Aldeias Guarani Mbya: questões sobre o tekoa e as relações que o formam 1

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1 Aldeias Guarani Mbya: questões sobre o tekoa e as relações que o formam 1 Fabio de Oliveira Nogueira da Silva PPGAS-USP Resumo: Parte dos Guarani do Tekoa Pyau, Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo, está se preparando para mudar-se para uma nova área, em uma cidade próxima a capital. Esse processo se desenvolve por meio de um conjunto de relações estabelecido em diversos níveis da vida desse coletivo indígena: entre famílias extensas, entre humanos e não humanos, entre índios e não índios. A pesquisa que atualmente desenvolvo focaliza o entendimento de como as relações são mobilizadas e como se entrecruzam neste evento específico o da constituição de um novo tekoa. Mais do que observar se o reagrupamento em um novo espaço irá reproduzir a morfologia das demais aldeias mbya, é preciso tomar como objeto o conjunto das relações que os Mbya estabelecem no transcorrer dos eventos relativos à mudança de aldeia. Isso significa atentar para as múltiplas dimensões em que tais eventos se processam, nos quais se relacionam elementos de sociedade, natureza e sobrenatureza. Nesta comunicação, em específico, pretendo levantar algumas questões a respeito do termo tekoa. Geralmente traduzido como aldeia, tekoa abriga para os Guarani Mbya um significado mais complexo que a noção invocada por essa tradução, afinal, ele não se resume a uma lista de componentes naturais e sociais - antes, implica a existência redes de agentes diversos em modos específicos de relação. Palavras-chave: Guarani, Mbya, Tekoa. 1 Trabalho apresentado na 28ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada entre os dias 02 e 05 de julho de 2012, em São Paulo, SP, Brasil. 1

2 Introdução Discuto, neste texto, a presença de múltiplas relações entre elementos de natureza, sociedade e sobrenatureza na compreensão da noção de tekoa ( aldeia ) dos Guarani Mbya. Antes, apresento brevemente os Guarani e sua distribuição geográfica e, em seguida, o contexto específico estudado. Há, no Brasil, aproximadamente quarenta e seis mil indígenas Guarani, segundo levantamento do Instituto Socioambiental 2. Estão presentes nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Pará. Sua presença também é registrada em outros países da América do Sul Meridional: Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai. A língua Guarani, da família linguística Tupi-Guarani, divide-se em dialetos que caracterizam os subgrupos hoje presentes no Brasil, Kaiowá, Nhandeva e Mbya, sendo que estes últimos compõem uma população de cerca de sete mil pessoas. Do ponto de vista dos subgrupos, as diferenças lingüísticas são importantes sinais diacríticos na produção de identidades e alteridades. A literatura etnológica (como: Schaden, 1974 e Meliá, 1992) também assinala diferenciações e similaridades entre tais subgrupos, relativas tanto a elementos linguísticos como de organização social e práticas de religiosidade. Muitas das áreas ocupadas pelos Guarani ainda não estão demarcadas. A pressão exercida pela especulação imobiliária e a massiva presença de não indígenas em todo o centro-sul do país contribuem para dificultar ainda mais os processos de demarcação. Em São Paulo, as áreas demarcadas, a partir de meados dos anos 1980, não tiveram o suporte institucional e legal da Constituição de 1988, e em sua maioria, foram delimitadas levando em conta, quase exclusivamente, o local de moradia, ou seja, as pequenas áreas onde construíam suas casas e seu entorno imediato. No Jaraguá, por exemplo, a área demarcada tem menos de dois hectares. Como em outras partes do país, os Guarani aí sofreram intensamente a pressão de interesses econômicos, encabeçados pela especulação imobiliária e por políticos de expressão regional em processos judicializados. 2 In: Povos Indígenas no Brasil. Site do Instituto Socioambiental 2

