Sumários. (Estado em 2 de Abril de 2011) 19 de Março de 2011 (1)

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1 Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Direito Ano académico º Semestre Sociologia judiciária Docente : Pierre Guibentif Sumários (Estado em 2 de Abril de 2011) 19 de Março de 2011 (1) Apresentações. Estrutura da unidade curricular. Esquema de avaliação. Relações com os outros ensinos do docente: Sociologia do direito no ISCTE-IUL; Sociologia Jurídica na FD-UNL: ensinos de base, cujo material pedagógico será aproveitado nesta UC. Aqui, focalização no mundo judiciário, como um componente entre outros, da realidade jurídica. Implicações para o funcionamento da UC do facto de se inserir em dois programas de mestrado diferentes. 19 de Março de 2011 (2) Primeira introdução geral às ciências sociais e à sociologia. (I) Surgimento das ciências humanas e sociais, entre as quais o direito: (i) considera-se como momento a partir do qual é possível reconstituir com algum rigor a evolução que conduz à diferenciação de ciências sociais a emergência da subjectividade renascentista. (ii) Conduz ao desenvolvimento de novas práticas científicas, e, também, de uma nova forma de poder, baseada no reforço do conhecimento do mundo / das pessoas a dominar: o poder de Estado. No âmbito dos Estados que formam então, desenvolvimento progressivo de mecanismos permitindo um melhor conhecimento da colectividade a governar, nos seus diversos aspectos. Surgimento da geografia, da economia, da história, do direito, e de primeiros ensaios anunciando o que se chamará mais tarde linguística, demografia, etc. (iii) A dinâmica intelectual renascentista, combinada com reflexões sobre as práticas dos Estados conduz aos trabalhos filosóficos que se identificam com o Iluminismo. Estes trabalhos inspiram as revoluções em particular na América do Norte e em França pelas quais o Estado deixa de ser pensado incorporado no Rei, passando a ser considerado como emanando do conjunto das pessoas que formam uma nação. O conhecimento que se tinha começado a produzir para reforçar o poder do monarca deveria, nesta circunstância, passar a ser um conhecimento útil para todos os cidadãos, nomeadamente para lhes dar uma formação adequada para que possam participar na vida política. Um momento revelador precisamente desta intenção, que conduz a uma

2 FD-UNL Sociologia judiciária Sumários página 2 mais clara identificação das disciplinas do conhecimento: a criação do Institut no decorrer da Revolução Francesa, entidade na qual se pretendia reunir as principais entidades produtoras das ciências, e que se destinava a coordenar um sistema de ensino dirigido a toda a população (ver Tabela 1). Pode-se sustentar que é nesse momento histórico que se identifica claramente um conjunto de disciplinas como ciências sociais, sob a designação de ciências morais e políticas. A partir desta data, afirmação progressiva, no âmbito das universidades transformadas com a entrada na modernidade (em Portugal: reforma Pombalina), das várias disciplinas das ciências sociais. Tabela 1: Instituto nacional das ciências e das artes (décret du 3 Brumaire an IV, 25 de Outubro de 1795) Academia Francesa (Richelieu, 1635) Academia Real de Escultura e Pintura (Mazarin, 1648) Academia Real das Ciências (Colbert, 1662) Academia Real das Inscrições e Medalhas (Colbert, 1663) Classe das Belas Artes Classe das Ciências Físicas e Matemáticas Classe das Ciências Morais e Políticas (*) (**) (*) Seis secções: - Análise das sensações e das ideias - Moral - Ciências sociais e legislação - Economia politica - História - Geografia (**) Abolida por Napoleão em 1803; reestabelecida por Guizot em Fontes: Encyclopaedia Universalis ( Académies ), Gusdorf, Introduction aux sciences humaines, Paris 1974, p. 276 s., 1978, p. 308 s. (2) Motivos da criação, entre as ciências sociais, de uma disciplina generalista, a sociologia : - necessidade de se dotar de instrumentos para analisar as estatísticas sociais, que são produzidos nomeadamente para responder à necessidade de melhor conhecer a gravidade da «questão social»; - necessidade sentida de «pensar a sociedade como unidade» face a fenómenos de «desintegração social» (Europa) ou face à nova heterogeneidade do tecido social urbano (Estados Unidos da América); - necessidade de criar um contrapeso ao materialismo histórico, interpretação global da realidade social que emana de intelectuais próximos do movimento operário. Comentários às respostas recolhidas através do questionário preenchido na primeira aula. A sociologia abordada através da sua evolução histórica (Tabela 2). Observações preliminares: (1) Apresenta-se a evolução da sociologia como disciplina académica, ou seja como dispositivo de produção de conhecimento por uma actividade colectiva devidamente organizada, isto é dotada de mecanismos específicos de formação, comunicação, etc. (cursos universitários, revistas, associações, etc.). Neste sentido, não se inclui aqui Auguste Comte ( ), a quem se atribui o lançamento do termo Sociologia, mas que tinha da ciência uma concepção ainda próxima da religião. (2) O quadro servirá de pano de fundo as apresentações de autores que se seguirão. (3) A

