CULTURA DO MEDO:REFLEXÕES SOBRE OS DETERMINANTES DA CRIMINALIDADE E SEUS EFEITOS PARA A CIDADANIA E O CONTROLE SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE

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2 CULTURA DO MEDO:REFLEXÕES SOBRE OS DETERMINANTES DA CRIMINALIDADE E SEUS EFEITOS PARA A CIDADANIA E O CONTROLE SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE Eunice Maria das Dôres Vaz de Melo1 RESUMO: Apresentar no contexto da contemporaneidade as atitudes que os agentes têm buscado seja para não se sentirem medo da criminalidade urbana, seja para minimizar esse temor e, a partir disso, mostrar os determinantes da criminalidade e seus efeitos para a cidadania e o controle social. Palavras-chave: cultura do medo; violência; determinantes da criminalidade; cidadania. ABSTRACT: Presenting in the context of contemporary the attitudes of the professionals have sought to not feel or reduce the fear of urban crime and, from these, show the determinants of crime and its effects of citizenship and social control. Keywords: fear culture; violence, detterminants of crime; citizenship. 1 Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora adjunta da Universidade Presidente Antônio Carlos - Unidade Vespasiano-MG.

3 1 INTRODUÇÃO Uma das questões centrais e mais instigantes da teoria sociológica é a relação entre ação e estrutura. Ao ler a literatura clássica, é possível perceber a forma dicotômica como essa relação é apresentada: de um lado está Durkheim, para quem que a ação e os fenômenos sociais se explicam exclusivamente a partir da estrutura, do todo; do outro lado, está Weber, que considera o indivíduo a chave explicativa para a ação e os fenômenos sociais. Assim, tais formas de análise interpretam a relação ação-estrutura como se entre elas houvesse um abismo quase intransponível. As idéias desses autores clássicos ainda influenciam os estudos sociológicos contemporâneos sobre criminalidade. É possível afirmar, por exemplo, que Merton (1970) tem uma perspectiva neofuncionalista ao demonstrar como a estrutura social e cultural produz uma tendência à anomia e ao comportamento desviante; e (1980) uma perspectiva estruturalista, já que percebem as leis como um instrumento da elite dominante para manter o status quo; Wilson e Herrnstein (1985) seguem a linha do individualismo metodológico, pois consideram o delito fruto de uma decisão calculada racionalmente. A cidadania perde o sentido e a violência ganha espaço legitimada pelos costumes. Atualmente, o problema social da violência urbana torna-se secundário diante de um problema ainda mais pungente que é o do medo generalizado e exacerbado associado à violência. A motivação para tratar do tema das feições do medo vem acompanhada de uma exigência maior de proteção, não só em bairros tidos como enobrecidos, mas até mesmo em bairros populares. Isto leva o indivíduo a se isolar atrás de muros, cachorros, câmeras, detectores, celulares, armas, carros blindados, seguranças particulares assim como se verificam outros fenômenos correlatos: crescimento visível das empresas privadas de vigilância

4 e elevada quantidade de armas de fogo em circulação, êxodo de zonas em que o risco de se transitar sozinho pressupõe-se bastante elevado, além de demais mecanismos de autoproteção e outros tantos mecanismos de defesa privada. A arquitetura e a cidade acompanham essa tendência com mais prisões, grades, condomínios fechados, shopping, câmeras e outras tantas formas de controle e separações. Os espaços públicos abertos, por sua vez, não se mostram mais atrativos e perdem sua função integradora, transformando-se em espaços vazios e descuidados. Neste contexto, o medo e a insegurança vêm se convertendo numa linguagem compartilhada e se apresentando como determinismos socializadores cada vez mais presentes no convívio urbano. Enfim, esta cultura do medo que observamos é o somatório dos valores, dos comportamentos e do senso comum associados à questão dos determinantes da criminalidade, que reproduz a idéia hegemônica de insegurança e, assim, perpetua uma forma de dominação autoritária que só subsiste com a degradação da sociabilidade e o enfraquecimento da cidadania (ECKERT; ROCHA, 2005, p.4). Este artigo se propõe apresentar à sociedade um estudo relevante sobre o medo e a violência, fenômenos tão antigos. Atentamos para um dos direitos essenciais para que se possa viver e sobreviver, que é a liberdade de ir e vir, de se relacionar com outros. Direitos estes que, segundo alguns autores como Baierl (2004) e mais enfaticamente Caldeira (2000), a sua não efetivação leva a um grande entrave para a cidadania. Caldeira (2000) propõe um enfoque novo, que não visa entender as causas da violência ou vê-la como uma batalha do bem contra o mal, do policial contra o bandido. Mas sim, em perceber como a população civil, que se encontra em meio a este fogo cruzado, enxerga esta violência e as formas que esta população vem encontrando para conviver com isso e suas conseqüências.

5 Todos têm medo. Ele sempre existiu na história do homem, em todos os tempos e lugares, assumindo formas de manifestações diferenciadas. O medo é um sentimento natural, intrínseco a todos os seres vivos, sejam eles racionais ou irracionais. Neste sentido, o medo é uma força que tem como objetivo evitar perigos de qualquer natureza e funciona como um sinal que interrompe qualquer ação imprudente (ISASA, 2005, p.2). É um fenômeno de paralisação ou detenção do curso vital (MIRA y LOPEZ, 2005, p.9), configurando um mecanismo natural de sinal de alerta e aviso de perigo. Delumeau (apud BAIERL, 2004, p.48) afirma que o homem é o único ser que antecipa a sua morte, pois sabe desde cedo, que um dia morrerá. Enquanto o medo dos animais é fixo, idêntico e imutável, nos homens ele ganha uma multiplicidade de formas não estáticas, mas em profundas mudanças, pois é construído culturalmente. Cada cultura e cada sociedade constroem compreensões do significado e do sentido do medo, dando conteúdos diferenciados em cada tempo e espaço. Mas, afinal, de que as pessoas têm medo? Marilena Chauí (1987, p.36) oferece alguns elementos que nos ajudam a visualizar melhor esta questão. Da morte, sempre foi a resposta. E de todos os males que possam simbolizála, antecipá-la, recordá-la aos mortais. Da morte violenta, completaria Hobbes. De todos os entes reais ou imaginários que sabemos ou cremos dotados de poder de vida e de extermínio: da natureza desordenada, da cólera de Deus, da manha do Diabo, da crueldade do tirano... da peste, da fome e do fogo, da guerra e do fim do mundo... Da repressão, murmuram os pequenos; da subversão, trovejam os grandes. E conclui afirmando que juntamente com o ódio, o medo é a mais triste das paixões tristes, caminho de toda servidão. Quem o sentiu sabe (CHAUÍ, 1987, p.39). Sua origem e seus efeitos fazem com que não seja uma paixão isolada, mas articulada a outras formando um verdadeiro sistema do medo, determinando a maneira de sentir, viver e pensar dos que a ele são submetidos.

