Festival Nacional de Robótica. Manual do organizador

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1 Festival Nacional de Robótica Manual do organizador Outubro/2005

2 Índice Parte 1: Página 1 INTRODUÇÃO DIVULGAÇÃO LOCAL E DATA COMPETIÇÕES GESTÃO CORRENTE APOIOS REGRAS ENCONTRO CIENTÍFICO...6 PARTE INTRODUÇÃO REQUISITOS COMUNS CONDUÇÃO AUTÓNOMA SOCCER MIDDLE-SIZE LEAGUE FUTEBOL ROBÓTICO MÉDIO - FRM JUNIOR SOCCER FUTEBOL ROBÓTICO JUNIOR - FRJ RESCUE BUSCA E SALVAMENTO - BS DANÇA JUNIOR - DJ OUTRAS ÁREAS...26

3 FNR - Manual do organizador 2 1 Introdução O Festival Nacional de Robótica (FNR) é actualmente o maior encontro científico com competições de robótica que tem lugar em Portugal, tendo-se realizado anualmente desde a primeira edição que teve lugar em Guimarães em 2001 ( Este documento estabelece os procedimentos a ter em conta na realização de um FNR, pretendendose que ele seja actualizado no final de cada edição. Este manual encontra-se estruturado nas seguintes secções: Parte 1: Divulgação, onde se estabelecem as várias actividades que é necessário ter em conta para uma divulgação atempada e eficiente. Local, onde se definem as características e aspectos a ter em conta na escolha do local. Competições, onde se definem as tarefas e responsabilidades a atribuir necessárias para o bom desenrolar das mesmas, antes, durante e depois da realização do evento. Gestão Corrente, onde se definem as várias actividades necessárias à gestão corrente do evento, incluindo as responsabilidades a distribuir e a gestão das inscrições e alojamento dos participantes. Apoios, onde se definem os procedimentos a ter em conta para atempadamente solicitar patrocínios a várias entidades e concorrer aos diversos concursos disponíveis para o financiamento do FNR. Regras, onde se definem os procedimentos para o estabelecimento das regras das competições, os prazos a cumprir e as entidades responsáveis pela sua elaboração. Encontro Científico, onde se detalham os procedimentos necessários à realização do encontro científico e publicação das respectivas actas. Parte 2: Requisitos para a construção da infraestrutura necessária à realização das competições robóticas integradas no FNR. 2 Divulgação Para uma correcta divulgação do evento torna-se necessário: Elaborar um poster alusivo ao evento e reproduzi-lo em várias dimensões. Enviar, até quatro meses antes do evento, uma versão A4 do poster a: o universidades, o laboratórios de investigação, o escolas secundárias e profissionais (a lista de endereços está disponível dos anos anteriores e a actualização pode ser pedida ao Giase Gabinete de Informação e Avaliação do Sistema Educativo do Ministério da Educação que elabora anualmente um roteiro das escolas acessível em o autarquias, o postos de turismo, o empresas (para além de empresas locais poderá recorrer-se à lista de assinantes da revista Robótica), o clubes/associações de robótica/electrónica (ANPEE e similares), o APCA e outras associações científicas, o Ciência Viva (que redistribui a informação e pode listar o evento online) o meios de comunicação social,

