ASPECTOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS DA PODA E DO CONTROLE QUÍMICO NO MANEJO DA LEPROSE DOS CITROS

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS CÂMPUS DE JABOTICABAL ASPECTOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS DA PODA E DO CONTROLE QUÍMICO NO MANEJO DA LEPROSE DOS CITROS FERNANDO CESAR PATTARO Engenheiro Agrônomo JABOTICABAL SÃO PAULO BRASIL 2006

2 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS CÂMPUS DE JABOTICABAL ASPECTOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS DA PODA E DO CONTROLE QUÍMICO NO MANEJO DA LEPROSE DOS CITROS Fernando Cesar Pattaro Orientador: Prof. Dr. Carlos Amadeu Leite de Oliveira Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias UNESP, Câmpus de Jaboticabal, para a obtenção do Título de Doutor em Agronomia, Área de Concentração em Entomologia Agrícola. Jaboticabal SP Dezembro 2006

3 3 Pattaro, Feranando Cesar P294a Aspectos técnicos e econômicos da poda e do controle químico no manejo da leprose dos citros / Fernando Cesar Pattaro. Jaboticabal, 2006 xii, 140 f. ; 28 cm Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2001 Orientador: Carlos Amadeu Leite de Oliveira Banca examinadora: Renato Beozzo Bassanezi, Celso Omoto, Modesto Barreto, Sergio Antonio de Bortoli Bibliografia 1. Brevipalpus phoenicis. 2. Viabilidade econômica. 3. Citros orgânicos. I. Título. II. Jaboticabal-Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. CDU 595.4: Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal.

4 i DADOS CURRICULARES DO AUTOR FERNANDO CESAR PATTARO nasceu em 31 de março de 1972, na cidade de Presidente Prudente São Paulo. Graduou-se como Engenheiro Agrônomo em fevereiro de 2000, pela Universidade Estadual de Maringá UEM, e obteve o título de Mestre em Agronomia, área de concentração em Entomologia Agrícola, em fevereiro de 2003 pela Universidade Estadual Paulista UNESP, câmpus de Jaboticabal.

5 ii À minha esposa e filha Josiane e Giovana, pelo amor, dedicação e alegria Dedico...

6 iii AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Carlos Amadeu Leite de Oliveira, pela orientação, confiança, amizade e respeito demonstrados durante nosso convívio, além das oportunidades que me foram dadas. À família Oliveira, pelo apoio e amizade. amizade. Aos docentes e funcionários do Departamento de Fitossanidade, pelo convívio e À Universidade Estadual Paulista, pela oportunidade de aprender. À Capes e ao Fundecitrus, pelo apoio financeiro. Ao Grupo Branco Peres, pela cessão da área experimental, bem como funcionários da Fazenda São Pedro pelo auxílio na condução do experimento. aos Ao amigo Daniel Júnior de Andrade, pelo companheirismo e serviços prestados no desenvolvimento do projeto. Aos amigos Douglas B. Maccagnan, Marcos A. Macedo, Rosângela S. Falconi, Maria Andréia Nunes, pela amizade, companheirismo e colaboração. Aos meus pais Judith e Antenor, pelo incentivo.

7 iv SUMÁRIO Página LISTA DE TABELAS... vi LISTA DE GRÁFICOS... viii LISTA DE FIGURAS... x RESUMO... xi SUMMARY... xii 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Aspectos sócio-econômicos da citricultura brasileira Aspecto fitossanitário e mercado de agrotóxicos no Brasil O ácaro da leprose - Brevipalpus phoenicis O vírus da leprose dos citros CiLV Citricultura orgânica Calda sulfocálcica Spirodiclofen Ácaros da Família Phytoseiidae Manejo da leprose dos citros Aspectos da poda em plantas cítricas MATERIAL E MÉTODOS Avaliação quantitativa de danos nos frutos e da produção Evolução e severidade da leprose dos citros Avaliação da leprose em frutos Avaliação da leprose em planta inteira Análise dos resultados Avaliação de custos do manejo RESULTADOS E DISCUSSÃO... 38

8 v 4.1 Produção e perdas Evolução e severidade da leprose dos citros Viabilidade econômica das práticas culturais Safra Safra Safra (parcial) Considerações finais CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE

9 vi LISTA DE TABELAS Tabela Página 1. Escala de notas para avaliação da severidade da leprose Escala visual de notas (0-5) para avaliação da severidade da leprose em plantas de citros Resumo da análise de variância e teste de significância para as variáveis: tipos de podas; acaricidas e poda leve de condução. Safra , Reginópolis- SP Resumo da análise de variância e testes de significância para as variáveis, tipos de podas, acaricidas e poda leve de condução. Safra , Reginópolis, SP Resumo da análise de variância e testes de significância para as variáveis, tipos de podas, acaricidas e poda leve de condução. Safra (Parcial), Reginópolis, SP Perda potencial de peso de frutos lesionados por leprose, nas interações dos fatores podas x acaricidas. Safra (Parcial). Reginópolis- SP Resumo da análise de variância e testes de significância para as variáveis, tipos de podas, acaricidas e poda leve de condução. Safras e , Reginópolis, SP Médias de frutos lesionados por leprose, nas interações dos fatores podas x acaricidas. Safra (Parcial). Reginópolis-SP Médias de lesões de leprose em frutos, por tratamento, nas interações dos fatores podas x acaricidas. Safra (Parcial). Reginópolis- SP... 57

10 vii 10. Severidade da leprose avaliada em toda a planta, nas interações dos fatores tipos de poda x com ou sem poda de condução. Safra Reginópolis-SP Severidade da leprose avaliada em toda a planta, nas interações dos fatores acaricidas x poda de condução. Safra (parcial). Reginópolis-SP... 62

11 viii LISTA DE GRÁFICOS Gráfico Página 1. Porcentagem de infestação de B. phoenicis em plantas de laranja Pêra nos tratamentos poda leve e sem poda, aplicações de acaricidas, colheita e condições ambientais. Reginópolis SP. (novembro de 2003 a agosto de 2006) Porcentagem de ocorrência de fitoseídeos em plantas de laranja Pêra nos tratamentos poda leve e sem poda. Reginópolis SP. (março de 2005 a agosto de 2006) Produção das plantas cítricas submetidas a diferentes tipos de poda. Reginópolis SP. Safras , e (parcial * ) Perda de produção causada pela leprose, em plantas tratadas ou não com acaricidas, independentemente dos tipos de poda. Reginópolis SP. Safra Perda potencial de frutos com lesões de leprose independentemente dos tipos de poda, nos tratamentos com e sem acaricidas. Reginópolis SP. Safra (Parcial * ) Perda potencial de frutos com lesões de leprose nos diferentes tipos de poda, independentemente dos acaricidas. Reginópolis SP. Safra (Parcial * ) Perda de produção causada pela leprose, nos diferentes tipos de poda, independentemente dos acaricidas. Reginópolis SP. Safra (Parcial * ) Perda de produção causada pela leprose, em plantas tratadas ou não com acaricidas, independentemente do tipo de poda. Reginópolis SP. Safra (Parcial * )... 50

