EXMO. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO EG. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

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1 1 EXMO. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO EG. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL A ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS - AMB, associação civil sem fins lucrativos, inscrita no CNPJ/MF sob o nº / , representativa dos interesses dos magistrados brasileiros, com sede no SCN, Quadra 2, Bloco D, Torre B, Sala 1302, Shopping Liberty Mall, Brasília-DF, CEP: , vem, por seus advogados (docs. 1 e 2), respeitosamente, à presença de V.Exa, propor a presente ação direta de inconstitucionalidade (CF, art. 102, I, a), com pedido de medida cautelar (Lei n /99, art. 10) contra o inciso VI, do art. 3º, 6º, caput, único do art. 7º, 1º do art. 40, todos da Lei Complementar n. 39/2004, e o art. 4º, caput e único, 5º do art. 5º, todos da Lei Complementar n. 40/04, ambas do Estado do Piauí, nos termos e pelos motivos que passa a expor. I - OBJETO DA AÇÃO: OFENSA AO PRINCÍPIO DA AUTONOMIA FINANCEIRA DO PODER JUDICIÁRIO ESTADUAL AO LHE IMPOR GASTOS QUE DEVEM SER SUPORTADOS PELO FUNDO DE PREVIDÊNCIA DO INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA E PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO PIAUÍ - IAPEP 1. Visa a presente ação impugnar dispositivos das Leis Complementares n. 39/04 e 40/04, do Estado do Piauí, que estão impondo ao Poder Judiciário gastos que deveriam ser suportados pelo Fundo de Previdência Social, e que é gerido e administrado pelo Instituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí - IAPEP, ao qual estão submetidos os servidores públicos, ativos e inativos e dos pensionistas do Poder Judiciário.

2 2 2. Conforme demonstrará a AMB, os referidos diplomas legais dispuseram, especialmente nos dispositivos impugnados, de forma a violar o princípio da autonomia financeira do Poder Judiciário previsto no art. 99 da Constituição Federal. II A LEGITIMIDADE ATIVA DA ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS E A PERTINÊNCIA TEMÁTICA 3. A legitimidade ativa ad causam da autora decorre do art. 103, IX, da Constituição Federal, e do art. 2º, IX, da Lei 9.868/99, que autorizam a propositura da ação direta de inconstitucionalidade por entidade de classe de âmbito nacional.. 4. Nesse sentido, a autora representa, em âmbito nacional, a classe dos magistrados brasileiros de forma ampla e apresenta, dentre os seus objetivos institucionais, a defesa dos interesses difusos relacionados ao regular funcionamento do Poder Judiciário, como se observa pela seguinte ementa (STF, Pleno, ADI 1303, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ ): EMENTA: MEDIDA LIMINAR EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE SANTA CATARINA: 2º DO ART. 45: REDAÇÃO ALTERADA PELA RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 062/95-TRT/SC: PROMOÇÃO POR ANTIGÜIDADE: JUIZ MAIS ANTIGO; VOTO SECRETO. PRELIMINAR: ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS - AMB; LEGITIMIDADE ATIVA; PERTINÊNCIA TEMÁTICA. DESPACHO CAUTELAR, PROFERIDO NO INÍCIO DAS FÉRIAS FORENSES, AD REFERENDUM DO PLENÁRIO (art. 21, IV e V do RISTF). 1. Preliminar: esta Corte já sedimentou, em sede de controle normativo abstrato, o entendimento da pertinência temática relativamente à legitimidade da Associação dos Magistrados Brasileiros - AMB, admitindo que sua atividade associativa nacional busca realizar o propósito de aperfeiçoar e defender o funcionamento do Poder Judiciário, não se limitando a matérias de interesse corporativo ADI nº ). (...). 5. Na parte que toca à pertinência temática para a propositura da ação, basta verificar que os dispositivos impugnados, ao imporem ao Poder Judiciário um gasto que deveria ser do Fundo de Previdência do IAPEP, está violando o princípio da autonomia financeira do Poder Judiciário de forma a prejudicar e comprometer o seu regular funcionamento. 6. Assim, mostra-se clara tanto a legitimidade para propor a presente ação, quanto o interesse de agir decorrente da pertinência temática. TEL.: (061) / , FAX.: (061) , gpf@gpf.adv.br