4 FNR - Manual do organizador 3 o etc. Construir a página web do evento e solicitar o link para ela na página do FNR ( Criar as faixas publicitárias a colocar no local do evento e, eventualmente, em locais da cidade de boa visibilidade (esta é uma actividade que tipicamente poderá decorrer em colaboração com a câmara municipal local). Produzir Spots publicitários para a rádio (locais ou nacionais), televisões e painéis informativos da cidade. Realizar filmagens (ou proceder à contratação do serviço) antes e durante o FNR e produzir o video ou o CD do evento a ser enviado a todos os participantes. 3 Local e data Escolher o local para a realização do FNR. A escolha do local de realização do FNR deverá ter em conta os seguintes aspectos: o espaço disponível para as pistas e campos, o espaço e mesas de trabalho para as equipas, o bancadas para o público, o condições de iluminação (evitar iluminação natural directa), o existência ou possibilidade de colocação de painéis informativos (para afixação do calendário das provas, resultado das competições,...), o proximidade de salas para o Encontro Científico, o proximidade do eventual alojamento das equipas, o alimentação no local ou nas proximidades, o boas acessibilidades, o instalação sonora, o espaço para colocação de stands para patrocinadores, o instalações sanitárias, o primeiros socorros, o boas perspectivas de público. Apresentar, à entidade responsável pelo local, o caderno de encargos com as especificações dos materiais e plantas necessários às várias ligas, organização e público em geral (os aspectos logísticos de cada liga - construção das pistas, espaço desejável e suas características, etc. - são actualizados pelo comité técnico de cada liga e encontram-se descritos na 2ª parte deste documento). Definir a data de realização do FNR tendo em conta: o proximidade com eventos que atraiam público, o compatibilidade com o calendário escolar das escolas básicas, secundárias e profissionais, o compatibilidade com eventos internacionais para os quais o FNR seja o evento de qualificação, sendo o RoboCup tipicamente em Junho/Julho, a selecção tem de ser feita antes por forma a que as equipas possam encontrar financiamento, o disponibilidade do local de realização do evento. Nota 1: A conjunção destes factores em anos anteriores tem levado à realização dos FNR em finais de Abril, tipicamente perto dos feriados de 25 de Abril ou de 1 de Maio. Nota 2: A decisão sobre o local de realização do FNR no ano seguinte tem decorrido em reunião da CTC no final da edição desse ano. Dada a necessidade de prever atempadamente a reserva de eventuais espaços, essa decisão deve ser antecipada sendo desejável que em cada FNR se decida o local da realização do FNR dos dois anos seguintes.

5 FNR - Manual do organizador 4 4 Competições Construção e montagem das pistas e campos segundo as regras definidas no seio do comité técnico de cada liga e que se descrevem na 2ª parte deste documento. Verificação prévia do bom estado das pistas e campos (quando já existentes) e teste do software correspondente. Definir o(s) responsável(is) por cada prova. Definir árbitros e auxiliares (conhecedores das regras). Prever em quantidade suficiente: o Apitos, o Cronómetros, o Folhas com resultados e classificações. Prever coletes com cores específicas para os árbitros e responsáveis pelas ligas. Realizar software de cálculo e afixação de resultados (ou adaptar o existente para as novas regras). Prever a colocação de um projector de vídeo (e respectivo computador) para afixação, no decurso das competições, de informação às equipas e ao público em geral (por exemplo o cronómetro oficial da prova). Seleccionar voluntários para apoio às equipas, nomeadamente: o indicação dos transportes para o alojamento e alimentação, o informação de locais para compras de material, o encaminhamento para eventual assistência médica. Nota: É importante que as pistas e campos sejam montados e limpos antes do evento, de modo a assegurar que todos os componentes estão disponíveis e que as pistas ou campos se encontram sem defeitos e prontos para a competição. No Robótica 2005 a logística da pista de Busca e Salvamento foi assegurada pela escola Gustavo Eiffel (prof. Eduardo Pinto) que assegurou o transporte e a montagem das duas pistas de Busca e Salvamento, a troco da inscrição gratuita das suas equipas. 5 Gestão Corrente Definição dos responsáveis pelo financiamento do evento e pela sua gestão financeira. Definição do gestor da equipa de voluntários (um evento normalmente necessita de cerca de 50 voluntários que devem ser angariados antecipadamente e devidamente escalonados para as variadas funções). Definição do responsável pelo processo de inscrição dos participantes. Definição do responsável pelos contactos com a imprensa (conferências de imprensa, colectânea de artigos publicados, entrevistas, etc.). Definição do responsável pelo protocolo (sessão de abertura, envio de convites, recepção a VIPs, sessão de encerramento, entrega de prémios, etc.). Definição das interfaces com os participantes de modo a definir quem responde a quem, promovendo assim uma resposta coerente e atempada aos pedidos de informação que surgem das equipas das várias ligas e do público em geral. Definição do responsável pela elaboração e actualização da página web do evento. Criação da base de dados com todas as equipas e participantes no evento. Elaboração e teste do software de gestão das inscrições no evento. Emissão dos certificados de participação, de modo a permitir a sua entrega às equipas no acto de registo no evento. Elaboração do mapa de distribuição das equipas pelas mesas de trabalho. Identificação das mesas de trabalho com os nomes das equipas.

