RELATÓRIO DE ACTIVIDADES. Annual Report 2014

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1 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES Annual Report 2014

2 ÍNDICE I. Introdução 3 II. III. IV. Órgãos Sociais e Estatutários Evolução do Sector Actividades Desenvolvidas Fiscalidade Enquadramento Regulatório 3. Iniciativas de Auto-Regulação 4. Divulgação e Promoção dos Sectores Representados 5. Actividade Formativa 6. Representação Institucional 7. Representatividade, Organização e Estrutura Interna da APFIPP V. Perspectivas VI. VII. Estatísticas do Sector Lista das Associadas

3 I INTRODUÇÃO O ano que terminou fica assinalado por várias ocorrências com impacto significativo na economia nacional e, por essa via, também no mercado português de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões. Desde logo, merece destaque a conclusão, com sucesso, do Plano de Assistência Financeira, com o Governo a abdicar da última tranche de verbas que tinham sido previamente acordadas com a Troika e a optar por uma saída limpa, sem qualquer programa cautelar ou qualquer outra forma de apoio formal por parte dos credores internacionais, à semelhança da via seguida pela Irlanda, ainda em Adicionalmente, em termos económicos, inverteu-se a tendência regressiva dos anos anteriores, com o PIB a crescer perto de 1% e o desemprego a começar a assumir uma tendência decrescente. Mas o ano fica também marcado, pela negativa, pelos problemas ocorridos no Banco Espírito Santo e no Grupo Espírito Santo que haviam de culminar, no início de Agosto, com a resolução do Banco e a sua divisão em banco bom (Novo Banco) e banco mau. Esses problemas tiveram um grande impacto no mercado financeiro nacional, condicionando a performance da Bolsa portuguesa e fazendo inverter drasticamente a evolução positiva que o mercado nacional de gestão de activos vinha apresentando até essa altura. Assim, em termos dos resultados anuais da indústria, no final do ano, o mercado nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões registou um total de activos sob gestão de ,3 milhões de euros, mais 0,7% do que no final de No entanto, este valor tem associado duas realidades, na medida em que, no final de Junho de 2014, se verificava um crescimento de 5,2% em relação ao início do ano e, no segundo semestre, se registou uma queda de 4,3%. O destaque, pela positiva, vai para os Fundos de Pensões, que apresentaram um aumento de 13,1%, indiciando uma maior consciencialização dos portugueses para a necessidade de poupar para a reforma, de modo a minimizar a perda que sofrerão nos rendimentos quando substituírem o salário que auferiam na sua vida activa pela pensão paga pela Segurança Social. Em termos de novidades legislativas mais directamente relacionadas com as actividades de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões, o ano 2014 marca o início de uma nova esperança para a indústria nacional de Fundos de Investimento com a aprovação, pelo Conselho de Ministros, no final do ano, da concretização da autorização legislativa prevista no Orçamento 3

4 do Estado de 2014 para a instituição de um novo Regime de Tributação destes instrumentos de poupança colectiva. Este caracteriza-se por uma tributação à saída, na esfera do Participante, permitindo aos Fundos nacionais competir em igualdade de circunstâncias com os Fundos estrangeiros comercializados no nosso território deixando, em simultâneo, de ser inibidor da venda dos Fundos portugueses a investidores estrangeiros, ao possibilitar a sua exportação. O novo regime traz novos desafios mas também abre a porta a novas oportunidades que, acreditamos, saberão ser aproveitadas pelas Gestoras nacionais. Ainda no plano legislativo, foi aprovado, na Assembleia da República, o novo Regime Geral dos Organismos de Investimento Colectivo, que transpõe para o ordenamento jurídico nacional a Directiva dos Gestores de Fundos de Investimento Alternativo, culminando um intenso processo de consulta iniciado pelo Governo em Agosto do ano passado. O diploma tem como principal novidade a junção, num único documento, dos regimes que incidiam sobre Fundos Mobiliários e Fundos Mobiliários, introduzindo a possibilidade dos Fundos não Harmonizados, entre os quais os FII, poderem beneficiar de passaporte europeu para a sua comercialização junto de investidores qualificados em qualquer país da União Europeia. Durante o ano, a APFIPP acompanhou o desenvolvimento de outros dossiers legislativos de âmbito nacional, tais como: i) a alteração do Regime Geral das Instituições de Crédito e das Sociedades Financeiras, resultante, entre outras, da implementação da Directiva 2013/36/UE, relativa ao acesso à actividade das instituições de crédito e empresas de investimento (comummente designada por CRD IV); ii) a alteração do Regime Jurídico dos Fundos de Pensões (ainda não implementada); iii) diversa legislação avulsa, com impacto na actividade dos F.I.I., relacionada designadamente, com os licenciamentos comerciais e respectivos prazos de caducidade, com a Lei de Bases da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo e com a revisão do Regime Jurídico do Arrendamento Urbano. Adicionalmente, a APFIPP continuou a diligenciar para que a nova legislação e regulamentação do Papel Comercial possibilite aos Fundos de Investimento, designadamente aos Fundos harmonizados, desempenhar um papel mais activo e dinamizador deste mercado, possibilitando, assim, às PME um maior acesso a fontes de financiamento alternativas ao sistema bancário. Em matéria de auto-regulação, a APFIPP implementou, em 2014, uma alteração profunda à sua metodologia de classificação de Fundos Mobiliários, adoptando, no essencial, as regras 4

5 pan-europeias definidas pela EFAMA European Fund and Asset Management Association, que entraram em vigor no último trimestre do ano, embora as suas consequências só sejam perceptíveis em Destaque, ainda, para a assinatura de um Protocolo de cooperação para a preparação de materiais didáctico-pedagógicos de apoio ao Referencial de Educação Financeira, entre quatro Associações do Sector Financeiro, incluindo a APFIPP, os Supervisores Financeiros e Ministério da Educação e Ciência. Este Protocolo tem como objectivo a elaboração, edição e impressão de materiais didáctico-pedagógicos que apoiem professores e alunos na abordagem aos temas de formação financeira previstos no Referencial de Educação Financeira, elaborado em Na vertente formativa, a APFIPP prosseguiu a sua actuação, tendo realizado, em 2014, um total sete acções de formação, sobre 5 temáticas distintas. Ao longo do presente Relatório é descrita, com maior detalhe, a actividade da APFIPP em 2014, assim como é analisada a evolução dos quatro sectores de actividade que representa e os desafios que se lhes colocam. A Direcção da APFIPP 5

6 II ÓRGÃOS SOCIAIS E ESTATUTÁRIOS Órgãos Sociais Mesa da Assembleia Geral Representante Presidente Refundos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. Vítor Paranhos Pereira Vogal Vogal Banif Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Barclays Wealth Managers Portugal Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Tiago dos Santos Matias 1 Dra. Ana Guimarães Direcção Representante Presidente BPI Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Dr. José Veiga Sarmento Vogal Caixagest Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. Dr. João Faria Vogal Dunas Capital Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Joaquim Luiz Gomes Vogal F&C Portugal Gestão de Patrimónios, S.A. Dr. João Santos Vogal Futuro S. G. de Fundos de Pensões, S.A. Dr. José Luís Leitão Vogal GNB Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Fernando Coelho Vogal Vogal Millennium BCP Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Santander Asset Management Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Rui Alexandre Lopes Dr. Joaquim Calça e Pina Vogal Selecta Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. José António de Mello Conselho Fiscal Representante Presidente BBVA Gest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dra. Carla Soares Vogal Silvip Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Sr. João José Reis Vogal Vogal Suplente Sonaegest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Floresta Atlântica - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dra. Maria do Rosário Campos Eng.º Luís Unas 1 O Sr.Dr. Tiago dos Santos Matias passou a representar a Banif Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.na Mesa da Assembleia Geral a partir de 11 de Março de 2014, tendo antes a representação sido assegurada pelo Sr. Dr. Luís Souto. 6

7 Órgãos Estatutários Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Mobiliário Presidente Membro Membro BPI Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Banif Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Barclays Wealth Managers Portugal Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Representante Dr. João Pratas Dra. Helena Lima Dra. Ana Guimarães Membro BBVA Gest - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Daniel Colaço Membro Caixagest Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. Dr. Fernando Maximiano Membro Membro Dunas Capital - Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Crédito Agrícola Gest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Nuno Miguel Pinto Dr. Júlio Pires Membro GNB Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Rameschandra Kakoo Membro Membro Membro Membro Membro Millennium BCP Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Montepio Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Patris Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Popular Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Santander Asset Management - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.. Dr. Pedro Casquinho Dr. Miguel Carreira Luís Dra. Andreia Duarte Silva 2 Dr. José Belmar da Costa Dra. Sandra Baltazar 2 A Sra. Dra. Andreia Duarte Silva passou a representar a Patris Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. na Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Mobiliário a partir de 7 de Agosto de 2014, tendo antes a representação sido assegurada pelo Sr. Dr. Luis Cameira. 7

8 Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário Representante Presidente GNB Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. José Manuel Salgado Membro Membro Membro Banif Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. BPI Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Floresta Atlântica - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. António Alberto Gordo Monteiro 3 Dr. Manuel Puerta da Costa Eng.º João Oliveira Membro Fundger Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Eng.º Luís Machado Membro Membro Fundiestamo Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Imofundos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. António Morgado Dra. Carolina Monteverde Membro Interfundos - Gestão de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. José Maria da Cunha Membro Montepio Valor - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Dr. Miguel Alexandre Teixeira Coelho 4 Membro Popular Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Dr. José Belmar da Costa Membro Refundos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. Vítor Paranhos Pereira Membro Santander Asset Management, Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Bruno Pinheiro Membro Selecta - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. Pedro Lameira 5 Membro Silvip Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. Pedro Sáragga Leal Membro Sonaegest - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dra. Maria do Rosário Campos Membro Square Asset Management - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Dr. Mário Tomé Membro TDF - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Eng.º David Pereira Cardoso Membro TF Turismo Fundos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Prof. Dr. Pedro Moreira 3 O Sr. Dr. António Alberto Gordo Monteiro passou a representar a Banif Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. na Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário a partir de 4 de Novembro de 2014, tendo antes a representação sido assegurada pelo Sr. Dr. Alexandre dos Santos. 4 O Sr. Dr. Miguel Alexandre Teixeira Coelho passou a representar a Montepio Valor - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. na Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário a partir de 25 de Março de 2014, tendo antes a representação sido assegurada pelo Sr. Dr. Vítor Menezes. 5 O Sr. Dr. Pedro Lameira passou a representar a Selecta - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. na Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário a partir de 25 de Março de 2014, tendo antes a representação sido assegurada pelo Sr. Dr. José António de Mello. 8

9 Comissão Consultiva das Gestoras de Patrimónios Representante Presidente Orey Financial Instituição Financeira de Crédito, S.A. Dr. Rogério Celeiro Membro BPI Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. José Veiga Sarmento Membro Caixagest Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. Dr. Luís Martins Membro Membro Crédito Agrícola Gest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliários, S.A. Dunas Capital - Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Júlio Pires Dr. Nuno Miguel Pinto Membro F&C Portugal Gestão de Patrimónios, S.A. Eng.º António Pena do Amaral Membro GNB Sociedade Gestora de Patrimónios, S.A. Dr. Rameschandra Kakoo Membro Membro Membro Montepio Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. Patris Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Santander Asset Management - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Dr. Miguel Carreira Luís Dra. Andreia Duarte Silva 6 Dr. Nuno Miguel Henriques Comissão Consultiva dos Fundos de Pensões Representante Presidente PensõesGere Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dr. Valdemar Duarte Membro Banif Açor Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dr. Armando Bandeira Membro BBVA Fundos - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dra. Adelaide Cavaleiro Membro BPI Vida e Pensões Companhia de Seguros, S.A. Dra. Isabel Semião Membro CGD Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dra. Marta Magalhães Membro Futuro Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dra. Alice Pinto Membro GNB Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dra. Elisabete Azevedo Membro Previsão Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dr. Vítor Sequeira Membro Santander Pensões Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dra. Natália Ribeiro Membro SGF Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Dr. José Manuel Pinhão Rodrigues Membro Sociedade Gestora dos Fundos de Pensões do Banco de Portugal, S.A. Dr. Joaquim Martinez da Silva 6 A Sra. Dra. Andreia Duarte Silva passou a representar a Patris Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. na Comissão Consultiva das Gestoras de Patrimónios a partir de 7 de Agosto de 2014, tendo antes a representação sido assegurada pelo Sr. Dr. Luis Cameira. 9

10 Conselho Consultivo Membros da Direcção Presidente da Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Mobiliário Presidente da Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário Presidente da Comissão Consultiva das Gestoras de Patrimónios Presidente da Comissão Consultiva dos Fundos de Pensões III 10

11 III EVOLUÇÃO DO SECTOR Após dois anos de crescimento anémico ou mesmo negativo, o ano 2014 marca o regresso do crescimento económico à quase totalidade dos países da União Europeia, embora, no conjunto, esse crescimento seja ainda pouco significativo, ascendendo a 0,8%, no que respeita aos países da Zona Euro, e a 1,3%, no total da União Europeia, de acordo com as estimativas da Comissão Europeia, divulgadas no início de Fevereiro de O crescimento observado encontra-se suportado, essencialmente, no consumo privado, uma vez que o contributo do investimento e das exportações para o aumento do PIB é, ainda, diminuto. Crescimento do PIB em 2014 Alemanha Áustria Bélgica Bulgária Chipre Croácia Dinamarca Eslováquia Eslovénia Espanha Estónia Finlândia França Grécia Holanda Hungria Irlanda Itália Letónia Lituânia Luxemburgo Malta Polónia Portugal Reino Unido Rep. Checa Roménia Suécia Zona Euro Total U.E. E.U.A. Japão -2.8% -0.5% -0.5% 0.2% 0.8% 1.5% 1.0% 1.4% 0.0% 0.4% 1.0% 0.7% 1.4% 1.9% 2.4% 2.6% 3.3% 2.6% 3.0% 3.0% 3.3% 3.3% 1.0% 2.6% 2.3% 3.0% 1.8% 0.8% 1.3% 2.4% 0.4% 4.8% -4.0% -2.0% 0.0% 2.0% 4.0% 6.0% Fonte: European Economic Forecast, Winter

12 Como referido, a quase totalidade dos países da UE registaram, em 2015, um crescimento nas respectivas economias, medido pela variação real do PIB. Apenas Itália (-0.5%), Chipre (-2,8%) e Croácia (-0,5%) apresentaram, nesse ano, um crescimento económico negativo. Pela positiva, destaca-se a Irlanda que, um ano após ter saído do Programa de Assistência Financeira, obteve um aumento de 4,8% no PIB, a maior subida de entre os 28 países da União Europeia. Destaque, ainda, para a Grécia e para Portugal, outros dois países que estiveram (estão) sob um Programa de Assistência Financeira e que registaram, igualmente, uma performance económica positiva com um crescimento do PIB de, respectivamente, 1,0% e 0,9%, sendo que, no caso da Grécia, é o primeiro ano de crescimento económico desde Chipre é, assim, o único dos países que solicitou a intervenção da Troika, a registar, em 2015, uma variação negativa do PIB. Taxa de Desemprego em 2014 Alemanha Áustria Bélgica Bulgária Chipre Croácia Dinamarca Eslováquia Eslovénia Espanha Estónia Finlândia França Grécia Holanda Hungria Irlanda Itália Letónia Lituânia Luxemburgo Malta Polónia Portugal Reino Unido Rep. Checa Roménia Suécia Zona Euro Total U.E. E.U.A. Japão 3.6% 5.0% 5.0% 6.6% 6.0% 5.9% 6.3% 6.1% 6.8% 7.9% 6.2% 8.5% 7.4% 7.7% 9.8% 7.4% 8.7% 10.2% 9.0% 11.6% 11.3% 12.7% 10.8% 10.7% 11.6% 10.2% 13.2% 14.1% 16.1% 17.0% 24.5% 26.6% 0.0% 5.0% 10.0% 15.0% 20.0% 25.0% 30.0% Fonte: Eurostat European Economic Forecast, Winter

13 Com a retoma económica, iniciou-se o crescimento do emprego e a descida da taxa de desemprego, tendência que foi possível observar na maioria dos países da União Europeia e, também, nos Estados Unidos e no Japão. No conjunto dos 28 países da União Europeia, a taxa de desemprego caiu para 10,2%, menos 0,7 pontos percentuais do que em Na Zona Euro, a taxa de desemprego fixou-se em 11,6%, acima, portanto, da média da União Europeia, embora se tenha observado, igualmente, uma redução face ao ano anterior (12,0%). Portugal foi um dos países que registou maior decréscimo na taxa de desemprego, baixando de 16,4%, em 2013, para 14,1%, em Continua a ser, contudo, um dos países com maior taxa de desemprego, apenas ultrapassado pela Grécia (26,6%), Espanha (24,5%), Croácia (17,0%) e Chipre (16,1%). Taxa de Inflação em 2014 Alemanha Áustria Bélgica Bulgária Chipre Croácia Dinamarca Eslováquia Eslovénia Espanha Estónia Finlândia França Grécia Holanda Hungria Irlanda Itália Letónia Lituânia Luxemburgo Malta Polónia Portugal Reino Unido Rep. Checa Roménia Suécia Zona Euro Total U.E. E.U.A. Japão -1.6% -1.4% -0.3% -0.1% -0.2% -0.2% 0.2% 0.3% 0.3% 0.0% 0.3% 0.2% 0.2% 0.1% 0.5% 0.4% 0.5% 0.6% 0.4% 0.7% 0.7% 0.8% 0.2% 0.4% 0.6% 0.8% 1.2% 1.5% 1.5% 1.4% 1.6% 2.7% -2.0% -1.0% 0.0% 1.0% 2.0% 3.0% Fonte: Eurostat. 13

14 Dez-2013 Jan-2014 Fev-2014 Mar-2014 Mar-2014 Abr-2014 Mai-2014 Jun-2014 Jun-2014 Jul-2014 Ago-2014 Ago-2014 Set-2014 Out-2014 Nov-2014 Nov-2014 Dez-2014 Com a economia a crescer, ainda que de forma modesta, e o desemprego a diminuir, embora também de forma pouco significativa, um dos principais focos de preocupação dos agentes políticos e económicos europeus foi a evolução da taxa de inflação e a possibilidade da Zona Euro entrar num período de deflação, o que comprometeria o investimento e, por essa via, o reforço do crescimento económico e da diminuição do desemprego. São já 7 os países que registaram, em 2014, uma taxa de inflação negativa, entre os quais Portugal, que registou uma taxa de -0,2%. Dos restantes países, a maioria registou uma inflação inferior a 1%. Somente quatro (Áustria, Finlândia, Reino Unido e Roménia) tiveram uma inflação superior a 1% e, em todos os casos, inferior a 2%. No plano internacional, destaque para o Japão que, depois de mais de uma década de estagnação ou mesmo deflação dos preços, registou, em 2014, uma inflação de 2,7%. Portugal beneficiou do clima económico a nível europeu e mundial, o que se repercutiu num aumento das exportações, no crescimento do PIB e na descida da taxa de desemprego, já referidos. Em Portugal, 2014 marcou o final do Programa de Assistência Financeira, tendo o Governo português, à semelhança do que já acontecera com a Irlanda, no ano anterior, optado por uma saída limpa, sem o recurso a qualquer programa cautelar ou outro tipo de salvaguarda por parte dos credores internacionais. Evolução das Yields da Dívida Pública Portuguesa em % 6.0% 5.0% 4.0% 3.0% 2.0% Yields 2 Anos Yields 5 Anos Yields 10 Anos 1.0% 0.0% Fonte: Banco de Portugal. 14

15 A melhoria das condições económicas e também a reconquista da reputação creditícia nos mercados financeiros internacionais levou a que as taxas de juro da dívida portuguesa atingissem, em 2014, mínimos históricos, o que possibilitou a emissão de dívida de longo prazo (a cinco e dez anos). O ano fica, ainda, marcado pela Resolução do Banco Espírito Santo (BES), decidida pelo Banco de Portugal, no início de Agosto, dividindo aquela instituição de crédito em duas entidades: a primeira, que se designou de Novo Banco, concentrou os depósitos e outros activos e passivos com maior qualidade; e a segunda, conhecida por banco mau, onde permaneceram os activos e passivos de menor qualidade, e que será extinta logo que esses activos e passivos sejam alienados ou liquidados. Embora tenha, numa fase inicial, beneficiado da melhoria das condições económicas e do desempenho favorável dos mercados financeiros, a evolução do mercado de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões português, em 2014, foi profundamente afectada pela Resolução do BES, sendo evidentes duas tendências diametralmente opostas: a primeira, positiva, até à decisão da Resolução; e a segunda, negativa, posteriormente a essa data. A Resolução do BES teve, de facto, vários impactos. Num momento inicial, verificou-se um movimento de saída dos clientes do Banco, o que se reflectiu não só nos depósitos mas também nos Fundos de Investimento e outros instrumentos financeiros comercializados por aquela instituição de crédito. Dado o peso que tinha no mercado financeiro nacional, também a performance da Bolsa Portuguesa foi profundamente afectada, o que diminuiu a confiança dos investidores nacionais. Assim, no final de 2014, o mercado nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões representava um total de ,3 milhões de euros de activos sob gestão, traduzindo um crescimento de 0,7% em relação a Dezembro de No final de Junho de 2014, os activos sob gestão ascendiam a ,6 milhões de euros, reflectindo um crescimento de 5,2% em relação ao início do ano, que foi quase totalmente anulado no segundo semestre, com os montantes sob gestão a diminuírem 4,3%. Quase todas as áreas de actividade representadas pela APFIPP registaram este comportamento descendente, em A única excepção foi a Gestão de Fundos de Pensões que manteve uma evolução crescente ao longo de todo o ano. No final de Dezembro de 2014, os Fundos de Pensões portugueses geriam ,1 milhões de euros, mais 6,0% em relação a Junho de 2014 e mais 13,1% do que no final do ano anterior. Este montante significa uma 15

