EPIDEMIOLOGIA ESPACIAL APLICADA À SANIDADE AVÍCOLA. Prof. Diana Giotto Drª Medicina Veterinária Preventiva Sanidade Avícola
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- Guilherme Vilarinho Van Der Vinne
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1 EPIDEMIOLOGIA ESPACIAL APLICADA À SANIDADE AVÍCOLA Prof. Diana Giotto Drª Medicina Veterinária Preventiva Sanidade Avícola
2 AVICULTURA BRASILEIRA 39,5 bilhões de unidades produzidas (2014) 13,14 milhões de toneladas produzidas (2015) Fonte: ABPA - Relatório Anual 2016
3 Fonte: ABPA - Relatório Anual 2016
4 FRANGOS DE CORTE Fonte: ABPA - Relatório Anual 2016
5 Fonte: ABPA - Relatório Anual 2016
6 SANIDADE AVÍCOLA PNSA
7 TOMADA DE DECISÃO EPIDEMIOLOGIA ESPACIAL SANIDADE
8 EPIDEMIOLOGIA ESPACIAL
9 EPIDEMIOLOGIA ESPACIAL Subclasse da epidemiologia SAÚDE ANIMAL X AMBIENTE FÍSICO Surgiu para entender a causa e consequência da heterogeneidade espacial nas doenças infectocontagiosas, particularmente as zoonoses
10 OBJETIVOS DA ANÁLISE ESPACIAL Identificar áreas de risco e os fatores na interação espacial. Ex: a crescente possibilidade de transmissão Ponto padrão REGULARIDADE ACASO EFEITO DE GRUPO?
11 FERRAMENTAS PARA ESTUDOS ESPACIAIS Sistemas de informação geográfica (SIGs) Bancos de dados geográficos Sensoriamento remoto Cartografia GPS
12 Unidades de produção de frangos de corte RIO GRANDE DO SUL
13 Unidades de produção de frangos de corte SANTA CATARINA
14 DEFESA SANITÁRIA ANIMAL AVICULTURA ALGUNS ESTUDOS REALIZADOS JUNTO A ÓRGÃOS ESTADUAIS, FEDERAIS E COOPERATIVAS
15 ANÁLISE TEMPORAL E ESPACIAL DE CONDENAÇÕES DE FRANGOS EM UM MATADOURO-FRIGORÍFICO
16 Região de estudo: 38 municípios da região oeste de Santa Catarina
17 OBJETIVOS Espacializar os produtores da região com lotes abatidos Espacializar as condenações de origem patológicas e relacionar com o período em que ocorreram posição geográfica. Localizar os locais em que determinadas patologias ocorriam e a intensidade FONTE DE DADOS Planilhas S.I.F - Ocorrência de condenações totais e parciais no período de set/2006 à agosto lotes estudados ESTRUTURAÇÃO - Banco de dados relacional - Banco de dados espacial - Mapas georreferenciados - SIG CAMPEIRO GeoAves com estimador de intensidade kernel
18
19 UPs DE FRANGOS DE CORTE GEORREFERENCIADAS
20 Cond. ASCITE SETEMBRO 89,28% dos lotes Média: 10,6 aves/lote condenadas Maior numero de casos: set/06 e ago/07 ASCITE Períodos tendênci frequênc
21 Cond. out OUTUBRO ASCITE Períodos tendênci frequênc
22 Cond. nov NOVEMBRO ASCITE Períodos tendênci frequênc
23 Cond. dez DEZEMBRO ASCITE Períodos tendênci frequênc
24 Cond. jan JANEIRO ASCITE Períodos tendênci frequênc
25 Cond. fev FEVEREIRO ASCITE Períodos tendênci frequênc
26 Cond. mar MARÇO ASCITE Períodos tendênci frequênc
27 Cond. abr ABRIL ASCITE Períodos tendênci frequênc
28 Cond. mai MAIO ASCITE Períodos tendênci frequênc
29 Cond. jun JUNHO ASCITE Períodos tendênci frequênc
30 Cond. jul JULHO ASCITE Períodos tendênci frequênc
31 Cond. ago AGOSTO ASCITE Períodos tendênci frequênc
32 Cond. COLIBACILOSE 86,03% dos lotes Média: 7,1aves/lote condenadas Maior número de casos: setembro e outubro COLIBACILOSE Períodos tendência frequênci
33 Cond. OUTUBRO COLIBACILOSE Períodos tendência frequênci