3 3 III - O TEXTO LEGAL IMPUGNADO E A OFENSA AO PRINCÍPIO DA AUTONOMIA FINANCEIRA DO PODER JUDICIÁRIO 7. Os diplomas legais impugnados trataram, respectivamente: (LC 39/04) "sobre a instituição, gerência, administração e responsabilidade do Fundo de Previdência Social do regime próprio de previdência social dos servidores públicos, policiais militares e bombeiros militares, ativos e inativos, e dos pensionistas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado do Piauí" e (LC 40/04) "sobre o plano de custeio do regime próprio de previdência social dos servidores públicos, ativos e inativos, e dos pensionistas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado do Piauí". 8. Esses diplomas legais poderiam tratar das matérias que trataram mas não poderiam, d.v., estabelecer em qualquer de seus dispositivos regras que impusessem ao Poder Judiciário o dever de repassar para o IAPEP - Instituto de Assistência de Previdência do Estado do Piauí ou pra o Fundo de Previdência Social qualquer ônus que é destes e não do Poder Judiciário. 9. Afinal, se cumpre "ao Poder Judiciário é assegurada autonomia financeira " (art.99, caput), cabendo-lhes elaborar "suas propostas orçamentárias" ( 1º) bem ainda que "a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas" ( 5º), dúvida não pode haver que os dispositivos impugnados, ao transferirem para o Poder Judiciário gastos que não estão, nem podem estar, no seu orçamento, acabam por violar o art. 99, caput, 1º e 5º da Constituição Federal: Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete: I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. 3º Se os órgãos referidos no 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei

4 4 orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do 1º deste artigo. 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais * * * 10. Pois bem. Convém demonstrar a violação que se dá, artigo por artigo, iniciando pelos artigos da Lei Complementar n. 39/ Dispõe o inciso VI do art. 3º da LC 39/04: Art. 3º Serão destinados ao Fundo de Previdência Social do Estado do Piauí, além das contribuições obrigatórias referidas nos respectivos planos de custeio do Regime Próprio de Previdência Social do Estado do Piauí, o que se segue: I - Os resultados da alienação dos bens imóveis do Instituto de Assistência e Previdência Social do Estado do Piauí - IAPEP; II - As receitas auferidas com a liquidação dos imóveis financiados pela carteira imobiliária mantida pelo IAPEP; III - As receitas auferidas com alienação de imóveis e outros bens e direitos do Estado do Piauí, desde que a alienação seja destinada para este fim; IV - Aporte de capital financeiro anual, através de seus poderes e órgãos autônomos, correspondente até 35% (trinta e cinco por cento) do valor total da despesa com pessoal do Estado do Piauí, no exercício anterior, até que seja estabelecido o equilíbrio financeiro e atuarial do Fundo segundo cálculos contábeis e atuariais; V - Dotações orçamentárias destinadas ao pagamento de despesa com pessoal inativo e pensões e outros benefícios devidos da administração direta, autárquica e fundacional dos Poderes Legislativos, Executivo e Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas das quais sejam seus servidores, militares, membros, e seus dependentes, respectivamente, segurados ou beneficiários do Regime Próprio de Previdência Social do Estado do Piauí; VI - Dotações consignadas no Orçamento do Estado e créditos abertos em favor do Fundo pelo Estado do Piauí; VII - As receitas obtidas do Fundo de Compensação de Variação Salariais FCVS decorrentes das prestações dos financiamentos imobiliários; VIII - Créditos tributários e não tributários inscritos na dívida ativa do Estado do Piauí; IX - Valor correspondente da compensação financeira apurada entre os sistemas de previdência, na forma estabelecida na Constituição Federal; X - Outras receitas que lhe sejam destinadas pelo Governo do Estado; XI - Outras receitas provenientes de: TEL.: (061) / , FAX.: (061) , gpf@gpf.adv.br