3 FD-UNL Sociologia judiciária Sumários página 3 evolução da sociologia não deve ser analisada como um fenómeno especificamente científico; é reveladora da evolução que conheceu o nosso modo tanto científico como de senso comum de olharmos para a realidade social e de nos identificarmos como colectividades. Etapas de evolução: (i) Fundação da disciplina (lançamento de revistas; criação de cadeiras e departamentos universitários especializados) ligada à preocupação de entender as transformações sofridas pelas sociedades em relação ao processo de industrialização. Exemplares: as obras de Émile Durkheim e Max Weber. (ii) na Europa, recuo entre as duas guerras (mas de referir o caso particular da Escola de Frankfurt); desenvolvimento nos EUA; (iii) envolvimento no esforço de reconstrução empreendido pelos governos depois da II Guerra Mundial; a sociologia torna-se mais funcional e especializa-se; (iv) reacção face aos aspectos disciplinadores da etapa anterior; crítica de um conhecimento condicionado pela procura de saber dos governos; apelos à inter- e transdisciplinaridade; (v) normalização progressiva procurando conciliar contribuição construtiva com distanciamento crítico; (v) fase actual marcada pelos processos ditos de globalização. Esta não é apenas um dos grandes temas (além das sociedades nacionais, que deixam de ser uma referência óbvia: ver Immanuel Wallerstein); também condiciona as condições nas quais se faz investigação sociológica: já não são quase exclusivamente os Estados que a sustentam, mas também organizações supranacionais (nomeadamente a UE), assim como organizações não governamentais e empresas. Por outro lado, em parte em reacção a esta evolução, os governos dirigem à sociologia solicitações muito mais focalizadas, sujeitando a produção científica a novos condicionalismos. Conclusão: a evolução da sociologia revela o impacte que tiveram no nosso pensamento, sucessivamente, as experiências dos efeitos sociais da industrialização, do totalitarismo, do desenvolvimento incentivado pelos Estados, dos processos de globalização. Tabela 2:

4 FD-UNL Sociologia judiciária Sumários página 4 Fundação Émile Durkheim L Année sociologique (1896) Apagamento / Resistência Reconstrução Críticas Michel Foucault ( ) Consolidação Pierre Bourdieu ( ) Globalização Sociologia Max Weber Archiv für Sozialwissenschaft und Sozialpolitik (1903) Escola de Francoforte Max Horkheimer ( ) Theodor W. Adorno ( ) Zeitschrift für Sozialforschung ( ) Jürgen Habermas (1929) Niklas Luhmann ( ) American Journal of Sociology (1895) Talcott Parsons ( ) Robert K. Merton ( ) Funcionalismo Interaccionismo Simbólico Erving Goffman ( ) Boaventura de Sousa Santos (1940) 19 de Março de 2011 (3) No desenvolvimento da sociologia, etapas da sociologia do direito (Tabela 3): (1) Para os Fundadores da disciplina: capítulo indispensável de uma sociologia geral. (2) A sociologia utilizada por juristas para propor um fundamento do direito alternativo à teoria do direito positivo; com a ambição de apoiar regras sociais num conhecimento científico da sociedade. O que conduziu ao corporativismo e faz parte de evoluções que levaram ao autoritarismo e ao totalitarismo. (3) A Escola de Frankfurt: motivo da sua criação: a preocupação dos intelectuais críticos em identificar melhor os factores culturais que condicionam o pensamento tarefa urgente para perceber melhor como os trabalhadores, que tinham convicções internacionalistas, se deixaram convencer pelo nacionalismo e entraram na guerra e em dotarem-se de um instrumento adequado à prossecução deste objectivo: um instituto de investigação que possa tirar proveito dos avanços das ciências sociais e dos benefícios de um entorno universitário. Instituto dirigido por Max Horkheimer, a partir de 1930, que dinamiza um grupo de investigadores cuja actividade é documentada pela Zeitschrift für Sozialforschung, publicada de Notável realização organizativa, considerando que durante este período, o Instituto teve que abandonar a Alemanha e instalar-se nos Estados Unidos para fugir aos nazis. Principal interrogação: o que é que facilitou o surgimento do autoritarismo e do anti-semitismo. Neste âmbito, em particular os trabalhos de Franz Neumann (Behemoth, 1944) incidem no direito. Tabela 3:

