UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL GABRIEL ROQUE IENERICH

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1 UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL GABRIEL ROQUE IENERICH EVOLUÇÃO DAS TUTELAS PROVISÓRIAS E SEU TRATAMENTO NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Orientador: MSc. Joaquim Henrique Gatto Ijuí (RS) 2015

2 GABRIEL ROQUE IENERICH EVOLUÇÃO DAS TUTELAS PROVISÓRIAS E SEU TRATAMENTO NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Direito objetivando a aprovação no componente curricular Trabalho de Curso - TC. UNIJUÍ - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. DCJS - Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais Orientador: MSc. Joaquim Henrique Gatto Ijuí (RS) 2015

3 Dedico este trabalho à minha família, pelo incentivo, apoio e confiança em mim depositados durante toda a minha jornada, bem como à memória de Carlos S. Roque, avô querido e estimado.

4 AGRADECIMENTOS Em especial, aos meus pais, João Luiz Ienerich e Jane G. R. Ienerich que sempre estiveram presentes e me incentivaram com apoio e confiança nas batalhas da vida e com quem aprendi que cada obstáculo que aparece na vida nos deixa mais forte. Ao meu orientador Joaquim Henrique Gatto, com quem eu tive o privilégio de conviver e contar com sua dedicação e disponibilidade, me orientando e guiando pelos caminhos do conhecimento. Aos professores e colegas do Curso, que colaboraram sempre que solicitados, com boa vontade e generosidade, enriquecendo o meu aprendizado. À Emanuela D. Formentini pela compreensão e carinho. Por derradeiro, à todos os colegas de trabalho da Promotoria de Justiça de Ijuí que me auxiliaram na aplicação do conhecimento teórico na prática forense.

5 O processo para ser justo, deve tratar de forma diferenciada os direitos evidentes, não permitindo que o autor espere mais que o necessário para a realização do seu direito. (Luiz Guilherme Marinoni). 4

6 RESUMO O presente trabalho de conclusão de curso faz uma análise histórica e técnica do sistema processual civil vigente (1973), especialmente no que tange ao gênero tutelas provisórias, que é composto atualmente pelo processo (e tutela) cautelar e antecipação de tutela. Em um segundo momento, é realizada a apresentação do Novo Código de Processo Civil, sancionado em março de 2015 (Lei nº /2015), que passará a vigorar partir de 17 de março de 2016, no que tange ao Livro V das tutelas provisórias. O intuito principal deste trabalho é apresentar a evolução das tutelas provisórias e, ao final, e analisar se o Instituto das tutelas provisórias, da nova Lei sancionada no ano de trará resultados práticos e efetivos no quesito celeridade processual. Palavras-Chave: Tutelas Urgência. Celeridade Processual. Cautelar. Antecipação de tutela. Analisar. Novo Código de Processo Civil.

7 6 ABSTRACT This course conclusion work is a historical and technical analysis of the current civil procedure system (1973), especially with regard to the gender provisional guardianship, which is currently composed of the process (and protection) injunction and preliminary injunction.in a second step, the presentation of the new Civil Procedure Code is carried out, sanctioned in March 2015 (Law No. 13,105 / 2015), which will become effective from March 17, 2016, with respect to the Book V of provisional guardianship. The main purpose of this paper is to present the evolution of provisional guardianship and at the end, and analyze the Institute of provisional guardianship, the new law - passed in will bring practical and effective results in speedy trial regard. Keywords: Emergency Guardianship. Procedural speed. Precautionary. Temporary relief. Analyze. New Code of Civil Procedure.

8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO TUTELAS PROVISÓRIAS E SUA EVOLUÇÃO NO CÓDIGO PROCESSUAL CIVIL Processo e a sua tramitação temporal Tutelas provisórias: noções preliminares Tutela cautelar Tutelas antecipadas Pressupostos para a concessão de tutela antecipada Antecipação de tutela em caso de irreversibilidade do provimento Fungibilidade das medidas TUTELAS PROVISÓRIAS NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL O novo Código de Processo Civil Brasileiro - Lei / Alterações das tutelas provisórias Tutela antecipada Tutela provisória antecipada de urgência Tutela provisória antecipada de urgência antecedente Tutela provisória antecipada de evidência Tutela cautelar Tutela provisória cautelar de urgência Tutela provisória cautelar de urgência antecedente Fungibilidade das medidas de urgência CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 48

9 8 INTRODUÇÃO O presente trabalho apresenta um estudo acerca da evolução, análise e compreensão das tutelas provisórias contidas no Código de Processo Civil Brasileiro de 1973 e verificar as modificações e primeiras impressões da tutela provisória inserida no Novo Código de Processo Civil, sancionado em março de O primeiro capítulo trata especificamente das tutelas provisórias existentes no Código Processual Civil de1973, assim como sua importância para amenizar os efeitos negativos causados pela morosidade da tramitação processual, em situações em que um dos litigantes não pode aguardar toda a realização dos atos processuais pertinentes ao feito para ter sua pretensão atendida, visto que a demora poderá prejudicar o direito material que postula. Em tal capítulo, também são apresentadas as tutelas cautelares e tutelas antecipatórias, com suas diferenças e pressupostos para concessão, como também a fungibilidade entre os dois institutos. No segundo capítulo, é tratado do novo Código de Processo Civil, sancionado em 2015, no atinente ao livro das tutelas provisórias, que, teoricamente, aproximou os institutos da tutela cautelar e antecipatória, assim como os dividiu em tutelas de urgência e tutelas de evidência. Aqui também se faz uma análise acerca das peculiaridades e especificações de cada instituto, bem como sua aplicação e fungibilidade entre os mesmos. Isso porque as tutelas de urgência são compostas pelas tutelas cautelares e tutelas antecipatórias. Desse modo, são utilizadas quando o direito discutido necessitar de providência que assegure sua eficácia. As tutelas de evidência, por seu turno, são compostas apenas pelas tutelas antecipatórias e são deferidas quando o julgador se deparar com situação em que constate indícios