5 5 12. Ora, ao determinar que o Poder Judiciário participe do "aporte de capital financeiro anual,..., correspondente até 35% do valor total da despesa com pessoal do Estado do Piauí,..., até que seja estabelecido o equilíbrio financeiro e atuarial do Fundo" está o inciso IV, do art. 3º, da LC n. 39/04, claramente dando destinação de parte do orçamento do Poder Judiciário para o Fundo de Previdência Social. 13. Está impondo ao Poder Judiciário não apenas que ele venha a suportar o eventual défict do Fundo de Previdência, como também que assim o faça com recursos do seu orçamento, em afronta ao princípio da autonomia financeira do Poder Judiciário. 14. Dispõe, por sua vez, o art. 6º da LC n. 39/04: Art. 6º O Estado, através dos respectivos poderes e órgãos autônomos, é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do Fundo de Previdência Social do Estado do Piauí, decorrentes do pagamento de benefícios do Regime Próprio de Previdência Social do Estado do Piauí, podendo propor, neste caso, abertura de créditos orçamentários adicionais, visando assegurar ao Fundo a alocação de recursos orçamentários destinados a garantir o pagamento dos benefícios devidos. 15. Como se pode ver, no artigo 6º ficou estabelecida uma responsabilidade, inclusive para o Poder Judiciário, de fazer a "cobertura de eventuais insuficiências financeiras do Fundo de Previdência", o que somente se mostraria possível mediante a utilização de parte do orçamento do Poder Judiciário. 16. Logo, também aí a lei está violando o princípio da autonomia financeira do Poder Judiciário, porque não poderia dispor sobre o orçamento deste. 17. Dispõe o parágrafo único do Art. 7º da LC n. 39/04: Art. 7º À Secretaria de Fazenda do Estado do Piauí compete reter na fonte e recolher à conta específica do Fundo de Previdência Social do Estado do Piauí as contribuições advindas dos respectivos planos de custeio do Regime Próprio de Previdência Social do Estado do Piauí, quando do repasse das disponibilidades financeiras para custeio das despesas de pessoal da administração direta, autárquica e fundacional dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas. Parágrafo Único - Aplica-se o que está determinado no caput ao que está previsto nos arts. 3º e 6º desta lei.

6 6 18. Admita-se a constitucionalidade do caput do art. 7º no ponto em que estabelece a atribuição da Secretaria de Fazenda para reter na fonte e recolher para o Fundo de Previdência "as contribuições advindas dos planos de custeio". 19. Não é possível, porém, admitir tal atribuição à Secretaria da Fazenda para o fim de permitir a "retenção na fonte" dos valores referidos nos artigos 3º e 6º, objeto de impugnação na presente ação, porque se tratam de valores que integram o orçamento do Poder Judiciário e que, por isso, não podem ser transferidos para o Fundo de Previdência. 20. Mais uma vez resta caracterizada a violação ao princípio da autonomia financeira do Poder Judiciário, porque o dispositivo está dispondo sobre o orçamento do Poder Judiciário. 21. Dispõe o 1º do art. 10 da LC n. 39/04: Art. 10. O Fundo de Previdência Social do Estado do Piauí assumirá, progressivamente, na razão das transferências de recursos efetivamente realizadas, os compromissos previdenciários estabelecidos em lei específica. 1º O Poder Executivo regulamentará por decreto, o procedimento de transferência de responsabilidades e o respectivo cronograma, bem assim o regime de realização dos aportes extraordinários para a assunção de compromissos passados, e eventuais insuficiências financeiras. 2º O IAPEP deverá ser ressarcido pelo Fundo de Previdência Social do Estado do Piauí de todas as despesas que tenha realizado, com recursos próprios, ou que venha a realizar nas mesmas circunstâncias, para a sua constituição, gerência e administração, respeitando o limite acima estabelecido. 3º Para a finalidade do enquadramento aos limites estabelecidos na Lei Complementar Federal nº 101, de 04 de maio de 2000, deverão ser atribuídas aos respectivos Poderes, Ministério Público e Tribunal de Contas, independentemente da fonte pagadora, as respectivas despesas, na parcela para a qual não tenha sido constituída, no âmbito do Fundo de Previdência Social do Estado do Piauí, a reserva necessária para a assunção dos correspondentes compromissos previdenciários. 22. Os mesmos argumentos anteriormente utilizados para impugnar os artigo 3º, 6º e único do art. 7º se prestam para impugnar o 1º do art. 10, uma vez que, nesse dispositivo, o legislador complementar piauiense está atribuindo ao Poder Executivo a competência para, por meio de decreto, regulamentar o "procedimento de transferência de responsabilidade" e o "regime de realização dos aportes extraordinários". TEL.: (061) / , FAX.: (061) , gpf@gpf.adv.br

