ro, nascido em 20 de ju

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ro, nascido em 20 de ju"

Transcrição

1 Este trabalho é o resultado de várias filtragem de estudos em diversas fontes. Não tenho vergonha de dizer que são ideias tiradas e adaptadas de outros trabalhos que tem edificadas vidas, e dado crescimento ao Reino de Deus. Na verdade a maior parte do que ensino, aprendi com alguém ou com alguma coisa. Paulo não tinha medo de incentivar isto quando ele disse:...vocês se tornaram nosso imitadores e do Senhor......e se tornaram modelo para todos os crentes..., (1 Ts.1.6,7). Uma pessoa que não consegue seguir um modelo de alguém no mínimo está com problema de ego. Lembre-se que Deus se opõe aos orgulhosos, mas da graça aos humildes, (Tg.4.6). O salmo 35.4 diz:...uma geração contará outra a grandiosidade dos teus feitos.... Por outro lado! Tudo parece novo quando não conhecemos a história, basta estudar um pouco e veremos que muitos assuntos abordados não passam de princípios bíblicos que muitas vezes passam despercebidos diante de nossos olhos, mas que sempre existiu e já foram abordados por vários teólogo. Se eu não conseguir ser original, desejo pelo menos ser eficiente. E trabalhar para a edificação da Igreja como a Noiva de Cristo. ro, nascido em 20 de ju

2 Bibliologia A canonicidade da Bíblia Livros que surgiram no Período inter-biblico A origem do termo cânon A canonização do Antigo Testamento...36 Os Livros apócrifos A Bíblia judaica confirma a Bíblia protestante A canonização do Novo Testamento O critério utilizado para o cânon do Novo Testamento O concílio confirma a Bíblia protestante O concilio de Jâmnia O concilio de Marcião O concilio de Hipo Os pais da Igreja confirma a Bíblia protestante Jesus Confirma a bíblia protestante A primeira idição da Biblia Romana Igreja não criou a Bíblia

3 Eu Creio na Bíblia Os profetas pregaram e escreveram suas obras (Is 30:8; Jr 25:13; 29:1; 30:2, 36:1-32; 51:60-64; Ez 43:11; Hc 2:2; Dn 7:1; 2 Cr 21:12). Eles sabiam que estavam deixando suas obras para o futuro e até enviaram-nas para outros lugares, (Jr 29:1; 36:1-8; 51:60-61; 2 Cr 21:12). Liam, citavam e usavam as obras uns do outros (Is 2:1-5 cita Mq 4:1-5 & Jr 26:18 cita Mq 3:12), atestando a existência da coleção de livros inspirados, (Dn 9:2). Entendiam que seus livros tornar-se-iam obra de referência e consulta no futuro (Is 34:16; Dn 12:4). Uma coisa é um profeta receber uma mensagem da parte de Deus, mas coisa bem diferente é tal mensagem ser reconhecida pelo povo de Deus. Quantos livros são reconhecido nas Sagradas Escrituras? Para a Igreja católica a Bíblia correta é composta de 73 livros. Para os Evangélicos a Bíblia correta é composta de 66 livros. No mundo afora, no entanto, há uma diversidade bem maior do que esta comumente identificada no Brasil. Quando pensamos no contexto das Igrejas Ortodoxas (que detêm o segundo lugar em número de adeptos no mundo), encontraremos uma diversidade ainda maior de cânones. No bloco de Igrejas Ortodoxas, há cinco tradições ou recensões canônicas diferentes, quais sejam: Cânon Luciânico Cânon Copta Cânon Eslavo Antigo Cânon Georgiano Antigo Cânon Armênio Clássico (ou Ge ez) Todas essas tradições canônicas apresentam diferenças entre si no que diz respeito ao número e ordem dos livros, bem como no que tange ao texto base usado para a tradução (as Igrejas Ortodoxos em geral consideram a Septuaginta tradução das Escrituras hebraicas para o grego como o texto base do qual o Antigo Testamento deve ser traduzido para as línguas modernas). Algumas das tradições canônicas das Igrejas Ortodoxas têm mais livros como canônicos, outras têm menos livros. Deus leva muito a sério este assunto, ele disse em Ap ; Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; (v.19) E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro 3

4 Bibliologia Como resolver este problema? É deste assunto que iremos tratar, a canonicidade Bíblica. Como foi que a Bíblia veio a ser composta de 66 livros? As gerações atuais praticamente já nasceram com uma Bíblia pronta, com os livros bíblicos dispostos numa certa ordem e encadernados num só volume, com Índice e Prefácio. Os cristãos acostumaram-se com a Bíblia que receberam. Nem nos damos conta de que nem sempre foi assim. E quando só havia rolos, como se sabia que livros eram exatamente os que pertenciam à Bíblia, ou seja, ao cânon das Escrituras? Pois havia uma porção de outros livros que também eram lidos e usados pelos cristãos no período da Igreja Primitiva. Canonicidade é o processo que trata do reconhecimento e da compilação dos livros que nos foram dados por inspiração de Deus. A inspiração diz respeito à ação divina no ato de escrever o material, garantindo o resultado. Já a canonização do texto diz respeito à ação humana, reconhecendo a qualidade divina daquele material. Há, basicamente, duas posições sobre a formação do cânon. Numa delas, defende-se que o cânon surgiu por um processo meramente humano. Segundo esta posição, os livros, quando apareceram, não teriam sido sagrados nem divinamente autoritativos e nem eram vistos como tal. Os livros teriam adquirido tal posição na medida em que a comunidade dos cristãos lhes atribuía tal condição sagrada e autoridade. Depois, motivada por ameaças e perigos (heresias e perseguições), a Igreja os canonizava (isto é, os declarava sagrados, santos), com a finalidade de garantir uma norma de fé e de conduta cristãs. Neste sentido, o cânon se formava a partir de uma decisão da comunidade de fé. Alguns defensores dessa posição às vezes reconhecem, de alguma forma, a presença da providência de Deus nesse processo. Na outra, que o cânon foi formado por ação divina. Obra divina Outros autores entendem a formação do cânon como obra divina, fazendo-o principalmente à luz de 2 Pe Segundo esses autores, os livros bíblicos foram escritos através do mistério da inspiração. Os escritores bíblicos foram instrumentos de Deus no registro e entrega da mensagem divina (2 Tm 3.16) Por isso mesmo, desde o momento em que apareceram, sendo entregues aos cristãos por apóstolos e evangelistas, os livros já eram divinamente autoritativos. 4

5 A palavra cânon. Eu Creio na Bíblia O termo grego kanon vem de uma palavra semítica que significa, cana, e do hebraico kaneh que significa junco ou vara de medir, assim como uma régua de carpinteiro, (Ez. 40:5; Ap.21:15). No Brasil, corresponderia a qualquer planta de caule longilíneo, típica de matas ciliares e áreas pantanosas. No Brasil, o espécime mais comum é a taboa (também chamada de tabua), planta da família das tifáceas, abundante nos brejos e alagadiços de norte a sul do país. Kanon começa a aparecer na literatura do Crescente Fértil (região que vai de Ur dos Caldeus ao Egito) entre e a.c. Embora no início se referisse apenas ao vegetal propriamente dito, posteriormente kanon passou a expressar outros significados: kanon também designou um instrumento de alisar ou nivelar, similar à hodierna, régua de pedreiro. Assim, além da planta, kanon começou a referir-se à cana como um dos primeiros instrumentos de medida e, dessa maneira, veio a designar a cana de medida. Já no Novo Testamento, em Gl 6.16, o apóstolo Paulo usa este termo (κανων) no sentido de regra ou norma, como se pode ler: ARA: E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus. ARC: E, a todos quantos andarem conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus. NTLH: E, para todos que seguem essa regra na sua vida, que a paz e a misericórdia estejam com eles e com todo o povo de Deus. Logo! No sentido religioso, cânon não significa aquilo que mede, mas aquilo que serve de norma, regra. Com este sentido, a palavra cânon aparece no original em vários lugares do Novo Testamento, (2 Co 10.13; Gl 6.16; Fp 3.16). Só no século 4 d.c. o termo cânon veio a ser usado para as Escrituras, primeiramente por Atanásio (em 352 d.c). Nesse sentido, o termo, cânon passou a referir- se ao grupo dos livros reconhecidos pelas igrejas como regra de fé e vida. 5

6 Bibliologia Nos últimos anos do período incluso do cânon do A.T, cinco grandes homens de Deus viveram simultaneamente numa época de profundo despertamento religioso, a saber: Esdras, Neemias, Ageu, Zacarias e Malaquias, sendo dos cinco, Esdras o mais hábil e versátil. Foi este poderoso sacerdote-escriba que, segundo a tradição judaica, presidiu a chamada Grande Sinagoga, que selecionou e preservou os rolos sagrados, determinando, dessa maneira, o Cânon das Escrituras do Antigo Testamento, (Ed 7:10, 14). A Esdras é atribuído também a tríplice divisão do Cânon hebraico (A Lei, Os Profetas e os Escritos). O velho não teve tantos problema para ser canonizado como teve o Novo testamento porque ele sempre foi reconhecido como inspirado por Deus. A Lei: sempre foi reconhecida como canônica, (Dt 17:18-20; 31:10-13, 24-26; Js 1:8; 1 Rs 11:38; 2 Rs 22:8; 23:1-2; Ne 1:7-9; Ed 3:2). Profetas e Escritos sempre foram reconhecidos como canônicos, (2 Rs 17:13; Dn 9:2; Mt 22:29; 23:35; Lc 24:44; Jo 5:39; 10:35; 2 Tm 3:16; 2 Pe 1:20-21). Mas mesmo assim, estudiosos de eras posteriores, não foram totalmente conscientes dos fatos a respeito da aceitação original do cânon, tornavam a levantar dúvidas sobre certos livros. Com isso, surgiu a terminologia técnica, conforme vemos abaixo: (1) Homologoumena: (significa: falar como um). São os livros bíblicos que foram aceitos por todos. A canonicidade de alguns livros jamais foi desafiada por nenhum dos grandes rabis da comunidade judaica. Desde que alguns livros foram aceitos pelo povo de Deus como documentos produzidos pela mão dos profetas de Deus, continuaram a ser reconhecidos como detentores de inspiração e de autoridade divina pelas gerações posteriores. Trinta e quatro dos 39 livros do Antigo Testamento podem ser classificados como homologoumena. Os cinco excluíveis seriam: Cantares de Salomão, Eclesiastes, Ester, Ezequiel e Provérbios. 6

7 Eu Creio na Bíblia (2) Antilegomena: (significa: falar contra). São os livros bíblicos que em certa ocasião foram questionados por alguns. A canonicidade de 5 livros do Antigo Testamento foi questionada numa ou noutra época, por algum mestre do judaísmo: Cantares de Salomão, Eclesiastes, Ester, Ezequiel e Provérbios. Cada um deles tornou-se controvertido por razões diferentes; todavia, no fim prevaleceu a autoridade divina de todos os cinco livros. > Cantares de Salomão: Alguns estudiosos da escola de Shammai consideravam esse cântico sensual em sua essência. Porém, é mais provável que a pureza e a nobreza do casamento façam parte do propósito essencial desse livro. É preciso ver esse livro da perspectiva espiritual correta. > Ester: Pela ausência do nome de Deus nesse livro, alguns pensaram que ele não fosse inspirado. Perguntavam como podia um livro ser Palavra de Deus, se nem ao menos trazia o seu nome. Porém, uma coisa é certa: a ausência do nome de Deus é compensada pela presença de Deus na preservação de seu povo. O fato de Deus haver concedido grande livramento, como narra o livro, serve de fundamento e razão da festa judaica do Purim (Et 9:26-28). Basta este fato para demonstrar a autoridade atribuída ao livro, dentro do judaísmo. > Ezequiel: Alguns na escola rabínica pensavam que esse livro era antimosaico em seu ensino. Achavam que o livro não estava em harmonia com a lei mosaica. No entanto, essa tese não prevaleceu e demonstrou mais uma vez ser uma questão de interpretação e não de inspiração. > Eclesiastes: Alguns objetaram que esse livro parece cético. Alguns até o chamam de O Cântico do ceticismo. Qualquer pessoa que procure a máxima satisfação debaixo do sol, com toda a certeza há de sentir as mesmas frustrações sofridas por Salomão, visto que a felicidade eterna não se encontra neste mundo temporal. Além do mais, a conclusão e o ensino genérico desse livro estão longe de ser céticos. Depois de tudo o que se tem ouvido, o leitor é admoestado: a conclusão é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos, pois isto é todo o dever do homem (Ec 12:13). Assim como o livro Cantares de Salomão, o problema básico é de interpretação do texto e não de canonização ou inspiração. 7

8 Bibliologia > Provérbios: Achavam-no um livro contraditório (Pv 26:4-5). Achavam contraditório o leitor ser exortado a responder e ao mesmo tempo não responder. Todavia, o sentido aqui é que há ocasiões em que o tolo deve receber resposta de acordo com sua tolice, e em outras ocasiões isso não deve ocorrer. Porém, nenhuma contradição ficou demonstrada em nenhuma outra passagem de Provérbios. OBS: É importante frisar que a Bíblia em momento algum é contraditória, pois é a Palavra de Deus (infalível). O que parece contradição é erro de interpretação humana. (3) Pseudepígrafos: (significa: falsos escritos). Livros não-bíblicos rejeitados por todos. Grande número de documentos religiosos espúrios que circulavam entre a antiga comunidade judaica são conhecidos como pseudepígrafos. Nem tudo nesses escritos é falso. De fato, a maior parte desses documentos surgiu de dentro de um contexto de fantasia ou tradição religiosa, possivelmente com raízes em alguma verdade. Com frequência, a origem desses escritos estava na especulação espiritual, a respeito de algo que não ficou bem explicado nas Escrituras canônicas. As tradições especulativas a respeito do patriarca Enoque, por exemplo, sem dúvida são a raiz do livro de Enoque. De maneira semelhante, a curiosidade a respeito da morte e da glorificação de Moisés, sem dúvida acha-se por trás da obra Assunção de Moisés. No entanto, essa especulação não significa que não exista verdade nenhuma nesses livros. Ao contrário, o Novo Testamento refere-se a verdades implantadas nesses dois livros (vide Jd 14,15) e chega a aludir à penitência de Janes e Jambres (2 Tm 3:8). Entretanto, esses livros não são dotados de autoridade, como Escrituras inspiradas. Paulo também citou alguns poetas não-cristãos, como Arato (At 17:28), Menânder (1 Co 15:33) e Epimênides (Tt 1:12). Trata-se tão somente de verdades verificáveis, contidas em livros que em si mesmos, nenhuma autoridade divina têm. 8

9 9 Eu Creio na Bíblia É importante lembrarmos que Paulo cita apenas aquela faceta da verdade, e não o livro pagão como um todo, como conceito a que Deus atribuiu autoridade e fez constar no Novo Testamento. A verdade é sempre verdade, não importa onde se encontre, quer pronunciada por um poeta pagão, quer por um profeta pagão (Nm 24:17), por um animal irracional e mudo (Nm 22:28) ou mesmo por um demônio (At 16:17). É possível que o fato mais perigoso a respeito desses falsos escritos (pseudepígrafos) é que alguns elementos da verdade são apresentados com palavras de autoridade divina, num contexto de fantasias religiosas que, em geral, contêm heresias teológicas. A infundada reivindicação de autoridade divina, o caráter altamente fantasioso dos acontecimentos e os ensinos questionáveis (e até mesmo heréticos) levaram os pais do judaísmo a considera-los espúrios (pseudepígrafos). São eles: Lendários: O livro do Jubileu; Epístola de Aristéias; O livro de Adão e Eva; O martírio de Isaías; Apocalípticos: 1 Enoque; Testamento dos doze patriarcas; O oráculo sibilino; Assunção de Moisés; 2 Enoque, ou O livro dos segredos de Enoque; 2 Baruque, ou O apocalipse siríaco de Baruque; 3 Baruque, ou O apocalipse grego de Baruque. Didáticos: 3 Macabeus; 4 Macabeus; Pirque Abote; A história de Aicar. Poéticos: Salmos de Salomão; Salmo 151 (consta na Septuaginta). Históricos: Fragmentos de uma obra de Sadoque (4) Apócrifos, (significa: oculto, escondidos ou duvidosos). Livros não-bíblicos aceitos por alguns, mas rejeitados por outros. Pelos católicos romanos são conhecidos como Deuterocanônicos. Na realidade, os sentidos da palavra apócrifo refletem o problema que se manifesta nas duas concepções de sua canonicidade. No grego clássico, a palavra apocrypha significava oculto ou difícil de entender. Posteriormente, tomou o sentido de esotérico, ou algo que só os iniciados podem entender, não os de fora. Na época de Ireneu e Jerônimo (séc. III e IV), este termo veio a ser aplicado aos livros nãocanônicos do Antigo Testamento, mesmo aos que foram classificados previamente como pseudepígrafos. Desde a era da Reforma, essa palavra tem sido usada para denotar os escritos judaicos não-canônicos originários do período intertestamentário ou período inter-bíblico.