6 FNR - Manual do organizador 5 Elaboração de badges, T-shirts, bonés, pins, etc. para os participantes. Prémios (compra atempada de troféus e outros prémios, elaboração dos diplomas). Colocação do material nas pastas (incluindo os certificados de participação). Nota: A gestão das inscrições é, tradicionalmente, uma tarefa bastante exigente, pois as equipas mudam a sua constituição frequentemente o que se torna crítico. À semelhança do que existe para as conferências, deveria passar a haver um software que tornasse viável a situação de serem as equipas a inscrever-se na web e a introduzir os seus dados, podendo fazê-lo até determinada data. Esse software também poderia servir para a gestão do encontro científico. A construção automática a partir daí da base de dados dos participantes, com todos os campos necessários, poderá evitar muita duplicação de informação. 6 Apoios Elaboração de um orçamento detalhado tendo em atenção os orçamentos dos anos anteriores de forma a não deixar aspectos por contemplar. Procura de apoios monetários ou em espécie das mais variadas fontes, nomeadamente: o universidades, o laboratórios de investigação, o autarquias, o postos de turismo, o empresas, o clubes/associações de robótica/electrónica, o APCA e outras associações científicas, o meios de comunicação social, o FCT o Ciência Viva o Programas Europeus Dado que as entidades que dão apoios monetários, mesmo depois de garantidos, podem levar algum tempo até à disponibilidade material dos mesmos, é importante que se prevejam os mecanismos necessários para que a entidade organizadora possa dispor de um fundo de maneio suficiente para poder ir avançando com as actividades necessárias à preparação do encontro. Nota: Exemplos das fontes de financiamento mais importantes do Robotica 2003: Comissão Coordenadora da Região de Lisboa e Vale do Tejo, Ciência Viva, FLAD (pagou a viagem do orador convidado Manuela Veloso), FCT (edição das actas da conferência). Ordem dos Engenheiros e Revista Robótica dão apoios simbólicos na divulgação mas importantes. As câmaras municipais podem ser importantes fontes de financiamento como foi o caso do FIST em Loures. O financiamento europeu tem sido descurado mas é de explorar, porventura como forma de internacionalização do evento (ainda que, numa primeira fase, apenas com regiões espanholas fronteiriças). 7 Regras Discussão das regras de todas as classes até meados de Setembro. Com a constituição dos Comités Técnicos para as várias competições, estes ficaram responsáveis pela actualização das regras incluindo a actualização atempada dos respectivos documentos.

7 FNR - Manual do organizador 6 As regras devem contemplar os aspectos logísticos nomeadamente as dimensões e materiais de construção das pistas e campos, espaço desejável e suas características, zonas para público, etc., necessários à elaboração do caderno de encargos a apresentar à entidade que gere o local de realização do encontro (ver parte 2). Definição dos júris da competição. Envio dos convites para júri (ter em atenção a especificidade do júri de dança que deve envolver pessoas de alguma forma ligadas à dança). Publicação das regras até ao final do mês de Setembro. Nota1: A publicação atempada das regras na web é essencial. Uma redacção clara é importante para evitar ambiguidades. A CTC aprova a versão final das regras antes de as mesmas serem publicadas. Nota2: Chama-se a atenção para o facto de os vários comités deverem incluir, em anexo às regras, os aspectos logísticos que pretendam ver contemplados para a realização das competições. 8 Encontro Científico Cabem neste âmbito as tarefas típicas de um Encontro Científico (EC) normal, nomeadamente: Definição do responsável pela sua organização. Escolha do local (preferencialmente no local do evento ou bastante perto dele). Prever meios de projecção para a(s) sala(s) onde o evento vai decorrer (nomeadamente um projector de vídeo, um computador e um retroprojector) Escolha do local do almoço do EC e da logística das pausas para café. Definição dos membros do comité de programa. Definição dos autores da(s) sessão(ões) plenária(s) e envio dos convites. Elaboração do CFP, podendo, à semelhança do ICRA, incluir a possibilidade de submissão de vídeos. Distribuir o CFP (por e snail-mail). Enviar vários CFP para os membros da CTC e da CO que participem em conferências (ou conheçam alguém que os possa levar) para os colocar na mesa de difusão de CFP normalmente existentes na conferência. Verificar que, no orçamento do FNR, estão incluídas todas as verbas e receitas do EC, nomeadamente os custos do orador convidado e da elaboração das actas em papel ou CD. Poder-se-á recorrer a apoios específicos provenientes de entidades como o FACC/FCT ou do IEEE RAS Portuguese Chapter. Recepção dos artigos. Envio dos artigos para revisão. Escolha dos artigos aceites. Elaboração do programa do encontro. Impressão em papel do programa do encontro para introdução na documentação distribuída. Produzir as actas em CD, procurando incluir vídeos ilustrativos quando disponíveis. Colocar as actas em CD juntamente com a documentação distribuída. Colocação do programa à entrada da(s) sala(s) utilizada(s). Actualização periódica da página web do encontro (integrada na página do evento). Escolhas de presidentes (chairs) para as sessões. Definição dos voluntários que apoiarão a gestão dos microfones nas perguntas da audiência. Escolha dos melhores artigos para publicação em revista da especialidade. Esta escolha deverá, preferencialmente, ser feita durante o encontro, podendo haver uma sessão final de prémios (awards) para os melhores artigos.

