CONCRETO REFRIGERADO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS PARA PROJETAR ESTRUTURAS DURÁVEIS EM CONCRETO REFRIGERADO. Petronilho e Associados

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1 1 CONCRETO REFRIGERADO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS PARA PROJETAR ESTRUTURAS DURÁVEIS EM CONCRETO REFRIGERADO Petronilho e Associados Tecnologia das Construções Ltda. Edson Petronilho Caio Sígolo Outubro de 2011 Rev. 01

2 2 Concreto Refrigerado Já na década de 1970 surgia a preocupação com a durabilidade dos concretos lançados na construção das grandes usinas hidroelétricas no Brasil, em virtude da elevada temperatura desenvolvida nos maciços executados. Em geral, os sólidos expandem-se com o calor e retraem-se com o resfriamento, aplicada a grandes volumes essa condição resulta em fissuras caso não sejam adotadas medidas de controle. A construção de barragens impulsionou o desenvolvimento tecnológico do concreto e propiciou o desenvolvimento de materiais e aperfeiçoamento da técnica e estudos quanto à permeabilidade e fissuração térmica. O estudo dos efeitos das variações volumétricas de origem térmica é uma das principais preocupações em maciços de grandes volumes de material, uma vez que o calor gerado pela hidratação do cimento é um importante indutor de fissuras (id., 2005). O crescente conhecimento adquirido na época extrapolou os limites do canteiro de obras e influenciou a indústria cimenteira no aprofundamento de estudos sobre moagem de cimento, controle de produção do clínquer e influência da petrografia na obtenção de produto mais adequado ao mercado. A evolução e o entendimento do concreto aplicado em obras de grande porte definiram o conceito de concreto-massa, sendo compreendido por aquele

3 3 concreto lançado em grandes volumes e que necessita de meios especiais para combater a geração de calor e as variações volumétricas daí provenientes. O fenômeno térmico no concreto é gerado pela hidratação do cimento. O fluxo de calor passa do interior para o exterior da massa de concreto, que se contrai até que sua temperatura se equilibre com as temperaturas com o meio ambiente. Nessa fase, o concreto ganha rapidamente tanto resistência como rigidez, gerando tensões internas que, se ultrapassarem sua resistência à tração, levam à fissuração. Se o concreto possuísse a capacidade de deformar-se livremente, as variações de volume pouco interfeririam, mas o concreto está sujeito a restrições de movimento, seja pela fundação, pela geometria da estrutura ou pela armadura. A combinação de variações volumétricas e restrições gera tensões que, se maiores que aquelas as quais o material pode suportar, resultam em fissuras. Os principais fatores que influenciam a retração térmica são: condições climáticas durante a execução, temperaturas médias da região, temperatura de lançamento, quantidade e tipo de materiais empregados, geometria da estrutura, propriedades do concreto endurecido, propriedades térmicas e elásticas da fundação, tipo de cura, altura das camadas de lançamento e seus intervalos de execução e dimensionamento de juntas de contração. No desenvolvimento de empreendimentos que fazem uso de concreto refrigerado deve-se considerar: Controle dos efeitos térmicos de hidratação do cimento, através da redução do consumo de aglomerante e redução da temperatura dos materiais constituintes.