10 Bibliologia Entre o Antigo e Novo testamento houve um intervalo de 400 anos em que nenhuma Escritura foi redigida, (cumprindo o salmo 74:9), exceto os livros apócrifos (não autênticos). Este período é chamado de inter-bíblico, período Negro ou intertestamentário, (que merece um estudo separado). Mas para uma melhor compreensão é importante saber que este período trata dos seguintes assuntos: > Eventos que ocorreram entre o fim do AT., e o início do NT > Explicam o fundo histórico do NT.; > Explica a origem e desenvolvimento dos costumes, instituições e vida espiritual do povo judaico do período do NT. > Demonstra como Deus preparou o mundo para o advento. > Trata do tempo de Alexandre, como ele estabeleceu centro de comércio e cultura em toda a extensão do seu império. > Como a disseminação da língua grega, possibilitou a pregação do evangelho numa língua universal e a criação duma bíblia legível. > Fala sobre as guerras dos macabeus e Herodes. > No período inter-bíblico aconteceram fatos de suma importância na evolução religiosa e política do povo, que trouxeram resultados e consequências nos dias de Jesus e até os dias de hoje. Entre eles estão os livros apócrifos. O Novo Testamento jamais cita um livro apócrifo indicando-o como inspirado. As alusões a tais livros não lhes emprestam autoridade, assim como as alusões a poetas pagãos não lhes conferem inspiração divina. O novo Testamento faz citações de quase todos os livros canônicos do Antigo Testamento e atesta o conteúdo, mas, para os livros apócrifos o Novo Testamento indubitavelmente exclui os apócrifos do cânon hebraico. O problema dos livros apócrifos cresce na medida em que a Igreja Católica Romana afirma que a Bíblia dos Evangélicos é falsa; justamente a partir do fato da não aceitação dos tais livros apócrifos, e afirma que a Bíblia dos católicos é realmente verdadeira e canônica. 10

11 Eu Creio na Bíblia Os apócrifos são; > Tobias > Baruque > Judite > Eclesiástico > Sabedoria > 1 e 2 Macabeu Temos o acréscimo ao livro Ester (Ester ). Temos o acréscimo do Cântico dos três Santos Filhos, (em Daniel, ). Temos a História de Suzana (acréscimo ao livro de Daniel, cap.13). Temos o acréscimo de Bel e o Dragão (Daniel, cap. 14). A nação de Israel tratou os livros Apócrifos com respeito, mas nunca os aceitou como livros verdadeiros da Bíblia Hebraica. O Novo Testamento repete partes do Velho Testamento centenas de vezes, mas nenhum lugar repete ou faz referência a qualquer dos livros Apócrifos. Os livros Apócrifos ensinam muitas coisas que não são verdadeiras e tampouco historicamente precisas. Há várias razões porque os protestantes rejeitam os Apócrifos. Eis algumas delas: (1) Porque com o livro de Malaquias o cânon bíblico havia se encerrado. Aproximadamente 435 a.c não houve mais acréscimos ao cânon do Antigo Testamento. A história do povo judeu foi registrada em outros escritos, tais como os livros dos Macabeus, mas eles não foram considerados dignos de inclusão na coleção das palavras de Deus que vinham dos anos anteriores. Quando nos voltamos para a literatura judaica fora do Antigo Testamento percebemos que a crença de que haviam cessado as palavras divinamente autorizadas da parte de Deus é atestada de modo claro em várias vertentes: (a) Macabeus: (cerca de 100 a.c.), o autor escreve sobre o altar demolido à espera de que viesse algum profeta (credenciado) com autoridade de Deus e se pronunciasse a respeito, (l Mac ; l Mac 9.27; 14.41). 11

12 Bibliologia (b) Josefo: (nascido em 37/38 d.c.) explicou: "Desde Artaxerxes até os nossos dias foi escrita uma história completa, mas não foi julgada digna de crédito igual ao dos registros mais antigos, devido à falta de sucessão exata dos profetas". (c) A literatura rabínica e os manuscritos achados: reflete convicção semelhante em sua frequente declaração de que o Espírito Santo (em sua função de inspirador de profecias) havia se afastado de Israel Após a morte dos profetas, Ageu, Zacarias e Malaquias. (d) O Novo Testamento: não temos nenhum registro de Jesus os livros apócrifos. Jesus e os autores do N.T citam mais de 295 vezes, várias partes das Escrituras do A.T como palavras autorizadas por Deus, mas nem uma vez sequer citam alguma declaração extraída dos livros apócrifos. (2) Porque a inclusão dos apócrifos foi acidental. A conquista da Palestina por Alexandre, o Grande, ocasionou uma nova dispersão dos judeus por todo o império greco-macedônico. Pelo ano 300 antes de Cristo, a colônia de judeus na cidade de Alexandria, Egito, era numerosa, forte e fluente. Morrendo Alexandre, seu domínio dividiu-se em quatro remos, ficando o Egito sob a dinastia dos Ptolomeus. O segundo deles, Ptolomeu Filadelfo, foi grande amante das letras e preocupou-se com enriquecer a famosa biblioteca que seu pai havia fundado. Com este objetivo, muitos livros foram traduzidos para o grego. Naturalmente, as Escrituras Sagradas do povo hebreu foram levadas em conta, apreciando-se também a grande importância que teria a tradução da Bíblia de seus antepassados da Palestina para os judeus cuja língua vernácula era o grego. (3) Porque temos fortes testemunhas contra os apócrifos. Temos aqui o depoimento de vários personagens históricos que depõe contra a lista canônica "Alexandrina", como consta na Septuaginta, Vulgata e em todas as versões das Bíblias católicas existentes. Pelo peso de autoridade que representam esses vultos, são provas mais do que suficientes e esmagadoras contra a inclusão os Apócrifos no Cânon bíblico. Vejamos: 12

13 Eu Creio na Bíblia > Josefo: historiador judeu (37-95 AC). Ele escreve: "Não temos dezenas de milhares de livros, em desarmonia e conflitos, mas só vinte e dois, (a divisão do texto massorético), contendo o registro de toda a história, os quais, conforme se crê, com justiça, são divinos." > Orígenes: No terceiro século d.c, Orígenes (que morreu em 254) deixou um catálogo de vinte e dois livros do Antigo Testamento que foi preservado na História Eclesiástica de Eusébio. Nenhum dos apócrifos é declarado canônico, e se diz explicitamente que os livros de Macabeus estão "fora dos livros canônicos. > Tertuliano: Aproximadamente contemporâneo de Orígenes, ( dc) O primeiro dos País Latinos cujas obras ainda existem. Declara que os livros canônicos são vinte e quatro. > Atanásio: De modo semelhante, em 367 d.c., o grande líder da igreja de Alexandria, escreveu sua e alistou todos os livros do nosso atual cânon do N.T e do A.T. Mencionou também alguns livros dos apócrifos, tais como a Sabedoria de Salomão, a Sabedoria de Sirac, Judite e Tobias, e disse que esses "não são na realidade incluídos no cânon, mas indicados pelos Pais para serem lidos por aqueles que recentemente se uniram a nós e que desejam instrução na palavra de bondade". > Melito: A mais antiga lista cristã dos livros do Antigo Testamento que existe hoje é a de Melito, bispo de Sardes, que escreveu em cerca de 170 d.c. "Quando cheguei ao Oriente e encontrei-me no lugar em que essas coisas foram proclamadas e feitas, e conheci com precisão os livros do Antigo Testamento, avaliei os fatos e os enviei a ti. São estes os seus nomes: cinco livros de Moisés, Gênesis, Êxodo, Números, Levítico, Deuteronômio, Josué, filho de Num, Juizes, Rute, livros dos Reis, livros de Crônicas, os Salmos de Davi, os Provérbios de Salomão e sua Sabedoria," Eclesiastes, o Cântico dos Cânticos, Jó, os profetas Isaías, Jeremias, os Doze num único livro, Daniel, Ezequiel, Esdras." É digno de nota que Melito não menciona aqui nenhum livro dos apócrifos, mas inclui todos os nossos atuais livros do Antigo Testamento, exceto Ester. Mas as autoridades católicas passam por cima de todos esses testemunhos para manter, em sua teimosia. 13

14 Bibliologia (4) Porque não podemos concordar as heresia. Quando lê qualquer um dos livros apócrifos, logo se nota as fantasias ali colocadas. Uma das grandes razões, talvez a principal delas, porque nós evangélicos rejeitamos os Apócrifos, é devido à grande quantidade de heresias que tais livros apresentam. Fora isso, existem também lendas absurdas e fictícias, e graves erros históricos e geográficos, o que fazem os apócrifos serem desqualificados como palavra de Deus. A seguir daremos um resumo de cada livro e logo a seguir mostraremos seus graves erros. (1) O livro de Tobias (200 a.c.) - É uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) e alguns milagres preparados pelo anjo Rafael. O livro apresenta: > justificação pelas obras - 4:7-11; 12:8. Trata-se de uma contradição flagrante em Tobias e em mais alguns livros apócrifos está no fato de sugerirem eles a salvação pela prática das obras; entretanto, lendo em At.10.2 e Ef vamos concluir que a salvação acontece exclusivamente pela graça Divina, mediante a fé e não pelas obras; e mais, que o ato salvívico vem de Deus e não dos homens. Como é absurda a doutrina pregada pela Igreja Católica Romana, principalmente a partir do Concílio de Trento, através das páginas enlameadas e espúrias dos livros apócrifos. > mediação dos Santos - 12:12 > superstições - 6:5, 7-9, 19 > um anjo engana Tobias e o ensina a mentir 5:16 a 19 > O livro ainda ensina a artes mágicas e feitiçaria como método de exorcismo, respaldada na atitude de pegar o fígado de um peixe fisgado nas águas do rio Tigre, e, depois de passá-lo na brasa, provocando uma fumaça estranha e miraculosa; com ela, espantar os demônios, (Tobias 46.4; 6:5-9). Tal pratica condenada pela Bíblia em Ap Mais adiante o mesmo Tobias 3.8 informa que o fel do peixe foi passado nos olhos do pai de Tobias, que também se chamava Tobias e este fora curado de uma cegueira. Isto é uma autêntica bobagem, além de ser uma grande mentira. 14

15 15 Eu Creio na Bíblia Em Dt e Ap.21.8 vamos encontrar uma condenação à prática destas coisas, enquanto que em Tobias encontramos os benefícios pela prática destas mesmas coisas. No livro de Tiago 3.11 lemos "Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa?" Pois bem, como explicar que Deus que é a nossa fonte, proíba a feitiçaria em Deuteronômio e a recomende em Tobias, um livro apócrifo? Isto se constituiria numa tremenda contradição. (2) Judite (150 a.c.) É a História de uma heroína viúva e formosa que salva sua cidade enganando um general inimigo e decapitandoo. Grande heresia é a própria história onde os fins justificam os meios. Temos uma mulher que Jejuava todos os dias de sua vida, Judite 8:5,6, além disso Judite era considerada santificada. (3) Baruque (100 a.d.) Apresenta-se como sendo escritor cronista do profeta Jeremias, numa exortação aos judeus quando da destruição de Jerusalém. Porém, é de data muito posterior, quando da segunda destruição de Jerusalém, no pós-cristo. Traz entre outras coisas, a intercessão pelos mortos - 3:4. Pratica condenada por toda a Biblia. (4) Eclesiástico (180 a.c.) - É muito semelhante ao livro de Provérbios, se não fosse as tantas heresias: > justificação pelas obras - 3:33,34 > trato cruel aos escravos - 33:26 e 30; 42:1 e 5 > incentiva o ódio aos Samaritanos - 50:27 e 28 > diz que: a água apaga o fogo ardente do inferno, e a esmola resiste aos pecados, 3:33. (5) 1 Macabeus (100 a.c.). Descreve a história de 3 irmãos da família "Macabeus", que no chamado período ínterbíblico (400 a.c á 3 a.d), lutam contra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e terra. (6) II Macabeus (100 a.c.) - Não é a continuação do 1 Macabeus, mas um relato paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas II Macabeus apresenta: > a oração pelos mortos - 12:44 46

16 Bibliologia > culto e missa pelos mortos - 12:43 > o próprio autor não se julga inspirado -15:38-40; 2:25-27 > intercessão pelos Santos - 7:28 e 15:14 (7) Sabedoria de Salomão (40 a.d). Livro escrito com finalidade exclusiva de lutar contra a incredulidade e idolatria do epicurismo (filosofia grega na era Cristã). O livro apresenta: > o corpo como prisão da alma - 9:15 > doutrina estranha sobre a origem e o destino da alma 8:19 e 20 > salvação pela sabedoria - 9:19 > ensinam a existência de um lugar chamado purgatório, > tenta defender a imaculada conceição baseando 8:9,20. (8) Adições a Daniel: > capítulo 13 - A história de Suzana, segundo esta lenda Daniel salva Suzana num julgamento fictício baseado em falsos testemunhos. > capítulo 14 - Bel e o Dragão - Contém histórias sobre a necessidade da idolatria. > capítulo 3: o cântico dos 3 jovens na fornalha. (5) Porque eles foram aprovados em meio a violência. A Igreja Romana aprovou os apócrifos em 18 de abril de 1546, para combater o movimento da Reforma Protestante. Nessa época, os protestantes combatiam violentamente as novas doutrinas romanistas: do Purgatório, da oração pelos mortos, da salvação mediante obras, etc. A Igreja Romana via nos apócrifos bases para essas doutrinas, e, apelou para eles, aprovando-os como canônicos. Houve prós e contras dentro da própria Igreja de Roma. Nesse tempo os jesuítas exerciam muita influência no clero. Os debates sobre os apócrifos motivaram ataques dos dominicanos contra os franciscanos. O cardeal Pallavacini, em sua "História Eclesiástica", declara que em pleno concilio, 40 bispos, dos 49 presentes, travaram luta corporal, agarrados às barbas e batinas uns dos outros. Foi nesse ambiente "espiritual" que os apócrifos foram aprovados! 16

