TEM, TEM, A BAIANINHA TEM : Patrimônio Cultural do Brasil. Debora Simões de Souza.

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1 TEM, TEM, A BAIANINHA TEM : Patrimônio Cultural do Brasil. Debora Simões de Souza. Resumo: O presente trabalho pretenderá apresentar o Ofício das Baianas de Acarajé no âmbito de Patrimônio Cultural do Brasil, salientando o papel das próprias baianas no processo de registro deste ofício reconhecendo-as como agentes sociais ativas na valorização e salvaguarda desse bem. Este trabalho pretende discutir a questão do patrimônio, no âmbito brasileiro, que está ligada a afirmação de uma identidade nacional. Para desenvolver políticas de salvaguarda e proteção foram criados órgãos estaduais e federais, como o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN). O processo de inventarização do Oficio da Baiana de Acarajé visto como uma articulação de grupos da sociedade civil, e, também, salientando as ações da União na valorização de bens de natureza imaterial. Palavras-chave: Patrimônio, Ofício das Baianas de Acarajé, Inventário. Abstract: This work intends to present the Office of the Baiana de Acarajé under the Cultural Heritage of Brazil emphasizing the role of the baianas in the process Registration of this letter acknowledging them as active social agents in the recovery and safeguard this right. This paper discusses the issue of patrimony, in Brazil, which is connected to an affirmation of national identity. To develop policies for safeguarding and protection were created state and federal agencies such as the Institute of Artistic Heritage (IPHAN). The process of inventarização the Office of the Baiana Acarajé seenas an articulation of civil society groups and also noting the actions of the Union in the valuation of assets of an intangible nature. Keywords: Heritage, Office of the Baiana Acarajé, Inventory. 1. Apontamentos sobre Patrimônio O Ofício das Baianas de Acarajé insere-se no conjunto de bens de natureza imaterial que receberam o registro de Patrimônio Cultural do Brasil, tendo em vista as mudanças históricas ocorridas no contexto brasileiro, salientando como ponto fundamental a criação do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI), espaço de discussão que está situado o Ofício das Baianas de Acarajé. Tal programa foi criado em agosto do ano de 2000, no ministério da República Francisco Weffort, e ratifica as conquistas no processo de expansão e democratização das políticas de salvaguarda dos bens de valor para a construção do Brasil. A criação do Programa, citado anteriormente, insere-se na transformação que adentra a década Mestranda do Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Faculdade de Formação de Professores (UERJ/FFP).

2 de 1970, e que tem uma conquista significativa na Constituição de 1988, com dois artigos que apresentam a importância dos bens populares de natureza imaterial. Porém, os discursos e as narrativas construídas acerca da eleição, proteção, salvaguarda dos patrimônios do Brasil são atividades atribuídas aos agentes ligados a União. O ano de 1937, o da criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), é marcado pela participação de burocratas da elite brasileira no órgão em questão. Para desenvolver políticas de salvaguarda e proteção foram criados órgãos estaduais e federais, como o SPHAN ou IPHAN 1. Neste primeiro momento, o de criação do SPHAN, as políticas de preservação estavam associadas a bens materiais; porém, com o decorrer das mudanças históricas novas formas de bens foram sendo valorizados, principalmente os de natureza imaterial. Segundo Maria Cecília Londres Fonseca (2003) a partir do Decreto do ano de 2000 o Brasil insere-se numa trajetória a que se vinculam as figuras emblemáticas de Mário de Andrade e de Aloísio Magalhães, mas em que se incluem também as sociedades de folcloristas (FONSECA, 2003: 62) e outros movimentos em defesa a minorias negras, indígenas e imigrantes o que autora denomina como os excluídos, que para ela estavam fora da cena do patrimônio cultural brasileiro, montada a partir de 1937 (FONSECA, 2003: 62). Para apresentar os discursos dos agentes dos órgãos da União serão utilizadas fontes escritas, especialmente, o projeto de Lei N 25, a Lei em si, associadas a bibliografia que apresentam as ideias desses homens. Já para apresentar as ações das baianas de acarajé serão empregadas fontes orais, trabalhando com História Oral. Segundo Thompson (1998) a história oral nomeia um desafio aos mitos sagrados da história, ao juízo autoritário essencial a sua tradição. Para este autor um dos pontos positivos da história oral é que nesta é possível uma maior amplitude para que se recrie a multiplicidade original de pontos de vista (THOMPSON, 1998: 25), se comparada a outros tipos de fontes históricas. As Políticas Patrimoniais e o conceito de patrimônio 1 Para Julia Wagner Pereira (2009) o Serviço do Patrimônio e artístico Nacional (SPHAN) foi criado em 1937 este era previsto na Lei nº 25 também deste ano. Já em 1946 este órgão mudou de nome para Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN) e por fim, no ano de 1970 recebeu o nome que conserva até hoje, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