12 ix 9. Total de frutos lesionados por leprose nos diferentes tipos de poda, independentemente dos acaricidas (A); total de frutos lesionados por leprose, em plantas tratadas ou não com acaricidas, independentemente dos tipos de poda (B) Total de lesões em frutos, decorrentes da leprose, nos diferentes tipos de poda, independentemente dos acaricidas (A); total de lesões em frutos, decorrentes da doença leprose, em plantas tratadas ou não com acaricidas, independentemente dos tipos de poda (B) Severidade de leprose em plantas de laranja, submetidas a diferentes tipos de poda, independentemente da aplicação ou não de acaricidas (A); severidade de leprose em plantas de laranja, tratadas ou não com acaricidas, independentemente dos tipos de poda (B) Severidade de leprose em plantas de laranja, submetidas ou não à poda de condução, independentemente dos tipos de poda e aplicação ou não de acaricidas Estimativa de saldo financeiro (R$/ha) resultante das estratégias empregadas no controle da leprose dos citros ao término de três safras após a poda: (A) fator poda; (B) fator acaricida e (C) fator poda de condução... 72

13 x LISTA DE FIGURAS Figura Página 1. Plantas submetidas à poda drástica Plantas submetidas à poda intermediária intensa sem lesões de leprose Planta submetida à poda leve Planta em seu estado original (não podada) Arranque de plantas (A) e replantio (B) Inspeção (A) e poda de ramos lesionados por leprose (B)... 32

14 xi ASPECTOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS DA PODA E DO CONTROLE QUÍMICO NO MANEJO DA LEPROSE DOS CITROS RESUMO- Num pomar de laranja Pêra enxertada sobre tangerina Cleópatra, com 12 anos de idade e alto índice de sintomas de leprose, foram realizadas, a partir de outubro de 2003, podas severas e leves, e arranque seguido de replantio, para eliminar e reduzir fontes de inóculo da doença, e aplicações de acaricidas para controlar o ácaro Brevipalpus phoenicis, resultando em interações de táticas que pudessem ser aplicadas tanto em pomares de citros convencional quanto em orgânicos. Realizaram-se avaliações periódicas para o monitoramento de B. phoenicis e ácaros predadores, quantificação da produção, incidência e severidade da leprose, bem como a viabilidade econômica das estratégias de controle da doença. Após três anos de manejo da leprose, a recuperação da produtividade das plantas foi diferenciada conforme o tipo de poda e replantio, tendo sido as melhores com as podas leves associadas ao acaricida spirodiclofen. As podas mais severas e o replantio tiveram acentuada redução da produtividade, não recuperando até então sua capacidade produtiva. O controle de B. phoenicis por meio da calda sulfocálcica exigiu, independentemente do tipo de poda empregado, maior número de aplicações do que spirodiclofen, tornando-o mais oneroso. Palavras-Chave: Brevipalpus phoenicis, citros orgânicos, viabilidade econômica

15 xii TECHNIQUES AND ECONOMICS ASPECTS OF PRUNING OUT AND CHEMICAL CONTROL IN THE MANAGEMENT TACTIC OF CITRUS LEPROSIS SUMMARY- A twelve-years-old orchard of orange Pêra variety grafted on tangerine Cleopatra variety with high level of leprosis symptoms recieved, starting in october/2003, heavy and soft prune out, and uproot and than replant of the same quality of trees, to remove and reduce source of disease, and received aplications of acaricides to control Brevipalpus phoenicis too, resulting in an interaction of tactics that can be used in conventional and organic citrus groves. Were made periodical evaluations to monitor the B. phoenicis and predators mite populations, and more quantify the production, incidence and severity of leprosis, and the economic viability of the control strategy of the disease. After three years of the leprosis management, the productive recuperations of the plants was differentiated as the kind of prune out and replant. The better results were obtained by the interactions of soft prune out and the spirodiclofen acaricide. The heavy prune out and the replant reduced a lot of the productivity, haven t recovering the expected produtivity. The B. phoenicis control with the use of lime sulfur needed a greater number of spray than when used the spirodiclofen, this independently of the kind of pruning used, been it more expensive. Keywords: Brevipalpus phoenicis, organic citrus, economic viability

16 1 1 INTRODUÇÃO Passados aproximadamente 70 anos de sua constatação no Brasil, a leprose ainda é considerada uma das mais graves doenças da nossa citricultura (BITANCOURT, 1955; COLARICCIO et al., 1995; ROSSETTI, 1995; OLIVEIRA & MATUO, 1999; ROSSETTI, 2001; OLIVEIRA & PATTARO, 2004; BASSANEZI, 2004), pois compromete a produção e a vida útil da planta (RODRIGUES, 1995), tornando-a inviável economicamente (SALVA & MASSARI, 1995; OLIVEIRA & PATTARO, 2004). Por se tratar de uma doença cujo agente causal é um vírus de caráter nãosistêmico (KITAJIMA et al., 1972; COLARICCIO et al., 1995), a presença do vetor, Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae), e a existência de plantas hospedeiras do vírus são condições fundamentais para a disseminação da doença na planta ou entre plantas, em situação natural de campo. SALVA & MASSARI (1995) constataram que mais de 60% dos pomares do Estado de São Paulo apresentavam sintomas de leprose. Atualmente, o Citrus leprosis virus (CiLV) e seu vetor encontram-se largamente disseminados por toda a área citrícola do Estado paulista (BASSANEZI, 2004). A principal tática de controle do vetor e, conseqüentemente, da doença está pautada, ainda hoje, na pulverização das plantas com acaricidas (OMOTO, 1995; BASSANEZI, 2001). A ausência de controle do vetor, associada a períodos de estiagem prolongada, implica o aumento populacional do ácaro, tornando muito difícil seu controle, o que pode levar a surtos da doença, como aconteceu em vários anos, de 1981 a 2000 (BASSANEZI, 2001). Em face das peculiaridades do CiLV, as medidas de controle não devem basearse somente na redução ao mínimo da população do vetor através do emprego de acaricidas, mas também na eliminação de fontes do vírus através de podas de ramos

17 2 afetados pela leprose (BITANCOURT, 1955; OLIVEIRA, 1986; ROSSETTI, 1995; BASSANEZI, 2004; OLIVEIRA & PATTARO, 2004). Há 50 anos, BITANCOURT já recomendava a poda de galhos, ramos finos e folhas infectados com vírus para eliminar completamente a leprose, o que acarretava, contudo, redução da produção das plantas. GRAVENA (2005), submetendo plantas severamente infectadas pelo CiLV ao mesmo tipo de poda praticada por BITANCOURT (1955), observou que estas recuperam sua produção original dois anos após. Dados semelhantes foram apresentados por BARRETO & PAVAN (1995), que relatam que uma planta cítrica altamente infestada com o ácaro B. phoenicis e severamente infectada pelo CiLV pode demorar dois anos para recuperar sua produção original após a eliminação total do inóculo e do acarino. No entanto, as medidas de controle têm sido adotadas apenas em função da abundância do vetor, havendo, portanto, uma carência de informações a respeito da prática de podas em plantas infectadas por leprose. Dada a atual situação, justifica-se avaliar a combinação da prática de podas com a utilização de acaricidas, gerando informações que possam ser empregadas na citricultura, tanto na orgânica, como na convencional.

