Resumo Neste trabalho, um procedimento prático é

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Resumo Neste trabalho, um procedimento prático é"

Transcrição

1 Método Prático para a Sintonia dos Parâmetros de Controladores do tipo Power System Stabilizer para Geradores Síncronos Operando em Sistemas de Distribuição Tatiane C. C. Fernandes, Lara B. Viera, and Rodrigo A. Ramos Escola de Engenharia de São Carlos - Universidade de São Paulo São Carlos, Brasil tatiane.fernandes@usp.br, larabertini@gmail.com, ramos@sc.usp.br Resumo Neste trabalho, um procedimento prático é desenvolvido para sintonizar os parâmetros de um controlador do tipo Power System Stabilizers (PSS) para ser aplicado em sistemas de distribuição com geração distribuída, uma vez que as oscilações eletromecânicas também estão presentes nesses sistemas com o advento da geração distribuída. Em certos casos, tais oscilações podem estar mal amortecidas, o que requer o uso de um controlador de amortecimento, como o PSS. Os procedimentos tradicionais de projeto e sintonia desse controlador baseiam-se em modelos lineares, não considerando os efeitos do desbalanço de carga e assimetria da linhas (características intrínsecas do sistema de distribuição). Uma vez que tais características são bem mais significantes em sistemas de distribuição do que nos sistemas de transmissão, a necessidade de um método para sintonia dos parâmetros dos controladores que possa ser aplicado mesmo em sistemas trifásicos desbalanceados fica evidente. Com esse objetivo, esse trabalho desenvolve um método alternativo para sintonia do controlador baseado no sinal amostrado da resposta do sistema a uma pequena perturbação e na extração da componente modal relativa ao modo eletromecânico desse sinal por meio de uma técnica de estimação modal. A partir dessa informação, esse trabalho apresenta como calcular a defasagem da fase que deve ser compensada pelo PSS, a qual corresponde à primeira etapa no processo de sintonia do PSS. É importante destacar que, devido ao fato da técnica fundamentar-se na saída amostrada da sistema, este método proposto pode ser aplicado mesmo quando o sistema opera em condições desbalanceadas, o que é bastante comum em sistemas de distribuição. Portanto, esse trabalho contribui para ampliar o escopo de aplicações do PSS, atuando também em geradores síncronos distribuídos. Palavras Chave -- Oscilações Eletromecânicas, Método de Prony, Controladores de Amortecimento, Sistemas de Distribuição, Desbalanço. INTRODUÇÃO Ao longo das últimas décadas, o advento de geradores síncronos distribuídos têm modificado significativamente a operação dinâmica dos sistemas de distribuição. Características dinâmicas que antes eram típicas de sistemas de transmissão estão agora também presentes em sistemas de distribuição, como as oscilações eletromecânicas mal amortecidas, as quais estão presentes no sistema de distribuição à medida que geradores síncronos são inseridos no mesmo [1]. Os geradores síncronos, usualmente, podem ser conectados diretamente em sistemas de distribuição e subtransmissão sem a necessidade de conversores para realizar essa interface, trata-se de uma geração de energia de baixo custo efetivo, sendo observada em diversos países como Japão, China, Dinamarca e no Brasil, onde esquemas de cogeração de energia a partir do bagaço de cana-de-açúcar são bastante comuns [2,3]. Tal fato tem motivado o estudo das oscilações eletromecânicas mal amortecidas, o qual é comumente realizado em sistemas de transmissão, também em sistemas de distribuição. As oscilações eletromecânicas quando presentes no sistema (foco de estudo da Estabilidade a pequenas perturbações (EPP)) podem causar desgastes nas máquinas do sistema, restrições na capacidade de transferência de potência, e até mesmo provocar interrupções no suprimento de energia elétrica e ainda a perda de sincronismo dos geradores [4]. A fim de reduzir tais oscilações, em sistemas de grande porte, os controladores de amortecimento mais comumente utilizados são os do tipo PSS. Tal controlador é capaz de compensar o atraso de fase entre a componente do torque elétrico com os desvios de velocidade angular do rotor (o que permite melhorar o amortecimento do sistema), a partir da inserção de um sinal estabilizante na malha do regulador de tensão do gerador. Entretanto as ferramentas adotadas tanto para o EPP quanto para o projeto de controladores de amortecimento adotam uma abordagem linearizada do problema. Para os sistemas de transmissão esta abordagem é completamente apropriada, já que esses sistemas são caracterizados por apresentarem fases balanceadas, sendo que a velocidade dos seus geradores é praticamente constante em regime permanente. Já os sistemas de distribuição, diferentemente dos sistemas de transmissão, operam em fortes condições de desbalanço devido principalmente a presença de cargas monofásicas no sistema e a assimetria das linhas. Os autores agradecem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) a este trabalho, sob os números de processo 211/ e 212/

2 Nessa situação de desbalanço, o gerador síncrono não apresenta uma velocidade aproximadamente constante, mesmo em condições de regime permanente. Pelo contrário, o mesmo possui uma oscilação sustentada com o dobro da frequência fundamental. Com base nestas considerações, não é possível assumir que o sistema, com cargas desbalanceadas, opere em um ponto de equilíbrio em regime permanente, mas sim sobre uma órbita periódica [5]. O uso das técnicas de linearização para o estudo da estabilidade passa, então, a ser questionado, para determinados níveis de desbalanço no sistema. Dessa forma, abordagens que podem ser aplicadas em sistemas distribuição sobre essas condições são necessárias [6]. Esse trabalho está organizado da seguinte forma. Na seção II, uma breve revisão sobre o comportamento do gerador síncrono operando em sistemas desequilibrados é realizada. Na seção III, tanto o método tradicional de projeto de PSS quanto o proposto são apresentados. Já na seção IV, o sistema em estudo e os resultados obtidos são apresentados, e finalmente, as conclusões deste trabalho podem ser vistas na seção V. OPERAÇÃO DOS GERADORES SÍNCRONOS EM SISTEMAS TRIFÁSICOS DESBALANCEADOS Quando os geradores síncronos operam em sistemas desbalanceados, o campo magnético proveniente do circuito de armadura é, basicamente, gerado a partir de uma interação entre as correntes de sequência positiva e negativa. Quanto à contribuição dessas correntes de sequências, essas são parecidas: ambas geram um campo magnético de intensidade constante (diferentes de uma da outra) e giram na mesma velocidade. Contudo a componente de sequência negativa da corrente produz um campo magnético com sentido contrário ao de rotação do campo magnético produzido pela componente da corrente de sequência positiva. A interação desses dois campos magnéticos produz o campo magnético total relativo ao circuito de armadura, o qual claramente não será constante. Devido à característica de oposição desses dois campos magnéticos, o torque resultante possuirá uma variação com frequência igual ao dobro do valor da frequência fundamental do sistema ao qual o gerador está conectado, mesmo sob condições de regime permanente de operação [7]. Dentro desse contexto, pode-se afirmar que o regime permanente não está mais associado a um valor constante de velocidade ou do ângulo do rotor, de forma que também não está mais associado a um ponto de equilíbrio no espaço de estado. Nessa situação observa-se que a solução de equilíbrio do sistema passa a ser uma órbita periódica [6]. Com intuito de ilustrar como o aumento do desbalanço pode influenciar no comportamento da velocidade do gerador síncrono e consequentemente na solução de equilíbrio do sistema as figuras 1 e 2 são apresentadas, lembrando que as mesmas foram geradas sob condição de operação em regime permanente. Inicialmente, para que essas simulações fossem realizadas definiu-se uma abordagem para criar o desequilíbrio entre as fases de sistema de distribuição em estudo. Isto é feito a partir de um fator de desbalanço (similar ao adotado em [8]). Tal fator altera as tensões da subestação sendo que nesse trabalho a mesma é representada pelo barramento infinito. A ideia principal do critério consiste em aplicar o desbalanço em pares combinados de fase. Enquanto a tensão em uma das fases é incrementada por um fator, a outra é decrementada por esse mesmo fator, e a fase restante permanece com a mesma tensão monofásica. Matematicamente, essa relação é dada por: = 1+ 1) = 1 (2) = (3) em que, corresponde à tensão de cada fase da barra infinita para o caso equilibrado e,, correspondem respectivamente à tensão monofásica que é incrementada, à tensão monofásica que é decrementada e à tensão monofásica que permanece constante. Através da figura 1 é possível notar que para qualquer nível de desequilíbrio de tensão no sistema está presente na resposta da velocidade uma oscilação com frequência duas vezes maior que a frequência fundamental. Além disso, verifica-se que amplitude dessa oscilação sustentada aumenta à medida que o nível de desequilíbrio de tensão do sistema é incrementado. Nesse ponto, é importante enfatizar que esse fenômeno não é resultante do comportamento transitório da máquina quando submetido a uma pequena perturbação, ou seja, esta é uma característica decorrente da operação dos geradores síncronos em sistemas desequilibrados, presente na resposta da velocidade mesmo no regime permanente da máquina. Já a figura 2 exibe o plano de fase da variação da velocidade angular com a variação do ângulo do gerador síncrono em regime permanente. Nesse plano de fase, verifica-se a transformação do ponto de equilíbrio do sistema em uma órbita periódica quando o desequilíbrio de fase que o sistema está submetido torna-se aparente. Embora variável no tempo, a órbita periódica é de fato uma solução de equilíbrio para o conjunto de equações diferenciais que modelam o gerador. Assim como previsto pela figura 1, o diâmetro dessa órbita periódica aumenta à medida que o nível de desequilíbrio do sistema é incrementado. Com base no que foi exposto, verifica-se que a linearização do modelo em torno de um ponto de equilíbrio para estudo da estabilidade a pequenas perturbações em sistemas desequilibrados requer algumas aproximações. Nesse contexto, o fato de não haver precisamente um ponto de equilíbrio em sistemas desequilibrados, no qual o sistema possa ser linearizado em torno serve como motivação tanto para a busca de um método alternativo de EPP quanto para o projeto de controladores de amortecimento em tais sistemas, o qual será apresentado ao longo da seção abaixo.