6 Entretanto, há de se estabelecer uma diferença entre o medo individual e o medo coletivo. Para Baierl (2004, p.46), estudar o medo é analisar: Como ele é produzido de maneira singular-coletiva em contextos sociais e individuais historicamente situados. Embora possa ser expresso socialmente, fruto de relações sociais, ele é construído e processado de forma singular por sujeitos singulares em situações semelhantes. Isso porque, é necessário entender que é o eu que tem medo, que se sente afetado e reage de diferentes formas perante a este. Mira y Lopez (2005, p.56) nos apresenta alguns exemplos de medos e fobias que são presentes somente em alguns indivíduos, mas em vários outros não, conforme sugerem os casos de claustrofobia (medo dos espaços fechados), cinofobia (medo de cachorros), entre outros. Já, uma epidemia de medo coletivo resulta [...] geralmente de situações catastróficas, tais como guerras, revoluções, epidemias, terremotos, erupções vulcânicas, etc. (MIRA y LOPEZ, 2005, p.63). O medo o qual será abordado neste trabalho tem sua gênese neste singular coletivo. Ele se apresenta como algo que paira pelos ares urbanos, e que resulta em uma forte sensação de insegurança coletiva sobre a qual vive a população em constante relação com a violência. Nós o chamaremos aqui de cultura do medo. 2 A CULTURA DO MEDO Percebe-se que a violência, nas suas mais diferentes expressões, apresenta-se como temática recorrente e viva na realidade urbana atual. Não obstante, as formas como esta violência se manifesta e é divulgada divide opiniões, tanto quanto ao seu significado e análise, quanto às formas de enfrentá-la ou, pelo menos, minimizá-la.

7 Ainda que Durkheim (1990) nos mostre que o crime é algo normal, geral, inevitável e útil à sociedade (desde que não ultrapasse determinado nível); e que ele sempre existiu e sempre existirá em todas as sociedades conhecidas. E que Charles Tilly (1996, p.124) nos diga que [...] embora os relatos de homicídios, raptos, estupros e violência coletiva em nossos jornais diários possam sugerir coisa diferente, as chances de morrer por morte violenta nas mãos de outro cidadão diminuíram enormemente. Percebe-se que paira nos ares das cidades brasileiras um medo permanente de ser vítima de algum ato criminoso. Dornelles (2002) aponta que atualmente os indivíduos vivem sobre a sensação de estarem mais expostos e mais fragilizados frente a esta ameaça. De forma que, mesmo quando esta insegurança objetivamente não existe, vive-se sob a sensação de medo. Assim, o individuo passa a se sentir mais exposto aos perigos do que efetivamente está sobre o risco de sofrer alguma violência (DORNELLES, 2002, p.123). Neste contexto, pode-se observar - baseado em autores como Baierl (2004), Caldeira (2000), Eckert e Rocha (2005) e Koury (2004) - que a violência urbana vem ampliando o que denominamos de Cultura do Medo ou Medo Social, que conforme Baierl (2004, p.48) é: [...] um medo construído socialmente, com o fim último de submeter pessoas e coletividades inteiras a interesses próprios e dos grupos, e tem sua gênese na própria dinâmica da sociedade. Produzido e construído em determinados contextos sociais e individuais, por determinados grupos ou pessoas, com vistas a atingir determinados objetivos de subjugar, dominar e controlar o outro, e grupos, através da intimidação e coerção. Esse medo leva coletividades, territorializadas em certos espaços, a temer tal ameaça advinda desses grupos. A possibilidade de vítima de uma experiência de assalto, de roubo, de agressão ou simplesmente de um constrangimento levam, cada vez mais, os habitantes a um exercício de prevenção constante, em todas as classes, em todos os grupos etários e gêneros. Desta forma, comungamos da opinião de Eckert e Rocha (2005, p.4), quando afirmam que a violência se converte numa linguagem compartilhada, a partir da qual é possível pensar os

8 limites da sociabilidade, sua crise e suas possibilidades, situando o medo e a insegurança como determinismos socializadores cada vez mais presentes no convívio urbano. Portanto, ao que parece, a cultura do medo vem alterando profundamente o território e o tecido urbano e, conseqüentemente, a vida cotidiana da população. Todos se sentem afetados, ameaçados e correndo perigo. (BAIERL, 2004, p.20). Este fato é intensificado pela formas como esses índices são veiculados e tratados pela mídia, pelas falas corriqueiras entre os indivíduos sobre crimes e, principalmente, pela ineficiência e impunidade no papel da polícia e do Estado frente à questão A CULTURA DO MEDO CONSTRUINDO NOVAS CONFIGURAÇÕES SOCIAIS E URBANAS Tensão, separação, discriminação e suspeição do outro Para Eckert e Rocha (2005, p.23-24), a crise configurada pelo medo social à violência na cidade, refere-se ao tempo presente, em que as formas interativas no mundo cotidiano já não garantem uma previsibilidade das rotinas e interações de reconhecimento do outro na imagem ideal do prometéico (trabalhador honesto). Nesse sentido, [...] não se trata de uma naturalização discursiva da violência, muito presente nos sistemas acusatórios no passado (organicistas e funcionalistas), há, antes, uma espécie de socialização da violência na indagação sobre a construção da imagem do Outro, promovida pela cultura do medo. (ECKERT;ROCHA, 2005, p.23-24). Desta maneira, todos se tornam sob suspeita. Os mais pobres, freqüentemente, são os considerados marginais ou bandidos por si, pelo simples fato de serem pobres, o que amplia a distância entre classes, com a exclusão e banalização dos miseráveis. Os demais, das classes médias e da classe alta, são suspeitos uns em relação aos outros, provocando um medo