10 verídicos entre o direito alegado e as provas juntadas aos autos antes do encerramento da instrução processual. 9 O objetivo principal deste trabalho é traçar um panorama acerca da finalidade das tutelas provisórias, desde sua criação no Código de 1973, assim como a sua evolução, aplicabilidade, diferenças e fungibilidade e, apresentar/comparar as recentes alterações que elas receberam na redação do Novo Código de Processo Civil, que passará a vigorar no ano de 2016.

11 10 1TUTELAS PROVISÓRIAS E SUA EVOLUÇÃO NO CÓDIGO PROCESSUAL CIVIL Uma das maiores barreiras encontradas pelas pessoas que procuram o judiciário é a demora na tramitação de um processo, visto que a espera do provimento final causa transtornos e desgastes à parte, resultando em prejuízos à sua pretensão. A fim de sanar e/ou amenizar os danos que um litigante possa ter em razão da demora no deslinde processual, foram criadas as tutelas provisórias que estão, atualmente, divididas em tutelas antecipatórias e tutelas cautelares. Todavia, as referidas tutelas, em que pese sua brilhante utilidade, são passíveis de receberem melhorias no sentido de fornecerem maiores benefícios à quem delas necessitar, razão pela qual o novo Código de Processo Civil, sancionado em 2015, inova nesse sentido. 1.1 Processo e a sua tramitação temporal Contemporaneamente, o atraso na entrega da prestação jurisdicional parece inevitável, em razão das carências apresentadas pelo Poder Judiciário, como também da natural e necessária morosidade legal. O processo tem duas funções: a cognição e a execução (que se refere àquela). Tais funções deveriam exaurir a pretensão processual, com o alcance do direito pretendido à parte. Ocorre que nem sempre o provimento jurisdicional é alcançado com tanta objetividade, uma vez que o processo é composto de atos que são essenciais ao alcance do provimento final.

12 11 Em que pese os esforços despendidos pelo Poder Judiciário, visando uma célere entrega da prestação jurisdicional, parece inevitável que a mesma se torne morosa. Isso porque o judiciário apresenta diversas carências, dentre as quais se destacam a falta de juízes e o volume exacerbado de processos que atrasam o seu fim, em razão da necessidade de serem instruídos. (CARNEIRO, 2006). Além disso, nem sempre o provimento jurisdicional é alcançado com tanta presteza, porquanto o processo é composto de diversos atos que são essenciais ao alcance do provimento final e sua celeridade colide com a regular tramitação processual, a qual exige e prevê legalmente o contraditório, assim como prazos para pedidos e impugnações, comprovação das afirmações em matérias fáticas (e eventualmente de direito), e, ainda, o tempo necessário para que o Juízo forme sua convicção e decida com maior segurança (CARNEIRO, 2006). Nesse sentido, Teodoro Jr. (2010, p.22) doutrina: O provimento judicial definitivo não pode ser ministrado instantaneamente. A composição do conflito de interesses, mediante o processo, só é atingida pela sequência de vários atos essenciais que ensejam a plena defesa dos interesses das partes e propiciam ao julgador a formação do convencimento acerca da melhor solução da lide, extraído do contrato com as partes e com os demais elementos do processo. [...] É indubitável, porém, que o transcurso do tempo exigido pela transmissão processual pode acarretar ou ensejar variações irremediáveis não só nas coisas como nas pessoas e relações jurídicas substanciais envolvidas no litígio, como por exemplo, a deteriorização, o desvio, a morte, a alienação, etc. Logo, o lapso temporal existente entre o ajuizamento da ação e a (in)satisfação da pretensão da parte pode ser muito longo, dependendo da complexidade do caso concreto. Por essa razão, o tempo se apresenta como um dos grandes obstáculos para o efetivo fim da justiça, havendo a necessidade de instrumentos processuais que suavizam o desgaste temporal atinente ao processo. (GRUNWALD, Astried Brettas; PARANHOS, Robson Ramos, 2010). Desse modo, o ideal para o âmbito prático, seria que a lide fosse exaurida na mesma situação em que se encontrava ao momento de seu ajuizamento, tanto