3 No ano de 1936, Mário de Andrade, na época diretor do recém-formado Departamento de Cultura do Estado de São Paulo, elaborou o anteprojeto do que seria um ponto central para as políticas de preservação do patrimônio histórico brasileiro. As primeiras iniciativas da preservação do patrimônio nacional foram organizadas por funcionários especializados ligados ao Estado, como o exemplo, o próprio Mário de Andrade. Para o mesmo o conceito de patrimônio compreendia: todas as obras de arte pura ou aplicada, popular ou erudita, nacional ou estrangeira, pertencentes aos poderes públicos e a organismos sociais e a particulares nacionais, a particulares estrangeiros, residentes no Brasil (CANANI, 2005: 170). De acordo com o já publicado Projeto de Lei n 25, de 30 de novembro de 1937, do Ministro Gustavo Capanema, no governo de Getúlio Vargas sintetiza um dos primeiros passos do Brasil na consolidação do Patrimônio Nacional. Definindo no artigo primeiro, do documento, o conceito de patrimônio histórico e artístico (BRASIL, 1937: 1): Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, que por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, que por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. O artigo citado aponta para a importância da memória nacional dos cidadãos brasileiros, florescendo um sentimento de identidade dos homens nascidos no Brasil, o conteúdo do artigo terceiro aprofunda a importância do sentimento nacional, proibindo e excluindo bens culturais estrangeiros. Segundo Julia Wagner Pereira (2009) é a partir da publicação da Lei n 25 que: passam a compor a coleção nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, cuja proteção é justificada por serem considerados portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira (PEREIRA, 2009: 19). Segundo esta autora o título de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional formaliza e organiza a herança nacional (PREREIRA, 2009: 24) de uma nação. O século XX foi o período do advento de políticas de preservação do Patrimônio em diferentes nações, com o advento do fim da Segunda Guerra Mundial, no quadro mundial do pós-guerra, a UNESCO preocupou-se com o folclore na busca da paz mundial. Segundo

4 Mário de Andrade o folclore 2 é um aparelho de compreensão entre povos distintos, compreensão com base no particular que permite a construção de identidades diferenciadas entre os povos (CAVALCANTI; VILHENA, 1990: 19). Entretanto, no momento de criação da UNESCO o próprio significado do termo folclore era vago e abrangente. Sobre a primeira fase das políticas públicas patrimoniais do Brasil Márcia Chuva (1998) apresenta que o tombamento de bens acabou por consolidar o legado barroco sendo este o testemunho da presença da colonização portuguesa, valorizando-se primordialmente: arquitetura, quadros, edifícios religiosos, militares, civis e públicos e, sobretudo, conjuntos urbanos do período da colonização portuguesa no Brasil. Para Nina Pinheiro Bitar (2010) é a partir da década de 1970 que surge a presença das ideias dos modernistas nas políticas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e tal surgimento está associado à direção de Aloísio Magalhães. A autora realiza uma analise da concepção de patrimônio de Rodrigo Mello Franco de Andrade, diretor do SPHAN desde o ano da fundação, em 1936 até 1967 (FONSECA, 2009: 238) e Aloísio Magalhães que assume a direção do IPHAN, em Segundo ela estes possuíam compreensões contrárias em relação ao patrimônio, pois, Rodrigo Mello de Andrade defendia a ideia da concepção de patrimônio com base na valorização do legado histórico. Em contrapartida, Aloísio entende o patrimônio associado à valorização da cultura popular, tal cultura era o fator que marcaria a nação e que necessitaria de proteção. Para Bitar é com Aloísio Magalhães na direção do IPHAN que o termo bens culturais é apresentado de forma positiva, na maneira de um enaltecimento da cultura popular como componente formador da nacionalidade, e esta estaria em risco de perda diante da industrialização e da globalização (BITTAR, 2010: 157). A autora citando José Reginaldo Gonçalves apresenta que para Rodrigo de Mello Franco e para Aloísio Magalhães as formas 2 O movimento dos folcloristas após a II Guerra Mundial e as sucessivas campanhas, junto a UNESCO, no contexto brasileiro: Em 1947, criação da Comissão Nacional do Folclore e em 1958, criação da Campanha de Defesa do Folclore vinculada ao Ministério da Educação e Cultura. Ver: NEDEL, Letícia Borges. Breviário de um museu mutante. Horizontes antropológicos. [online]. 2005, vol.11, n 23, pp