17 Eu Creio na Bíblia O Cânon dos Judeus foi aceito pela comunidade cristã e consiste nos mesmos livros que aparecem nas Bíblias dos Evangélicos, num total de 39 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento, perfazendo assim um total de 66 livros e não 73 como pretende a igreja Católica Romana, a partir da inclusão dos apócrifos. A Bíblia hebraica não segue essa divisão tópica dos livros, em quatro partes. Antes, emprega-se uma divisão de três partes, talvez baseada na posição oficial de seu autor. O Novo Testamento faz uma possível alusão a uma divisão em três partes do Antigo Testamento, quando Jesus disse: "... era necessário que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos" (Lc 24.44). Os cinco rolos eram assim chamados por serem separados, lidos anualmente em festas distintas, a saber: > Cantares, na pascoa em alusão ao êxodo > Rute, no pentecoste, na celebração da colheita, em seu início > Ester, na festa do purim, comemorando o livramento da mão de Hamã > Eclesiastes, na festa dos tabernáculos, festa da gratidão da colheita > Lamentações, na mês de Abibe, relembrando a destruição de Jerusalém. 17

18 Bibliologia Os 12 livros chamados apócrifos do Antigo Testamento jamais foram aceitos pelos judeus ou por Jesus. Eles eram respeitados, mas não foram considerados como Escritura Sagrada. Eles chegaram a ser incluídos na tradução grega chamada Septuaginta. Jerônimo ( a.c.) fez uma distinção entre esses livros e os canônicos, chamando-os de eclesiásticos, e essa distinção acabou por conceder-lhes uma canonicidade secundária. Os Reformadores também os rejeitaram. Os livros apócrifos do Antigo Testamento têm recebido diferentes graus de aceitação pelos cristãos. A maior parte dos protestantes e dos judeus aceita que tenham valor religioso e mesmo histórico, sem terem, contudo, autoridade canônica. A seguir apresentamos um resumo dos argumentos apresentado pela igreja católica que em geral são aduzidos para a aceitação desses livros, na crença de que detêm algum tipo de canonicidade e suas respectivas refutações. (1) Alusões no Novo Testamento. O Novo Testamento reflete o pensamento e registra alguns acontecimentos dos apócrifos. Por exemplo, o livro de Hebreus fala de mulheres que receberam seus mortos pela ressurreição (Hebreus 11.35), e faz referência a 2 Macabeus 7 e 12. Os chamados apócrifos ou pseudepígrafos são também citados em (Jd 14,15; 2Tm 3.8). Refutação: Há citações de autores gregos pagãos, também no N.T. Em Atos 17:28, Paulo cita de Arato, Phaenomena, também em 1 Coríntios 15:33, cita da comédia de Menander. Certamente ninguém poderia supor que citações tais como estas estabelecem a canonicidade ou de Arato ou de Menander. Por outro lado! Se fosse assim, o livro de Enoque citado por Judas seria digno de muito mais crédito no sentido de canonicidade do que os Apócrifos romanos. Judas cita versículos inteiros deste livro, enquanto os Apócrifos adotados nas Bíblias romanas não aparece nenhuma vez com citações inteira ou em partes. Seguindo o mesmo raciocínio dos católicos poderíamos então canoniza-lo também! A mera citação não estabelece necessariamente a canonicidade. 18

19 Eu Creio na Bíblia (2) Os primeiros pais da igreja. Alguns dos mais antigos pais da igreja aceitaram e usaram os livros apócrifos em seu ensino e pregação. E até mesmo no Oriente, Clemente de Alexandria reconheceu 2 Esdras como inteiramente canônico. Orígenes acrescentou Macabeus bem como a Epístola de Jeremias à lista de livros bíblicos canônicos. Refutação: Muitos dos grandes pais da igreja em seu começo, dos quais Melito (190), Orígenes (253), Eusébio de Cesaréia (339), Hilário de Poitiers (366), Atanásio (373 d.c), Cirilo de Jerusalém (386 d.c), Gregório Nazianzeno (390), Rufino (410), Jerônimo (420), depuseram contra os apócrifos. Nenhuns dos primeiros pais de envergadura da igreja primitiva, anteriores a Agostinho, aceitaram todos os livros apócrifos canonizados em Trento. Então será mais correto dizer que alguns dos escritores cristãos antigos. (3) Emprego que o Novo Testamento faz da versão Septuaginta. A tradução grega do A.T hebraico, em Alexandria, é conhecida como Septuaginta. Foi a versão que Jesus usou e é a versão mais citada pelos autores do N.T e pelos cristãos primitivos. A LXX continha os livros apócrifos. A presença desses livros na LXX dá apoio ao cânon alexandrino, mais amplo, do A.T em oposição ao cânon palestino. Refutação: Esta linha de argumentos é realmente irrelevante. Mas não é de modo nenhum certo que todos os livros na LXX foram considerados canônicos, mesmo pelos próprios judeus de Alexandria. Bem decisiva contra isto é a evidência de Filon de Alexandria (que viveu no primeiro século d.c.), assim como o judaísmo oficial em outros lugares e épocas. Em segundo lugar, o próprio Jerônimo esclareceu que os judeus de Alexandria resolveram incluir na sua edição do A.T tanto os livros que reconheciam como sendo canônicos, como também os livros que eram "eclesiásticos", isto é foram reconhecidos como sendo valiosos e edificantes, porém sem ser infalíveis. Por outra lado! Palestina é que era o lar do cânon judaico, jamais a Alexandria, no Egito. O grande centro grego do saber não tinha autoridade para saber com precisão que livros pertenciam ao A.T judaico. Alexandria era o lugar da tradução apenas, não da canonização. O fato de a Septuaginta conter os apócrifo apenas comprova que os judeus alexandrinos traduziram os demais livros religiosos judaicos do período intertestamentário ao lado dos livros canônicos. 19

20 Bibliologia (4) A arte cristã primitiva. Alguns dos registros mais antigos da arte cristã refletem o uso dos apócrifos. As representações nas catacumbas às vezes se baseavam na história dos fieis registrada no período intertestamentário. Refutação: As representações artísticas não constituem base para apurar a canonicidade dos apócrifos. As representações pintadas nas catacumbas, apenas mostram que os crentes daquela era estavam cientes dos acontecimentos do período ínter-testamentário e os consideravam parte de sua herança religiosa. A arte cristã primitiva não decide nem resolve a questão da canonicidade dos apócrifos. (5) Os mais antigos manuscritos completos da Bíblia. Os livros antigos contêm os livros apócrifos inseridos entre os livros do Antigo Testamento. Os manuscritos Aleph (N), A e B, incluem esses livros, revelando que faziam parte da Bíblia cristã original. Refutação: Isto, porém, é verdade apenas em parte. Certamente os Targuns aramaicos não os reconheceram. Nem sequer o Pesita siríaco na sua forma mais antiga continha um único livro apócrifo; foi apenas posteriormente que alguns deles foram acrescentados. Uma investigação mais cuidadosa desta reivindicação reduz a autoridade sobre a qual os Apócrifos se alicerçam a apenas uma versão antiga, a Septuaginta, e àquelas traduções posteriores (tais como a Itala, a Cóptica, a Etiópica, e a Siríaca posterior) que foram dela derivadas. Mesmo no caso da Septuaginta, os livros Apócrifos mantêm uma existência um pouco Incerta. O Códice Vaticano ("B") não tem 1 e 2 Macabeus (canônicos segundo Roma), mas Inclui 1 Esdras (não-canônico segundo Roma). O Códice Sinaítico ("Alef") omite Baruque (canônico segundo Roma), mas inclui 4 Macabeus (nãocanônico segundo Roma). O Códice Alexandrino ("A") contêm três livros apócrifos "não-canônicos": 1 Esdras e 3 e 4 Macabeus. Então acontece que até os três mais antigos mss. da LXX demonstram considerável falta de certeza quanto aos livros que compõem a lista dos Apócrifos, e que os quatorze aceitáveis à Igreja Romana não são de modo algum substanciados pelo testemunho dos grandes unciais do quarto e do quinto séculos. 20

21 Eu Creio na Bíblia (6) Uso não-católico. As Bíblias protestantes desde a Reforma com freqüência continham os livros apócrifos. Na verdade, nas igrejas anglicanas os apócrifos são lidos regularmente nos cultos públicos, ao lado dos livros do Antigo e do Novo Testamento. Os apócrifos são também usados pelas igrejas de tradição ortodoxa oriental. Refutação: O uso dos livros apócrifos entre igrejas ortodoxas, anglicanas e protestantes foi desigual e diferenciado. Muitas Bíblias contém traduções dos livros apócrifos, ainda que colocados numa seção à parte, em geral entre o Antigo e o Novo Testamento. Ainda que não-católicos façam uso dos livros apócrifos, nunca lhes deram a mesma autoridade canônica do resto da Bíblia. (7) A influência de Agostinho. Agostinho (c ) elevou a tradição ocidental mais aberta, a respeito dos livros apócrifos, ao seu apogeu, ao atribuir-lhes categoria canônica. Ele influênciou os concílios da igreja, em Hipo (393 d.c.) e em Cartago (397 d.c.), que relacionaram os apócrifos como canônicos. A partir de então, a igreja ocidental passou a usar os apócrifos em seu culto público. Refutação: O testemunho de Agostinho não é definitivo, nem isento de equívocos. Primeiramente, Agostinho às vezes faz supor que os apócrifos apenas tinham uma deuterocanonicidade e não canonicidade absoluta. Além disso, os Concílios de Hipo e de Cartago foram pequenos concílios locais, influenciados por Agostinho e pela tradição da Septuaginta grega. Nenhum estudioso hebreu qualificado teve presente em nenhum desses dois concílios. O especialista hebreu mais qualificado da época, Jerônimo, argumentou fortemente contra Agostinho, ao rejeitar a canocidade dos apócrifos. Jerônimo chegou a recusar-se a traduzir os apócrifos para o latim, ou mesmo incluí-los em suas versões em latim vulgar (Vugata latina). Só depois da morte de Jerônimo e praticamente por cima de seu cadáver, é que os livros apócrifos foram incorporados à Vulgata latina. Esta defesa dos Apócrifos, da parte de Agostinho, é contrariado por Atanásio (que morreu em 365), tão reverenciado e altamente estimado tanto pelo Oriente como pelo Ocidente como sendo o campeão da ortodoxia trinitária. 21

22 Bibliologia Na sua Trigésima Nona Carta, parágrafo 4, escreveu: "Há, pois, do Antigo Testamento vinte e dois livros"., e então relaciona na mesma ordem na qual aparecem na Bíblia protestante. (8) O Concílio de Trento. Em 1546, o concilio católico romano do pós-reforma, realizado em Trento, proclamou os livros apócrifos como canônicos. Refutação: A ação do Concílio de Trento foi ao mesmo tempo polêmica e prejudicial. Em debates com Lutero, os católicos romanos haviam citado Macabeus, em apoio à oração pelos mortos (2 Macabeus 12.45,46). Lutero e os protestantes que o seguiam desafiaram a canonicidade desse livro, citando o Novo Testamento, os primeiros pais da igreja e os mestres judeus, em apoio. O Concílio de Trento reagiu a Lutero canonizando os livros apócrifos. A ação do Concílio não foi apenas patentemente polêmica, foi também prejudicial, visto que nem os catorze livros apócrifos foram aceitos pelo Concílio. Católicos contra os apócrifos? Essa decisão, em Trento, não refletiu uma anuência universal, indisputável, dentro da Igreja Católica. Os católicos não foram unânimes quanto a inspiração divina nesses livros. Lorraine Boetner (in Catolicismo Romano) cita o seguinte: "O papa Gregório, o grande, declarou que primeiro Macabeus, um livro apócrifo, não é canônico. Nessa exata época (da Reforma) o cardeal Cajetan, que se opusera a Lutero em Augsburgo, em 1518, publicou comentário sobre todos os livros históricos fidedignos do Antigo Testamento, em 1532, omitindo os apócrifos. Antes ainda desse fato, o cardeal Ximenes havia feito distinção entre os apócrifos e o cânon do Antigo Testamento, em sua obra Poliglota com plutense ( ), que por sinal foi aprovada pelo papa Leão X. Será que estes papas se enganaram? Se eles estavam certos, a decisão do Concílio de Trento estava errada. Se eles estavam errados, onde fica a infalibilidade do papa como mestre da doutrina? Tendo em mente essa concepção, os protestantes em geral rejeitaram a decisão do Concílio de Trento, que não tivera base sólida. A canonização que receberam no Concílio de Trento não recebeu o apoio da história. A decisão desse Concílio foi polêmica e recheada de preconceito, como já o demonstramos. 22

23 Eu Creio na Bíblia Que os livros apócrifos, seja qual for o valor devocional ou eclesiástico que tiverem, não são canônicos, comprova-se pelos seguintes fatos: 1. A comunidade judaica jamais os aceitou como canônicos. 2. Não foram aceitos por Jesus, nem pelos autores do Novo Testamento. 3. A maior parte dos primeiros grandes pais da igreja rejeitou sua canonicidade. 4. Nenhum concilio da igreja os considerou canônicos senão no final do século IV. 5. Jerônimo, o grande especialista bíblico e tradutor da Vulgata, rejeitou fortemente os livros apócrifos. 6. Muitos estudiosos católicos romanos, ainda ao longo da Reforma, Rejeitaram os livros apócrifos. 7. Nenhuma igreja ortodoxa grega, anglicana ou protestante, até a presente data, reconheceu os apócrifos como inspirados e canônicos, no sentido integral dessas palavras. À vista desses fatos importantíssimos, torna-se absolutamente necessário que os cristãos de hoje jamais usem os livros apócrifos como se foram Palavra de Deus, nem os citem em apoio autorizado a qualquer doutrina cristã. (9) A comunidade do Mar Morto. Os livros apócrifos foram encontrados entre os rolos da comunidade do Mar Morto, em Qumran. Alguns haviam sido escritos em hebraico, o que seria indício de terem sido usados por judeus palestinos antes da época de Jesus. Refutação: Muitos livros não-canônicos foram descobertos em Qumran, dentre os quais comentários e manuais. Era uma biblioteca que continha numerosos livros não tidos como inspirados pela comunidade. Visto que na biblioteca de Qumran não se descobriram comentários nem citações autorizadas sobre os livros apócrifos, não existem evidências de que eram tidos como inspirados. Podemos presumir, portanto, que aquela comunidade cristã não considerava os apócrifos como canônicos. 23

