AI. ANEXO I FICHEIRO CLIMÁTICO DO VISUALDOE
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- Giovana Sanches Farinha
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1 Análise do Comportamento érmico de Construções não Convencionais através de Simulação em VisualDOE A. ANEXO FCHERO CLMÁCO DO VSUALDOE A.1. PREPARAÇÃO DO FCHERO CLMÁCO Por forma a obter um ficheiro climático para qualquer ferramenta de simulação é necessário conhecer: 1 - as variáveis climáticas que a ferramenta requer para o ficheiro climático; 2 - unidades das variáveis; 3 - periodicidade das variáveis (horários, mensais, etc). Assim, a partir da consulta do Manual Climático do DOE-2 (Buhl, 1999) foi possível saber os parâmetros referidos, como se pode observar na abela A.1: abela A.1 Parâmetros necessários do ficheiro climático para o VisualDOE. Parâmetros Necessários Unidade Periodicidade emperatura de bolbo seco ºF Horária emperatura de bolbo húmido ºF Horária Razão de humidade lb água / lb ar seco Horária Entalpia Btu/lb Horária Precipitação sim / não Horária Direcção do Vento 16 pontos da rosa dos ventos Horária Velocidade do vento nós Horária Radiação solar total horizontal Btu/hr.pé 2 Horária PÁGNA 206
2 ANEXO Obtenção do Ficheiro Climático Parâmetros Necessários Unidade Periodicidade Radiação solar directa Btu/hr.pé 2 Horária Índice de claridade - Mensal emperatura do solo Rankine Mensal Como se pode observar na abela A.1, todas as unidades dos parâmetros são baseadas no sistema P. Atentando para o facto do sistema de medição utilizado no caso de estudo registar os valores em unidades S, é necessário converter os valores medidos. Assim, foram utilizadas as conversões apresentadas na abela A.2: abela A.2 Conversão de unidades. Parâmetro emperatura Pressão Massa Entalpia Velocidade Conversão P/S ºF = ºC*(9/5) + 32 ºR = ºF inhg = kpa 1 lb = kg 1 Btu/lb = kj/kg 1 nó = m/s Fluxo de calor 1 Btu/hr.pé 2 = W/m 2 A.1.1. OBENÇÃO DOS PARÂMEROS Os parâmetros a empregar no ficheiro climático podem ser obtidos através da sua medição in-situ ou através da combinação de outros parâmetros. Assim, para o caso de estudo, os parâmetros medidos in-situ foram: 1. emperatura de bolbo seco; 2. Precipitação; 3. Direcção do vento; 4. Velocidade do vento; 5. Radiação solar total horizontal. Por outro lado, os parâmetros obtidos por combinação dos dados medidos in-situ foram: Universidade do Minho Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Civil PÁGNA 207
3 Análise do Comportamento érmico de Construções não Convencionais através de Simulação em VisualDOE 1. Razão de humidade; 2. emperatura de bolbo húmido; 3. Entalpia; 4. Radiação solar directa; 5. Índice de claridade. O único parâmetro onde foram utilizados valores tabelados foi a temperatura do solo, pois este elemento é muito estável, não sofrendo grandes alterações com as diferentes condições atmosféricas, além de ser muito semelhante ao longo dos anos. 1. Razão de humidade (W) para o cálculo deste parâmetro foi necessário obter a pressão de saturação (Ps) e a pressão de vapor (Pv), através das Equação A.1 e A.2. Seguidamente, é possível obter a razão de humidade aplicando a Equação A.3: Equação A.1 Equação A.2 ( )/( ) e HR Ps = (kpa); Pv = Ps (kpa); Equação A.3 Pv W = (kgh2o/kgas) com: Pv emperatura erior (ºC); HR Humidade relativa (%). 2. emperatura de bolbo húmido (BH) para o cálculo deste parâmetro foi necessário utilizar o Método terativo Composto 1, pois a equação utilizada para calcular a BH necessita do valor da razão de humidade (W*s) à temperatura de bolbo húmido, que necessita do valor da BH para o seu cálculo. Assim, na primeira iteração é utilizado o valor da temperatura erior de bolbo seco para calcular o parâmetros W*s. Seguidamente é utilizada a Equação A.4 para calcular a BH. Para a segunda iteração, é 1 O Método terativo Simples (MS) foi preterido em relação ao composto pelo facto do MS aplicado a este caso resultava em valores que não convergiam para um valor estável. PÁGNA 208