3 PROCEDIMENTO CLÁSSICO PARA A SINTONIA DE CONTROLADORES DE AMORTECIMENTO DO TIPO PSS O procedimento normalmente adotado para o projeto do controlador de amortecimento fundamenta-se nas técnicas clássicas de controle (compensação de fase), as quais, ainda hoje, são muito utilizadas nas unidades geradoras em operação. Tal metodologia foi inicialmente proposta em [9], onde os ω (rad/s) Figura 1: Comportamento da velocidade angular do rotor com o aumento do nível de desequilíbrio do Sistema. δ (rad) Tempo(s) x Figura 2: Plano de fase da variação da velocidade angular em relação a variação do ângulo do gerador síncrono em regime permanente autores mostram que a variação no torque elétrico da máquina síncrona (presente na equação swing) após uma perturbação no sistema pode ser decomposta em duas componentes: = + = + l = % l = 5% l = 7% l = 1% ω (rad/s) 4) em que corresponde à componente de torque de sincronização, a qual está em fase com o desvio angular do rotor, sendo que é o coeficiente do torque sincronizante. E corresponde à componente de torque de amortecimento, a qual está em fase com o desvio da velocidade angular, sendo que é o coeficiente do torque de amortecimento. Conforme descrito em [4], a não existência do torque de amortecimento resulta em oscilações mal amortecidas no rotor do gerador. Com intuito de mitigar os impactos dessas oscilações, um controlador do tipo PSS pode ser adotado. Esse controlador produz um sinal suplementar que é inserido na tensão de referência do regulador automático de tensão (do inglês Automatic Voltage Regulation - AVR). Esse sinal estabilizante deve ser capaz de compensar os atrasos de fase decorrentes da malha de controle para que assim o torque elétrico esteja em fase com os desvios de velocidade do gerador, resultando em amortecimento das oscilações eletromecânicas. O PSS é constituído basicamente por 3 blocos: um bloco de ganho puro, um filtro passa-alta denominado bloco de washout e por fim um bloco de avanço de fase [4]. Uma vez que o valor da fase a ser compensada pelo controlador é conhecido, a sintonia das constantes de tempo do bloco de avanço de fase pode ser efetuada a partir das equações abaixo: =18 θ (5) = (6) = (7) = (8) em que corresponde a defasagem observada no diagrama de Bode entre o par de entrada/saída escolhido para controle, corresponde a fase a ser compensada, é a frequência do modo eletromecânico e representa o numéro de blocos de avanço a serem utilizados para compensar toda a fase necessária. A função transferência típica de um PSS, a partir dos parâmetros acima, é dada por: = (9) Na equação (9), o ganho é ajustado para fornecer uma taxa de amortecimento de acordo com a especificada para o modo de interesse. Já quanto ao bloco washout, o valor de deve ser escolhido de modo que interfira o menos possível na fase a ser compensada. Tipicamente, o valor de está entre 1 a 2 segundos [4]. Nesse ponto, é importante destacar que o conhecimento da fase a ser compensada θ é crucial para o projeto e sintonia do PSS. Vale lembrar que o procedimento tradicional para determinar θ admite condições balanceadas e que essa suposição pode não ser completamente válida para sistemas de distribuição. Assim, a maior contribuição desse trabalho, é o desenvolvimento de um método para determinar o valor de θ mesmo quando o sistema opera em condições de desbalanço. Esse método será apresentado na subseção III-B

4 pois uma breve revisão do método de resíduo (exemplo de um método convencional para a sintonia do PSS que é aplicado em sistemas balanceados) é apresentado anteriormente na subseção III-A com o propósito de posteriormente poder ser feita uma comparação entre essas duas técnicas. A. Análise do Resíduo Esse procedimento fundamenta-se na análise dos autovalores e autovetores associados a matriz de estados Jacobiana, resultante do modelo linearizado do sistema em estudo. A fase a ser compensada é obtida a partir do ângulo suplementar do resíduo associado ao modo eletromecânico, uma vez que, como mostrado em [1], esse tipo de compensação altera o diagrama de lugar de raízes do sistema de tal forma, que os autovalores correspondentes ao modo eletromecânico se movem para a esquerda do plano complexo a medida que o ganho é incrementado. Uma breve revisão desse método é reportada em sequência (considerando um sistema máquina versus barramento infinito): 1) Calcular os autovalores do sistema linearizado, com a identificação do modo eletromecânico a ser amortecido e do gerador associado à ele; 2) Encontrar o resíduo da função transferência de malha aberta, utilizando como entrada um degrau aplicado na tensão de referência do AVR e como saída o Δω, = (1) = (11) em que corresponde ao gerador do sistema, é o resíduo associado ao modo eletromecânico do gerador. e são as matrizes de entrada e saída do modelo em espaço de estado do sistema linearizado e e correspondem ao autovetor a direita a esquerda associados ao modo h, respectivamente. 3) A compensação de fase é, então, projetada de modo a garantir que: arg 18 (12) em que é a função transferência do PSS que está sendo projetado. De posse de, as equações de (5)-(8) são aplicadas e os parâmetros correspondentes ao avanço de fase do PSS são ajustados. B. Método Proposto Como apresentado na subseção anterior, a análise por resíduo pode apenas ser aplicada em sistemas que podem ser linearizados em torno de um ponto de equilíbrio, devido a dependência desse método da matriz Jacobiana do modelo em espaço de estados e dos autovalores e autovetores associados. Assim, como já mencionado anteriormente, tal técnica não é completamente adequada para sistemas que operam com alto nível de desbalanço. Dessa forma, com intuito de contornar esse problema, este trabalho propõe um método alternativo para determinar a fase a ser compensada. Tal método baseia-se na aquisição da resposta do sistema quando uma perturbação particular é aplicada, sendo que os canais de entrada e saída são os mesmos do método do resíduo. Os 4 passos necessários para a aplicação do método são apresentados abaixo: 1) Aquisição da resposta do sistema quando um degrau de tensão é aplicado no canal de entrada. Tal perturbação estimula a oscilação eletromecânica, a qual, dessa forma, pode ser observada nas amostras no domínio do tempo da resposta do sistema. 2) Identificar o modo eletromecânico a partir da resposta amostrada do sistema (adquirida no Passo 1). A frequência do modo eletromecânico é extraída da resposta do sistema por meio de uma técnica de estimação modal (a qual pode ser, por exemplo, o já consagrado método de Prony [11]). A estrutura para realizar essa identificação em sistemas de distribuição é dada com detalhes em [8]. 3) Aplicar um sinal de tensão senoidal no canal de entrada com intuito de criar uma condição de ressonância que irá permitir determinar o ângulo. Assim, nessa etapa, um sinal senoidal de baixa amplitude, com a mesma frequência do modo eletromecânico identificado é aplicado na entrada de referência do AVR. 4) Amostrar o sinal de saída do sistema em resposta a tensão senoidal aplicada ao canal de entrada. Adquirindo essa resposta do sistema, é possível calcular a defasagem entre a velocidade do rotor e a tensão senoidal aplicada na tensão de referência do AVR. Tal ângulo mensurado corresponde ao θ em (5), o qual deve ser compensado pelo PSS. SISTEMA TESTE E RESULTADOS Nesta seção, uma série de testes e seus correspondentes resultados são apresentados com o intuito de fornecer suporte às conclusões mostradas na seção V. Entretanto, anteriormente aos resultados serem apresentados, o sistema em estudo é apresentado. A. Sistema em estudo O sistema-teste em estudo neste trabalho é resultante de uma versão simplificada do sistema distribuição localizado no interior de estado de São Paulo. Esse sistema, caracteriza uma típica aplicação de GD no Brasil, onde estão presentes diversos esquemas de cogeração utilizando geração síncrona em usinas de cana-de-açúcar. Os dados completos desse sistema podem ser obtidos em [5]. Para a obtenção do sistema em estudo foram realizadas simplificações sobre o sistema completo. Inicialmente foi obtido o equivalente de Thèvenin do sistema completo visto da barra 86 do sistema original. A partir desse equivalente foi conectado um gerador síncrono e uma carga, originando o sistema em estudo, o qual consiste em uma máquina contra um barramento infinito.