24 Bibliologia A história do cânon do N.T foi bem diferente do V.T. Não havia uma entidade ou organização que colecionassem os livros inspirados. Desde o começo a Igreja sempre foi uma comunidade internacional, então não havia como ter um único lugar de coleção destes livros considerados sagrados. Os escritos sagrados eram copiados e colecionados nas diversas comunidades espalhadas. Por isso o processo para canonização dos escritos do Novo testamento levou alguns séculos. O Novo Testamento foi completado em menos de 100 anos, pois seu último livro, o apocalipse, foi escrito cerca de 96 D.C. Isto é, dá um total de anos para a formação de ambos os Testamentos ( ). Levando em conta que a cronologia Bíblica é sempre aproximada, pois os povos orientais não tinham um sistema fixo de computação de datas. Quando se fala do espaço total de tempo, que vai da escrita do pentateuco ao apocalipse, é preciso intercalar os 400 anos do período interbíblico ocorrido entre os Testamentos, o que dará um total de 1542 anos ( ). Por isso se diz que a Bíblia foi escrita no espaço de 16 séculos. Este é o período no Qual o cânon foi completado. Embora o cânon tenha ficado na realidade completo no próprio momento em que se terminou de escrever o último livro que o compõe, o reconhecimento definitivo do cânon por parte da Igreja universal foi um processo que precisou de vários séculos. O reconhecimento e a delimitação do cânon do Novo Testamento não foi o resultado da decisão de uma autoridade única nem de uma decisão conciliar. No início os discípulos era o cânon vivo era de foto as testemunhas oculares, que confirmavam seus escritos. Mas com o passar dos tempos, e a mortos dos apóstolos houve alguns estímulos para que se coligissem oficialmente os livros. A princípio os 27 livros do canônicos do Novo Testamento foram reconhecidos oficialmente. A partir daí não houve movimentos dentro do Cristianismo no sentido de acrescentar ou eliminar livros. O cânon do Novo Testamento encontrou acordo geral no seio da igreja universal. Os cristãos eram admoestados a ler continuamente as Escrituras, (1 Tm 4:11,13). 24

25 25 Eu Creio na Bíblia A única maneira pela qual se poderia realizar isso no seio de um número crescente de igrejas era fazer cópias, de tal sorte que cada igreja ou grupo de igrejas tivesse sua própria compilação de escritos autorizados. Só ao longo dos anos os primeiros cristãos iam recebendo, lendo e colecionando as cartas apostólicas, cheias de autoridade divina, lançando assim o alicerce de uma coleção crescente de documentos inspirados (Cl 4:16; 1 Ts 5:27). Assim, o processo de canonização desde o início da igreja estava em andamento. As primeiras igrejas foram exortadas a selecionar apenas os escritos apostólicos fidedignos. Desde que determinado livro fosse examinado e dado por autêntico, fosse pela assinatura, fosse pelo emissário apostólico, era lido na igreja e depois circulava entre os crentes de outras igrejas e cidades. O Evangelho estava espalhado pelo mundo, e cada igreja zelava pelas guarda de seus livros, enquanto cada província evangélica possuía a sua porção especial das Escrituras. Mas alguns fatores surgiram que levaram a necessidade de se definir o cânon do Novo Testamento. Entre eles estavam: (1) As heresias. Desde o início havia escritos falsos, nãoapostólicos, em circulação (Lc 1:1-4; 2 Ts 2:20; 2 Ts 3:17). Entre muitos podemos citar, um herege, Marcião (cerca de 140 A.D.), desenvolveu seu próprio cânon e começou a divulgá-lo. A igreja precisava contrabalançar essa influência decidindo qual era o verdadeiro cânon das Escrituras do Novo Testamento. Por isso escreveu Lucas em seu Evangelho à respeito sobre a vida de Jesus Cristo, Já que havia nesse tempo alguns relatos inexatos em circulação da vida de Cristo. Sabemos que os cristãos foram advertidos quanto as falsas cartas que lhe teriam sido enviadas em nome do apóstolo Paulo. João, em seu evangelho destrui uma crendice que circulava no seio da igreja do século I, segundo o qual ele jamais morreria (Jo. 21: 23,24). Em sumo, podemos dizer que no seio da igreja havia um processo seletivo em operação. Por isto a seleção foi tão criteriosa e alguns livros canônicos inicialmente foram rejeitados. Toda e qualquer palavra de Cristo, era submetido ao ensino apostólico, de tal autoridade. Se tal palavra ou obra não pudesse ser comprovada pelas testemunhas oculares era rejeitada, (Lc.1:2; At, 1:21)

26 Bibliologia (2) Muitas igrejas orientais estavam empregando nos cultos livros que eram claramente espúrios. Isso requeria uma decisão urgente concernente ao cânon. (3) O edito de Diocleciano (303 A.D.) determinou a destruição dos livros sagrados dos cristãos. Quem desejava morrer por um simples livro religioso? Eles precisavam saber quais eram os verdadeiros livros, e conserva-los em circulação. (4) Depois a política passou a influir na igreja primitiva. As perseguições do Imperador Diocleciano foram muitas. Mas Constantino (um novo imperador) se convertera ao Cristianismo, e este pediu que fosse necessário a criação da lista dos livros canônicos. A combinação dessas forças exerceu pressão sob os primeiros pais da igreja para produzirem uma lista oficial dos livros canônicos. Exigia-se um pronunciamento oficial da igreja a respeito do cânon. Pois visto que toda a escritura era proveitosa para a doutrina, tornouse cada vez mais necessário definir os limites do legado doutrinário apostólico. A Igreja viu-se na obrigação de estabelecer o número exato de livros que constituiria o cânon do NT. Este trabalho geralmente se estende por vários séculos, e neles surgem vários fatores literários, social e teológica. Pertencia às autoridades religiosas o estabelecimento definitivo de um cânon de livros sagrados, e isso se fazem através de um concilio, (ou utilizando outra forma de decisão, através da autoridade eclesiástica). No início do primeiro século havia um processo seletivo em operação. Toda e qualquer palavra a respeito de Cristo, oral ou escrita, era submetida ao ensino dos apóstolos (1 Jo 1:3; 2 Pe 1:16). Muitos outros ditos evangelhos foram feitos, só que não se encaixaram nos critérios que foram postos, pois mesmo dizendo que era evangelho de Tomé ou Pedro nada foi comprovado. A partir daí a igreja passou a questionar esses livros sagrados mediante alguns critérios; como veremos agora. 26

27 Eu Creio na Bíblia (1) Apostolicidade: O livro deveria ter sido escrito por um dos apóstolos ou por autor que tivesse relacionamento com um dos apóstolos. (2) Conteúdo do Livro: O livro deveria possuir qualidades espirituais, e qualquer ficção que nele fosse encontrada tornava o escrito inaceitável. Os Livros segundo a tradição deveria ter e a doutrina dos apóstolos. (3) Inspiração: O livro deveria possuir evidências de inspiração Divina. Houve rejeição de livros escritos mais tarde, após o tempo dos apóstolos. Também foram rejeitados os escritos ridículos ou fabulosos - Entre esses podemos enumerar a maior parte dos livros apócrifos, o evangelho de Tomé, os evangelhos de André, os Atos de Paulo, o Apocalipse de Pedro e etc. (4) A autoridade de um livro - O livro é autorizado? - Veio de Deus? Cada livro da Bíblia traz uma reivindicação de autoridade divina. A expressão "Assim diz o Senhor" está presente na Bíblia com freqüência. Se faltasse a um livro a Autoridade de Deus, esse era considerado não canônico, não sendo incluído no cânon sagrado. Os livros dos profetas eram facilmente reconhecidos como canônicos por esse princípio de autoridade. A expressão repetida "e o Senhor me disse" ou " "a palavra do Senhor veio a mim" è evidência abundante de sua autoridade divina. (5) Universalidade: Quando era impossível demonstrar a autenticidade apostólica, o critério era a circulação do livro na comunidade cristã. O livro deveria ser aceito universalmente pela igreja. Alguns livros jamais foram aceitos por falta de circulação, na igreja universal, pois circulavam somente em certos setores da igreja. Os livros só eram circulados pelas igrejas, caso fossem examinados e dado por autêntico. Lá pelo final do século I, já todos os 27 livros do Novo Testamento haviam sido recebidos e reconhecidos pelas igrejas cristãs. Mas, por motivo da multiplicidade dos falsos escritos, e da falta de acesso imediato as condições relacionadas ao recebimento inicial de um livro, o debate a respeito do cânon prosseguiu por vários séculos, até que universalmente a igreja reconheceu a canonicidade dos 27 livros do Novo Testamento. 27

28 Bibliologia (06) A natureza dinâmica de um livro. Possui o poder que transforma vidas? "... A palavra de Deus é viva e eficaz..." (Hb. 4:12) O resultado é que ela pode ser usada para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir, em justiça (2Tm. 3:16-17). O apóstolo Paulo revelou-nos que a habilidade dinâmica das escrituras inspiradas estava na aceitação das Escrituras, como um todo, como mostra em 2 Tm. 3: Disse Paulo a Timóteo:" as Sagradas Escrituras podem fazer-te sábio para a Salvação. A partir daí, outros livros e mensagens foram rejeitados porque apresentavam falsas esperanças. (1Rs. 22:6-8) ou faziam rugir alarmes falsos (2Ts. 2:2). (7) A confiabilidade de um livro. É digno de confiança? Fala a verdade a cerca de Deus? Outro sinal característico da inspiração é o ser um livro digno de confiança. A vista desse princípio, os crentes de beréia aceitaram os ensinos de Paulo e pesquisaram as Escrituras, para verificar se o que o apóstolo estava ensinando, estava de fato de acordo com a revelação de Deus no A.T. Alguns livros canônicos foram questionados a base nesse mesmo princípio como o livre de Ester a carta de judas e a de Tiago. (8) A autoria profética de um livro. Foi escrito por um servo de Deus? (2 Pe. 1:10-21). A palavra de Deus só foi entregue a seu povo mediante os profetas de Deus. (Hb. 1:1). Paulo exorta o povo de Deus em Gálata, dizendo que suas cartas deveriam ser aceitas porque ele era apóstolo de Paulo. Isto porque todos os livros que não proviam por profetas nomeados por Deus, deveriam ser rejeitados, (2 Ts. 2:2). (9) Universalidade: Quando era impossível demonstrar a autenticidade apostólica, o critério era a circulação do livro na comunidade cristã. O livro deveria ser aceito universalmente pela igreja. Alguns livros jamais foram aceitos por falta de circulação, na igreja universal, pois circulavam somente em certos setores da igreja. Os livros só eram circulados pelas igrejas, caso fossem examinados e dado por autêntico. Lá pelo final do século I, já todos os 27 livros do Novo Testamento haviam sido recebidos e reconhecidos pelas igrejas cristãs. Mas, por motivo da multiplicidade dos falsos escritos, e da falta de acesso imediato as condições relacionadas ao recebimento inicial de um livro, o debate a respeito do cânon prosseguiu por vários séculos, até que universalmente a igreja reconheceu a canonicidade dos 27 livros do Novo Testamento. 28

29 Eu Creio na Bíblia (10) A aceitação de um livro. É aceito pelo povo de Deus para o qual foi originalmente escrito? A Marca final de um documento escrito autorizado é seu reconhecimento pelo povo de Deus ao qual originalmente se havia destinado. Se determinado livro fosse recebido, coligido e usado como força de Deus, pelas pessoas a quem originariamente se havia destinado, ficava comprovada a sua canonicidade. É por essa razão que o reconhecimento definitivo completo, por toda a igreja cristã, dos 66 livros do cânon das Escrituras Sagradas exigiu tantos anos. Os livros de Moisés foram aceitos imediatamente pelo povo de Deus. As cartas de Paulo foram recebidas imediatamente, recebidas pelas igrejas às quais haviam sido dirigidas (1Ts. 12:13), e até pelos demais apóstolos (2Pe. 3:16). Já alguns escritos foram rejeitados pelo povo de Deus, por não apresentarem autoridade divina. Esse princípio de aceitação levou alguns a questionar durante algum tempo certos livros da Bíblia, como 2 e 3 João são de natureza particular e de circulação restrita; É compreensível, pois que houvesse alguma relutância em aceitá-los, até que essas pessoas em dúvida tivessem absoluta certeza de que tais livros haviam sido recebidos pelo povo de Deus do século como cartas do apóstolo João. (11) Leitura em Público: Nenhum livro seria admitido para leitura pública na igreja se não possuísse características próprias. Muitos livros eram bons e agradáveis para leitura particular, mas não podiam ser idos e comentados publicamente, como se fazia com a lei e os profetas na sinagoga. É a esta leitura que Paulo exorta Timóteo a praticar (I Tm.4:13). Paulo havia ordenado aos Tessalonicenses: "Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os santos irmãos" (1Ts. 5:27). A leitura em público das palavras autorizadas de Deus era um costume antigo. Moisés e Josué o praticaram, ( Ex. 24:7; Js. 8:34). Enfim, as igrejas estavam envolvidas num processo incipiente de canonização. Essa aceitação original de um livro, o qual era autorizadamente lido nas igrejas, teria importância crucial para o reconhecimento posterior de um livro canônico. Obs: A Bíblia é auto-autenticável e os concílios eclesiásticos só reconheceram (não atribuíram) a autoridade inerente nos próprios livros. Deus guiou os concílios de modo que o cânon fosse reconhecido. 29

30 Bibliologia No período da seleção alguns livros foram classificados inicialmente como: (1) Homologoumena: (significa: falar como um). São os livros bíblicos que foram aceitos por todos. Em geral, 20 dos 27 livros do N. T. foram aceitos por todos. Exceto: Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse. Outros três livros, Filemom, 1 Pedro e 1 João, foram omitidos, não questionados. (2) Antilegomena: (significa: falar contra). São os livros bíblicos que em certa ocasião foram questionados por alguns. De acordo com o historiador cristão Eusébio, houve 7 livros cuja autenticidade foi questionada por alguns dos pais da igreja, e por isso ainda não haviam obtido reconhecimento universal por volta do século IV. Isso não significa que não haviam tido aceitação inicial por parte das comunidades apostólicas. Tampouco, o fato de terem sido questionados, em certa época, por alguns estudiosos, é indício de que sua presença no cânon seja menos firme que os demais livros. Ao contrário, o problema básico a respeito da aceitação da maioria desses livros não era sua inspiração ou falta de inspiração, mas sim, a falta de comunicação entre o Oriente e o Ocidente a respeito de sua autoridade divina. São eles: Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse. > Hebreus: foi basicamente a anonimidade do autor que suscitou dúvidas. Por isso, o livro permaneceu sob suspeita para os cristãos do Oriente, que não sabiam que os crentes do Ocidente o haviam aceito como autorizado e inspirado. Outro fator que influenciou foi o fato de que o heréticos terem recorrido a Hebreus em apoio a algumas de suas concepções errôneas, o que fez demorar sua aceitação nos círculos ortodoxos. Ao redor do século IV, no entanto, sob a influência de Jerônimo e Agostinho, esse livro encontrou lugar permanente no cânon. > Tiago: sua veracidade e autoria foram desafiadas. Os primeiros leitores atestaram que era o Tiago, irmão de Jesus (At 15 e Gl 1). Todavia, a igreja ocidental não teve acesso a essa informação. Também houve a questão do aparente conflito com o ensino de Paulo sobre a justificação pela fé somente. No entanto, sua aceitação como canônico baseia-se na compreensão de sua compatibilidade essencial com os ensinos paulinos. 30

31 31 Eu Creio na Bíblia > 2 Pedro: foi a carta que mais ocasionou dúvidas quanto à sua autenticidade. Isso deveu-se à diferença de estilo com a primeira carta de Pedro. As diferenças, porém, podem ser explicadas facilmente, por causa do emprego de um escriba em 1 Pedro, o que não ocorreu em 2 Pedro (1 Pe 5:12). > 2 e 3 João: o fato do seu questionamento foi porque o escritor se identificou apenas como o presbítero e, além da anonimidade, sua circulação foi limitada. Porém, a semelhança de estilo e de mensagem com 1 João, que já havia sido aceita, mostrou ser óbvio que 2 e 3 João vieram também do apóstolo João. > Judas: a confiabilidade desse livro foi questionada por alguns. A contestação centrava-se nas referências ao livro pseudepígrafo de Enoque (Jd 14, 15) e numa possível referência ao livro Assunção de Moisés (Jd 9). Porém, suas citações não são diferentes das citações feitas por Paulo de poetas não-cristãos (At 17:28; 1 Co 15:33; Tt 1:12). O que Judas fez foi citar um fragmento de verdade encravada naqueles livros e não dizer que eles têm autoridade divina. Sua canonicidade foi reconhecida pelos primeiros pais da igreja (Ireneu, Clemente de Alexandria, Tertuliano). O Papiro Bodmer, recentemente descoberto, confirma o uso de Judas ao lado de 2 Pedro, na igreja do século III. > Apocalipse: A doutrina do milenarismo (Ap 20) foi o ponto central da controvérsia, que durou até fins do século IV. Como os montanistas heréticos agregaram seus ensinos heréticos ao livro de Apocalipse, no século III, a aceitação definitiva desse livro acabou sofrendo uma demora. A partir do momento em que se tornou evidente que esse livro estava sendo mal usado pelas seitas, embora tivesse sido escrito por intermédio de João (Ap 1:4; 22:8-9), e não dentre os hereges, assegurou-se o lugar definitivo no cânon sagrado. Alguns pais da igreja haviam se posicionado contra esses livros, por causa da falta de comunicação, ou por causa de más interpretações. A partir do momento em que a verdade passou a ser do conhecimento de todos, tais livros foram aceitos plena e definitivamente, passando para o cânon sagrado, da forma exata como haviam sido reconhecidos pelos cristãos primitivos desde o início. (3) Pseudepígrafos: (significa: falsos escritos).