8 FNR - Manual do organizador 7 Parte 2 1 Introdução Descrevem-se aqui os requisitos para a construção da infraestrutura necessária à realização das competições robóticas integradas no FNR. As competições que integram o FNR (em 2006) são as seguintes: Condução Autónoma FUTEBOL (SOCCER) o Middle-Size League Futebol Robótico Médio - FRM o Small-Size League * o Simulation * o Four legged * JUNIOR o Dance League Dança Junior - DJ o Rescue League Busca e Salvamento - BS o Soccer League Futebol Robótico Junior - FRJ *As ligas Small-Size, Simulation e Four Legged não são apresentadas uma vez que até 2005 não houve competição das mesmas sendo apenas realizadas apresentações das poucas equipas participantes. Enquanto estas ligas não ganham massa crítica, as demonstrações e logística associada são asseguradas pela(s) equipa(s) participantes. O documento está organizado da seguinte forma: começa-se por listar os requisitos gerais comuns a todas as ligas, sendo depois cada liga tratada individualmente. 2 Requisitos Comuns As ligas de robots reais têm normalmente fortes requisitos em termos de distribuição de alimentação eléctrica, espaço e necessidade de placards com resultados visíveis ao público e participantes. Todas as competições dispõem de uma zona em que são dispostos os campos/pistas e de uma outra zona, designada por área de trabalho, onde deve ser previsto espaço para um stand por equipa. A área de trabalho consiste num conjunto de cadeiras e mesas de 0.7x1.5m ou semelhante, em número indicado mais à frente neste documento para cada uma das competições e ainda um número de tomadas de energia eléctrica com capacidade indicada caso a caso. A título indicativo apresentamse nas figuras seguintes indicações típicas sobre as zona de competição, as zonas abertas ao público, as zonas de trabalho e área de trabalho típica pretendida para uma equipa.

9 FNR - Manual do organizador 8 Figura 1. Zona aberta ao público, zona reservada aos competidores e stand típico para uma equipa. Nas imagens não está patente a área que deverá ainda ser disponibilizada para a organização de cada liga. Esse stand de trabalho deverá conter :

10 FNR - Manual do organizador 9 Lista de Materiais nos Stands dos Comités Organizadores 2 mesas de 1.5m x 0.75m cada 4 cadeiras 1 switch com várias portas de acesso à Internet 1 armário fechado com chave 1 quadro branco para discussões entre organização e equipas, incluindo magnetos para deixar mensagens em papel 1 computador 1 Impressora Todas as zonas de campos/pistas (designadas neste documento por áreas de competição) são reservadas exclusivamente aos participantes e deverão ser vedadas de uma forma que, sem impedir a visibilidade para o que nelas se passa, desmotive o público de circular nelas. O público deve sempre ser dirigido para as bancadas. Não está também indicada nas figuras a área de afixação de resultados. Por cada liga deverá existir um écran de projecção onde serão apresentados os resultados ou dados importantes relativos à competição em curso (por exemplo, temporizações e penalizações da prova em curso da condução autónoma). Todas as ligas necessitam ainda de: apitos para árbitros cronómetros placards para resultados écrans de projecção projectores Para a organização do FNR será necessário 1 sala de imprensa (2 PCs) 1 sala para a organização (3 PCs + 1 impressora a cores) 1 sala de reuniões para os membros da organização com 1 projector de vídeo Serão ainda necessárias salas para a realização do encontro científico (ver parte correspondente neste documento) mas este poderá ou não decorrer no mesmo local das competições.

