ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO
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- Gonçalo Marroquim Vidal
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1 ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO Circular nº Reprodução sujeita a autorização Impresso na Estação de Avisos de Entre Douro e Minho Realização técnica: J. F. Guerner Moreira (Eng.º Agrónomo) Carlos Coutinho (Ag. Técnico Agrícola) Apoio: João Heitor (Eng. Tec. Agr.) Impressão e expedição:, L. Monteiro VINHA DOENÇAS DO LENHO (A luta contra estas doenças não é possível sem a aplicação de medidas preventivas) ESCA Algumas videiras atacadas, mas que conservam ainda uma parte sã, podem ser recuperadas, através de uma poda adequada, procurando-se desta forma reconstituir a videira, mantendo-a em produção e atrasando o seu declínio definitivo. ESCORIOSE As varas destinadas a enxertia devem ser colhidas em cepas comprovadamente isentas de escoriose. Devem ser eliminados sistemáticamente os cinco ou seis primeiros gomos da base da vara, aproveitando para enxertia apenas as porções de vara daí para cima, pois esta doença afecta principalmente os gomos da base. Os ataques de escoriose são mais severos em Primaveras chuvosas, agravando-se quando estas se sucedem a Invernos igualmente muito chuvosos. Consulte as fichas técnicas nºs 55 e 70 (I Série) PODRIDÃO DAS RAÍZES DA VIDEIRA (ARMILLARIA) Na preparação de terreno para plantação de novas vinhas, devem ser retirados cuidadosamente e queimados todos os restos de madeira e raízes provenientes de outras videiras, árvores ou matos anteriormente existentes no local. Durante o Inverno, devem-se arrancar as videiras atacadas pela podridão das raízes (Armillaria spp.) e retirar cuidadosamente todas as raízes da videira arrancada. A cova resultante do arranque deve ficar aberta até ao fim do Verão seguinte, o que pode ajudar à eliminação de restos do fungo causador da doença (Armillaria). Não devem plantar novas videiras no mesmo local, nem utilizar estacas de madeira não tratada. Não existe tratamento eficaz contra esta doença, pelo que todas as medidas para a evitar e controlar devem ser preventivas. Consulte a ficha técnica nº 102 (I Série) ou 6 (II Série) Picnídeos da escoriose (pontinhos negros sobre área esbranquiçada na vara) DIVISÃO DE PROTECÇÃO E CONTROLO FITOSSANITÁRIO ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO Quinta de S. Gens Estrada Exterior da Circunvalação, SENHORA DA HORA Telefone: Fax: avisos.edm@drapn.min-agricultura.pt
2 MEDIDAS DE PREVENÇÃO DAS DOENÇAS DO LENHO, NA VINHA, DURANTE A PODA Podar com tempo seco e sem vento. Podar as videiras doentes em último lugar. Desinfectar os instrumentos de poda com lixívia. Evitar abrir feridas ou fazer cortes de grande superfície nos ramos mais grossos. Não fazer cortes rentes, cuja cicatrização provoca a formação de rolhões para o interior do tronco, que dificultam a circulação da seiva. Proteger as feridas da poda maiores, com pincelagem de uma pasta fina fungicida, com unguentos de enxertia ou betume industrial. Cortar, tanto quanto possível e queimar as varas que apresentem sintomas de esca e de escoriose. Não acumular lenha de poda nos arredores das vinhas, deixando-os aí durante o Inverno, pois constituem importantes focos de infecção de doenças do lenho. SCAPHOIDEUS TITANUS (CIGARRINHA VECTORA DA FLAVESCÊNCIA DOURADA DA VINHA) É obrigatório arrancar as videiras atacadas por esta doença, nos locais onde tenha sido detectada por análise laboratorial, tanto em vinhas em produção, como em viveiros de pés-mães. COCHONILHA-ALGODÃO Nas vinhas infestadas, deve proceder-se durante o Inverno a um tratamento localizado, utilizando um óleo mineral. Durante a poda, retirar a casca das videiras onde se veja que existem posturas (protegidas sob massas de algodão branco) e cochonilhas abrigadas para passar o Inverno, deixando-as mais expostas ao frio e aos