16 quota de 17,2% do mercado nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões, ocupando a segunda posição, logo a seguir à Gestão de Patrimónios. O mercado nacional de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões (Milhões Euro) 80,000 60,000 40,000 Dez-2013 Jun-2014 Dez ,000 0 Total F.I.M. Total F.I.I. Total F.Pensões Total Gestão Patrimónios Fonte: APFIPP; ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões; e CMVM. A Gestão de Patrimónios continua a ser o sector de actividade representado pela APFIPP com maior volume de activos sob gestão, atingindo ,0 milhões de euros, no final de Apesar do decréscimo observado no segundo semestre (-4,6%), a performance obtida até 30 de Junho de 2014, período em que os montantes sob gestão aumentaram 5,6%, permitiu que, no cômputo do ano, se tivesse registado um crescimento de 0,7% em relação a Os Fundos de Investimento, Mobiliários e Imobiliários, pelo contrário, apresentaram, em 2014, um desempenho negativo. Os Fundos de Investimento Mobiliário (F.I.M.) terminaram o ano com um total de ,0 milhões de euros sob gestão, o que traduz uma redução de 6,5% em relação ao final de Este resultado é consequência quase exclusiva do impacto da Resolução do BES, uma vez que a queda dos montantes sob gestão apenas se tornou evidente após esse momento, e foi na Sociedade Gestora que integrava aquele Grupo (ESAF), que se verificou a maior diminuição nos activos sob gestão, no segundo semestre, a qual representou cerca de 75% da redução total observada nesse período. De facto, em 30 de Junho de 2014, os F.I.M. nacionais geriam ,9 milhões de euros, acumulando um crescimento de 8,9% desde o início do ano. Após essa data, os montantes sob gestão caíram 14,2%, num total superior a 1,9 mil milhões de euros. 16

17 Já no que respeita aos Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.), a evolução negativa foi uma constante ao longo do ano, tendo terminado 2014 com um total de ,1 milhões de euros, uma redução de 7,3% em relação ao final de Contrariamente ao que se verificou nos F.I.M., em que a evolução negativa foi consequência, essencialmente, dos resgates solicitados pelos Participantes, no caso dos F.I.I., parte significativa deste desempenho negativo deve-se à performance dos activos em carteira com a grande maioria dos Fundos a registarem, em 2014, um desempenho negativo. Fundos de Investimento Mobiliário (F.I.M.) A. Mercado Mundial Os principais mercados mundiais de Fundos de Investimento Mobiliário (F.I.M.) beneficiaram do bom desempenho económico e da performance dos mercados financeiros, mantendo a tendência de crescimento que vinham registando em anos anteriores. Considerando em conjunto os mercados da África do Sul, Austrália, Brasil, Estados Unidos da América (EUA), Europa e Japão, o total de activos dos Fundos de Investimento, no final de 2014, ascendia a ,5 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 17,7% em relação ao final do ano anterior. Os mercados mundiais de F.I.M. em , % 18.0% 12, % 16.0% 13.1% 14.0% 10, % 8, % 7.7% 10.0% 6, % 5.6% 6.0% 4, % 2, % 0 0.0% E.U.A. Europa* Austrália Brasil Japão África do Sul Montantes 2013 (Mil Milhões ) Montantes 2014 (Mil Milhões ) Crescimento 2014(%) * - Apenas foram considerados os Fundos harmonizados (UCITS). Fonte: EUA - ICI, Europa - EFAMA, Austrália ABS, Brasil - ANBIMA, Japão - JITA e África do Sul ASISA. Nota: O crescimento indicado é medido tendo em conta a evolução dos activos sob gestão na moeda oficial do país em causa (no caso da Europa, considerou-se o Euro). 17

18 Parte deste desempenho é justificado pela desvalorização do Euro face às principais moedas mundiais. De facto, considerando os valores em Dólar dos EUA, o desempenho conjunto destes mercados foi de apenas 3,6%. Analisando a evolução na moeda local de cada região, a Europa cresceu 16,2%, o Japão aumentou 14,7%, a África do Sul avançou 13,1%, o Brasil subiu 8,9%, a Austrália cresceu 7,7%, enquanto que os EUA foram os que obtiveram a menor performance, com um aumento de 5,6%. Os Estados Unidos da América continuam a ser o maior produtor de F.I.M., com ,8 mil milhões de euros, o que representa cerca de 50% do total dos F.I.M. mundiais. A Europa 7 é o segundo bloco económico, em termos de gestão de F.I.M., sendo responsável por 7 979,3 mil milhões de euros de montantes geridos, o que equivale a perto de um terço do mercado mundial. B. Mercado Europeu O mercado europeu de F.I.M. harmonizados, no final de 2014, era responsável pela gestão de 7 979,3 mil milhões de euros, o que traduz um crescimento de 16,3%, em relação ao final do ano anterior. O principal domicílio de F.I.M. harmonizados continua a ser o Luxemburgo. No final de 2014, os F.I.M. luxemburgueses eram responsáveis por um total de 2 642,5 mil milhões de euros, o que representa 33,1% do mercado europeu. Ao longo de 2014, o mercado luxemburguês de Fundos UCITS registou um aumento de 20,2% no total de activos sob gestão. Em 2014, a Irlanda ultrapassou a França e atingiu o segundo lugar do ranking europeu, no que diz respeito à domiciliação de Fundos UCITS. No final do ano, os activos sob gestão atingiram 1 274,5 mil milhões de Euro, mais 22,1% do que no ano anterior, conseguindo uma quota de 16,0% do mercado europeu. A França baixou para o terceiro posto, com um total de activos sob gestão de 1 145,9 mil milhões de euros, no final de Dezembro de O mercado de Fundos UCITS francês cresceu apenas 3,2%, em 2014, justificando a perda do segundo lugar do ranking que detinha no ano anterior, obtendo uma quota de 14,4% do mercado europeu. 7 Fonte: EFAMA European Fund and Asset Management Association. São apenas considerados Fundos UCITS, no sentido de F.I.M. Abertos que investem em Valores Mobiliários. 18

19 Os F.I.M.* na Europa em ,000 2,400 1,800 1, % 60% 45% 30% 15% 0% -15% Montantes 2014 (Mil Milhões Euro) Crescimento 2014 (%) * - Inclui Fundos Harmonizados e Fundos não harmonizados. Fonte: EFAMA. Considerando também os F.I.M. não harmonizados, o volume de activos sob gestão ascendeu a ,9 mil milhões de euros, em Dezembro de 2014, o que significa um crescimento de 15,9% em relação ao ano anterior. O Luxemburgo e a Irlanda são, igualmente, os países que lideram em termos de activos sob gestão, com 28,0% e 15,0%, respectivamente. O Top-5 é composto, ainda, pela França (13,8%), Alemanha (13,6%) e Reino Unido (11,7%). Em conjunto, os F.I.M. destes cinco países gerem 9 062,8 mil milhões de euros, o que representa 82,1% de todo o mercado europeu. Dos 28 países considerados na análise, apenas 3 (Croácia, Grécia e Portugal) registaram um decréscimo nos montantes geridos pelos respectivos F.I.M.: o mercado croata regrediu 0,5%, o da Grécia caiu 9,1% e, em Portugal, a redução observada foi de 6,5%. Pela positiva, destacam-se a Hungria e a República Checa, ambos com um crescimento superior a 30% (32,1% e 30,2%, respectivamente). Para além destes, mais seis países registaram um aumento acima de 20%: Dinamarca (23,9%); Espanha (25,4%); Irlanda (23,6%), Liechtenstein (26,0%); Roménia (26,5%); e Suécia (26,2%). Analisando a evolução do mercado dos maiores países, no que respeita à domiciliação de F.I.M., para além da evolução na Irlanda, já referida, no Luxemburgo verificou-se um crescimento de 18,4%, em França um aumento de 3,3%, enquanto que na Alemanha a subida foi de 13,4% e no Reino Unido observou-se um acréscimo de 17,2%. 19

20 Esta evolução positiva do mercado europeu de F.I.M. deveu-se, por um lado, ao bom desempenho dos mercados financeiros, que permitiu a valorização dos activos detidos pelos F.I.M. europeus e, por outro, a um aumento da procura destes produtos por parte dos investidores. Considerando apenas os Fundos Harmonizados, o saldo anual de subscrições menos resgates foi positivo em 463,6 mil milhões de euros. Subscrições Líquidas de F.I.M.* na Europa em 2014 (milhões Euro) 250, , , ,000 50, ,000 * - Não inclui Fundos não harmonizados. Fonte: EFAMA. O Luxemburgo e a Irlanda, que constituem os principais centros financeiros europeus no que diz respeito a domiciliação de F.I.M. com o objectivo de serem, posteriormente, vendidos a investidores noutros países, incluindo fora da Europa, foram os que mais beneficiaram do fluxo de novos investimentos. Em conjunto, os F.I.M. destes dois países receberam, ao longo do ano, 339,7 mil milhões de euros de subscrições líquidas, o que representa 73,3% do saldo positivo anual do conjunto dos países europeus. De destacar, igualmente, a procura por F.I.M. em Espanha (35,6 mil milhões de euros) e no Reino Unido (21,7 mil milhões de Euros). Em Portugal, o saldo de subscrições líquidas em F.I.M. harmonizados, foi positivo em cerca de 0,6 mil milhões de euros. No entanto, considerando F.I.M. harmonizados e F.I.M. não harmonizados, o saldo anual foi negativo em cerca de 0,9 mil milhões de euros. A nível europeu, os Fundos de Obrigações e os Fundos Mistos foram os que mais beneficiaram do aumento da procura dos investidores, tendo registado um saldo de subscrições líquidas anuais de 191,2 mil milhões de euros e 186,7 mil milhões de euros, respectivamente. O bom desempenho dos mercados accionistas levou, também, a um maior interesse dos investidores 20

21 por Fundos de Acções, traduzido num total de 60,8 mil milhões de Euros de entradas líquidas, em Subscrições Líquidas dos F.I.M. Europeus* em 2014 (Mil Milhões Euro) F. Acções F. Obrigações F. Mistos F. Tesouraria F. Fundos Outros * - Não inclui Fundos não harmonizados. Fonte: EFAMA. Os Fundos do Mercado Monetário continuaram a ser prejudicados pela actual conjuntura de taxas de juro baixas, que condiciona a performance dos instrumentos do mercado monetário, em que estes Fundos investem, afastando os investidores e levando-os a procurar outras alternativas com maior retorno para aplicar as suas poupanças. Ao longo de 2014, os Fundos do Mercado Monetário registaram saídas líquidas no valor de 4,8 mil milhões de euros, ainda assim um valor bastante inferior aos 84,2 mil milhões de euros de subscrições líquidas negativas que estes Fundos registaram no ano anterior. C. Mercado Nacional 8 Como referido atrás, ao analisar a evolução do mercado nacional de F.I.M., em 2014, é possível observar claramente dois períodos distintos, cuja delimitação coincide com a vinda a público dos problemas que afectavam o BES e que acabaram por culminar na sua Resolução. No início do segundo semestre do ano, registou-se um período de saída dos clientes do antigo BES, o que afectou significativamente os Fundos geridos pela ESAF, Sociedade Gestora pertencente ao mesmo grupo e à data a segunda maior gestora nacional de F.I.M., em termos 8 Na análise do mercado português de F.I.M. não foram considerados os F.I.M. geridos por duas Sociedade Gestora. Em 31 de Dezembro, a amostra considerada na presente análise representava 99,46% do total de activos geridos por F.I.M. portugueses. 21

22 de activos sob gestão (na medida em que os seus Fundos eram maioritariamente comercializados aos balcões do Banco Espírito Santo). Até final de Junho, o mercado nacional de F.I.M. demonstrava estar a inverter a tendência regressiva do passado, apresentando um crescimento significativo dos montantes sob gestão (8,9%), suportado num aumento da procura por parte dos investidores, traduzido num saldo de subscrições líquidas de 917,7 milhões de euros, acumulado desde o início do ano. No segundo semestre, pelo contrário, os montantes sob gestão caíram mais de 14%, para valores inferiores aos registados no final de Esse movimento deveu-se, quase exclusivamente aos resgates dos Participantes, que levaram a saídas líquidas no montante global de 1 793,1 milhões de euros. Desses, quase milhões de euros, o equivalente a cerca de 78%, diz em respeito a Fundos geridos pela ESAF. Merece, igualmente, destaque a ocorrência, em 2014, da primeira fusão de F.I.M. transfronteiriça, envolvendo F.I.M. nacionais. Cinco Fundos nacionais foram incorporados, por fusão, em Fundos domiciliados no Luxemburgo, operação que levou à saída de 223,3 milhões de euros. Como se pode verificar no gráfico abaixo, nos dois primeiros trimestres de 2014 há um crescimento constante dos activos sob gestão verificando-se, seguidamente, um decréscimo acentuado no terceiro trimestre do ano e nova redução, embora menos significativa, no último trimestre. O mercado nacional de F.I.M. em ,000 13, ,000 11, , ,000 13,288 13,444 8,000 12,356 11,864 11,526 7,000 6,000 5,000 Dez-2013 Mar-2014 Jun-2014 Set-2014 Dez-2014 Total F.I.M. (Milhões ) Nº de Fundos Fonte: APFIPP. O desempenho dos F.I.M, em 2014, deveu-se, exclusivamente ao desinvestimento dos investidores e às operações de fusão transfronteiriças que resultaram, em conjunto, numa 22

23 saída de 875,3 milhões de euros. De facto, de forma agregada, os F.I.M. nacionais registaram, em 2014, uma performance positiva, que se traduziu numa apreciação dos activos em carteira, estimada em cerca de 45 milhões de euros. A Evolução dos F.I.M. em 2014 (Milhões Euro) 1, , , , º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total Subscrições líquidas * Capitalização Activos Crescimento total * - Inclui o fluxo de saída resultante das fusões transfronteiriças ocorridas. Fonte: APFIPP. O ano começou bem com uma forte procura no primeiro trimestre (766,2 milhões de euros) conjugado com uma boa performance dos mercados financeiros que possibilitou a valorização dos activos, estimada em 166,3 milhões de euros. Assim, nesse período verificou-se um crescimento de 7,5% nos activos sob gestão. No segundo trimestre, embora se tenham mantido em terreno positivo quer as subscrições líquidas (151,5 milhões de euros) quer a valorização dos activos (4,0 milhões de euros), há um claro abrandamento em relação ao trimestre anterior, observando-se um aumento dos montantes sob gestão de apenas 1,2%. O pior trimestre acabaria por ser o terceiro, resultado quer dos efeitos da Resolução do BES, quer das fusões transfronteiriças, já mencionadas. Nesse período, o mercado nacional dos F.I.M. registou saídas líquidas no valor de 1 523,5 milhões de euros, sofrendo ainda com a desvalorização dos activos que se traduziu numa redução adicional de 55,9 milhões de euros e que resultaram, em conjunto, numa redução trimestral de 11,7% nos montantes sob gestão. O fluxo de saídas abrandou no último trimestre, totalizando 269,6 milhões de euros, mas, em contrapartida, intensificou-se a desvalorização dos activos, estimada em 69,2 milhões de euros. Em conjunto, os dois efeitos levaram a uma diminuição de 2,9%, nesse trimestre. A par da diminuição dos activos sob gestão, o ano 2014 ficou, igualmente, marcado por uma redução acentuada do número de Fundos em actividade. No final de Dezembro existiam 204 Fundos em actividade, menos 33 do que no período homólogo. 23

24 Esta evolução é resultado do desaparecimento de 44 Fundos e do lançamento de apenas 11 novos Fundos. O número de Sociedades Gestoras a desenvolver a actividade de gestão de F.I.M. permaneceu inalterado, mantendo-se as 16 entidades que existiam no final de Dos novos Fundos lançados, seis são Fundos de Fundos, três são Fundos Mistos / Fundos Flexíveis e dois são Especiais de Investimento (FEI) 9. No final de 2014, estes Fundos geriam um total de 307,6 milhões de euros, o que representa cerca de 2,7% do valor global dos F.I.M. nessa data. Dos 44 Fundos que cessaram a actividade, oito deveram-se a processos de fusão, que incluem cinco fusões transfronteiriças, enquanto que outros 18 foram liquidados por ter terminado o prazo pelo qual haviam sido inicialmente constituídos. Em termos de categorias, extinguiram-se 11 Fundos com Protecção de Capital, 10 FEI, seis Fundos Mistos / Fundos Flexíveis, seis Outros Fundos, três Fundos de Fundos, três Fundos de Tesouraria / Fundos do Mercado Monetário, três Fundos de Acções, um Fundo de Obrigações e um Fundo PPA. No final de 2013, estes Fundos geriam 886,3 milhões de euros, cerca de 7,2% do total de activos então geridos pelos F.I.M.. No que respeita à composição do mercado, os FEI mantêm o primeiro lugar, representando 26,2% do mercado nacional de F.I.M.. Em segundo lugar estão os Fundos de Tesouraria 10, com uma quota de 17,8% e, em terceiro, encontram-se os Fundos de Obrigações, com uma quota de 15,5%. Os Fundos de Fundos foram a Categoria que registou o maior crescimento anual dos volumes sob gestão, administrando, no final de 2014, 1 157,2 milhões de euros, mais 172,1% do que no final do ano anterior. Também pela positiva, merecem destaque os Fundos de Obrigações, que registaram um aumento de 14,5% nos montantes geridos. Os Fundos PPR conseguiram, igualmente, um desempenho positivo, com um crescimento anual de 1,9%. 9 Inclui apenas os Fundos Especiais de Investimento que não têm uma política de investimentos desenhada de forma a procurar garantir, no final de um prazo pré-estabelecido, o capital inicialmente investido e/ou uma rendibilidade mínima. 10 Inclui Fundos do Mercado Monetário. 24

25 Nas restantes Categorias observou-se um decréscimo dos montantes sob gestão, sendo de destacar os Fundos com Protecção de Capital e os FEI que viram os seus activos reduzirem-se em 33,4% e 32,6%, respectivamente. O mercado nacional de F.I.M. - Dezembro 2013 F. Tesouraria* 19.0% F. Fundos 3.4% Outros Fundos 0.7% F.Acções** 8.4% F.E.I. 36.2% F. PPR 7.6% F. Mistos*** 7.9% F. Obrigações 12.6% F. c/ Protecção Capital 4.2% O mercado nacional de F.I.M. - Dezembro 2014 F. Tesouraria* 17.8% F.Acções** 8.8% F. Fundos 10.0% F. PPR 8.3% Outros Fundos 2.1% F. Mistos*** 8.3% F.E.I. 26.2% F. c/ Protecção Capital 3.0% F. Obrigações 15.5% * - Inclui, também, os Fundos do Mercado Monetário. ** - Inclui, também, os Fundos PPA e Fundos Índice. *** - Inclui, também, os Fundos Flexíveis. Fonte: APFIPP. Em relação aos Fundos com Protecção de Capital, esta evolução é, essencialmente, o resultado das liquidações de Fundos atrás referidas, uma vez que os montantes reembolsados na liquidação equivalem a cerca de 90% da diminuição observada em

26 a) Fundos de Acções 11 Apesar da melhoria da condições económicas na Europa, os mercados accionistas europeus não acompanharam esse desempenho, com os principais índices a apresentar performances modestas, ou mesmo negativas, como é o caso do PSI-20, em Portugal. De facto, a evolução da Bolsa portuguesa foi fortemente condicionada pela resolução do BES e do seu impacto noutras empresas, como a Portugal Telecom, e terminou o ano com uma depreciação de 26,8% em relação a Na Europa, para além do PSI-20, também o Footsie (Reino Unido) e o CAC-40 (França) apresentaram uma rendibilidade negativa, de 2,7% e 0,5%, respectivamente. Os mercados emergentes, pelo segundo ano, continuaram em terreno negativo, embora com perdas pouco significativas, que por vezes acabam por se revelar positivas, quando medidas em Euro, em resultado da depreciação da divisa europeia face às principais moedas internacionais. De facto, o MSCI Emerging Markets obteve uma performance, em USD, de -4,6% mas a mesma evolução, medida em EUR, foi de 8,3%. Pela positiva, evidenciam-se os mercados accionistas americanos, com o S&P 500 a apresentar um desempenho de 11,4%, medido em USD (26,5% em EUR) e o Dow Jones a valorizar 7,5%, em USD (22,1% em EUR). Performance dos mercados accionistas em % 20.0% 10.0% 0.0% -10.0% -20.0% 3.7% 0.2% -0.5% 2.7% 1.2% 4.1% -2.7% 26.5% 7.1% 11.4% 6.7% 22.1% 7.5% -1.8% -2.9% 8.3% -4.6% Em Moeda Local Em Euro -30.0% -26.8% Fonte: Bloomberg. 11 Inclui Fundos PPA e Fundos Índice. 26