11 FNR - Manual do organizador 10 3 Condução Autónoma 3.1 Sumário Número de mesas: o junto ao campo: 2 (1,5m x 0,7m) o na área de trabalho das equipas: 2 por equipa (1,5m x 0,7) Número de cadeiras: o 4 + (4 * número de equipas) Material informático: o 1 PCs para cronometragem e controlo das provas o 1 PC para processamento dos tempos e penalizações das equipas o 1 projector de vídeo + tela para afixação do cronómetro oficial da prova e dos resultados Material de apoio: software de cronometragem e controlo da prova 3.2 Área de competição Dimensões e materiais Pista A pista desenrola-se dentro de uma área de (11 x 16.4)m, possui o formato de estrada e é delimitada por duas linhas laterais e paralelas. Um imagem representativa do respectivo traçado é apresentada na Figura 2. Os raios de curvatura interior e exterior dos traçados curvos são respectivamente de 1.5m e 3.1m. O troço rectilíneo tem 10m de comprimento. A distância entre linhas, no bordo interior, é de 150cm, sendo estas de 5cm de largura. No centro da pista existe uma linha tracejada que a divide em duas faixas de rodagem iguais. Os troços brancos desta linha têm 5cm de largura por 20cm de comprimento e encontram-se espaçados de 15cm. Todos os dados relativos às principais medidas da pista, passadeira e zona de estacionamento estão indicados na Figura 3. Figura 2. Formato da pista.

12 FNR - Manual do organizador 11 Figura 3. Dimensões da pista.

13 FNR - Manual do organizador 12 A pista é construída sobre uma alcatifa preta (absorvente de infravermelhos). As linhas laterais são brancas e reflectoras de infravermelhos. A zona exterior à pista, mas adjacente à linha externa, numa banda com pelo menos 20cm de largura, é da mesma cor do chão da pista. A meio da recta central, na junção dos dois troços circulares, está colocada uma passadeira como a representada na Figura 4. A zona "zebrada" é constituída por sete traços brancos com 10x30cm, espaçados de 10cm entre si. Esta zona encontra-se afastada das linhas delimitadoras da pista de 10cm. A passadeira é limitada de ambos os lados por dois traços brancos com 10x130cm (centrados na pista). Todos os traços brancos da passadeira são reflectores de infravermelhos. Figura 4. Passadeira e zona de partida/chegada. Depois da passadeira está colocado uma parque de estacionamento. Consiste em dois rectângulos contíguos onde se encontra inscrita a letra "P". As respectivas medidas e distâncias à pista podem ser consultadas na Figura 3. Túnel O túnel será colocado na pista num dos seus sectores circulares e cobrirá um raio de curvatura de cerca de 90º. As suas dimensões interiores são de 150cm de largura e aproximadamente 100cm de altura. O seu comprimento médio é de cerca de 3,6m. Os bordos verticais de entrada e/ou saída do túnel terão uma largura mínima de 5cm. Estes bordos, bem como as paredes interiores serão de cor branca, de forma a reflectirem luz infravermelha. O tecto poderá ser em qualquer material, não necessariamente branco, nem necessariamente plano (pode, por exemplo, ser construído num pano opaco de uma cor escura). Zona de obras A zona de obras corresponde a uma alteração ao trajecto original da pista. Esta zona tem um comprimento e uma forma desconhecida das equipas, sendo a sua colocação revelada pela organização após o encerramento do parque fechado. A zona de obras poderá coincidir com uma zona em curva ou com uma zona em recta do percurso original. A zona de obras é limitada à entrada e à saída por dois pares de cones cor de laranja (adaptados dos utilizados nas obras das estradas com 30 cm de altura), colocados sobre a linha delimitadora da pista. O percurso em obras será delimitado à esquerda e à direita por uma sequência de cones semelhantes aos já referidos e espaçados entre si de uma distância igual a cerca de 1m. Cada par de cones consecutivos encontra-se unido por uma fita com 5cm de largura, colocada na vertical e de cor alternadamente vermelha e branca. A base desta fita ficará a cerca de 10cm do solo. Este percurso inicia-se nas linhas delimitadoras da pista, afasta-se delas para o exterior (interior) da mesma, regressando posteriormente ao traçado original. Na Figura 5 é possível observar uma imagem exemplificativa de uma zona de obras.