9 generalizado sobre as ações possíveis que envolvam cada cidadão em particular como vítima ou autor de um ato de crueldade (KOURY, 2004, p.5-7). Os indivíduos reféns do estranhamento, em suas redes de pertencimento, restringem seus movimentos. Assustados e controlados, saem menos à noite, andam menos pelas ruas, evitam as zonas perigosas, proibidas da sua cidade. A desconfiança do outro leva ao mergulho no sentimento de esvaziamento dos sentidos coletivos, fortalecendo ainda mais as bases de um ethos social hiperindividualista (ECKERT; ROCHA, 2005, p.15). Para Baierl (2004, p.20); Caldeira (2000, p.78) e Koury (2004) esta é uma forma simbólica de ordenamento do mundo, onde o bem é sempre visto do lado do eu, do próximo a mim; e o mal em relação aos outros, fora deste ciclo em geral. Assim, os encontros no espaço público se tornam a cada dia mais tensos, até violentos, porque têm como referência os estereótipos e medo das pessoas. Neste clima de convivência social, não há solidariedade que se sustente. Tensão, separação, discriminação e suspeição são as novas marcas da vida pública (CALDEIRA, 2000, p.301). 2.2 A ESTÉTICA DO MEDO que: Em seu livro Globalização: as conseqüências humanas, Bauman (1999, p.125) afirma Num mundo cada vez mais inseguro e incerto, a retirada para o porto seguro da territorialidade é uma imensa tentação; e assim a defesa do território o lar seguro torna-se a chave para todas as portas que se considere necessário fechar para afastar a ameaça ao conforto espiritual e material. Isso nos remete a Roberto DaMatta (1991, p.63) quando ele traça uma oposição complementar entre a casa e a rua, onde a casa demarca um espaço de calma, repouso, recuperação, hospitalidade, enfim, de tudo aquilo que se soma à idéia de amor, carinho e calor

10 humano dominado por um grupo concebido como natural, familiar. Já a rua, é o seu inverso, é o lugar que pertence ao governo, sempre repleto de fluidez de movimentos, do perigo, propício a desgraças e roubos, local de luta e de malandragem. Com isso, percebe-se que um bem tão precioso como a casa não pode ser infectada, suja e infestada pela rua. Assim, alguns autores como Baierl (2004), Caldeira (2000), Eckert e Rocha (2005) e Koury (2004) enfatizam que a violência e o medo proveniente dela culminam em processos de mudanças que alteram a arquitetura urbana e interfere nas relações sociais, o que causa a segregação de grupos em espaços sociais mais protegidos. Nas últimas duas décadas, percebe-se uma alteração significativa na paisagem arquitetônica das cidades brasileiras em decorrência do medo da violência, numa perspectiva que pode ser definida como estética da segurança ou mesmo estética do medo. Proliferam, cada vez mais casas ou condôminos com grades, muros altos, sistemas de alarme contra roubo, guaritas, enfim, todo um arsenal de recursos que visa dar maior proteção às pessoas e ao patrimônio. Tal ação acaba por construir novas complexidades nos processos de segregação espacial e social que também funcionam para estigmatizar, controlar e excluir os estranhos, em especial os pobres e marginalizados (CALDEIRA, 2000, p.255; ECKERT e ROCHA, 2005, p. 5-6). De acordo com Caldeira (2000, p.291), a necessidade de cercar e fechar-se afetou os moradores pobres e ricos e transformou as suas maneiras de viver e qualidade das suas interações públicas na cidade. Segundo Baierl (2004, p ), se as classes mais abastardas se alojam em espaços protegidos e fortificados como condomínios fechados, as favelas também se constituem como espaços fechados e fortificados, controlados por outros poderes e outras formas de segurança. Justifica-se tal afirmativa, por que nestes dois espaços o estranho não entra sem autorização, em ambos é necessário identificar para entrar. Para as pessoas de classes mais

11 abastardas, os moradores de favelas são vistos como estranhos e pertencentes às classes perigosas que colocam em risco as suas vidas. Já nos condomínios de favelas, o estranho, o traficante e o policial são vistos como perigosos ao olhar de seus moradores. Neste quadro, fica evidente até o momento que o medo como fobia social não aceita coletivizar a ação,... ao contrário, transportá-o para o particular, para o mundo privado, em que as estratégias encontradas podem se configurar como novas formas alimentadoras do ciclo da violência ou como formas possíveis de convivência social (BAIERL, 2004, p.71). 3 A INDÚSTRIA DO MEDO De acordo com Baierl (2004, p.70-71) e Musumeci (1998), a violência e o medo gerado por ela fazem crescer um mercado novo e em ampla expansão a denominada a Indústria do Medo. Calcula-se que indústrias, comércio e condomínios fechados mantêm, hoje, aproximadamente 1,3 milhão de trabalhadores na segurança privada, que vem tendo um incremento de 30% ao ano. Só no ano de 2002, os gastos com segurança privada no Brasil somaram quase R$ 70 bilhões, o que equivale ao consumo de 10% do PIB (KOURY, 2004, p.3). Conforme Caldeira (2000, p.195), o crescimento da indústria de segurança privada (tanto equipamentos quanto de serviços) não é uma característica exclusiva do Brasil, mas também das sociedades ocidentais como um todo. Nos Estados Unidos, por exemplo, os guardas particulares já ultrapassam em quase três vezes o número de policiais e na Grã- Bretanha e no Canadá em duas vezes. Na verdade, segurança é hoje uma mercadoria vendida no mercado sob formas cada vez mais sofisticadas e variadas. E, apesar da segurança privada ainda não estar regularizada de acordo com os termos das novas leis brasileiras, ela não representa um mercado ilegal, já que os