7 7 23. Ora, não pode o Poder Executivo impor ao Poder Judiciário regras pertinentes a uma transferência de responsabilidade ou ao regime de aportes extraordinários, simplesmente porque não compete ao Poder Judiciário responder por tais obrigações. 24. Se não é o orçamento do Poder Judiciário que deve arcar com os ônus que o referido decreto estaria regulamentando, não pode o decreto regulamentar esse procedimento em face do Poder Judiciário, sob pena de violar o princípio da sua autonomia financeira. * * * 25. Vejamos, agora, quais os dispositivos da Lei Complementar n. 40/04 Piauiense que estão sendo impugnados pela AMB na presente ação. 26. Dispõe o art. 4º, caput, da LC 40/04, Art. 4º A contribuição dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, das autarquias e fundações será de 22% (vinte e dois por cento) incidente sobre a mesma base de cálculo das contribuições dos servidores ativos e inativos e pensionistas da administração direta, autárquica e fundacional do Estado do Piauí de qualquer dos poderes e dos membros da magistratura, do Ministério Público e do Tribunal de Contas, devendo o produto de sua arrecadação ser contabilizado em conta específica. 27. Da sua leitura já se pode ver que o legislador complementar fixou a contribuição do Poder Judiciário em 22% sobre "a mesma base de cálculo das contribuições dos servidores ativos e inativos e pensionistas". 28. Nenhuma violação constitucional na parte em que determina que o Poder Judiciário deverá realizar a contribuição de 22% sobre os servidores ativos, porque esses são pagos com o orçamento do Poder Judiciário. 29. O mesmo não se pode dizer com relação à contribuição de 22% pertinente aos servidores inativos e aos pensionistas, uma vez que estes são pagos com o orçamento do Fundo de Previdência, como previsto no art. 11º da LC 39/04:

8 8 "Art. 11. O Fundo de Previdência Social do Estado do Piauí somente ficará obrigado ao pagamento dos benefícios dos servidores, policiais militares e bombeiros militares, ativos e inativos, dependentes e pensionistas da administração direta, autárquica e fundacional do Estado do Piauí de qualquer dos poderes e dos membros da magistratura, do Ministério Público e do Tribunal de Contas, desde que seja observado o estrito cumprimento pelos poderes e órgãos autônomos do Estado ao que está determinado nesta lei, caso contrário cada poder e órgãos autônomos assumirão o pagamento de seus respectivos benefícios." 30. Não cabe, portanto, a determinação de incidência da contribuição do Poder Judiciário em face daqueles que já não são pagos mais pelo Poder Judiciário, mas sim pelo Fundo de Previdência, em razão de não mais possuírem vínculo administrativo com o Poder Judiciário, sob pena de ocorrer, mais uma vez, a violação ao princípio da autonomia do Poder Judiciário. 31. Dispõe o parágrafo único do art. 4º da LC 40/04: Art. 4º A contribuição dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, das autarquias e fundações será de 22% (vinte e dois por cento) incidente sobre a mesma base de cálculo das contribuições dos servidores ativos e inativos e pensionistas da administração direta, autárquica e fundacional do Estado do Piauí de qualquer dos poderes e dos membros da magistratura, do Ministério Público e do Tribunal de Contas, devendo o produto de sua arrecadação ser contabilizado em conta específica. Parágrafo Único - O Estado, através dos respectivos poderes e órgãos autônomos, é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do regime próprio de previdência social, decorrentes do pagamento de benefícios. 32 Estabeleceu o legislador complementar, no referido parágrafo, que caberá a cada Poder -- portanto, também ao Poder Judiciário --, responder "pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do regime próprio de previdência social." 33. Ora, tal obrigação, por óbvio, há de ser suportada pelo próprio Fundo Previdenciário com os recursos constantes do orçamento geral do Estado. 34. Nunca, d.v., com parte do orçamento do Poder Judiciário, sob pena de violar o princípio da autonomia financeira do Poder Judiciário. 35. Dispõe, ainda, o parágrafo 5º do art. 5º da LC 40/04: TEL.: (061) / , FAX.: (061) , gpf@gpf.adv.br