14 FNR - Manual do organizador 13 Figura 5. Exemplo de uma zona de obras. Obstáculo Durante a competição será colocado na pista um obstáculo que impedirá a circulação dos robôs por uma das faixas de rodagem. O obstáculo é um paralelepípedo rectângulo de base quadrada com 60cm de lado e uma altura mínima de 20cm construído num material leve (por exemplo esferovite). Um exemplo de colocação deste obstáculo pode ser observado na Figura 6. Figura 6. Exemplo de colocação do obstáculo na pista. Painel Sinalético Sobre a passadeira serão montados dois painéis TFT com 15 de dimensão diagonal, em posição invertida e verticalmente alinhados com cada uma das faixas de rodagem, tal como representado na Figura 7. A estrutura de suporte é colocada de forma a ficar alinhada sobre a passadeira, devendo os pés de apoio estar a uma distância mínima de 30 cm da linha branca delimitadora da pista. Para a construção desta estrutura recomenda-se a utilização de perfil Bosh 30x30mm.

15 FNR - Manual do organizador Requisitos de iluminação Figura 7. Colocação dos paineis sinaléticos. Devem ser evitados focos de iluminação directa bem como luminosidade natural (uma vez que os paineis sinaléticos são colocados numa posição elevada, deve ter-se especial cuidado na eventual colocação de focos de iluminação directa). A iluminação artificial deverá ser constante e uniforme (por exemplo 500 lux) e deverá estar sempre ligada durante as horas de abertura do pavilhão aos participantes. Deverá ser tomado cuidado para que as estruturas verticais que possam ser instaladas não criem sombras no campo. 3.3 Área de trabalho para as equipas Stands A área de trabalho para as equipas corresponde a duas bancadas da área standard definida nas condições gerais, mais o stand para a comissão responsável pela liga Requisitos eléctricos A potência instalada em cada stand deverá ser de 2000 W. Cada um destes pontos de alimentação deverá ter um disjuntor próprio, e 2 ou mais tomadas onde as equipas ligarão as suas extensões triplas. A localização das tomadas deverá ser junto a cada stand.

16 FNR - Manual do organizador 15 4 Soccer Middle-Size League Futebol Robótico Médio - FRM 4.1 Sumário Número de mesas: o junto ao campo: 6 (1,5m x 0,7m) o na área de trabalho das equipas: 3 por equipa (1,5m x 0,7) o para colocar as referee boxes: 1 (1,5m x 0,7) Número de cadeiras: 7 + (6 * número de equipas) Material informático: 1 PC para referee box, 1 Access Point Material de apoio: 1 cronómetro, 1 apito 4.2 Área de competição Dimensões e materiais Cada campo terá como área útil de jogo um rectângulo de 12m x 8m, sendo depois necessário um metro a toda a volta ainda com alcatifa verde, mais 2 metros de área limitada apenas aos elementos das equipas em jogo (e interdita ao público). A base do campo deverá ser tal que o chão fique rigorosamente uniforme. Na Figura 8, pode ver-se o aspecto final de um campo para a MSL. À semelhança das outras ligas, este tem duas balizas idênticas sendo uma amarela e outra azul. Nos cantos do campo (fora das 4 linhas) existem 4 postes, devidamente dimensionados abaixo, com cores iguais às das balizas sendo divididos em três partes. Os postes com cores que existem em duplicado são colocados no lado do campo com a baliza da mesma cor. Figura 8. Vista geral de um campo MSL. As linhas de campo têm duas larguras: 12,5cm (para as linhas do rectângulo principal) e 5cm (para todas as outras linhas no campo). Na Figura 9 mostra-se uma vista de topo do campo, com todas as dimensões para a localização das linhas de jogo. A baliza é de madeira, e deve estar bem presa ao chão. Importa salientar que alguns robôs são pesados e podem arrastar as balizas. As dimensões e desenho das balizas são apresentadas na Figura 10.

17 FNR - Manual do organizador 16 Figura 9. Visto de topo com todas as dimensões das linha. Figura 10. Forma da baliza (há uma azul e outra amarela)

18 FNR - Manual do organizador 17 Há 2 postes com duas partes amarelas e 2 postes com duas partes azuis. Os postes com duas partes azuis são colocados do lado da baliza azul, e os postes com duas partes amarelas são colocados do lado da baliza amarela. Cada poste tem 1 metro de altura. Os postes estão representados na Figura 11. Figura 11. Vista dos postes da MSL (em cada campo há 2 de cada). O campo tem uma pequena barreira de segurança para impedir que os robôs possam sair do campo. Esta barreira consiste numa borda pintada de preto e com as dimensões de 10cm de espessura por 10cm de altura como demonstra a Figura 12. Figura 12. Borda do campo. Como se vê na Figura 13, existem ainda 8 marcas (6 pretas e 2 brancas) no campo. Consistem em pequenos círculos com 5cm de diâmetro. As brancas consistem na marca de grande penalidade e as