18 3 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Aspectos socioeconômicos da citricultura brasileira Desde meados dos anos de 1980, o Brasil detém a posição de maior produtor mundial de citros, com área plantada em torno de 670 mil hectares (GARCIA, 2004), produzindo 30% da safra mundial e 50% do suco de laranja concentrado congelado (USP/PENSA, 2004). A exportação de suco concentrado em 2005 representou para a economia brasileira um faturamento de US$1 bilhão (AGRIANUAL, 2006). O sistema agroindustrial citrícola é dos mais importantes para o agronegócio brasileiro, com PIB ao redor de US$ 3,2 bilhões (RODRIGUES, 2005), gerando 400 mil empregos diretos e 1,2 milhão de indiretos, respondendo por 2% da mão-de-obra agrícola do País (USP/PENSA, 2004). Relevante para a economia brasileira, a citricultura mostra-se ainda mais importante para pequenos produtores (BOTEON & NEVES, 2005), que vêem nesta cultura uma alternativa de maior rentabilidade por unidade de área comparativamente a outros produtos. Contudo, a área plantada tem diminuído nos últimos anos. Segundo BOTEON & NEVES (2005), a citricultura é constituída por inúmeros pequenos produtores, entretanto quase a metade da produção está concentrada nas grandes propriedades, pertencentes, principalmente, às indústrias, que investem em pomares próprios, resultando na concentração econômica do segmento (USP/PENSA, 2004). De acordo com dados da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), em 1995, existiam no País 27 mil citricultores, entretanto, atualmente estão reduzidos a apenas 10 mil (USP/PENSA, 2004).

19 4 A diminuição da área citrícola está ligada diretamente a perdas de terras para as culturas da cana-de-açúcar e eucalipto, que competem pelo mesmo espaço, dados os contratos vantajosos que as indústrias de papel e celulose e sucroalcooleira oferecem aos citricultores (AGRIANUAL, 2006). Sem dúvida, um dos grandes entraves da ciricultura é o aspecto fitossanitário (RODRIGUES, 2000), juntamente com o fator mercado (BOTEON & NEVES, 2005). Com a falta de recursos para investimentos, pequenos produtores realizam apenas alguns tratos culturais (NEVES et al., 2003), quando não deixam de realizá-los para reduzir custos. Como conseqüência, os problemas fitossanitários aumentam ainda mais, comprometendo a viabilidade econômica da cultura. 2.2 Aspecto fitossanitário e mercado de agrotóxicos no Brasil A baixa produtividade constatada nos pomares cítricos tem sido atribuída a diversos fatores, dentre os quais se destaca o baixo potencial do material genético, o manejo inadequado e os de ordem fitossanitária (DECHEN et al., 2004). Segundo RODRIGUES (2000), a cultura dos citros está sujeita a várias doenças e pragas que, agindo em conjunto ou isoladamente, podem, em determinadas circunstâncias, tornar-se fatores limitantes. São cerca de 300 pragas e doenças que incidem nos citros, causando um prejuízo estimado de US$ 150 milhões com a queda de produção e morte de plantas; incorpora-se ainda a esse valor aproximadamente US$ 141 milhões, gastos com agrotóxicos para controlá-las (USP/PENSA, 2004). Segundo NEVES et al. (2003; 2004); DRAGONE et al. (2003); BOTEON & NEVES (2005), o consumo de agrotóxicos está relacionado com a rentabilidade da cultura; em anos favoráveis, há maiores investimentos nos tratamentos fitossanitários, e em anos de crise, com lucratividade reduzida, há uma diminuição nos tratamentos dos pomares, especialmente com acaricidas, com a finalidade de conter os custos.

20 5 Os acaricidas correspondem acerca de 50% do custo com agrotóxicos utilizados em citros no Brasil, o que representou para as indústrias do setor, em 2003, um faturamento de US$ 70 milhões (DRAGONE et al., 2003; NEVES et al., 2004). A utilização de acaricidas em citros no Brasil é devida, principalmente, a duas espécies de ácaros; o vetor do vírus da leprose, B. phoenicis e o ácaro da falsa ferrugem, Phyllocoptruta oleivora (Ashmead, 1879) (Acari: Eriophyidae) (RODRIGUES, 2000). 2.3 O ácaro da leprose - Brevipalpus phoenicis O ácaro da leprose, B. phoenicis, é considerado uma das mais importantes pragas que ocorrem em citros no Brasil (CHIAVEGATO, 1991; OLIVEIRA et al., 2000), por ser o vetor do Citrus leprosis virus (CiLV), doença que acarreta sérios prejuízos às plantas cítricas. Trata-se de uma espécie cosmopolita (CHIAVEGATO, 1991), encontrada em todos os continentes, exceto na região do Ártico e da Antártida (HARAMOTO, 1969). Esse acarino pertence à família Tenuipalpidae, caracterizando-se por apresentar corpo achatado, coloração avermelhada, com manchas escuras no dorso (HARAMOTO, 1969; CHIAVEGATO, 1991; OLIVEIRA & PATTARO, 2005), podendo a coloração variar de acordo com sua alimentação. Morfologicamente, B. phoenicis caracteriza-se por apresentar cinco pares de setas dorsolaterais no histerossoma e duas setas no tarso do segundo par de pernas, denominadas solenídeos (HARAMOTO, 1969; CHIAVEGATO, 1991; OLIVEIRA & PATTARO, 2005). Estas características diferenciam-no das espécies B. californicus (Banks) (Acari: Tenuipalpidae) e B. obovatus (Donadieu) (Acari: Tenuipalpidae), também descritas no Brasil, mas não em citros (TRINDADE & CHIAVEGATO, 1994; CHIAVEGATO, 1991). As fêmeas efetuam suas posturas em locais protegidos, como em frutos com verrugose decorrente da infecção por Elsinoe fawcetti (Bitancourt & Jenkins)