tratamentos fitossanitários. Consulte a ficha técnica nº 9 (IISérie) ARANHIÇO VERMELHO Eliminar o mais possível, durante a poda, as varas com ovos de Inverno. Consulte a ficha técnica nº 107 (ISérie) NEMÁTODES DA VINHA As espécies Xiphinema index e Xiphinema italiae, que são transmissoras de vírus, podem causar à Vinha elevados prejuízos. A sua detecção no solo deve ser feita sempre antes da plantação das vinhas, por colheita de amostras de terra para análise nematológica. No caso da sua existência no solo, o tratamento precoce evitará posteriores prejuízos. Consulte a ficha técnica nº 7 (II Série) PREVENÇÃO DO EFEITO DE GEADAS DE PRIMAVERA NA VINHA Nos locais mais sujeitos a geadas, a poda da Vinha deve ser efectuada o mais tarde possível. Atrasa-se, assim, o início da rebentação, protegendo a maior parte da nascença de cachos de eventuais geadas tardias. POMÓIDEAS CANCRO EUROPEU DA MACIEIRA Em pomares onde existam focos desta doença, os cortes maiores da poda de Inverno devem ser de imediato tratadas com uma pasta fungicida ou isoladas com outro produto. Depois da poda, é benéfico efectuar um tratamento à base de cobre (hidróxido, oxicloreto ou sulfato), sobretudo nas árvores ou nas áreas do pomar afectadas. MONILIOSE Durante a poda, devem-se eliminar frutos atacados pela moniliose mumificados, que ficam suspensos nas árvores. Estes frutos devem ser retirados do pomar e queimados junto com a lenha de poda, de modo a diminuir as possibilidades de disseminação da doença. COCHONILHA DE S. JOSÉ Nos pomares onde se verifique a presença desta praga, deve haver o cuidado de praticar uma poda que torne a copa das árvores, menos densa, sobretudo na sua parte superior, contrariando a formação de chapéus. Esta técnica facilita a penetração das caldas insecticidas e da luz, um melhor arejamento e impede o desenvolvimento de grandes populações de cochonilha de S. José. Consulte a ficha técnica nº 10 (I Série) Página 2 de 8
3 PULGÃO LANÍGERO Este afídeo passa o Inverno em forma de larva hibernante nos rebentos ladrões junto do colo das árvores, nas fendas da casca e nos tumores produzidos nos ramos e troncos pela sua acção picadora-sugadora. Larva de Zêuzera no interior da galeria que abre no ramo da árvore RATOS NOS POMARES Em solos com boa drenagem, localizados junto de cursos de água ou com abundância de água de rega, dá bons resultados fazer o alagamento dos pomares infestados por ratos, durante o Inverno, como meio de combater esta praga. O alagamento deve ser feito em períodos curtos (1 a 2 horas), de modo a não matar as árvores por asfixia das raízes. Tumores provocados em tronco de macieira por grandes populações de pulgão lanígero. Durante o Inverno, podem ser tomadas diversas medidas para reduzir as populações de pulgão lanígero: corte e queima de rebentos ladrões infestados e de ramos fortemente infestados; suprimir os tumores, desinfectando as feridas com uma pasta à base de cobre aplicação de um óleo mineral sobre as árvores afectadas, procurando atingir bem as colónias de pulgão. Na plantação de novos pomares, devem usar-se porta-enxertos resistentes ( E.M. II, X, XII, XIII M.M. 104, 106, 109, 111; M.I. 778, 779, 789, 793). Variedades resistentes ou pouco sensíveis são, por exemplo: Reineta cinzenta do Canadá, Golden delicious, Golden noble, Jonathan, Pelo contrário, Reine des reinettes, Reineta do Canada, Belle de Baskoop, Starking, são muito atacadas por este afídeo. Consulte a ficha técnica 51 (I Série) BROCA DOS RAMOS (ZÊUZERA) Em pomares de macieiras, pereiras, nogueiras, oliveiras e outras espécies, incluindo plantas ornamentais como lilás, tília, etc., devem procurar-se as entradas das galerias das larvas e proceder à destruição da zeuzera com um arame grosso (de ramada), introduzido até ao fundo da galeria onde a larva se aloja. Na poda, procurar eliminar os ramos atacados com brocas activas. Recomenda-se especial atenção a pomares novos ou