19 FNR - Manual do organizador 18 pretas ficam colocadas na mesma direcção que as marcas de grande penalidade e de linha central. A outra coordenada consiste na divisão do campo (à largura) em 4 partes iguais ficando as marcas pretas na intersecção entre estes pontos. Figura 13. Um lado do campo, com as marcas pretas e brancas visíveis Fora do campo ficará ainda uma área de 2 metros de lado (a toda a volta do campo) onde ficarão instaladas as equipas durante os jogos. Junto a cada campo existirá 1 mesa e 3 cadeiras por equipa (num total de 6 mesas e 18 cadeiras por campo). Uma distribuição típica das mesas à volta do campo está exemplificada na Figura 14. Mesa 1 Mesa 2 Mesa 3 Área restrita às equipas Mesa 4 Mesa 5 Mesa 6 Figura 14. Exemplo de plano de campo. No entanto, dado que esta poderá ser demasiado rígida e que se pretende ter um espaço reservado para os árbitros, a solução a adoptar será a da Figura 15. Nesta versão, cada equipa dispõe de cerca de 18 metros quadrados, distribuídos da forma como indica a imagem. Os árbitros ficam na zona central da lateral do campo.

20 FNR - Manual do organizador Requisitos de iluminação Figura 15. Plano de campo a adopter para a MSL. A iluminação do campo deverá ser o mais uniforme possível (500 lux) e deverá estar sempre ligada e constante durante as horas de trabalho das equipas. Deverá ser tomado cuidado para não serem instaladas estruturas verticais que possam criar sombras no campo. A zona colorida de cada baliza (amarelo e azul) deve ter luz suficiente de modo que seja visível pelos robôs. 4.3 Área de trabalho para as equipas Stands A área de trabalho deverá integrar 1 stand por equipa mais o stand para a comissão organizadora Requisitos eléctricos A potência instalada em cada stand deverá ser de 2-3 KW. Cada ponto de luz disponibilizado na área do campo deverá ter 2 KW. Cada um destes pontos de alimentação deverá ter um disjuntor próprio, e 3 ou mais tomadas onde as equipas ligarão as suas extensões triplas. A localização das tomadas deverá ser, no primeiro caso, junto a cada stand e, no segundo caso, por baixo de cada mesa do campo.

21 FNR - Manual do organizador 20 5 Junior Soccer Futebol Robótico Junior - FRJ 5.1 Sumário Número de campos: o Soccer2x2: tipicamente entre uma a duas dezenas em função do número de equipas e da necessidade de condensar todas as provas num só dia. o Soccer 1x1: (desde 2006 deixaram de ser necessários pois as equipas 1x1 são associadas a outras equipas 1x1 de modo a formar equipas mistas 2x2) Número de cadeiras: 4 por equipa Número de mesas: 1 por equipa Material de apoio: por campo, 1 cronómetro, 1 apito, 1 bolas electrónica, painel de resultados; no geral prever pilhas de substituição para as bolas (1 conjunto novo por cada duas horas). 5.2 Área de competição Dimensões e materiais Campos 2x2 As dimensões e materiais são as indicadas pelo robocup ( Em 2005 as dimensões dos campos de 2x2 são de 122 x 183cm (Figura 16). Existe igualmente uma parede a toda a volta do campo, com 14cm de altura e pintada de preto. Nos cantos são aplicados reforços triangulares com 8cm de lado. As balizas têm 45cm de largura e estão pintadas a cinzento. O chão apresenta um dégradé de branco até preto, de um lado ao outro. Existe uma faixa de 15cm em cada lado, da cor do lado respectivo, isto é, branca ou preta. Figura 16. Dimensões do Campo de Futebol Junior, 2x2.