5 de discurso sobre a nação podem ser entendidas como produtos e efeitos de estratégias de objetificação cultural (GONÇALVES, 2002, apud BITAR, 2010: 157). As diferenças das concepções apontadas no parágrafo anterior inserem-se nas mudanças do próprio contexto político e social brasileiro, onde novos sujeitos históricos entram em cena reivindicando participações na política nacional, como é o caso das baianas na valorização e proteção do Ofício. Em 1988 a Nova Constituição Brasileira sinalizava as mudanças que haviam ocorrido no cenário político e cultural. Dentre tais mudanças estariam à ação de todos os novos agentes sociais que entravam em cena. Segundo Antônio Gilberto Nogueira (2000) o aumento e a dimensão dos movimentos sociais, principalmente os associados à etnia e ao gênero, contribuíram para o nascimento de uma relação diferente entre Estado e sociedade, que pode ser vista diretamente nas políticas públicas culturais e sociais. Para ele a Constituição de 1988 deu respaldo para essas novas políticas públicas, um exemplo, foram os artigos 215 e 216 que tratam do Patrimônio Nacional Brasileiro em sua natureza imaterial. Os artigos 215 e 216 da Constituição em questão redefinem algumas questões referentes a novas concepções de preservação da cultura brasileira, sendo assim: Artigo 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, apoiará e incentivará a valorização e difusão das manifestações culturais (BRASIL, 1988: 106). E os incisos um e dois complementam (BRASIL, 1988: 106): 1. O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afrobrasileiras e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. 2. A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais. O Artigo 216 apresenta as características de bens materiais ou imateriais para estes constituírem patrimônio cultural do Brasil, estes terão, obrigatoriamente, uma referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira (BRASIL, 1988: 107), seguindo uma lista de variações das formas desses bens, dentre elas: as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver (BRASIL, 1988: 107) Os artigos apresentados anteriormente sinalizam as lutas da sociedade civil para a valorização da memória coletiva de grupos que eram, anteriormente, marginalizados pela

6 história oficial. Outra legislação que demarcou o espaço dos bens de natureza imaterial, muitas vezes associados aos grupos não oficiais, foi o Decreto Os aspectos referentes à valorização da cultura popular no Brasil, por exemplo, a indígena e a afro-brasileira e suas características imateriais, serão aprofundados no Decreto n do ano O Século XXI e as mudanças nas políticas públicas patrimoniais O decreto n fica instituído o registro de Bens Culturais de natureza Imaterial que formam Patrimônio Cultural do Brasil, criando o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. Tal decreto segue separando em livros específicos, delimitando os responsáveis pela indicação, eleição e registro do bem imaterial ou intangível. Neste decreto, também específica o que será feito depois que o bem for registrado, indica os documentos necessários para dar entrada ao processo, e nas demais etapas. Ficando delimitado que o Bem deve ser reavaliado mesmo depois de ter adquirido o Registro. Há um processo a ser seguido para que um bem imaterial receba tal registro e fique salvaguardado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) com a direta participação da comunidade civil e neste ponto o decreto direciona. Tal documento sinaliza para a importância de pesquisas prévias das manifestações culturais e seus respectivos pareceres técnicos. A concepção de patrimônio imaterial ratificada no decreto analisado anteriormente encontra-se num contexto mais amplo, de discussões mundiais, como exemplo, um documento 3 da UNESCO que relata a História das ações, com encontros e leis que possuem como ponto central os bens de natureza imaterial. Para a UNESCO o Patrimônio Intangível embora tente manter uma carga identitária e um senso de identidade, tal patrimônio é singularmente vulnerável, pois está em constante mutação e multiplicação de seus detentores. Com as propostas da UNESCO, iniciou-se um processo de valorização dos aspectos do patrimônio imaterial: 3 Acessado em