12 guardas comumente têm contratos trabalhistas formais. Segundo Oliveira (2004, p.6), os serviços de segurança privada: Incluem instalações e barreiras físicas, equipamentos e recursos humanos para o patrimônio e defesa do proprietário, seguindo normas e direitos por eles estabelecidos dentro dos limites de direito de sua propriedade. Um sistema de segurança privadamente organizado tem por funcionalidade restringir, controlar e monitorar acesso às pessoas e patrimônios, em conexão com o sistema público que, com legitimidade, pode empregar a força no aprisionamento e perseguição de agressores de propriedades e indivíduos. No entanto, Caldeira (2005, p.204) afirma que, com a difusão da segurança privada, numa sociedade desigual como o Brasil, a discriminação contra os pobres pela força de segurança é dobrada. Os pobres, que são vítimas dos abusos da polícia, tornam-se vítimas também destas novas formas de vigilância como controle, desrespeito e humilhação. 4 OS ENTRAVES PARA A CIDADANIA: aumentando os muros e reduzindo o mundo Portanto, diante de um desejo singular coletivo de reconstrução de uma ordem perdida: As pessoas intensificam suas próprias medidas de encerramento e controle, de separação e construção de barreiras, tanto simbólicas (preconceitos e estigmatização de alguns grupos) como materiais (muros, cercas e toda parafernália eletrônica de segurança). Além disso, elas tendem a apoiar medidas de proteção que são violentas e ilegais, tais como a ação dos justiceiros e abusos da polícia. (CALDEIRA, 2000, p.90). Elas procuram se isolar mais em suas residências, aumentam os muros das mesmas, as cercam e fortificam, e com isso, buscam refúgio nos avanços oriundos da modernidade que propiciam o conforto de não ser necessário sair de casa para quase nada. A televisão, o telefone, o fax e a internet promovem a sensação de ter o mundo em sua casa. Se precisar de mais alguma coisa é só pedir por um destes meios supracitados que alguém (que provavelmente não passará do portão da casa) entregará em seu domicílio. Não é preciso mais ir ao clube, pois

13 já se tem piscina e área de lazer em casa. Enfim, é como se criasse um mundo à parte, autosuficiente, isolado de todos os perigos e mazelas do mundo extramuros. O movimento de construir muros é compreensível. O problema é que as conseqüências da fragmentação, da privatização e dos muros, são severas. Uma vez que os muros são construídos, eles alteram a vida pública. Cidades de muros não fortalecem a cidadania, mas contribuem para sua corrosão, na medida em que ao invés de articular as pessoas em torno de uma busca conjunta de enfrentamento, propicia novas formas de segregação social e espacial, discriminação e preconceito. A cidade de muros é o oposto do espaço público aberto do ideal moderno de vida urbana e, portanto, um entrave para a cidadania. Neste sentido, a cultura do medo vai moldando um novo tipo de cidadão, ou melhor, dizendo, um sub-cidadão. Um sujeito que não percebe com clareza seus direitos individuais e nem tampouco, luta pelos direitos sociais de forma coletiva, na medida em que estes são minados diariamente. Buscam-se, então, estratégias individuais, na esfera do privado, para a sua sobrevivência e segurança. Percebe-se assim, uma atitude nociva aos valores da cidadania, presa a um universo que não contribui para uma sociedade mais pacífica e harmônica. REFERÊNCIAS ADORNO, S.; LAMIN, C. Medo, violência e insegurança. In: LIMA, R. S.; PAULA, L. (orgs.). Segurança pública e violência: o Estado está cumprindo o seu papel? São Paulo: Contexto, ARENDT,Hannah. Sobre a violência. Trad.André Duarte.Rio de Janeiro: Relume-Dumará, BAIERL, L. F. Medo social: da violência visível ao invisível da violência. São Paulo: Cortez, 2004.

14 BAUMAN, Z. Globalização: as conseqüências humanas. Rio de Janeiro: Zahar, BEATO F., C. C. Determinantes da criminalidade em Minas Gerais. Revista Brasileira de Ciências Sociais. v. 13, n. 37, jun. de Disponível em: < Acesso em: 27 set BEATO, F. C.; REIS, I. A., Desigualdade, desenvolvimento socioeconômico e crime. In: HENRIQUES, R. (Org.). Desigualdade e pobreza no Brasil. Rio de Janeiro: IPEA, BENEVIDES, Maria Victória. Violência, povo e polícia: violência urbana no noticiário da imprensa. São Paulo: Brasiliense, BERGER, Peter L., LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. 6.ed. Petrópolis:Vozes, BOURDIEU. P. A miséria do mundo. Rio de Janeiro: Vozes, BRASIL. Ministério da Justiça. Guia para a prevenção do crime e da violência nos municípios. Brasília: Secretaria Nacional de Segurança Pública, CALDEIRA, T. P. A cidade de muros: crime segregação e cidadania em São Paulo. São Paulo: Edusp, CAMPOS, E. Sobre sociólogos, pobreza e crime. Revista de Ciências Sociais. Rio de Janeiro: v. 23, n. 3, CARDIA, N. Direitos humanos e exclusão moral. Sociedade e Estado. Brasília: Revista da Faculdade de Sociologia da UNB, v. 10, n. 2, dez CHAUI, M. S. Sobre o medo. In: NOVAES, A. (Org.). Os sentidos da paixão. São Paulo: Cia. das Letras, DORNELLES, J. R. Ofensiva neoliberal, globalização da violência e controle social. In: Discursos sediciosos crime, direito e sociedade. Rio de Janeiro: Revan, nº. 12, DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. 14. ed. São Paulo: Nacional, ECKERT, C.; ROCHA. A. L. C. O porto pouco seguro: estudo da cultura do medo em Porto Alegre. Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRGS, n. 80, Porto Alegre: Iluminuras, FISCHER, Rosa Maria. O direito da população à segurança: cidadania e violência urbana. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Centro de Estudos de Cultura Contemporânea - CEDEC, FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, GLASSNER, B. Cultura do medo. São Paulo: Francis, 2003.

15 ISASA, M. E. Como lidar com o medo. Disponível em: < # $" % #& ' ( )*+++ KOURY, M. G. P. Cultura da violência e o medo do outro: observações sobre medos, violência e juventude no Brasil atual. Revista de Antropologia Experimental. João Pessoa, n. 4, MAGALHÃES, C. A. T. Crime, sociologia e políticas públicas. 1996, 128 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MIRA Y LOPES, E. Os quatro gigantes da alma: o medo, a ira, o amor e o dever. 24. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, MUSUMECI, L. Serviços privados de vigilância e guarda no Brasil: um Estudo a partir de Informações da PNAD /95. Rio de Janeiro, Disponível em: < Acesso em: 23 out OLIVEIRA, A. F. Empresas de vigilância no sistema de prestação de serviços de segurança patrimonial privada: uma avaliação da estrutura de governança f. Tese (Doutorado em Economia Aplicada) - Universidade de São Paulo, Piracicaba, PAIXÃO, A. L. A violência urbana e a sociologia: sobre crenças e fatos e mitos e teorias e políticas e linguagens. In: Religião e Sociedade. v. 15, n. 1, SIMMEL, G. A metrópole e a vida mental. In: VELHO, O. (Org.). O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar, TILLY, Charles. Sociologia histórica. São Paulo: Universidade de São Paulo, WEBER, M. A dominação (excerto de economia e sociedade). In: CARDOSO, F. H.; MARTINS C. E. (orgs.). Política e sociedade. São Paulo: Nacional, 1983.