4 4 Cuidados com a geometria da estrutura e da fundação, a fim de evitar fissuras que podem ser potencializadas pelo efeito térmico. Estudo dos materiais componentes do concreto para evitar reações deletérias, destacando as reações álcali-agregadas. A taxa e a magnitude da elevação adiabática da temperatura do concreto é função da quantidade, composição e finura do cimento e da temperatura durante sua hidratação. Diversas práticas são adotadas para o controle dos efeitos térmicos no concreto, como a utilização de cimentos com baixos teores de C3A e C3S, cimentos mais grossos, adoção de pozolana, pozolana obtida de argila caulinítica, utilização de centrais de resfriamento e produção de gelo, estudos térmicos utilizando método dos elementos finitos e outros. As causas da fissuração podem ser atribuídas a falhas ou à ocorrência de não conformidades nas fases de projeto, execução ou dosagem do concreto. A prevenção contra a fissuração em cada uma dessas fases atua nos seguintes itens de cada etapa: Juntas de contração; restrição; mudanças de seção; assentamentos da fundação na fase de projeto; Tipo e quantidade de cimento, hidratação do aglomerante, tipo e dimensão máxima do agregado, teor de água, aditivos, altura das camadas de concretagem e temperaturas na fase de dosagem; Temperatura de lançamento do concreto, elevação da temperatura e resfriamento$, velocidade de execução, gradiente de temperatura

5 5 com o meio, cura e isolamento, fundação, temperatura do ar e velocidade do vento na fase de execução. Os principais tipos de fissuras em concretos massivos são aqueles devidos à retração plástica, ao ataque de sulfatos, às reações álcali-agregado e similares decorrentes da corrosão da armadura, ao assentamento do concreto, aos movimentos das formas, assentamento das fundações, formação de etringita tardia e aquelas formadas por alterações volumétricas de origem térmica no concreto. Entre as fissuras que surgem antes do endurecimento, ou seja, no estado plástico do concreto, destacam-se: Assentamento do concreto: os materiais mais finos começam a assentar, expulsando água e ar, mas os agregados maiores e as armaduras oferecem restrição a esse deslocamento da massa, resultando em fissuras. Retração plástica: a fissuração é causada pela secagem rápida do concreto fresco quando a taxa de perda de água da superfície, por evaporação, excede a taxa disponível de água de exsudação. As principais causas são as altas temperaturas, baixa umidade relativa, ventos e absorção do agregado. Já entre as fissuras que surgem após o endurecimento as mais comuns são: Retração por secagem ou hidráulica: inicialmente, a água perdida por evaporação não está presa à estrutura dos produtos hidratados e sua fuga do concreto não causa retração significativa. Entretanto, quando a maior parte dessa água livre é perdida,

6 6 prosseguindo a secagem, observa-se que uma perda adicional de água resulta em retração considerável, que por sua vez causa fissuras. Reação álcali-agregado: processo químico em que alguns constituintes mineralógicos dos agregados reagem com os álcalis (hidróxidos de sódio e de potássio) provenientes do cimento, da água, agregados, pozolanas, etc. que estão dissolvidos na solução dos poros do concreto, formando um gel expansivo que gera diversas patologias, sendo a principal a formação de fissuras. Corrosão das armaduras: fenômeno eletroquímico, causado pela despassivação da armadura que tem seu volume expandido mediante carbonatação ou ataque de cloretos, cujo mecanismo de penetração no concreto depende diretamente de sua permeabilidade. Retração térmica: por ser a principal característica a ser controlada no concreto-massa, constitui o objeto de estudo do presente trabalho. A fissuração em tais estruturas está diretamente relacionada à sua vida útil, pois altera as condições de permeabilidade do maciço e dá início aos fenômenos de deterioração do material em seu interior. As manifestações patológicas mais comuns oriundas da fissuração são: lixiviação do concreto, que pode reduzir sua resistência, e corrosão das armaduras através da penetração de agentes agressivos.

7 7 Retração Térmica Conceito O concreto-massa está sujeito às elevações consideráveis de temperatura nas primeiras idades, devido às reações exotérmicas de hidratação do cimento. O aquecimento causa expansão que, sob restrição, provoca tensões de compressão. Nessa idade, o módulo de elasticidade do concreto é baixo e a relaxação da tensão é alta, portanto, a tensão de compressão é pequena a ponto de poder ser desprezada. Após atingir um pico máximo de temperatura e expandir seu volume, o concreto contrai-se até equilibrar a sua temperatura com a do meio ambiente, atingindo, assim, a temperatura de equilíbrio. Esse processo, denominado retração térmica, faz com que o concreto fissure. Nessa fase inicial, o concreto ganha rapidamente resistência e rigidez, gerando tensões de expansivas que, se ultrapassarem sua resistência à tração, levam à fissuração. O gráfico abaixo mostra a variação de temperatura do concreto em função do tempo. TEMPERATURA MÁXIMA TEMPERATURA ( C) ELEVAÇÃO DA TEMPERATURA T TEMPERATURA DE LANÇAMENTO DO CONCRETO TEMPERATURA AMBIENTE TEMPO EM DIAS Figura 1 Variação da temperatura do concreto em função do tempo.

