PROPOSTAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO PARA 2ª FASE
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- Nicolas Bandeira Gabeira
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1 CURSO DE PRODUÇÃO DE 2012 Profa. Vivian Müller PROPOSTAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO PARA 2ª FASE BLOCO 2 SAMPA João Gilberto Alguma coisa acontece no meu coração Que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi Da dura poesia concreta de tuas esquinas Da deselegância discreta de tuas meninas Ainda não havia para mim Rita Lee, a tua mais completa tradução Alguma coisa acontece no meu coração Que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto Chamei de mau gosto o que vi De mau gosto, mau gosto É que Narciso acha feio o que não é espelho E a mente apavora o que ainda não é mesmo velho Nada do que não era antes quando não somos mutantes E foste um difícil começo Afasto o que não conheço E quem vende outro sonho feliz de cidade Aprende de pressa a chamar-te de realidade Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas Da força da grana que ergue e destrói coisas belas Da feia fumaça que sobe apagando as estrelas Eu vejo surgir teus poetas de campos e espaços Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva Panaméricas de áfricas utópicas, túmulo do samba Mais possível novo Quilombo de Zumbi E os novos baianos te podem curtir numa boa E novos baianos passeiam na tua garoa. 2012
2 REDAÇÃO No Brasil, onde imperou, desde tempos remotos, o tipo primitivo da família patriarcal, o desenvolvimento da urbanização que não resulta unicamente do crescimento das cidades, mas também do crescimento dos meios de comunicação, atraindo vastas áreas rurais para a esfera de influência das cidades ia acarretar um desequilíbrio social, cujos efeitos permanecem vivos até hoje. HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p No curso desses séculos as cidades cresceram e se ornaram como portentosos centros de vida urbana, só comparáveis aos do México. Os holandeses enriqueceram Recife. A riqueza das minas se exibiu em Ouro Preto e outras cidades do ouro, engalanou a Bahia e, depois, o Rio. A valorização do açúcar translada os senhores de engenho para Recife e para a Bahia, onde ergueram seus sobrados e viveram a vida tão bem descrita por Gilberto Freyre. A independência derramou quantidades de lusitanos por toda a parte, todos muito voltados ao comércio, como agentes de empresas inglesas. A Guerra de Secessão nos Estados Unidos fez crescer São Luiz, que no censo de 1872 comparece maior e mais rica que São Paulo. A abolição, dando alguma oportunidade de ir e vir aos negros, encheu as cidades do Rio e da Bahia de núcleos chamados africanos, que se desdobraram nas favelas de agora. A crise de desemprego que ocorre na Europa na passagem do século nos manda 7 milhões de europeus. Quatro e meio milhões deles se fixaram definitivamente no Brasil, principalmente em São Paulo, onde renovaram toda a vida econômica local. Foram eles que promoveramm o primeiro surto de industrialização, que mais tarde se expandiria com a industrialização substitutiva de importações. [...] Conforme se vê, vivemos um dos mais violentos êxodos rurais, tanto mais grave porque nenhuma cidade brasileira estava em condições de receber esse contingente espantoso de população. Sua consequência foi a miserabilização da população urbana e uma pressão enorme na competição por empregos. 2 RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro. 