16 O INTELECTUAL REVISITADO EM A HORA DA ESTRELA DE CLARICE LISPECTOR Carlos Vinícius da Silva Figueiredo 2 RESUMO: Este trabalho, de caráter bibliográfico, tem por objetivo analisar a obra A hora da estrela (1977), enfocando a relação biográfico-histórico-cultural que atravessa tal produção. Procura-se, aqui, analisar o contexto histórico da época, em específico a década de 1970, e toda transformação cultural que esse período propõe, a exemplo do Regime Militar e o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa. Tem-se como hipótese de pesquisa o questionamento de que Clarice Lispector estivesse, de alguma forma, preocupada com os movimentos políticos e culturais que estavam acontecendo, a ponto de observar tais acontecimentos na construção de suas histórias que, talvez por isso mesmo, tenham um cunho mais realista. Objetiva-se assim discutir o papel da intelectual frente à produção literária de sua época e seu reflexo perante a sociedade. Palavras-chave: Clarice Lispector; Intelectual; Cultura. ABSTRACT: This work, of bibliographical character, has for main objective to analyze the work A hora da estrela (1977), focusing the biographical-historical-cultural relationship that crosses such production. It is sought, here, to analyze the historical context of the time, in specific the decade of 1970, and all the cultural transformation that this period proposes, for instance the Military Regime and the development of the broadcastings. The research hypothesis is to question that Clarice Lispector was, in some way, concerned with the political and cultural movements that were happening, to the point of to observe such events in the construction of her histories that, perhaps for that reason, have a more realistic stamp. It is aimed to discuss the paper of the intellectual front to the literary production of her time and its reflex to the society. Keywords: Clarice Lispector; Intellectual; Culture. 2 Mestrando em Estudos Literários pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus Três Lagoas.

17 Eu não me sinto jamais plenamente justificado por ser um intelectual; não me sinto em casa, tenho o sentimento de ter contas a prestar - a quem? Eu não sei pelo que me parece ser um privilégio injustificável. Pierre Bourdieu A obra A hora da estrela, de Clarice Lispector, após completar 30 anos de seu lançamento, ainda suscita questionamentos acerca de sua abrangência e importância no âmbito da literatura brasileira. De acordo com um consenso crítico, essa obra é o primeiro livro em que a ficcionista Lispector aborda de maneira explícita a questão social. Lispector apresenta a personagem Macabéa, uma retirante alagoana, um substantivo coletivo, representante de uma grande massa que vem tentar a sorte no sul do país, juntamente com o narrador-escritor Rodrigo S.M. que se diz no dever de contar a história da pobre moça como tantas outras (LISPECTOR, 1998, p.13). Além da tematização da literatura, a obra publicada no período de regime autoritário tem como pano de fundo uma reflexão sobre o contexto sociopolítico e cultural em que foi produzida, e que não se pode desconsiderar na produção de Clarice Lispector. Daí a análise partir do texto literário enquanto matéria discursiva cultural e tratar de forma específica das questões culturais e sociais que permeiam a obra, em que o leitor estabelece conexões implícitas, preenche lacunas, faz deduções e comprova suposições (EAGLETON, 2001, p.105).

18 Em uma narrativa conduzida por um escritor-personagem preso até a alma em seu trabalho com a escrita e que, às vezes, se perde em suas divagações, Lispector possui interesses precisos e os deixa expostos ao mascarar-se neste narrador para contar a história da pobre moça Macabéa, pois uma escritora mulher poderia lacrimejar piegas (LISPECTOR, 1998, p.20). Assim, pode-se inferir que a escritora, nas entrelinhas desse discurso, começa a se posicionar e apontar preconceitos contra a mulher e a escrita feminina. Valendo-se do escritor-personagem Rodrigo S.M., Lispector zomba, brinca e dá uma gargalhada irônica em relação à figura do narrador masculino, presente em toda tradição narrativa brasileira anterior a ela. Neste nível da narrativa, no qual o protagonista é o próprio narrador-escritor, e o tema central é a problematização da escrita e sua atuação no meio social, Lispector tenta mostrar o quanto escrever é difícil, sem deixar marcas ou se expor, principalmente quando se tem sob pano de fundo uma agência de censura pronta para agir: E eis que fiquei agora receoso quando pus palavras sobre a nordestina. E a pergunta é: como escrevo?(p.24) (...) Antecedentes meus do escrever? Sou homem que tem mais

19 dinheiro do que os que passam fome, o que faz de mim de algum modo desonesto. E só minto na hora exata da mentira. Mas quando escrevo não minto. Que mais! Sim, não tenho classe social, marginalizado que sou. A classe alta me tem como um monstro esquisito, a média com desconfiança de que possa desequilibrá-la, a baixa nunca vem a mim. Não, não é fácil escrever. É duro como quebrar rochas. Mas voam faíscas e lascas como aços espelhados (LISPECTOR, 1998, p.24). Fica exposto neste trecho o posicionamento crítico do narrador-escritor acerca da diferença de classes e injustiça social de nosso país, assumindo seu compromisso enquanto intelectual diante da precária vida de Macabéa frente às mazelas da sociedade, pois, através de uma personagem insignificante, ingênua e extremamente ignorante, é construída uma crítica social ligada ao cotidiano e à individualidade naquele período e, não obstante, na atualidade. Rosani Umbach constata que Clarice Lispector parece querer denunciar uma forma de literatura socialmente descomprometida, que glorifica a simplicidade das classes humildes do povo, questionando o papel da literatura em um contexto social autoritário (UMBACH, 2001, p. 119).