8 8 A hidratação segue três processos básicos: a nucleação e o crescimento dos cristais, a interação entre as vizinhanças das fases e a difusão. Esses processos podem provocar aumento de temperatura de 50ºC a 60ºC em condições adiabáticas, dependendo do tipo de cimento empregado. As estruturas massivas encontram-se permanentemente em uma situação de troca de energia calorífica por meio de suas superfícies de contorno (CALMON, 1995 apud IBRACON, 2005). Logo, o fenômeno está ligado basicamente às restrições quanto às variações volumétricas de origem térmica e por variações das condições ambientais. Diversas propriedades estão relacionadas a este fato: mecânicas, como resistência à tração; elásticas, como módulo de deformação e coeficiente de Poisson, fluência e capacidade de deformação; e térmicas, como coeficiente de dilatação térmica, elevação adiabática de temperatura, calor específico, difusividade e condutividade térmicas (MEHTA E MONTEIRO, 1994; NEVILLE, 1982). Determinação das Tensões Térmicas A avaliação do fenômeno térmico em obras de concreto-massa é importante para que se evite fissuração indesejável que possa modificar potencialmente as condições de permeabilidade da face de montante da barragem ou ocasionar fenômenos de deterioração do material em seu interior. Imaginando-se um cubo de volume unitário no interior do maciço de concreto, em um primeiro estágio ocorre a elevação da temperatura, quando o concreto ainda é deformável, e esse cubo tende a expandir-se, mas é contido pela massa que o envolve, gerando tensões de compressão.

9 9 Em um segundo estágio, ao atingir o pico de temperatura, inicia-se o resfriamento, quando o concreto é mais resistente e menos deformável, o cubo hipotético passa a retrair-se e, havendo qualquer restrição, surgem tensões de tração. Tais deformações térmicas, causadoras de fissuras, podem ser calculadas pela seguinte equação: εf = KA.. ( L + Δ eh A ) Onde: KA = Condição de restrição L = Temperatura de lançamento do concreto Δ eh = Elevação adiabática de temperatura A = Temperatura ambiente = Coeficiente de expansão térmica do concreto εf = Capacidade de alongamento do concreto Sendo ε máx o alongamento máximo de tração, conclui-se que a condição suportável do concreto será superada quando εf > ε máx. Logo, ε máx = máx / Ec

10 10 Sendo ε máx a resistência à tração simples do concreto e Ec o seu módulo de elasticidade. O exame inicial das expressões acima permite concluir que a tendência de fissuração é minimizada quando: A diferença entre o pico de temperatura do concreto e a temperatura ambiente for pequena; Os valores do coeficiente de expansão térmica do concreto, do módulo de elasticidade do concreto e o grau de restrição forem baixos; A resistência à tração do concreto for elevada. De maneira geral, as fissuras de origem térmica originam-se a partir de camadas junto à fundação ou a partir de camadas lançadas sobre concretos antigos elevado módulo de elasticidade (ANDRIOLO e SKWARCZYNSKI, 1988). Fatores que Influenciam o Fenômeno Os principais fatores que influenciam a retração térmica são: condições climáticas durante a execução, temperaturas médias da região, temperatura de lançamento, quantidade e tipo de materiais empregados, geometria da estrutura, propriedades do concreto endurecido, tipo de cura, altura das camadas de lançamento e seus intervalos de execução e dimensionamento das juntas de contração.