32 Bibliologia Livros não-bíblicos rejeitados por todos. Durante os séculos II e III, numerosos livros espúrios e heréticos surgiram. A corrente principal do cristianismo seguia Eusébio, que os chamou de livros totalmente absurdos e ímpios. Esses livros têm apenas interesse histórico. O conteúdo deles resume-se em ensinos heréticos, carregados de erros gnósticos (seita filosófica que arrogava para si conhecimento especial dos mistérios divinos), docéticos (ensinavam a divindade de Cristo, mas negavam sua humanidade, alegando que Ele só tinha a aparência de ser humano) e ascéticos (os monofisistas ascéticos ensinavam que Cristo tinha uma única natureza, uma fusão do divino com o humano). Tais livros revelavam desmedida fantasia religiosa. Evidenciavam uma curiosidade para descobrir mistérios não revelados nos livros canônicos (como a infância de Jesus). Eles, na maior parte, não haviam sido aceitos pelos pais primitivos da igreja, nem pelas igrejas, não sendo, portanto, considerados canônicos. O número exato desses livros é difícil de apurar. Por volta do século XIX, Fótio havia relacionado cerca de 280 obras. Depois apareceram outras. São eles: > Evangelhos: O Evangelho de Tomé, O Evangelho dos ebionitas, O Evangelho de Pedro, O Proto-Evangelho de Tiago, O Evangelho dos egípcios, O Evangelho arábico da infância, O Evangelho de Nicodemos, O Evangelho do carpinteiro José, A História do carpinteiro José, O passamento de Maria, O Evangelho da natividade de Maria, O Evangelho de um Pseudo-Mateus, Evangelho dos doze, de Barnabé, de Bartolomeu, dos hebreus, de Marcião, de André, de Matias, de Pedro, de Filipe. > Atos: Os Atos de Pedro, Os Atos de João, Os Atos de André, Os Atos de Tomé, Os Atos de Paulo, Atos de Matias, de Filipe, de Tadeu. > Epístolas: A Carta atribuída a nosso Senhor, A Carta perdida aos coríntios, As (Seis) Cartas de Paulo a Sêneca, A Carta de Paulo aos laodicenses (também pode ser considerado entre os apócrifos). > Apocalipses: de Pedro (também pode ser considerado entre os apócrifos), de Paulo, de Tomé, de Estêvão, Segundo apocalipse de Tiago, Apocalipse de Messos, de Dositeu. (os 3 últimos foram descobertos em 1946, em Nag-Hammadi, no Egito). Outras obras: Livro secreto de João, Tradições de Matias, Diálogo do Salvador. (também descobertos em 1946, em Nag-Hammadi, no Egito). 32

33 Eu Creio na Bíblia (4) Apócrifos: (significa: escondidos ou duvidosos). Livros nãobíblicos aceitos por alguns, mas rejeitados por outros. Esses livros gozavam de grande estima pelo menos da parte de um pai da igreja. Tiveram, quando muito, o que Alexander Souter chamou de canonicidade temporal e local. Haviam sido aceitos por um número limitado de cristãos, durante um tempo limitado, mas nunca receberam um reconhecimento amplo ou permanente. Eram considerados mais importantes que os pseudepígrafos e faziam parte das bibliotecas devocionais e homiléticas das igrejas primitivas, pelas seguintes razões: > revelam os ensinos da igreja do século II; > fornecem documentação dos 27 livros canônicos do N.T; > fornecem informações históricas a respeito da igreja primitiva, quanto à sua doutrina e liturgia. São eles: Epístola do Pseudo-Barnabé; Epístola aos coríntios; Homilia antiga (chamada Segunda epístola de Clemente); O pastor, de Hermas (foi o livro não-canônico mais popular da igreja primitiva); O didaquê (ou Ensino dos doze apóstolos ); Apocalipse de Pedro; Atos de Paulo e de Tecla; Carta aos laodicenses; Evangelho segundo os hebreus; Epístola de policarpo aos filipenses; Sete epístolas de Inácio (este teria sido discípulo de João, mas não reivindica para si autoridade divina). A seguir uma lista de outros esscrito do Novo Testamento que foi eliminado, mas mencionado. Os seguintes textos perdidos são mencionados em História Eclesiástica, de 337 d.c., pelo bispo Eusébio de Cesaréia, o qual os suprimiu por considerá-los "heresias". > Livro de Maria > Atos de André > Atos de João > Infância I, II > Nicodemos > O Credo dos Apóstolos > Efésios II > Romanos II > Revelação de Pedro > Filipenses II > O Livro de Tiago > Epístola de Barrabas > Policarpo > Os Atos de João > Evangelho de Tomé > Livro Matias > Livro de Estevão > Revelação de Estêvão > Livro de André > Bartolomeu > Atos dos Apóstolos II > Hebreus II) > Livro de Jude > Os Atos de Filipe 33

34 Bibliologia Os 66 livros existentes nas Bíblias Evangélicas foram aprovados pelos judeus, pela Igreja Primitiva e inclusive, pela própria Igreja Católica Romana em alguns dos seus Concílios. Os primeiros concílios eclesiásticos a reconhecerem todos os 27 livros do Novo Testamento foi o de Hipona e o de Cartago, em 397 d.c. Alguns livros do Novo Testamento, individualmente, já haviam sido reconhecidos como canônicos muito antes disso (II Pd. 3:16; I Tm. 5:18), e a maioria deles foi aceita como canônicos no século posterior ao dos apóstolos, embora alguns como Hebreus, Tiago, II Pedro, II e III João e Judas tivessem sido debatidos durante algum tempo. A seleção do cânon sagrado foi um processo que continuou até que cada livro provasse o seu valor, passando pelos testes de canonicidade. > O Concílio de Laodicéia (363 A.D.) > O Concílio de Damause I (366 a 384 A.D.) > Concílio de Hipo (393 A.D.) > Concílio de Cartago (397 A.D.) > O Concílio de Inocente I (402 a 417 A.D.) > O Concílio de Gelasius I (492 a 496 A.D.) > O Concílio de Hermidas (520 a 523 A.D.) > Concílio de Florença (1441 A.D.) Em todos estes Concílios, os livros aceitos como canônicos foram os mesmos 66 que constam nas Bíblias Evangélicas, e não os 73 constantes das Bíblias Católicas. Porém, no Concílio de Trento, em 1546, depois da reforma Protestante foi que a Igreja Católica Romana decidiu incluir os tais 7 livros apócrifos e alguns fragmentos aos livros de Ester e Daniel. Quanto mais a igreja católica afirmava que a nossa Bíblia é que era falsa, mais surgiam-se provas da veracidade da nossa Bíblia. Até hoje os 66 livros constados na Bíblia dos evangélicos é que são oficialmente oficializados como canônicos; e não os 7 a mais da Bíblia dos católicos. Que por sinal em um dos seus livros apócrifos, o próprio autor pede perdão pelo que escreve. 34

35 Eu Creio na Bíblia 1) Concílio de Jâmnia É o nome dado a um concílio que teria sido realizado no final do primeiro século sob a liderança do rabinoyochanan ben Zakai. O chamado Concílio de Jâmnia, realizado nos finais do séc. I d.c, destinou-se a procurar um rumo para o judaísmo, após a destruição do Templo de Jerusalém, no ano 70 d.c. Nesse concilio os participantes decidiram considerar como textos canônicos do judaísmo apenas os que existiam em língua hebraica e que remontassem ao tempo do profeta Esdras. Apesar da crítica moderna afirmar que vários livros que constam no Cânon Hebraico são posteriores ao tempo de Esdras (como é o caso do Livro de Daniel), os estudiosos explicam que os Fariseus não dispunham do método científico que existe hoje para se datar uma obra, ou mesmo para se atribuir a ela um autor. De qualquer forma, os critérios por eles adotados excluíram os livros deuterocanônicos 2) Canon de Marcião Traremos à tona um personagem do segundo século que ousadamente defendeu idéias contraditórias ao consenso da maioria e que por esta razão acabou atiçando a ira dos detentores da verdade cristã. Marcião, ainda que classificado por muitos como herege, fez pelo Cristianismo muito mais do que centenas de outros que apenas repetiram como papagaios os conceitos que lhes foram passados. Marcião (81-160) nasceu em Sinope, no Ponto, às margens do Mar Negro, filho do bispo cristão do lugar, o qual o expulsou, ainda que não saibamos o real motivo. Rico dono de muitos navios. Transferiu-se para Roma por volta de 139, filiou-se à congregação romana, destinando uma quantia volumosa em dinheiro às suas obra de benemerência. Entretanto, seu esforço no sentido de fazer com que a Igreja romana voltasse ao que ele considerava o Evangelho de Cristo e de Paulo resultaram na sua própria excomunhão, por volta de 144. Tendo a esta altura atraído muitos seguidores, fundou uma igreja separada. Marcião foi o mais sério e prático dentre os primeiros críticos do Cristianismo. 35

36 Bibliologia Cheio de energia e zelo, ainda que inquieto, rude e muitas vezes excêntrico. Marcião não era o tipo que devia ser considerado respeitador de tradições. Antes valia o contrário a seu respeito. Ele antecipou em muitos séculos as grandes perguntas relacionadas à moderna crítica bíblica e ao cânon. Ele antecipou a oposição do racionalismo ao Antigo Testamento e às chamadas Epístolas Pastorais e o debate concernente ao Jesus Histórico.. Marcião insistia que a Igreja havia obscurecido o Evangelho por procurar harmonizá-lo com as idéias do Velho Testamento. Ele e seus seguidores depois afirmavam que Jesus Cristo trouxera uma concepção de um Deus de amor, enquanto que o Deus do Velho Testamento era vingativo, criador de um mundo mal e da lei judaica, portanto devia ser rejeitado pêlos cristãos; o Deus de amor nada tinha a ver com a lei, existindo uma diferença absoluta entre justiça e misericórdia, entre ira e graça. Para ele não era pela fé na morte de Jesus que o homem é salvo, mas pela fé num Deus revelado por Jesus e isso era a negação de um dos aspectos básicos da linha tradicional da Igreja e com certo cunho modalista, afirmava que Jesus Cristo é outro nome do Deus bom.. O posicionamento e questionamento de Marcião provocaram por parte da Igreja uma resposta imediata. Esta resposta pode ser vista através de algumas ações alavancadas pêlos líderes cristãos e que ainda hoje permanecem inalteradas. O desdobramento direto dos posicionamentos de Marcião foi a elaboração do Credo Apostólico. 3) O Concílios de Hipo (393 d.c.) - O testemunho de apoio ao cânon do Novo Testamento não se limitou a vozes individuais. Dois concílios locais ratificaram os 27 livros canônicos do Novo Testamento. A variação no cânon do Antigo Testamento aceita por esses concílios já foi discutida antes. Também existe uma lista proveniente do Sínodo de Laodicéia ( ), que inclui todos os livros, menos o Apocalipse; mas onze estudiosos têm questionado a genuinidade dessa lista. O Concílio Regional de Hipona, que emitiu um decreto sobre o assunto adotando o cânon amplo: 36

37 Eu Creio na Bíblia Devemos agora tratar das Escrituras Divinas. Vejamos o que a Igreja Católica universalmente aceita e o que deve ser evitado: Começa a ordem do Antigo Testamento: um livro da Gênese, um do Êxodo, um do Levítico, um dos Números, um do Deuteronômio, um de Josué (filho de Num), um dos Juízes, um de Rute, quatro livros dos Reis, dois dos Paralipômenos, um livro de 150 salmos, três livros de Salomão (um dos provérbios, um do Eclesiastes, e um do Cântico dos Cânticos). Ainda um livro da Sabedoria e um do Eclesiástico. A ordem dos Profetas: um livro de Isaías, um de Jeremias com Cinoth (isto é, as suas lamentações), um livro de Ezequiel, um de Daniel, um de Oséias, um de Amós, um de Miquéias, um de Joel, um de Abdias, um de Jonas, um de Naum, um de Habacuc, um de Sofonias, um de Ageu, um de Zacarias e um de Malaquias. A ordem dos livros históricos: um de Jó, um de Tobias, dois de Esdras, um de Ester, um de Judite e dois dos Macabeus. A ordem das escrituras do Novo Testamento, que a Santa Igreja Católica Romana aceita e venera são: quatro livros dos Evangelhos (um segundo Mateus, um segundo Marcos, um segundo Lucas e um segundo João). Ainda um livro dos Atos dos Apóstolos. As 14 epístolas de Paulo Apóstolo: uma aos Romanos, duas aos Coríntios, uma aos Efésios, duas ao Tessalonissenses, uma aos Gálatas, uma aos Filipenses, uma aos Colossenses, duas a Timóteo, uma a Tito, uma a Filemon e uma aos Hebreus. Ainda um livro do Apocalipse de João. Ainda sete epístolas canônicas: duas do Apóstolo Pedro, uma do Apóstolo Tiago, uma de João Apóstolo, duas de outro João (presbítero) e uma de Judas Apóstolo (o zelota). A definição de Hipona foi confirmada por concílios regionais posteriores no Ocidente. Quanto ao Oriente, o Concílio de Trulos (692) repetiu a definição dos concílios anteriores, ficando assim o cânon amplo usual em toda a Igreja. Houve, sem dúvida, vozes destoantes, como a de São Jerônimo. Eis que foi para Belém estudar hebraico com os rabinos e lá assumiu o cânon de Jâmnia, mas mesmo assim traduziu para o latim os deuterocanônicos. 4) O Concílio de Cartago- Foi um concílio regional que ocorreu em 397 d.c., onde ficou determinado a aceitação dos vinte e sete livros do Novo Testamento. 37