13 que as sentenças declaratórias retroagem até o momento de seu ajuizamento ou anterior a tal (TEODORO Jr., 2010). 12 A problemática se cria em relação ao decurso temporal entre o ajuizamento e a prolação da sentença final (com trânsito em julgado), período em que as partes podem sofrer prejuízos irreparáveis. A morosidade da justiça causa prejuízos às partes. Oriunda, também, de artifícios utilizados pelo réu ou pela demora natural do processo, a parte autora fica muitas vezes à mercê das deficiências do poder judiciário, que a prejudica, mesmo que ela possua razão e beneficia o réu com a demora na entrega da tutela jurisdicional. Nesse contexto, Teodoro Jr. (2007, p.538) leciona que o objetivo do processo é a paz social, que deve visar à solução justa da lide. Refere que a solução ideal dos conflitos acaba por ser insuficiente se não for apta, justa e eficaz, para outorgar à parte tutela prática a quem tem direito. Aliás, a demora na tramitação processual passou a ser direito insculpido no art. 5º da CF/88, que por meio da Emenda Constitucional nº 45/2004, teve inserido o inciso LXXVIII, dispondo: Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (BRASIL, 2014). Todavia, ao que se vê, em termos práticos o referido inciso pouco resolve a morosidade processual, razão pela qual as partes litigantes devem se socorrer por outros meios, a fim de ter seu direito assegurado ou satisfeito. (MORAES, 2005). Isso, porque a justiça, quando tardia, é inoperante, e a aludida Emenda pouco acresceu à celeridade processual, do ponto de vista prático. Assim, a

14 13 resolução do problema da morosidade não passaria apenas pela criação do princípio da razoável duração do processo, mas sim pela elaboração de mecanismos eficientes que sejam passíveis de tornar tal princípio efetivo, mecanismos estes cuja criação eficaz dependeria de prévios estudos científicos. (MOTA, T.; MOTA, G; SOUZA, 2011). Dessa forma, a lentidão processual em muitas vezes pode impedir a parte de alcançar o direito postulado, razão pela qual cabe a esta se socorrer através de meios processuais previstos na legislação, principalmente através das tutelas provisórias, que visam amenizar os efeitos do tempo em relação ao direito postulado pelo litigante. Por isso é indispensável que o Estado juiz proporcione mecanismos para assegurar a não deteriorização do direito da parte em razão da lentidão processual. 1.2 Tutelas provisórias: noções preliminares Diante dos prejuízos ocasionados às partes, oriundos da morosidade processual, houve a criação de institutos que sejam capazes de amenizar a demora na entrega da prestação jurisdicional no procedimento comum ordinário, através de técnicas de cognição sumária, antecipando e assegurando provisoriamente a tutela pretendida, desde que sejam preenchidos determinados requisitos, que auxiliam na própria percepção. Com relação ao tema a ser tratado, é de conhecimento geral que frequentemente ocorrem casos em que a(s) parte(s) não pode(m) aguardar a realização de todos os atos processuais para obter o provimento final pretendido, pelo que necessitam de algo que garanta a eficácia de seu direito ou o assegure. Para os casos mencionados acima, o legislador criou meios capazes de garantir a obtenção do direito pretendido pela parte, mesmo que o procedimento para conhecer o direito ou satisfazê-lo ainda não tenha chegado ao seu final. Os remédios processuais que visam amenizar os efeitos do tempo no processo são conhecidos como tutelas provisórias, que estão, atualmente, divididas em tutelas antecipatórias e tutelas cautelares. (GODOY, 2012).

15 14 As tutelas provisórias possuem aptidão para garantir a efetivação da prestação jurisdicional, visto que o tempo de deslinde processual não pode ocasionar dano à parte que procura o poder judiciário para resolver o litígio que possui. A doutrina ensina que as tutelas de provisórias podem se apresentar em duas modalidades: tutela satisfativa e tutela não-satisfativa. A primeira visa a antecipação provisória do resultado útil do processo, o bem da vida pretendido pela parte; ao passo que a segunda visa assegurar o resultado útil do processo principal, portanto ela não satisfaz a pretensão principal da parte, apenas o assegura. (GODOY, 2012). Os principais meios de garantia da efetividade da intervenção do Estado Juiz nos litígios existentes são as tutelas provisórias, formadas pela tutela cautelar e tutela antecipatória. Para distingui-las, Humberto Teodoro Júnior (2007, p.735), leciona: O que, no sistema do nosso Código de Processo Civil, distingue as espécies tutela cautelar e tutela antecipada, é o terreno sobre o qual a medida irá operar. As medidas cautelares são puramente processuais. Preservam a utilidade e eficácia do provimento final do processo, sem, entretanto, antecipar resultados de ordem do direito material para a parte promovente (são apenas conservativas). Já a tutela antecipatória proporciona para a parte medida provisoriamente satisfativa do próprio direito material cuja realização constitui objeto da tutela definitiva a ser provavelmente alcançada no provimento jurisdicional de mérito. Destarte, como o tempo de duração do processo pode comprometer a eficácia e utilidade do provimento judicial, as tutelas provisórias cautelares e antecipatórias - visam amenizar, assegurar ou até mesmo sanar os efeitos negativos decorrentes do tempo.