5 FD-UNL Sociologia judiciária Sumários página 5 Direito A sociologia jurídica como alternativa ao positivismo Archives de philosophie du droit et sociologie juridique ( ) Normativismo Hans Kelsen ( ) Reine Rechtslehre, 1934 Émile Durkheim De la division du travail social, 1893 L Année sociologique (1896) Sociologia Fundação Max Weber Archiv für Sozialwissenschaft und Sozialpolitik (1903) Rechtssoziologie, 1911 Apagamento / Resistência Escola de Francoforte Max Horkheimer ( ) Theodor W. Adorno ( ) Zeitschrift für Sozialforschung ( ) Franz Neumann, Behemoth, 1944 Reconstrução American Journal of Sociology (1895) Talcott Parsons ( ) Robert K. Merton ( ) Funcionalismo Research Committee on Sociology of Law, 1962 Jean Carbonnier ( ) Sociologie juridique, 1972 Critical Legal Studies Michel Foucault ( ) Pierre Bourdieu ( ) Críticas Jürgen Habermas (1929) Consolidação Niklas Luhmann ( ) Rechtssoziologie, 1972 Globalização Interaccionismo Simbólico Erving Goffman ( ) Critical Legal Studies Richard Abel, Marc Galanter, etc. Boaventura de Sousa Santos (1940) Depois da II Guerra mundial, (4) uma etapa durante a qual se avança pouco em sociologia do direito. Os sociólogos entraram num processo de especialização, e não avançam no terreno do direito por este estar reservado às Faculdades de Direito; os juristas evitam a sociologia depois de doutrinas jurídicas inspiradas nela terem-se comprometido com os regimes autoritários. Ver a exigência de Hans Kelsen em voltar a um conhecimento do direito baseado apenas no próprio direito. (5) Sociologia jurídica promovida por juristas conscientes da necessidade de melhor conhecer as realidades sociais para melhor antecipar os efeitos das leis. Entre outros, Jean Carbonnier. Tomam a iniciativa da criação do Research Committee on Sociology of Law nos anos (6) critical legal studies : contra uma visão tecnocrática do direito, e insistindo na urgência de um trabalho transdisciplinar sobre o direito (7) regresso do direito como objecto de discussões genuinamente sociológicas, apoiadas em resultados de investigações

