro anos. Essa medida teria o objetivo de é elevar gradualmente o custo do financiamento para os bancos, sem gerar pânico. Posteriormente, diante do acirramento da crise, o Banco Central Chinês voltou a baixar a taxa de juros. O Governo Chinês tenta implementar uma política de mudança do modelo, que se direcione para o consumo

8 interno e reforce o setor de serviços, mas não tem conseguido até agora combinar esta meta com a necessidade de combater as tendências de desaceleração econômica A VOLTA DO CRESCIMENTO NA CHINA A economia chinesa registrou um crescimento de 6,9% no primeiro trimestre do ano, comparando-se com o mesmo período do ano anterior e 1,3% na comparação com o trimestre anterior. Em termos anualisados, o resultado foi acima da própria meta de variação estabelecida pelo Governo para 2017, que foi fixada em 6,5%.Já na comparação com o trimestre anterior, houve uma queda em relação aos 1,7% registrados na comparação do 4o. Trimestre com o 3º. trimestre de Gráfico 5 PIB da China 2014/2017 7,30% 7,30% 7,20% 7,10% percentual % 7,00% 6,90% 6,80% 6,90% 6,70% 6,90% 6,70% 6,60% 6,50% 6,40% o tri 2017 Anos - trimestres Fonte: FMI O grande objetivo estratégico do governo é avançar na mudança de um modelo econômico baseado no investimento para outro baseado no consumo acaba sendo preterido em proveito das metas de crescimento.

9 Além do crescimento do PIB, outro resultado importante foi o crescimento da produção industrial de 7,6% em base anual. O comércio varejista cresceu 10,9% em base anual em março e o investimento em ativo fixo cresceu no primeiro trimestre em 9,2%. Ao contrário do que pretende o governo, o setor de serviços ficou estável, sendo que o crescimento foi resultado da expansão da mineração, manufatura e da infraestrutura. O governo continua a basear-se em grandes investimentos na infraestrutura para estimular o crescimento como na definição de uma grande zona econômica na região remota de Xiong'na, com extensão de quilômetros quadrados. Com o aumento da oferta do crédito com baixos juros o governo estimula o setor imobiliário, que tem elevado a atividade industrial A RETOMADA DO CRESCIMENTO NA RÚSSIA Em termos estruturais, não houve ainda uma real superação do modelo exportador que vigorou na era pós União Soviética. Com a crise internacional caiu por terra um modelo que se baseava na exportação de produtos de baixo valor agregado, em especial o petróleo, que garantiu o crescimento da economia russa nos últimos dez anos. Embora o Governo tenha adotado medidas no sentido de mudança desse modelo, voltando-se mais para o fortalecimento da indústria e o mercado interno, o PIB russo ainda manteve-se no terreno da recessão, tendo contraído em 0,2% em 2016 segundo a agência oficial de estatísticas. O grande problema é que os gastos de consumo foram reduzidos como efeito da política de metas de inflação do Estado. Como resultado, comércio varejista teve queda de 4% em 2016 em relação ao ano anterior. Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) mantiveram sua tendência à queda, o que resultou numa contribuição de -0,8% para o crescimento do PIB russo para As exportações líquidas têm contribuído positivamente para a dinâmica do PIB, principalmente devido à diminuição do volume das importações (em função da recessão), contribuindo com 1,1% para o crescimento do PIB em Em 2016, a recessão teve continuidade o que resultou num déficit público de 3,3% do PIB. Para atenuar esse resultado negativo, parte da Rosneft, o líder russo de produção petrolífera foi privatizada. A inflação reduziu-se, mas permanece alta (7,2%).Apesar de ter negociado com a OPEP a redução da sua produção de petróleo, a produção diária bruta, em 2016, alcançou seu maior nível nos últimos 25 anos (11,2 milhões de barris por dia). A dívida pública mantém-se baixa e há um grande volume de

10 reservas cambiais disponíveis. No orçamento de 2017 há a previsão de aumentar as despesas sociais, compensadas pela redução dos gastos em outros setores. Tabela 5 - Economia Russa /2016 Houve uma redução da taxa de desemprego, em relação à do período pré crise financeira de 2008, pois hoje ela é de 5,8%, mas os salários reais diminuíram. As desigualdades sociais permanecem fortes, especialmente entre as grandes cidades e as áreas rurais. Apenas 1% da população detém 71% dos bens privados. Apesar destes indicadores negativos em bases anualizadas, a economia russa retomou o crescimento no quarto trimestre de 2016 após dois anos de recessão e esse processo está tendo sua continuidade no início de No quarto trimestre de 2016, a Rússia registrou seu primeiro aumento do PIB anual desde o quarto trimestre de 2014 (+0,3%). No 1º. Trimestre de 2017 o PIB da Rússia apresentou crescimento de 0,5% em bases anuais. As últimas pesquisas da Rosstat mostraram que as pequenas empresas do país sobreviveram à crise de uma forma mais fácil, e sua contribuição para a economia aumentou. Em termos setoriais, pode-se encontrar a explicação para este processo. O crescimento da agricultura é cada vez maior, e o aumentou a exportação do carvão, assim como seus preços no mercado internacional. Por outro lado, o programa de rearmamento financiado diretamente pelo orçamento, gera demanda para a indústria da defesa.

11 Há também um crescimento do crédito ao consumidor, o que explica o aumento dos níveis de consumo. Há, no entanto, alguns problemas a enfrentar como as baixas vendas de veículos, a redução das vendas de imóveis para moradia devido ao cancelamento das bonificações de juros sobre empréstimos. O maior problema é a política monetária até agora extremamente rígida do Banco Central, que não reduz significativamente a taxa de juros ( em torno de 10% a.a.) com uma inflação pouco acima de 4% por ano faz cair a demanda por empréstimos no setor real da economia ÍNDIA: CAI O MAIOR CRESCIMENTO DOS EMERGENTES Na Índia o processo de crescimento nos últimos anos criou a impressão de que seria o único país emergente a manter um desempenho dos demais.no ano fiscal 2015/2016 o PIB cresceu 8% resultado do impacto positivo da queda dos preços do petróleo, sendo o país um dos maiores importadores desta commoditie, o que contribui em 1% para esse resultado. O crescimento da Índia, antes um dos mais intensos do mundo, sofreu uma desaceleração neste ano fiscal, segundo projeções oficiais, um fenômeno que pode ser agravado pelas consequências da controvertida desmonetização do país, decidida no final de No entanto, no ano fiscal , a taxa de crescimento do PIB para o caiu para 7,1%. No 1º. Trimestre de 2017, a economia da Índia acentuou ainda mais estra trajetória negativa, afetada por menor atividade na indústria e construção civil. Os dados oficiais do governo indiano indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 6,1% no trimestre até março comparado com igual período do ano passado.esse mau desempenho da Índia, se deveu, entre outros fatores, à reforma monetária levada a cabo pelo governo neoliberal de Narendra Modi. A reforma, implementada pelo governo indiano, tornou sem valor legal as notas de 500 e rúpias, as de valor maior da moeda do país, significando 86% da base monetária. O objetivo era reduzir a evasão fiscal e formalizar grande parte do expressivo informal da economia indiana. A medida teve, no entanto, um efeito desestabilizador da economia, reduzindo abruptamente a liquidez e provocando verdadeiro pânico bancário com queda do nível de consumo.

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