27 Destaque, igualmente, para a evolução do mercado accionista japonês, onde o principal índice de referência, o Nikkei 225, se valorizou 7,1% ao longo de 2014 (6,5%, se medido em EUR). O comportamento dos Fundos de Acções, em Portugal, reflectiu a conjuntura atrás descrita, tendo estes Fundos terminado o ano de 2014 com um total de 1 016,9 milhões de euros de activos sob gestão, o que revela um decréscimo de 1,5% em relação ao final do ano anterior. Este resultado foi consequência exclusiva da saída de Participantes, tendo-se registado, em 2014, subscrições líquidas negativas, no valor de 16,5 milhões de euros. Este valor acabou por ser menos negativo em resultado da mudança de classificação de um Fundo anteriormente integrado na Categoria de Fundos Flexíveis e ainda da fusão de um Fundo Misto num Fundo de Acções, sem o que as subscrições líquidas negativas teriam ascendido a 34,2 milhões de Euros. Em contrapartida, o desempenho dos Fundos de Acções beneficiou da valorização dos activos em carteira, estimada em 1,0 milhões de euros O Segmento dos Fundos de Acções em 2014 (Milhões Euro) 1, , , Dez-2013 Mar-2014 Jun-2014 Set-2014 Dez-2014 Fundos PPA* Outros F. Acções Internacionais F. Acções Sectoriais F. Acções América Norte F. Acções UE, Suíça e Noruega F. Acções Nacionais * - Inclui um Fundo Índice. Fonte: APFIPP. No final de 2014, havia 52 Fundos de Acções em actividade, menos três do que no ano anterior. Esta diminuição é o resultado da liquidação de quatro Fundos, e da conversão de um Fundo Flexível em Fundo de Acções. Os Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega, continuam a representar a maior parcela dos Fundos de Acções, tendo terminado o ano com um total de 315,5 milhões de euros de activos sob gestão, o que significa um decréscimo de 1,8% em relação ao ano anterior. Durante o ano, esta subcategoria beneficiou de uma operação de fusão, através da qual foi incorporado um Fundo Misto. Descontando o efeito desta operação, a diminuição dos activos sob gestão teria ascendido a 2,7%. 27

28 No entanto, a subcategoria de Fundos de Acções que apresentou o maior crescimento foi a dos Fundos de Acções da América do Norte que, beneficiando do bom desempenho dos mercados accionistas dos EUA, registaram um crescimento de 17,7%, tendo chegado ao final de 2014 com um total de 158,1 milhões de euros. Igualmente com desempenho positivo estiveram os Fundos de Acções Sectoriais, cujos activos sob gestão aumentaram 3,9%, ao longo de 2014, para um total de 68,2 milhões de euros. Representam, contudo, apenas 6,7% do segmento dos Fundos de Acções sendo a segunda menor subcategoria, logo a seguir aos Fundos PPA. Pela negativa, destacam-se os Fundos que investem predominantemente em acções portuguesas, designadamente os Fundos de Acções Nacionais e os Fundos PPA. A queda de 26,8% do PSI-20 condicionou fortemente a performance destes Fundos, com os Fundos de Acções Nacionais a registarem, em 2014, uma diminuição de 5,7%, para 23,4 milhões de euros, enquanto que os Fundos PPA tiveram uma redução de 43,2%, para 15,8 milhões de euros, no final de Dezembro. Apesar de terem beneficiado com a mudança de Categoria de um Fundo anteriormente classificado como Fundo Flexível, os Outros Fundos de Acções Internacionais não conseguiram evitar uma quebra de 4,3% nos montantes sob gestão, terminando o ano com um total de 228,9 milhões de euros. Evolução dos Fundos de Acções em 2014 (Milhões Euro) Subscrições Líquidas ** Capitalização Activos Crescimento Total * - Inclui um Fundo Índice ** - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre categorias envolvendo Fundos de Acções. Fonte: APFIPP. Quase todas as subcategorias de Fundos de Acções registaram subscrições líquidas negativas, em A excepção vai para os Fundos de Acções Nacionais que, apesar do período 28

29 atribulado por que passou a Bolsa portuguesa conseguiram recolher, ao longo do ano, um total de 24,1 milhões de euros em novas subscrições. A subcategoria mais prejudicada pelo desinvestimento dos Participantes foi a dos Outros Fundos de Acções Internacionais que tiveram saídas líquidas no valor de 27,1 milhões de euros. Este valor já inclui o efeito da mudança de categoria anteriormente mencionada, sem a qual, esta subcategoria de Fundos de Acções teria registado um fluxo de saídas de 41,9 milhões de euros. No que diz respeito à capitalização dos activos em carteira, o destaque vai, obviamente, para os Fundos de Acções da América do Norte, que tiveram uma performance bastante positiva, em resultado não só do bom desempenho dos mercados accionistas americanos mas, sobretudo, da desvalorização cambial do Euro face ao Dólar, que permitiu ganhos, em alguns Fundos, superiores a 20%. Estima-se que o efeito da valorização dos activos nas carteiras destes Fundos tenha ascendido, ao longo de 2014, a 25,2 milhões de euros, o que representa 18,7% do valor sob gestão no início do ano. Também os Fundos de Acções Sectoriais e os Outros Fundos de Acções Internacionais beneficiaram do bom desempenho dos mercados em que investem, conseguindo valorizar as suas carteiras em 3,8 milhões de euro e 16,9 milhões de euros respectivamente. Relativamente aos PPA, a evolução, em 2014, foi condicionada pelo fraco desempenho da Bolsa nacional mas, também, pela liquidação de um Fundo, que representou mais de 35% do total de subscrições líquidas negativas observadas no ano (8,0 milhões de euros). b) Fundos Mistos e Fundos Flexíveis O comportamento dos Fundos Mistos e Fundos Flexíveis, em 2014, revelou-se muito próximo do dos Fundos de Acções, atrás descrito. No conjunto, estes Fundos registaram uma redução nos montantes sob gestão, terminando o ano com um total de 954,4 milhões de euros, menos 2,3% do que no final do ano anterior. Tal como nos Fundos de Acções, este desempenho negativo deveu-se, exclusivamente, ao fluxo de saída das aplicações, através do desinvestimento dos Participantes. Considerando, adicionalmente, o resultado de operações de fusão e mudanças de categoria de alguns Fundos Mistos / Fundos Flexíveis, em 2014, saíram 51,7 milhões de euros dos Fundos Mistos e Fundos Flexíveis. Este valor inclui um efeito positivo de 8,9 milhões de euros, relacionado com os 29

30 eventos atrás descritos, sem os quais os resgates líquidos teriam sido de 60,6 milhões de euros. Tal como nos Fundos de Acções, os Fundos Mistos e Fundos Flexíveis beneficiaram da performance dos activos em que investem, estimando-se uma valorização dos mesmos, ao longo de 2014, de cerca de 29,0 milhões de euros. Em 31 de Dezembro de 2014, havia 24 Fundos destas subcategorias em actividade, menos quatro do que no final do ano anterior. Ao longo de 2014, verificou-se o lançamento de três novos Fundos Mistos / Fundos Flexíveis, tendo sido liquidados, no mesmo período, seis dos Fundos Mistos e Fundos Flexíveis previamente existentes. Também em 2014, um Fundo Misto foi transferido para a categoria de Outros Fundos e um Fundo Flexível foi convertido em Fundo de Acções. Em sentido inverso, um FEI foi transformado em Fundo Flexível. Os Fundos Mistos e Fundos Flexíveis em 2014 (Milhões Euro) Dez-2013 Mar-2014 Jun-2014 Set-2014 Dez-2014 F. Mistos Pred. Obrigações F. Mistos Pred. Acções F. Flexíveis Fonte: APFIPP. A subcategoria de Fundos Flexíveis continua a representar a maior parcela deste segmento, com 17 Fundos em actividade e 783,0 milhões de euros sob gestão, ou seja 82,0% do total. No entanto, em 2014, teve um desempenho negativo, registando uma diminuição dos activos sob gestão de 5,8%. Tal performance beneficiou, contudo, da conversão de um Fundo Misto e de um FEI em Fundos Flexíveis, situações parcialmente anuladas pela transformação de um Fundo Flexível em Fundo de Acções. Descontando o efeito de todas estas ocorrências, ter-se-ia registado uma diminuição de 7,9% nos activos geridos pelos Fundos Flexíveis. Esta subcategoria registou, ao longo do ano, saídas líquidas no valor de 77,1 milhões de euros. Este valor inclui um saldo positivo de 16,8 milhões de euros resultantes das operações de mudança de categoria atrás mencionadas. Assim, o valor do desinvestimento efectivo por 30

31 parte dos Participantes ascendeu a 93,9 milhões de euros. Em contrapartida, os Fundos Flexíveis beneficiaram da performance dos mercados financeiros que possibilitou uma valorização dos activos estimada em 286,6 milhões de euros. Quem se destacou, pela positiva, foram os Fundos Mistos Predominantemente Obrigações, que registaram, em 2014, um crescimento de 22,2% nos montantes sob gestão. De facto, pese embora a redução do número de Fundos em actividade, no final de 2014, os activos geridos pelos três Fundos desta subcategoria (eram sete no final de 2013) ascendiam a 152,0 milhões de euros, que comparam com apenas 124,5 milhões de euros, no final do ano anterior. Ao longo do ano foram liquidados quatro Fundos desta subcategoria, ao mesmo tempo que foi lançado um novo Fundo. No mesmo período, um Fundo Misto Predominantemente Obrigações mudou para Outros Fundos. Destes eventos, resultou um fluxo positivo para esta subcategoria no valor de 1,9 milhões de euros, a que acrescem mais 25,7 milhões de euros de novas subscrições líquidas, resultando um saldo positivo total de 27,6 milhões de euros. Este valor corresponde à totalidade do crescimento que esta subcategoria registou em 2014, sendo, assim, nulo o efeito de valorização dos activos em carteira. Evolução dos Fundos Mistos e Fundos Flexíveis em 2014 (Milhões Euro) F. Mistos Pred. Obrigações F. Mistos Pred. Acções F. Flexíveis Total F. Mistos e F. Flexíveis Subscrições Líquidas * Capitalização Activos Crescimento Total * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre categorias envolvendo Fundos Mistos e Fundos Flexíveis. Fonte: APFIPP. Os Fundos Mistos Predominantemente Acções representam a menor parcela deste segmento, gerindo, no final do ano, um total de 19,3 milhões de euros, que representa cerca de 2,0% do total dos Fundos Mistos e Fundos Flexíveis. Foram, ainda, a subcategoria com pior desempenho, de entre o segmento de Fundos Mistos e Fundos Flexíveis, registando, em 2014, um decréscimo de 8,7% nos activos sob gestão. 31

32 Ao longo de 2014, um Fundo desta subcategoria foi convertido em Fundo Flexível, enquanto um outro Fundo foi incorporado, por fusão, num Fundo de Acções. No mesmo período, foi lançado um novo Fundo Misto Predominantemente Acções. Estas ocorrências resultaram num fluxo de saída líquido no valor de 3,7 milhões de euros. Este montante foi parcialmente anulado pelas subscrições dos investidores que injectaram, no ano, 1,4 milhões de euros nos Fundos desta subcategoria. Assim, o saldo anual de entradas e saídas destes Fundos foi negativo, ascendendo a 2,3 milhões de euros. Outro factor positivo, em 2014, adveio do efeito de apreciação dos activos em carteira, que beneficiou estes Fundos, estimada em 0,4 milhões de euros. c) Fundos de Obrigações Os Fundos de Obrigações, em 2014, apresentaram um evolução bastante positiva, impulsionados por uma crescente procura por parte dos investidores e, também pela requalificação de alguns Fundos de outras categorias que se transformaram em Fundos de Obrigações ou se fundiram com Fundos de Obrigações. Considerando, em conjunto, os fluxos resultantes das mudanças de Categoria e das fusões envolvendo Fundos de Obrigações, bem como das subscrições e resgates dos Participantes, ao longo de 2014, os Fundos desta categoria registaram entradas líquidas no valor de 188,3 milhões de euros. Destes, 12,6 milhões de euros são o produto da integração de um FEI, por fusão, num Fundo de Obrigações, 145,8 milhões, favoráveis para os Fundos deste segmento, resultaram das mudanças de categoria atrás mencionadas, sendo os restantes 29,9 milhões de euros, o saldo efectivo de subscrições líquidas efectuadas pelos Participantes ao longo do ano. Assim, no final de 2014, os Fundos de Obrigações geriam um total de 1 782,6 milhões de euros, o que representa um crescimento de 14,5% em relação ao ano anterior. A performance dos mercados de dívida contribui, igualmente, para esta evolução, permitindo que a quase totalidade de Fundos de Obrigações em actividade, obtivesse rendibilidades positivas, em Estima-se que o efeito de valorização dos activos em carteira dos Fundos de Obrigações tenha ascendido, no acumulado do ano, a 37,0 milhões de euros, o que significa um retorno médio anual de cerca de 2,4%. No final de 2014, existiam 27 Fundos de Obrigações, menos três do que no final do ano anterior. Ao longo do ano, verificou-se a integração de dois Fundos vindos de outras categorias, enquanto que em sentido inverso seguiram quatro Fundos. Registou-se, ainda, a 32

33 liquidação de um Fundo de Obrigações, envolvido numa fusão com um Fundo domiciliado no Luxemburgo, não se tendo observado a constituição de qualquer novo Fundo de Obrigações. Os Fundos de Obrigações em 2014 (Milhões Euro) 2, , , , , , , , , , , Dez-2013 Mar-2014 Jun-2014 Set-2014 Dez-2014 F. Obrigações* F. Obrigações Tx Fixa F. Obrigações Tx Indexada * - Fundos de Obrigações que não se enquadram, a todo o tempo, na categoria dos Fundos de Obrigações de Taxa Indexada nem na Categoria de Fundos de Obrigações de Taxa Fixa. Fonte: APFIPP. Os Fundos de Obrigações de Taxa Indexada permaneceram a principal categoria do segmento de Fundos de Obrigações, com um total de 1 320,6 milhões de euros de activos sob gestão, o que equivale a 74,1% do valor total deste segmento. Ao longo do ano, os activos geridos por Fundos desta subcategoria apresentaram um crescimento de 4,6%. Estes Fundos beneficiaram de entradas líquidas, ao longo do ano, num total de 33,0 milhões de euros, valor que resulta, essencialmente, das alterações de classificação já referidas e que significaram a entrada de 139,1 milhões de euros. Assim, o saldo das subscrições e resgates efectuados pelos Participantes foi negativo, em 106,0 milhões de euros. O facto destes Fundos investirem em activos com perfil de risco mais conservador e, logo, com uma taxa de remuneração potencialmente inferior, poderá ter contribuído para este êxodo, com os investidores a procurarem alternativas em termos de performance. Estes Fundos beneficiaram, igualmente, das rendibilidades positivas obtidas, em 2014, estimando-se o efeito de valorização dos activos em 25,1 milhões de euros. No final de 2014, existiam 11 Fundos de Obrigações de Taxa Indexada em actividade, menos dois do que no final de Nesse ano, houve um Fundo que se passou a integrar nesta subcategoria, enquanto que dois Fundos de Obrigações de Taxa Indexada mudaram para outras categorias. Em simultâneo, verificou-se a liquidação de um Fundo, envolvido numa fusão transfronteiriça. 33

34 Evolução dos Fundos de Obrigações em 2014 (Milhões Euro) F. Obrigações Tx Indexada F. Obrigações Tx Fixa F. Obrigações** Total F. Obrigações Subscrições Líquidas* Capitalização Activos Crescimento Total * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre categorias envolvendo Fundos de Obrigações. ** - Fundos de Obrigações que não se enquadram, a todo o tempo, na categoria dos Fundos de Obrigações de Taxa Indexada nem na Categoria de Fundos de Obrigações de Taxa Fixa. Fonte: APFIPP. Os Fundos de Obrigações de Taxa Fixa terminaram o ano com um total de 359,0 milhões de euros de activos sob gestão, o que representa um acréscimo de 49,1% em relação ao final de Este desempenho é consequência, quer de um aumento da procura dos investidores, com as subscrições líquidas a ascenderem a 112,4 milhões de euros, quer à valorização dos activos em carteira, estimada em 5,9 milhões de euros. O desempenho desta subcategoria foi apenas ligeiramente prejudicado pela mudança de categoria de um Fundo, que significou a saída de 4,8 milhões de euros. Em 2014, o número de Fundos de Obrigações de Taxa Fixa reduziu-se para 12, menos um do que no ano passado, em consequência da já referida alteração de classificação de um Fundo. A subcategoria de Fundos de Obrigações, Fundos cuja política de investimento permite que possam oscilar entre Fundos de Obrigações de Taxa Indexada e Fundos de Obrigações de Taxa Fixa, apesar de ainda bastante residual, quer no que diz respeito aos montantes sob gestão (103,0 milhões de euros), quer no que diz respeito ao número de Fundos (quatro), foi a que apresentou o melhor desempenho neste segmento, com um aumento de 90,5% dos activos sob gestão. Parte deste crescimento deveu-se à mudança de categoria de um Fundo, que significou a entrada de 12,2 milhões de Euros e, também, à incorporação de um FEI num Fundo desta subcategoria, que permitiu a entrada adicional de 12,6 milhões de euros. Em contrapartida, um outro Fundo saiu desta subcategoria, mas a sua saída apenas representou 0,7 milhões de euros. 34

35 Adicionalmente, verificaram-se mais 23,5 milhões de euros de subscrições líquidas positivas e os Fundos desta subcategoria beneficiaram, igualmente, da boa performance dos activos detidos, que permitiu uma valorização de 1,3 milhões de euros. d) Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário Considerando Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário em conjunto, o total de activos sob gestão, no final de 2014, ascendeu a 2 056,5 milhões de euros, o que representa uma redução de 12,5% em relação ao final do ano anterior. Esta evolução foi significativamente afectada por diversas alterações de classificação envolvendo Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário e que levaram a uma saída, em termos líquidos, de 418,9 milhões de euros. Ainda assim, os investidores procuraram refúgio nestes instrumentos mais conservadores, o que se traduziu em subscrições líquidas positivas no valor de 109,0 milhões de euros. Deste modo, o fluxo líquido de entradas e saídas foi negativo, totalizando 309,9 milhões de euros. Apesar de pouco significativo, verificou-se, também, uma valorização dos activos em carteira, estimada em 15,6 milhões de euros. Os Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário em 2014 (Milhões Euro) 3, , , , , , , , , , , , , Dez-2013 Mar-2014 Jun-2014 Set-2014 Dez-2014 F. Mercado Monetário Fundos de Tesouraria Fonte: APFIPP. No final de 2014, existiam 11 Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário em actividade, menos sete do que no ano anterior. Esta evolução resulta, por um lado, dos processos de reclassificação atrás referidos, que se traduziram em menos quatro Fundos para este segmento e, por outro, na liquidação de três Fundos previamente existentes, um dos quais em resultado de uma fusão transfronteiriça. 35

36 Em 2014, as subcategorias deste segmento tiveram comportamentos totalmente diferentes. Por um lado, os Fundos do Mercado Monetário, mais conservadores, registaram uma subida significativa dos montantes sob gestão, terminando o ano com um total de 1 297,1 milhões de euros, mais 17,3% do que no final do ano anterior. Este desempenho resulta, essencialmente, de uma procura acrescida pelos Participantes, traduzida num saldo de subscrições líquidas positivas anual no valor de 374,7 milhões de euros. A performance desta subcategoria foi, no entanto, afectada, pela reclassificação de um Fundo que passou a Fundo de Obrigações, e que significou a saída de 191,4 milhões de euros. Assim, o fluxo total de entradas e saídas foi positivo, atingindo um valor anual de 183,4 milhões de euros. A valorização dos activos em carteira, apesar de diminuta, foi positiva, contribuindo com 7,5 milhões de euros para o crescimento observado no ano. Existem apenas três Fundos desta subcategoria, menos dois do que no ano passado, em resultado da referida reclassificação de um Fundo do Mercado Monetário e também da liquidação de um outro Fundo desta subcategoria. Pelo contrário, os Fundos de Tesouraria registaram, em 2014, uma descida pronunciada, terminando o ano com um total de 759,3 milhões de euros de activos sob gestão, menos 39,0% do que no final do ano anterior. Evolução dos F. Tesouraria e F. Mercado Monetário em 2014 (Milhões Euro) Fundos de Tesouraria F. Mercado Monetário Total F. Tesouraria e F. Mercado Monetário Subscrições Líquidas* Capitalização Activos Crescimento Total * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre categorias envolvendo Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário. Fonte: APFIPP. Esta evolução é consequência do desinvestimento dos Participantes, traduzido num saldo negativo de subscrições líquidas de 265,7 milhões de euros, a que acresce a saída de mais 36

37 227,6 milhões de euros, resultantes de alterações de classificação envolvendo Fundos de Tesouraria. Assim, em conjunto, saíram destes Fundos um total de 493,3 milhões de euros. Tal como nos Fundos do Mercado Monetário, verificou-se uma valorização dos activos detidos por Fundos de Tesouraria, estimada em 8,1 milhões de euros. No final de 2014, existiam oito Fundos de Tesouraria, menos cinco do que no final do ano anterior. Dois Fundos foram liquidados, um deles em resultado de uma operação transfronteiriça, e as mudanças de classificação de Fundos, atrás referenciadas, significaram a saída de outros três Fundos. e) Fundos de Fundos Os Fundos de Fundos registaram, em 2014, um desempenho extraordinário, com os activos sob gestão a aumentarem 172,1% em relação ao final do ano anterior, atingindo um total de 1 157,2 milhões de euros. Este resultado deveu-se, essencialmente, a uma maior aposta dos aforradores nesta tipologia de instrumentos de aforro diversificado, levando a um saldo anual de subscrições menos resgates no valor de 563,2 milhões de euros, o que equivale a cerca de 77% do crescimento observado no período. Adicionalmente, este segmento beneficiou, igualmente, da alteração de classificação de vários Fundos, o que se traduziu em novas entradas no valor de 137,9 milhões de euros. Assim, o fluxo de entradas e saídas, acumulado no ano, totalizou 701,1 milhões de euros, ou seja, 95,8% do aumento anual observado nos montantes geridos por estes Fundos. Os Fundos de Fundos em 2014 (Milhões Euro) 1, , , Dez-2013 Mar-2014 Jun-2014 Set-2014 Dez-2014 F. Fundos Pred. Acções F. Fundos Mistos F. Fundos Pred. Obrigações Fonte: APFIPP. 37