3 Histórico recente das aldeias do Jaraguá. Em meados dos anos 1990, José Fernandes e Rosa mudaram-se para aldeia Tekoa Ytu ( aldeia da cachoeira ), no Jaraguá, onde residia a cacique Jandira (prima de José Fernandes falecida em Março de 2012). Ela vivia uma situação de conflito por causa de problemas fundiários com pretensos proprietários de glebas na região. Somente uma pequena parcela das áreas tradicionalmente ocupadas pelos Guarani no Jaraguá estava demarcada. Mas o uso e a ocupação das áreas não regularizadas se mantiveram ao longo do tempo mesmo sob as ameaças feitas por não indígenas. Inicialmente, José Fernandes e Rosa, juntos com seus filhos e filhas casados, fizeram suas casas na mesma área onde morava Jandira. Alguns meses depois se transferiram para outra área, antes usada para pequenas roças, separada da gleba demarcada por uma rua estreita. Então, para esse local começaram a mudar-se parentes próximos e distantes do casal principal (José Fernandes e Rosa) e parentes dos seus genros e noras. Depois de construírem uma opy ( casa de reza ), o local foi batizado como Tekoa Pyau, traduzido como aldeia nova. Nesse processo, também passaram a mudar-se para a nova aldeia indivíduos e famílias sem relação direta de parentesco com o casal principal buscavam a proteção oferecida pelas intervenções xamânicas de José Fernandes. A partir de então, ambas as aldeias (Tekoa Ytu e Tekoa Pyau) passaram a formar a Terra Indígena Jaraguá. Com a construção de uma obra viária de grande porte, denominada Rodoanel Mário Covas realizada pelo governo do estado de São Paulo, produziram-se passivos socioambientais que se tornaram objeto de compensação. Além de entrar em operação no trecho oeste sem nem sequer haver produzido relatório de impacto socioambiental, a empresa responsável pela obra Dersa também estava finalizando o trecho sul ignorando que o relatório referente àquele trecho mostrava a existência de impactos sobre as terras indígenas guarani daquela região (a TI Tenondé Porã e a TI Krukutu). Em negociação com os Guarani, a Funai e o Ministério Público para a compensação dos danos causados pelo empreendimento, a empresa Dersa se comprometeu, entre outras coisas, a adquirir áreas para os indígenas das três TIs em questão. Com o valor acordado, seriam adquiridas três áreas, uma para cada aldeia demarcada. As lideranças das aldeias Tenondé Porã e do Krukutu decidiram que poderiam comprar uma área em 3

4 conjunto, e então doaram metade do valor a que tinham direito para complementar o valor destinado ao Jaraguá. Em acerto com a cacique Jandira 3, a escolha do novo local ficaria a cargo de José Fernandes. As terras atualmente demarcadas permanecem destinadas ao usufruto dos Guarani, sendo livre a escolha de mudar-se ou não para as novas áreas (ainda em processo de aquisição). Mobilidade Os Mbya circulam por um território bastante extenso, e a multiplicidade de aldeias contribui para essa mobilidade. Há atualmente, entre as identificadas por ONGs indigenistas e as reconhecidas pelo Governo Federal, cerca de sessenta terras habitadas por esse coletivo indígena. A observação e a descrição da construção de uma nova aldeia mbya se inserem na discussão a respeito da mobilidade do grupo, tema este abordado na literatura etnológica e etnográfica guarani por autores como Ladeira (1992), Garlet (1997) e Pissolato (2006). A temática da mobilidade, relativa aos Mbya, focaliza o fenômeno da circulação e das constantes mudanças de aldeia realizadas tanto por indivíduos como por grupos formados por famílias nucleares ou extensas. Garlet (1997) descreve e analisa as múltiplas formas de deslocamento dos Mbya no Rio Grande do Sul. Ao traçar a trajetória de algumas famílias, o autor relaciona a prática da mobilidade do coletivo indígena às relações históricas com os jurua ( branco, não indígena ). Nesse sentido, afirma que é preciso considerar a complexidade de tais práticas, suas motivações, causas e objetivos, levando em conta que nem toda mobilidade mbya pode ser explicada por sua relação com os mitos e a busca da Terra Sem Mal. Assim, Garlet considera a relação conflituosa com os não indígenas (e suas consequências danosas) como o pano de fundo geral das migrações. A mobilidade, para o autor, compensa a decomposição do tecido social tradicional (idem:71), é uma alternativa que permite aos Mbya darem continuidade ao seu modo específico de ser e continuar mantendo-se um grupo étnica e culturalmente diferenciado (idem, ibdem). Mas, mesmo determinando que as relações interétnicas sejam preponderantes nas 3 Dona Jandira dizia que tinha o receio de dividir seu grupo, e temia que seus filhos e netos partissem do Jaraguá, por isso deixou exclusivamente para José Fernandes a tarefa de encontrar o novo local. 4