9 9 Art. 5º Entende-se por salário de contribuição o vencimento do cargo acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, as gratificações incorporadas, as demais vantagens de caráter pessoal ou quaisquer outras vantagens percebidas por servidores públicos ativos da administração direta, autárquica e fundacional ou por magistrados ou por membros de quaisquer dos poderes, do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado. 1º Constitui também base de cálculo para contribuição as vantagens de natureza remuneratórias decorrentes de sentença judicial condenatória do Estado. 2º O salário de contribuição do segurado não poderá ser inferior ao salário mínimo vigente e nem superior aos limites estabelecidos no inciso XI do art. 37, da Constituição Federal. 3º Haverá incidência de contribuição previdenciária sobre a gratificação natalina, que não integrará a base de cálculo do benefício, observado o disposto nos artigos 3º e 4º. 4º O servidor público civil ocupante de cargo efetivo da administração direta, autárquica e fundacional do Estado do Piauí, magistrados, membros de poder, do Ministério Público e do Tribunal de Contas que tenham completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecida na alínea a do inciso III do 1º do art. 40 da Constituição Federal, no 5º do art. 2º ou no 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, e que optem por permanecer em atividade fará jus a abono de permanência equivalente ao valor da sua respectiva contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contida no inciso II do 1º do art. 40 da Constituição Federal. 5º O abono de que trata o 4º é de responsabilidade dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas. 6º O servidor ocupante de cargo efetivo poderá optar pela inclusão no seu salário de contribuição da parcela percebida pelo exercício de cargo em comissão ou função de confiança para efeito de cálculo do benefício a ser concedido nos termos do art. 40 da Constituição Federal, respeitando, em qualquer hipótese, a limitação estabelecida no 2 do citado artigo. 7º Não integram o salário de contribuição os valores percebidos a título de: 36. Como se pode ver do texto legal, o legislador estabeleceu, no 4º, a disciplina do "abono de permanência" para aquele que, já tendo a possibilidade de optar pela aposentadoria voluntária, resolve permanecer em atividade. 37. No 5º, porém, estabeleceu o legislador complementar estadual que caberá ao Poder Judiciário suportar o pagamento desse "abono de permanência". 38. Ora, não parece lógico ou jurídico ou constitucional que o Poder Judiciário, que já estará arcando com o pagamento dos subsídios daquele que permanece em atividade, tenha de pagar igualmente o "abono de permanência". 39. Com efeito, a lógica implantada pela EC n. 41 foi no sentido, primeiro, de impor aos aposentados e pensionistas a contribuição previdenciária ( 18) e, concomitantemente, no 19º o direito ao "abono de permanência" no exato valor da "sua contribuição previdenciária":

10 Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no 1º, II. 40. De acordo com essas regras, restaria propiciado um ganho para o servidor que, já tendo a possibilidade de se aposentar, permanecesse em atividade, o que desoneraria igualmente o Fundo de Previdência enquanto ele permanecesse em atividade. A contra-partida, no entanto, pela permanência do servidor em atividade, há de ser dada pelo Fundo de Previdência e não pelo Poder Judiciário, d.v. 41. Afinal, o "abono de permanência" é uma verba que deve ser qualificada como típica do "reembolso" do valor da própria contribuição que é realizada pelo servidor. 42. Se a natureza do "abono de permanência" é de "reembolso", cumpre àquele que recebe a contribuição -- o Fundo de Previdência -- fazer o pagamento dessa verba e não ao Poder Judiciário, sob pena de violar, uma vez mais, o princípio da autonomia financeira do Poder Judiciário. IV - PEDIDO DE LIMINAR E FINAL 43. O impacto das normas ora impugnadas, no orçamento do Poder Judiciário Estadual, justifica a imediata suspensão de eficácia. 44. Daí o presente pedido de cautelar para que o eminente Ministro designado relator submeta ao Plenário, na forma prevista no art. 10 da Lei n /98, o presente pedido de cautelar, para o fim de suspender o inciso VI, do art. 3º, 6º, caput, único do art. 7º, 1º do art. 40, todos da Lei Complementar n. 39/2004, e o art. 4º, caput e único, 5º do art. 5º, todos da Lei Complementar n. 40/04, ambas do Estado do Piauí, até o julgamento final da ação. TEL.: (061) / , FAX.: (061) , gpf@gpf.adv.br

11 Deferida a medida cautelar e ouvidos (a) o Governador do Estado do Piauí, (b) a Assembléia Legislativa do Estado do Piauí, (c) o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, e o (d) Procurador Geral da República, requer a AMB que esse eg. Supremo Tribunal Federal julgue procedente o pedido de declaração de inconstitucionalidade do inciso VI, do art. 3º, 6º, caput, único do art. 7º, 1º do art. 40, todos da Lei Complementar n. 39/2004, e o art. 4º, caput e único, 5º do art. 5º, todos da Lei Complementar n. 40/04, ambas do Estado do Piauí, com efeito ex tunc. 46. Dá-se à causa o valor de R$ 100,00. Brasília, 24 de setembro de P.p. ALBERTO PAVIE RIBEIRO (OAB-DF, nº 7.077) (Amb-ADI-AMAPI-Previdencia-Inicial)

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