38 Estima-se que a apreciação dos activos detidos por Fundos de Fundos tenha ascendido, em 2014, a 30,8 milhões de euros. Todas as três subcategorias de Fundos de Fundos apresentaram um desempenho positivo, quer em termos de entradas líquidas, quer em termos de valorização dos activos em carteira. Os Fundos de Fundos Predominantemente Obrigações são os que registam o maior volume de activos sob gestão (921,2 milhões de euros), sendo igualmente os que registaram o maior crescimento anual, com 235,1%. Estes Fundos recolheram, ao longo do ano, um total de 466,7 milhões de euros, tendo, ainda, beneficiado com a reclassificação de um Fundo, que representou um fluxo adicional de 158,0 milhões de euros. Estes Fundos conseguiram obter, em 2014, retornos positivos para os seus participantes, estimando-se que a valorização dos activos detidos tenha contribuído com cerca de 21,6 milhões de euros para o aumento observado nos montantes sob gestão. No final de 2014, existiam oito Fundos de Fundos Predominantemente Obrigações, mais três do que no ano anterior. Esta evolução resulta do lançamento de quatro novos Fundos, a que acresce a integração de um Fundo vindo de outra categoria, e da liquidação de dois Fundos, ambos em resultado de processos de fusão. Evolução dos Fundos de Fundos em 2014 (Milhões Euro) F. Fundos Pred. Obrigações F. Fundos Mistos F. Fundos Pred. Acções Total F. Fundos Subscrições Líquidas* Capitalização Activos Crescimento Total * - Inclui o saldo da transferência de Fundos entre categorias envolvendo Fundos de Fundos. Fonte: APFIPP. Em segundo lugar, em termos de activos sob gestão, estão os Fundos de Fundos Mistos, que terminaram o ano com um total de 162,3 milhões de euros, o que representa uma subida de 85,3% em relação ao final de

39 A performance desta subcategoria foi, contudo, prejudicada pela saída de um Fundo para outra categoria, o que significou uma saída de 14,1 milhões de euros. No entanto, os novos investimentos efectuados pelos Participantes, que ascenderam a 83,4 milhões de euros, e a valorização dos activos em carteira, estimada em 5,4 milhões de euros, mais do que compensaram essa saída, justificando o crescimento observado nos activos sob gestão. No final de 2014 o número de Fundos de Fundos Mistos era semelhante ao do ano anterior, ou seja, seis. Ao longo do ano verificou-se o lançamento de dois novos Fundos, movimento que foi anulado pela liquidação, por fusão de um Fundo e pela mudança de um Fundo para outra categoria. A subcategoria de Fundos de Fundos Predominantemente Acções, para além de ser a que tem menor representatividade, em termos de activos sob gestão, foi também a que teve o desempenho mais reduzido de entre as subcategorias deste segmento. Em 31 de Dezembro de 2014, os Fundos desta subcategoria geriam um total de 73,7 milhões de euros, o que representa uma subida de 17,3% em relação ao ano anterior. Estes Fundos registaram subscrições líquidas no valor de 13,0 milhões de euros, tendo sofrido com a reclassificação de um Fundo, que levou à saída de 6,0 milhões de euros, pelo que o fluxo total de entradas e saídas cifrou-se em 7,0 milhões de euros. Tal como nas restantes subcategorias deste segmento, também os Fundos de Fundos Predominantemente Acções beneficiaram da valorização dos activos em carteira, estimada em 3,8 milhões de euros. No final do ano, existiam quatro Fundos de Fundos Predominantemente Acções, menos um do que em 2013, em resultado da referida reclassificação de um Fundo. Ao nível das aplicações dos Fundos de Fundos, os investimentos em Fundos Estrangeiros representam a quase totalidade dos activos em carteira, com uma parcela de 81,8%. Os Fundos nacionais representam apenas 6,6% da carteira. Tendo em conta que os Fundos de Fundos Predominantemente Obrigações são os que representam a maior parcela deste segmento e que, tipicamente, não investem mais de 1/3 da carteira em Fundos de Acções, é natural que os Fundos de Obrigações sejam os que têm mais peso na estrutura da carteira dos Fundos de Fundos. No final de 2014, os Fundos de Obrigações pesavam 51,0%, os Fundos de Acções representavam 31,3% das carteiras, enquanto que Fundos de outras tipologias eram responsáveis por 6,0% das aplicações dos Fundos de Fundos. 39

40 Evolução das Aplicações dos Fundos de Fundos 100% 80% 60% 40% Liquidez + Outros Valores Outros F. Estrangeiros F. Obrigações Estrangeiros F. de Acções Estrangeiros Outros F. Portugueses F. Tesouraria Portugueses 20% 0% F. Obrigações Portugueses F. de Acções Portugueses Fonte: APFIPP. f) Fundos Especiais de Investimento (FEI) 12 Os FEI são Fundos não-harmonizados, que não cumprem as regras de investimento previstas na Directiva Europeia sobre Fundos de Investimento Mobiliário (Directiva UCITS), beneficiando de disposições mais flexíveis, que possibilitam diferentes estratégias e políticas de investimentos. No final do segundo trimestre de 2014, a APFIPP entendeu eliminar a subcategoria de FEI Imobiliários, na medida em que as alterações legislativas e regulamentares implementadas em 2013 impedem o cumprimento dos critérios definidos na metodologia de Classificação de Fundos da APFIPP, uma vez que não permitem mais de 25% das carteiras aplicadas em activos imobiliários (a metodologia da APFIPP previa um mínimo de 2/3 da carteira). Os FEI continuaram a demonstrar, em 2014, uma evolução negativa, tendência que se iniciou em 2013, com a aprovação de novas regras relativas aos limites aplicáveis aos investimentos destes instrumentos. Assim, no final de 2014, os FEI geriam um total de 3 014,9 milhões de euros, menos 32,6% do que no final de Inclui apenas os F.E.I. que não têm uma política de investimentos desenhada de forma a procurar garantir, no final de um prazo pré-estabelecido, o capital inicialmente investido e/ou uma rendibilidade mínima. 40

41 Esta evolução resulta, essencialmente, do desinvestimento por parte dos aforradores, que retiraram 1 320,4 milhões de euros, valor a que acresce um montante de 27,7 milhões de euros, correspondente à reclassificação de um FEI como Fundo Flexível. Adicionalmente, também a performance dos activos em carteira foi negativa, estimando-se uma desvalorização acumulada no ano, no valor de 107,6 milhões de euros. No final de 2014, existiam 45 FEI em actividade, menos nove do que no final do ano passado. Ao longo do ano foram liquidados 10 FEI, sete dos quais por terem chegado ao fim do prazo pelo qual haviam sido inicialmente constituídos, enquanto que, no mesmo período, apenas dois novos Fundos foram lançados. Tal como já referido, em 2014, verificou-se, também, a conversão de um FEI em Fundo Flexível. Os Fundos Especiais de Investimento em 2014 (Milhões Euro) 5, , , , , , , , , Dez-2013 Mar-2014 Jun-2014 Set-2014 Dez-2014 Outros F.E.I. F.E.I. Flexíveis F.E.I. Imobiliários F.E.I. Mistos F.E.I. Curto Prazo F.E.I. Monetário F.E.I. Monetário Curto Prazo F.E.I. Retorno Absoluto F.E.I. Obrigações Fonte: APFIPP. Quase todas as subcategorias de FEI tiveram, em 2014, um desempenho negativo. Apenas os FEI Monetário, os FEI Mistos e os Outros FEI registaram uma evolução positiva em termos de activos sob gestão, com um crescimento de 2,6%, 6,5% e 7,4%, respectivamente. Deve-se referir, no entanto, que o crescimento dos Outros FEI ficou a dever-se exclusivamente à reclassificação de alguns FEI que foram colocados nesta subcategoria. Descontando este efeito, esta subcategoria de Fundos teria registado um decréscimo de 26,3%. A subcategoria de FEI com maior volume de activos sob gestão foi, assim, a dos Outros FEI, com 895,4 milhões de euros (29,7% do total deste segmento). Esta subcategoria é composta pelos Fundos que, pelas suas características e política de investimentos, não são passíveis de integrar nenhuma das restantes subcategorias de FEI. 41

42 Tal como já referido, foi a subcategoria de FEI que registou a melhor performance, com uma subida de 7,4% nos activos sob gestão, muito embora esse desempenho se deva, exclusivamente, à integração de diversos FEI vindos de outras subcategorias deste segmento. Em 2014, estes Fundos tiveram subscrições líquidas negativas no valor de 313,6 milhões de euros e a evolução foi igualmente prejudicada pela desvalorização dos activos em carteira, estimada em 5,9 milhões de euros. No entanto, as operações de mudança de categoria significaram a entrada de 381,4 milhões de euros, permitindo, assim, o crescimento dos montantes sob gestão. No final de 2014 existiam 14 Outros FEI, mais um do que em Ao longo do ano foram liquidados sete Fundos, todos por terem chegado ao final da maturidade prevista nos respectivos documentos constitutivos. Em contrapartida oito Fundos foram integrados em Outros FEI, originários de outras subcategorias de FEI. No segundo lugar estão os FEI Monetários que geriam, em 31 de Dezembro de 2014, 739,6 milhões de euros, valor que representa 24,5% do total. Os FEI Monetários, tal como os FEI Monetários de Curto Prazo, investem em instrumentos do mercado monetário e depósitos com elevada qualidade, tendo restrições em relação à maturidade e duração tanto de cada um dos activos detidos como da média da respectiva carteira. Os FEI Monetários conseguiram obter subscrições líquidas positivas, no valor de 13,2 milhões de euros, beneficiando, igualmente, da valorização dos activos detidos, estimada em 5,3 milhões de euros. Existia apenas um FEI Monetário, o mesmo que no final de O terceiro lugar pertence aos FEI de obrigações que geriam, no final do ano, 621,6 milhões e euros, ou seja, 20,6% do total. Estes Fundos privilegiam as aplicações em títulos de dívida, investindo um mínimo de 2/3 da carteira nesta classe de activos. Em 2014, estes Fundos decresceram 35,2%, o que se deveu, em partes quase iguais, à passagem de seis Fundos para outras subcategorias de FEI e ao desinvestimento por parte dos aforradores. As subscrições líquidas foram negativas, em 2014, totalizando 116,9 milhões de euros, a que acrescem mais 123,5 milhões de euros, resultantes da referida saída de Fundos para outras categorias. 42

43 No quarto lugar deste segmento surgem os FEI Monetários de Curto Prazo, que geriam, no final de 2014, activos no valor de 452,7 milhões de euros, o que representa 15,0% do total de FEI e uma redução de 18,2% em relação a Estes Fundos registaram subscrições líquidas negativas de 102,1 milhões de euros, valor que inclui 12,6 milhões de euros relativos à liquidação de um Fundo, por fusão com um Fundo de Obrigações. Evolução dos Fundos Especiais de Investimento em 2014 (Milhões Euro) Subscrições Líquidas* Capitalização Activos Crescimento Total * - Inclui o saldo da transferência de Fundos envolvendo Fundos Especiais de Investimento. Fonte: APFIPP. Pela negativa, merece destaque a subcategoria de FEI de Curto Prazo, que inclui os FEI que investem um mínimo de 85% em activos com maturidade residual inferior a um ano. No final de 2014, estes Fundos geriam 226,3 milhões de Euros, menos 74,0% do que no final de Este desempenho poderia ter sido mais negativo, não fosse a reclassificação de um Fundo anteriormente integrado nos FEI de Obrigações e que significou a entrada de 8,5 milhões de euros, um valor muito residual face aos 664,5 milhões de euros de subscrições líquidas negativas que estes Fundos registaram em As restantes subcategorias de FEI geriam, em conjunto, 79,4 milhões de euros, o equivalente a 2,6% do total deste segmento. Durante o ano, acumularam subscrições líquidas negativas no montante total de 6,5 milhões de euros. 43

44 g) Fundos com Protecção de Capital No final de 2014, existiam 10 Fundos com Protecção de Capital em actividade, que geriam, nessa data, 347,1 milhões de euros. Os Fundos com Protecção de Capital em Montantes (Milhões de Euros) Número de Fundos Dez-2013 Mar-2014 Jun-2014 Set-2014 Dez-2014 Fonte: APFIPP. Estes valores representam um decréscimo de 33,4% nos montantes sob gestão, que resulta, maioritariamente, da liquidação de 11 Fundos, observada ao longo de Evolução dos Fundos com Protecção de Capital em 2014 (Milhões Euro) Subscrições Líquidas Capitalização Activos Crescimento Total º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total Fonte: APFIPP. Os Fundos com Protecção de Capital são maioritariamente lançados com duração pré-determinada, sendo a liquidação dos Fundos acima referida motivada pela chegada ao 44

45 termo do prazo pelo qual os Fundos haviam sido inicialmente constituídos. Ao longo de 2014 não surgiu qualquer novo Fundo com Protecção de Capital. Os 11 Fundos liquidados implicaram saídas no valor de 150,3 milhões de euros, o que representa cerca de 86,5% do decréscimo observado. Adicionalmente, os Fundos com Protecção de Capital registaram ainda mais 20,4 milhões de euros de subscrições líquidas negativas, pelo que o fluxo de saídas totalizou, no ano, 170,7 milhões de euros, ou seja, 98,3% da redução dos activos sob gestão. Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.) A. Os F.I.I. em Portugal O segmento dos F.I.I., em Portugal, registou, em 2014, uma redução acentuada dos montantes sob gestão. De facto, no final de 2014, os F.I.I. nacionais eram responsáveis por um património líquido no valor de ,1 milhões de euros, o que traduz um decréscimo de 7,3% em relação ao ano anterior. Estima-se que, ao longo do ano, se tenha registado um fluxo de saída de capitais, com um valor líquido total de cerca de 312 milhões de euros, que explica cerca de 35% da evolução observada. O restante justifica-se pela desvalorização dos imóveis em carteira e, também, pela distribuição de rendimentos operada por vários F.I.I., em Quase todas as categorias de F.I.I. tiveram, em 2014, um desempenho negativo. A única excepção são os Fundos de Reabilitação, que registaram um crescimento de 1,3%. Para além do crescimento não ser significativo, esta é também uma das menores categorias de F.I.I., gerindo apenas 64,2 milhões de euros, o que representa 0,6 % do total do mercado nacional. Em 31 de Dezembro de 2014, existiam 248 F.I.I. em actividade, menos seis do que no ano anterior. Ao longo do ano, de facto, foram liquidados seis Fundos, todos pertencentes à categoria dos Fundos Fechados, A maior das categorias de F.I.I. é a dos Fundos Fechados, quer em número de Fundos em actividade (211), quer em valor líquido sob gestão (6 170,2 milhões de euros ou 54,1% do total). 45

46 Os Fundos de Investimento Imobiliário em 2014 (Milhões Euro) 14, , , , , , , Dez-2013 Mar-2014 Jun-2014 Set-2014 Dez-2014 F. Fechados F. Florestais F. Reabilitação F.I.I.A.H.'s F. Abertos Rendimento F. Abertos Acumulação Fonte: APFIPP; CMVM. Em 2014, os Fundos desta categoria registaram uma redução de 3,8% no valor líquido sob gestão, apenas residualmente explicada pela liquidação dos seis Fundos atrás referida, uma vez que, à data da liquidação, esses Fundos geriam 19,5 milhões de euros, o equivalente a 8,1% do decréscimo observado. O remanescente ficou a dever-se quer a distribuição de rendimentos quer, essencialmente, à desvalorização dos imóveis em carteira. Em segundo lugar, surgem os Fundos Abertos de Acumulação, que terminaram o ano com um valor líquido sob gestão de 2 102,5 milhões de euros, o que representa 18,4% do total e traduz uma diminuição de 4,4% em relação a Logo a seguir surgem os Fundos Abertos de Rendimento, com um valor líquido global sob gestão de 1 581,5 milhões de euros, o que significa 13,9% do total. Foram, em 2014, a categoria de F.I.I. com pior desempenho, registando uma redução de 18,9%. Outra Categoria em destaque pela negativa foi a dos Fundos de Investimento Imobiliário para o Arrendamento Habitacional (FIIAH), que após vários anos de crescimento, registaram, em 2014, uma quebra de 11,5%, chegando ao final do ano com um valor líquido global sob gestão de 1 426,3 milhões de euros. Os Fundos Florestais, tal como os Fundos de Reabilitação mantêm-se como residuais, no conjunto dos F.I.I. nacionais, sendo responsáveis por um património líquido de 53,4 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 0,4% em relação ao final de O desempenho das categorias de F.I.I. Abertos, em 2014, permanece marcado tanto pelo desinvestimento por parte dos aforradores, estimando-se que o saldo anual de subscrições 46

47 líquidas tenha sido negativo em cerca de 290 milhões de euros, como pela depreciação dos activos em carteira, estimada em 153 milhões de euros. Embora ambas com uma redução do património líquido, as subcategorias de Fundos Abertos tiveram desempenhos diferenciados, em Os F.I.I. Abertos de Acumulação conseguiram obter subscrições líquidas positivas que se estima terem atingido um valor acumulado anual de 17 milhões de euros, que permitiu atenuar a desvalorização que sofreram os seus imóveis, estimada em 115,1 milhões de euros. Os Fundos Abertos de Rendimento foram mais penalizados pelos investidores que retiraram cerca de 308 milhões de euros, muito embora a desvalorização dos activos não tenha sido tão acentuada como nos Fundos de Acumulação, estimando-se que tenha atingido os 38 milhões de euros, ao longo de Evolução dos Fundos de Investimento Imobiliário Abertos em 2014 (Milhões Euro) F. Abertos Acumulação F. Abertos Rendimento Total F. Abertos Subscrições Líquidas* Rendimentos Distribuídos* Valorização dos activos* Crescimento Total das Carteiras * - Estimativas. Fonte: APFIPP. O património imobiliário nas carteiras dos Fundos de Investimento (inclui terrenos, imóveis, UP s de F.I.I. e participações em sociedades imobiliárias), em 31 de Dezembro de 2014, estava registado por ,4 milhões de euros, o que representa 117,0% do Valor Líquido global dos F.I.I.. Tal só é possível devido à hipótese de alavancagem dos Fundos, através do recurso ao endividamento. O valor do endividamento, na mesma data, ascendia a 2 330,7 milhões de euros, verificando-se uma redução de 12,6% em relação ao ano anterior. Os imóveis arrendados representam 58,6% da carteira dos F.I.I., demonstrando a vocação destes Fundos para o investimento em activos que são colocados no mercado de arrendamento. Os terrenos e projectos de construção representam, em conjunto, 29,7% do 47

48 total de F.I.I., em resultado da existência de um elevado número de Fundos, essencialmente de Fundos Fechados e de Fundos de Reabilitação, que têm como objectivo principal das suas políticas de investimento o desenvolvimento de um ou mais projectos imobiliários que, depois, são colocados no mercado para venda e/ou arrendamento. Composição da Carteira dos F.I.I. - Dezembro 2014 Sociedades Imobiliárias 3.7% UP's FII 0.7% Direitos 0.5% Imóveis não Arrendados 24.0% Outros Valores -17.0% Terrenos 17.9% Projectos Construção 11.8% Imóveis Arrendados 58.6% Fonte: APFIPP. Os imóveis devolutos representam uma parcela significativa da carteira dos F.I.I., equivalente a 24,0% do respectivo Valor Líquido Global (VLG), um valor inferior ao que se verificava um ano antes (24,9%). Finalidade dos Imóveis* detidos pelos F.I.I. - Dezembro 2014 Outros 30.3% Habitação 18.5% Comércio 17.4% Industrial 0.9% Serviços 32.9% * - Não inclui Terrenos nem Direitos. Fonte: CMVM. 48

49 O sector de serviços, onde predominam os escritórios para arrendamento continua a ser uma das principais vocações dos imóveis detidos pelos F.I.I., representando 32,9% do seu total. Também o segmento de Outros, onde se destacam os imóveis destinados a armazéns e logística, tem uma importância muito relevante na carteira de imóveis dos F.I.I., detendo uma quota de 30,3%. O sector do comércio, que inclui lojas de rua e centros comerciais, por exemplo, é responsável por 17,4% da carteira de imóveis dos F.I.I., enquanto que os imóveis destinados a Habitação representam 18,5%. Os imóveis com fins industriais representam apenas 0,9% da carteira dos F.I.I.. B. Os F.I.I. na Europa No conjunto dos países europeus representados pela EFAMA, em 31 de Dezembro de 2014, os F.I.I. geriam um total de 304,3 mil milhões de euros, o que traduz um crescimento de 8,0% em relação a Os F.I.I. na Europa em ,000 80,000 60,000 40,000 20, , % 80% 60% 40% 20% 0% -20% Montantes 2014 (Milhões Euro) Crescimento 2014 (%) Fonte: EFAMA. Na Europa, Portugal ocupa o oitavo lugar em termos de activos sob gestão, num ranking liderado pela Alemanha, com 81,0 mil milhões de euros, pela França com 67,0 mil milhões de euros e pela Itália, com 41,6 mil milhões de euros. 49