21 6 (ALBUQUERQUE et al., 1995), em lesões causadas pela larva minadora, Phyllocnistis citrella (Stainton) (Lepdoptera: Gracillaridae) (RODRIGUES, 2000), em sujidades depositadas sobre a superfície das folhas, junto às nervuras, bem como entre suas exúvias (CHIAVEGATO, 1991) e em rachaduras de ramos (OLIVEIRA & PATTARO, 2005). O ovo é elíptico, alaranjado, brilhante e pegajoso (HARAMOTO, 1969), razão pela qual adere sujidades (OLIVEIRA & PATTARO, 2004; OLIVEIRA & PATTARO, 2005). Do ovo eclode a larva, hexápoda, que passa por um período de repouso e transforma-se em protoninfa, octápoda, que após outro período de repouso se transforma deutoninfa, para, finalmente, atingir a fase adulta (HARAMOTO, 1969; CHIAVEGATO, 1991), todos de coloração alaranjada. O dimorfismo sexual é acentuado. O macho é menor, com o opistosoma afilado, apresentando dorsalmente duas suturas transversais, que o diferenciam da fêmea, que apresenta somente uma (OLIVEIRA & PATTARO, 2005). Segundo HARAMOTO (1969), a razão sexual é de apenas 1 a 1,5% de machos. Embora o acarino se reproduza através de partenogênese telítoca, produzindo fêmeas geneticamente idênticas à progenitora (HELLE et al., 1980), eventualmente podem-se encontrar machos e fêmeas em cópula em arenas de criação construídas sobre frutos de citros. Momentos antes de iniciar a cópula, o macho dobra seu opistosoma para cima, exatamente na segunda sutura transversal. A cópula tem duração de 2 a 3 minutos, de acordo relato de GRAVENA (2005), todavia tem-se observado cópulas que ultrapassam a 5 horas, e machos que copulam a mesma fêmea mais de uma vez. Estudos realizados por PIJNACKER et al. (1980) e WEEKS et al. (2001) revelam que fêmeas de B. phoenicis são haplóides, com apenas dois cromossomos nãohomólogos (Helle et al.,1980), e que essa anomalia é devida à ação infecciosa de uma bactéria endossimbionte, responsável pela feminilização dos machos (WEEKS et al., 2001). Para OMOTO (1995), a presença de apenas dois cromossomos não homólogos e a reprodução por partenogênese fazem com que a evolução da resistência seja, a

22 7 princípio, rápida com o uso de um determinado acaricida, e por apresentar apenas dois cromossomos, é favorável ao surgimento de resistência múltipla. Essas características da espécie podem comprometer o controle químico, principal tática de manejo utilizada pelos citricultores. B. phoenicis é considerada uma espécie polífaga (BAKER & SUINGONG, 1988), tendo mais de 80 gêneros de plantas como hospedeiros (CHIAVEGATO, 1991), e vetor do CiLV em algumas espécies, como: Grevillea robusta e Commelina bengalensis (NUNES, 2004), bem como possíveis outros vírus em várias espécies de plantas. Em plantas cítricas, o ácaro da leprose pode infestá-las durante todo o ano, contudo é nos meses mais quentes e com período prolongado de estiagem que atinge os mais elevados índices populacionais (OLIVEIRA, 1986; OLIVEIRA & PATTARO, 2004). Estudos realizados por BASSANEZI (2004) evidenciam que plantas infestadas com ácaros em pomares comerciais apresentam distribuição espacial menos agregada que as plantas com sintomas da doença. O aparecimento de reboleiras de plantas sintomáticas num talhão está na dependência do aumento populacional de B. phoenicis na área. Considerando a distribuição de B. phoenicis na planta, o acarino pode ser encontrado em todas as partes, com maior intensidade nos frutos (OLIVEIRA, 1986) e preferencialmente naqueles com lesões de verrugose (CHIAVEGATO, 1991; ALBUQUERQUE et al., 1995), aumentando sua população na medida em que os frutos se desenvolvem. Vários fatores podem interferir no desenvolvimento do ácaro da leprose, influenciando, provavelmente, nos níveis populacionais, tais como: variedade cítrica (RODRIGUES, 2000); chuva (OLIVEIRA, 1986); estresse hídrico (SOUZA et al., 2002); umidade relativa do ar (SOUZA & OLIVEIRA, 2004); verrugose (ALBUQUERQUE et al., 1995); temperatura (CHIAVEGATO, 1991); colheita antecipada (OLIVEIRA, 1986) e total dos frutos (BUSOLI, 1995); o uso de roçadora ou grade (OLIVEIRA & PATTARO, 2004); utilização de cobertura verde (GRAVENA et al., 1992); a presença de inimigos naturais (YAMAMOTO et al., 1992); as plantas hospedeiras (ULIAN & OLIVEIRA, 2002);

23 8 as medidas profiláticas (OLIVEIRA & PATTARO, 2004) e, especialmente, o controle químico (OLIVEIRA et al., 1991). O nível de controle do ácaro da leprose adotado pelos citricultores é amplo, podendo variar de 1 a 15% de infestação (CATI, 1997; ROSSETTI et al., 1997; BUSOLI, 1995; GRAVENA, 1998). Em algumas ocasiões, apenas um ácaro determina o controle. Em face de os ácaros ocorrerem em baixo nível populacional, não chegam a acarretar danos diretos decorrentes do simples ato de se alimentar. Sua importância está no fato de inocular o vírus CiLV na planta cítrica (ROSSETTI, 1995), no momento da alimentação, razão determinante para adoção de níveis de controle reduzidos. Esses níveis, na maioria das recomendações citadas, não têm levado em consideração a infecção das plantas cítricas pelo vírus, condição fundamental para a ocorrência da doença. Nem todo ácaro é vetor da doença. Somente ácaros que se alimentam durante 1 a 4 dias em tecidos com lesões de leprose ou onde se alimentaram ácaros infectados anteriormente (tecido assintomático) possuem a capacidade de adquirir e, posteriormente, transmitir a doença (ROSSETTI et al., 1969; CHAGAS, 1983; CHIAVEGATO & SALIBE, 1986; BOARETO & CHIAVEGATO, 1994). O ácaro não nasce infectado, pois não ocorre transmissão do vírus para o embrião no ovário (CHIAVEGATO & MISCHAN; 1987; BOARETO et al., 1993; RODRIGUES et al., 1997). Ao infectar-se com o vírus, o ácaro passa a ser transmissor durante toda sua vida, uma vez que o vírus é propagativo (RODRIGUES et al., 1997) no interior do seu organismo. Todas as fases ativas do ácaro são potenciais transmissoras do vírus (CHAGAS, 1983; RODRIGUES, 1995), todavia é na fase adulta que sua importância se destaca, dada sua maior mobilidade e longevidade, fazendo com que aumentem as chances de se contaminar e transmitir a doença (OLIVEIRA, 1995).