recém-plantados, nos quais os ataques de zeuzera podem causar elevados prejuízos. Consulte a ficha técnica 106 (I Série) O rato mais vulgar nos pomares é o rato toupeira (Microtus sp.). (Cauda curta, cabeça pouco distinta do corpo, olhos pequenos, orelhas curtas e ocultas na pelagem). Para ser eficiente, o alagamento deve ser repetido duas ou três vezes durante o Inverno. A água invade e destrói as galerias e ninhos dos ratos e as reservas alimentares aí acumuladas, obrigando-os a abandonar os pomares e matando parte deles. Pode fazer-se em macieiras, pereiras e laranjeiras. O alagamento também se pode fazer em pomares de pessegueiros, mas com água sempre corrente e de forma rápida, procurando conduzi-la para as entradas das galerias dos ratos. É preciso ter em conta que os pessegueiros asfixiam rapidamente quando alagados (em pouco menos de meia hora). A manutenção do pomar com um enrelvamento apenas na entre-linha e com a linha limpa de ervas, constitui uma protecção contra os ataques de ratos nos pomares. Consulte colecção de fichas técnicas em Maria Amália Xavier Página 3 de 8
4 NESPEREIRA DO JAPÃO PEDRADO Esta doença pode causar a perda total de produção das árvores atacadas. Com o Inverno a decorrer húmido e chuvoso, recomenda-se a realização de tratamentos com produtos à base de cobre (hidróxido, oxicloreto ou sulfato), até à fase inicial de desenvolvimento dos frutos. A seguir a esta fase e até à mudança de cor dos frutos do verde para amarelo, podem ser utilizados produtos à base de dodina (SYLLIT 400 SC, SYLLIT 65 WP, DODIVAL), folpete (FOLTENE, FOLPAN 80 WDG, FOLPETIS WG, AKOFOL 80 WDG, FOLPAN 50 WP AZUL, FOLPEC 50 AZUL, ORTHO PHALTAN, BELPRON F-50, FOLPEC 50, AKOFOL 50 WP, ORTHO PHALTAN, FOLPAN 500 SC) ou zirame (THIONIC WG, ZIDORA AG, ZICO). A data de realização do primeiro tratamento, é muito importante e deve ser determinada pelo aparecimento das pontas verdes ou avermelhadas no centro das escamas dos gomos terminais (ver o quadro seguinte). Nessa altura deve ser aplicada uma calda à base de cobre, (de preferência uma calda bordalesa, dada a sua maior persistência). No decorrer do desenvolvimento do pessegueiro, os novos orgãos que se vão formando, terão de ser protegidos contra esta doença, sobretudo se o tempo decorrer frio e chuvoso. Essa nova protecção deve ser feita com fungicidas orgânicos, dado que o cobre é fitotóxico para a vegetação do pessegueiro. Mais tarde, durante a vegetação, devem ser utilizados produtos à base de: dodina, enxofre, metirame, tirame ou zirame. PRUNÓIDEAS CEREJEIRA CANCRO BACTERIANO Recomenda-se a aplicação, logo que os gomos comecem a inchar - o que já se nota nesta altura em algumas variedades - de uma calda contendo um produto à base de cobre (calda bordalesa). O tratamento deve atingir muito bem o tronco e os ramos das árvores. Lembramos que esta calda poderá ainda ter um efeito de protecção de geadas fracas. ALGUMAS MEDIDAS PREVENTIVAS corrigir a acidez do solo, quando necessário, aplicando calcário; fazer um controlo adequado das ervas infestantes fazer apenas podas em verde, após a colheita das cerejas, evitando as podas de Inverno; proteger as feridas de poda extensas ou de quebra ou corte de ramos, com uma pasta fungicida. PESSEGUEIRO LEPRA DO PESSEGUEIRO A lepra do pessegueiro é uma doença sempre presente nesta região. O seu combate, para ser eficaz, deve ser feito preventivamente e iniciado muito cedo. OLIVEIRA OLHO DE PAVÃO Recomenda-se o tratamento durante o Inverno contra esta doença, que pode provocar uma desfoliação grave das oliveiras, com um produto à base de cobre (hidróxido, óxido cuproso, oxicloreto) ou de difenoconazol e tebuconazol. Na Primavera deve ser aplicado zirame. Página 4 de 8