50 Os mercados que obtiveram o maior crescimento, em termos de activos geridos por F.I.I., foram o Reino Unido, com 46,8%, a Grécia, com 41,8% e a Irlanda, com 28,5%. Pela negativa, em 2014, deve ser realçada a evolução dos F.I.I. em Espanha (menos 47,2%), no Luxemburgo (menos 32,6%) e na Polónia (menos 17,1%). Organismos de Investimento Colectivo (OIC) Estrangeiros Evolução da Comercialização de Fundos Estrangeiros em Portugal (Milhões Euro) 2, , , , , , , Fonte: CMVM. A comercialização de Organismos de Investimento Colectivo Estrangeiros, através de canais de retalho, tem vindo a ganhar crescente importância nos últimos anos, fruto de uma maior aposta de grandes Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento Internacionais no nosso mercado e, simultaneamente, uma maior procura e melhor acesso a estes instrumentos financeiros por parte dos aforradores nacionais. Em 2014, manteve-se esta tendência crescente, com os montantes de OIC Estrangeiros a aumentar 91,5%, para 1 996,8 milhões de euros, o que representa 8,7% do mercado nacional de Fundos de Investimento (considerando FIM e FII), valor que sobe para 17,2% se considerarmos apenas os FIM, uma vez que a quase totalidade de OIC Estrangeiros comercializados em Portugal são Fundos Mobiliários. Este desempenho ficou a dever-se, como já referido, a uma maior procura por parte dos aforradores nacionais, que originou um fluxo de investimento líquido, ao longo do ano, no 50

51 valor de 1 095,0 milhões de euros, justificando, por inteiro, o crescimento observado nos montantes colocados por Fundos Estrangeiros junto de investidores de retalho nacionais. No que se refere à performance das participações de Fundos Estrangeiros detidos por investidores de retalho portugueses, estima-se que a mesma tenha sido negativa, em 2014, com a desvalorização dessas posições a ascender a 141,0 milhões de euros. O Crescimento dos Fundos Estrangeiros em 2014 (Milhões Euro) 1, , Subscrições Líquidas Capitalização Activos º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total Fonte: CMVM. Gestão de Patrimónios A Gestão de Patrimónios desempenha um papel muito importante na intermediação financeira, permitindo o investimento de forma profissional das carteiras de activos financeiros de grandes investidores institucionais, como Seguradoras e Fundos de Pensões, mas também de particulares com patrimónios elevados. São vários os tipos de entidades que podem gerir patrimónios ou, dito de outra forma, que podem exercer a actividade de gestão discricionária de carteiras por conta de outrem. As principais, em termos de volume de activos sob gestão, são as Sociedades Gestoras de Patrimónios (SGP) e as Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento Mobiliário (SGFIM) que, em conjunto, representam 92,2% deste mercado. No final de 2014, o valor das carteiras sob Gestão Discricionária ascendia a ,0 milhões de euros, mais 0,7% do que no ano anterior. 51

52 O Mercado Nacional de Gestão de Patrimónios em 2014 (Milhões Euro) 70, , , , ,000.0 Outras Entidades Bancos S.G.F.I.M. Soc. Gest. Património 20, , Dez-2013 Mar-2014 Jun-2014 Set-2014 Dez-2014 Fonte: CMVM. As SGFIM lideram este segmento, tendo terminado o ano com ,4 milhões de euros, o que representa 63,0% deste mercado. Ao longo do ano, os activos sob gestão por este tipo de entidades aumentaram 17,9%. As SGP ocupavam a segunda posição deste ranking, com ,6 milhões de euros, reflectindo uma quebra significativa de 25,4%, em relação ao final de Estrutura de Cliente da Gestão de Patrimónios em 2014* Fundos de Investimento 2.4% Outros Investidores 13.0% Particulares 1.2% Fundações 0.1% Fundos de Pensões 19.9% Seguradoras 63.4% * - Apenas são considerados os valores geridos por 11 Instituições Financeiras. No final de Dezembro de 2014, estas Sociedades eram responsáveis 90,7% do valor total de Gestão Discricionária. Fonte: APFIPP. A Gestão de Patrimónios efectuada por Bancos e outras instituições financeiras totalizou, no final do ano, 4 672,9 milhões de euros, o que traduz um aumento de 15,0% em relação ao ano anterior. 52

53 A grande maioria das carteiras sob gestão, em termos de volume, é referente a clientes institucionais: 19,9% dos montantes dizem respeito a mandatos concedidos por Fundos de Pensões, 63,4% são carteiras pertencentes a Seguradoras e outros 2,4% pertencem a Fundos de Investimento. As restantes categorias de clientes, que incluem os particulares, representam 14,3% do total. No final do ano passado, as carteiras sob Gestão Discricionária privilegiavam as aplicações em títulos representativos de dívida, pública e privada, que ascendiam, em conjunto, a 70,2% do seu total, mais 2,9 pontos percentuais do que no final de Nos mercados de dívida soberana, a redução contínua das respectivas yields praticadas em relação aos países Europeus, tem levado a um aumento significativo do peso das aplicações em títulos representativos de dívida pública. No final de 2014, este tipo de activos representava 39,1% das carteiras de Gestão Discricionária, mais 6,4 pontos percentuais do que em Estrutura das Carteiras de Gestão de Patrimónios em 2014* Acções 6.8% Liquidez e Outros Activos 15.3% UP's F. Investimento 7.7% Obrigações 31.0% Dívida Pública 39.1% * - Apenas são considerados os valores geridos por 11 Instituições Financeiras. No final de Dezembro de 2014, estas Sociedades eram responsáveis 90.7% do valor total de Gestão Discricionária. Fonte: APFIPP. Já no que respeita à dívida corporate, houve uma redução do peso desta classe de activos de 34,5%, no final de 2013, para 31,0%, em As aplicações em Liquidez e Outros Activos mantêm um peso significativo na estrutura das carteiras de Gestão Discricionária. Em 31 de Dezembro de 2014, representavam 15,3% do total sob gestão, 3,6 pontos percentuais a menos do que em igual período de Em resultado da melhoria da conjuntura económica e das perspectivas em relação à performance dos mercados accionistas, o peso das acções em carteira reforçou-se para 7,0%, que compara com 4,7%, valor que ostentava no final do ano anterior. 53

54 O investimento indirecto, através de Fundos de Investimento, continua a representar uma parcela significativa das aplicações das carteiras sob gestão discricionária, embora se tenha verificado uma redução, ao longo de No final do ano, este tipo de instrumentos financeiros representavam 7,7% das aplicações totais, menos 1,5 pontos percentuais do que em Fundos de Pensões Em 2014, o mercado de Fundos de Pensões nacionais prosseguiu a tendência de crescimento que vinha registando nos dois anos anteriores. De facto, os Fundos de Pensões terminaram o ano com um total de ,2 milhões de euros, mais 13,1 do que no final do ano anterior. O Mercado de Fundos de Pensões em 2014 (Milhões Euro) 18, , , , , , , , , , , , , , , , , , , Dez-2013 Mar-2014 Jun-2014 Set-2014 Dez-2014 F. Pensões Seguradoras F.Pensões SGFP Fonte: ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. De acordo com a legislação em vigor, a gestão de Fundos de Pensões pode ser efectuada por Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões (SGFP) e por Empresas de Seguros do Ramo Vida. As SGFP gerem a maioria dos Fundos de Pensões nacionais, detendo uma quota de 84,6% deste mercado. Foram, igualmente, as Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões as que tiveram melhor desempenho, com os montantes dos respectivos Fundos de Pensões sob gestão a aumentarem 14,2%, para ,2 milhões de euros. Os Fundos de Pensões geridos pelas Seguradoras cresceram apenas 7,3%, para 2 633,0 milhões de euros. 54

55 Os Fundos de Pensões Fechados constituem a maior parcela dos Fundos de Pensões, com um total de ,5 milhões de euros ou 89,2% do total. Todas as categorias de Fundos de Pensões, com excepção da dos PPA, registaram um crescimento dos montantes sob gestão, ao longo de 2014, destacando-se, contudo, o desempenho dos Outros Fundos de Pensões Abertos, com uma subida de 36,3%, para 1 432,4 milhões de euros. O Mercado de Fundos de Pensões em 2014 Outros Abertos 8.4% PPA 0.0% PPR 2.5% Fechados 89.2% Fonte: ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Este tipo de Fundos de Pensões tem sido o veículo privilegiado pelas pequenas e médias empresas nacionais na hora de constituir um complemento de reforma para os seus colaboradores. Os Fundos de Pensões Fechados registaram um crescimento de 11,3%, em 2014, enquanto que os Fundos PPR aumentaram em 14,6% os activos sob gestão, terminando o ano com um total de 420,6 milhões de euros. Como referido, os Fundos PPA foram os únicos que registaram um decréscimo dos montantes sob gestão (-46,7%), penalizados pelo desinvestimento dos Participantes que, desde que estes instrumentos financeiros perderam os benefícios fiscais, têm optado por outro tipo de aplicações. O desempenho do mercado accionista português, onde estes Fundos efectuam a quase totalidade das suas aplicações ajuda, igualmente, a explicar esta performance. Assim, o valor gerido por Fundos PPA é cada vez mais residual, ascendendo a 1,8 milhões de euros, no final de Analisando a composição da carteira dos Fundos de Pensões, evidencia-se uma maior predominância de activos com um perfil de risco de longo prazo, o que se compreende tendo 55

56 em conta a natureza e objectivos deste tipo de veículos, que se destinam ao financiamento de complementos de reforma e têm, por isso, horizontes de investimento mais longos. Assim, o peso das Acções é de 9,4%, sendo, igualmente, de destacar a percentagem de imóveis detidos (8,7%). Ao investimento directo nestas classes de activos devem ainda ser acrescentadas as aplicações através de Fundos de Investimento. As aplicações indirectas nos mercados financeiros, fazendo uso de Fundos de Investimento, Mobiliário e Imobiliário, representavam, no final do ano passado, cerca de um quarto das aplicações dos Fundos de Pensões. Estrutura das Carteiras de Fundos de Pensões em 2014 Liquidez e outros activos 15.5% Dívida Pública 26.5% Terrenos e edifícios 8.7% Obrigações 15.1% F. Investimento 24.7% Acções 9.4% Fonte: ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. O investimento em títulos de dívida pública pesava 26,5% na estrutura da carteira dos Fundos de Pensões, enquanto que as aplicações em obrigações de empresas e outros títulos de dívida privada representavam 15,1% do total de activos geridos. Planos de Poupança Reforma (PPR) O segmento dos PPR obteve um bom desempenho, em 2014, com o valor dos respectivos montantes sob gestão e provisões técnicas a aumentarem 9,9%, para ,0 milhões de euros, o valor mais elevado desde Os PPR constituídos sob a forma de seguro, por terem, em muitos casos, associada a garantia do capital e, por vezes também, a garantia de uma rendibilidade mínima, mantêm-se como a classe de PPR mais popular junto dos portugueses. 56

57 No final de 2014, os PPR constituídos sob a forma de Seguro representavam 90,6% do valor total de PPR, o que significava ,2 milhões de euros em provisões técnicas 13. Estes PPR registaram, em 2014, um crescimento de 10,4%. Evolução das aplicações em PPR (Milhões Euro) 18, , , , , , , , , , , , , F. Pensões F. Investimento Seguros* * - Provisões Técnicas. Fonte: APFIPP e ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Os Fundos de Investimento ocupam a segunda posição, com um total de 984,2 milhões de euros, o que equivale a uma quota de 6,6% do total de PPR. Em 2014, foram a tipologia de PPR que registou o menor crescimento dos montantes face ao ano anterior, tendo aumentado somente 2,4%. No terceiro lugar, estão os Fundos de Pensões, com um total de 420,6 milhões de euros, que traduzem uma quota de 2,8% no segmento dos PPR. Ao longo de 2014, os PPR sob a forma de Fundos de Pensões foram os que registaram o melhor desempenho, com um aumento de 14,6% dos montantes sob gestão. 13 Fonte: ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. 57

58 IV ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS O ano de 2014 registou, mais uma vez, uma elevada componente de análise legislativa e regulatória, exigindo um atento acompanhamento por parte da APFIPP de diversas matérias relacionadas com a actividade de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões em Portugal, e, particularmente, de importantes e fundamentais dossiers para o futuro da indústria nacional de Fundos de Investimento. 1. Fiscalidade 1.1. Revisão do Regime Fiscal dos OIC Uma das medidas mais relevantes, contempladas na Lei n.º 83-C/2013, de 31 de Dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 2014, foi o enquadramento de uma autorização legislativa com vista à revisão do regime fiscal dos Organismos de Investimento Colectivo, possibilitando, por esta via, proceder a uma reorganização das regras de apuramento do imposto, em consonância com as práticas internacionais. Sendo esta temática de crucial relevância para a sobrevivência da indústria nacional de Fundos de Investimento, tanto Mobiliários como Imobiliários, foi alvo de cuidada monitorização por parte da Associação ao longo do ano transacto. Para além do acompanhamento do processo que conduziu à publicação da Declaração de Rectificação n.º 11/2014, de 24 de Fevereiro, motivada por lapso ocorrido na publicação do artigo 241.º relativo a Autorização legislativa para revisão do regime fiscal dos organismos de investimento colectivo da Lei que aprovou o Orçamento do Estado para 2014, uma vez que não correspondia, na íntegra, ao texto votado e aprovado em reunião plenária da Assembleia da República, de 26 de Novembro de 2013, a Associação desenvolveu diversos contactos com as autoridades oficiais, no sentido de partilhar as suas reflexões sobre aspectos mais técnicos associados à implementação de um sistema de tributação à saída. Nestes contactos, reiterou a sua convicção relativamente à urgência da concretização de tão relevante iniciativa, essencial para a manutenção e o desenvolvimento da actividade nacional de Gestão de Fundos de Investimento, num mercado que já é verdadeiramente único em termos europeus, com a implementação de passaportes, tanto ao nível dos Fundos, como das Gestoras. 58

59 Já no encerrar do ano, foi com satisfação que se registou, no Comunicado do Conselho de Ministros de 27 de Novembro de 2014, a confirmação da concretização da referida autorização legislativa, prevendo para o efeito a alteração do Estatuto dos Benefícios Fiscais e do Código do Imposto do Selo, no sentido de adoptar um regime de tributação à saída, passando, assim, a tributar em Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) e Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) os rendimentos auferidos pelos investidores, isentando praticamente os Fundos, à semelhança do realizado noutras jurisdições europeias. Esta será, obrigatoriamente, uma matéria a monitorizar pela APFIPP em 2015, por forma a auxiliar as suas Associadas Gestoras de Fundos de Investimento na transição para o novo sistema e na implementação de todos os processos inerentes à mudança do quadro fiscal destes instrumentos de aforro Orçamento do Estado Ano 2014 Para além da autorização legislativa com vista à revisão do regime de tributação dos Organismos de Investimento Colectivo, referida no ponto anterior, outras alterações enquadradas no Orçamento do Estado para 2014 exigiram o necessário acompanhamento e actuação da Associação, com o objectivo de obter clarificação sobre o seu âmbito e alcance, nomeadamente, no que se refere aos ajustamentos efectuados ao regime de tributação dos Fundos de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional (FIIAH) e dos Fundos de Investimento Imobiliário em Recursos Florestais (FIIRF), em particular sobre: i) A definição do conceito de prédio urbano destinado ao arrendamento para habitação permanente; ii) A norma transitória no âmbito do regime especial aplicável aos FIIAH e SIIAH, que prevê condições resolutivas das isenções de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), para os imóveis adquiridos pelos Fundos antes da entrada em vigor da nova redacção da norma e aos factos tributários entretanto já decorridos; e iii) Alterações de rácios específicos de composição dos FIIRF e o seu reajustamento em casos de aumento de capital. A respeito destes temas, aguarda-se, ainda, o respectivo esclarecimento solicitado. 59

60 Seguindo a prática adoptada nos anos anteriores, a APFIPP solicitou a uma consultora fiscal a análise do impacto das alterações introduzidas pelo Orçamento do Estado para 2014, bem como da Reforma do Código do IRC e das recentes alterações na Segurança Social, na esfera das actividades representadas pela Associação, tendo os resultados do trabalho realizado sido apresentados às suas Associadas em sessão especialmente organizada para o efeito. No âmbito da apreciação pública, da Proposta de Lei n.º 193/XII, que procedeu à primeira alteração à Lei n.º 83-C/2013, de 31 de Dezembro, foi ainda submetida à Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, carta com algumas observações a respeito da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), consubstanciada no artigo 76.º do diploma que aprova o Orçamento do Estado para Neste contexto, a APFIPP reiterou a necessidade de se proceder a uma clarificação total do âmbito de aplicação da CES, de modo a dirimir todas as dúvidas interpretativas sobre a sua incidência. Em especial, no intuito de evitar que alastre a desconfiança e inerente desinteresse em poupar para a constituição de benefícios de reforma, resultantes de regimes complementares privados, contrariando, assim, o que se deveria estar a implementar fortemente em Portugal, ou seja, a promoção de sistemas complementares de reforma que assegurem, no futuro, a manutenção de uma vida digna a quem trabalhou durante décadas para esse fim Ano 2015 No âmbito dos trabalhos preparatórios do Orçamento do Estado para 2015, e à semelhança dos anos anteriores, a APFIPP apresentou, ao Ministério das Finanças, um conjunto de propostas que se entendeu poderem contribuir para a dinamização e reforço da intervenção dos Fundos de Investimento na economia nacional, como completo à medida que de facto se crê ser fundamental e que se reveste na revisão do Regime de Tributação dos Organismos de Investimento Colectivo, como veio a verificar-se no final do ano transacto. Das medidas que se submeteram, apenas uma constituiu novidade, que se prendeu com a possibilidade do benefício consagrado no artigo 60.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais ser alargado aos Organismos de Investimento Colectivo, assegurando a neutralidade fiscal em situações inerentes a operações de concentração, reestruturação e reorganização associadas a este tipo de veículos de investimento, atento o importante papel regulador que os mesmos assumem no mercado de capitais e enquanto fomentadores da poupança. As restantes sugestões, centraram-se na actividade dos Fundos de Investimento Imobiliário, já oportunamente apresentadas à Tutela anteriormente, mas que dada a sua relevância e actualidade foram novamente reiteradas pela Associação. 60

61 No quadro da discussão do Orçamento do Estado para 2015 (Proposta de Lei n.º 254/XII), e das preocupações que a APFIPP tem vindo reiteradamente a manifestar relativamente à sustentabilidade do Sistema Público de Pensões e da sua adequação à cobertura das necessidades dos reformados actuais e futuros, a Associação remeteu, ainda, à Comissão do Orçamento, Finanças e Administração Pública da Assembleia da República, bem como a diversos Grupos Parlamentares, um conjunto de ideias com vista à dinamização da poupança na esfera do 2.º Pilar da Segurança Social. As referidas propostas, que tiveram, naturalmente, em consideração as restrições orçamentais existentes, compreenderam os seguintes três eixos de actuação: i) Introdução da possibilidade das contribuições para os Planos Complementares de Pensões que as empresas venham a criar para os respectivos trabalhadores, usufruírem de uma majoração de 50%, nos primeiros 5 anos de vigência dos referidos Planos, condicionada a planos que confiram direitos adquiridos aos trabalhadores ou resultem de contratação colectiva; ii) Criação de um regime, pelo menos neutral, entre os recebimentos em renda e os reembolsos em capital, isentando-se 1/3 do benefício quando reembolsado em forma de renda; iii) Instituição da possibilidade das contribuições próprias, no âmbito de um Plano de Pensões de 2.º Pilar, beneficiarem da dedução à colecta de 15% do valor das entregas efectuadas, limitadas a 10% do rendimento colectável, num máximo de 3.500, não podendo a dedução máxima à colecta ser superior a 525. No dia 31 de Dezembro de 2014, foi publicada a Lei n.º 82-B/2014 (Orçamento do Estado para 2015), não se tendo, contudo, registado o acolhimento de qualquer das referidas propostas, assim como confirmada a manutenção para 2015 da aplicação da Contribuição Extraordinária de Solidariedade sobre as pensões, porém com uma redução do seu âmbito e a consagração de regime gradual da respectiva eliminação (de 50% em 2016 e abolição em 2017). De referir que, no contexto da actividade de gestão de Fundos de Investimento, uma das principais novidades contempladas no referido diploma, diz respeito à consagração de uma autorização legislativa para criação da figura das Sociedades de Investimento em Património Imobiliário. 61