24 9 2.8 O vírus da leprose dos citros CiLV Inicialmente, acreditava-se que a leprose, denominada de varíola por BITANCOURT, em 1937, citado por ROSSETTI (1995), fosse causada por fungos (FAWCETT, 1911; SPEGAZZINI, 1920, citados por BITANCOURT, 1955). Contudo, os experimentos realizados por BITANCOURT, de 1937 a 1941 (BITANCOURT, 1955), evidenciaram que a leprose estaria associada a um ácaro, conclusão comprovada mais tarde por ROSSETTI et al. (1959, 1969, 1975, 1976), citados por ROSSETTI (1995). Da associação com o ácaro, surgiram na ocasião duas hipóteses: a que as lesões decorriam de toxinas injetadas pelo ácaro durante a alimentação, ou por um vírus causador de uma infecção localizada. A segunda hipótese foi confirmada mais tarde por KITAJIMA, em 1972 (KITAJIMA et al., 1995). KITAJIMA et al. (1995) consideraram a possibilidade de este vírus pertencer ao gênero Nucleorhabdovirus, família Rhabdoviridae agrupado como Rhabdovirus desprovido de envelope. O vírus da leprose tem sido associado a dois tipos morfológicos distintos: o citoplasmático, o mais comum (KITAJIMA et al., 1974; COLARICCIO et al., 1995), e o tipo nuclear (KITAJIMA et al.,1972). Presume-se que os dois tipos de partículas sejam estádios diferentes de desenvolvimento do mesmo vírus ou dois vírus distintos (KITAJIMA et al., 1995). Recentemente, PASCON et al. (2006), após o seqüenciamento completo de nucleotídeos do CiLV-C, tipo citoplasmático, sugeriram que o vírus seja um provável membro dos Tobamovirus. Contudo, Locali-Fabris et al. (2006) sugerem que o CiLV-C deva ser considerado membro-tipo de um novo gênero de fitovírus, denominado Cilevirus. As partículas do CiLV são observadas somente em tecidos que se apresentam lesionados pela doença leprose, não sendo encontradas em áreas adjacentes assintomáticas que não diferem de regiões correspondentes nos tecidos de plantas sadias, o que indica, aparentemente, a característica não-sistêmica do vírus (KITAJIMA et al.,1972; COLARICCIO et al., 1995). A não-sistemicidade do vírus amplia

25 10 consideravelmente a importância do vetor na epidemiologia da doença, uma vez que a sua ocorrência é condição imprescindível para disseminação intra e interplantas (RODRIGUES et al., 1994) em condições naturais. No Brasil, o CiLV é transmitido, nas condições de campo, pelo ácaro B. phoenicis (MUSUMESI & ROSSETTI, 1963). O período entre a infestação com ácaros infectados e o aparecimento de sintomas tem variado de 17 a 60 dias, sendo que a maior parte dos sintomas aparece após dias (ROSSETTI et al., 1969; CHIAVEGATO et al., 1982; CHIAVEGATO & SALIBE, 1983; COLARICCIO et al., 1995; RODRIGUES, 1995). Manchas amareladas nas folhas, lesões corticosas nos ramos e manchas necróticas arredondadas nos frutos são as principais características da leprose nas plantas cítricas, que, severamente afetadas, apresentam desfolha, queda prematura e intensa de frutos, excessiva seca de ramos e morte de ponteiros (FEICHTENBERGER et al., 1997), podendo levar a planta à morte. Plantas com esses sintomas têm reduzido seu potencial de produção e comprometida sua vida útil (RODRIGUES et al., 1994; RODRIGUES, 2000). Frutos que apresentam lesões de leprose têm seu peso reduzido e queda aumentada à medida que cresce o número de lesões (CHIAVEGATO & SALIBE, 1981). Segundo BARRETO & PAVAN (1995), a recuperação total de uma planta cítrica com sintomas severos da doença e alto nível de infestação do ácaro da leprose pode demorar dois anos após a adoção de uma medida efetiva de controle. 2.5 Citricultura orgânica A agricultura orgânica resultou do movimento de várias correntes em busca de um sistema sustentável no tempo e no espaço, mediante o manejo e a proteção dos recursos naturais, sem a utilização de produtos químicos agressivos à saúde humana e ao meio ambiente, mantendo a fertilidade e a vida dos solos, favorecendo a diversidade biológica e respeitando a integridade cultural dos agricultores (DAROLT, 2003).

26 11 Aproximadamente 30 países produzem e exportam citros orgânicos certificados, com produção mundial estimada em 600 mil toneladas em 2001 (LIU, 2004). O Brasil destaca-se como o maior produtor mundial de suco concentrado congelado de laranja orgânico (FAO, 2003), numa área de ha certificados, localizada principalmente no Estado de São Paulo (VAILATI, 2003). A cotação de mercado externo é mais elevada para suco de laranja orgânico. O mercado europeu tem pago cerca de US$ pela tonelada de suco concentrado de laranja orgânico, o que corresponde a quase o triplo da cotação da bebida convencional (Planeta orgânico, 2003). Como reflexo, o produtor de citros orgânicos também recebe melhor remuneração por seu produto. Segundo TURRA & GHISI (2004), os produtores de citros orgânico têm enfrentado dificuldades na cadeia produtiva, no que tange à mão-de-obra qualificada, comercialização e, principalmente, no controle de pragas e doenças, dada a limitação de uso de agrotóxicos. 2.6 Calda sulfocálcica A calda sulfocálcica é considerada o melhor defensivo em sistemas agroecológicos (Planeta orgânico, 2003) no controle de pragas e doenças. Praticamente atóxica, é um dos únicos produtos químicos aceitos pelo IBD - Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural, primeira certificadora orgânica nacional reconhecida pela IFOAM International Federation of Organic Agriculture Movements em 1995 (HOFFMANN, 2004). Este fertiprotetor foi formulado pela primeira vez por GRISON, em 1852 (POLITO, 2001), resultando do preparo a quente da mistura de enxofre, cal virgem e água, formando vários compostos, como polissulfetos de cálcio (PENTEADO, 2004), dióxido de enxofre e sulfato de hidrogênio (ABBOTT, 1945), que conferem à calda sulfocálcica ação fungicida, inseticida, acaricida e fertilizante foliar (PRATES, 1999).