38 Bibliologia Outro Concílio de Cartago ocorrido em 419 d.c, estabeleceu o mesmo cânon bíblico reconhecido futuramente no Concílio de Trento. O cânon estabelecido em Cartago e Hipona era de um cânon regional, mas foi aceito pela Igreja Católica, ratificado por vários concílios, como o de Roma, Florença, e o Concílio de Trento, um concílio ecumênico. Os protestantes não incluem em suas Bíblias os sete livros deuterocanônicos do Antigo Testamento. O Concílio de Trento, em 1546 d.c., estabelece, contudo, que esses sete livros são inspirados. E embora Agostinho tivesse sido a principal figura inspiradora desses concílios, e aceitasse os apócrifos, não os colocava ao mesmo nível de autoridade que o cânon palestino. Uma coisa deve ser enfaticamente declarada. Os livros do N.T Testamento não se tornaram autoritativos para a Igreja, porque foram formalmente incluídos numa lista canónica; pelo contrário, a Igreja incluiu-os no seu cânon porque ela já os considerava como divinamente inspirados, reconhecendo o seu valor inato e a sua geral autoridade apostólica, directa ou indirecta. Os primeiros concílios eclesiásticos a classificar os livros canónicos foram ambos realizados no Norte de África - em Hippo Regius em 393 e em Cartago, em mas o que estes concílios fizeram não foi impor algo novo às comunidades Cristãs, mas codificar o que já era a prática geral dessas comunidades." (F.F. Bruce, "The New Testament Documents - Are They Reliable?", p. 27). As reivindicações que a igreja romana faz sobre o cânon são historicamente insustentáveis. Ela sugere que nós deveríamos receber seus ensinos como autoridade suprema por causa desta questão do cânon, pressupondo que foi ela quem nos deu a lista correta dos livros canônicos. Mas isto equivale aos fariseus exigirem que Jesus recebesse seus ensinos como autoridade suprema simplesmente porque como Judeus eles tinham determinado que livros faziam parte do cânon. Mesmo que as reclamações da Igreja Romana estivessem corretas com respeito ao cânon, isto não prova de maneira alguma que ela está automaticamente correta em todas as áreas pertinentes à sã doutrina, e que nós deveríamos obedecê-la e receber como autenticas suas doutrinas extrabíblicas, não mais do que Jesus deveria receber as doutrinas ou seguir os fariseus hipócritas. As principais doutrinas romanas contradizem as sagradas escrituras tais como a Tradição Oral, o Papado, Maria, os sacramentos, o purgatório, além do que o seu cânon é diferente do cânon da igreja primitiva. Enfim! o cânon surgiu para que houvesse uma separação entre o certo e o errado. Pois não podemos viver- nos indecisos. 38

39 Eu Creio na Bíblia Atanásio de Alexandria (367 A.D.) nos apresenta a mais antiga lista de livros do Novo Testamento que é exatamente igual à nossa atual. A lista faz parte do texto de uma carta comemorativa escrita às igrejas. Logo após atanásio, dois escritores, Jerônimo e Agostinho, definiram o cânon de 27 livros. Policarpo (115 A.D.), Clemente e outros referemse aos livros do Antigo e do Novo Testamento com a expressão "como está escrito nas Escrituras". Irineu (180 A.D ).F.F. Bruce escreveu acerca do significado de Irineu: "A importância de Irineu está no seu vínculo com a era apostólica e nos seus relacionamentos ecumênicos. Educado na Ásia menor, aos pés de Policarpo, o discípulo de João, Irineu tornou-se bispo de Lion, Gália, em 180 A.D. Seus escritos confirmam o reconhecimento canônico dos quatro evangelhos, Atos, Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, 1 Pedro e 1 João e Apocalipse. Inácio ( A.D.): "Não quero dar-lhes mandamentos tal como fizeram Pedro e Paulo; eles foram apóstolos..." (Aos Tralianos 3.3). Os concílios da igreja. É uma situação bastante parecida com a do Antigo Testamento (veja capítulo 3, 6C, o concílio de Jâmnia). F.F. Bruce afirma que "quando finalmente um concílio da igreja - o sínodo de Hipona (393 A.D.) - elaborou uma lista dos vinte e sete livros do Novo Testamento, não conferiu-lhes qualquer autoridade que já não possuíssem, mas simplesmente registrou a canonicidade previamente estabelecida. Desde então não tem havido qualquer restrição séria aos 27 livros aceitos do Novo Testamento, quer por católico - romanos quer por protestantes. F.F. Bruce nasceu na Escócia, e foi educado na universidades. Depois de ensinar grego por vários anos tornou-se chefe do Departamento de História e Literatura Bíblica na Universidade de Sheffield em Em 1959, mudou-se para a Universidade de Manchester, onde se tornou professor de crítica bíblica e Exegese. Em sua carreira, escreveu cerca de trinta e três livros, e atuou como editor dos periódicos trimestrais. 39

PARTE III - A extensão do cânon do Antigo Testamento. 5. Natureza e número dos apócrifos do Antigo Testamento

PARTE III - A extensão do cânon do Antigo Testamento. 5. Natureza e número dos apócrifos do Antigo Testamento PARTE III - A extensão do cânon do Antigo Testamento 5. Natureza e número dos apócrifos do Antigo Testamento Há quinze livros chamados apócrifos (catorze se a Epístola de Jeremias se unir a Baruque, como

Leia mais

APÓCRIFOS LIVROS APÓCRIFOS. Aula 1 Introdução. Guilherme A. Wood. Guilherme Wood

APÓCRIFOS LIVROS APÓCRIFOS. Aula 1 Introdução. Guilherme A. Wood. Guilherme Wood LIVROS APÓCRIFOS Aula 1 Introdução Guilherme A. Wood Perguntas: Por que a Bíblia contém estes livros? Por que a Bíblia Católica contém alguns livros a mais? Por que alguns outros livros despertam o interesse

Leia mais

Verificação de Aprendizagem Glossário. Página 1

Verificação de Aprendizagem Glossário. Página 1 4.1. Definição de Cânon 4.2. Necessidade de um Cânon das Escrituras 4.3. O Cânon do Antigo Testamento 4.4. O Cânon do Novo Testamento 4.5. Cronologia do Cânon Verificação de Aprendizagem Glossário Página

Leia mais

Objeto de estudo: Os livros Apócrifos!

Objeto de estudo: Os livros Apócrifos! Objeto de estudo: Os livros Apócrifos! Versículo-chave: 2Pe 1.21 porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito

Leia mais

APÓCRIFOS LIVROS APÓCRIFOS. Aula 4 Canônicos e Apócrifos do Novo Testamento. Guilherme A. Wood. Guilherme Wood

APÓCRIFOS LIVROS APÓCRIFOS. Aula 4 Canônicos e Apócrifos do Novo Testamento. Guilherme A. Wood. Guilherme Wood LIVROS APÓCRIFOS Aula 4 Canônicos e Apócrifos do Novo Testamento Guilherme A. Wood Perguntas: Por que a Bíblia contém 27 livros no NT? Por que alguns outros livros despertam o interesse de sites na internet

Leia mais

Noções Gerais sobre a Bíblia Parte 1 Curso Aprendizes do Evangelho Aula 2

Noções Gerais sobre a Bíblia Parte 1 Curso Aprendizes do Evangelho Aula 2 Noções Gerais sobre a Bíblia Parte 1 Curso Aprendizes do Evangelho Aula 2 A Bíblia é considerado o livro mais importante dentre todos os que já foram escritos em todos os tempos e lugares, o mais editado

Leia mais

QUE SÃO Ã E COMO SURGIRAM OS LIVROS APÓCRI

QUE SÃO Ã E COMO SURGIRAM OS LIVROS APÓCRI QUE S Ã O E COMO SURGIRAM LIVROS AP Ó CRIFOS A BÍBLIA E SUA COMPOSIÇÃO 1. A PRIMEIRA FORMA DIVINA DE COMUNICAÇÃO : PESSOAL - GÊN.1:28 DEUS OS ABENÇOOU DE MUITOS E LHES DISSE: DESSES LIVROS A BÍBLIA É O

Leia mais

Doutrina. a c e r c a d a : Breve Exposição das Principais Doutrinas Cristã - Introdução. Vidanova I G R E J A B A T I S T A

Doutrina. a c e r c a d a : Breve Exposição das Principais Doutrinas Cristã - Introdução. Vidanova I G R E J A B A T I S T A Doutrina a c e r c a d a : ola criptura : Definição: Revelação é, em termos teológicos, o processo pelo qual Deus desvenda ao o Seu caráter e Sua vontade. : a. Revelação Geral b. Revelação Especial : a.

Leia mais

Verificação de Aprendizagem Glossário. Página 1

Verificação de Aprendizagem Glossário. Página 1 5.1. Definições 5.2. Por Que os Livros Apócrifos Foram Rejeitados 5.3. Por Que os Apócrifos Não São Inspirados 5.4. A Inclusão dos Deuterocanônicos na Versão Católica Romana 5.5. Lista de Livros Apócrifos

Leia mais

Hebraico: Para o Antigo Testamento e Grego: Para o Novo Testamento.

Hebraico: Para o Antigo Testamento e Grego: Para o Novo Testamento. Aluno: Jeorge Sávio CAPÍTULO 1 A Bíblia 1 Atualmente a Bíblia está traduzida em quantas línguas? Hebraico: Para o Antigo Testamento e Grego: Para o Novo Testamento. 2 De onde deriva o termo Bíblia? A palavra

Leia mais

Fatos: Acontecimentos: - A criação - O dilúvio - Formação do povo de Deus - Vida no deserto - Conquista da terra prometida - As dominações

Fatos: Acontecimentos: - A criação - O dilúvio - Formação do povo de Deus - Vida no deserto - Conquista da terra prometida - As dominações O Antigo Testamento é uma coleção de 39 livros onde encontramos a história de Israel, o povo que Deus escolheu para com ele fazer uma aliança. Portanto, o Antigo Testamento é a história de um povo: mostra

Leia mais

Lição 1. A plenitude dos tempos 1 O mundo judaico

Lição 1. A plenitude dos tempos 1 O mundo judaico Lição 1 A plenitude dos tempos 1 O mundo judaico Alvo da lição Saber Conhecer as principais contribuições do mundo judaico para o evangelho. Sentir Demonstrar gratidão a Deus por ter preservado importantes

Leia mais

COMO A BÍBLIA CHEGOU ATÉ NÓS? Origem e transmissão do texto bíblico

COMO A BÍBLIA CHEGOU ATÉ NÓS? Origem e transmissão do texto bíblico COMO A BÍBLIA CHEGOU ATÉ NÓS? Origem e transmissão do texto bíblico Principal material utilizado para receber uma escrita. MATERIAIS USADOS PARA ESCREVER Atualmente o papel é a principal forma para receber

Leia mais

Curso de Teologia Prof. Márcio Ruben. Capítulo 2. Esta matéria trata da Bíblia: Sua formação, seu desenvolvimento e seu fechamento.

Curso de Teologia Prof. Márcio Ruben. Capítulo 2. Esta matéria trata da Bíblia: Sua formação, seu desenvolvimento e seu fechamento. Capítulo 2 Bibliologia Introdução Esta matéria trata da Bíblia: Sua formação, seu desenvolvimento e seu fechamento. Estudaremos os materiais utilizados: pergaminho, papiro, tipo de escrita, línguas utilizadas,

Leia mais

Evangelho Boa Nova. Introdução

Evangelho Boa Nova. Introdução Evangelho Boa Nova Introdução História O Antigo Testamento contém a história do povo hebreu e foi escrito durante um período de mais de mil anos, até aproximadamente o final do século III a.c. O processo

Leia mais

LINHA DO TEMPO DE EVENTOS BÍBLICOS IMPORTANTES. Esta breve linha do tempo representa os eventos-chave cobertos pela Bíblia:

LINHA DO TEMPO DE EVENTOS BÍBLICOS IMPORTANTES. Esta breve linha do tempo representa os eventos-chave cobertos pela Bíblia: Você se sentirá mais confiante sobre seus estudos bíblicos quando vir a linha do tempo dos eventos importantes narrados na Bíblia, tiver uma compreensão dos livros que a compõem e como eles são organizados,

Leia mais

PANORAMA BÍBLICO SEEC PARANÁ 2018

PANORAMA BÍBLICO SEEC PARANÁ 2018 PANORAMA BÍBLICO SEEC PARANÁ 2018 A palavra BÍBLIA vem do grego biblos (livros), plural de biblion (livro). A Bíblia realmente é uma coleção de livros, estando divididos em duas seções, que são o Antigo

Leia mais

Programa de Leitura da Bíblia. Teologia Faberj. Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e luz para os meus caminhos.

Programa de Leitura da Bíblia. Teologia Faberj. Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e luz para os meus caminhos. Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e luz para os meus caminhos. (Salmo 119:105) 0 PROGRAMA DE LEITURA DA BÍBLIA A leitura da Bíblia Sagrada é de suma importância para todos os estudantes da Palavra

Leia mais

Devocional. Céus Abertos Pastor Carlito Paes

Devocional. Céus Abertos Pastor Carlito Paes BÍBLIA Devocional Céus Abertos Pastor Carlito Paes 2 ROTEIRO BÍBLIA: ENTENDENDO A PALAVRA DE DEUS O que devo conhecer sobre a bíblia? Diversidade dos Autores Condições de alguns autores quando foram inspirados

Leia mais

Os escritores foram movidos pelo Espírito Santo, e por isso a inspiração se dá quando registram mensagens sopradas por Deus.

Os escritores foram movidos pelo Espírito Santo, e por isso a inspiração se dá quando registram mensagens sopradas por Deus. Os escritores foram movidos pelo Espírito Santo, e por isso a inspiração se dá quando registram mensagens sopradas por Deus. 1. A Inspiração é Conceitual Deus fala ao profeta, dando-lhe ideias e pensamentos,

Leia mais

A FORMAÇÃO DO CANON DO NOVO TESTAMENTO

A FORMAÇÃO DO CANON DO NOVO TESTAMENTO 1 A FORMAÇÃO DO CANON DO NOVO TESTAMENTO Os vinte e sete livros do Novo Testamento provavelmente só foram preservados por se acharem em conexão com as coleções eclesiásticas, e não por terem sido copiados

Leia mais

Evangelhos e atos. Observações

Evangelhos e atos. Observações NOVO TESTAMENTO Muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas. Ultimamente nos falou por seu Filho (Hebreus 1,1-2) EVANGELHOS E ATOS Evangelhos e atos Os melhores recursos

Leia mais

Canonicidade. Aprovar, certificar ou proclamar santo. Sempre houveram falsos escritos.