6 FD-UNL Sociologia judiciária Sumários página 6 conduzidas por cientistas sociais com longa experiência em matéria de direito. (8) Esta dinâmica de trabalho empírico cruza-se com os trabalhos de vários sociólogos e cientistas sociais entre estes os autores tratados na UC interessados em elaborar teorias mais globais da realidade contemporânea, às quais, no entender deles, deveriam estar particularmente atentas ao papel do direito. Debate suscitado por intervenções de estudantes sobre as relações entre marxismo e sociologia, e entre ciência e política. 19 de Março de 2011 (4) Correspondendo a etapas muito diferentes no desenvolvimento da sociologia do direito, formularam-se conceitos também estes de natureza muito diversa. Podem distinguir-se em particular duas gerações de conceitos. Os conceitos desenvolvidos por juristas preocupados em distanciar-se da auto-representação do direito (tabela 4, últimas linhas), e os desenvolvidos por sociólogos, procurando inscrever a análise do direito numa análise mais abrangente da realidade socia. Tabela 4: O direito, tema central nas interpretações sociológicas clássicas Correspondência entre formas de sociedade e formas de direito Sociedade Direito Durkheim Divisão do trabalho Direito cooperativo aumenta traduz alterações da moral social Weber Racionalização Profissionalização Dessacralização Parsons Sistema Função de integração Neumann Conflito Instância de compromisso, sob certas condições Instrumentalizável, até certo ponto O direito, tema marginal no desenvolvimento da sociologia no Pós-Guerra A interacção, estruturada nomeadamente pelo direito Parsons Interacções em contextos profissionalizados As profissões jurídicas entre as leis e as pessoas Goffman Interacções em instituições Adaptação primária / segundária às regras A sociologia jurídica fundada por juristas Programar a observação empírica dos factos jurídicos Auto-entendimento do direito Hipóteses juris-sociológicas Carbonnier e outros Panjurismo Unidade Atenção ao Não direito Pluralismo jurídico

7 FD-UNL Sociologia judiciária Sumários página 7 Validade Publicidade Igualdade Aplic. dispositivo (In)efectividade Knowledge and Opinion about Law Justiça de classe Efeitos inesperados Os juristas sociólogos dos anos 1960: preocupação de orientar o trabalho de investigação empírica por hipóteses claramente formuladas. Construção destas hipóteses essencialmente pela negação das grandes características que o direito se dá, por assim dizer, a si próprio (ver tabela 4). Quanto aos sociólogos, deve analisar-se sucessivamente as concepções da realidade social em geral e, com este pano de fundo, os trabalhos sobre o direito. Conceptualização da realidade social: comentário ao quadro incluído na versão completa dos sumários. Dimensões: a realidade social é abordada (i) como composta de sub-conjuntos (de pessoas, de actividades) que nela coexistem (Composição); (ii) como feita de elementos de natureza diferente, que se poderão encontrar em muitos ou todos os sub-conjuntos (constituição); como animada por dinâmicas diferentes ) (iii). Principais evoluções: No plano da composição: importância primordial do tema da diferenciação social; diversificam-se os campos/sistemas estudados; torna-se mais abstracto e, logo, versátil, o conjunto de conceitos elaborados para os analisar; as classes sociais permanecem como tema importante, embora cada vez menos a título de actores, e mais como correspondendo a categorias pelas quais cada um se situa no universo social. Importância crescente de outros grupos sociais; entre estes os que resultam da actuação do próprio Estado. A tensão entre macro-estruturas e experiência das interacções, de motivo de debate entre escolas, passa a ser um tema teórico próprio. A tensão entre os discursos e as práticas motiva o desenvolvimento de uma sociologia do imaginário. Ganham terreno as teorias que procuram ter em conta simultaneamente as tendências para a integração e as para o conflito. Pode falar-se de função integradora do conflito. As concepções da mudança social sofrem uma profunda alteração: perde terreno a noção de progresso, face aos que sublinham os efeitos também negativos deste ( ambivalência da modernidade ), os que sublinham o carácter aleatórios dos processos evolutivos, e os que consideram que se deve deixar de procurar o Progresso e investir em processos locais de emergência de o novo senso comum. Os autores recentes afastam-se de uma noção de sociedade que corresponde à sociedade nação, considerando a importância das influências globais sobre os processos societais locais; a crescente individualização de muitos processos sociais; o facto de uma parte da população ficar de tal maneira desconectada das várias redes de sociabilidade que se pode falar em exclusão social. Tabela 5: Temas Fundação / Reconstrução Época recente (autores tratados) Compo-sição Diferenciação funcional Classes / Estratificação Divisão do trabalho social (Durkheim) Subsistemas sociais (Parsons) Classes sociais (Marx) Estratificação (Parsons) Diferenciação funcional (Luhmann) Os campos sociais (Bourdieu) Diferenciação das esferas de acção / comunicação (Habermas) A distinção (Bourdieu)