7 É amplamente reconhecida a importância de promover e proteger a memória e as manifestações culturais representadas, em todo o mundo, por monumentos, sítios históricos e paisagens culturais. Mas não só de aspectos físicos se constitui a cultura de um povo. Há muito mais, contido nas tradições, no folclore, nos saberes, nas línguas, nas festas e em diversos outros aspectos e manifestações, transmitidos oral ou gestualmente, recriados coletivamente e modificados ao longo do tempo. A essa porção intangível da herança cultural dos povos, dá-se o nome de patrimônio cultural imaterial. O Ofício das Baianas de Acarajé Em 2004 o Ofício das Baianas de Acarajé recebeu o título de: Patrimônio Cultural do Brasil, registrado no Livro dos Saberes, marcando o reconhecimento da importância da herança dos ancestrais africanos na formação da sociedade brasileira e do valor patrimonial de um universo cultural situado nesse processo histórico. O processo de inventarização teve início no ano de 2002, com uma carta ao Ministro da Cultura, Gilberto Gil, elaborada pela Associação de Baianas de Acarajé e Mingaus e Receptivos do Estado da Bahia (ABAM), em conjunto com o Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá e o Centro de Estudos Afro Orientais da Universidade Federal da Bahia (BRASIL, 2004: 1). Para estudarmos o Ofício das Baianas de Acarajé deve-se compreender essa atividade como prática de um grupo, que tem seu surgimento num contexto histórico específico. Esse ofício mescla uma complexidade de elementos ligados ao candomblé e a um mundo alimentício mercadológico que sofreu inúmeras intervenções ao longo dos anos. O Registro desse Bem compreende mais que a baiana ou o próprio acarajé, abarcam os seguintes aspectos: as formas de preparo das comidas, com diferenciações da comida de oferta religiosa e da comida vendida nos pontos públicos; os elementos que compõem a indumentária própria da baiana, o preparo dos tabuleiros e dos pontos onde se instalam; e, sobretudo, os significados atribuídos pelas baianas ao seu ofício e os sentidos atribuídos pela sociedade local e nacional a esses elementos simbólicos constituintes da identidade baiana (BRASIL, 2004: 2). O acarajé é um dos elementos mais significativos que compõem o tabuleiro, segundo Raul Lody (2003) o acarajé possui especificidades que variam, e, também, depende da finalidade do preparo deste. Este alimento pode ser identificado como uma iguaria de origem africana (BRASIL, 2007: 11), oriunda dos escravos que chegavam ao Brasil no período da