Canonicidade. Aprovar, certificar ou proclamar santo. Sempre houveram falsos escritos. Canonicidade Aprovar, certificar ou proclamar santo Sempre houveram falsos escritos. Gnósticos=Grupo sincretista, esotérico e filosófico que se desenvolveu paralelo ao cristianismo e que influencia até

Leia mais

PERGUNTAS FREQUENTES

PERGUNTAS FREQUENTES PERGUNTAS FREQUENTES Em 45 perguntas, apresentamos uma recolha sobre os temas fundamentais que todo o católico deve saber, acerca das Sagradas Escrituras. A REVELAÇÃO 1. O que é a Revelação? A Revelação

Leia mais

PARÓQUIA SANTA RITA DE CÁSSIA DIOCESE DE JUNDIAÍ

PARÓQUIA SANTA RITA DE CÁSSIA DIOCESE DE JUNDIAÍ PARÓQUIA SANTA RITA DE CÁSSIA DIOCESE DE JUNDIAÍ Material Estudo Bíblico Parte I Apresentação Pe Antônio 24/08 A BÍBLIA SAGRADA Palavra de Deus. Deus fala ao seu povo Deus se revela, se manifesta, intervém

Leia mais

A Estrutura e Divisões da Bíblia A Bíblia e seus Testamentos: Definições

A Estrutura e Divisões da Bíblia A Bíblia e seus Testamentos: Definições A Estrutura e Divisões da Bíblia A Bíblia e seus Testamentos: Definições Por isso, é que para os cristãos a primeira parte da Bíblia é chamada de antiga Aliança (Testamento), e este último é chamado a

Leia mais

5. O Cânon da Bíblia. BIBLIOLOGIA AULA III (Teológica)

5. O Cânon da Bíblia. BIBLIOLOGIA AULA III (Teológica) BIBLIOLOGIA AULA III (Teológica) 5. O Cânon da Bíblia 5.1 Escrituras Cânonicas Cânon ou Escrituras Canônicas é a coleção completa dos livros divinamente inspirados, constituindo a Bíblia. Cânon é uma palavra

Leia mais

O Novo Testamento reivindica inspiração divina

O Novo Testamento reivindica inspiração divina O Novo Testamento reivindica inspiração divina Temos 2 fatores que comprovam a inspiração divina do Novo Testamento: A promessa de Jesus de que o Espírito Santo guiaria os discípulos a toda verdade; Cumprimento

Leia mais

Inspiração: Diz respeito à exposição da verdade, ou seja, é o meio que Deus usou para falar ao homem através da Bíblia dando a ela autoridade

Inspiração: Diz respeito à exposição da verdade, ou seja, é o meio que Deus usou para falar ao homem através da Bíblia dando a ela autoridade Inspiração: Diz respeito à exposição da verdade, ou seja, é o meio que Deus usou para falar ao homem através da Bíblia dando a ela autoridade escrita. Revelação: O fato da comunicação divina, ou seja,

Leia mais

Duas tarefas da aula anterior: 1ª) memorizar o versículo- chave;

Duas tarefas da aula anterior: 1ª) memorizar o versículo- chave; Duas tarefas da aula anterior: 1ª) memorizar o versículo- chave; 2ª) Aprender a classificar os livros do Antigo Testamento, enumerandoos sequencialmente. Versículo-chave: Rm 15.4 Classificação dos livros

Leia mais

Propedêutica Bíblica. 18 de Novembro de 2013 Cânone Bíblico

Propedêutica Bíblica. 18 de Novembro de 2013 Cânone Bíblico Propedêutica Bíblica 18 de Novembro de 2013 Cânone Bíblico ORAÇÃO 2.ª Coríntios 10 13 Quanto a nós, não nos gloriaremos desmedidamente, mas de acordo com a norma que Deus nos atribuiu para poder chegar

Leia mais

Propedêutica Bíblica. 10 de Abril de 2013 Cânone Bíblico

Propedêutica Bíblica. 10 de Abril de 2013 Cânone Bíblico Propedêutica Bíblica 10 de Abril de 2013 Cânone Bíblico ORAÇÃO 2.ª Coríntios 10 13 Quanto a nós, não nos gloriaremos desmedidamente, mas de acordo com a norma que Deus nos atribuiu para poder chegar até

Leia mais

I NTRODUÇÃO À BÍ BLI A

I NTRODUÇÃO À BÍ BLI A I NTRODUÇÃO À BÍ BLI A www.nib.org.br/senib/biblia A BÍBLIA... QUANTOS LIVROS TEM A BÍBLIA? COMEÇOU A SER ESCRITO HÁ MAIS OU MENOS... ANOS, DEMOROU QUASE...ANOS PARA SER CONCLUÍDO, SEMINÁRIO BATISTA DA

Leia mais

Monoteísmo Noaico. por Sha ul Bensiyon

Monoteísmo Noaico. por Sha ul Bensiyon Monoteísmo Noaico por Sha ul Bensiyon Aula 19 As Escrituras As Escrituras A visão judaica/noaica acerca das Escrituras é muito diferente da visão cristã: Cristianismo: Livros cuja autoria é praticamente

Leia mais

1. DUAS SEMANAS SOBRE A VIDA E OS ENSINOS DE JESUS

1. DUAS SEMANAS SOBRE A VIDA E OS ENSINOS DE JESUS PLANO DE LEITURA DA BÍBLIA PRIMEIRA SEQUÊNCIA: INTRODUÇÃO À BÍBLIA TEMPO NECESSÁRIO: Duas semanas OBJETIVO: Obter um conhecimento geral dos fundamentos bíblicos A Primeira Sequência é para quem está começando

Leia mais

Apostila de Estudo Bíblico

Apostila de Estudo Bíblico Apostila de Estudo Bíblico Igreja Evangélica Rua, nº Bairro: Tel.: ANOTAÇÕES GERAIS: 14 LIÇÃO 1 APRESENTAÇÃO DOS LIVROS DA BÍBLIA I ANTIGO TESTAMENTO 01 Pentateuco (5 livros de Moisés): Gênesis (Gn) Êxodo

Leia mais

Academia Bíblica Brasileira - ABBA. Matérias e Conteúdos

Academia Bíblica Brasileira - ABBA. Matérias e Conteúdos Matérias e Conteúdos 1 - BIBLIOLOGIA I A matéria trata de forma introdutória sobre o Estudo da Bíblia propriamente dita, sobre sua formação, veracidade e divisões. - Bibliologia - O Canon das Escrituras

Leia mais

PARA NÃO ESQUECER. Blog IEBU:

PARA NÃO ESQUECER. Blog IEBU: Duas tarefas realizadas na aula anterior: 1ª) memorizar o versículo-chave; 2ª) Aprender a classificar os livros do Antigo Testamento, enumerandoos sequencialmente. Parabéns à classe! Blog IEBU: www.iebu.wordpress.com

Leia mais

As Escrituras Sagradas, o Antigo e o Novo Testamento, são a Palavra de Deus escrita, dada por inspiração Divina por intermédio de santos homens de

As Escrituras Sagradas, o Antigo e o Novo Testamento, são a Palavra de Deus escrita, dada por inspiração Divina por intermédio de santos homens de As Escrituras Sagradas, o Antigo e o Novo Testamento, são a Palavra de Deus escrita, dada por inspiração Divina por intermédio de santos homens de Deus que falaram e escreveram ao serem movidos pelo Espírito

Leia mais

Guia de Jornada Cristã

Guia de Jornada Cristã 1 Ao receber este Guia de Jornada Cristã, está a receber a seu pedido material de carácter espiritual, o qual esperamos que lhe sirva para crescimento espiritual. Este guia divide-se em 3 partes: A primeira

Leia mais

Reivindicações Especificas da Inspiração no Antigo Testamento

Reivindicações Especificas da Inspiração no Antigo Testamento Reivindicações Especificas da Inspiração no Antigo Testamento A discussão a este ponto tem-se centrado em alguns textos principais que reivindicam inspiração para a Bíblia. Agora se deve dar atenção às

Leia mais

Hoje falaremos de A BÍBLIA OUTROS NOMES FATOS E PARTICULARIDADES DA BÍBLIA

Hoje falaremos de A BÍBLIA OUTROS NOMES FATOS E PARTICULARIDADES DA BÍBLIA Hoje falaremos de A BÍBLIA OUTROS NOMES FATOS E PARTICULARIDADES DA BÍBLIA ANTIGO TESTAMENTO ESTRUTURA DO ANTIGO TESTAMENTO CONFORME O JUDAÍSMO ESTRUTURA DO ANTIGO TESTAMENTO CONFORME O PROTESTANTISMO

Leia mais

O Cânon do Antigo Testamento R. T. Beckwith

O Cânon do Antigo Testamento R. T. Beckwith O Cânon do Antigo Testamento R. T. Beckwith O Termo "Cânon" O termo "cânon" é proveniente do grego, no qual kanon significa regra, lista um padrão de medida. Com relação à Bíblia, diz respeito aos livros

Leia mais

Panorama Bíblico O Pentateuco

Panorama Bíblico O Pentateuco Panorama Bíblico O Pentateuco AULA 1 GÊNESIS 01 INTRODUÇÃO A palavra Gênesis é um termo grego que significa origem, fonte, geração ou principio. No hebraico esta palavra é bereshith e significa No Princípio.

Leia mais

MÓDULO 1 EVIDÊNCIAS DE DEUS

MÓDULO 1 EVIDÊNCIAS DE DEUS MÓDULO 1 EVIDÊNCIAS DE DEUS Conceitos sobre Ciência INTRODUÇÃO PETER ATKINS... CIÊNCIA E RELIGIÃO SÃO COISAS QUASE QUE COMPLETAMENTE INCOMPATÍVEIS 3 O QUE É CIÊNCIA? SCIENTIA CONHECIMENTO CIÊNCIA É A DESCRIÇÃO

Leia mais

1. Jó 2. Salmos 3. Proverbios 4. Eclesiastes 5. Cantares

1. Jó 2. Salmos 3. Proverbios 4. Eclesiastes 5. Cantares LEI HISTORICOS POÉTICOS PROFETAS MAIORES PROFETAS MENORES 1. Gênesis 2. Êxodo 3. Levítico 4. Números 5. Deut. 1. Josué 2. Juízes 3. Rute 4. I Sam 5. II Sam 6. I Reis 7. II Reis 8. I Cron. 9. II Cron. 10.

Leia mais

O Cânon: Antigo e Novo Testamento

O Cânon: Antigo e Novo Testamento O Cânon: Antigo e Novo Testamento O sentido desta palavra tem diversas aplicações, dentre elas, Escrituras Sagradas, consideradas como regra de fé e prática. A palavra cânon é de origem grega. Empregou-se,

Leia mais

Definição de canonicidade

Definição de canonicidade A partir desta lição e nas próximas vamos estudar sobre como a Bíblia se formou. Por que temos 66 livros na Bíblia, e quanto aos livros apócrifos? A canonicidade vai tratar disto. A inspiração é meio pelo

Leia mais

COMO A BÍBLIA FOI ESCRITA. Escrito por Prof. Felipe de Aquino

COMO A BÍBLIA FOI ESCRITA. Escrito por Prof. Felipe de Aquino Os textos da Bíblia começaram a ser escritos desde os tempos anteriores a Moisés (1200 ac). Escrever era uma arte rara e cara, pois se escrevia em tábuas de madeira, papiro, pergaminho (couro de carneiro).

Leia mais

EJA 4ª FASE PROF. LUIS CLAÚDIO

EJA 4ª FASE PROF. LUIS CLAÚDIO EJA 4ª FASE PROF. LUIS CLAÚDIO CONTEÚDOS E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA DINÂMICA LOCAL INTERATIVA Unidade II As tradições religiosas e os textos sagrados. 2 CONTEÚDOS E HABILIDADES FORTALECENDO

Leia mais

Paróquia de N. Sra. da Assunção Cabo Frio Curso de Teologia

Paróquia de N. Sra. da Assunção Cabo Frio Curso de Teologia Paróquia de N. Sra. da Assunção Cabo Frio Curso de Teologia SAGRADA ESCRITURA I AULA: 08 04-15 HISTÓRIA DO CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO As passagens bíblicas começaram a ser escritas esporadicamente já em

Leia mais

evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos

evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos O Tema do trimestre: Maravilhosa graça O evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos O Estudo da epístola de Paulo aos Romanos, um dos livros mais analisados na história da Igreja (Agostinho,

Leia mais

Fundamentos Teológicos

Fundamentos Teológicos Fundamentos Teológicos Introdução à teologia sistemática Teologia Sistemática(Recap) O que é Teologia Sistemática? 1 Teologia Sistemática(Recap) O que é Teologia Sistemática? Wayne Grudem define teologia

Leia mais

Slide 2

Slide 2 ( ) 2. Em só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas que, embora distintas, são iguais em poder, glória e majestade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; Criador do Universo, de todas as

Leia mais

Livros gospel e estudos bíblicos grátis, livros de ultilidades gerais e produtos diversos

Livros gospel e estudos bíblicos grátis, livros de ultilidades gerais e produtos diversos http://livrosgospel.net http://livrosevangelicos.org Livros gospel e estudos bíblicos grátis, livros de ultilidades gerais e produtos diversos APÓCRIFOS Introdução Na Constituição Dogmática sobre Revelação

Leia mais

Acesse

Acesse Acesse http://teresinagospel.com.br APÓCRIFOS Introdução Na Constituição Dogmática sobre Revelação Divina, o Concílio Vaticano II, no capítulo sobre Escritura Sagrada na Vida da Igreja, declarou que "Ela

Leia mais

Ano Bíblico Sequencial

Ano Bíblico Sequencial Ano Bíblico Sequencial Janeiro 01/01 - Gênesis Cap: 1-3 02/01 - Gênesis Cap. 4-7 03/01 - Gênesis Cap. 8-11 04/01 - Gênesis Cap. 12-15 05/01 - Gênesis Cap. 16-19 06/01 - Gênesis Cap. 20-22 07/01 - Gênesis

Leia mais

Introdução: as incertezas e os fatos

Introdução: as incertezas e os fatos capítulo 1 Introdução: as incertezas e os fatos Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do

Leia mais

A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS

A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS 01 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para

Leia mais

ENSINO RELIGIOSO PR. EVANDERSON ALMEIDA

ENSINO RELIGIOSO PR. EVANDERSON ALMEIDA 1 ENSINO RELIGIOSO PR. EVANDERSON ALMEIDA 2 EVIDÊNCIAS DE DEUS MÓDULO 1 O QUE É CIÊNCIA? 3 SCIENTIA CONHECIMENTO MÉTODO CIENTÍFICO 4 OBSERVAÇÃO QUESTIONAMENTOS TEORIAS REVISAR DESCARTAR... HIPÓTESE - palpite

Leia mais

Sumário. Prefácio... 13

Sumário. Prefácio... 13 Sumário Prefácio... 13 PARTE UM O LEGADO ISRAELITA 1. Cristianismo e judaísmo... 29 A separação dos caminhos... 29 O cristianismo e o cânone hebraico da Escritura... 40 O cristianismo e a interpretação

Leia mais

As Escrituras (2): formação do cânon e outras considerações

As Escrituras (2): formação do cânon e outras considerações Por Alcides Barbosa de Amorim No capítulo (post) anterior, vimos informações mais internas sobre a Bíblia, isto é, aquilo que ela fala de si mesmo, destacando sua revelação, inspiração, inerrância e infalibilidade.

Leia mais

A palavra Bíblia é de origem grega - τα βιβλια - e significa. os rolos, os livros.