8 FD-UNL Sociologia judiciária Sumários página 8 Outras categorizações Delinquência (Foucault) Género, Etnicidade Constituição Interacções / Macroestruturas Discursos / Práticas Estruturo-funcionalismo (Parsons) vs. Interaccionismo (Goffman) Infra-estruturas / Superstruturas (Marx) Sistema e Lebenswelt (Habermas) Interacções, organizações, sistemas funcionais (Luhmann) Arqueologia / Genealogia (Foucault) Dinâmicas Integração Solidariedade social (Durkheim) Integração (Parsons) Telos do entendimento (Habermas) Solidariedade cidadã (Habermas) Conflito Luta de classes (Marx, Neumann) Grondement de la bataille (Foucault) O combate no campo (Bourdieu) Mudança social Racionalização (Weber) Sociedades modernas (Parsons) Modernidade inacabada (Habermas) Evolução (Luhmann) Pós-modernidade (B.S.Santos) Fronteiras Globalização Individualização Exclusão Sociedade-Mundo (Luhmann/Habermas) Semi-periferia (B.S.Santos) Globalizações (B.S.Santos) Sujeito (Foucault) Loucos/reclusos (Foucault) Misère du monde (Bourdieu) Meta-código exclusão (Luhmann) Comentário a um mapa dos temas de sociologia jurídica (incluído no documento Sumários completos ), construído a partir das dimensões da realidade social apresentadas na tabela anterior, e das três modalidades de inserção do direito na realidade social que se deixam derivar dos autores estudados: (i) o direito como microcosmo / sistema social, uma realidade social com alguma autonomia, algum grau de fechamento, uma dinâmica interna; (ii) o direito como um dispositivo com determinadas funções societais, susceptível de ser solicitado, abordado, utilizado por actores sociais que lhe são exteriores e que procurarão obter algo da intervenção do direito em contextos sociais estes também exteriores ao direito; (iii) o direito como realidade longínqua de outros contextos sociais, na perspectiva dos quais poderá apresentar-se como uma realidade opaca e distante, mas, mesmo assim, percepcionada, nomeadamente através dos relatos da comunicação social. Tabela 6: Temas Direito da sociedade Direito e sociedade Direito em sociedade Composição Diferenciação funcional Diversidade das profissões, das instâncias, disciplinas, Relações entre estas Papel do direito nos processos de diferenciação funcional O direito como modelo de diferenciação funcional Realidade jurídica em contextos pouco diferenciados Constituição Classes / Estratificação Outras categorizações Interacções / Macroestruturas Desigualdades nos meios jurídicos Divisões internas ao campo jurídico (novas profissões); género nas prof. jurídicas Rel. entre juristas / Instituições, associações, revistas, etc. Desigualdades no acesso ao dir.; combate às discriminações Criação de categorias em processos jurídicos Rel entre jurist. e não juristas Processos judiciários, legislativos, de consulta (Des)Conhecimento como factor de desigualdades Pluralismo jurídico / Labelling Impacte simbólico do reconhecimento jurídico das pessoas / Imagem do Estado