5 descrições do entre aldeias, Garlet observa que o local de fixação dos grupos, sejam os tataypy 4 e ou os tekoa, estão estreitamente relacionados aos discursos míticos e a critérios ecológicos específicos. Pissolato (2006) abordou a questão da mobilidade privilegiando o ponto de vista das escolhas individuais. Sua hipótese (idem: 193ss) é de que a busca pela felicidade é importante elemento motivador do oguata, o caminhar. Segundo a autora, a vida em família é, idealmente, fonte de alegria e, portanto, de saúde, e é atrás da esperança de viver sob esse estado de espírito que partem os indivíduos quando se mudam de aldeia. Mas, ainda segundo Pissolato, haveria que se considerar na análise também as motivações de partida, em geral também ligadas à família. Com o surgimento de um conflito no interior das próprias parentelas, os indivíduos se colocariam novamente em movimento. Assim, a mobilidade dos Mbya seria explicada por essa dupla motivação, tendo nos indivíduos o motor das escolhas de partidas e chegadas. Quanto às migrações de famílias extensas, descritas pela literatura Guarani, e motivadas por questões de religiosidade, já não estariam mais no horizonte dos Mbya atuais. Pelo que pude constatar durante as pesquisas de Iniciação Científica (2004), de Mestrado (2008) e também atualmente nas atividades de identificação para demarcação e pesquisa de doutorado, as mudanças de aldeia não se restringem aos indivíduos, sendo realizada por famílias nucleares ou por famílias extensas (com o casal-líder, seus filhos, genros e noras, e alguns dos parentes destes). Mesmo que extremamente discretos, tais deslocamentos coletivos não deixaram de ser praticados. Podem, de fato, se iniciar com apenas um casal ou uma única pessoa, mas não é incomum que os familiares voltem a co-residir em uma mesma aldeia. Isso não significa, no entanto, que se replique a composição da família extensa no novo local, pois que não são imunes à sua própria história separações, novos casamentos, conflitos internos são alguns dos elementos que produzem as reconfigurações das famílias extensas. Também venho registrando, na atual pesquisa, que as motivações para a circulação entre aldeias não são apenas múltiplas, mas inter-relacionadas. Assim, por exemplo, um 4 Lugar dos fogos. Em sua pesquisa, Garlet descreveu os tataypy como a tradução mais próxima de aldeia, para os Guarani, sendo o tekoa a referência aos assentamentos relacionados a elementos da cosmologia. Entre os Guarani no Jaraguá, Tenondé Porã e Rio Silveira, obtive a mesma diferenciação dos conceitos, mas com os nomes invertidos: tekoa como aldeia em geral e tataypy como um assentamento sonhado por uma liderança xamânica. 5

6 jovem que se mudou para a aldeia de um parente buscando conhecer afins para se casar teve como pivô de sua partida da antiga aldeia a tentativa de esquivar-se de um conflito com moradores de certo núcleo familiar. Os eventos que compunham esse conflito, como o seu adoecimento espiritual 5, foram por ele interpretados como a intervenção de uma divindade no sentido de fazê-lo mudar-se para que se casasse em outro local, onde mora o referido parente. Dessa forma, não é possível uma classificação única da motivação para a mudança de aldeia, pois que envolveu, ao mesmo tempo, diversas relações: parentes de uma mesma família extensa, parentelas diferentes em conflito e agência divina/sobrenatural. Montardo (2002) analisou a relação da música e da dança rituais dos Guarani com a característica mobilidade desse coletivo indígena. Para tanto, a autora não perdeu de vista as múltiplas dimensões relativas à sociocosmologia guarani. Ela observa que o jeroky [ dança ritual ] guarani é um caminho, [portanto] a pergunta sobre a Terra sem mal, um tema bastante explorado na literatura tupi-guarani, inevitavelmente aparece (idem:210). Ao mesmo tempo, Montardo afirma que o caminhar está relacionado à organização social guarani, que prevê o desmembramento do grupo quando há rivalidades ou desentendimentos, mas é fundamentalmente um recurso para a busca de alegria (idem:212). Assim, ter como horizonte a complexidade das relações nos ajuda a evitar, por exemplo, que se considere a busca de satisfação pessoal como motivador exclusivo das mudanças de aldeia. Pude observar, em alguns casos, que o contato onírico com divindades resultou na determinação de mudança de aldeia exatamente para que se enfrentassem provações e desafios, ou seja, perspectivas de vivências futuras bem longe de uma idéia de prazer. A mobilidade é como extensamente demonstrado na bibliografia etnográfica e etnológica importante elemento da vida cotidiana e da cosmovisão guarani. E, ao fim de cada percurso, estão os locais de partida e de chegada, os tekoa. 5 Segundo esse jovem, a doença não foi causada pela família em questão. A causalidade é dupla, mas não contraditória: ao não controlar a raiva e outros sentimentos considerados negativos e agressivos, a divindade o castigou, ao mesmo tempo, tal divindade pretendia que ele se casasse em outro lugar. 6