34 Cond. NOVEMBRO COLIBACILOSE Períodos tendência frequênci
35 Cond. DEZEMBRO COLIBACILOSE Períodos tendência frequênci
36 Cond. JANEIRO COLIBACILOSE Períodos tendência frequênci
37 Cond. FEVEREIRO COLIBACILOSE Períodos tendência frequênci
38 Cond. MARÇO COLIBACILOSE Períodos tendência frequênci
39 Cond. ABRIL COLIBACILOSE Períodos tendência frequênci
40 Cond. MAIO COLIBACILOSE Períodos tendência frequênci
41 Cond. JUNHO COLIBACILOSE Períodos tendência frequênci
42 Cond. JULHO COLIBACILOSE Períodos tendência frequênci
43 Cond. AGOSTO COLIBACILOSE Períodos tendência frequênci
44 SIMULAÇÃO DA DISSEMINAÇÃO DA DOENÇA DE NEWCASTLE RELACIONANDO O TRÂNSITO DE VEÍCULOS ENTRE EMPRESAS INTEGRADORAS E UNIDADES DE PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE
45 DOENÇA DE NEWCASTLE DOENÇA VIRAL ALTAMENTE CONTAGIOSA DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA Plano de Contingência para Influenza Aviária e Doença de Newcastle (BRASIL, 2007) -Notificação -Visita -Interdição -Zonas de Proteção e Vigilância -Diagnóstico definitivo
46 Foco da DNC em Vale Real, RS (2006)
47 OBJETIVO AVALIAR OS FATORES DE RISCO DE DISSEMINAÇÃO DA DOENÇA DE NEWCASTLE REFERENTES AO TRÂNSITO EM UMA ÁREA DE GRANDE PRODUÇÃO AVÍCOLA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, FRENTE A UM SUPOSTO FOCO DA DOENÇA
48 EPIDEMIOLOGIA ESPACIAL SIG CAMPEIRO GeoAves Mapa físico-político do Vale do Taquari Mapa rodoviário do Vale do Taquari Banco de dados com as coordenadas geográficas das Ups EPIDEMIOLOGIA ESTATÍSTICA Fluxo de trânsito de uma empresa integradora a uma UP Taxa Reprodutiva Básica Probabilidade de contato efetivo Estudo exploratório da proporção de alojamento Curva Epidêmica- Reed-Frost
49 Análise Espacial Granja índex:
50 Zona de Proteção (3km) Zona de Vigilância (10km)
51 Zona de Proteção: 70 UPs FC 21,42% das propriedades estão localizadas a menos de 100m das principais vias de trânsito
52 Zona de Vigilância: 251 UPs FC 28,8% das propriedades localizadas a menos de 100m das principais vias de trânsito
53 Análise do fluxo de trânsito de uma empresa integradora a uma UP
54 Taxa Reprodutiva Básica : R0 = β x K x D β = taxa de ataque: 16%(AKHTAR & ZAHID, 1995) K= número médio de contatos de uma granja por unidade de tempo: 0,79** D = duração da infectividade: 12 dias (ARNS et al, 2008) R0= 1,51 Uma granja tem a probabilidade de gerar 1,51 casos secundários R0 > 1 dissemina R0 < 1 não dissemina **média de visitas que uma empresa integradora faz a uma unidade de produção integrada durante o período de criação (41 dias)
55 Probabilidade de contato efetivo entre granjas { Total Média de visitas de caminhão de ração Total de granjas expostas ao risco Média de visitas técnicas de granjas expostas ao risco Agente da visita Caminhão de ração Risco Mínimo Risco Máximo Probabilidade do contato efetivo 0*/69***= 0 2**/69***= 0, à 2,9% Visita técnica 0*/69***= 0 5**/69***= 0,072 0 à 7,2%
56 Estudo exploratório da proporção de alojamento de frangos de corte Teoria elementar da probabilidade (Spigel, 1977): Suponha-se que um evento E possa acontecer de h maneiras diferentes em um total de n modos possíveis igualmente prováveis. Então a probabilidade de ocorrer um evento é definido por p = h / n e a probabilidade de não ocorrência do evento é q = 1 - p.