27 12 Segundo ABBOTT (1945), o sulfato de hidrogênio encontra-se em maior quantidade e é mais tóxico que o dióxido de enxofre. Testes realizados pelo autor sobre adultos de Passalus cornutus (Fabricius) (Coleoptera: Passalidae) e Lucilia sericota (Meigen) (Diptera: Calliphoridae) confirmaram essa constatação. O parâmetro utilizado por muitos fabricantes para avaliar a qualidade da calda sulfocálcica há alguns anos, era a densidade aparente, medida pelo aerômetro na escala graus Bé, sendo considerada de qualidade aceitável aquela que apresentasse densidade aparente de 27 a 30 graus Bé. Atualmente, considera-se de qualidade aceitável aquela que apresenta 15% de polissulfetos e baixa impureza. Relevante salientar que a calda sulfocálcica não é protegida por patente, podendo ser elaborada pelo próprio agricultor (PATTARO & OLIVEIRA, 2005) com vistas à redução de custos. Segundo BERTOLDO (2003), aplicações de calda sulfocálcica fornecem cálcio e enxofre ao metabolismo das plantas, que estimulam as reações de fotossíntese, e as induzem a maior resistência às pragas. A calda sulfocálcica tem sido empregada por agricultores brasileiros para o controle de pragas e doenças, a despeito de o produto não estar registrado no Ministério da Agricultura para tal finalidade. Segundo FORTES (1992), a calda sulfocálcica, no passado, foi utilizada, especialmente, para aplicações preventivas contra doenças fúngicas em fruteiras de clima temperado. ELLIS et al. (1998) avaliaram, num programa de manejo de Venturia inaequalis (Cooke) em macieira, a combinação de variedade resistente e suscetível com fungicidas de um programa convencional de recomendação com calda sulfocálcica. Os resultados mostraram que o custo do manejo, combinando variedades resistentes com calda sulfocálcica, é menor que o de fungicidas orgânicos, apesar do maior número de aplicações de calda sulfocálcica. Com relação aos insetos-praga, GONÇALVES (1997) constatou baixa eficiência da calda sulfocálcica em mistura com enxofre no controle do Trips tabaci (Linderman) (Thysanoptera: Thripidae), bem como baixa produtividade da cultura da cebola, além de surgirem sinais de fitotoxidez nas plantas.

28 13 Entretanto, relativamente aos ácaros, EUZÉBIO et al. (2004) recomendam a calda sulfocálcica para o controle de Oligonychus ilicis (McGregor, 1919) (Acari: Tetranychidae) na cafeicultura orgânica, ressaltando a alta eficiência sobre larvas e adultos, mas baixa sobre ovos. A calda sulfocálcica, embora seja um produto de largo espectro, é inócua a mamíferos e de seletividade média a inimigos naturais (PRATES, 1999). Contudo, HASSAN et al. (1994) constataram que a calda sulfocálcica a 7% pode ser altamente tóxica para Phytoseiulus persimilis (Athias-Henriot) (Acari: Phytoseiidae), Amblyseius potentillae (Garman) (Acari: Phytoseiidae), Trichogramma cacoeciae (Marchal) (Hymenoptera: Thrichogrammatidae), Chrysoperla carnea (Stephens, 1836) (Neuroptera: Chrysopidae), Typhlodromus pyri (Scheuten) (Acari: Phytoseiidae), Anthocoris nemoralis (Fabricius) (Heteroptera: Anthocoridae) e Encarsia formosa (Gahan) (Hymenoptera: Aphelinidae) quando avaliada de acordo com as normas da IOBC/WPRS. Segundo PATTARO & OLIVEIRA (2005), há indícios de que a calda sulfocálcica não apresenta seletividade aos ácaros predadores do gênero Euseius e a Iphiseiodes zuluagai (Denmark & Muma) (Acari: Phytoseiidae). MCMURTRY & SCRIVEN (1968) relatam que o controle integrado de Panonychus citri em citros, com o ácaro predador Amblyseius newsami (Evans) (Acari: Phytoseiidae), resistente à calda sulfocálcica, reduz o número de aplicações e os custos de controle. A calda sulfocálcica é utilizada no controle de ácaros, insetos, musgos e liquens em diversas culturas (PATTARO & OLIVEIRA, 2005), mas é na citricultura que seu uso é mais freqüente, visando ao controle de ácaros, principalmente o da leprose. Apenas uma das indústrias do interior do Estado de São Paulo que fabrica o produto, comercializa por ano, em média, cerca de 9 milhões de litros, enviados a vários Estados do Brasil. O maior ou menor consumo de calda sulfocálcica também parece estar relacionado a períodos de crise e de perspectiva de elevada lucratividade.

29 14 No Brasil, BITANCOURT, em 1934, citado por POLITO (2001) e BITANCOURT (1955), demonstrou a importância da calda sulfocálcica no controle de ácaros num programa de pulverizações de laranjeiras. De acordo com CHILDER (2005) populações de Eutetranychus banksi (McGregor) (Acari: Tetranychidae) em citros podem ser reduzidas ou eliminadas pela ação da calda sulfocálcica. PATTARO et al. (2002) verificaram sobre mudas de citros, em casa de vegetação, alta eficiência da calda sulfocálcica sobre o ácaro Tetranychus mexicanus (McGregor, 1950) (Acari: Tetranychidae). OLIVEIRA et al. (2002) observaram alta ação residual da calda sulfocálcica sobre P. oleivora. Segundo PENTEADO (2004) a calda sulfocácica é altamente eficiente no controle de ácaros da leprose e da ferrugem, na dosagem de 80 L/2.000 L de água. De acordo com PRATES (1999), inseticidas fosforados não devem ser aplicados sobre resíduo de calda sulfocálcica, pois serão desativados devido ao alto ph na superfície das folhas, em razão do carbonato de cálcio depositado sobre elas. Pattaro (2003) e PATTARO & OLIVEIRA (2005) avaliaram a possível interferência negativa do carbonato de cálcio sobre a eficiência residual de vários acaricidas utilizados por citricultores no controle de B. phoenicis aplicados posteriormente à calda sulfocálcica. Os resultados evidenciaram que a ação residual dos acaricidas analisados não sofreu influência negativa do carbonato de cálcio deixado sobre os frutos após a aplicação da calda. Nos poucos acaricidas onde se verificou interferência, essa se mostrou positiva, constituindo o resíduo da calda sulfocálcica um fator aditivo na mortalidade de B. phoenicis. PATTARO (2003) e PATTARO & OLIVEIRA (2005) constataram que a calda sulfocálcica, com dosagens até 80 L/2.000 L de água, apresenta baixa eficiência residual sobre adultos de B. phoenicis. No entanto, a eficiência cresce na medida em que aumenta o período de exposição do ácaro sobre o resíduo, embora ainda fique aquém da que seria desejada para o controle do transmissor da leprose dos citros. Por outro lado, a ação direta é satisfatória, até mesmo com baixa concentração do produto (20 L/2.000 L de água).