11 11 Restrição As condições de restrição podem ser expressas pelo coeficiente de restrição (Ka), obtido diretamente da Figura 2, segundo critério estabelecido pelo ACI 207. L H Restrição Contínua da Base) 1,00 H Altura Proporcional Acima da Base L/H = L/H = 1 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Restrição, Ka ( %) Figura 2 Coeficiente de restrição para fundação infinitamente rígida (ACI, 2007) O coeficiente de restrição representa a parte de deformação que é impedida pela fundação ou concretos já endurecidos e é função da altura H do monólito e do seu comprimento L.

12 12 Propriedades Térmicas Coeficiente de expansão térmica ( ) É a relação entre a variação volumétrica de uma massa de concreto e a correspondente variação de temperatura, obtida pela resultante de dois coeficientes de expansão: do agregado e da argamassa. Como a proporção de agregado graúdo em relação à massa de concreto é bastante grande, o coeficiente de expansão depende praticamente do tipo e quantidade do agregado adotado, conforme demonstra a Figura 3. Relação Cimento/agregado Coeficiente de expansão térmica após 2 anos (10-6 / C) Pasta Pura 18,5 1 : 1 1 : 3 1 : 6 13,5 11,2 10,1 Figura 3 Influência do volume de agregado (basalto) no coeficiente de Expansão Térmica do concreto (PAULON, 1987) Elevação adiabática de temperatura (Δ eh) É a elevação da temperatura do concreto em virtude da hidratação do aglomerante, sem influência de qualquer fator externo. Depende da quantidade e tipo de aglomerante, sua composição química e adições. Os teores de água e cimento, por sua vez, vão depender da resistência requerida no projeto, agressividade do meio, critérios de durabilidade, características dos agregados e execução do concreto.

13 13 A importância da composição química do aglomerante é expressa na Figura 4, evidenciando que percentuais maiores de C3S e C3A resultam em maior calor de hidratação. Constituintes mineralógicos do cimento Participação de cada constituinte na geração de calor (cal/g) 90 dias 90 dias 13 anos C3S C2S C3A C4AF Figura 4 Calor de hidratação dos compostos do cimento Portland (VERBECK e FOSTER) Outro fator que afeta a elevação de temperatura está relacionado à finura do cimento, quanto mais finas as partículas, mais rápidas serão as reações de hidratação, considerando não apenas a maior superfície específica, mas a maior reatividade das pequenas partículas. Difusividade Indica a velocidade de dissipação de calor para o ambiente. Depende do tipo e dimensão máxima do agregado, como mostra a Figura 5.

14 14 INFLUÊNCIA DA DIFUSIVIDADE Elevação de Temperatura ( C) Basalto Gnaise Granito Quartzito Silex Intervalo de lançamento = 7 dias Quartzo 0,06 0,09 0,12 0,15 0,18 2 DifusIvidade Térmica (m /dia) Figura 5 Influência da difusividade térmica para concretos com diferentes tipos de agregados (MARQUES FILHO, 2005) Concretos com maior difusividade iniciam a queda de temperatura em idades menores e, consequentemente, apresentam maior tendência à fissuração. Capacidade de Alongamento (εf) A capacidade de alongamento ou deformação do concreto é a máxima deformação que ele apresenta quando submetido à solicitação de tração. Porém, o concreto possui a característica da fluência, que é sua capacidade de deformar-se ao longo do tempo sob carga constante. A fluência ocorre com o resfriamento da massa de concreto, logo, a capacidade de alongamento é superior à obtida por uma solicitação rápida, ou seja, a capacidade de alongamento do concreto deverá ser acrescida de uma parcela devido à fluência.