8 colonização. Atualmente, o acarajé esta incorporado à cultura brasileira, essa perspectiva de construção da identidade brasileira associada a baianidade (MARTINI, 2007: 9). No seu sentido religioso o acarajé é comida de santo nos terreiro de candomblé (BRASIL, 2007, p. 11). Para Gerlaine Torres Martini (2007) é importante entender que o conjunto de comidas que utilizam o dendê, por isso, incluindo o acarajé, está agrupado com os mitos afro-brasileiros do azeite e das divindades associadas ao fogo, característica do dendê nos cultos. No complexo universo do candomblé, o acarajé é comida sagrada, ofertada aos orixás, principalmente a Xangô (Alafin, rei de Oyó) e sua mulher, a rainha Oiá (Iansã), mas também a Obá e aos Erês (BRASIL, 2007: 19), nas cerimônias do candomblé. Em entrevista para a pesquisa, apresentada aqui, Célia Regina Ramos (Analys Nega do Acarajé) aponta sua relação com o ofício e seu lugar no candomblé, salientando essa relação: [...] ali é um trabalho, mas é também uma devoção [...] todas as vezes que eu abro meu tabuleiro um dia na semana, que é o das quartas-feiras, tudo que fizer naquela quarta-feira é dedicado pra minha mãe Iansã. Em outro trecho foi perguntado sobre o ofício e o patrimônio, e se teria que entrar outro elemento no registro, esta reafirmou a importância da ancestralidade: [...] o que foi tombado foi a ancestralidade que deu origem ao ofício da baiana que está dentro do sagrado do acarajé, aquilo é tombado. Então, é tombado a baiana com suas vestimentas, com seus colares, suas pulseiras, seus brincos isso é tombado, este contexto, forma então, o ofício da baiana. Para guisa de conclusão, deve-se destacar a importância das ações e articulações das baianas na comercialização dos seus alimentos e, também, o processo de Registro deste Ofício e as formas de articulações empregadas pelas baianas, incluindo a formação da ABAM com suas ações sociais no espaço da cidade de Salvador. Segundo o Dossiê 6 o tabuleiro da baiana concentra e reproduz práticas culturais coletivas (BRASIL, 2007, p. 46), sendo assim deve-se destacar a própria baiana como sujeito ativo no reconhecimento da importância de sua prática coletiva e seus significados, na rua e no contexto do candomblé, para a formação do patrimônio imaterial brasileiro. Sobre as etapas do processo de registro do Ofício das Baianas de Acarajé Letícia Vianna (2009) apresenta que foi realizado primeiro o inventário do modo de fazer o acarajé, depois o inventário do tabuleiro da baiana até chegar ao inventário do oficio da baiana

9 (VIANA, 2009: 59) e, posteriormente, seguiu-se as etapas apresentadas anteriormente, regulamentadas pelo Decreto Fontes Primárias BRASIL. Decreto n 25 de novembro de 1937, Brasília, DF. p. 1 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, Brasília, DF, BRASIL. Ministério da Cultura Decreto n de agosto de Programa Nacional do Patrimônio Imaterial, Brasília, DF: Iphan, BRASIL. Ofício das Baianas de Acarajé. Brasília, DF: Iphan, RAMOS. Célia Regina. Entrevista concedida a Debora Simões de Souza. Rio de Janeiro, 03 de abril de Referências Bibliográficas CANANI, Aline Sapiezinskas Krás Borges. Herança, sacralidade e poder: sobre as diferentes categorias do patrimônio histórico e cultural no Brasil. Horizontes Antropológicos. 2005, vol.11, nº.23. CAVALCANTI, Maria L. V. C e VILHENA, Luis R. P. Traçando Fronteiras: Florestan Fernandes e a Marginalização do Folclore. Rio de Janeiro: Estudos Históricos, vol. 3, nº5, p. 76. CHUVA, Márcia R. R. Os arquitetos da memória: a construção do patrimônio histórico e artístico nacional no Brasil (anos 30 e 40). Tese apresentada a Pós-Graduação em História. Niterói: Universidade Federal Fluminense, FONSECA, Maria Cecília Londres. O Patrimônio em processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil. 3 ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, LODY, Raul. Dicionário de arte sacra & técnicas afro-brasileiras. Rio de Janeiro: Pallas, MARTINI, Gerlaine Torres. Baianas do Acarajé: A uniformização do típico em uma tradição culinária afro-brasileira. Tese de Doutorado Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília, PEREIRA, Julia Wagner. O TOMBAMENTO: de instrumento a processo na construção de narrativas da nação. Dissertação de Mestrado Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio.UNIRIO e Museu de Astronomia e Ciências Afins MAST/MCT THOMPSON, P. A voz do passado História Oral. 2º edição. São Paulo: Paz e Terra, 1998.

10 VIANNA, Letícia Costa Rodrigues. O Centro Nacional de Folclore e as Políticas de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial. In: CORREIA, Maria Rosa (org.). Oficina de estudos da preservação: Coletânea II. Rio de Janeiro: IPHAN RJ, 2009.

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