7 Tekoa Um local é identificado pelo grupo como tekoa (traduzido usualmente como aldeia ) através de um grande conjunto de elementos que se entrecruzam: a localização, a história do local, a memória dos mais velhos, a identificação de espécies animais e vegetais, e a ação xamânica por meio de sonhos e de visões, através dos quais se estabelecem contatos com as divindades do grupo. Esses elementos se relacionam com o próprio significado do termo tekoa, onde a partícula a remete a lugar, e tekó ao modo de ser guarani. O tekó, segundo Vietta (1992:6-7), é uma espécie de síntese do ser Mbyá, que se opõe ao sistema do branco (ou de outros índios). Neste termo estão contidos elementos que se relacionam com a sociedade, a natureza e a sobrenatureza. É também chamado de guarani rekó ou de ñande rekó ( nosso sistema ou nosso modo de ser ) e, segundo a autora, tem como referência o modo de vida dos antepassados (idem:ibdem). Fazem parte do tekó guarani, entre outras coisas: a reciprocidade; a língua (e a língua sagrada dos rituais); os casamentos endogâmicos (entre Mbyá); os rituais cotidianos; preocupações ecológicas e escatológicas (fim do mundo e a Terra Sem Mal); distanciamento (do não Guarani); cuidados alimentares e não ingestão de bebidas alcoólicas (conf. Schaden, 1974; Clastres, 1978; Oliveira, 2002; Guimarães, 2001; Vietta, 1992; Ladeira, 1992; Chamorro, 1999). Segundo Garlet, é preciso considerar a condição de vida atual dos Guarani para atingir uma melhor compreensão de suas noções, como o teko: "... diante do processo de expropriação e do rápido e quase completo aniquilamento ambiental, a totalidade das atuais áreas ocupadas não atende aos critérios ecolégicos e culturais que determinam o perfil da terra buscada pelos Mbya. Esta é a razão pela qual resistem em considerar como teko'a as atuais ocupações" (1997:92). Pissolato (2006:96) posiciona-se de forma crítica em relação ao que considera uma tendência de análises recentes de restringir a noção de tekoa à idéia de tradicionalidade. Isso seria fruto, segundo Pissolato, de uma construção teórica colada no discurso nativo sobre o modo antigo, que compara a precária situação atual com o que é considerado tradicional. 7

8 A favor de seu argumento a autora apresenta a tese de Mura e Thomaz de Almeida 6, para os quais é importante compreender o tekoha como categoria produzida na história (idem:97), e não apenas como mera atualização da tradição. Afinal, não é possível considerar que uma antiga noção de tekoha continue idêntica à atual em um cenário de ocupação territorial com modificações tão expressivas. E se o tekoha está sujeito a modificações históricas, o teko, a noção Guarani de modo de vida, também está. Se, por um lado, é fato que uma noção como teko é historicamente construída, por outro lado, há que se levar a sério o que dizem os Mbya a seu respeito, se o objetivo é entender o lugar de tal noção na cosmovisão do grupo. E o mesmo vale para outras noções, como tekoa. Um tekoa se inicia com um casal principal liderando uma família extensa, em torno da qual vão se agregando parentes, afins e aliados. Garlet considera que os dirigentes religiosos são os responsáveis por descobrir, através dos sonhos, os locais favoráveis à instalação dos teko a (1997:157). Ainda segundo este autor, os critérios em que se apoiam para considerar determinado espaço digno de receber tal denominativo [tekoa] são bastante amplos, englobando desde condições ecológicas a fatores de ordem simbólica. Existem perspectivas e demandas culturais a serem correspondidas e preenchidas. Espaço e cultura são elementos indissociáveis e, para os Mbya, somente num espaço adequado é possível ser vivenciado no amplo e profundo significado o nhanderkó/nosso modo de ser (idem:156). Sendo as aldeias guarani pouco populosas (em sua maioria), é comum que os casais se formem a partir de diferentes origens. Assim, um casal que lidera uma família extensa é, por si, um eixo a estabelecer uma ponte entre diferentes famílias extensas e diferentes tekoa. Ou seja, uma aldeia nova já nasce a partir de relações que a extrapolam. Um tekoa não se define apenas pelos elementos que o fundam e o constituem, mas também pelas relações que dão lugar e sentido para eles. Ou seja, não basta listar os componentes do que constituiria uma aldeia para os Guarani, é preciso compreender 6 Historia y territorio entre los Guarani de Mato Grosso do Sul, Brasil (2004), In: Revista de Índias, 230 (64), páginas Tekoha é o mesmo que tekoa a diferença de grafia se deve ao fato de os interlocutores dos autores supracitados terem sido os Kaiowá e os Nhandeva do MS e não os Mbya. 8