62 1.3. Reforma do IRS A Associação acompanhou todas as etapas do processo de reforma da tributação do rendimento das pessoas singulares, ao longo de 2014, e que teve como ponto de partida a nomeação, a 19 de Março, da Comissão para a Reforma do IRS, a quem foi lançado o desafio de promover a simplificação do imposto, a mobilidade social e a protecção das famílias, tendo, nomeadamente, em consideração a importância da natalidade. O resultado do trabalho efectuado pela referida Comissão conduziu à apresentação, em Julho de 2014, de um anteprojecto de Reforma do IRS, que foi, posteriormente, submetido a consulta pública e que levou à submissão à Assembleia da República, em 23 de Outubro, da Proposta de Lei n.º 256/XII do Governo, com o intuito de concretizar efectivamente a referida reforma de tributação. Para além da monitorização efectuada à evolução deste dossier, a APFIPP endereçou às entidades competentes, algumas sugestões sobre a matéria, em função das implicações fiscais de determinadas propostas divulgadas, bem como no sentido dos Fundos de Investimento poderem ser enquadrados no âmbito dos instrumentos financeiros que beneficiam dos incentivos previstos para a poupança de longo prazo, designadamente, usufruindo de um regime de tributação a taxas regressivas, de acordo com o período de permanência do investimento, desde que cumpridas determinadas condições. Com a publicação da Lei n.º 82-E/2014, a 31 de Dezembro de 2014, confirmou-se, entre outras, a alteração da classificação dos rendimentos obtidos com o resgate e liquidação de unidades de participação de Fundos de Investimento, que em lugar de rendimentos de capitais passaram a qualificar-se como mais-valias, configurando-se apenas como rendimentos de capitais, os rendimentos distribuídos por Fundos de Investimento. Também os ganhos e perdas com o reembolso de obrigações e outros títulos de dívida, bem como os ganhos resultantes de operações de swaps cambiais e de operações cambiais a prazo, passaram a ser considerados mais-valia. De salientar, igualmente: i) o alargamento da aplicação da correcção monetária ao valor de aquisição das partes sociais adquiridas há mais de 24 meses; ii) a possibilidade de dedução, para efeito de apuramento da mais-valia sujeita a imposto, das despesas relacionadas com a aquisição dos activos (até ao momento apenas considerados os encargos com a alienação); iii) extensão para 12 anos na consideração dos encargos com a valorização dos bens imóveis, e possibilidade de inclusão das indemnizações relativas a contratos existentes. 62

63 1.4. Foreign Account Tax Compliance Act Em 2015, a APFIPP continuou a acompanhar os trabalhos levados a cargo pelo Administração Fiscal e pelo Governo, com vista à celebração de um Acordo Intergovernamental (IGA) entre Portugal e os Estados Unidos da América em relação ao cumprimento, pelas Instituições Financeiras portuguesas, das obrigações decorrentes do Foreign Account Tax Compliance Act (FATCA). A Associação participou nas consultas que levaram à aprovação, na Lei do Orçamento do Estado para 2015 (Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro), do novo regime de comunicação de informações financeiras, que veio incorporar, no enquadramento jurídico nacional, as obrigações a que as Instituições Financeiras portuguesas estão sujeitas em matéria de cumprimento do FATCA. No que diz respeito ao IGA, em Abril, o Departamento do Tesouro Norte-Americano divulgou uma nota onde vários países, entre os quais Portugal, passaram a ser considerado como sendo países FATCA partner, porque, apesar do IGA ainda não estar formalmente assinado, já havia um acordo em substância relativamente ao conteúdo do mesmo. Essa qualificação era assegurada até final do ano, data em que o IGA deveria estar, efectivamente, em vigor. No entanto, dados os atrasos que se verificaram na assinatura dos IGA, no final do ano, o Departamento do Tesouro Norte-Americano veio transmitir que os países que ainda não tivessem assinado IGA poderiam manter o estatuto de FATCA Partner, desde que os Governos desses países envidassem todos os esforços para que o IGA seja assinado o mais brevemente possível Imposto sobre Transacções Financeiras A APFIPP deu seguimento à monitorização do dossier fiscal comunitário que prevê a adopção de um sistema comum de Imposto sobre as Transacções Financeiras (ITF), no âmbito da cooperação reforçada entre onze Estados-Membros, incluindo Portugal. Neste contexto, a Associação reiterou a sua convicção, junto das autoridades governamentais, a respeito do impacto negativo associado à introdução do referido imposto e de que o mesmo não deve incidir nem sobre os Fundos de Pensões nem sobre os Fundos de Investimento. 63

64 1.6. Outras matérias fiscais Para além dos trabalhos legais e regulamentares referenciados, a APFIPP procurou, igualmente, clarificar, sempre que necessário, aspectos relacionados com matérias fiscais que suscitaram dúvidas às suas Associadas, com vista a uma melhor interpretação e aplicação das normas em vigor, tendo para o efeito desenvolvido um diálogo continuo com a Administração Fiscal, em particular sobre as seguintes temáticas: i) Preenchimento do Anexo G - Mais-Valias e Outros Incrementos Patrimoniais da Declaração Modelo 3; ii) Obrigatoriedade de entrega da declaração periódica de rendimentos Modelo 22, por parte dos Fundos de Investimento e Fundos de Pensões; iii) Âmbito de aplicação da alínea e) do n.º 1 do Artigo 7.º do Código do Imposto do Selo, e enquadramento dos Fundos de Investimento e dos Fundos de Pensões como Instituições Financeiras, para efeitos das referidas disposições. 2. Enquadramento Regulatório 2.1. Novo Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Colectivo Um dos trabalhos mais exigentes desenvolvido em 2014, prendeu-se com a transposição para o ordenamento jurídico português da Directiva 2011/61/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de Junho de 2011, relativa aos Gestores de Fundos de Investimento Alternativos, que já se aguardava há alguns meses, em virtude da data de referência para a sua adopção, ao nível comunitário, ser 22 Julho de Neste âmbito, a APFIPP recebeu, em Agosto de 2014, pedido de parecer do Ministério das Finanças sobre projecto de Proposta de Lei que visou autorizar o Governo, a rever o Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Colectivo, o Regime Jurídico dos Fundos de Investimento Imobiliário e o Regime Jurídico do Capital de Risco, no sentido de integrar as directrizes europeias previstas no referido diploma que, entre outras medidas, contemplam: a criação de um passaporte europeu para a comercialização dos Fundos Alternativos junto de investidores profissionais, assim como matérias relacionadas com alguns requisitos mínimos de capital, políticas e práticas remuneratórias, de subcontratação, da actuação dos depositários e transparência. 64

65 A análise efectuada abrangeu, assim, a reapreciação de todo o enquadramento legal dos Fundos de Investimento Mobiliário e dos Fundos de Investimento Imobiliário, uma vez que a compreendia a integração de ambos num único regime - Regime Geral dos Organismos de Investimento Colectivo bem como a sua articulação com o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e o Código dos Valores Mobiliários. Nos contributos submetidos pela Associação, e no que respeita a opções do legislador nacional, procurou-se acautelar que não fossem estabelecidos requisitos mais rigorosos que os previstos na legislação comunitária e/ou noutras jurisdições europeias, dado o seu impacto ao nível da competitividade dos operadores nacionais. Tendo em consideração que a adopção do novo Regime Geral dos Organismos de Investimento Colectivo, implicava a revogação do Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Colectivo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 63-A/2013, de 10 de Maio, no uso da autorização legislativa concedida pela Lei n.º 25/2013, de 8 de Abril, os trabalhos tiveram seguimento em sede da Assembleia da República. Esta fase foi, igualmente, seguida pela Associação, tendo-se verificado, após conclusão da sua apreciação na generalidade e especialidade, o acolhimento de diversas das sugestões apresentadas pela APFIPP. O ano de 2015 terá, assim, como grandes novidades, para além de um novo regime fiscal, também um enquadramento jurídico renovado, cuja implementação carecerá, naturalmente, do devido acompanhamento, bem como da necessária revisão da sua regulamentação suporte Alterações ao Regime Jurídico das Instituições de Crédito e Instituições Financeiras O Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) foi alvo de vários processos de consulta ao longo do ano transacto, associados à necessidade de concretizar, para o ordenamento jurídico interno, a transposição de diversas Directivas comunitárias. Assim, exigiu a atenção da APFIPP, no sentido de avaliar as implicações das alterações em apreço para as sociedades financeiras e empresas de investimento, figuras jurídicas no âmbito das quais se enquadram as entidades gestoras de Fundos de Investimento e de Patrimónios. Em Março de 2014, e em sequência de pedido de parecer do Ministério das Finanças, a Associação submeteu os seus contributos a respeito do projecto de Decreto-Lei que visa a adopção das disposições previstas na Directiva 2013/36/UE, relativa ao acesso à actividade 65

66 das instituições de crédito e empresas de investimento (comummente designada por CRD IV), cujo objectivo assenta na densificação do quadro regulamentar prudencial vigente aplicável às referidas entidades (em concordância com o quadro regulamentar de Basileia III), implicando, assim, a revisão, entre outros diplomas, do RGICSF. Neste contexto, a Associação teve ainda a oportunidade de partilhar a sua visão sobre a matéria, no âmbito de solicitação de parecer da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, inserida na apreciação, em sede da Assembleia da República, dos termos da autorização a conferir ao Governo (Proposta de Lei n.º 225/XII) para proceder à referida alteração. Foi com satisfação que, nesta fase do processo, se verificou um acolhimento muito significativo das várias sugestões apresentadas pela APFIPP, por ocasião da consulta realizada no primeiro trimestre do ano. De realçar, nomeadamente, o ajustamento efectuado à definição de Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, constante no ponto 6 do artigo 199.º-A do RGICSF, no sentido de clarificar o seu âmbito de actuação e, simultaneamente, alinhar as diversas definições legais existentes, conforme a APFIPP tinha vindo a defender. Este dossier veio dar origem à publicação do Decreto-lei n.º 157/2014, de 24 de Outubro, revogando, nomeadamente, os Decretos-Leis n.ºs 104/2007 e 103/2007 (que concretizavam o anterior enquadramento no domínio da determinação dos fundos próprios, previsto nas Directivas 2006/48/CE e 2006/49/CE). Outra Directiva que exigiu a realização de ajustamentos ao articulado do RGICSF, foi a Directiva dos Gestores de Fundos de Investimento Alternativos, diploma directamente relacionado com a actividade exercida pelas Associadas da APFIPP e que, no contexto da consulta pública mencionada no ponto anterior, foi alvo de apreciação por parte da APFIPP e das suas Comissões Técnicas. Por fim, também sobre o quadro regulador da actividade das instituições de crédito e sociedades financeiras, no final do ano, a Associação foi, ainda, convidada a pronunciar-se sobre o anteprojecto de Proposta de Lei que tem por finalidade a transposição das Directivas 2011/59/UE, de 15 de Maio de 2014, e a 2014/49/UE, de 16 de Abril de 2014, ambas do Parlamento Europeu e do Conselho. Estes diplomas comunitários estabelecem, respectivamente, o enquadramento para a recuperação e resolução de instituições de crédito e de empresas de investimento e dos sistemas de garantia de depósitos. 66

67 2.3. Alterações ao Regime Jurídico dos Fundos de Pensões O diploma orientador da actividade dos Fundos de Pensões foi, também ele, alvo de revisão em 2014, no sentido de proceder a diversos ajustamentos e a autonomizar o seu regime contraordenacional substantivo face ao regime aplicável ao Sector Segurador. Esta apreciação inseriu-se no âmbito da consulta pública n.º 1/2014, promovida pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) durante os meses de Julho e Agosto, envolvendo, igualmente, a aprovação do regime processual aplicável aos crimes especiais do Sector Segurador e dos Fundos de Pensões e às contraordenações cujo processamento compete ao ASF, assim como a transposição para a ordem jurídica portuguesa da Directiva Solvência II. As alterações ao Regime Jurídico dos Fundos de Pensões foram atentamente analisadas pela Comissão Técnica da APFIPP tendo, da reflexão realizada, sido submetido à Autoridade de Supervisão um conjunto de contributos, sobre determinados aspectos que se considerou carecerem de uma maior ponderação, na expectativa de que se consubstanciem numa maisvalia para o processo de revisão do Regime Jurídico em curso. Aguarda-se a concretização desta alteração legislativa, para avaliar o grau de acolhimento das propostas apresentadas. Em termos gerais, é de evidenciar o esforço de sistematização realizado, em especial no que respeita ao regime sancionatório, bem como, pelo facto da proposta de alteração contemplar algumas novidades, de que são exemplo: o acolhimento da possibilidade dos Fundos de Pensões financiarem mecanismos equivalentes ; a não obrigatoriedade de sujeição a autorização prévia da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões de determinadas alterações aos contratos constitutivos ou ao regulamento de gestão; a adopção da figura de suporte duradouro; e, por fim, a criação de um regime processual específico aplicável aos crimes especiais do sector Segurador e dos Fundos de Pensões e ao nível contraordenacional. Ainda a respeito do quadro regulador dos Fundos de Pensões, a APFIPP foi consultada pela Secretaria de Estado das Finanças, relativamente à proposta de anteprojecto do diploma que pretende alargar o prazo de prescrição das contraordenações relacionadas com as actividades Seguradora e de Fundos de Pensões. 67

68 2.4. Licenciamentos comerciais e respectivos prazos de caducidade Um dos temas que a APFIPP, conjuntamente com a APCC Associação Portuguesa de Centros Comerciais e a APPII Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários, tem vindo a realçar, como carecendo de ajustamento, em função da difícil conjuntura económica vivenciada, diz respeito à problemática da caducidade dos prazos de autorização de instalação de estabelecimentos de comércio ou de conjuntos comerciais. Nesta esfera, foram desenvolvidas diversas diligências junto das autoridades oficiais, no sentido de serem acolhidos novos prazos de caducidade de autorização e consagrado um regime excepcional que possibilitasse a sua aplicação a licenças ainda em curso, procurando, deste modo, viabilizar e potenciar investimentos suspensos e colmatar constrangimentos com que os agentes económicos se deparam nesta área. Especial relevo foi concedido a esta matéria, nas observações que a APFIPP submeteu no domínio da apreciação do novo quadro jurídico para o sector do comércio, serviços e restauração (RJACSR - Regime de acesso e de exercício de diversas actividades de comércio, serviços e restauração), tendo em consideração que o mesmo prevê a revogação do Decreto- Lei n.º 21/2009, de 19 de Janeiro, relativo à instalação e modificação dos estabelecimentos de comércio a retalho e dos conjuntos comerciais e a adopção de novos prazos de validade das respectivas autorizações, cujos desenvolvimentos em termos legislativos ainda se aguardam. Não obstante tal processo, foi com empenho que a APFIPP respondeu à solicitação de parecer do Ministério da Economia, em Outubro de 2014, a respeito do projecto de Decreto-Lei que visou proceder à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 21/2009, de 19 de Janeiro, que estabelece o Regime Jurídico da instalação e modificação dos estabelecimentos de comércio a retalho e dos conjuntos comerciais, o qual deu origem ao Decreto-Lei n.º 182/2014, de 26 de Dezembro de O mencionado diploma veio alterar os prazos de caducidade da autorização de estabelecimentos de comércio ou de conjuntos comerciais, prolongando os mesmos para o dobro (ou seja, para seis e oito anos, respectivamente), prevendo igualmente um regime excepcional para as licenças em vigor e para as licenças já caducadas, medida que foi assim ao encontro do sugerido pelas Associações já referenciadas e que se crê constituir um estímulo para a manutenção da viabilidade de diversos projectos e investimentos e para potenciar um maior dinamismo neste sector de actividade. 68

69 2.5. Lei de Bases da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo No seguimento da apreciação, no 4.º trimestre de 2013, em sede da Assembleia da República, da Proposta de Lei n.º 183/XII, que estabelece as bases gerais da Política Pública dos Solos, do Ordenamento do Território e do Urbanismo, foi publicada, em 30 de Maio de 2014, a Lei n.º 31/2014. Na versão final do diploma em questão, constatou-se o acolhimento de algumas das sugestões apresentadas oportunamente pela APFIPP tendo, no entanto, sido necessário solicitar esclarecimento, à Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, sobre a norma transitória contemplada na referida Lei, para efeitos de integração das novas regras relativas à classificação do Solo (ou seja, a consagração de duas classes apenas - solo rústico e solo urbano e a eliminação de qualquer referência ao conceito de solo urbanizável ) Revisão do Regime jurídico do Arrendamento Urbano Tendo em consideração a relevância das disposições que norteiam o Arrendamento Urbano, e à semelhança do realizado em 2012, a APFIPP acompanhou atentamente a revisão do Regime Jurídico do Arrendamento Urbano, concretizada em 2014, que se consubstanciou na Lei n.º 79/2014, de 19 de Dezembro, alterando o Código Civil e colocando em prática a segunda alteração à Lei n.º 6/2006, de 27 de Fevereiro, a terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 157/2006, de 8 de Agosto, e a segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 158/2006, de 8 de Agosto. A revisão implementada surgiu em sequência do trabalho desenvolvido pela Comissão de Monotorização da Reforma do Arrendamento Urbano (instituída através do Despacho n.º 3050/2013, de 12 de Fevereiro de 2013, de Sua Excelência a Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território), compreendendo, na sua essência, o ajustamento de aspectos associados à transição dos contratos mais antigos para o novo regime (ou seja, dos contratos habitacionais celebrados antes da vigência do RAU e dos contratos não habitacionais celebrados antes do Decreto-Lei n.º 257/95, de 30 de Setembro). No âmbito do processo de apreciação, decorrido no último trimestre do ano, em sede da Assembleia da República, a Associação remeteu à Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, algumas observações sobre a matéria, as quais acabaram por não ter acolhimento. Estas observações centraram-se na necessidade de clarificação dos termos das benfeitorias realizadas para efeitos do regime transitório, que conferem direito a 69

70 indemnização ou compensação pelo senhorio e, ainda, de um maior esclarecimento sobre as condicionantes à realização de obras de conservação, com necessidade de desocupação temporária do locado. Foi, ainda, evidenciada a preocupação da Associação com o facto das alterações em discussão se traduzirem, em termos gerais, num reforço dos mecanismos de protecção dos arrendatários, contrariando o desejável equilíbrio negocial e de tratamento das partes, que se tem procurado imprimir nas recentes reformas concretizadas. A APFIPP teve, aliás, oportunidade de o manifestar quando da divulgação do 2.º Relatório da Comissão de Monotorização da Reforma do Arrendamento Urbano, em 10 de Janeiro de 2014, salientando que tal orientação constitui um factor dissuasor e perturbador da confiança dos investidores no mercado de arrendamento Papel Comercial Ao longo do ano de 2014, foram encetadas diligências com o intuito de procurar que os Fundos de Investimento possam ter uma intervenção mais activa no financiamento da economia nacional, nomeadamente, através de uma mais clara elegibilidade das emissões de papel comercial para as carteiras de investimento dos Fundos de Investimento. Tendo presente esta pretensão, a Associação considerou muito meritória a iniciativa de revisão do enquadramento jurídico e regulatório da emissão de Papel Comercial, promovida pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, através da Consulta Pública n.º 1/2014, com o propósito de alargar o conjunto de entidades que passam a dispor desta fonte alternativa de financiamento e, simultaneamente, oferecer aos investidores acesso a novos instrumentos e emitentes, permitindo assim uma maior diversificação dos seus portfólios e eventualmente melhorar a relação risco/retorno nas aplicações de curto prazo. Foi, pois, com empenho que se participou na referida consulta, procurando acautelar o devido enquadramento das condições e mecanismos que permitem que as emissões de Papel Comercial sejam elegíveis para as carteiras dos Fundos de Investimento, nomeadamente, dos Fundos de Investimento Harmonizados, sem que estejam constrangidas ao limite máximo de 10% que incide sobre as aplicações em valores mobiliários e instrumentos do mercado monetário que não cumpram o conjunto de requisitos definidos no seu regime jurídico Reporte no FINREP COREP No quadro da Directiva CRD IV, a EBA - European Banking Authority definiu novos reportes contabilísticos e prudenciais com o objectivo de harmonizar e garantir a comparabilidade da 70

71 informação no contexto europeu. Compreendendo, designadamente, o novo pacote de reportes FINREP-COREP (assente em linguagem XBRL), para a transmissão da informação contabilística e prudencial aos reguladores nacionais e, posteriormente, à EBA, em substituição dos actuais modelos de reporte definidos pelos Bancos Centrais de cada país. Apesar do FINREP-COREP ter como destinatários principais as Instituições de Crédito e as Empresas de Investimento, o Banco de Portugal manifestou a intenção de alargar a aplicação do modelo de reporte a todas as entidades por si supervisionadas, o que conduziu a que a APFIPP organizasse, em colaboração com a referida Autoridade de Supervisão, a 14 de Fevereiro de 2014, uma Sessão de Apresentação sobre a matéria, de modo a esclarecer mais detalhadamente as suas Associadas sobre o âmbito do referido projecto. Com o desenvolvimento da iniciativa ao longo do ano transacto e avaliadas, com maior profundidade, as implicações da sua adopção e da mudança dos reportes para uma nova linguagem, a APFIPP encetou diversos contactos com o Banco de Portugal, no sentido de clarificar os destinatários imediatos das novas obrigações de reporte. Assim como, para estudar a possibilidade da referida entidade de supervisão assegurar a conversão da informação para linguagem XBRL, tendo em consideração o facto das sociedades financeiras, que não empresas de investimento, estarem fora do âmbito da regulamentação europeia e tal mudança exigir elevados custos, com sérias implicações para os operadores nacionais, em especial dada a sua realidade e dimensão. Uma vez esclarecido que, numa primeira fase, as obrigações de reporte FINREP/COREP se destinam, exclusivamente, às entidades abrangidas pela CRD IV, e dado o não acolhimento por parte do Banco de Portugal à sugestão supra mencionada, a Associação iniciou diversas diligências a fim de promover uma solução futura para as suas Associadas, que serão abrangidas numa fase posterior, nos termos de regulamentação a definir EMIR European Market and Infrastructure Regulation No domínio da implementação do Regulamento (UE) n.º 648/2012, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de Julho de 2012, relativo aos derivados do mercado de balcão, às contrapartes centrais e aos repositórios de transacções (EMIR), a APFIPP encetou algumas diligências junto da ESMA European Securities and Markets Authority e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários com o objectivo de solicitar esclarecimentos e orientações a respeito da aplicação e operacionalização de alguns requisitos previstos na mencionada regulamentação, em particular relacionados com o cumprimento da obrigação de comunicação de dados a um repositório de transacções, iniciada a 12 de Fevereiro de