20 Para Jaime Ginzburg, é nesse momento que se encontra na produção da autora, abordagens de temas ligados à precariedade da constituição individual e a dificuldade da sociedade brasileira em sustentar e viabilizar um projeto burguês de modernização (GIZBURG, 2003, p.86). Com isso, a análise parte da relação intrínseca: Rodrigo S.M. e Clarice Lispector; Clarice Lispector e Macabéa. Comecemos pela primeira, logo apresentada na

21 dedicatória do autor (na verdade, Clarice Lispector) que, de acordo com Edgar Nolasco, metaforiza sobremaneira o papel lugar da figura do intelectual brasileiro comprometido com a realidade cultural do país (NOLASCO, 2007, p.34). Eneida Maria de Souza no ensaio A teoria em crise, ao discutir a crise evidenciada pelo título, lembra-nos de: [...] que não se trata mais de considerar a literatura na sua condição de obra esteticamente concebida, ou de valorizar os seus critérios de literariedade, mas de interpretá-la como produto capaz de suscitar questões de ordem teórica ou de problematizar temas de interesse atual, sem se restringir a um público específico (SOUZA, 2002, p.68). Na esteira de Nolasco, e na tentativa investigativa de melhor apresentar o intelectual biográfico nas páginas do livro em estudo, destacamos uma questão importante que vai desde a apresentação do escritor-autor Rodrigo S.M. à crítica estabelecida aos intelectuais da época. Nessa questão, o escritor-autor Rodrigo S.M. nos dá um retrato de sua figura enquanto escritor, intelectual, apesar de não se considerar como tal, como também o faz Clarice Lispector ao caracterizar-se como uma amadora, pois eu escrevo muito simples, tal como afirmou em entrevista 3. Em um propósito que vai ao encontro de nossa análise, afirma Santiago: Trata-se de buscar textos onde o corpo do próprio autor foi dramatizado enquanto tal por ele mesmo, enriquecendo com essa leitura extra as leituras que foram feitas dos seus textos ditos ficcionais ou poéticos. Trata-se, ainda, de configurar as aproximações e contradições ideológicas que se tornam salientes quando o texto da ficção e o da memória são analisados contrastivamente (SANTIAGO, 2002, p.196). 3 Entrevista concedida ao programa Panorama cultural da TV Cultura em 1977.

22 Daí a relação Rodrigo S.M. Macabéa ser marcada pela distância cultural que os separa. Enquanto Rodrigo é sofisticado, possui conhecimento, ou seja, um intelectual; Macabéa é o retrato da massa, que depende dos seus retalhos de informação. Mas tal separação serve para Rodrigo demarcar seu lugar enquanto intelectual, pois precisa diferenciar-se dos outros seres humanos, uma vez que erudição sinaliza a superioridade do intelectual. Ao utilizar a personagem Macabéa, alguém insignificante que só prestava atenção em coisas insignificantes como ela, Rodrigo S.M. desconstrói o ideal de verdade estabelecida e do saber instituído que se repete na opinião corrente ao assinalar que nem tudo se precisa saber e não saber fazia parte importante de sua vida (LISPECTOR, 1998, p.36). Para ele e, por extensão, para Lispector, a proposta inovadora é a de que o intelectual não seja mais visto como aquele sabe-tudo que tem tantas certezas, muito menos tantas convicções. Assim, nosso trabalho analisa a figura e lugar do intelectual, não como o detentor cultural por excelência, inalcançável, provido de intelligentsia, desligado de

23 seu contexto histórico-cultural, mas sim propomos rediscutir a figura da anti-intelectual Clarice Lispector e seu projeto inicial. Essa anti-intelectual que mascara sua identidade e se afasta do texto, ao tratar de uma obra exterior e explícita, que é uma história verdadeira embora inventada, porque todos nós somos um (LISPECTOR, 1998, p. 18), traça o seu perfil de intelectual que se utiliza sobremaneira da inteligência e cultura em um contexto que parte da margem e rediscute o centro. Lispector, por sua vez, apresenta sua resposta àqueles que a caracterizavam como alienada ou excessivamente hermética, dando uma gargalhada de todo o saber instituído, todo conceito canônico, mesmo o de literatura, rediscutindo assim toda uma nova prática de leitura cultural e do sistema estabelecido. Desta forma, parece que os censores de direita e os militantes de esquerda não conseguiram enxergar a mensagem contestadora e transformadora de Lispector, pois não estavam preparados para entender que o poder do sujeito está em sua percepção do simples-puro, e que é através desta percepção que as transformações podem vir a acontecer. De todo exposto, após percorrer uma análise que toma texto e contexto numa abordagem que deixa de ser unilateralmente sociológica, psicológica ou lingüística para se utilizar livremente os elementos capazes de conduzirem a uma interpretação coerente da obra literária, privilegiou-se o modo magistral com que Lispector se posicionou diante da questão cultural no país, em que o comportamento e discurso de seus personagens projetam uma realidade social e cultural singular, expondo o verdadeiro papel do escritor frente à história, porque há o direito ao grito. Então eu grito. Grito puro e sem pedir esmola (LISPECTOR, 1998, p.13) enfrentando assim, de

24 maneira única, questões como a da injustiça social brasileira e diferenças culturais gritantes, como se escritora necessitasse colocar para fora suas angústias e frustrações a respeito da problemática social e cultural brasileira.

25 DALCASTAGNE, Regina. Contas a prestar: o intelectual e a massa em A hora da estrela de Clarice Lispector. In. Revista de crítica literária latino-americana. Lima- Hanover, nº51, p , EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. Tradução Waltensir Dutra. 4ª edição. São Paulo: Martins Fontes, GINZBURG, Jaime. Clarice Lispector e a razão antagônica. In.: Rita Schmidt (Org.) A ficção de Clarice: nas fronteiras do (im)possível. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Editora Rocco, NOLASCO, Edgar Cézar. Caldo de Cultura: A hora da estrela e a vez de Clarice Lispector. Campo Grande: Editora UFMS, SANTIAGO, Silviano. Nas malhas da Letras. Rio de Janeiro: Rocco, SOUZA, Eneida Maria de. Crítica Cult. Belo Horizonte: Editora UFMG, UMBACH. Rosani. Em busca de Christa T. e a Hora da estrela: A escrita como tema. In: Expressão-Revista do Centro de Artes e Letras. Santa Maria, UFSM, n., p , jul-dez