9 como os agentes em questão interagem, pois que é dessa interação que se constitui a vida no local. Motardo (2002), ao estudar a música e os rituais Guarani, nota a produção cotidiana de relações entre as diversas aldeias desse coletivo indígena. Diz a autora que Os textos dos discursos e das canções mbyá apontam para uma temática espacial indicando uma territorialidade, além deste aspecto da espacialidade cosmológica. Eles afirmam reiteradamente: mamo mamo tata rupa, em todas as aldeias. Ao cantarem e dançarem estão ligados, formando uma rede, às outras aldeias, que englobam vastos territórios, localizados desde a Argentina, Uruguai e Paraguai, até o litoral sul e sudeste do Brasil. Ouvi esta explicação mais de uma vez de vários informantes: o ritual como um sistema de comunicação através do qual se sabia, antes do aparecimento do telefone, quem ia chegar e o que estava acontecendo com os parentes, em outras aldeias (idem: ). Tanto nos rituais cotidianos realizados na opy (a casa de reza ), como na relação com elementos da natureza, são estabelecidas conexões não apenas entre humanos, mas também entre estes e os não humanos, resultando, também nesse caso, na extrapolação do local. Como exemplo etnográfico, cito seguinte caso. Um jovem sofreu o infortúnio de uma doença espiritual. Foi, então, tratar-se com o xamã principal da aldeia de seus sogros, mobilizando a família de sua esposa para o tratamento. Passou vários dias dormindo na opy daquela aldeia, saindo eventualmente, durante o dia, para as necessidades fisiológicas, e nunca durante a noite. Aí, recebia alimentação, cuias de erva-mate e tratamento xamânico. Disse ele que seu problema surgiu porque precisava retirar algumas lascas do tronco de uma árvore para fazer um remédio para sua esposa, mas não seguiu o preceito indicado a todos os que tomam algo da mata: pedir ao dono (- jara) 7. Esse tipo de evento é bastante comum, e se relaciona a diversas atividades que impliquem em predação ou que possam ser entendidas como agressão matar animais de caça, a coleta de vegetais, a limpeza de um terreno (com a eventual quebra de pedras). Assim, o que se busca nesses rituais de súplica é a pacificação da relação, muitas vezes apelando para a generosidade das divindades. Não há uma forma única de 7 Ainda não está claro se o ser sobrenatural é dono de um tipo de árvore, daquela árvore especificamente ou da mata em geral, pois que ouvi as três versões de diferentes interlocutores. 9

10 estabelecer essa comunicação. A pessoa pode perguntar aos mais velhos de sua família ou mesmo ao xamã principal se é pertinente sua ida à mata para determinada ação ou, ainda, pode ela mesma comunicar-se com as divindades. Em geral, fazem uso de tabaco fumado no petỹgua (o cachimbo guarani), mas a comunicação também pode ocorrer por meio de sonho. Enfim, adoecido, o rapaz foi tratado por meio de outro ritual também bastante comum: o xamã sopra a fumaça do petỹngua sobre o doente, esfregando a mão espalmada sobre o local onde está a doença (ou a dor), e faz a aspiração desta, sugando-a até que ela surge em sua boca na forma de algum objeto, sendo então lançada ao fogo. Ao final do tratamento, o xamã em questão ponderou que não seria apropriado o rapaz aproximar-se da localidade onde se encontrava tal árvore. A partir de então, algumas questões se colocaram. Ao pedir para o rapaz descrever seu tekoa, ele incluía em sua cosmografia o evento vivido. Sua noção de espaço, naquele local, trazia em sua composição uma área proscrita a partir de relações com elementos da natureza, sobrenatureza e sociedade, ou seja, a árvore, o dono da árvore e a família de sua esposa. O mesmo pode ser observado, no caso supracitado, relativo ao jovem que se mudou da aldeia onde viva para a aldeia de um parente, onde pretendia casar-se. Mesmo que um conflito com afins do local onde morava tenha participado da sua explicação sobre a passagem de uma aldeia para outra, a agência de uma divindade, assim como sua própria disposição e vontade compuseram sua exegese do evento. Assim, o que venho notando no estágio atual da pesquisa, é que o tekoa se conforma como um local privilegiado para observar a realização das relações que constituem o cosmos Mbya em seus múltiplos eixos. Ou seja, longe de ser virtual e transitório, o tekoa é o espaço onde as redes se efetivam nas conexões entre sociedade, natureza e sobrenatureza entre humanos e não humanos. As relações ultrapassam os limites do local porque se estendem por diversos tekoa e diversas dimensões da vida guarani, mas é no local que tais relações se encontram formando as redes que definem o tekoa. 10

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