72 Ainda associado à referida regulamentação comunitária, e em sequência da publicação do Decreto-Lei n.º 40/2014, de 18 de Março, que estabeleceu o Regime Jurídico das Contrapartes Centrais, foi sujeito a consulta o projecto de regulamento que visou proceder à regulamentação do referido regime e que veio alterar os Regulamentos da CMVM n.ºs 4/2007 e 5/2007 tendo, neste contexto, a APFIPP apresentado algumas observações sobre a matéria Prevenção do Branqueamento de Capitais e o Financiamento do Terrorismo Na sequência da aprovação, em Fevereiro de 2012, de novos padrões do Grupo de Acção Financeira (GAFI), em matéria de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, e da recomendação de que os órgãos competentes assegurem o estudo, levantamento, definição, tomada e implementação de medidas necessárias à efectiva implementação desses padrões, o Ministério das Finanças instituiu, por meio do Despacho n.º 9125/2013, de 1 de Julho, um Grupo de trabalho para proceder à referida avaliação. Neste quadro e no âmbito do exercício de identificação e avaliação nacional de riscos, a APFIPP foi consultada pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões e pelo Banco de Portugal para aferir sobre a sua percepção relativamente aos principais factores de risco identificados nas actividade específicas que representa, como forma de complementar os elementos que já dispunham sobre a matéria Outras Iniciativas Regulamentares Para além das iniciativas legislativas e regulamentares descritas nos pontos anteriores, a Associação participou, ainda, em diversas consultas públicas, respondendo às solicitações de parecer e de contributos que lhe foram endereçadas por diversas autoridades. A título de exemplo, foi consultada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a respeito de uma eventual alteração do plano de contas dos Organismos de Investimento Colectivo e adopção das normas internacionais de contabilidade. Assim como pela Secretaria de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, sobre projecto de Decreto-Lei que visa alterar o Sistema de Recuperação de Empresas por via Extrajudicial, o Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas, o Código das Sociedades Comerciais e o Regime do Mediador do Crédito, no sentido de serem adoptadas medidas tendentes a promover um enquadramento mais favorável à reestruturação e revitalização de empresas, ao financiamento de longo prazo da actividade produtiva e à emissão de instrumentos híbridos de capitalização. 72

73 Em complemento às sugestões de alterações veiculadas por meio de consultas públicas e de outros processos já mencionados, a APFIPP submeteu, também, à apreciação do Banco de Portugal algumas questões relacionadas com os requisitos de fundos próprios e de capital inicial, aplicáveis às Sociedades Gestoras de Patrimónios, face à sua desarticulação com o quadro legal europeu, que se entende carecer de reavaliação, no sentido de não constituir um factor de distorção das condições concorrenciais entre os operadores nacionais e os de outras jurisdições do espaço europeu. 3. Iniciativas de Auto-Regulação 3.1. Provedor As funções de Provedor dos Participantes e Beneficiários para as Adesões Individuais aos Fundos de Pensões Abertos geridos pelas Associadas da APFIPP continuou a ser exercida pelo Dr. Francisco Medeiros Cordeiro. No início do ano de 2014, e em cumprimento do disposto no artigo 38.º da Norma do ISP n.º 7/2007, de 17 de Maio, o Provedor enviou à Associação carta com a indicação de que, durante o ano de 2013, não foram proferidas quaisquer recomendações em processos de reclamação, informação que, de acordo com os procedimentos instituídos, foi transmitida pela APFIPP à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). Nos termos previstos, a Associação recebeu também dois relatórios do Provedor, com referência ao final de 2013 e ao primeiro semestre de 2014, com informação sobre a actividade desenvolvida, dados estatísticos sobre as reclamações recebidas por Sociedade Gestora, natureza das mesmas, cumprimento de prazos pelos diversos intervenientes e conclusão/encerramento dos processos Revisão da Classificação dos Fundos de Investimento Mobiliário e Fundos de Pensões Abertos O Sistema de Classificação de Organismos de Investimento Colectivo e de Fundos de Pensões Abertos adoptado pela APFIPP foi, durante a ano de 2014, objecto de significativas alterações. Relativamente à classificação dos Fundos Planos Poupança-Reforma (PPR) e dos Fundos de Pensões Abertos, e tendo em consideração que o Regulamento da CMVM n.º 5/2013 veio impor, também a estes Fundos, a obrigatoriedade de cálculo e divulgação, nos respectivos documentos com as Informações Fundamentais aos Investidores (IFI), do Indicador Sintético 73

74 de Risco e de Remuneração (ISRR), a Associação deixou de classificar os Fundos segundo critérios formais, baseados na exposição a acções, passando a apresentá-los, nas suas estatísticas, em função do respectivo ISRR. No que se refere à classificação dos restantes Fundos de Investimento Mobiliário, as modificações efectuadas foram bastante profundas, em linha com a classificação seguida pela EFAMA, e motivadas, especialmente, pelo facto do Regulamento da CMVM n.º 5/2013 deixar de contemplar no seu Título II, Capítulo I Tipologia de OICVM e OIAVM, diversas tipologias específicas de Fundos. Nesse sentido, e a par de outros pequenos ajustamentos e clarificações, no que diz respeito à implementação dos critérios estabelecidos, destacam-se as seguintes modificações: Alteração dos critérios aplicáveis aos Fundos de Acções: Passou a ser exigido a estes Fundos uma exposição mínima a acções igual a 85% da carteira (antes o limiar mínimo era 2/3). Optou-se, ainda, por impor às subcategorias regionais (Nacionais; União Europeia, Suíça e Noruega; América do Norte), uma exposição mínima de 80% a acções dessas regiões (antes exigia-se que 100% dos activos, com excepção da liquidez, fossem provenientes da região geográfica/país em causa); Alteração dos critérios aplicáveis aos Fundos de Obrigações: Passou a exigir-se que estes Fundos invistam, directa ou indirectamente, 80% da carteira em títulos representativos de dívida (antes o limiar mínimo era 2/3); Fusão das categorias Fundos de Obrigações e Fundos de Obrigações de Taxa Fixa : A categoria designada por Fundos de Obrigações passou a integrar todos os Fundos de Obrigações que não se enquadram na subcategoria de Fundos de Obrigações de Taxa Indexada; Substituição da Categoria Fundos de Tesouraria por Fundos de Curto Prazo : A nova categoria dos Fundos de Curto Prazo adoptou todos os critérios que vigoravam para os Fundos de Tesouraria, com excepção do limite máximo para o investimento em activos com vencimento residual inferior a 12 meses (que era de 85%) e para as aplicações em depósitos bancários (de 50%); Criação das categorias de Fundos Multi-Activos: Tendo em conta a extinção das tipologias regulamentares Fundos Mistos e Fundos de Fundos, foram adoptadas 3 subcategorias que incluem os Fundos que investem ou podem investir em mais do que uma classe de activos, nomeadamente em acções e obrigações. Estes Fundos 74

75 subdividem-se em Fundos Multi-Activos Defensivos, Multi-Activos Equilibrados e Multi- Activos Agressivos, em função da respectiva exposição a acções; Alterações dos critérios aplicáveis aos Fundos de Investimento Alternativos: Os critérios adoptados pelas categorias de Fundos Harmonizados foram, na sua generalidade, alargados às correspondentes subcategorias de Fundos de Investimento Alternativos; Alterações dos critérios aplicáveis aos Fundos com Protecção de Capital: Esta categoria passou a reunir todos os Fundos que prevejam, nos respectivos documentos constitutivos, uma política de investimentos que procure garantir aos participantes, no final de um prazo pré-estabelecido, pelo menos o valor da cotação inicial, independentemente dos emitentes dos títulos detidos pelos Fundos (antes eram apenas incluídos nesta categoria os Fundos que investem em activos cujo pagamento fosse garantido por uma entidade bancária); Introdução de uma nova Categoria de Fundos Estruturados : Uma vez que esta tipologia se encontra prevista no Regulamento da CMVM n.º 5/2013, foi criada uma nova categoria que inclui os Fundos que, em datas pré-definidas, permitem aos investidores auferir ganhos baseados em algoritmos associados aos resultados, a alterações dos preços ou a outras condições de activos financeiros, índices ou carteiras de referência ou OIC com características semelhantes. 4. Divulgação e Promoção dos Sectores Representados 4.1. Certificado de Responsabilidade para a Reforma Foi dada continuidade ao projecto da Associação, iniciado no ano de 2011, de atribuição do Certificado de Responsabilidade para a Reforma (CERR) aos Planos de Pensões de Contribuição Definida, financiados através de Fundos de Pensões, cujas características correspondem àquelas que são consideradas as boas práticas do mercado. Desta forma, a APFIPP visa contribuir para a dinamização da poupança de longo prazo, incentivando, em particular, as empresas e outras organizações a promoverem benefícios de reforma a favor dos respectivos colaboradores. Assim, durante o ano de 2014, a Direcção da APFIPP, sob recomendação da Comissão de Certificação, aprovou a renovação dos seguintes 17 CERR: AstraZeneca Portugal, BCG The Boston Consulting Group, BMW Portugal, Daimler Portugal, EDP, Grupo Millenniumbcp Ageas, Citibank, Colt Tecnhology Services, ING Belgium, Autoridade de Supervisão de Seguros e 75

76 Fundos de Pensões, Mercer Portugal, Novartis, Roche Farmacêutica, Roche Sistemas de Diagnósticos, SGF, Takeda Portugal e APFIPP Promoção de Formação Financeira Plano Nacional de Formação Financeira e outras iniciativas A APFIPP deu continuidade à sua colaboração nos trabalhos do Plano Nacional de Formação Financeira, através da sua representação numa das Comissões de Acompanhamento do referido Plano, tendo participado na terceira reunião destas Comissões com o Conselho Nacional de Supervisores, realizada a 6 de Junho de Nesta área de actuação, a iniciativa com maior expressão no ano transacto, prendeu-se com o reforço da colaboração em projectos de formação financeira em contexto escolar, que conduziu à celebração, a 19 de Dezembro, de um Protocolo de cooperação para a preparação de materiais didático-pedagógicos de apoio ao Referencial de Educação Financeira, entre o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (Banco de Portugal, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), o Ministério da Educação e Ciência e quatro associações do sector financeiro (APB Associação Portuguesa de Bancos; APS Associação Portuguesa de Seguradores; APFIPP Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios e ASFAC Associação de Instituições de Crédito Especializado). O referido protocolo tem como objetivo a elaboração, edição e impressão de materiais didático-pedagógicos que apoiem professores e alunos na abordagem aos temas de formação financeira previstos no Referencial de Educação Financeira, elaborado em 2013 pelos supervisores financeiros e pelo Ministério da Educação e Ciência. Numa primeira fase, a concretização do protocolo começará pelo desenvolvimento de materiais para o primeiro ciclo do ensino básico, prevendo-se que estes sejam testados através de uma experiência-piloto a realizar no ano letivo de 2015/2016 com uma amostra de escolas representativa do universo educativo. A participação da APFIPP nesta iniciativa reflecte, assim, o seu compromisso com o desenvolvimento da temática da formação financeira em Portugal. 76

77 4.3. Estatísticas A produção e divulgação de estatísticas relativas aos quatro sectores representados pela APFIPP continua a constituir, no conjunto das actividades desenvolvidas diariamente pela Associação, um dos mais importantes contributos para a actualização da informação destinada aos mercados financeiros, ao público em geral e, em particular, às suas Associadas. Neste âmbito, e tendo como objectivo a promoção da indústria nacional de Gestão de Activos e Fundos de Pensões, merece especial destaque, entre as diversas informações estatísticas elaboradas e disponibilizadas pela Associação, a manutenção das seguintes iniciativas: Indicador de Poupança APFIPP / Universidade Católica - Parceria desenvolvida com a Universidade Católica de divulgação mensal de um Indicador que procura antecipar a evolução da taxa de poupança das famílias portuguesas, expressa em percentagem do PIB; Índice Imobiliário APFIPP / IPD - Colaboração com o IPD, Investment Property Databank de divulgação, com carácter trimestral, de um benchmark representativo da performance dos Fundos de Investimento Imobiliários Nacionais; Inquérito sobre o Emprego na Gestão de Activos e Fundos de Pensões - Estudo, baseado na recolha de informação junto das Associadas da APFIPP, sobre a organização, composição e qualificação dos seus recursos humanos Outras Iniciativas Prémios NYSE Euronext Lisbon A APFIPP participou na 3.ª Edição dos Euronext Lisbon Awards, dando continuidade à colaboração desenvolvida com a Euronext, desde a criação destes prémios, que procuram distinguir entidades emitentes, intermediários financeiros e outras organizações e personalidades que se evidenciaram pelo seu desempenho no mercado de capitais nacional. O contributo da Associação traduziu-se, mais uma vez, no envio de informação quantitativa e na prestação de apoio técnico que suporta a atribuição do prémio para a categoria Investment Fund/Open Pension Fund in Portuguese Stocks. Em 30 de Janeiro de 2014, realizou-se, na Fundação Oriente, a cerimónia de entrega dos prémios referentes ao ano de 2013, que contou com a presença do Presidente da APFIPP, que 77

78 procedeu à entrega do prémio que distingue o Fundo de Investimento Mobiliário/ Fundo de Pensões que registou a maior variação percentual, a preços constantes, no investimento em acções cotadas na Euronext Lisbon Semana da Reabilitação Urbana Lisboa 2014 A APFIPP colaborou na iniciativa da Semana da Reabilitação Urbana, promovida pela Vida Imobiliária, em Lisboa, no mês de Março, tendo integrado a sua Comissão de Honra e participado na conferência intitulada Os Fundos Imobiliários, parceiros na Reabilitação Urbana, inserida no Ciclo de Conferências da referida iniciativa Sustainable and Responsible Investment Tendo em consideração a crescente relevância da temática sobre Sustainable and Responsible Investment, a APFIPP promoveu, a 2 de Abril, uma sessão de apresentação e reflexão sobre o tema, em colaboração com a CDP Driving Sustainable Economies (ONG que dispõe de um dos maiores bancos de dados corporativos sobre mudanças climáticas, água e florestas, procurando colocar estes insights na pauta das decisões estratégicas dos investidores e das decisões políticas, no sentido de mitigar riscos do uso de energia e recursos naturais, assim como identificar oportunidades de uma abordagem mais responsável em relação ao meio ambiente) e que contou, também, com a participação do Sustainability Knowledge Lab do INDEG- ISCTE Colaboração com a Sonangol No exercício da promoção da actividade desenvolvida pelos sectores representados e de procurar contribuir para uma melhor informação sobre os mesmos, a APFIPP estabeleceu, pelo segundo ano consecutivo, uma parceria com a empresa Sonangol, no sentido de proporcionar, a um conjunto de cerca de vinte e cinco colaboradores, um melhor conhecimento da temática dos Planos e Fundos de Pensões. Esta iniciativa decorreu em Lisboa, durante a primeira quinzena de Julho de 2014, tendo procurado aprofundar a formação inicial havida em 2013, e proporcionar uma visão mais detalhada e integrada sobre a actividade de gestão de Fundos de Pensões. 78

79 5. Actividade Formativa Em 2014, a actividade formativa desenvolvida pela APFIPP manteve como eixos orientadores a oferta de soluções formativas que respondam às necessidades específicas dos quatros sectores que representa, procurando contribuir para a valorização e actualização contínua das competências dos profissionais que exercem funções na Indústria de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões em Portugal. Para a definição e estruturação das iniciativas realizadas, a Associação teve por base as necessidades de formação identificadas no seio das suas Associadas, diagnosticadas previamente, por via de questionários realizados no início do ano, através de solicitações expressas das Associadas e das Comissões Consultivas, bem como em resultado das matérias dominantes na agenda de trabalhos das Indústrias que representa. O exercício transacto compreendeu, tal como no anterior, a realização de um conjunto de sete acções de formação, num regime presencial e enquadradas na esfera da formação profissional contínua, cujas temáticas alvo foram as seguintes: Certificação Energética; Cálculo de Pensões; Directiva dos Gestores de Fundos de Investimento Alternativos; Nova Lei de Bases de Solos; Novo Regime Jurídico da Urbanização e Edificação. As referidas acções, que registaram avaliações positivas por parte dos seus participantes, traduziram-se em 34 horas de formação e na participação efectiva de um total de 163 Formandos. 6. Representação Institucional 6.1. Nacional No exercício da sua participação institucional, enquanto representante nacional de quatro sectores de actividade, a APFIPP procurou, sempre que possível, responder às solicitações que lhe foram dirigidas, prestando o seu contributo e colaborando proactivamente com as Entidades Governamentais e de Supervisão, e outros organismos e entidades relacionadas com a Indústria de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões em Portugal. 79

80 Neste contexto, assegurou, à semelhança de anos anteriores, a sua representação ao nível de órgãos consultivos, comissões de acompanhamento e grupos de trabalho de diversas organizações relacionados com os sectores que representa, das quais se destacam as seguintes: Conselho Consultivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários - A APFIPP fez-se representar na reunião deste Conselho Consultivo, realizada a 2 de Dezembro de Conselho Consultivo da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões - A Associação esteve presente na sua reunião realizada no dia 5 de Novembro de Comissão de Acompanhamento do Plano Nacional de Formação Financeira - A APFIPP deu continuidade à sua colaboração nos trabalhos do Plano Nacional de Formação Financeira, conforme descrito no presente relatório. Para além das representações e participações supra referidas, a Associação foi convidada a estar presente em diversas conferências, encontros e debates relacionados com matérias conexas à sua esfera de actuação Internacional EFAMA - European Fund and Asset Management Association A APFIPP manteve a sua colaboração e participação nas actividades promovidas pela EFAMA - European Fund and Asset Management Association, presença fundamental para se monitorizar de modo mais atento e eficaz a diversidade de temas na agenda europeia e o vasto conjunto de dossiers regulamentares em discussão e elaboração, entre os quais: UCITS KIID Key Investor Information Document, UCITS V, PRIIPS, EMIR. Para além da habitual presença nas reuniões do Board of Directors e da Assembleia Geral, ao longo do 2014, a APFIPP fez-se representar, igualmente, nos encontros do Management Committee da EFAMA (comité consultivo do Presidente e do Director-Geral, que analisa os temas considerados prioritários e estratégicos na agenda de trabalhos da Associação Europeia), assim como em grupos de trabalho técnicos dedicados a temas específicos, designadamente: Money Market Funds Working Group que acompanha a implementação das guidelines emitidas pela ESMA European Securities and Markets Authority e posterior 80

81 regulamentação europeia relativamente aos critérios que definem estes instrumentos financeiros; European Fund Classification Forum que monitoriza o sistema de classificação de Fundos de Investimento de âmbito pan-europeu definido pela EFAMA; Statistics Committee que acompanha; Long-Term Savings and Pension Steering Committee, constituído em 2011 com o objectivo de identificar desenvolvimentos e tendências do mercado Europeu das Pensões, assim como acompanhar os trabalhos desenvolvidos pela EIOPA e Comissão Europeia nesta área. No âmbito da actividade de 2014, o foco central continuou a ser o projecto de definição de um produto europeu que constitua um veículo de financiamento de planos de poupança para a reforma de iniciativa individual; International Distribution Working Group, criado em 2014, com o propósito de promover a troca de experiências ao nível da distribuição internacional. A APFIPP esteve, ainda, presente na apresentação do EFAMA Report on Investor Education - Building Blocks for Industry Driven Investor Education Initiatives, realizada no dia 24 de Março, em Bruxelas, resultado do trabalho desenvolvido no decorrer de 2013, pelo Investor Education Working Group (grupo de trabalho de que fez parte) e que contou com a participação especial, entre outros, de representantes da OECD International Network on Financial Education e da Direcção Geral do Mercado Interno da Comissão Europeia PensionsEurope No contexto dos Fundos de Pensões, a APFIPP deu seguimento à sua colaboração com a Pensions Europe, acompanhando ao longo do ano os trabalhos e actividades promovidos por esta Associação Europeia de que faz parte, bem como respondendo às solicitações de pareceres e de questionários que lhe foram dirigidos. Para além da participação nas duas reuniões anuais da Assembleia Geral, que tiveram lugar em Abril e em Novembro, a Associação teve ainda a oportunidade de receber em Lisboa, a 2 de Julho, o Presidente e o Secretário-Geral da Pensions Europe. Nesta ocasião foi efectuada a apresentação das principais linhas estratégicas de actuação da referida Associação Europeia, junto do novo Parlamento Europeu e da Comissão Europeia recém-eleita. Esta iniciativa, que contou com o encerramento do Presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, obteve uma expressiva adesão, reunindo cerca de noventa 81