4 ANEXO Obtenção do Ficheiro Climático utilizada a média entre o valor inicial e o final da primeira iteração [(BH(i)+BH(i-1))/2]. Este processo será repetido até se chegar a erros insignificantes, entre iterações. Equação A.4 W ( ) 2501 W * s + BH = W * s W (ºC) 3. Entalpia (E) para o cálculo deste parâmetro foi necessário utilizar a temperatura erior () em ºF, de forma a obter o valor da Entalpia directamente nas unidades requeridas pelo VisualDOE (Btu/lb), como se pode observar na Equação A.5: Equação A.5 E = ( ) W (Btu/lb) 4. Radiação Solar Directa normal (dis_n) para o cálculo deste parâmetro foi necessário obter a declinação solar (δ), a equação do tempo (Et), o tempo solar (tsol), a altura solar (H), o ângulo solar horários (θs), por forma a definir geometricamente o movimento do sol. Por outro lado também foi necessário obter a constante solar (0), o índice de claridade (K), a radiação difusa horizontal (dif_h) e a radiação directa horizontal (dif_h). Para tal foram utilizadas as Equações A.6 a A.11 e A.12 a A.16: Equação A.6 ( n 10) δ = asin sin23.45 cos (º); Equação A.7 n 81 B = 360 ; 364 Equação A.8 Equação A.9 Et = 9.87 sin(2b) 7.53 cos( B) 1.5 sin( B) (min); ( 12) 360 H = SOL (º); 24 Equação A.10 Equação A.11 θ S = acos ( cos( λ) cos( δ) cos( H) + sin( λ) sin( δ )) (º); SOL = Loc Et λ + + com: Universidade do Minho Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Civil PÁGNA 209
5 Análise do Comportamento érmico de Construções não Convencionais através de Simulação em VisualDOE n dia do ano; Loc hora local; λ longitude (º); Equação A n 0 = cos 1373 (w/m 2 ); Equação A.14 Equação A.13 K = glo ; 0 cosθ S Equação A.15 glo ( K ) 0 K 0.35 dif _ H = glo ( K ) 0.35 K 0.75 (w/m 2 ); dir_ H = glo dif _ H (w/m 2 ); glo K 0.75 Equação A.16 dis _ N dir _ H = (w/m 2 ) com: sin( θ ) S glo radiação solar total horizontal (w/m 2 ). 5. Índice de Claridade (K) para o cálculo deste parâmetro foi necessário obter a radiação solar total horizontal (glo), a constante solar (0) e o ângulo solar (θs), em termos de médias mensais, de forma a aplicar a Equação A.13. Para o cálculo dos parâmetros 1 a 4, referidos anteriormente, e dado que estes têm uma periodicidade horária, foi necessário utilizar o Microsoft Excel para aplicar as Equações apresentadas às 8760 horas que perfazem um ano, como se pode observar na Figura A.1. Relativamente ao parâmetro 5, a folha de cálculo do Excel foi utilizada para o cálculo das médias mensais necessárias. PÁGNA 210
6 ANEXO Obtenção do Ficheiro Climático Figura A.1 Folha de cálculo utilizada para obter os parâmetros necessários para o ficheiro climático. A.2. GERAÇÃO DO FCHERO CLMÁCO Com todos os parâmetro necessários para o ficheiro climático definidos, o passo seguinte será a geração do ficheiro climático. Para tal, é imprescindível organizar os parâmetros da forma requerida pelo VisualDOE, em termos da ordem de introdução dos parâmetros, casas decimais a apresentar e espaçamento de colunas, como se pode observar na Figura A.2. Figura A.2 Organização de parâmetros de forma a gerar um ficheiro climático. Seguidamente é necessário gravar o ficheiro de Excel com o formato *.prn Formatted t (space delimited). O passo seguinte será mudar a ensão do ficheiro criado de *.prn => *.fmt, de forma a ser reconhecido pelo VisualDOE. Depois de criado o ficheiro *.fmt é necessário introduzir o nome, latitude, Universidade do Minho Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Civil PÁGNA 211
7 Análise do Comportamento érmico de Construções não Convencionais através de Simulação em VisualDOE longitude e zona horária do local, assim como assinalar se o ficheiro contém dados de radiação solar, como se pode observar na Figura A.3. Figura A.3 Ultimação do ficheiro climático para o VisualDOE. Por último é necessário utilizar a ferramenta de conversão que o VisualDOE possui (Figura A.4) e transformar o ficheiro de to criado (*.fmt) num ficheiro binário (*.bin), o qual pode então ser utilizado pelo VisualDOE como ficheiro climático. Figura A.4 Ferramenta de conversão do VisualDOE para o ficheiro climático. PÁGNA 212
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