A palavra Bíblia é de origem grega - τα βιβλια - e significa. os rolos, os livros. A palavra Bíblia é de origem grega - τα βιβλια - e significa os rolos, os livros. UM LIVRO INSPIRADO POR DEUS Inspiração Bíblica é a iluminação da mente do autor humano para que possa, com os dados da

Leia mais

Noções Gerais sobre a Bíblia Parte 2 Novo Testamento. Curso Aprendizes do Evangelho Aula 3

Noções Gerais sobre a Bíblia Parte 2 Novo Testamento. Curso Aprendizes do Evangelho Aula 3 Noções Gerais sobre a Bíblia Parte 2 Novo Testamento Curso Aprendizes do Evangelho Aula 3 O Novo Testamento (NT) é o conjunto dos textos escritos após a vida publica e a morte de Jesus. Expõe a história

Leia mais

A BÍBLIA SAGRADA. Marcos Adriano Lovera REFLEXÕES BÍBLICAS III 173

A BÍBLIA SAGRADA. Marcos Adriano Lovera REFLEXÕES BÍBLICAS III 173 A BÍBLIA SAGRADA Esta série de Reflexões Bíblicas apresentarão a Bíblia Sagrada desde seus primórdios, de como ela chegou até nós, de onde surgiram os textos bíblicos, as diferentes traduções, os diferentes

Leia mais

Conhecendo a minha Bíblia Antigo Testamento

Conhecendo a minha Bíblia Antigo Testamento Conhecendo a minha Bíblia Antigo Testamento 1ª Igreja Presbiteriana Independente de Londrina Área de Apoio de Educação Cristã Escola Bíblica Esperança Examinai as Escrituras... porque são elas que testificam

Leia mais

Para crescimento espiritual de. (coloque aqui seu nome)

Para crescimento espiritual de. (coloque aqui seu nome) PLANO DE LEITURA BÍBLICA Para crescimento espiritual de IGREJA BATISTA DO MORUMBI MINISTÉRIO DE JOVENS: EPA: Estudantes Pré-Adolescentes (11 a 13 anos) ESTUDANTES: Adolescentes (14 a 17 anos) PIX: Jovens

Leia mais

A BÍBLIA INFORMAÇÕES GERAIS ESTRUTURA - ORIGEM 1 O QUE É A BÍBLIA? 2 A MARAVILHA DA BÍBLIA - ALGUNS FATOS E DADOS 3 DIVISÃO DA BÍBLIA

A BÍBLIA INFORMAÇÕES GERAIS ESTRUTURA - ORIGEM 1 O QUE É A BÍBLIA? 2 A MARAVILHA DA BÍBLIA - ALGUNS FATOS E DADOS 3 DIVISÃO DA BÍBLIA Jörg Garbers A BÍBLIA INFORMAÇÕES GERAIS ESTRUTURA - ORIGEM 1 O QUE É A BÍBLIA? Uma coleção de livros e cartas Encontramos na Bíblia 66 escritos. O fundamento das igrejas cristãs Ela define o que é vida

Leia mais

A CONFIABILIDADE E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS. Augustus Nicodemus Lopes

A CONFIABILIDADE E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS. Augustus Nicodemus Lopes A CONFIABILIDADE E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS Augustus Nicodemus Lopes O ATAQUE LIBERAL Ataques feitos à Bíblia em nossos dias. O ataque do liberalismo teológico. Johan Solomo Semler (séc. XVIII) distinção

Leia mais

INTRODUÇÃO A CARTA AOS HEBREUS 1

INTRODUÇÃO A CARTA AOS HEBREUS 1 INTRODUÇÃO A CARTA AOS HEBREUS 1 CARTA AOS HEBREUS 1. INTRODUÇÃO Tema central: sacerdócio de Cristo Aspectos Gerais:contexto histórico, autor, destinatários, gênero literário, horizonte de fundo Principais

Leia mais

Por onde andou Jesus? (Enquanto esteve morto) 13/05/16 3

Por onde andou Jesus? (Enquanto esteve morto) 13/05/16 3 VASOS DE OURO Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém. 2 Pe. 3:18 CRISTOLOGIA 13/05/16 2 Por

Leia mais

Palestra para o Apostolado da Oração 25 de Setembro de 2016

Palestra para o Apostolado da Oração 25 de Setembro de 2016 1 Palestra para o Apostolado da Oração 25 de Setembro de 2016 A Sagrada Escritura O Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática Dei Verbum, no nº 21, afirma que a Igreja sempre venerou as divinas Escrituras,

Leia mais

O Espírito Santo e a origem da Palavra: Revelador. Inspirador. Verdadeiro. O Espírito Santo e a Palavra hoje. Nosso instrutor. Não há contradição.

O Espírito Santo e a origem da Palavra: Revelador. Inspirador. Verdadeiro. O Espírito Santo e a Palavra hoje. Nosso instrutor. Não há contradição. Lição 1 para 7 de janeiro de 2017 O Espírito Santo foi o motor e a gênese do processo de criação da Palavra escrita de Deus a Bíblia. Mas sua relação com a Palavra não acabou com seu processo de escrita.

Leia mais

Religiões Proféticas

Religiões Proféticas Religiões Proféticas O QUE É RELIGIÃO? Religião é uma fé, uma devoção a tudo que é considerado sagrado. É um culto que aproxima o homem das entidades a quem são atribuídas poderes sobrenaturais. É uma

Leia mais

BIBLIOLOGIA IV Epístolas e Apocalipse. Prof. Eloi Pereira dos Santos Faesp Extensão Mairiporã

BIBLIOLOGIA IV Epístolas e Apocalipse. Prof. Eloi Pereira dos Santos Faesp Extensão Mairiporã BIBLIOLOGIA IV Epístolas e Apocalipse Prof. Eloi Pereira dos Santos Faesp Extensão Mairiporã Objetivos da Disciplina Facilitar o estudo, compreensão e o uso adequado da Bíblia. Familiarizar o aluno com

Leia mais

TEMA-PROBLEMA. A experiência religiosa como afirmação do espaço espiritual do mundo FENÓMENO UNIVERSAL

TEMA-PROBLEMA. A experiência religiosa como afirmação do espaço espiritual do mundo FENÓMENO UNIVERSAL TEMA-PROBLEMA A experiência religiosa como afirmação do espaço espiritual do mundo RELIGIÃO FENÓMENO UNIVERSAL Religião e as práticas religiosas têm sido uma constante ao longo dos tempos e têm influenciado

Leia mais

PLANO DE LEITURA DA BÍBLIA

PLANO DE LEITURA DA BÍBLIA PLANO DE LEITURA DA BÍBLIA Como Ler a Bíblia Reserve tempo para ler a Bíblia cada dia. É bom guardar sempre a mesma hora. Dedique tanto tempo quanto seja possível, cuidando para que outras coisas não interrompam

Leia mais

INTRODUÇÃO À BÍBLIA Caderno de Estudos Por David Batty e Sally Girdis

INTRODUÇÃO À BÍBLIA Caderno de Estudos Por David Batty e Sally Girdis INTRODUÇÃO À BÍBLIA Caderno de Estudos Por David Batty e Sally Girdis Estudos em Grupo Para Novos Cristãos 2 Introdução à Bíblia INTRODUÇÃO À BÍBLIA Caderno de Estudo Primeira Edição em Português Por David

Leia mais

Como Deus Se Faz Conhecer. Quem Escreveu a Bíblia? A inspiração das Escrituras. Objeto de estudo:

Como Deus Se Faz Conhecer. Quem Escreveu a Bíblia? A inspiração das Escrituras. Objeto de estudo: Quem Escreveu a Bíblia? A inspiração das Escrituras Como Deus Se Faz Conhecer Lição n.º 2 (Final) Lição n.º 3 (Introdução) Objeto de estudo: Conclusão sobre o estudo dos Livros Apócrifos! Início do Estudo

Leia mais

Escola Bíblica Dominical. Lição 01. Introdução à carta. Pb. Rodrigo da Silva Gomes 22/03/2015

Escola Bíblica Dominical. Lição 01. Introdução à carta. Pb. Rodrigo da Silva Gomes 22/03/2015 Escola Bíblica Dominical Lição 01 Introdução à carta Pb. Rodrigo da Silva Gomes 22/03/2015 Roteiro da Aula Introdução; O autor Local e data; Os destinatários; Propósitos; Roteiro da Aula Características

Leia mais

SEMINÁRIO TEOLÓGICO PRESBITERIANO REVERENDO ASHBEL GREEN SIMONTON ANDERSON DA CRUZ PEREIRA A REGENERAÇÃO NA PERSPECTIVA REFORMADA

SEMINÁRIO TEOLÓGICO PRESBITERIANO REVERENDO ASHBEL GREEN SIMONTON ANDERSON DA CRUZ PEREIRA A REGENERAÇÃO NA PERSPECTIVA REFORMADA SEMINÁRIO TEOLÓGICO PRESBITERIANO REVERENDO ASHBEL GREEN SIMONTON ANDERSON DA CRUZ PEREIRA A REGENERAÇÃO NA PERSPECTIVA REFORMADA RIO DE JANEIRO 2017 ANDERSON DA CRUZ PEREIRA A REGENERAÇÃO NA PERSPECTIVA

Leia mais

VISÃO PANORÂMICA DA BÍBLIA

VISÃO PANORÂMICA DA BÍBLIA VISÃO PANORÂMICA DA BÍBLIA Por Evaristo Filho SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO BÍBLICO SETEB Global http://seminarioevangelico.com.br setebonline@gmail.com 2 Apresentação da Disciplina Informações Gerais

Leia mais

A Arte de Interpretar as Escrituras

A Arte de Interpretar as Escrituras A Arte de Interpretar as Escrituras A Arte de Interpretar as Escrituras Hermenêutica Bíblica Jorge A. Ferreira Copyright 2017-Todos os Direitos Reservados Revisado e Atualizado. Capa Agência Efesios Diagramação

Leia mais

A era dos patriarcas

A era dos patriarcas Os Hebreus Os Hebreus De todos os povos da antiguidade os hebreus talvez sejam os que mais influência cultural e religiosa nós sejamos herdeiros. Pois as raízes da cultura judaico-cristã, da qual fazemos

Leia mais

Lição nº 3 VERDADE SOBRE A UNÇÃO ESPIRITUAL. 18 jan Pr. Adriano Diniz

Lição nº 3 VERDADE SOBRE A UNÇÃO ESPIRITUAL. 18 jan Pr. Adriano Diniz Lição nº 3 VERDADE SOBRE A UNÇÃO ESPIRITUAL Pr. Adriano Diniz 18 jan 2015 TEXTO ÁUREO O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar

Leia mais

MINISTÉRIOS DA GRAÇA NO BRASIL DEPARTAMENTO DE TREINAMENTO INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO VELHO TESTAMENTO

MINISTÉRIOS DA GRAÇA NO BRASIL DEPARTAMENTO DE TREINAMENTO INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO VELHO TESTAMENTO MINISTÉRIOS DA GRAÇA NO BRASIL DEPARTAMENTO DE TREINAMENTO SETE - SISTEMA DE ENSINO TEOLÓGICO POR EXTENSÃO DISCIPLINA: SÍNTESE DO VELHO TESTAMENTO I INSTRUTOR: PR. URIAN RIOS INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO VELHO

Leia mais

Sumário. O propósito de Atos A obra missionária é a prioridade da igreja O Espírito Santo é o executivo da obra missionária...

Sumário. O propósito de Atos A obra missionária é a prioridade da igreja O Espírito Santo é o executivo da obra missionária... Sumário O propósito de Atos...17 Primeiro princípio A obra missionária é a prioridade da igreja...31 Segundo princípio O Espírito Santo é o executivo da obra missionária...39 Terceiro princípio A oração

Leia mais

Igreja Batista Nacional da Palavra EBD - Escola Bíblica Dominical

Igreja Batista Nacional da Palavra EBD - Escola Bíblica Dominical Igreja Batista Nacional da Palavra EBD - Escola Bíblica Dominical Grade Curricular História da Igreja Formação do Estado de Israel e suas guerras Bibliologia Teologia Sistemática Básica - Doutrinas Bíblicas

Leia mais

Síntese do Novo Testamento (Curso de Formação Ministerial, 2014) Prof. Marco Aurélio Correa

Síntese do Novo Testamento (Curso de Formação Ministerial, 2014) Prof. Marco Aurélio Correa 1 Evangelho de João Este evangelho tem 21 capítulos. Evangelho do Filho de Deus / Divino. 1 - Autor: João, o apóstolo, ele foi o último dos apóstolos a morrer. 2 - Data: Alguns escritores acreditam que

Leia mais

A Historicidade da Bíblia

A Historicidade da Bíblia A Historicidade da Bíblia O livro mais lido, traduzido e distribuído do mundo desde as suas origens, foi considerada sagrada e de grande importância. 1. Introdução 2. Cânon Bíblico 3. O antigo Testamento

Leia mais

Lição n.º 6 - A UNIDADE DA BÍBLIA

Lição n.º 6 - A UNIDADE DA BÍBLIA Lição n.º 6 - A UNIDADE DA BÍBLIA Lição n.º 6 (Início) Objeto de estudo: Reconhecer o fato de que a unidade da Bíblia é uma das provas de sua autenticidade! 1 Versículo-chave: Cl 1.26-27 O ministério que

Leia mais

A Declaração de Jerusalém

A Declaração de Jerusalém A Declaração de Jerusalém Introdução Preocupados em estabelecer fundamentos sobre os quais a igreja deve buscar a expansão do cristianismo, representantes anglicanos de todo o mundo firmaram princípios

Leia mais

PARTE 2 - A PALAVRA NORMATIVA. O CÂNONE BÍBLICO

PARTE 2 - A PALAVRA NORMATIVA. O CÂNONE BÍBLICO Índice Siglas e abreviaturas 6 Introdução 7 PARTE 1 - A PALAVRA INSPIRADA CAPÍTULO I - NATUREZA DA INSPIRAÇÃO BÍBLICA 12 1. A inspiração bíblica no limiar do Vaticano II 13 1.1. Deus, autor principal,

Leia mais

Escrito por Hélio Clemente Ter, 23 de Outubro de :50 - Última atualização Ter, 23 de Outubro de :12

Escrito por Hélio Clemente Ter, 23 de Outubro de :50 - Última atualização Ter, 23 de Outubro de :12 HISTÓRIA DA BÍBLIA Copyright: Sociedade Bíblica do Brasil - SBB Grego, hebraico e aramaico foram os idiomas utilizados para escrever os originais das Escrituras Sagradas. O Antigo Testamento foi escrito

Leia mais

Paulo é um dos grandes homens do cristianismo e um exemplo para todos nós: Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo (1 Co 11:1)

Paulo é um dos grandes homens do cristianismo e um exemplo para todos nós: Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo (1 Co 11:1) APÓSTOLO PAULO Paulo é um dos grandes homens do cristianismo e um exemplo para todos nós: Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo (1 Co 11:1) Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para

Leia mais

A leitura da Bíblia. questões centrais

A leitura da Bíblia. questões centrais questões centrais O que é a Bíblia? Quem é o autor e como escreveu? O que é o tema central? Por quê devo lê-la? Quando devo lê-la? Como? Requisitos? Como? Ajuda? Um novo propósito! o que é a Bíblia (1)

Leia mais