57 Modelo Clássico Reed-Frost Metodologia descrita por Thrusfield (2004): Ct+1 = St (1 q Ct) t = período de tempo C t+1= número de casos infecciosos no período t+1 St = número de animais susceptíveis no período t q = a probalilidade de um indíviduo não fazer um contato efetivo
58 CURVA EPIDÊMICA: Com a aplicação do Modelo Clássico de Reed-Frost, chegou-se ao resultado de que, na zona de proteção, em uma população fechada, existe a possibilidade de que em um período de 40 dias, 43 novos casos sejam diagnosticados, sendo que a curva tem seu pico entre o vigésimo e vigésimo quinto dia pós-notificação do primeiro caso. Curva Epidêmica casos Dias
59 ESTUDO RETROSPECTIVO DO MONITORAMENTO SOROLÓGICO PARA DOENÇA DE NEWCASTLE COM APLICAÇÕES DE TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO E GEOESTATÍSTICA
60 DOENÇA DE NEWCASTLE Monitoramento Sorológico Biosseguridade OBJETIVO Estudar as monitorias sorológicas no período de 2001 a 2010 buscando existência de dependência espacial entre os títulos
61 FONTE DOS DADOS Informações foram cedidas pela CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina): - Resultados de ensaios sorológicos para DNC realizados pelo CEDISA no período de 01/01/2000 a 09/09/ Amostras de lotes de frangos coletadas em abatedouros com SIF - Informações contidas: nome do produtor, protocolo, idade do lote, tamanho do lote, índice de mortalidade, idade das matrizes, títulos obtidos no teste HI, GMT de cada lote
62 Amostra representativa de 72,2% lotes títulos sorológicos de HI Ups títulos sorológicos
63 EPIDEMIOLOGIA ESPACIAL GEOPROCESSAMENTO Mapas georreferenciados de superfície do estado de Santa Catarina Coordenadas geográficas das unidades de produção de frangos de corte, matrizeiros e granjas de subsistência GEOESTATÍSTICA Coordenadas geográficas das granjas de matrizes e unidades de produção de frangos de corte SIG ArcGIS SIG- CAMPEIRO GeoAves
64 Análise espacial dos matrizeiros e avaliação da proximidade com granjas próximas RAIO DE 3 Km: Média de propriedades de subsistência: 19,1 Média de avicultores comerciais: 6,7
65 Espacialização das propriedades com monitorias de HI no período de 2000 a 2010 Maioria dos títulos HI: - 1/2-1/4-1/8
66 GEOESTATÍSTICA A geoestatística é um ramo da estatística que utiliza variáveis regionalizadas na avaliação da variabilidade espacial, podendo se estimar o valor de uma propriedade para um local onde não foi medida, utilizando uma função de correlação espacial entre os dados, sem viés e com variância mínima. (Vieira, 2012)
67 Buffer = raio de 10 km de pesquisa
68 Localização das Ups em cada buffer
69 Com a localização de todos pontos no buffer, fez-se análise de distribuição de frequência dos títulos (1/2, 1/4, 1/8 e 1/16) Objetivo: comportamento dos títulos e ajustamento do semi-variograma.
70 GEOESTATÍSTICA: O método de krigagem foi empregando tendo como atributos os títulos sorológicos de cada lote (1/2, 1/4, 1/8 e 1/16). Número de lags usado como padrão foi 12, havendo uma interpolação aproximada entre vizinhos de metros. Com a krigagem universal, na forma de predição de mapas, obteve-se o ajustamento do semi-variograma e a dependência espacial de cada título, expressa em metros no raio de 10 km.
71 Localização espacial dos matrizeiros no estado de Santa Catarina, Brasil, e seus respectivos buffers (raios de pesquisa de 10 km)
72 Localização espacial dos lotes de frangos de corte com monitoria sorológica para DNC no período de 2001 à 2010, no estado de Santa Catarina, Brasil
73 Dependência espacial expressa em metros, exercida entre os títulos sorológicos 1/2, 1/4, 1/8 e 1/16. Estatísticas 1/2 1/4 1/8 1/16 Média Desvio padrão 7090, , , ,55 Coef. variação 59% 11% 100% 72%
74 RESULTADOS GEOESTATÍSTICOS Os títulos sorológicos apresentaram dependência espacial, sendo que um exerceu interferência sobre o outro. Os títulos 1/2 e 1/4 apresentaram uma dependência de aproximadamente 12 km, 1/8 de aproximadamente 8 km e 1/16 de 5 km. À medida que os títulos aumentavam, a dependência espacial diminuía, mas ainda sim, exercendo forte influência sobre os vizinhos.
75 Os estudos espaciais na cadeia avícola oportunizam empresas, estados e países a demonstrar com transparência o seu status sanitário, tendo em vista que o Brasil assegura uma posição de destaque no cenário mundial, e este desempenho é resultado de uma trajetória de incremento tecnológico e capacidade de coordenação entre os diferentes agentes que a compõe
76 UM HOMEM INTELIGENTE RESOLVE UM PROBLEMA, UM SÁBIO O PREVINE ALBERT EINSTEIN OBRIGADA Contato: dbgiotto@gmail.com
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