5 B. Resultados sobre o sistema equilibrado Com intuito de realizar uma comparação entre o procedimento proposto e procedimento de análise do resíduo para o cálculo da fase a ser compensada pelo controlador, inicialmente foram feitas simulações trifásicas sobre o sistema operando em condições balanceadas por meio do software ATP. Nesse sistema o gerador síncrono está equipado tanto com um regulador de velocidade quanto com um regulador de tensão. O gerador injeta nesse sistema uma potência de 2 MW. Além disso, também foi conectado uma carga de 2.9MW na mesma barra do gerador. Como primeira etapa para o projeto do controlador, identificou-se o modo eletromêcanico associado ao gerador em estudo. Para isso, foi feita a amostragem do sinal de velocidade do gerador após a aplicação de uma falta trifásica com alta resistência de falta e duração de 2 ms no instante t f =1s (configurando uma pequena perturbação). A partir da aplicação do método de Prony foram extraídas as características modais da resposta do sistema, e adotando a estrutura apresentada em [8] o modo eletromecânico foi identificado O valor do modo adquirido via método de Prony é dado por, = j16.38, sendo que a taxa de amortecimento corresponde a ζ = 3,66%, e a frequência é dada por f = 2,553 Hz. Note que esse modo é mal amortecido, mostrando a necessidade de controlador de amortecimento seja usado nesse sistema. Um sinal senoidal com frequência de 2,553 Hz foi aplicada na tensão de referência do regulador de tensão e a resposta a essa entrada foi reamostrada. A partir da comparação entre o sinal de tensão de referência e o sinal de velocidade adquirido obteve-se a defasagem de θ =1,837º. Dessa forma, a fase a ser compensada pelo controlador deve ser de = 178,2º. Na figura 3, essa defasagem medida é apresentada. 1.5 Velocidade Angular Tensão de Referência esse resultado a fase a ser compensada pelo controlador corresponde à = 175.7º. Note a proximidade dos resultados obtidos por meio das duas técnicas, ambas indicam que o controlador PSS deverá compensar uma fase próxima a 18º. A partir do ângulo calculado pelo método proposto, os outros parâmetros do controlador foram determinados por meio das equações (5)-(8), resultando no seguinte controlador: = em que o K pss e α correspondem respectivamente à e A partir de simulações com o PSS conectado no sistema identificou-se o novo valor do modo eletromecânico. Na tabela I, é apresentado o valor desse novo modo eletromecânico sendo comparado com o anterior. Já na figura ω (rad/s) Sistema sem PSS Sistema com PSS Tempo (s) 4, é possível visualizar no tempo o comportamento da velocidade antes e após a presença do controlador no sistema. Note que o PSS projetado pelo método proposto é efetivo para amortecer as oscilações em condições balanceadas. Figura 4: Comparação da resposta do sistema quando o mesmo opera sem (em azul) e com a presença do PSS (em vermelho). ω (rad/s) TABELA I: COMPARAÇÃO ENTRE OS MODOS ELETROMECÂNICOS IDENTIFICADOS Condição do Sistema Real Imag f(hz) ζ(%) Sem PSS -,588 16,37 2,552 3,664 Com PSS -2,437 15,592 2,482 15, Tempo (s) Figura 3: Defasagem entre o sinal de referência do AVR e a velocidade da máquina síncrona. A tensão de referência foi ampliada em 5 vezes para facilitar a visualização. Devido ao fato do sistema operar em condições balanceadas, a fase θ também pode ser calculada pelo método do resíduo. Para isso o sistema foi simulado no software PacDyn do pacote CEPEL, onde obteve-se θ = 4.332º. Para C. Resultados sobre o sistema operando em condições desequilibradas Com intuito de verificar a eficiência do método proposto sobre sistemas desbalanceados, foram efetuadas simulações trifásicas no ATP para o sistema operando em diferentes condições de desequilíbrio por meio de modificações do parâmetro l (já apresentado na seção II). Devido à limitação de espaço do artigo, será reportado apenas o resultado obtido

6 para um fator de desbalanço de 4% aplicado sobre o sistema em estudo. Utilizando o método proposto, o modo eletromecânico identificado pela técnica de Prony é dado por, = j16.41 (isto é, com f = 2,553 e ζ=3.76%). Comparando esse resultado com o modo obtido no caso balanceado, observa-se que o efeito do fator de desbalanço na tensão do barramento infinito não foi significativa nesse caso. Tal fato leva a inferência de que a fase a ser compensada pelo PSS será muito próxima aquela obtida na subseção IV-B. Dando sequência ao projeto do PSS pelo método proposto, obtém-se a defasagem θ =2.57º. Logo a fase a ser compensada pelo PSS é de φ = º, e como já esperado é bem próxima da obtida para o sistema equilibrado. A função transferência do PSS projetado é dada por: = em que K pss e α correspondem respectivamente à 1 e.764. A tabela II apresenta uma comparação similar a aquela já realizada na tabela I, enquanto a figura 6 apresenta a resposta no tempo análogo ao que é feito para figura 5, com a diferença de que ambos resultados agora são apresentados para o caso desbalanceado. Na figura 6 é possível ver a resposta do sistema quando esse opera em condições de desbalanço, em que fica evidente a presença da oscilação sustentada do sistema mesmo em regime permanente. Além disso, note também nessa figura que a presença do controlador foi capaz de amortecer as oscilações eletromecânicas de forma eficaz. ω (rad/s) Sistema sem PSS Sistema com PSS Tempo (s) Figura 5: Comparação entre as resposta do sistema, quando o mesmo opera sem a presença do PSS (em azul) e com a inserção do sistema (em vermelho) em condições de desbalanço. TABELA 2: COMPARAÇÃO ENTRE OS MODOS ELETROMECÂNICOS IDENTIFICADOS NO SISTEMA DESBALANCEADO L = 4% Condição do Sistema Real Imag f(hz) ζ(%) Sem PSS -,595 16,41 2,553 3,76 Com PSS -2,398 15,649 2,491 15,56 V. CONCLUSÕES Este trabalhou apresentou um procedimento alternativo para a sintonia de parâmetros do PSS baseado no cálculo da defasagem entre os sinais de entrada e saída aplicados ao gerador síncrono, o qual está conectado diretamente no sistema de distribuição. Tal procedimento prático pode ser aplicado em sistemas que operam em condições de desequilíbrio, como no sistema de distribuição, em que essa característica não pode ser desprezada. Portanto, a possibilidade de sintonizar o controlador PSS para sistemas de distribuição com geração distribuída é a principal contribuição desse trabalho. Entretanto, é importante enfatizar que apesar desse procedimento ter sido desenvolvido tendo como objetivo o sistema de distribuição, o mesmo pode ser aplicado em qualquer sistema em que os geradores síncronos estejam operando em condições de desbalanço. Os resultados obtidos nessas simulações demonstram a eficiência do método em amortecer o modo eletromecânico mesmo quando os geradores operando em situação de desbalanço. Como próximos passos para essa pesquisa verifica-se a necessidade de ampliar a estrutura desenvolvida para situações em que mais máquinas operam no mesmo sistema, na configuração de uma micro rede. Além disso, outro ponto que deve ser avaliado é como o ruído de medição pode interferir na precisão dos resultados obtidos. REFERENCIAS R. Kuiava, R. Ramos and N. Bretas. An analysis of the potential impacts of electromechanical oscillations on the stability and power quality of distributed generation systems in Power and Energy Society General Meeting - Conversion and Delivery of Electrical Energy in the 21st Century, 28 IEEE, july 28, pp T. Shinji, A. Yokoyama, and Y. Hayashi, Distributed generation in Japan, in Proc. IEEE Power. Energy Society General Meeting PES 9, Jul. 26 3, 29. S. Granville, P. Lino, F. Ralston, L. A. Barroso, and M. Pereira, Recent advances of sugarcane biomass cogeneration in Brazil, in Proc. IEEE Power. Energy Society General Meeting PES 9, Jul. 26 3, 29. P. Kundur, Power System Stability and Control. NewYork, NY: McGraw- Hill, [5] R. Salim, R. Ramos. An Model-Based Approach for Small-Signal Stability Assessment of Unbalanced Power Systems. IEEE Transactions on Power Systems, v.27, p , 212. [6] F. O. Resende, J. Matevosyan and J. V. Milanovic. Application of Dynamic Equivalence Techniques to Derive Aggregated Models of Active Distribution Network Cells and MicroGrids. In Proc. IEEE Grenoble PowerTech 213; 16 Jun Jun 213; Grenoble, France [7] I. Boldea, Synchronous generators. Boca Raton, FL: CRC Press, 26. [8] R. Salim and R. Ramos, A framework for analyzing the small-signal dynamic performance of unbalanced power systems, in Power and Energy Society General Meeting, 211 IEEE, july 211, pp [9] F.P. Demello and C. Concordia. "Concepts of Synchronous Machine Stability as Affected by Excitation Control," in Power Apparatus and Systems, IEEE Transactions on, vol.pas-88, no.4, pp , April 1969 [1] F. L. Pagola, I. J. Pérez-Arriaga, and G. C. Verghese, On sensitivities, residues and participations: Applications to oscillatory stability analysis and control, IEEE Trans. Power Syst., vol. 4, no. 1, Fev [11] D. Trudnowski and J. Pierre, Overview of algorithms for estimating swing modes from measured responses, in Power Energy Society General Meeting, 29. PES 9. IEEE, july 29, pp. 1 8.