16 Tutela cautelar O atual Código de Processo Civil apresenta o remédio processual das tutelas provisórias, que visa diminuir os danos que podem ser sofridos pela lentidão processual. A ação cautelar possui finalidade assecuratória, pois visa assegurar direitos. Dessa forma, ela não resolve o litígio, mas garante que seja assegurada determinada situação processual, que garante a tramitação de outra ação principal, cuja trata do direito material. (LEME, 2012). A concessão da tutela cautelar exige a existência de dois requisitos: o fumus boni juris (fumaça do bom direito), na qual o autor deve demonstrar sua boa-fé ao julgador; e o periculum in mora (perigo na demora da satisfação), requisito que exige ao postulante demonstrar ao Juízo que a demora na concessão daquele pedido poderá ocasionar danos irreparáveis para a, posterior, satisfação de seu direito. (SCARPINELLA BUENO, 2014). A ação cautelar, via de regra, age no campo do direito formal, é citada por alguns doutrinadores como instrumento do instrumento. Caracteriza-se por ser medida acautelatória/preparatória, razão pela qual a ação principal deve ser ajuizada em até 30 dias após a efetivação da cautelar, quando não for necessário seu ajuizamento no curso da ação principal. Uma louvável explicação de tutela/processo cautelar dada por Scarpinella Bueno (2014, p , grifo do autor) é a seguinte: [...] devem ser entendidas, na perspectiva tradicional, como medidas preventivas aptas a evitar a consumação de dano, autorizando que o magistrado decida rapidamente, com base em cognição insuficiente para formar coisa julgada material ( cognição sumária ) e, conseqüentemente, transitar em julgado. Elas, de acordo com a mesma perspectiva, não são e não podem ser satisfativas, isto é, não tem aptidão para atuar diretamente no plano material. Elas se relacionam intimamente não àquele plano mas ao próprio plano processual. Nesse sentido, as cautelares, que se desenvolvem em um processo próprio (o processo cautelar ) e que tem um procedimento diferenciado, voltam-se a um outro processo, o processo de conhecimento e/ou processo de execução. É neles e

17 16 não naquele que o reconhecimento do direito e/ou sua satisfação será alcançada. É essa a razão pela qual é possível concluir que as características mais marcantes da tutela cautelar são a sua provisoriedade e a sua instumentalidade [...]. O nome cautelar já provém da palavra cautela, ou seja, segurança, sua nomenclatura já demonstra sua finalidade. A tutela cautelar visa prevenir ou assegurar um direito. Nesse diapasão, Jayme Henkin (1994, p. 9-10) leciona: A finalidade da função cautelar é simplesmente assecuratória e objetiva resguardar os interesses das partes de um perigo decorrente da demora da prestação jurisdicional definitiva. Busca, assim, proteger os interesses das partes contra o periculum in mora, ou seja, a probabilidade de ocorrência de atos ou fatos suscetíveis de causar lesões de difícil ou incerta reparação, antes do julgamento da lide principal. Esse resguardo tanto pode objetivar a tutela dos interesses que se voltam tanto para a própria função dos interesses de conhecimento, como pode dirigir-se ao resguardo dos bens que visam garantir a posterior execução ou, ainda, consistir na necessidade de antecipação provisória da prestação jurisdicional. A tutela cautelar se destina a assegurar a satisfação do direito postulado pela parte. Nesse sentido, leciona o professor Luiz Guilherme Marinoni (1999, p. 61): [...] a tutela cautelar se destina a assegurar a efetividade da tutela satisfativa do direito material. Por esta razão, é caracterizada pela instrumentalidade e pela referibilidade. A tutela cautelar é instrumento da tutela satisfativa, na medida em que objetiva garantir a sua frutuosidade. Com efeito, Graziela Pinheiro Godoy (2012, pg ) menciona, em seu artigo, uma classificação que considera a finalidade e o objeto sobre o qual deve incidir o provimento cautelar, dividindo-os em três espécies: a) medidas para assegurar bens, compreendendo as que visam garantir uma futura execução forçada e as que apenas procuram manter o estado de uma coisa; b) medidas para assegurar pessoas, compreendendo providências relativas à guarda provisória de pessoas e as destinadas a satisfazer suas necessidades urgentes; c) medidas para assegurar provas, compreendendo antecipação de coleta de elementos de convicção a serem utilizados na futura instrução do processo principal. Existem as cautelares típicas, que são as denominadas e específicas, as quais são previstas no CPC. Contudo, o legislador não poderia colocar no Código todos os direitos à serem garantidos e, em razão disto, as cautelares típicas formam

18 17 um rol exemplificativo. As demais cautelares são atípicas ou inominadas. Estas não estão expressamente previstas na Lei processual, pelo que seguem o procedimento disposto na parte geral das cautelares. (SCARPINELLA BUENO, 2014). Portanto, as tutelas cautelares visam garantir a posterior satisfação do direito pretendido pela parte, em casos em que o decurso do tempo pode prejudicar efetividade do alcance da processual Tutelas antecipadas Até determinada época, o Código de Processo Civil de 1973 não previa de forma específica medidas cautelares que, frente à urgência do caso, satisfizessem mesmo que provisoriamente - o direito pretendido pela parte. Isso porque as novas realidades sociais e econômicas do país foram se inserindo na prática forense, pelo instituto das cautelares inominadas ou cautelares satisfativas (CARNEIRO, 2006). Em razão disto, no ano de 1994 foi criado o remédio processual da antecipação de tutela, o qual está previsto no art. 273 e art. 461, 3º, do CPC. Sua criação ocorreu com a preocupação do legislador em garantir que o processo alcançasse a sua finalidade, sem sofrer com a irritante e intolerável demora de sua tramitação, assim como para impedir a deturpação do uso da cautelar inominada, suavizando a distribuição dos ônus do tempo no processo. (TEODORO Jr., 2007) Para fins de menção, os artigos acima referidos transcrevem: Art O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: I- haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou II- fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. 1º. Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu convencimento. 2º. Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. 3º. A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, 4o e 5o, e 461-A.