15 15 Temperatura de Equilíbrio Entende-se como temperatura de equilíbrio, de contorno ou do ambiente, a média das temperaturas de certa localização, considerando variações diárias e anuais. Em obras como barragens de concreto haverá uma parte submersa na face de montante sujeita às temperaturas da água, e na face de jusante, à incidência da temperatura do ambiente. Para regiões mais quentes, diminui-se o diferencial térmico entre o pico de temperatura atingido pelo concreto e a temperatura de equilíbrio, considerando mesma temperatura de lançamento e elevação adiabática (ibid., 1987). Assim, em regiões mais quentes a necessidade de medidas minimizadoras de problemas relativos à fissuração térmica é reduzida. Segundo Skwarczynski (1988), um acréscimo de 6ºC no diferencial térmico equivale a um incremento de aproximadamente 60 -strain na solicitação de alongamento de tração. -strain é a quantidade de deformação de um corpo provocada por uma força nele aplicada. A magnitude da tensão medida é muito pequena e expressa como microtensão (me), que é e Porém, o clima quente pode causar efeitos indesejáveis no concreto, tanto no estado fresco como no endurecido. Alguns deles: Aumento do teor de água; Perda da trabalhabilidade e adição de água; Aumento da velocidade de pega, causando dificuldades no manuseio e aumentando a possibilidade de juntas frias; Aumento de fissuração plástica;

16 16 Redução da resistência face ao aumento do teor de água e nível de temperatura; Aumento de retração hidráulica; Redução da durabilidade. Temperatura de Lançamento Para uma mesma elevação adiabática, temperaturas de lançamento menores geram picos de temperatura menores, reduzindo, portanto, o diferencial de temperatura. A Figura 6 mostra a diferença entre os gradientes de temperatura em função da temperatura de lançamento para um bloco de concreto-massa sob duas diferentes condições de concretagem, uma diurna e outra noturna. T ( C) T 1 max T 2 max AT 1 AT 2 TL = T1 TL = T2 Concretagem diurna Concretagem noturna IDADE (DIAs) Figura 6 Influência da temperatura de lançamento do concreto (IBRACON, 2005) De uma forma mais completa, pode-se verificar na Figura 7 a relevância dessa variação da temperatura de lançamento quando se analisa seus efeitos com a utilização do mesmo cimento.

17 17 Embora a análise considere cimento estrangeiro, o resultado se aplica a toda e qualquer situação de uso, bem como a qualquer cimento. ELEVAÇÃO ADIABÁTICA DA TEMPERATURA C c 32 c 27 c 21 c 16 c 10 c 4 c TEMPERATURAS DE LANÇAMENTO CIMENTO TIPO I (USA) 10 TEMPO, EM DIAS Figura 7 Efeito da temperatura de lançamento do concreto sobre a elevação da temperatura do concreto-massa produzido com cimento tipo I (USA). Dimensões da Estrutura Quando a estrutura de concreto armado possui dimensões reduzidas, o calor de hidratação dissipa-se facilmente para o ambiente e o pico térmico pode não ser elevado. No entanto, aumentando-se as dimensões, dificultase a dissipação do calor e eleva-se o pico térmico, aumentando, portanto, o diferencial de temperatura. O mesmo ocorre com a altura das camadas de concretagem, que resultarão em maiores picos de temperatura quanto maiores elas forem. Dissipação do Calor Esse recurso só é válido em obras em que o volume de concreto-massa é muito grande. Nas obras de barragens, a implementação de galerias de dissipação nos maciços permite maior dissipação do calor para o ambiente, reduzindo, portanto, o pico térmico. Para efeito de cálculo, são considerados blocos com dimensões menores e após cumprir sua função, as galerias são preenchidas com concretos