30 15 Para se obter êxito no controle do ácaro da leprose com calda sulfocálcica, é necessária uma total cobertura da planta, utilizando-se de dosagem, volume e equipamento de aplicação adequados, aumentando, assim, as chances de atingir diretamente o ácaro (PATTARO, 2003). No entanto, a eficiência da calda sulfocálcica sobre ovos de B. phoenicis é baixa, em torno de 36,4%, na dosagem de 80 L/2.000 L de água. Havendo, pois, eclosão das larvas, o contato dessas com o resíduo da calda resultam em altos índices de mortalidade (PATTARO, 2003; PATTARO & OLIVEIRA, 2005). Em função da alta eficiência da calda sulfocálcica mediante ação tópica sobre o adulto do ácaro da leprose, bem como pelo seu baixo custo, tem sido prática comum entre produtores sua mistura com meia dose de um produto de ação ovicida, conhecida como mistura de tanque (PATTARO & OLIVEIRA, 2005). Entretanto, ALVES et al. (2000) ressaltam que o sucesso no controle do ácaro através de mistura de produtos exige baixa freqüência de resistência, ausência de resistência cruzada e persistência biológica semelhante para os dois compostos, mas nem sempre se obedece a essas condições. Recentemente, constatou-se que uma linhagem do ácaro da leprose resistente ao acaricida propargite se mostrou também resistente à calda sulfocálcica, na razão de 4,6 vezes (CASARIN et al., 2004). Segundo PATTARO (2003), o controle dos ácaros da leprose e da ferrugem, exclusivamente com calda sulfocálcica, tem-se mostrado viável economicamente, em comparação a outros acaricidas, desde que o número de aplicações não seja excessivo. Entretanto, PATTARO & OLIVEIRA (2005) não recomendam o controle dessas pragas somente com calda sulfocálcica em aplicações sucessivas, tendo em vista a possibilidade de selecionar indivíduos resistentes, aumentando sua freqüência. A utilização da calda sulfocálcica na citricultura convencional pode ser incluída num programa de rotação de produtos com mecanismos de ação diferentes. Todavia, na orgânica, dado o uso limitado de produtos, sua recomendação deve estar associada a outras estratégias de manejo (PATTARO & OLIVEIRA, 2005).

31 16 Recomenda-se também a calda sulfocálcica no tratamento pós-colheita para conferir maior resistência e longevidade às frutas colhidas, especialmente àquelas transportadas a longas distâncias (AGROJURIS, 2005). SMILANICK & SORENSON (2001) sugerem a imersão de frutos de limão ou laranja em solução de calda sulfocálcica no tratamento pós-colheita para o controle dos fungos Penicillium digitatum (Sacc) e Geotrichum citri- aurantii (Ferraris). Alguns aspectos negativos relacionados à utilização da calda sulfocálcica são apontados, como a toxidez a frutos e brotações, causada às vezes por uma única aplicação, em dosagens superiores a 80 L/2.000 L de água, principalmente nos frutos mais expostos à ensolação (PATTARO, 2003). Segundo PATTARO & OLIVEIRA (2005), alguns produtores têm relatado que os filtros dos equipamentos de aplicação com malha de 50 mícrons têm ocasionado entupimento de bicos, causando transtornos no momento da aplicação. Todavia, malhas muito finas podem reter os polissulfetos de cálcio, substância desejável na calda sulfocálcica, o que implica, necessariamente, estar adequando o filtro conforme as características da calda. 2.7 Spirodiclofen O acaricida spirodiclofen, recentemente registrado para o controle de B. phoenicis na cultura dos citros apresenta mecanismo de ação distinto dos demais acaricidas existentes no mercado (POLETTI & OMOTO, 2004), com indícios de inibir a síntese de lipídeos, o que, provavelmente, explica sua ação lenta sobre os ácaros comparativamente aos outros produtos. Segundo OLIVEIRA & PATTARO (2004a), em teste de ação direta sobre B. phoenicis, em arenas construídas sobre frutos de citros, verificou-se que a mortalidade de 100% de B. phoenicis só é atingida aos 7 dias após a aplicação do produto, fato que pode ser explicado pelo modo de ação do spirodiclofen. A eficiência residual, por sua vez, diminui à medida que aumenta o intervalo entre a aplicação e a transferência dos

32 17 ácaros, e aumenta com o tempo de permanência dos ácaros sobre o resíduo de spirodiclofen (OLIVEIRA & PATTARO, 2004a). Observaram, também, que o spirodiclofen, além de causar a morte de fêmeas de B. phoenicis, interfere na viabilidade dos ovos (OLIVEIRA & PATTARO, 2004b). Por se tratar de outro mecanismo de ação, admite-se que spirodiclofen não apresenta resistência cruzada com os acaricidas existentes no mercado (FISCHER & BENET-BUCHHOLZ, 2002). POLETTI & OMOTO (2004), ao investigar a possibilidade da utilização de spirodiclofen no manejo da resistência de B. phoenicis, verificaram a não-ocorrência de resistência cruzada com dicofol, propargite e hexythiazox. Com relação à seletividade do spirodiclofen aos ácaros predadores, WOLF & SCHNORBACH (2002), com base em trabalhos de campo, relatam não ser possível excluir totalmente o risco para estes ácaros; no entanto, REIS et al. (2005) avaliaram a mortalidade e a reprodução de fêmeas adultas de ácaros predadores da família Phytoseiidae através de bioensaio de ação residual e concluíram que o acaricida spirodiclofen apresenta seletividade aos ácaros predadores. Entre outros aspectos positivos, o spirodiclofen é muito estável no ambiente (WACHENDORFF et al., 2002), não mostra tendência para volatilização na atmosfera, sendo rapidamente degradado e mineralizado no solo (BABCZINSKI, 2002). 2.8 Ácaros da família Phytoseiidae Os citros são a cultura onde tem sido encontrado o maior número de espécies de predadores fitoseídeos. A eficiência desses na citricultura brasileira, como agentes de controle do ácaro da leprose, ainda não é suficientemente conhecida. A ocorrência de espécies desta família varia conforme a região considerada. No Estado de São Paulo, predominam as espécies Amblyseus herbicolus, Amblydromella aff. Applegum (Schicha) (Acari: Phytoseiidae), Amblyseiella setosa (Muma) (Acari: Phytoseiidae), Euseius citrifolius (Denmark & Muma, 1970) (Acari: Phytoseiidae), E.