22 FNR - Manual do organizador Requisitos de iluminação Não há requisitos especiais de iluminação. A iluminação do pavilhão será a única luz artificial disponível, e deverá estar sempre ligada durante as horas de abertura do pavilhão aos participantes. Deverá ser tomado cuidado para não serem instaladas estruturas verticais que possam criar sombras no campo. 5.3 Área de trabalho para as equipas Stands A área de trabalho deverá integrar 1 stand por equipa mais o stand para a comissão organizadora, conforme condições gerais Requisitos eléctricos Deverá ser disponibilizado 1 circuito com 3 tomadas (extensão tripla) com ligação de terra e protecção independente de 6 A por cada mesa mais 2 para a organização.

23 FNR - Manual do organizador 22 6 Rescue Busca e Salvamento - BS 6.1 Sumário Rescue: 2 pistas de 3 módulos cada Número de cadeiras: 4 por equipa Número de mesas: 1 por equipa Material de apoio: 2 cronómetros, 1 apitos 6.2 Área de competição Dimensões e materiais Haverá duas pistas de Rescue-Junior, cada uma composta por 3 módulos, dois dos quais serão sobrepostos, isto é, montados um por cima do outro (Figura 17). Figura 17. Vistas de cada pista de Resce-Junior.

24 FNR - Manual do organizador 23 A Figura 18 mostra a estrutura e dimensões de cada módulo. O piso de cada pista deve ser coberto com uma placa de cartão prensado, ou outro material equivalente com suficiente rigidez para que se mantenha sempre nivelado. O revestimento do piso deve ser de uma cor clara (branco ou próximo do branco) e ser liso ou ter uma textura muito discreta (oleado ou alcatifa de cerdas curtas). As paredes dos módulos serão também de cartão prensado ou equivalente, terão a altura de 28cm e serão afixadas às traves de suporte verticais, pelo lado interior. A Figura 19 mostra o esquema das várias paredes. a) Vista lateral 910mm b) Vista de topo 1220mm Figura 18. Dimensões e estrutura de cada módulo: a) vista lateral, b) vista de topo. 1220mm 940mm 280mm 230mm portas 250mm Figura 19. Dimensões das paredes dos módulos, com e sem portas. Note-se, ainda, que os módulos estão ligados por corredores que ligam as respectivas portas. No caso de módulos que se encontram em níveis diferentes, serão utilizadas rampas. Estas deverão ter uma protecção lateral para evitar que os robôs caiam (não instalada na pista da Figura 17). Os corredores e rampas têm uma largura de aproximadamente 30cm.

25 FNR - Manual do organizador Requisitos de iluminação Não há requisitos especiais de iluminação. A iluminação do pavilhão será a única luz artificial disponível, e deverá estar sempre ligada durante as horas de abertura do pavilhão aos participantes. 6.3 Área de trabalho para as equipas Stands A área de trabalho deverá integrar 1 stand por equipa mais o stand para a comissão organizadora Requisitos eléctricos Deverá ser disponibilizado 1 circuito com 3 tomadas (extensão tripla) com ligação de terra e protecção independente de 6 A por cada mesa mais 2 para a organização.

26 FNR - Manual do organizador 25 7 Dança Junior - DJ 7.1 Sumário Número de cadeiras: 4 por equipa Número de mesas: 1 por equipa Material de apoio: Instalação sonora de boa qualidade para a reprodução das músicas dos concorrentes. A instalação deverá poder ler os suportes digitais mais comuns (CD, mp3, pen usb) 7.2 Área de competição Para a realização das provas de dança deverá ser disponibilizada um palco com área de 11x6m livre de obstáculos e plana. Para a superfície do palco devem ser seguidas as regras do RoboCup Junior ( Em 2005 as regras referiam The floor provided shall be made of unpainted MDF (compressed wood fibre). Teams are encouraged to practice on the same flooring type to reduce set-up time at the International competition. While floor joints will be taped to make them as smooth as possible, Robots must be prepared for irregularities of up to 3 mm in the floor Requisitos de iluminação Não há requisitos especiais de iluminação, embora seja normal que o palco esteja iluminado com projectores para além da iluminação do pavilhão. 7.3 Área de trabalho para as equipas Stands A área de trabalho deverá integrar 1 stand por equipa mais o stand para a comissão organizadora Requisitos eléctricos Deverá ser disponibilizado 1 circuito com 3 tomadas (extensão tripla) com ligação de terra e protecção independente de 6 A por cada mesa mais 2 para a organização.

27 FNR - Manual do organizador 26 8 Outras Áreas Deverão ser previstos igualmente espaços para exposições, demonstrações de outros robôs e ainda para eventuais patrocinadores.

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