19 4º. A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada. 5º. Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final julgamento. 6º. A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. 7º. Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado. 18 Art Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. [...] 3º. Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada. [...] (grifou-se). Sem a antecipação de tutela, algumas ações não teriam o sentido de ser ajuizadas, pois não asseguraria o direito pretendido pela parte, que ao esperar a longa, casável e desgastante tramitação do processo, veria seu direito ser caducado. (GODOY, 2012). A antecipação de tutela visa alcançar ao autor, mesmo que provisoriamente, os benefícios advindos da sua pretensão, visto que não assegura definitivamente o direito, mas antecipa, temporária e provisoriamente, os efeitos do pedido que apenas viriam com o provimento final. Sua criação foi atrelada aos processos de conhecimento. As tutelas antecipadas foram criadas em Acerca de sua história, narra Teodoro Jr. (2007, p. 737): Entre nós, embora vozes abalizadas tenham se erguido em prol da admissão de medidas cautelares satisfativas, a opinião que sempre prevaleceu, principalmente na jurisprudência, foi no sentido de que o poder geral de cautela não comportaria tal ampliação, devendo restringir-se às providências meramente conservativas. Antecipação de tutela satisfativa somente haveria nos casos em que a lei

20 19 expressamente previsse, em procedimentos especiais, a concessão liminar. Adveio, porém, em 1994, a reforma do Código de Processo Civil e, fora do processo cautelar, e dentro do processo de conhecimento, instituiu-se a possibilidade emergencial genérica da antecipação de tutela, sujeitando-a, outrossim, a requisitos mais rigorosos que os exigidos para as medidas cautelares (atual redação dada aos arts. 273 e 461 do CPC, pela Lei nº 8.952, de ). Essa nova e ampla possibilidade de antecipar medidas satisfativas não se confunde necessáriamente, com as antigas e conhecidas liminares, pois agora a providência urgente pode acontecer em qualquer momento ou fase do processo de conhecimento, e não apenas na abertura da relação processual. É dever do Estado oferecer aos cidadãos meios para que tenham seus direitos assegurados, realizando a composição do litígio e a reparação do dano que o titular do direito sofreu, de forma eficaz e célere, a fim de evitar o agravamento do dano sofrido. Para isso o processo existe, objetiva reparar o dano sofrido. Teodoro Jr. (2007, p. 134) refere que a própria demora na prestação jurisdicional significa novos danos à parte. Outrossim, Sidnei Amendoeira Jr. (2012, p. 481, grifo do autor) alude que: A antecipação de tutela é o instituto que se permite ao magistrado antecipar, total ou parcialmente, a tutela pleiteada pelo autor em sua peça inicial e que somente lhe seria concedida ao final do procedimento de primeiro grau, com a sentença de mérito. Trata-se de tutela temporariamente satisfativa. Por ser concedida mediante cognição sumária não é, portanto, definitiva, e sim provisória e revogável. A tutela antecipada necessita ser vista como a possibilidade de serem antecipados os efeitos práticos da pretensão do litigante, os quais apenas seriam usufruídos com o proferimento da sentença (de procedência ou parcial procedência do pedido), processamento e julgamento de recurso de apelação com efeito suspensivo, com posterior trânsito em julgado. (SCARPINELLA BUENO, 2014). A tutela disponível à parte pode ser definitiva ou provisória. Nessa toada, Didier Jr. et al (2010, p. 451, grifo do autor) definem: A tutela definitiva é aquela obtida com base na cognição exauriente, com profundo debate acerca do objeto do processo, garantindo-se o devido processo legal, o contraditório e ampla defesa. É predisposta a produzir resultados imutáveis, cristalizados pela coisa julgada material. Prestigia, sobretudo, o valor da segurança jurídica.

21 20 Uma das alternativas que garantem a efetividade do processo é a antecipação dos efeitos de tutela da sentença final, que permite ao magistrado antecipar integral ou parcialmente os resultados da sentença, provisoriamente, para que desde aquele momento a parte possa gozar dos efeitos que apenas viriam com a decisão final. Vale salientar que apenas são antecipados os efeitos práticos decorrentes da sentença. Nessa toada, ensina Amendoeira Jr. (2012, p. 481): [...] Em nosso sentir, então, a antecipação é dos efeitos práticos do provimento final pleiteado, de modo que não necessariamente de todos os efeitos que adviriam do provimento final (já que a antecipação pode ser parcial) e tampouco apenas de seus efeitos secundários. Com efeito, não é possível que o juiz antecipe uma tutela declaratória, em razão de que esta deve exprimir certeza, que não possui provisoriedade. O mesmo equivale para a sentença constitutiva, salvo exceções, uma vez que ela também possuirá declaração, que implicaria na impossibilidade de certeza provisória. A antecipação dos efeitos de tutela se aplica de forma mais coerente na sentença condenatória, que como já mencionado, não se antecipa a condenação, mas sim os seus efeitos executivos (AMENDOEIRA JR., 2012). Aliás, é importante destacar a distinção de tutelas cautelares e antecipatórias. Scarpinella Bueno (2014, p ) ensina a distingui-las, verificando: [...] em que condições o que se pretende antecipar coincide ou não com o que se pretende a final. Na exata medida em que houver coincidência total ou parcial a tutela antecipada pode ser concedida total ou parcialmente, lê-se do caput do art. 273-, o caso será de tutela antecipada. Na ausência dessa coincidência, seja ela total ou parcial, a hipótese é de tutela cautelar. Sobre o tema, Fredie Didier Jr. (2009, p. 457) aponta: Assim, ao lado da tutela-padrão (satisfativa definitiva), criaram-se tutelas jurisdicionais diferenciadas, urgentes e acautelatórias dos direitos. Uma delas é a tutela cautelar, que preserva os efeitos úteis da tutela definitiva satisfativa. A outra é a tutela antecipada, que antecipa os efeitos próprios da tutela definitiva satisfativa (ou nãosatisfativa; isto é, da própria cautelar).