33 18 concordis (Chant, 1959) (Acari: Phytoseiidae), I. zuluagai, Neoseiulus idaeus (Denmark & Muma) (Acari: Phytoseiidae), Typhlodromalus limonicus (Garman & McGregor) (Acari: Phytoseiidae) e Thyphlodromina camelliae (Chant & Yoshida-Shaul) (Acari: Phytoseiidae) (MORAES & SÁ, 1995), com destaque para as espécies I. zuluagai, E. citrifolius e E. concordis. Contudo, a abundância ou a freqüência com que um fitoseídeo é encontrado em citros não está necessariamente correlacionada ao seu potencial de controlar o ácaro da leprose (MORAES & SÁ, 1995). Em levantamentos realizados por SATO et al. (1994), em pomar cítrico localizado no Município de Presidente Prudente-SP, constatou-se que as maiores incidências de ácaros predadores foram os das espécies I. zuluagai, com maior freqüência em junho e julho, meses com as menores médias de temperatura, enquanto as do gênero Euseius, no período de outubro a janeiro, quando foram registradas as maiores temperaturas. Os autores relatam também que o pico populacional do ácaro da leprose ocorreu em agosto, coincidindo com o período de menor população de ácaros predadores. De acordo com MARQUES & MORAES (1991), os ácaros da família Phytoseiidae mostram-se altamente efetivos no controle do ácaro da leprose. Para MORAES & SÁ (1995), o controle biológico do ácaro da leprose pode resultar em efeito significativo no nível de ocorrência da doença, uma vez que o vírus não é circulativo e, conseqüentemente, a redução numérica da população desse ácaro corresponderá a uma diminuição dos danos causados à cultura. Contudo, MOREIRA (1993) considera que o controle exercido pelos ácaros predadores é efetivo quando o nível de B. phoenicis for baixo, com menos de 5% dos frutos ou folhas infestados. GRAVENA et al. (1994) estimaram a atividade predatória de E. citrifolius sobre B. phoenicis, evidenciando que a capacidade predatória da fêmea, em seus diferentes estágios, é maior que a dos machos adultos, e que a presença de verrugose no fruto causa diminuição na predação. Em diversos trabalhos realizados por KOMATSU & NAKANO (1988) com E. concordis, nos quais foi investigada a capacidade de predação dessa espécie sobre o ácaro da leprose, os autores verificaram que E. concordis pode

34 19 ser incluído em programas de controle integrado visando ao ácaro da leprose, dada sua capacidade de predação. Em face da importância dos ácaros predadores como agentes de controle do ácaro da leprose em citros, vários trabalhos de seletividade e toxicidade de acaricidas aos ácaros da família Phytoseiidae foram realizados nos últimos anos (KOMATSU & NAKANO, 1988; SATO et al., 1995; RAGA et al., 1996; SANTOS & GRAVENA, 1997; REIS et al., 1999; YAMAMOTO & BASSANEZI, 2003), com o propósito final de preservá-los nos pomares cítricos. Quanto à ação do enxofre sobre os predadores, KOMATSU & NAKANO (1988) constataram que o produto pode ser indicado num programa de manejo do ácaro da leprose, já que é seletivo ao ácaro E. concordis. Entretanto, REIS et al. (1999), em condições de laboratório, avaliando a mortalidade e o efeito dos produtos na reprodução de E. alatus (DeLeon) (Acari: Phytoseiidae), classificaram-no de acordo com a IOBC/WPRS como nocivo. Porém, SATO et al. (1995), com base em trabalhos de campo, consideram-no prejudicial às populações de fitoseídeos até 58 dias da aplicação. 2.9 Manejo da leprose dos citros A permanência do citricultor na atividade depende, entre outros fatores, da redução dos custos de produção, razão pela qual os produtores têm se preocupado com o manejo da leprose dos citros (BASSANEZI, 2001). Por se tratar de uma doença transmitida por vetor, em condições naturais de campo, a efetividade no processo de transmissão e perpetuação do vírus depende do hospedeiro e de condições favoráveis, e a potencial velocidade de disseminação do vírus entre plantas depende do tamanho e da mobilidade da população do vetor (THRESH,1974, citado por RODRIGUES, 1995). O controle do vetor, através de aplicações de acaricidas, tem sido a principal tática de manejo da leprose dos citros e responsável por uma parcela significativa dos

35 20 custos de produção. Segundo RODRIGUES (2002), o uso isolado de aplicações de acaricidas não tem sido suficiente para conter a disseminação da doença nos pomares. O autor sugere que sejam adotadas medidas adicionais para o controle da doença; todavia, essas medidas devem levar em conta o aspecto econômico, a viabilidade técnica e a exeqüibilidade dessa estratégia. De acordo com FEICHTENBERGER et al. (1997) e RODRIGUES (2002), outras táticas de manejo, baseadas na eliminação de fontes de inóculo do vírus e na redução ao mínimo da população do ácaro vetor, poderiam ser utilizadas por citricultores no controle da doença. No caso do vetor, as medidas recomendadas são: plantar mudas isentas do ácaro, desinfestando veículos e caixas de coleta (ROSSETTI et al., 1997); eliminar plantas daninhas hospedeiras do ácaro (TRINDADE & CHIAVEGATO, 1994; CATI, 1997; MAIA & OLIVEIRA, 2004); empregar práticas que favoreçam a população de inimigos naturais (YAMAMOTO et al., 1992); controlar a verrugose (CATI, 1997); evitar o uso de roçadoras ou grades no período de estiagem (OLIVEIRA & PATTARO, 2004); utilizar cobertura verde com espécies menos favoráveis ao ácaro da leprose (GRAVENA et al., 1992); utilizar quebra-ventos (FEICHTENBERGER, 2000) e cercasvivas desfavoráveis ao acarino (OLIVEIRA & PATTARO, 2004); realizar o controle químico do ácaro com produtos seletivos e com diferentes mecanismos de ação (OLIVEIRA & PATTARO, 2004). Para reduzir fontes de inóculo do vírus, recomenda-se eliminar plantas invasoras, cercas-vivas e quebra-ventos hospedeiros do vírus (MAIA & OLIVEIRA, 2005; NUNES, 2004); plantio de mudas sadias (OLIVEIRA, 2004); coleta de frutos com manchas e caídos no chão após a colheita (BUSOLI, 1995); realizar o quanto antes a colheita (OLIVEIRA, 1986); utilizar variedades mais resistentes (RODRIGUES et al., 1995), e realizar podas de partes infestadas pela doença. Para RODRIGUES (2000; 2002), RODRIGUES et al. (2001) e OLIVEIRA & PATTARO (2004), a epidemiologia da doença em pomar sem controle químico indica que a velocidade de aumento da doença é proporcional à quantidade de tecido lesionado e à quantidade de tecido sadio disponível, o que redundaria na maior disseminação da doença.

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