Estimação modal para medidas com ruído em sistemas com geração síncrona distribuída

Estimação modal para medidas com ruído em sistemas com geração síncrona distribuída Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São Carlos Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação Trabalho de Conclusão de Curso Estimação modal para medidas com ruído em sistemas com geração

Leia mais

Uma Análise Comparativa entre Duas Abordagens para a Simulação de Transitórios Eletromecânicos de Sistemas de Potência

Uma Análise Comparativa entre Duas Abordagens para a Simulação de Transitórios Eletromecânicos de Sistemas de Potência 1 Uma Análise Comparativa entre Duas Abordagens para a Simulação de Transitórios Eletromecânicos de Sistemas de Potência Jhonatan A. dos Santos, Artur B. Piardi, Jonas R. Pesente, Rodrigo H. Salim, Rodrigo

Leia mais

1 Sistema Máquina-Barra in nita: apresentação e modelagem

1 Sistema Máquina-Barra in nita: apresentação e modelagem EEL 751 - Fundamentos de Controle 1o rabalho Computacional 1 Sistema Máquina-Barra in nita: apresentação e modelagem Modelos do tipo máquina-barra in nita como o representado pelo diagrama uni - lar da

Leia mais

Estudo de Regime Permanente da Conexão de Geração Distribuída em Sistemas De Distribuição Desequilibrados

Estudo de Regime Permanente da Conexão de Geração Distribuída em Sistemas De Distribuição Desequilibrados Estudo de Regime Permanente da Conexão de Geração Distribuída em Sistemas De Distribuição Desequilibrados G. D. Mello, Unisinos, I. C. Dias, Unisinos, R. M. Scheffer, Unisinos e P. R. S. Pereira, Unisinos

Leia mais

ESTUDO E ANÁLISE DE ESTABILIDADE TRANSITÓRIA PARA UM SISTEMA DE 9 BARRAS.

ESTUDO E ANÁLISE DE ESTABILIDADE TRANSITÓRIA PARA UM SISTEMA DE 9 BARRAS. ESTUDO E ANÁLISE DE ESTABILIDADE TRANSITÓRIA PARA UM SISTEMA DE 9 BARRAS. Anderson Rodrigo Piccini 1, Márcio Augusto Tamashiro 2, Dr. Fabio Lima Albuquerque 3, Dr. Geraldo Caixeta Guimarães 4 1 Mestrando

Leia mais

4 Cálculo de Equivalentes Dinâmicos

4 Cálculo de Equivalentes Dinâmicos 4 Cálculo de Equivalentes Dinâmicos 4.1. Introdução Os sistemas de potência interligados vêm adquirindo maior tamanho e complexidade, aumentando a dependência de sistemas de controle tanto em operação

Leia mais

COE879 Técnicas Avançadas de Controle em Sistemas de Potência

COE879 Técnicas Avançadas de Controle em Sistemas de Potência COE879 Técnicas Avançadas de Controle em Sistemas de Potência Glauco Nery Taranto tarang@coep.ufrj.br Resumo da Disciplina Representação no Espaço-Estado Variáveis de estado Matriz de transição Autovalor,

Leia mais

DESEQUILÍBRIO DE TENSÕES EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS AGROINDUSTRIAIS

DESEQUILÍBRIO DE TENSÕES EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS AGROINDUSTRIAIS DESEQUILÍBRIO DE TENSÕES EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS AGROINDUSTRIAIS Ricardo Martini Rodrigues [1] Paulo José Amaral Serni [2] José Francisco Rodrigues [3] Luiz Gonzaga Campos Porto [4] Departamento de Engenharia

Leia mais

Palavras-chave: distribuição de energia elétrica; fluxo de potência; regulador de tensão.

Palavras-chave: distribuição de energia elétrica; fluxo de potência; regulador de tensão. Desenvolvimento e Modelagem de Regulador de Tensão para Fluxo de Potência em Redes de Distribuição de Energia Elétrica Rodrigo Mendonça de CARVALHO; Antônio Cesar Baleeiro ALVES Escola de Engenharia Elétrica

Leia mais

Engenharia Elétrica UMC Eletrônica de Potência I Prof. Jose Roberto Marques

Engenharia Elétrica UMC Eletrônica de Potência I Prof. Jose Roberto Marques Engenharia Elétrica UMC Eletrônica de Potência I Prof. Jose Roberto Marques 1º) O circuito abaixo corresponde a um nó de uma rede elétrica onde admitimos que a tensão de nó é invariável e que as cargas

Leia mais

Modelo de Controle Adaptativo de Excitação de Gerador Síncrono Baseado em Lógica Paraconsistente

Modelo de Controle Adaptativo de Excitação de Gerador Síncrono Baseado em Lógica Paraconsistente Unisanta Science and Technology, 2016, 16, December Published Online 2016 Vol.5 N o 3 http://periodicos.unisanta.br/index.php/sat) UNISANTA Science and Technology ISSN 2317-1316 Modelo de Controle Adaptativo

Leia mais

4 Cálculo de Equivalentes Dinâmicos

4 Cálculo de Equivalentes Dinâmicos 4 Cálculo de Equivalentes Dinâmicos 4.1 Introdução O crescimento do sistema de energia elétrica, o aumento do número de interligações e a sofisticação dos modelos para representação dos componentes de

Leia mais

Lista de Exercícios 2 (Fonte: Fitzgerald, 6ª. Edição)

Lista de Exercícios 2 (Fonte: Fitzgerald, 6ª. Edição) Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia Curso de Graduação em Engenharia Elétrica Disciplina: Conversão da Energia Lista de Exercícios 2 (Fonte: Fitzgerald, 6ª. Edição) 5.3) Cálculos

Leia mais

MODELAGEM MATEMÁTICA E SIMULAÇÃO DO MOTOR BRUSHLESS 1

MODELAGEM MATEMÁTICA E SIMULAÇÃO DO MOTOR BRUSHLESS 1 MODELAGEM MATEMÁTICA E SIMULAÇÃO DO MOTOR BRUSHLESS 1 Gustavo Cordeiro Dos Santos 2, Luis Fernando Sauthier 3, Manuel Martín Pérez Reimbold 4, Airam Teresa Zago Romcy Sausen 5, Paulo Sérgio Sausen 6. 1

Leia mais

Modelo do Motor a Relutância Variável com Base na Energia Magnética Armazenada

Modelo do Motor a Relutância Variável com Base na Energia Magnética Armazenada Modelo do Motor a Relutância Variável com Base na Energia Magnética Armazenada SILVA, Fabiana Rocha de Andrade e i ; ALVARENGA, Bernardo ii Palavras-chave: motor a relutância variável, energia magnética,

Leia mais

Rodrigo Hartstein Salim

Rodrigo Hartstein Salim Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São Carlos Departamento de Engenharia Elétrica Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Rodrigo Hartstein Salim Uma Nova Abordagem para a Análise

Leia mais

SISTEMAS ELÉTRICOS. CURTO CIRCUITO Aula 2 Prof. Jáder de Alencar Vasconcelos

SISTEMAS ELÉTRICOS. CURTO CIRCUITO Aula 2 Prof. Jáder de Alencar Vasconcelos SISTEMAS ELÉTRICOS CURTO CIRCUITO Aula 2 Prof. Jáder de Alencar Vasconcelos Corrente inicial de curto circuito A corrente logo após a ocorrência de curtos circuitos tem duas componentes, uma senoidal e