5 TUBERCULOSE DA OLIVEIRA (Pseudomonas savastanoi) Medidas preventivas durante o Inverno: Remover os nódulos, retirando os ramos que os suportam Desinfectar as feridas de poda e de cortes com uma pasta (250 gr sulfato de cobre gr de cal e 3 litros de água) Iniciar a poda nas árvores sãs e desinfectar as ferramentas de poda com lixívia Queimar a lenha de poda. Tumores provocados pela tuberculose da oliveira em raminhos novos (esquerda) e tronco(direita) CITRINOS MÍLDIO OU AGUADO Efectuar durante o Inverno, (sobretudo se ocorrerem períodos chuvosos prolongados), tratamentos contra o míldio, aplicando uma calda bordalesa. Nos locais sujeitos a geadas, esta calda pode ter um efeito protector contra o frio, se for alcalina, ou seja se contiver uma dose reforçada de cal (por exemplo, 1,5 kg de sulfato de cobre + 2 kg de cal). Deve haver o cuidado de atingir com a calda toda a copa da árvore e dar atenção especial à parte inferior da copa. Pode também ser usada outra calda à base de cobre, nas formas de oxicloreto ou hidróxido e ainda especialidades à base de fosetil-alumínio (ALIETTE Flash, ETYLIT Premier, FOSBEL 80 PM, ALFIL). O fosetil de alumínio combate também a gomose. GOMOSE PARASITÁRIA DOS CITRINOS Trata-se de uma doença provocada por diversas espécies do fungo Phytophthora muito comuns nos solos da região, sendo as espécies mais comuns Phytophthora parasitica e Phytophthora citrophthora, que provocam o declínio progressivo das árvores. Laranjeira gravemente atingida pela gomose parasitária, com parte dos ramos já secos Sintomas mais característicos: a casca do tronco junto ao colo da árvore seca e destaca-se em placas; são visíveis, por vezes, escorrimentos de goma acastanhada (seiva); amarelecimento progressivo da folhagem; os ramos vão secando aos poucos, por secções, até à morte da árvore. Como medidas preventivas, recomenda-se afastar do colo do tronco das árvores as águas, quer de rega, no Verão, quer as águas que correm pelos laranjais durante o Inverno. Aconselha-se também a limpeza das ervas junto do colo das árvores e evitar a manutenção de ramos e folhagem até ao solo (que dificultam o arejamento do tronco e permitem a permanência da humidade em seu redor). No fundo, para reduzir a possibilidade de ataques de Phytophtora, devem ser tomadas todas as medidas que ajudem a manter seca a zona do colo e o próprio tronco da árvore. Em tratamento de árvores atingidas pela doença, pode ser utilizado sulfato de cobre ou fosetil-alumínio. VÍRUS DA TRISTEZA DOS CITRINOS O vírus da tristeza dos citrinos é uma doença responsável por elevada mortalidade nos citrinos. Tem como vector mais eficaz o piolho negro dos citrinos (Toxoptera citricidus). Em face da dispersão do afídeo por toda a região de Entre Douro e Minho, e da sua possível contribuição para a dispersão do vírus da tristeza, recomenda-se: Página 5 de 8
6 a utilização de porta-enxertos tolerantes ao vírus, em novas plantações (por exemplo, Poncirus trifoliata); não utilizar a laranjeira azeda como porta-enxerto, pois é extremamente sensível ao vírus da tristeza vigiar e combater o piolho negro nas árvores em que apareça. ELIMINAÇÃO DE LENHAS DE PODA Toda a lenha resultante das operações de poda e arranque de árvores e videiras, deve ser retirada do terreno e queimada o mais breve possível. Se a lenha se destinar a consumo doméstico, deve ser armazenada em lugar seco, abrigado da chuva, para impedir que os esporos dos fungos (botrytis, esca, escoriose, cancro da macieira, chumbo, etc.) se libertem na natureza, infectando árvores e videiras sãs. Em vinhas, pomares e olivais onde seja usual proceder à trituração e incorporação da lenha da poda no solo, deve ser previamente retirada e queimada toda a lenha proveniente de plantas afectadas pelas doenças do lenho e das raízes atrás referidas. CONTROLO DE INFESTANTES Durante o Inverno, é vantajoso manter o solo coberto com vegetação. A presença de ervas nas vinhas e pomares durante o Inverno, em nada prejudica as videiras e as árvores, quando estas estão em pleno repouso vegetativo. Uma parte das infestantes é destruída pela geada, durante o Inverno. A