22 21 Portanto, a tutela antecipada visa alcançar, parcial ou totalmente de forma provisória, ao litigante, os benefícios oriundos do pedido que somente lhe seriam concedidos com o provimento final. Dessa forma, o Estado juiz oferece mais segurança ao cidadão que bate à sua porta em busca de um provimento final justo e qualificado Pressupostos para a concessão de tutela antecipada. A concessão da tutela antecipada não depende apenas do pedido formulado pela parte, mas também do preenchimento de determinados pressupostos e requisitos, que estão previstos no próprio diploma legal (art. 273 do CPC) e, caso não haja o preenchimento de qualquer um deles, o juízo ficará impossibilitado de deferir a antecipação da tutela. Isso porque a concessão da tutela antecipada não pode ser deferida em qualquer ocasião, visto que os pressupostos estabelecidos em lei têm a função de evitar abusos no seu deferimento. (AMARAL, Julio R. P., 2001). Preliminarmente, é de ser mencionado que a parte deve requerer expressamente a antecipação dos efeitos da tutela. Com efeito, acerca do requisito supramencionado, pode ser observado que em seu caput (art. 273, CPC) o legislador traz o termo [...]a requerimento da parte[...], o que autoriza tanto ao autor, como ao réu, realizar pedido de antecipação de tutela, nos casos em que for cabível. Acerca de tal presunção, Amendoeira Jr. (2012, p. 484) escreve: Em função da letra da lei, somente o autor poderia requerer a antecipação dos efeitos de tutela, visto que o caput do art. 273 usa as expressões parte a tutela pretendida no pedido inicial (pedido inicial que é feito pelo autor). No entanto, sempre que qualquer parte formular pedido no processo, é possível presumir que esse pedido pode ser antecipado. Assim, poderiam receber a antecipação de tutela: o denunciante, o opoente, o autor da ação declaratória incidental, o réu quando apresenta reconvenção ou quando a ação for dúplice etc.

23 22 Prosseguindo e apresentando pressupostos para concessão de tutela antecipada, o caput do art. 273 apresenta dois pressupostos (genéricos), que são: (a)prova inequívoca; e (b)verossimilhança das alegações. Esta exige que os fatos, examinados juntamente com a prova, devem ser vistos como fatos certos (ZAVASKI, 2008), ao passo que aquela exige que a prova carreada apresente alto grau de convencimento, considerando afastada qualquer dúvida razoável de tal. (CARNEIRO, 2006). Em que pese a necessidade de incidência dos pressupostos genéricos apresentados acima, a concessão da tutela antecipada depende ainda de preencher ao menos mais um dos seguintes pressupostos (alternativos): (a) Dano irreparável ou de difícil reparação (Art. 273, I, CPC) ao postular a antecipação dos efeitos da tutela, o autor deve expor fundamentadamente ao juízo as razões que poderão fazer com que o decurso temporal entre o ajuizamento da ação e a sentença final possam causar dano irreparável ou de difícil reparação. Cabe ao litigante demonstrar ao juízo o fundado receio, com base em dados concretos, que ultrapassem o simples temor subjetivo da parte (CARNEIRO, 2006). (b) atos protelatórios do réu/abuso do direito de defesa (Art. 273, II, CPC) - esse pressuposto deve demonstrar ao julgador que o réu, através de sua conduta processual, abusa do direito de defesa, buscando através de vários meios protelar o desfecho da ação, com o objetivo de continuar usufruindo de determinado beneficio do status a quo. (CARNEIRO, 2006). (c) Direito incontroverso (Art. 273, 6º, CPC) havendo no curso da demanda um pedido (ou parte dele) incontroverso e ficando evidente a verossimilhança da controvérsia, assim como o juízo tendo convicção da verossimilhança daquela (incontrovérsia), percebendo que aquele assunto é indiscutível, é facultado que seja antecipado os efeitos da tutela, no que tange a incontrovérsia. Até mesmo, porque não há razão para a parte postulante possa