Leia mais

3 Avaliação da segurança dinâmica de sistemas de energia elétrica: Resultados

3 Avaliação da segurança dinâmica de sistemas de energia elétrica: Resultados 3 Avaliação da segurança dinâmica de sistemas de energia elétrica: Resultados 3.1 Introdução O presente capítulo apresenta os resultados obtidos da aplicação do método de avaliação da segurança dinâmica

Leia mais

GABARITO ERP20. Questão 1. Questão 2. Questão 3. ( ) e pu. b) pu; pu; pu e pu. As correntes subtransitórias no gerador e no motor são: pu pu

GABARITO ERP20. Questão 1. Questão 2. Questão 3. ( ) e pu. b) pu; pu; pu e pu. As correntes subtransitórias no gerador e no motor são: pu pu GABARITO ERP20 Questão 1 a) ( ) e pu b) pu; pu; ka c) pu e pu As correntes subtransitórias no gerador e no motor são: Questão 2 pu pu a) O barramento infinito equivale a localização de uma máquina de -

Leia mais

Controle de tensão em sistemas de distribuição com tensões desbalanceadas utilizando unidades eólicas de geração

Controle de tensão em sistemas de distribuição com tensões desbalanceadas utilizando unidades eólicas de geração https://eventos.utfpr.edu.br//sicite/sicite2017/index Controle de tensão em sistemas de distribuição com tensões desbalanceadas utilizando unidades eólicas de geração RESUMO Bruna Neres Ferreira de Jesus

Leia mais

Sistemas de Controle 2

Sistemas de Controle 2 Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia Sistemas de Controle 2 Cap.9 Projeto por Intermédio do Lugar das Raízes Prof. Dr. Marcos Lajovic Carneiro Sistemas de Controle 2 Prof. Dr.

Leia mais

Estabilidade de Sistemas de Potência a Pequenas Perturbações

Estabilidade de Sistemas de Potência a Pequenas Perturbações Estabilidade de Sistemas de Potência a Pequenas Perturbações Prof. Antonio Simões Costa Grupo Sist. Potência - UFSC A. Simões Costa (GSP/UFSC) Estab. a Peqs. Perturbs. 1 / 12 Equação de Oscilação para

Leia mais

4 Cálculo de Equivalentes Dinâmicos

4 Cálculo de Equivalentes Dinâmicos 4 Cálculo de Equivalentes Dinâmicos 4.1 Introdução Com o elevado índice de expansão dos sistemas elétricos de potência, os freqüentes aumentos nas interligações e o alto número de variáveis que envolvem

Leia mais

Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia II Lista 7

Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia II Lista 7 Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia II Lista 7 Exercícios extraídos do livro: FITZGERALD, A. E., KINGSLEY Jr. C. E UMANS, S. D. Máquinas Elétricas: com Introdução à Eletrônica De Potência.

Leia mais

Conversão de Energia II

Conversão de Energia II Departamento de Engenharia Elétrica Aula 6.1 Máquinas Síncronas Prof. João Américo Vilela Bibliografia FITZGERALD, A. E., KINGSLEY Jr. C. E UMANS, S. D. Máquinas Elétricas: com Introdução à Eletrônica

Leia mais

PSI.3031 LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELETRICOS INTRODUÇÃO TEÓRICA EXPERIÊNCIA 10: REDES DE SEGUNDA ORDEM

PSI.3031 LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELETRICOS INTRODUÇÃO TEÓRICA EXPERIÊNCIA 10: REDES DE SEGUNDA ORDEM ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos PSI - EPUSP PSI.3031 LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELETRICOS INTRODUÇÃO TEÓRICA Edição 2017 E.Galeazzo / L.Yoshioka

Leia mais

Controle de Sistemas Interligados. Prof. Glauco Nery Taranto Departamento de Engenharia Elétrica POLI/UFRJ

Controle de Sistemas Interligados. Prof. Glauco Nery Taranto Departamento de Engenharia Elétrica POLI/UFRJ Controle de Sistemas Interligados Prof. Glauco Nery Taranto Departamento de Engenharia Elétrica POLI/UFRJ Regulação de Tensão Curso EEE612 CSI (Prof. Glauco Taranto) 2 Diagrama esquemático de um gerador

Leia mais

Capítulo 5 Resultados e Simulações P á g i n a 80 5. Resultados e Simulações 5.1. Introdução Neste Capítulo são apresentados os resultados obtidos a partir de simulações de dois sistemas multimáquinas

Leia mais

Operação e Controle de Sistemas Elétricos de Potência Lista de Exercícios No. 5 Não Precisa Entregar Exercícios sobre Geradores Síncronos

Operação e Controle de Sistemas Elétricos de Potência Lista de Exercícios No. 5 Não Precisa Entregar Exercícios sobre Geradores Síncronos Operação e Controle de Sistemas Elétricos de Potência Lista de Exercícios No. 5 Não Precisa Entregar Exercícios sobre Geradores Síncronos 1. Um Gerador Síncrono de 2300 Volts, potência de 1000 kva, fator

Leia mais

3 Agregação Dinâmica de Modelos de Estabilizadores com Duplo Canal de Entrada: Resultados

3 Agregação Dinâmica de Modelos de Estabilizadores com Duplo Canal de Entrada: Resultados 3 Agregação Dinâmica de Modelos de Estabilizadores com Duplo Canal de Entrada: Resultados 3.1 Introdução Neste capítulo serão apresentados os resultados obtidos com a aplicação da metodologia de agregação

Leia mais

ANÁLISE DE ROBUSTEZ DA ESTABILIDADE ANGULAR DE SISTEMAS DE POTÊNCIA

ANÁLISE DE ROBUSTEZ DA ESTABILIDADE ANGULAR DE SISTEMAS DE POTÊNCIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO USP ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E DE COMPUTAÇÃO STEFÂNIA RODRIGUES DE SOUZA BARRA ANÁLISE DE ROBUSTEZ DA ESTABILIDADE ANGULAR DE SISTEMAS

Leia mais

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Marcos Antonio Albuquerque Agregação Dinâmica de Modelos de Estabilizadores com Dupla Entrada para o Cálculo de Equivalentes Dinâmicos DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Programa

Leia mais

Grandes instalações, com um elevado número de cargas não lineares, apresentam um baixo fator de potência devido à distorção harmônica de corrente

Grandes instalações, com um elevado número de cargas não lineares, apresentam um baixo fator de potência devido à distorção harmônica de corrente Introdução Grandes instalações, com um elevado número de cargas não lineares, apresentam um baixo fator de potência devido à distorção harmônica de corrente A IEEE 519-1992 limita os harmônicos de corrente

Leia mais

Retificadores com tiristores

Retificadores com tiristores Retificadores com tiristores 5 O retificador controlado trifásico de meia onda Os retificadores trifásicos são alimentados pela rede de energia trifásica cujas tensões podem ser descritas pelas expressões

Leia mais

SEL 329 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA. Aula 20

SEL 329 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA. Aula 20 SEL 329 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA Aula 20 Aula de Hoje Introdução à máquina síncrona trifásica Características Básicas de uma Máquina Síncrona O enrolamento de campo é posicionado no rotor; O

Leia mais

Conversor pleno monofásico: Conversor pleno trifásico: onde V s é a tensão eficaz de fase e α o ângulo de disparo dos tiristores.

Conversor pleno monofásico: Conversor pleno trifásico: onde V s é a tensão eficaz de fase e α o ângulo de disparo dos tiristores. ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I CONTROLE DE MALHA FECHADA PARA MOTORES CC Parte 2 Modelagem do Conversor e Sincronização para Disparo Para qualquer sistema operando em malha fechada é fundamental conhecer o modelo

Leia mais

Característica de Regulação do Gerador de Corrente Contínua com Excitação Independente

Característica de Regulação do Gerador de Corrente Contínua com Excitação Independente Experiência V Característica de Regulação do Gerador de Corrente Contínua com Excitação Independente 1. Introdução A mesma máquina de corrente contínua de fabricação ANEL utilizada no ensaio precedente

Leia mais

Uma Proposta para Controle de Velocidade de DFIG

Uma Proposta para Controle de Velocidade de DFIG Uma Proposta para Controle de Velocidade de DFIG Camila M. V. Barros 1, Luciano S. Barros 1, Aislânia A. Araújo 1, Iguatemi E. Fonseca 1 1 Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) Mossoró RN Brasil

Leia mais

Máquinas Elétricas. Máquinas Síncronas Parte I. Geradores

Máquinas Elétricas. Máquinas Síncronas Parte I. Geradores Máquinas Elétricas Máquinas Síncronas Parte I Geradores Introdução Em um gerador síncrono, um campo magnético é produzido no rotor. través de um ímã permanente ou de um eletroímã (viabilizado por uma corrente

Leia mais

3 Avaliação da Existência do Fenômeno

3 Avaliação da Existência do Fenômeno 3 Avaliação da Existência do Fenômeno 3.1 Descrição e Importância do Problema Os geradores síncronos são fontes primárias de potência reativa e são em grande parte responsáveis pela manutenção de um adequado