82 participantes, entre as quais, representantes das Entidades de Supervisão, de Associados de Fundos de Pensões, jornalistas e membros do meio académico, de Consultores e representantes das Associadas da APFIPP. No seu Manifesto, a Pensions Europe identifica oito prioridades para os legisladores europeus, de modo a que seja possível promover pensões complementares adequadas, sustentáveis e seguras, destacando três ideias fundamentais: Mais, e não menos, pensões complementares na medida em que é urgente implementar um ambiente regulatório que incentive a constituição de planos complementares e profissionais de pensões (instituídos pelas empresas a favor dos seus trabalhadores); A União Europeia deve promover e proteger pensões fundeadas - por forma a assegurar que cada vez mais europeus possam usufruir de rendimentos adequados quando passarem à reforma. Para atingir este objectivo, é fundamental que exista estabilidade e confiança jurídica, pelo que se exige da Comissão Europeia que ajude os países a reduzir os défices sem destruir os Fundos de Pensões já existentes. Precisamos de boas pensões - sendo necessárias políticas fiscais que favoreçam um adequado nível de contribuições e bons resultados nos investimentos efectuados Federação Ibero-Americana de Fundos de Investimento A APFIPP manteve a sua colaboração com a Iberoamerican Federation of Mutual Funds, continuando a facultar, numa base trimestral, informações estatísticas sobre a evolução do mercado nacional de Fundos de Investimento, bem como a responder, sempre que possível, às solicitações dos seus membros, promovendo o intercâmbio e a partilha de experiências entre os profissionais desta área de actividade. 7. Representatividade, Organização e Estrutura Interna da APFIPP 7.1. Associadas A Associação acolheu, durante o ano de 2014, uma nova Associada auxiliar, a Commerz Funds Solutions S.A., aumentando e fortalecendo, desta forma, a sua representatividade ao nível das entidades com sede no estrangeiro, mas com actividades em Portugal. 82

83 7.2. Eleição de Novos Órgãos Sociais Na Assembleia Geral Ordinária da Associação, realizada no dia 21 de Março de 2014, foram eleitos novos Órgãos Sociais para o biénio 2014/2015, cuja composição consta do capítulo II deste relatório. No que se refere à Direcção da APFIPP, passaram a fazer parte deste Órgão a Dunas Capital Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliários, S.A. e a Selecta Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.. Relativamente ao Conselho Fiscal, a presidência passou a estar a cargo da BBVA Gest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A., que era, anteriormente, Vogal deste Órgão. A Sonaegest Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. passou de Membro suplente a Vogal efectivo, tendo a Floresta Atlântica Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. assumido o papel de Vogal suplente. 83

84 V PERSPECTIVAS O ano de 2015 constituirá um marco assinalável para a actividade nacional de gestão de Fundos de Investimento, com a instituição de um novo regime de tributação, a vigorar a partir de 30 de Junho, e a adopção de um novo quadro jurídico o Regime Geral dos Organismos de Investimento Colectivo que, para além de reunir num único diploma o enquadramento legal aplicável aos Fundos Mobiliários e aos Fundos Imobiliários, concretiza, também, entre outras alterações, a transposição para o ordenamento jurídico nacional da Directiva dos Gestores de Fundos de Investimento Alternativos. Enquanto elementos estruturantes e orientadores da actividade de gestão de Fundos de Investimento nacional, estes serão dois temas que dominarão a agenda ao longo de 2015, em especial face ao seu carácter determinante para a definição do posicionamento futuro desta Indústria em Portugal. A par das referidas modificações, carecerá também de análise, a revisão regulamentar associada ao novo Regime Geral dos Organismos de Investimento Colectivo, a ocorrer no primeiro trimestre do ano e que será atentamente monitorizada por parte da APFIPP e das suas Comissões Técnicas. No contexto legislativo, é de salientar, igualmente, as alterações expectáveis ao nível do regime jurídico dos Fundos de Pensões, em sequência da consulta promovida em 2014 pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Neste processo, a Associação procurará prestar o devido apoio às entidades gestoras de Fundos de Pensões suas Associadas, na identificação e implementação das novas medidas e ajustamentos introduzidos e no esclarecimento de eventuais aspectos em que tal seja considerado necessário. No plano europeu, vários outros dossiers exigirão acompanhamento, a fim de avaliar o seu impacto nos sectores representados. Desde logo, no que respeita ao debate e às medidas associadas ao Plano de Investimento da Comissão Juncker, bem como quanto a um conjunto de Directivas comunitárias e normas técnicas de regulamentação em apreciação, como é o caso da Directiva IORP II ou da regulamentação inerente ao Regulamento PRIIPS Packaged Retail Investment Products. E de outras já concluídas e que exigem transposição até 2016, mas cujos trabalhos preparatórios se antevêem ter início em 2015, como por exemplo: a UCITS V e a DMIF II, esta última como repercussões mais significativas ao nível da Gestão de Patrimónios. 84

85 Na esfera fiscal, outros processos requerem continuidade na sua monitorização, como é o caso da implementação do regime FATCA - Foreign Account Tax Compliance Act e a operacionalização das obrigações de comunicação de informação financeira para o cumprimento dos requisitos nele previstos; da revisão da Directiva da Poupança, a transpor até ao final do ano de 2015; e da evolução do projecto de implementação de uma taxa sobre transacções financeiras (FTT Financial Transaction Tax). Ao nível interno, ter-se-á atenção, entre outros temas, à evolução da aplicação da Contribuição Especial de Solidariedade; e procurar-se-á clarificar o âmbito da disposição relativa à poupança de longo prazo, consagrada na recente Reforma do IRS, com vista a assegurar o enquadramento dos Fundos de Investimento neste contexto. Paralelamente às iniciativas legislativas e regulamentares evidenciadas, no âmbito da sua participação institucional, a APFIPP procurará, igualmente, sempre que possível, responder às solicitações que lhe forem dirigidas, prestando o seu contributo e colaborando proactivamente com as Entidades Governamentais e de Supervisão, e com outros organismos e entidades relacionadas com a Indústria de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões em Portugal. No domínio da cooperação é de evidenciar o reforço da colaboração interassociativa entre várias Associações do Sector Financeiro - a APB, a APS, a AEM, a APAF, a APC e a APFIPP, com o intuito de dinamizar o sistema financeiro português, potenciar o investimento e o financiamento da economia portuguesa, perspectivando-se neste âmbito a realização de algumas iniciativas em 2015, nas quais a Associação procurará prestar o seu empenhado contributo. A Associação continuará a colaborar com as Associações Europeias de que é Membro, a EFAMA e a PensionsEurope, mantendo a sua representação ao nível de grupos de trabalho específicos das referidas entidades, no sentido de mais eficazmente acompanhar os trabalhos das instâncias europeias e internacionais, relacionados com os mercados financeiros. No que respeita à EFAMA, 2015 destacar-se-á pela realização, em Lisboa, da sua Assembleia Geral anual, entre os dias 18 e 20 de Junho, cuja organização caberá à APFIPP e à qual esta Associação já se dedica há largos meses. Reunindo os principais e mais influentes responsáveis da Indústria de Gestão de Fundos de Investimento e de Patrimónios a nível europeu, procurarse-á transmitir neste encontro uma imagem de excelência, quer de Portugal quer da indústria nacional. Com o objectivo de conferir maior visibilidade à Gestão de Activos e de Fundos de Pensões, para além de projectos já habituais (como a atribuição do Certificado de Responsabilidade 85

86 para a Reforma aos Planos de Pensões de Contribuição Definida, financiados através de Fundos de Pensões, cujas características correspondem àquelas que são consideradas as boas práticas do mercado), a Associação tenciona lançar duas novas iniciativas em Um dos projectos prende-se com atribuição de prémios anuais, na área da gestão nacional de Organismos de Investimento Colectivo, no sentido de incentivar a excelência quer dos profissionais deste sector, quer dos estudiosos destas matérias, estando a desenvolver os trâmites necessários para a sua instituição e realização da primeira edição em Maio de Uma segunda iniciativa diz respeito à realização de uma campanha informativa a respeito da necessidade de poupar para a reforma, tema que permanece no topo da agenda da APFIPP, projecto que se encontra em estudo e se espera apresentar desenvolvimentos no decorrer do ano. Ao nível do compromisso de promover a literacia financeira, a Associação procurará colaborar, à semelhança dos anos anteriores, nas actividades do Plano Nacional de Literacia Financeira. Assim, participará, designadamente, nos trabalhos de preparação de materiais didácticopedagógicos de apoio ao Referencial da Educação Financeira, destinados ao 1º Ciclo do Ensino Básico, a desenvolver à luz do Protocolo de Cooperação celebrado, no final de 2014, entre o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, o Ministério da Educação e da Ciência e quatro Associações do Sector Financeiro, entre as quais a APFIPP. A actividade formativa manter-se-á como outro dos eixos de actuação da Associação, procurando contribuir para a valorização das competências dos profissionais que actuam no âmbito da Gestão de Activos e de Fundos de Pensões em Portugal, através da oferta de soluções formativas que respondam às necessidades específicas dos quatros sectores que representa. Por último, a produção e divulgação de informação sobre a evolução dos sectores representados, continuará a merecer especial dedicação por parte da Associação, envolvendo a disponibilização periódica de dados estatísticos, destinada aos mercados financeiros, ao público em geral e, em particular, às suas Associadas e, sempre que possível, a produção de novos indicadores e de novas perspectivas de análise. 86

87 VI ESTATÍSTICAS DO SECTOR Evolução do Número de Fundos de Investimento e Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento NÚMERO FUNDOS DE INVESTIMENTO Dezembro 2008 Dezembro 2009 Dezembro 2010 Dezembro 2011 Dezembro 2012 Dezembro 2013 Dezembro 2014 F.I.M. ACÇÕES F. Acções Nacionais F. Acções UE / Suíça / Noruega F. Acções América Norte F. Acções Sectoriais Outros F. Acções Internacionais F. Poupança Acções F. Índice F.I.M. OBRIGAÇÕES F. Obrigações Euro F. Obrigações Internacionais F.I.M. TESOURARIA F. Mercado Monetário Euro F. Tesouraria Euro OUTROS F.I.M F. Mistos F. Mistos Predominantemente Acções F. Mistos Predominantemente Obrigações F. PPR (1) F. Fundos F. Fundos Predominantemente Acções F. Fundos Mistos F. Fundos Predominantemente Obrigações F. Especiais Investimento F.E.I. de Acções F.E.I. de Obrigações F.E.I. de Retorno Absoluto F.E.I. Monetário Curto Prazo F.E.I. Monetário F.E.I. de Curto Prazo F.E.I. Mistos F.E.I. Imobiliários F.E.I. Flexíveis Outros F.E.I Fundos Flexíveis Outros Fundos Agrupamento de Fundos F. c/ Protecção de Capital Total F.I.M F.I.I. NACIONAIS (2). F. Abertos F. Abertos Acumulação F. Abertos Rendimento F.I.I.A.H.'s F. Reabilitação F. Florestais F. Fechados TOTAL F.I.I TOTAL FUNDOS INVESTIMENTO (1) - Apenas são considerados os Fundos Poupança Reforma geridos por S.G.F.I.M.. (2) - Séries reconstruídas de acordo com a nova Classificação da APFIPP. NÚMERO SOCIEDADES GESTORAS Dezembro 2008 Dezembro 2009 Dezembro 2010 Dezembro 2011 Dezembro 2012 Dezembro 2013 Dezembro S.G.F.I. Mobiliário S.G.F.I. Imobiliário TOTAL S.G.F.I

88 Evolução das Aplicações Totais dos Fundos de Investimento NÚMERO FUNDOS DE INVESTIMENTO Dezembro 2008 Dezembro 2009 Dezembro 2010 Dezembro 2011 Dezembro 2012 Dezembro 2013 Dezembro 2014 F.I.M. ACÇÕES F. Acções Nacionais F. Acções UE / Suíça / Noruega F. Acções América Norte F. Acções Sectoriais Outros F. Acções Internacionais F. Poupança Acções F. Índice F.I.M. OBRIGAÇÕES F. Obrigações Euro F. Obrigações Internacionais F.I.M. TESOURARIA F. Mercado Monetário Euro F. Tesouraria Euro OUTROS F.I.M F. Mistos F. Mistos Predominantemente Acções F. Mistos Predominantemente Obrigações F. PPR (1) F. Fundos F. Fundos Predominantemente Acções F. Fundos Mistos F. Fundos Predominantemente Obrigações F. Especiais Investimento F.E.I. de Acções F.E.I. de Obrigações F.E.I. de Retorno Absoluto F.E.I. Monetário Curto Prazo F.E.I. Monetário F.E.I. de Curto Prazo F.E.I. Mistos F.E.I. Imobiliários F.E.I. Flexíveis Outros F.E.I Fundos Flexíveis Outros Fundos Agrupamento de Fundos F. c/ Protecção de Capital Total F.I.M F.I.I. NACIONAIS (2). F. Abertos F. Abertos Acumulação F. Abertos Rendimento F.I.I.A.H.'s F. Reabilitação F. Florestais F. Fechados TOTAL F.I.I TOTAL FUNDOS INVESTIMENTO (1) - Apenas são considerados os Fundos Poupança Reforma geridos por S.G.F.I.M.. (2) - Séries reconstruídas de acordo com a nova Classificação da APFIPP. 88

89 Evolução do Número de Fundos de Investimento 600 F.I.I. Fechados F. Florestais 500 F. Reabilitação F.I.I.A.H.'s F.I.I. Abertos Rendimento F.I.I. Abertos Acumulação Outros Fundos F. Flexíveis F. Especiais Investimento F. c/ Protecção Capital F. PPR F. Fundos F. Mistos F. Tesouraria Evolução das Aplicações Totais dos Fundos de Investimento Milhões 30,000 F.I.I. Fechados F. Florestais 25,000 20,000 15,000 10,000 5, F. Reabilitação F.I.I.A.H.'s F.I.I. Abertos Rendimento F.I.I. Abertos Acumulação Outros Fundos F. Flexíveis F. Especiais Investimento F. c/ Protecção Capital F. PPR F. Fundos F. Mistos F. Tesouraria 89

90 Gestão de Activos em Portugal vs PIB / Depósitos Bancários / População Milhões de Euro A. Gestão de Activos , , , , , , ,3 A1. Fundos de Investimento (F.I.) , , , , , , ,1 - F.I. Mobiliário (F.I.M.) , , , , , , ,0 - F.I. Imobiliário (F.I.I.) , , , , , , ,1 A2. Fundos de Pensões (F.P.) , , , , , , ,2 - S. G. Fundos de Pensões (SGFP) , , , , , , ,2 - Seguradoras do Ramo Vida 394,0 451,5 447, , , , ,0 A3. Gestão de Patrimónios (G.P.) , , , , , , ,0 - S.G.F.I.M , , , , , , ,4 - S.G.P , , , , , , ,6 - Outras Entidades 6 116, , , , , , ,9 B. Depósitos Bancários , , , , , , ,0 Depósitos à Ordem , , , , , , ,0 Depósitos a Prazo e de Poupança , , , , , , ,0 C. Produto Interno Bruto (Preços Correntes) , , , , , , ,2 D. População Residente Total (em Milhares) , , , , , , ,8 Gestão de Activos / Depósitos (A / B) 57,7% 60,7% 52,4% 40,4% 47,0% 48,2% 48,9% Fundos de Investimento / Depósitos (A1 / B) 13,7% 14,7% 12,0% 9,9% 11,6% 11,9% 11,3% - F.I.M. / Depósitos 7,8% 8,9% 6,6% 4,9% 6,0% 5,9% 5,7% - F.I.I. / Depósitos 5,8% 5,8% 5,3% 5,0% 5,6% 6,0% 5,6% Fundos de Pensões / Depósitos (A2 / B) 11,1% 11,3% 9,2% 5,9% 7,1% 7,4% 8,4% Gestão de Patrimónios / Depósitos (A3 / B) 33,0% 34,8% 31,2% 24,6% 28,3% 28,9% 29,3% Gestão de Activos / PIB (A / C) 59,1% 67,2% 62,6% 51,6% 56,6% 57,8% 57,3% Fundos de Investimento / PIB (A1 / C) 14,0% 16,2% 14,3% 12,6% 14,0% 14,3% 13,2% - F.I.M. / PIB 8,0% 9,8% 7,9% 6,3% 7,3% 7,1% 6,6% - F.I.I. / PIB 6,0% 6,4% 6,4% 6,4% 6,7% 7,2% 6,5% Fundos de Pensões / PIB (A2 / C) 11,3% 12,5% 11,0% 7,5% 8,5% 8,9% 9,8% Gestão de Patrimónios / PIB (A3 / C) 33,8% 38,5% 37,3% 31,4% 34,1% 34,6% 34,2% Gestão de Activos / População (A / D) , , , , , , ,8 Fundos de Investimento / População) (A1 / D) 2 370, , , , , , ,1 - F.I.M. / População 1 357, , , , , , ,7 - F.I.I. / População 1 012, , , , , , ,4 Fundos de Pensões / População) (A2 / D) 1 919, , , , , , ,3 Gestão de Patrimónios / População) (A3 / D) 5 714, , , , , , ,4 Fonte: APFIPP Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões Banco de Portugal CMVM Instituto Nacional de Estatística 90

91 Ranking Global das Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento Mobiliário SOCIEDADES GESTORAS FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO Valor Carteira (10 3 Euro) Dezembro 2013 Junho 2014 Dezembro 2014 Quota Ord. Valor Carteira Quota Ord. Valor Carteira Quota Ord. % (10 3 Euro) % (10 3 Euro) % Banif Gestão de Activos ,2 5, ,1 4, ,0 4,3 6 Barclays Wealth Managers Portugal ,1 3, ,7 2, ,1 1,0 11 BBVA Gest ,1 1, ,8 1, ,7 1,3 9 BPI Gestão de Activos ,5 15, ,8 14, ,9 16,5 2 Caixagest ,4 26, ,9 26, ,2 31,6 1 Crédito Agrícola Gest ,9 1, ,8 2, ,0 3,4 7 Dunas Capital - Gestão de Activos ,7 0, ,1 1, ,2 0,9 12 Fund Box - SGFIM 2 642,7 0, ,2 0, ,6 0,1 18 GNB - SGFIM * ,7 16, ,3 17, ,0 8,3 5 Invest Gestão de Activos ,3 0, ,2 0, ,7 0,1 16 MCO ,6 0, ,9 0, ,9 0,3 15 Millennium BCP Gestão de Activos ,0 12, ,0 11, ,3 12,7 4 MNF Gestão de Activos ,4 0, ,6 0, ,0 0,4 14 Montepio Gestão de Activos ,0 2, ,5 2, ,1 3,0 8 Optimize Investment Partners ,0 0, ,1 0, ,3 0,5 13 Patris Gestão de Activos ,4 1, ,1 0, ,3 0,1 17 Popular Gestão de Activos ,2 0, ,3 1, ,0 1,2 10 Santander Asset Management ,5 11, ,4 12, ,9 14,4 3 TOTAL , , ,0 * Anteriormente denominada ESAF - FIM 91

92 Composição do Portfólio Global FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO* Dezembro 2013 Junho 2014 Dezembro 2014 Euro % Euro % Euro % - LIQUIDEZ DENOMINADA EM EURO ( NUM+DEP) , , ,0 - LIQUIDEZ DENOMINADA EM DIVISAS INT. ( NUM+DEP) , , ,8 - APLIC. CURTO PRAZO EURO (BT S+CD S+PC S) , , ,3 - APLIC. CURTO PRAZO INTERNAC. (BT S+CD S+PC S) , , ,0 - TIT.DIV.PUB.+O.F.P.EQUIPARADOS EURO , , ,7 - TIT.DIV.PUB.+O.F.P.EQUIPARADOS INTERNACIONAIS , , ,2 - OBRIGAÇÕES DIVERSAS EURO , , ,1 - OBRIGAÇÕES DIVERSAS INTERNACIONAIS , , ,3 - UP s FUNDOS DE INVESTIMENTO NACIONAIS , , ,5 - UP s FUNDOS DE INVESTIMENTO INTERNACIONAIS , , ,1 - TITULOS DE PARTICIPAÇÃO 0 0,0 0 0, ACÇÕES NACIONAIS , , ,0 - ACÇÕES DA U.E.,SUÍÇA E NORUEGA , , ,6 - ACÇÕES INTERNACIONAIS , , ,3 Sub-Total (Acções) , , ,9 - WARRANTS AUTÓNOMOS + OPÇÕES , , ,0 - OUTROS+ OPERAÇÕES A REGULARIZAR (1,2) (1,2) (1,7) TOTAL * - Não tem em consideração os Fundos geridos por duas Entidades Gestoras. Os Fundos considerados representavam, em 31 de Dezembro de 2014, 99,46% do volume total gerido por F.I.M. (Fonte: CMVM) Dezembro % -1.2% Junho % -1.1% 3.3% 4.5% 2.0% 35.6% 2.7% 4.5% 2.4% 38.1% 0.7% 0.7% 40.5% 38.4% Dezembro % 18.6% 3.3% 36.0% Aplicações de Curto Prazo Obrigações Euro Obrigações Estrangeiras Acções Nacionais Acções Europeias Acções Internacionais 4.6% 2.0% 0.5% 36.8% Unidades de Participação Outros 92

93 Evolução dos Montantes Geridos dos F.I.M. (Dezembro 2013 Dezembro 2014) Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário Fundos de Obrigações Fundos de Acções 93

94 Restantes Fundos Total de Fundos de Investimento Mobiliário Subscrições Líquidas por categoria de Fundo ,000-1, Nota: Os Fundos de Acções incluem os Fundos PPA e os Fundos Índice. 94

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