26 PUNIÇÃO, VINGANÇA E JUSTIÇA CRIMINAL: UMA EXPERIÊNCIA VITIMOLÓGICA Lucas Laire Faria Almeida 4 RESUMO: O presente artigo aborda a problemática posição das vítimas e seus familiares de crime violento no cenário atual brasileiro. O nascimento do sentimento de vingança e o seu constante agravamento são analisados sob uma visão crítica, na qual são apontados fatores jurídicos e sociais que justifiquem tal cenário. A perda de utilidade da prisão, reduzida a mero espaço segregador e a disseminação da ideologia punitivista, encabeçada pela bandeira da lei e ordem são abordados como causa de um processo lesivo à plena efetividade dos Direitos Humanos. Palavras-chave: vítima; vingança; prisão; lei e ordem; direitos humanos. ABSTRACT: The fowling article shows the problematic place of violent crime s victims and their relatives in the present Brazilian state. The birth of revenge and his incensement are review in a critical look, which related juridical and social factors able to explain this scenery. The loss of prison utility s, turned only in a segregator space, and the punishment ideal, headed by the law and order s flag, are elected as reason of the damage process in the plenty effectiveness of the Human Rights. Keywords: victim; revenge; prision; law and order; human rigths. 4 Especialista em Ciências Penais pela PUC Minas, professor da PUC Minas campi Coração Eucarístico e Barreiro, advogado criminalista e assessor jurídico do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes Violentos de Belo Horizonte MG.

27 1 A VINGANÇA ENTRE NÓS O presente ensaio procura abordar através de um enfoque crítico a questão da pena privativa de liberdade no atual Estado de Direito Democrático. A proposta se justifica diante do corte epistemológico obtido a partir de nossa experiência na pratica forense criminal, mais precisamente no Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes Violentos de Belo Horizonte/MG, onde convivemos diariamente com pessoas vitimadas pela violência. Verifica-se que o regular processamento do feito criminal com o advento de sentença penal condenatória culminante em pena privativa de liberdade, não atende a expectativa de grande parte do público. Há sempre uma demanda por mais rigor, pela expiação do delito através de sofrimento e, se possível, sua retribuição nos moldes da Lex Talionis 5, resultando assim, em pura e simples vingança. Diante desta constatação, impõe-se a seguinte indagação: quais fatores jurídicos e meta-jurídicos presentes na atual realidade social acentuam o natural sentimento de retribuição das vítimas e familiares de crimes violentos, gerando a demanda vingativa e conseqüente perda de credibilidade do Direito? Contudo, antes de passarmos à análise desse difícil e complexo dilema, necessário se faz um breve escorço histórico acerca da pena privativa de liberdade, bem como a exposição das teorias correlacionadas. 5 A Lei do talião (do Latim Lex Talionis: lex: lei e talis: tal, parelho) consiste na justa reciprocidade do crime e da pena. Os primeiros indícios dessa lei foram encontrados no Código de Hamurabi, em 1730 a.c, no Reino da Babilônia. Também presente no antigo Direito Hebraico (Êxodo, cap. 21, vers ), essa concepção aponta que o criminoso fosse punido taliter, ou seja, talmente, de maneira igual ao dano causado a outrem.

28 2 DIREITO VERSUS JUSTIÇA? Embora a prática de condutas lesivas a bens jurídicos ocorra desde a aurora humana, a sua definição como ilícita ou criminosa sempre precedeu a existência de um poder constituído (político ou econômico) que as definissem como tal, estipulando as respectivas sanções. O período anterior à Revolução Industrial foi caracterizado por arbítrios no exercício do poder punitivo, como julgamentos sumários e o emprego de penas cruéis. O corpo era o objeto do Direito Penal e as penas variavam desde as execuções e mutilações previstas nos códigos de Hamurábi e Manu, passando pelos trabalhos forçados e os exílios (perda do direito de cidade), característicos do Império Romano, até as torturas e suplícios públicos da Idade Média. Marco das Ciências Penais, o livro Dos delitos e das penas, escrito em 1764 pelo italiano Cesare Bonesana, então Marquês de Beccaria, revelou-se um verdadeiro manifesto contra as arbitrariedades e crueldades cometidas em prol do jus puniendi, apregoando a aplicação de princípios básicos, como o da reserva legal e propondo o fim da pena capital. Atualmente, o saber penal continua provocando discussões, com a formulação de várias doutrinas justificativas da pena, dentre as quais se destacam as teorias absoluta e relativa. A primeira teoria se funda na idéia de retribuição, enquanto a segunda é baseada na prevenção, conforme melhor expõe Luigi Ferrajoli: São teorias absolutas todas aquelas doutrinas que concebem a pena como um fim em si própria, ou seja, como castigo, reação, reparação ou ainda retribuição do crime, justificada por seu intrínseco valor axiológico, não um meio, e tampouco um custo, mas sim um dever ser metajurídico que possui em si seu próprio fundamento. São, ao contrário, relativas todas as

29 doutrinas utilitaristas, que consideram e justificam a pena para a realização do fim utilitário da prevenção de futuros delitos (FERRAJOLI, 2002, p. 236). Há ainda uma subdivisão da teoria relativa em geral e especial: a prevenção geral se verifica quando a sociedade, impactada com a punição recebida por um de seus membros, sente-se demovida da prática de algum delito, refletindo sobre suas conseqüências. Encerra, ainda, a noção de integração social, na medida em que se infunde na consciência coletiva o respeito ao ordenamento jurídico e às instituições. A prevenção especial recai exclusivamente sobre o autor do delito, seja anulando ou neutralizando temporariamente novas ações do agente através do encarceramento, ou ainda com um aspecto pedagógico e ressocializante, uma vez que força o apenado a refletir sobre o ato perpetrado, reconhecendo-o como errado, para então voltar ao seio social. Todavia, estas teorias são merecedoras de profundas críticas. No que tange a prevenção geral, a mesma revela-se desassociada do atual paradigma, pois, em um Estado comprometido com os valores democráticos e voltado para a efetivação de direitos fundamentais, tanto o processo de instrumentalização, quanto o de transfiguração da pessoa humana em mero meio para uma finalidade (o temor social da lei) devem ser encarados como falácia jurídica, manifestadamente inconstitucional, conforme pontua Juarez Cirino dos Santos: A crítica à função negativa de intimidação destaca que a prevenção geral não possui critério limitador da pena, degenerando em puro terrorismo estatal como ocorre, por exemplo, com os crimes hediondos, no Brasil; por outro lado, assinala que a intimidação atribuída à função de prevenção geral negativa da pena criminal constitui violação da dignidade da pessoa humana: a punição imposta ao condenado teria por objetivo influenciar o comportamento da coletividade, de modo que o sofrimento de uma pessoa seria simples exemplo para intimidar outras pessoas (SANTOS, 2002, p.56).