presença de ervas infestantes contribui para a protecção do solo da erosão e para a melhoria da sua permeabilidade e da sua estrutura. Além disso, os nitratos existentes no solo são absorvidos pelas infestantes e assim temporariamente imobilizados, em vez de serem arrastados para as águas superficiais e subterrâneas, poluindo-as. Enfim, a vida microbiana do solo é favorecida pela actividade das raízes das ervas espontâneas e pela matéria orgânica que a decomposição destas plantas proporciona. No entanto, nos pomares, deve manter-se a linha limpa de ervas, para evitar possíveis ataques de ratos nas raízes e podridões do colo das árvores. Nº DE HORAS DE TEMPERATURA < 7 0 C /2011 (HORAS DE FRIO) Nas fruteiras de folha caduca, para que os gomos e botões iniciem o abrolhamento, é necessário que tenha ocorrido um determinado período de tempo, expresso em horas, em que a temperatura fosse inferior a 7ºC. Esse somatório de horas com temperaturas baixas é designado por necessidades de frio. As necessidades de frio das fruteiras são muito diferentes, variando de espécie para espécie e mesmo dentro da mesma espécie, de variedade para variedade. Refira-se, por exemplo, que no grupo das prunóideas (fruteiras que dão fruto com caroço), as menos exigentes em frio são as amendoeiras e os damasqueiros, enquanto que as mais exigentes são as cerejeiras e as ameixeiras europeias. Dentro das pomóideas (fruteiras que dão frutos com pevides), por exemplo, nas macieiras existe uma grande diferença nas necessidades em frio, de variedade para variedade. Variedades menos exigentes ( horas), são, por exemplo, Mutsu, Mc Intotosh e variedades muito exigentes ( horas), são, por exemplo, Rome Beauty e Bravo de Esmolfe. Das actinídeas, uma das variedades mais exigentes em horas de frio, cerca de 1000 horas, é a Hayward. Em invernos amenos, os fruticultores recorrem com frequência a vários produtos químicos, que aplicados no mês de Janeiro, podem substituir a falta de frio, proporcionando às fruteiras, um abrolhamento mais precoce e uma floração mais abundante e uniforme, originando frutos com maior calibre. Alguns desses químicos são agressivos para o ambiente e podem mesmo ser perigosos para o homem quando haja contacto directo com o produto (contaminação). Em anos, como o corrente, em que se preveja uma acumulação de frio que garanta uma boa produção, é de toda a vantagem evitar a utilização de substitutos químicos. Página 6 de 8
7 Local HORAS DE FRIO (NOVEMBRO/DEZEMBRO/2010) Novembro Arcozêlo Ponte de Lima Santa Marinha do Zezere -Baião S. Miguel da Carreira Barcelos EPA Fermil Molares Celorico de Basto Cepões P. de Lima Correlã P. de Lima Paçô- Arcos de Valdevez Giela A. de Valdevez S. Torcato-Guimarães Vilar do Torno e Alentém- Lousada Penso - Melgaço Prado - Melgaço Atei Mondim de Basto Paderne - Melgaço Pinheiros - Monção (1) (1) (1) Perre Viana do (1) (1) (1) Castelo Oleiros- Ponte da Barca S. Cosme e S.Damião A. de Valdevez Roriz Santo Tirso Vairão Vila do (1) 366 Conde Ganfei - Valença ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS AUTOMÁTICAS CAMPBELL Apúlia - Esposende S. Cristóvão de 114 (1) (1) Nogueira- Cinfães Gatão - Amarante Troviscoso - Monção (1) 341 Vila Boa de Quires Marco de Canaveses EPAMAC - Rosem M. de Canaveses S. João de Fontoura Resende EPA de Santo Tirso (1) faltam dados Dezembro Soma Nov+Dez ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS MANUAIS (TERMOHIGRÓGRAFO) S. Martinho de Mouros Resende Ermelo Mondim de Basto Sobrado Castelo de Paiva ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS AUTOMÁTICAS ADDCON Amares BATATEIRA NEMÁTODES DA BATATEIRA Os nemátodes da batateira mais observados na Região e que mais danos provocam são os nemátodes de quisto Globodera rostochiensis e Globodera pallida, vulgarmente chamados Nemátode Dourado da Batateira. Quando as infestações são elevadas, estes nemátodes podem ter consequências graves sobre a