Leia mais

PROPOSTA DE UM MODELO PARA ANÁLISE DE ESTABILIDADE A PEQUENAS PERTURBAÇÕES BASEADO NA LEI DE KIRCHHOFF PARA CORRENTES

PROPOSTA DE UM MODELO PARA ANÁLISE DE ESTABILIDADE A PEQUENAS PERTURBAÇÕES BASEADO NA LEI DE KIRCHHOFF PARA CORRENTES PROPOSTA DE UM MODELO PARA ANÁLISE DE ESTABILIDADE A PEQUENAS PERTURBAÇÕES BASEADO NA LEI DE KIRCHHOFF PARA CORRENTES Carlos Rezende de Pádua Júnior, André Luiz Miyahara Takahashi, Marcos Amorielle Furini,

Leia mais

AULA LAB 01 SINAIS SENOIDAIS

AULA LAB 01 SINAIS SENOIDAIS CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ELETRÔNICA Retificadores (ENG - 20301) AULA LAB 01 SINAIS SENOIDAIS 1 INTRODUÇÃO Esta aula de laboratório tem por objetivo consolidar

Leia mais

FastSim ++ Simulação de Média e Longa Duração para Estudos de Controle e Estabilidade de Tensão

FastSim ++ Simulação de Média e Longa Duração para Estudos de Controle e Estabilidade de Tensão FastSim ++ Simulação de Média e Longa Duração para Estudos de Controle e Estabilidade de Tensão M Alessandro Manzoni* Glauco N. Taranto* Djalma M. Falcão* udanças estruturais no setor elétrico têm produzido

Leia mais

XIX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica

XIX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica XIX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI 2010 22 a 26 de novembro São Paulo - SP - Brasil Impacto da Geração Distribuída no Sistema Elétrico de Distribuição da Concessionária, Considerando-se

Leia mais

DETECÇÃO DE ILHAMENTO EM GERAÇÃO DISTRIBUÍDA ATRAVÉS DA CLASSIFICAÇÃO DE PADRÕES DE FREQUÊNCIA

DETECÇÃO DE ILHAMENTO EM GERAÇÃO DISTRIBUÍDA ATRAVÉS DA CLASSIFICAÇÃO DE PADRÕES DE FREQUÊNCIA DETECÇÃO DE ILHAMENTO EM GERAÇÃO DISTRIBUÍDA ATRAVÉS DA CLASSIFICAÇÃO DE PADRÕES DE FREQUÊNCIA Kaynan Maresch Ghendy Cardoso Junior Gustavo Marchesan Universidade Federal do Pampa Bagé, Brasil Daniel Bernadon

Leia mais

METODOLOGIA E IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL PARA ANÁLISE DA ESTABILIDADE A PEQUENOS SINAIS EM MÚLTIPLOS CENÁRIOS. Thiago José Masseran Antunes Parreiras

METODOLOGIA E IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL PARA ANÁLISE DA ESTABILIDADE A PEQUENOS SINAIS EM MÚLTIPLOS CENÁRIOS. Thiago José Masseran Antunes Parreiras METODOLOGIA E IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL PARA ANÁLISE DA ESTABILIDADE A PEQUENOS SINAIS EM MÚLTIPLOS CENÁRIOS Thiago José Masseran Antunes Parreiras Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de

Leia mais

Aplicações de Conversores Estáticos de Potência

Aplicações de Conversores Estáticos de Potência Universidade Federal do ABC Pós-graduação em Engenharia Elétrica Aplicações de Conversores Estáticos de Potência José L. Azcue Puma, Prof. Dr. Conversores CC/CA Conectados à Rede Elétrica 1 Conversor Monofásico

Leia mais

1 Introdução. 1.1 Considerações Gerais

1 Introdução. 1.1 Considerações Gerais 1 Introdução 1.1 Considerações Gerais Depois de seguidas ocorrências de colapso em sistemas elétricos devido ao fenômeno de estabilidade de tensão, o assunto tornou-se tema de muitos estudos. O sistema

Leia mais

Capítulo 1 Introdução aos princípios de máquinas 1. Capítulo 2 Transformadores 65. Capítulo 3 Fundamentos de máquinas CA 152

Capítulo 1 Introdução aos princípios de máquinas 1. Capítulo 2 Transformadores 65. Capítulo 3 Fundamentos de máquinas CA 152 resumido Capítulo 1 Introdução aos princípios de máquinas 1 Capítulo 2 Transformadores 65 Capítulo 3 Fundamentos de máquinas CA 152 Capítulo 4 Geradores síncronos 191 Capítulo 5 Motores síncronos 271 Capítulo

Leia mais

Ajuste Coordenado de Parâmetros dos Controladores ESP e TCSC-POD

Ajuste Coordenado de Parâmetros dos Controladores ESP e TCSC-POD Ajuste Coordenado de Parâmetros dos Controladores ESP e TCSC-POD M. M. de Menezes, P. B. de Araujo Resumo-- Com objetivo de introduzir amortecimento adicional às oscilações de baixa frequência do sistema

Leia mais

6 Controlador de Estado

6 Controlador de Estado 6 Controlador de Estado Apresenta-se a seguir o método para implementação do sistema de controle por estados (Ogata, 1990). Considera-se agora o sistema representado em sua forma de estado: (25) cujo o

Leia mais

Determinação da Reatância Síncrona Campos Girantes Máquina Síncrona ligada ao Sistema de Potência Gerador e Motor Síncrono

Determinação da Reatância Síncrona Campos Girantes Máquina Síncrona ligada ao Sistema de Potência Gerador e Motor Síncrono Máquinas Síncronas Determinação da Reatância Síncrona Campos Girantes Máquina Síncrona ligada ao Sistema de Potência Gerador e Motor Síncrono Aula Anterior Circuito Equivalente por fase O Alternador gerava

Leia mais

A INFLUÊNCIA DO MODO DE OPERAÇÃO DO SSSC NA ESTABILIDADE DE ÂNGULO DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA

A INFLUÊNCIA DO MODO DE OPERAÇÃO DO SSSC NA ESTABILIDADE DE ÂNGULO DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA A INFLUÊNCIA DO MODO DE OPERAÇÃO DO SSSC NA ESTABILIDADE DE ÂNGULO DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA Marcelo S. Castro mcastro@dsee.fee.unicamp.br Igor Kopcak kopcak@dsee.fee.unicamp.br Luiz Carlos P.

Leia mais

4 Análise em Regime Permanente e Dinâmico de um Gerador

4 Análise em Regime Permanente e Dinâmico de um Gerador 4 Análise em Regime Permanente e Dinâmico de um Gerador 4.1 Introdução O objetivo é estender a análise em regime permanente e no domínio do tempo realizadas no Capítulo 3 para um sistema mais bem elaborado

Leia mais

Análises, interpretações e soluções de algumas questões do ENADE por: Prof. José Roberto Marques. Docente da Universidade de Mogi das Cruzes

Análises, interpretações e soluções de algumas questões do ENADE por: Prof. José Roberto Marques. Docente da Universidade de Mogi das Cruzes Análises, interpretações e soluções de algumas questões do ENADE por: Prof. José Roberto Marques Docente da Universidade de Mogi das Cruzes a) Para o sistema ser estável, todos os polos do mesmo devem

Leia mais

Introdução aos Sistemas de Energia Elétrica

Introdução aos Sistemas de Energia Elétrica Introdução aos Sistemas de Energia Elétrica Prof. Dr. Roberto Cayetano Lotero E-mail: roberto.lotero@gmail.com Telefone: 35767147 Centro de Engenharias e Ciências Exatas Foz do Iguaçu 14/10/013 1 O problema

Leia mais

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DINÂMICO DE UMA MÁQUINA SÍNCRONA E SEUS CONTROLES EM UM SISTEMA ELÉTRICO COM GERAÇÃO DISTRIBUÍDA VIA ATPDRAW

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DINÂMICO DE UMA MÁQUINA SÍNCRONA E SEUS CONTROLES EM UM SISTEMA ELÉTRICO COM GERAÇÃO DISTRIBUÍDA VIA ATPDRAW ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DINÂMICO DE UMA MÁQUINA SÍNCRONA E SEUS CONTROLES EM UM SISTEMA ELÉTRICO COM GERAÇÃO DISTRIBUÍDA VIA ATPDRAW L. M. Peres 1, L. S. Marroques 1, M. L. R. Chaves 1, G. C. Guimarães

Leia mais

Disciplina: Eletrônica de Potência (ENGC48)

Disciplina: Eletrônica de Potência (ENGC48) Universidade Federal da Bahia Escola Politécnica Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Eletrônica de Potência (ENGC48) Tema: Conversores CA-CC Trifásicos Controlados Prof.: Eduardo Simas eduardo.simas@ufba.br