30 Hassemer: Sobre a prevenção especial, oportuna e atual é a crítica feita por Winfried O que realmente se quer atingir com o fim apontado: uma vida exterior conforme ao Direito (ou só conforme o Direito Penal?), uma conversão também interna, uma cura, um consentimento com as normas sociais, jurídicas e penais de nossa sociedade? A resposta ainda está pendente. Sem uma determinação clara e vinculante, nenhum programa de recuperação, a rigor, se justifica (HASSEMER, 1993, p.39). Pertinente é a indagação do renomado jurista alemão, uma vez que se verificam incutidos em vários programas ressocializadores, valores morais e religiosos, que são literalmente impostos como conditio sine qua nom para a reintegração, resultando assim verdadeiro processo de ortopedia social. Uma vez expostas as teorias acerca da pena e suas respectivas críticas, elencamos dois possíveis fatores, por nós considerados como decisivos, para a acentuação do sentimento de vingança. O primeiro deles é referente à prisão ou a instituição total (FOCAULT, 2000). Inicialmente, cabe desmistificar que esta teria se inspirado na rotina dos mosteiros europeus, nos quais os clérigos, reclusos em determinados cômodos, se penitenciavam. Esta origem falaciosa (com a romântica idéia de arrependimento e redenção) foi há muito desmascarada por Rusche e Kirchheimeir na clássica obra Punição e Estrutura Social. O referido trabalho ainda inspirou o Cárcere e Fábrica, de Melosi e Pavarini, que também contribuiu significativamente para a derrocada do mito sobre a origem da prisão. Ambas as obras, após um vasto estudo empírico, relacionaram o advento das prisões com a mudança dos meios de produção e com a relação capital/trabalho. Foi constatado que o processo de introdução da pena privativa de liberdade delineia-se no

31 período mercantilista, possuindo aceitação e universalização no período pós-iluminista, com o assentamento definitivo do sistema e ideologia capitalista. As taxas de criminalidade das cidades recém industrializadas eram altíssimas, originadas pelo êxodo da população camponesa, que, ociosa, adotava uma série de comportamentos desviantes tais como pequenos furtos, jogatina e embriaguez contumaz, o que fatalmente resultavam em crimes mais graves como homicídios e crimes sexuais. Diante do déficit de mão de obra apta ao trabalho industrial, o poder dominante não poderia se dar ao luxo de executar ou mutilar os milhares de indivíduos como fazia em épocas anteriores. A solução apresentada foi a criminalização exacerbada: penas privativas de liberdade cumpridas em locais, cujas condições sempre eram inferiores às das categorias sociais mais baixas. O indivíduo, mediante rígida disciplina, era capacitado e via no trabalho a única esperança de liberdade. O paradoxo é que, ao sair da prisão, não encontrava condições muito diferentes nas fábricas. Vale ressaltar que tal processo foi reproduzido em larga escala ao longo dos séculos em praticamente todos os sistemas penais ocidentais e que isto significava também a imposição de valores de uma esfera dominante para os estratos sociais inferiores. Contudo, com a explosão demográfica ocorrida no século XX, manter uma estrutura laborativa nos estabelecimentos penais tornou-se economicamente inviável. A abundância de mão de obra, aliada ao etiquetamento, bem como ao preconceito decorrente do cárcere, praticamente selaram a utilidade da prisão como reformadora de delinqüentes e transformadora de trabalhadores. A prisão tornou-se uma instituição falida, com pouco ou nenhum reconhecimento social, banalizada e reduzida a mero espaço segregador.

32 Outro fator que pode ser apontado é o surgimento e, posteriormente, o crescimento do movimento Law and Order 6. Tal movimento se desdobra de diversas maneiras, desde a criminalização de condutas lesivas a bens jurídicos de pouca relevância até o agravamento das penas, passando pelo desprezo a garantias penais e processuais penais consagradas, como bem assevera Eugênio Raúl Zaffaroni: Estas campanhas realizam-se através de invenção da realidade (distorção pelo aumento do espaço publicitário dedicados a fatos de sangue, invenção direta de fatos que não aconteceram), profecias que se auto-realizam (instigação pública para a prática de delitos mediante metamensagens de slogans tais como a impunidade é absoluta, os menores podem fazer qualquer coisa, os presos entram por uma porta e saem pela outra, etc.; publicidade de novos métodos para a prática de delitos, de facilidades, etc.) produção de indignação moral (instigação a violência coletiva, a autodefesa, a glorificação de justiceiros, apresentação de grupos de extermínio como justiceiros, etc. (ZAFFARONI, 2001, p.129). A intrínseca relação entre controle social e poder político dominante assume um caráter explicito no movimento Law and Order, na medida em que este é convenientemente usado como plataforma eleitoral. Sobre esse aspecto, pontuam Jorge de Figueiredo Dias e Manoel da Costa Andrade: Para o poder, o crime constitui um dos tópicos mais gratificantes. Os políticos confiam exageradamente na lei criminal e gostam de invocar as sanções criminais a propósito dos mais variados problemas sociais, que mais não seja para declinar o seu fervor moral e as suas virtudes políticas. Daí a freqüência do recurso à guerra ao crime como expediente de capitalização política sobre o medo e a insegurança e, por isso, de legitimação as formas mais agressivas de poder (DIAS; ANDRADE, 1997, p.414). Com efeito, a opinião pública é tendenciosamente manipulada e seduzida pelo discurso opressor, que se aproveita de situações e fatos de forte apelo emotivo, para 6 A expressão Lei e Ordem será empregada propositalmente em língua estrangeira, de modo a deixar clara a conotação neocoloniasta, neoimperialista e, sobretudo, o caráter alienígena do referido movimento.

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