produção, com elevadas perdas. Durante o período vegetativo, podem observar-se nas plantações áreas mais ou menos circulares, em que as batateiras não se desenvolvem e acabam por secar. Como os sintomas provocados na cultura, não são específicos deste nemátodes, devem ser feitas colheitas de terra para análise, durante o período em que a cultura não está instalada, para detecção deste nemátode no solo e adoptar as medidas de controlo mais adequadas. MEDIDAS PREVENTIVAS utilizar batata de semente certificada; a utilização de variedades resistentes permite impedir a multiplicação das populações e obter rendimentos da cultura; aumentar as rotações sem solanáceas (tomateiro, pimenteiro); não espalhar terra contaminada, tendo em atenção o transporte de terra entre as parcelas contaminadas e as sãs no calçado, nos rodados dos tractores e nas alfaias agrícolas; cultivar os campos contaminados em último lugar; lavar alfaias agrícolas e calçado, ao passar de uns terrenos a outros, sobretudo se houver terrenos contaminados confirmados; eliminar as infestantes da família das solanáceas, como a Erva-moira, que são hospedeiros do nemátode dourado da batateira; em pequenas parcelas e estufas pode-se aplicar, como meio de luta directa contra os nemátodes, a solarização do solo, meio natural, não químico e não poluente. Consiste em cobrir o solo, previamente mobilizado e cuidadosamente regularizado, com um filme plástico transparente, bem esticado e preso nas pontas, no período de maior calor do Verão. As altas temperaturas concentradas sob a cobertura de plástico destroem nemátodes, fungos e outros organismos nocivos. não se aplicam meios de luta química. Produtos fitofarmacêuticos indicados nesta circular, de acordo com dados disponíveis no sítio web Página 7 de 8
8 CASTANHEIRO DOENÇA DA TINTA DO CASTANHEIRO (Phytophthora spp.) Doença muito grave, que leva à morte dos castanheiros. O inóculo da doença da tinta existe em grande abundância nos solos da Região de Entre Douro e Minho. Por outro lado, estes solos, quase sempre de natiureza ácida, são favoráveis ao desenvolvimento dos fungos causadores da doença. Como medida preventiva mais eficaz, aponta-se a utilização de porta-enxertos tolerantes a Phytophthora, em novas plantação de castanheiros. OUTRAS MEDIDAS PREVENTIVAS não fazer novas plantações expostas a Sul não plantar castanheiros em solos sujeitos a encharcamento ou com má drenagem efectuar análises do solo e corrigir a acidez para valores entre 5 e 5,5 ph, aplicando calcáreo nas plantações novas, aplicar estrume bem curtido na plantação de novos soutos, efectuar uma boa preparação do terreno surriba, ripagem, lavoura profunda para que as raízes possam ter um bom desenvolvimento efectuar adubações de fósforo e potássio evitar a mobilização do solo; no caso de mobilização, utilizar uma grade de discos regar os castanheiros novos, para favorecer um bom desenvolvimento das raízes. Fazem-se também tratamentos paliativos, que podem atrasar este desfecho. Deve-se aplicar oxicloreto de cobre de Janeiro a fim de Março, se possível em período de chuva, aplicando 1 a 4 litros desta calda à volta do tronco num raio de 1 m e no tronco até 1 metro de altura. Repetir o tratamento durante pelo menos 5 anos e repetir a série de 5 tratamentos anuais, passados 5 a 10 anos. Aplicar fosetil-alumínio em soutos, na Primavera, de preferência antes da floração, pulverizando até ao escorrimento. Se necessário repetir a intervalos de 1 mês. Em viveiros, aplicar fosetil-alumínio em 3 a 4 tratamentos a intervalos de 2 semanas desde o estado 4-6 folhas definitivas (Maio - Junho). O fosetil-alumínio só deve ser aplicado até finais de Junho. Consulte a Ficha Técnica nº 90 (I Série) Sintoma característico da doença da tinta do castanheiro é a permanência de alguns ouriços no castanheiro durante o Inverno (árvore do lado direito) Página 8 de 8
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