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHRIA DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA. 2ª Lista de SEL0417 Fundamentos de Controle.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHRIA DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA. 2ª Lista de SEL0417 Fundamentos de Controle. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHRIA DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ª Lista de SEL0417 undamentos de Controle Professor: Rodrigo Andrade Ramos Questão 1 Suponha que um satélite

Leia mais

Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013

Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013 UM MÉTODO PRÁTICO PARA REPRESENTAÇÃO DE TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA BASEADO EM MEDIÇÕES DE RESPOSTA EM FREQUÊNCIA Rogério Magalhães de Azevedo Marcelo Guimarães Rodrigues Walter Cerqueira CEPEL RESUMO

Leia mais

4 ANÁLISE COMPARATIVA DOS MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DA CORRENTE DE SEQÜÊNCIA NEGATIVA

4 ANÁLISE COMPARATIVA DOS MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DA CORRENTE DE SEQÜÊNCIA NEGATIVA 27 4 ANÁLISE COMPARATIVA DOS MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DA CORRENTE DE SEQÜÊNCIA NEGATIVA Os métodos estudados no cap.3 para extração das componentes de seqüência negativa são analisados e comparados a partir

Leia mais

Aluno Data Curso / Turma Professor

Aluno Data Curso / Turma Professor Apostila Modelagem e Simulação de Sistemas Dinâmicos Aluno Data Curso / Turma Professor 24/10/09 Engenharia Industrial Mecânica / 2006-1 MODELAGEM MATEMÁTICA DE SISTEMAS DINÂMICOS Everton Farina, Eng.º

Leia mais

Controle Inercial de Unidades Eólicas para a Regulação de Frequência em Microrredes

Controle Inercial de Unidades Eólicas para a Regulação de Frequência em Microrredes https://eventos.utfpr.edu.br//sicite/sicite2017/index Controle Inercial de Unidades Eólicas para a Regulação de Frequência em Microrredes RESUMO Sílvia Regina Kroetz silviakroetz@alunos.utfpr.edu.br Universidade

Leia mais

9. EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DE DISPOSITIVOS FACTS

9. EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DE DISPOSITIVOS FACTS 9. EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DE DISPOSITIVOS FACTS Neste capítulo são apresentadas algumas simulações de dispositivos que atuam como compensadores para regular o nível de tensão, amortecer oscilações de velocidade

Leia mais

Máquinas elétricas. Máquinas Síncronas

Máquinas elétricas. Máquinas Síncronas Máquinas síncronas Máquinas Síncronas A máquina síncrona é mais utilizada nos sistemas de geração de energia elétrica, onde funciona como gerador ou como compensador de potência reativa. Atualmente, o

Leia mais

Implementação de controlador PID fuzzy para otimização do controle de posição de um servomotor DC

Implementação de controlador PID fuzzy para otimização do controle de posição de um servomotor DC Implementação de controlador PID fuzzy para otimização do controle de posição de um servomotor DC Ederson Costa dos Santos 1, Leandro Barjonas da Cruz Rodrigues 1, André Maurício Damasceno Ferreira 2 1

Leia mais

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA MOTOR SÍNCRONO. Joaquim Eloir Rocha 1

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA MOTOR SÍNCRONO. Joaquim Eloir Rocha 1 MOTOR SÍNCRONO Joaquim Eloir Rocha 1 Os motores síncronos são usados para a conversão da energia elétrica em mecânica. A rotação do seu eixo está em sincronismo com a frequência da rede. n = 120 p f f

Leia mais

ANÁLISE DINÂMICA FRENTE A PEQUENAS E GRANDES PERTURBAÇÕES DO SISTEMA ELÉTRICO ACRE-RONDÔNIA. Renata Ribeiro Silva

ANÁLISE DINÂMICA FRENTE A PEQUENAS E GRANDES PERTURBAÇÕES DO SISTEMA ELÉTRICO ACRE-RONDÔNIA. Renata Ribeiro Silva ANÁLISE DINÂMICA FRENTE A PEQUENAS E GRANDES PERTURBAÇÕES DO SISTEMA ELÉTRICO ACRE-RONDÔNIA Renata Ribeiro Silva Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica,

Leia mais

Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia II Lista 3

Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia II Lista 3 Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia II Lista 3 Exercícios extraídos do livro: FITZGERALD, A. E., KINGSLEY Jr. C. E UMANS, S. D. Máquinas Elétricas: com Introdução à Eletrônica De Potência.

Leia mais

Em um gerador síncrono, uma corrente contínua é aplicada ao enrolamento do rotor, o qual produz um campo magnético;

Em um gerador síncrono, uma corrente contínua é aplicada ao enrolamento do rotor, o qual produz um campo magnético; Relembrando... Em um gerador síncrono, uma corrente contínua é aplicada ao enrolamento do rotor, o qual produz um campo magnético; Como o rotor é girado por uma força mecânica, se produz um campo magnético

Leia mais

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 25 Estabilidade Longitudinal Dinâmica

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 25 Estabilidade Longitudinal Dinâmica Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 25 Estabilidade Longitudinal Dinâmica Tópicos Abordados Estabilidade Longitudinal Dinâmica. Modos de Estabilidade Longitudinal Dinâmica. Análise do modo de Pughoid.

Leia mais

O sistema utilizado foi o de 6 barras, cujos dados foram apresentados na

O sistema utilizado foi o de 6 barras, cujos dados foram apresentados na 5 Resultados 5.1. Introdução Este capítulo tem por objetivo principal apresentar os resultados obtidos ao utilizar as modelagens apresentadas nesta dissertação. Foram desenvolvidos programas no ambiente

Leia mais

SVC Static VAr Compensator. Juliano Menezes Luis Gustavo Dias de Souza

SVC Static VAr Compensator. Juliano Menezes Luis Gustavo Dias de Souza SVC Static VAr Compensator Juliano Menezes Luis Gustavo Dias de Souza Introdução Excesso de reativo: Baixo FP; Aumento das correntes que percorrem os condutores, levando a maiores perdas; Punições, multas;

Leia mais

Conversão de Energia II

Conversão de Energia II Departamento de Engenharia Elétrica Aula 6.3 Máquinas Síncronas Prof. João Américo Vilela Máquina Síncrona Representação Fasorial Motor síncrono operando sobre-excitado E af > V t (elevada corrente de

Leia mais

9º ENTEC Encontro de Tecnologia: 23 a 28 de novembro de 2015

9º ENTEC Encontro de Tecnologia: 23 a 28 de novembro de 2015 MATPOWER COMO FERRAMENTA PARA ANÁLISE DO FLUXO DE POTÊNCIA EM SISTEMAS DE ENERGIA ELÉTRICA Pablo Henrique Camilo Capuchinho 1 ; Edilberto Pereira Teixeira 2 1, 2 Universidade de Uberaba pablo.henriquecamilo@gmail.com¹;

Leia mais

Agregação Dinâmica de Turbinas e Reguladores de Velocidade: Modelos 02, 03 e 05 do Anatem

Agregação Dinâmica de Turbinas e Reguladores de Velocidade: Modelos 02, 03 e 05 do Anatem David Francisco Delgado Paco Agregação Dinâmica de Turbinas e Reguladores de Velocidade: Modelos 02, 03 e 05 do Anatem Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação em Engenharia

Leia mais

PEA 2504 LABORATÓRIO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 1º. Semestre 2006 Profs. Ivan Chabu e Viviane

PEA 2504 LABORATÓRIO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 1º. Semestre 2006 Profs. Ivan Chabu e Viviane PEA 2504 LABORATÓRIO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 1º. Semestre 2006 Profs. Ivan Chabu e Viviane MÁQUINAS SÍNCRONAS Parte II - Troca de Potências Ativa e Reativa I - Objetivos - Observação da operação da máquina

Leia mais

PEA 2404 MÁQUINAS ELÉTRICAS E ACIONAMENTOS

PEA 2404 MÁQUINAS ELÉTRICAS E ACIONAMENTOS PEA 2404 MÁQUINAS ELÉTRICAS E ACIONAMENTOS Resumo das notas de aula 1 A1 PROGRAMA: 1 MÁQUINAS ASSÍNCRONAS: Caracterização e classificação das máquinas assíncronas - Aspectos construtivos Princípio de funcionamento

Leia mais

CONTROLADOR FUZZY PARA MOTOR A RELUTÂNCIA. Dr. Tauler Teixeira Borges Departamento de Engenharia Universidade Católica de Goiás

CONTROLADOR FUZZY PARA MOTOR A RELUTÂNCIA. Dr. Tauler Teixeira Borges Departamento de Engenharia Universidade Católica de Goiás CONTROLADOR FUZZY PARA MOTOR A RELUTÂNCIA Dr. Tauler Teixeira Borges Departamento de Engenharia Universidade Católica de Goiás Dr. Haroldo Rodrigues de Azevedo Faculdade de Engenharia Elétrica Universidade