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras, p. 193, 194 e 198. As cidades são centros de produção e consumo, processos econômicos e sociais que geram riquezas e oportunidades. Tais processos também geram doenças, crimes, pobreza, poluição e agitação social. Em muitas cidades, especialmente nos países em desenvolvimento, o número de moradores em favelas representa mais de 50% da população. Essas pessoas têm pouco ou nenhum acesso à moradia, à água, ao saneamento, à educação ou ao serviço de saúde. Mandato do Programa das Nações Unidas de Assentamentos Humanos, UN-HABITAT. Disponível na internett em: A urbanização é um dos temas mais sensíveis na atualidade em razão dos variados problemas dela derivados desde os primeiros processos de aglutinação social em torno das cidades. Levando em consideração tal importância, disserte, com base nos fragmentos textuais acima, que são de caráter unicamente motivador, sobre a dinâmica dos arranjos urbanos brasileiros do ponto de vista histórico, social e econômico. Em seu texto, analise, criticamente, os principais fatores socioeconômicos e políticos que originaram os agrupamentos urbanos no Brasil em perspectiva histórica e os principais desequilíbrios sociais observados nesses agrupamentos. Além disso, pondere, com exemplos, como tais desequilíbrios interferem no desenvolvimento atual do Brasil. Extensão: de 600 a 650 linhas
3 (valor: 60 pontos) EXERCÍCIO N. 1 Se no terreno político e social os princípios do liberalismo têm sido uma inútil e onerosa superfetação, não será pela experiência de outras elaborações engenhosas que nos encontraremos um dia com a nossa realidade. Poderemos ensaiar a organização de nossa desordem segundo esquemas sábios e de virtude provada, mas há de restar um mundo de essências mais íntimas que, esse, permanecerá sempre intato, irredutível e desdenhoso das invenções humanas. Querer ignorar esse mundo será renunciar ao nosso próprio ritmo espontâneo, à lei do fluxo e do refluxo, por um compasso mecânico e uma harmonia falsa. Já temos visto que o Estado, criatura espiritual, opõe-se à ordem natural e a transcende. Mas também é verdade que essa oposição deve resolver-see em um contraponto para que o quadro social seja coerente consigo. Há uma única economia possível e superior aos nossos cálculos para compor um todo perfeito de partes tão antagônicas. O espírito não é força normativa, salvo onde pode servir à vida social e onde lhe corresponde. As formas superiores da sociedade devem ser como um contorno congênito a ela e dela inseparável: emergem continuamente das suas necessidades específicas e jamais das escolhas caprichosas. Há, porém, um demônio pérfido e pretensioso, que se ocupa em obscurecer aos nossos olhos estas verdades singelas. Inspirados por ele, os homens se veem diversos do que são e criam novas preferências e repugnâncias. É raro que sejam das boas. 3 HOLANDA, Sérgio. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, No contexto do fragmento textual acima, comente a expressão as formas superiores da sociedade devem ser como um contorno congênito a ela e dela inseparável. Extensão: de 120 a 150 linhas (valor: 20 pontos)
4 EXERCÍCIO N. 2 Raízes do Brasil, cujo significado foi estudado brilhantemente por Antonio Candido, em 1967, forneceu aos jovens indicações importante para compreenderemm o sentido de certas posições políticas daquele momento, dominadoo pela descrença no liberalismo tradicional e pela busca de soluções novas. Um dos maiores estilistas brasileiros, Sergio Buarque de Holanda se notabilizou pelo ritmo despreocupado e às vezes sutilmente digressivo que, ainda na justa avaliação de Antonio Candido, representou um verdadeiro corretivo à abundância nacional, cuja retórica bacharelesca marcavaa a produção política, literária e interpretativa da época. MOTA, Carlos Guilherme. Ideologia da cultura brasileira. São Paulo: Ed. Ática, Interprete e comente a afirmação verdadeiro corretivo à abundancia nacional. 4 Extensão: de 120 a 150 linhas (valor: 20 pontos)
5 RASCUNHO 1/4 REDAÇÃO
6 30 RASCUNHO 2/4 REDAÇÃO
7 60 RASCUNHO 3/4 REDAÇÃO
8 90 RASCUNHO 4/4 REDAÇÃO
9 120 RASCUNHO EXERCÍCIO
10 RASCUNHO EXERCÍCIO
11 REDAÇÃO TEXTO DEFINITIVO 1/
12 29 30 REDAÇÃO TEXTO DEFINITIVO 2/
13 59 60 REDAÇÃO TEXTO DEFINITIVO 3/
14 89 90 REDAÇÃO TEXTO DEFINITIVO 4/
15 EXERCÍCIO 1 TEXTO DEFINITIVO
16 EXERCÍCIO 2 TEXTO DEFINITIVO
SAMPA ( C ) CAETANO VELOSO 1 C6 Bm7(11) E7(b9) Am(7M) Am7 Gm7 C7 F7M A7 Dm7 G7 G# Am7 É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi D7(9) Da dura poesia concreta de tuas esquinas Dm7 G7 Da deselegância
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