18 18 pobres. A execução das galerias obedece a estudos específicos, sendo instaladas entre 12 e 18 metros de distância uma da outra. Dependendo da difusividade do concreto, recomenda-se o isolamento térmico durante a cura para reduzir as velocidades de dissipação de calor e evitar o choque térmico. Medidas de Controle da Elevação da Temperatura Levando-se em consideração os principais fatores que influenciam a fissuração térmica no concreto, nota-se que o pico máximo de temperatura função da temperatura de lançamento do concreto é diretamente proporcional à intensidade das tensões e deformações. Daí a relevância quanto à sua limitação, que interfere no processo de fissuração e, consequentemente, na durabilidade da estrutura. Os próximos itens relacionam as práticas mais difundidas para o controle de temperatura: Pré-resfriamento do Concreto Pode ser obtido por meio do resfriamento da água de mistura, pela substituição de parte da água da mistura por gelo em escamas ou pelo resfriamento dos agregados graúdos. O sistema de resfriamento de agregados utilizando nitrogênio é bastante simplificado, pois não envolve tantos componentes como nas instalações frigoríficas usuais. Porém, devido ao seu alto custo e cuidados no manuseio, sua aplicação fica restrita a pequenas produções de concreto. Assim, como principal solução para o pré-resfriamento, mantém-se a utilização de instalações frigoríficas convencionais, usando somente o gás amoníaco como refrigerante. O resfriamento de pequenas partículas, como areia, cimento ou material pozolânico, não possui aplicabilidade prática, em virtude de dificuldades técnicas e alto custo. O pré-resfriamento pode trazer diversas vantagens:

19 19 O concreto torna-se mais fluido, permitindo redução no teor de água, mantendo a mesma trabalhabilidade e, consequentemente, diminuindo o consumo de cimento; Proporciona maior uniformidade na mistura e minimização dos problemas de clima quente; Eleva os tempos de início e fim de pega, face à hidratação mais lenta, evitando ocorrência de juntas frias e proporcionando economia de aditivos retardadores de pega; Reduz o cronograma devido à possibilidade de camadas de maior altura e menor quantidade de juntas. Pós-resfriamento do Concreto É obtido através da circulação de um líquido em baixa temperatura (geralmente água) por meio de serpentinas tubulares plásticas embutidas no interior da massa de concreto. O sistema acelera a remoção do calor nas primeiras idades, nas quais o módulo de elasticidade é relativamente baixo. Redução da Quantidade de Aglomerante (cimento) A mais imediata das alternativas é a substituição de parte do cimento por material pozolânico adequado. Os efeitos de redução de geração de calor podem ser observados porque os teores de C3A E C3S são severamente reduzidos com imediato reflexo na liberação do calor de hidratação. Também é possível dosar o concreto empregando a dimensão máxima dos agregados, reduzindo o consumo de aglomerante devido à menor quantidade de água requerida na mistura. Camadas de Concretagem Reduzindo-se a altura das camadas de concretagem, obtêm-se reduções na elevação de temperatura.

20 20 Seleção do Aglomerante Como esclarecido anteriormente, o emprego de cimentos com baixos teores de C3A e C3S, aliado à limitação de sua finura, reduz significativamente o calor de hidratação. A Figura 8 ressalta a importância de cimentos com baixo calor de hidratação e pozolânicos na elevação da temperatura. INFLUÊNCIA DO TIPO DE CIMENTO 40 Comum Elevação de Temperatura ( C) Baixo calor de hidratação Pozolânico Idade (dias) 12 Figura 8 Influência do tipo de cimento na elevação da temperatura do concreto. Medidas Minimizadoras do Efeito Térmico Juntas de Contração Como as barragens de concreto são construídas em estruturas monolíticas, torna-se necessária a introdução de juntas de concretagem (horizontais) e, principalmente, de juntas de contração (verticais), a fim de acomodar as variações volumétricas oriundas do resfriamento ou secagem e facilitar o processo de execução (ICOLD-CIGB, 1997). A localização e o espaçamento das juntas dependem das características físicas da estrutura, dos resultados do estudo de temperatura, métodos de concretagem e tipo de concreto utilizado. Um espaçamento de 12m a 18m tem-se mostrado satisfatório para a maioria das barragens