Leia mais

SISTEMAS ELÉTRICOS. CURTO CIRCUITO Aula 1 - Introdução Prof. Jáder de Alencar Vasconcelos

SISTEMAS ELÉTRICOS. CURTO CIRCUITO Aula 1 - Introdução Prof. Jáder de Alencar Vasconcelos SISTEMAS ELÉTRICOS CURTO CIRCUITO Aula 1 - Introdução Prof. Jáder de Alencar Vasconcelos INTRODUÇÃO O fenômeno curto-circuito pode ser definido como uma conexão de impedância muito baixa entre pontos de

Leia mais

Motores Síncronos de Ímãs Permanentes com Partida Direta da Rede

Motores Síncronos de Ímãs Permanentes com Partida Direta da Rede Máquinas Elétricas Especiais Motores Síncronos de Ímãs Permanentes com Partida Direta da Rede Line-Start PM Motors Prof. Sebastião Lauro Nau, Dr. Eng. Set 2017 Introdução - Foram inicialmente estudados

Leia mais

TE 274 Tópicos Avançados em Eletrônica I. Cap. 5 Desequilíbrio de tensão. Prof. Mateus Duarte Teixeira

TE 274 Tópicos Avançados em Eletrônica I. Cap. 5 Desequilíbrio de tensão. Prof. Mateus Duarte Teixeira TE 274 Tópicos Avançados em Eletrônica I Cap. 5 Desequilíbrio de tensão Prof. Mateus Duarte Teixeira 1. Definição O desequilíbrio em um sistema elétrico trifásico é uma condição na qual as três fases apresentam

Leia mais

A Circuitos trifásicos

A Circuitos trifásicos apêndice A Circuitos trifásicos Atualmente, quase toda a geração de energia elétrica e a maioria da transmissão de energia elétrica no mundo ocorrem na forma de circuitos CA trifásicos. Um sistema de potência

Leia mais

Curso sobre Medição Fasorial. Melhoria da Estabilidade Usando Sinais de SPMS

Curso sobre Medição Fasorial. Melhoria da Estabilidade Usando Sinais de SPMS Curso sobre Medição Fasorial Teoria e Prática Melhoria da Estabilidade Usando Sinais de SPMS Prof. Aguinaldo S. Silva Labspot / UFSC Daniel Dotta LabPlan / UFSC 08-09/11/2007 Objetivo da Apresentação Apresentar

Leia mais

UMA CONTRIBUIÇÃO À ALOCAÇÃO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA, A

UMA CONTRIBUIÇÃO À ALOCAÇÃO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA, A UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA UMA CONTRIBUIÇÃO À ALOCAÇÃO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA, A INSERÇÃO DE PCHS COM MÁQUINAS SÍNCRONAS NOS

Leia mais

CAPÍTULO 7 Projeto usando o Lugar Geométrico das Raízes

CAPÍTULO 7 Projeto usando o Lugar Geométrico das Raízes CAPÍTULO 7 Projeto usando o Lugar Geométrico das Raízes 7.1 Introdução Os objetivos do projeto de sistemas de controle foram discutidos no Capítulo 5. No Capítulo 6 foram apresentados métodos rápidos de

Leia mais

Modelagem de Aerogeradores em Estudos Elétricos

Modelagem de Aerogeradores em Estudos Elétricos Encontro Internacional de Energia Eólica 3o. Painel Tecnologia e Integração de Centrais Elétricas à Rede Modelagem de Aerogeradores em Estudos Elétricos Natal, RN 22 de Setembro de 2005 Nelson Martins

Leia mais

ANÁLISE DAS INFLUÊNCIAS DE VARIAÇÕES NOS GANHOS E CONSTANTES DE TEMPO EM UM REGULADOR DE FATOR DE POTÊNCIA UTILIZANDO O ATP-EMTP

ANÁLISE DAS INFLUÊNCIAS DE VARIAÇÕES NOS GANHOS E CONSTANTES DE TEMPO EM UM REGULADOR DE FATOR DE POTÊNCIA UTILIZANDO O ATP-EMTP ANÁLISE DAS INFLUÊNCIAS DE VARIAÇÕES NOS GANHOS E CONSTANTES DE TEMPO EM UM REGULADOR DE FATOR DE POTÊNCIA UTILIZANDO O ATP-EMTP M.J.B.B. Davi, J.R.C de Almeida, C. B. dos Santos, F. A. M. Moura Universidade

Leia mais

3 Análise do Efeito do Controle de Tensão em Geradores

3 Análise do Efeito do Controle de Tensão em Geradores 3 Análise do Efeito do Controle de Tensão em Geradores O interesse é avaliar o efeito de ações de controle em regime permanente e no domínio do tempo. Para tal é necessário conhecer as características

Leia mais

INTERFACE GRÁFICA EM MATLAB PARA ESTUDO DE ESTABILIDADE TRANSITÓRIA DE UM SISTEMA MÁQUINA - BARRAMENTO INFINITO

INTERFACE GRÁFICA EM MATLAB PARA ESTUDO DE ESTABILIDADE TRANSITÓRIA DE UM SISTEMA MÁQUINA - BARRAMENTO INFINITO INTERFACE GRÁFICA EM MATLAB PARA ESTUDO DE ESTABILIDADE TRANSITÓRIA DE UM SISTEMA MÁQUINA - BARRAMENTO INFINITO Mateus F. Silva * ¹, Geraldo C. Guimarães 1, Thales L. Oliveira 1, Thiago S. Lima 1 ¹FEELT

Leia mais

Controle com comunicação explícita entre unidades de GD Eletrônica de Potência para Redes Ativas de Distribuição

Controle com comunicação explícita entre unidades de GD Eletrônica de Potência para Redes Ativas de Distribuição Controle com comunicação explícita entre unidades de GD Eletrônica de Potência para Redes Ativas de Distribuição Marcelo Lobo Heldwein, Dr. Sc. Refs.: Controle descentralizado para

Leia mais

Circuitos Elétricos II

Circuitos Elétricos II Universidade Federal do ABC Eng. de Instrumentação, Automação e Robótica Circuitos Elétricos II José Azcue, Prof. Dr. Circuitos Trifásicos 1 Sistemas Polifásicos Um sistema com n > 2 grandezas alternadas

Leia mais

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ENG JR ELETRON 2005 29 O gráfico mostrado na figura acima ilustra o diagrama do Lugar das Raízes de um sistema de 3ª ordem, com três pólos, nenhum zero finito e com realimentação de saída. Com base nas

Leia mais

Controle de Sistemas Interligados. Prof. Glauco Nery Taranto Departamento de Engenharia Elétrica POLI/UFRJ

Controle de Sistemas Interligados. Prof. Glauco Nery Taranto Departamento de Engenharia Elétrica POLI/UFRJ Controle de Sistemas Interligados Prof. Glauco Nery Taranto Departamento de Engenharia Elétrica POLI/UFRJ Sistema de Transmissão 2 Bacias Hidrográficas Brasileiras 3 Bacias Hidrográficas 4 Bacias Hidrográficas

Leia mais

Controle de Velocidade

Controle de Velocidade 1 Capítulo 1 Controle de Velocidade 1.1 Objetivos O objetivo neste experimento é projetar um controlador que regule a velocidade do eixo do motor. O procedimento será baseado na análise da resposta em

Leia mais

8 Referências Bibliográficas

8 Referências Bibliográficas 8 Referências Bibliográficas [1] P. Kundur, Power System Stability And Control, Palo Alto, California: McGraw-Hill, Inc, 1994. [2] Operador Nacional do Sistema - ONS, Procedimentos de Rede-Submódulo 23.3,

Leia mais

Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013

Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013 NOVA ARQUITETURA PARA O LIMITADOR DE SUBEXCITAÇÃO UEL, UTILIZADO EM REGULADORES DE TENSÃO W. Seal* P.P.C.Mendes** *CHESF **UNIFEI RESUMO As unidades geradoras têm como elemento de controle para sua tensão

Leia mais

Análise Efeito Controle

Análise Efeito Controle 146 7 Análise do Efeito do Controle de Tensão com Compensadores Estáticos de Reativos (CER) em um Sistema-Teste de 39 Barras, em Regime Permanente e Dinâmico 7.1 Introdução Neste capítulo, para comprovar

Leia mais

XVIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica. Aplicação de Disjuntores em Geradores de Média Potência

XVIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica. Aplicação de Disjuntores em Geradores de Média Potência XVIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica Olinda - Pernambuco - Brasil SENDI 2008-06 a 10 de outubro Aplicação de Disjuntores em Geradores de Média Potência Lucilius C. Pinto Marcelo

Leia mais