9 FD-UNL Sociologia judiciária Sumários página 9 Discursos / Práticas Argumentação jurídica / Materialidade do trabalho jurídico (novas tecnol.) Proc. jurídicos como proc. Comunicacionais Efeito disp. materiais do dir. Rel. entre cat. juríd. e repr.soc. Dinâmicas Integração Conflito xxx Cultura jurídica; reprodução do saber jurídico Conflitualidade interna ao dir. / entre paradigmas Mudança social Transformações internas do direito Direito pós-moderno Processos jurídicos de formação de colectivos (Const.) Trat. juríd. dos conflitos; mediação; "cause lawyering" Direito como instrumento de políticas públicas Governança Normas juríd. como referências posit./ negativas Conflitos no direito / conflitos societais Efeitos do direito s/ práticas sociais Efeitos das práticas sobre o direito Fronteiras Globalização Globalização das profissões jurídicas, das temáticas do ensino do direito Processos jurídicos de integração regional e de org. internacional Impacte globalização institucional nas práticas locais Individualização Peso das organizações na prática do direito Potencial individualizador da prática do direito Impacte dir. humanos / lógica organizacional vs. direito Exclusão Selecção nas profissões jurídicas Processos tendencialmente Desorientação face à exclusivos / polít. de inclusão complexidade normativa 2 de Abril de 2011 (1) Depois dos conceitos, apresentação de modelos ; elementos de teoria compondo vários conceitos para dar conta de processos concretos ou de características especificas da realidade jurídica. A partir do texto Réflexions sur les effets du droit dans le domaine économique» (1993 ; incluído no caderno Abordagens sociológicas ao direito, publicado pela Danka, no ISCTE-IUL) e do capítulo Modelos no documento Sociologia do direito (2007, a disposição em formato electrónico no site da UC), discussão de cinco modelos, e sua localização no desenvolvimento da sociologia do direito (tabela 4): dois modelo macro-sociais : (a) interdependência entre direito e outros componentes da realidade social; (b) autonomia das esferas sociais; dois modelos micro-sociais : (c) os usos estratégicos / alternativos do direito; (d) a prática não reflectida do direito. Para além da distinção entre macro- e micro-sociológico: (e) a construção de sujeitos / actores nos processos jurídicos. 2 de Abril de 2011 (2) Um modelo do direito na sociedade que faz a síntese das teorias do direito na sociedade elaboradas mais recentemente (discutidas em particular nas aulas de Sociologia jurídica). Retira-se da comparação de Foucault, Luhmann, Habermas e Bourdieu um quadro teórico onde os principais conceitos são agrupados em dois conjuntos (ver gráfico incluído nos sumários completos) que correspondem cada um a uma perspectiva específica sobre a realidade social: caracterizada, por um lado, por ser tecida por actividades que têm alguma continuidade e inteligibilidade; por outro lado, por ser palco de forças que surgem e se confrontam; caracterizada também por ser mais ou menos diferenciada em actividades diferentes, ou por acolher forças mais ou menos individuadas.

10 FD-UNL Sociologia judiciária Sumários página 10 Gráfico 1: Agir Instâncias ~ Foucault 2 Sujeitos Discussão Actores ~ Foucault 1 ~ Luhmann Discursos Sistemas sociais Dispositivos Organizações Individuação Grondement de la bataille Campos Campos Solidariedade cidadã (Medium) Diferenciação Habitus Habitus Lebenswelt ~ Habermas filósofo ~ Bour- -dieu ~ Habermas sociólogo Comentários gerais sobre este esquema conceptual: (a) distinguem-se desta maneira duas perspectivas sobre a realidade social; a realidade é a mesma, mas abordamo-la com categorias diferentes; e não é facil passar de uma perspectiva para a outra; (b) não é uma invenção de sociólogos; corresponde a uma maneira mais generalizada que temos de olhar para a realidade; é inerente a uma certa forma de colectividade humana, que experiencia a través destas duas abordagens. Daí as dificuldades em passar de uma abordagem para a outra: pôr em causa a diferença entre as duas é pôr em causa a própria natureza de um tipo de sociedade: a sociedade moderna; (c) esta maneira de ver a realidade sob dois ângulos é um efeito de determinados dispositivos culturais entre os quais o próprio direito (pensar num processo judicial: encadeamento de operações formalizadas, rotinizadas ; mas também ocasião de surgirem forças que colidem umas contra as outras). A partir deste modelo, o direito deve ser estudado sob duas perspectivas. Como uma instância própria, eventualmente dividida em sub-instâncias. Nesta perspectiva, trata-se de perceber o que distingue esta instância de outras, como funciona, que consistência tem. Como um elemento da realidade social onde se podem revelar forças sociais, eventualmente forças que já se afirmaram fora do direito e que se servem também do direito nas suas estratégias; ou que surgem dentro dos próprios procedimentos jurídicos. Exemplo um grupo que toma melhor consciência da sua coesão no âmbito de um processo de formalização jurídica do grupo, com a criação de uma associação ou outra figura jurídica que o reconheça (mais sobre este modelo em Guibentif, Teorias sociológicas comparadas e aplicadas. Bourdieu, Foucault, Habermas e Luhmann face ao direito, Cidades Comunidades e Territórios, nº 14, texto à disposição no site da unidade curricular).

11 FD-UNL Sociologia judiciária Sumários página 11 Breve aplicação dos cinco modelos apresentados em primeiro lugar ao mundo judiciário. Uma aplicação do último modelo proposto será exposta na próxima aula.

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