21 21 Redução da Restrição É uma medida teoricamente possível, mas pouco viável na prática, devido à natureza do material de fundação, que apresenta grande dureza e módulo de elasticidade semelhante ao concreto. Aproveitamento das Condições Ambientais Pode-se baixar o pico de temperatura através de alterações no cronograma da obra quanto aos lançamentos do concreto, fazendo-as coincidir com as épocas de temperaturas mais baixas, como no inverno ou à noite. Redução da Velocidade de Dissipação de Calor O emprego de agregados adequados, tanto petrográfica quanto granulometricamente, minimiza consideravelmente a taxa de dissipação de calor. No emprego de concretos com alta difusividade, por limitações impostas pela matéria-prima disponível, faz-se necessário o uso de isolamento para evitar o choque térmico, que abrange desde a manutenção das formas de madeira até a aplicação de materiais como cortiça ou manta de borracha. A Figura 9 mostra o coeficiente de transmissão superficial para os casos mais comuns. Tipo de isolamento Coeficiente de transmissão superficial (kcal/m 3.h C) Concreto ar 11,6 Concreto água de cura 300,0 Concreto madeira ar 2,6 Concreto metal ar 11,6 Concreto isolante ar 2,0 Figura 9 Coeficiente de transmissão de calor de diferentes ambientes de isolamento (MARQUES FILHO, 2005)

22 22 Redução da Temperatura de Lançamento O controle da temperatura de lançamento do concreto é uma das melhores formas de se evitar a fissuração. O ACI 207.4R sugere que a temperatura de lançamento, tal que a deformação por tração do concreto, causada pela queda de temperatura, não exceda o limite à tração do concreto, seja calculada conforme fórmula abaixo proposta: Ti C = Tf.Kr Onde: Ti = Temperatura de lançamento do concreto Tf = Temperatura estável final do concreto C = Capacidade de deformação por tração do concreto kr = Grau de restrição = Coeficiente de expansão térmica Tr = Aumento inicial de temperatura do concreto Longe de encerrar o assunto, visto que todo o exposto apenas introduz os conceitos básicos da termodinâmica aplicada ao concreto e salienta os cuidados nos trabalhos com grandes volumes, resta registrar a importância das proporções do maciço no comportamento térmico do volume. A figura 10, abaixo, ilustra essas valiosas informações para o momento decisivo do projeto.

23 ELEVAÇÃO DA TEMPERATURA C c c 21 c 10 c 27 c 16 c TEMPERATURA DE LANÇAMENTO CIMENTO TIPO I (USA) RELAÇÃO VOLUME/SUPERFICIE, M Figura 10 Efeito da relação volume/superfície sobre a temperatura do concreto-massa produzido com cimento tipo I (USA).

24 24 Referências Bibliográficas: Aitcin P. C. Concreto de Alto Desempenho, Andriolo, F. R.; Skwarczynski, T. M. Concreto Pré-Refrigerado no Brasil: Uma Evolução com Mais de 20 Anos Logos Engenharia S.A., São Paulo Mehta, P. K.; Monteiro, P. J. M. Concreto: estrutura, propriedades e materiais. São Paulo, Pini, Marques Filho, J. Tese Doutorado UFRGS Neville, A. M. (1995), Properties of concrete, Fourth edition, Longman, Edinburgh. Neville, A. M (1994), Cement and Concrete: Their interrelation in Practice. Pacelli A. W. (editor). Concretos Massa, Estrutural, Projetado e Compactado com Rolo Ensaios e Propriedades Equipe de FURNAS Laboratório de Concreto, Paulon, V.A. O Fenômeno Térmico no Concreto Associação Brasileira de Cimento Portland, São Paulo ACI COMMITTEE 207 Mass Concrete for Dams and Other Massive Structures American Concrete Institute. CBGB; Eletrobrás; Ibracon Concreto Massa no Brasil - Memória Técnica Eletrobrás, Rio de Janeiro 1989.

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