24 usufruir dos efeitos executivos de parte do pedido que não seja contestado (ZAVASCKI, 2008). 23 Portanto, o juízo deve estar convicto da necessidade de deferir a tutela antecipada e, para que faça isso com prudência, existem os requisitos a serem cumpridos pela parte postulante, os quais visam dar segurança à decisão antecipatória, sob risco de prejudicar a parte contrária, quiçá, com razão no feito Antecipação de tutela em caso de irreversibilidade do provimento Em certos casos, o benefício antecipatório que o magistrado concederá poderá ser irreversível e, por ser provisório, nada impede que no decorrer da tramitação processual o julgador fique convicto acerca da necessidade de revogar a medida concedida. A reversibilidade da tutela antecipatória permite ao juízo que revogue ou reveja uma decisão que no meio da tramitação de um processo ou na sua fase decisória fique convencido de que esta não deveria ser deferida. Ocorre que, em casos concretos, a antecipação não é passível de reversão. Contudo, é aceitável que o magistrado antecipe os efeitos da tutela pretendidos, independente da possibilidade de sua reversibilidade, desde que o direito discutido diga respeito a um bem mais relevante. Essa concepção é apresentada por Amendoeira Jr. (2012, p. 484), que refere: Ora, essa é outra forma de limitar o poder do magistrado de, em situações altamente particulares, conceder medidas urgentes, ainda que correndo o risco de esta ser irreversível se o bem da vida em jogo for o mais relevante. A idéia de efetividade absoluta do processo para consecução da pacificação social não pode vir limitada pela idéia de irreparabilidade, por vezes inevitável. Zavascki (2008, p. 107) complementa a aludida citação, doutrinando a coerência de ser exigido do postulante da tutela antecipada a prestação de caução: É vedado antecipar os efeitos de tutela que trazem conseqüências irreversíveis no plano dos fatos; entretanto, sendo manifesta a verossimilhança do direito do autor e evidente o risco de dano

25 inverso, decorrente de sua não fruição imediata, a antecipação poderá ocorrer mediante prestação de caução. (grifou-se). Logo, havendo dúvidas acerca do risco no deferimento do pleito antecipatório, como também, existindo coerência nas alegações do requerente, é facultado que o juízo, a fim de agir com prudência e segurança, exija a prestação de caução por parte daquele que terá a tutela antecipatória deferida em seu favor. 24 Portanto, o requisito da reversibilidade é relativo, isso quando o risco de perecimento do direito material pretendido for maior do que o prejuízo que a outra parte poderá obter pelo deferimento da tutela em seu desfavor. O juiz deverá assegurar a garantia do bem da vida pretendido, razão pela qual o magistrado deve sopesar a proteção do direito pleiteado com a ocorrência de possível dano irreparável ou de difícil reparação e, sendo possível e coerente, exigir que a parte que será beneficiada com a antecipação da tutela preste caução Fungibilidade das medidas O artigo do Código de Processo Civil que trata da antecipação de tutela (273) prevê em seu parágrafo 7º a possibilidade de o magistrado deferir medida cautelar em caráter incidental no pedido antecipatório de tutela, desde que preenchidos os requisitos exigidos para a concessão daquela. Observa-se: Art º Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado (BRASIL, 2014). O referido dispositivo trata da fungibilidade das tutelas provisórias, quando verificado que um pedido deveria ter sido formulado em lugar do outro. O dilema processual visa assegurar uma tutela rápida, sem sacrificar garantias constitucionais do processo. Tal paradigma iniciou com a criação da tutela cautelar e sua utilização anômala que, posteriormente, contribuiu no surgimento das primeiras tutelas antecipatórias. (CARNEIRO, 2006). No tema da fungibilidade das tutelas de antecipatórias e cautelares, Amendoeira Jr. (2012, p. 498) doutrina:

26 25 [...] A doutrina desenvolveu-se no sentido de que a tutela cautelar é ação de simples segurança, e não poderia ser satisfativa do direito material da parte, já que isso deveria ser objeto de discussão apenas e tão somente no processo principal. Essa forma de tutela limitar-seia a garantir a eficácia do provimento final futuro, que virá somente no processo principal, devendo ser apenas conservativa. Como a medida é urgente e deve ser adotada instantaneamente, impedido está o magistrado de analisar a questão com base em cognição profunda e exauriente, de modo que, não trabalhando o magistrado com juízo de certeza, mas de mera probabilidade, a tutela conferida não pode ser definitiva; ao contrário, deve ser revogável a qualquer tempo e, portanto, provisória. Em virtude disso, a doutrina acabou por reconhecer que as tutelas cautelar e antecipada tem funções constitucionais comuns, como também seriam comuns certas características. Com efeito, as tutelas provisórias se diferem principalmente em razão da natureza a ser assegurada, a antecipatória age em relação ao direito material, o bem da vida postulado, ao passo que a cautelar age no direito processual, a fim de garantir uma posterior satisfação do direito material. Esta visa conservar o direito, ao passo que aquela visa satisfazer, provisoriamente. Falando propriamente das suas semelhanças, o requisito que mais se destaca é o periculum in mora, o que não permite a observação de apenas o caráter funcional de cada uma delas e sim a medida de urgência. Autor anteriormente referido, Amendoeira Jr. (2012, p. 500), brilhantemente doutrina seu entendimento acerca do periculum in mora: [...] poderíamos afirmar que as tutelas cautelares e as tutelas antecipatórias, por terem a mesma função, qual seja, neutralizar o perigo de dano com a demora na entrega da prestação jurisdicional e garantir a efetividade do processo, poderiam ser reduzidas a uma mesma categoria, mas, nesse caso, seriamos obrigados a separar a tutela do inciso II e do 6º, que não decorrem diretamente da urgência, mas, sim do abuso processual e, mais, da evidência do direito do autor. Nesse sentido, apesar de adotarmos a expressão tutelas de urgência em função de seu uso comum, preferimos os termos tutelas sumárias ou diferenciadas, evitando com isso, a separação das outras formas de antecipação de tutela que não a do art. 273, I, do CPC. Todavia, Didier Jr. e outros (2010, p. 468) fazem uma ressalva acerca da fungibilidade, vejamos:

27 26 Não se trata, rigorosamente, de um caso de fungibilidade entre a tutela cautelar e a tutela antecipada, até, porque, conforme vimos, possuem naturezas distintas: a primeira é um tipo de tutela e a segunda uma técnica de tutela. O que o 7º do art. 273 autoriza é que, formulado um pedido de tutela antecipada satisfativa, possa ser concedido um pedido de tutela antecipada cautelar, tudo no processo de conhecimento. Ou seja, admite-se que a tutela cautelar seja concedida em processo não cautelar. Não há, pois, correção ou aproveitamento; não se pressupõe erro do demandante na escolha da via processual ou na formulação do pedido; não se pode, portanto, falar em fungibilidade. Trata-se de uma opção legislativa pela simplificação: a tutela antecipada no processo de conhecimento também pode servir como técnica de antecipação de tutela cautelar, além da tutela satisfativa. Adota-se, porém, o termo fungibilidade, que já se encontra consagrado doutrinária e jurisprudencialmente, pondo-lhe aspas para ressalvar o posicionamento aqui defendido. O que o texto legal trata é que não se pode indeferir a tutela antecipada pelo simples motivo de se confundir com cautelar ou por não estar diretamente vinculada ao mérito da causa. Estando presentes os requisitos que autorizem o deferimento da medida cautelar fumus boni juris e periculum in mora-, para tal decisão não haverá óbice, até porque os requisitos da antecipação de tutela são mais rígidos de comprovação. Didier Jr, et al (2010, p. 470) lecionam que o objetivo da fungibilidade é dispensar o requerente de todos os ônus do processo autônomo, aumentando a celeridade e economia processual. Além do cumprimento dos requisitos expressos, alguns doutrinadores defendem a concepção que a cautelar somente pode ser deferida se houver a existência de dúvida fundada e razoável quanto a sua natureza. Assim, somente seria aceita a fungibilidade em hipóteses excepcionais. Via de regra, o dispositivo legal traz a idéia de fungibilidade progressiva, ou seja, apenas a possibilidade de o juiz conceder medida liminar em caso de pedido de antecipação de tutela. Nessa esteira, Didier Jr. e et al (2010, p. 475) argumentam: Como se disse, não se autoriza, aqui, a fungibilidade do procedimento. Permite-se, sim, o processamento de um pedido por

28 27 determinado rito que, a princípio, não lhe era cabível. Em nenhum momento se autorizou a utilização de procedimento cautelar para a utilização de provimento satisfativo. Considerando que o prejuízo do indeferimento da petição pode ser gravíssimo, os referidos escritores (2010, p. 476), propõem a seguinte solução: Se a parte requerer medida antecipatória satisfativa via processo cautelar, e o magistrado entender que os seus requisitos estão preenchidos, deve ele conceder a medida, desde que determine a conversão do procedimento para o rito comum (ordinário ou sumário, conforme seja), intimando o autor, para que proceda, se assim desejar ou for necessário, as devidas adaptações em sua petição inicial, antes da citação do réu. Portanto, é facultado que o Juízo receba a tutela cautelar, mesmo que constate que se trata de tutela antecipada, mas para isso devem estar presentes os requisitos que exigem a concessão desta. É de ressaltar, ainda, que após o seu recebimento o juízo mandará intimar a parte para fazer os ajustes necessários na sua petição inicial.

29 28 2 TUTELAS PROVISÓRIAS NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL O Código Processual Civil vigente é do ano de 1973, possuindo mais de quarenta anos. Nesse lapso temporal, teve várias mudanças e alterações. Contudo, visando a celeridade processual foi sancionado, em 16 de março de 2015, um novo Código que visa melhorar a eficácia processual e desafogar o judiciário de demandas repetitivas e afins, com o intuito de oferecer às partes de modo justo e célere o direito pretendido. O novo CPC possui um livro com o título tutela provisória, que é concedida mediante cognição sumária em juízo de probabilidade (NEVES, Daniel Amorim Assumpção, 2015, p. 207). O termo tutela provisória no Código de Processo Civil/2015 passou a ser entendido como gênero, possuindo duas espécies: a tutela de urgência (composta pela tutela antecipatória e tutela cautelar) e a tutela de evidência (GARCIA, Gustavo F. B, 2015, p. 93). Portanto, as tutelas cautelares e antecipatórias receberam notáveis modificações, sendo passível de ser apresentado o seu novo tratamento. 2.1 O novo Código de Processo Civil Brasileiro - Lei /2015 Com a constante evolução da sociedade e das novas realidades sociais que surgem a cada dia, o Código de Processo Civil criado em 1973 ficou ultrapassado em alguns aspectos, visto que não mais atendia aos anseios, desafios e exigências de uma sociedade que passou a ter relações mais complexas, gerando verdadeiras multidões de processos, que hoje transbordam no judiciário. Por essa razão, visando acompanhar a evolução da sociedade e de suas relações, foi criado um novo Código Processual Civil, sancionado em 16 de março de 2015 (Lei nº /2015), que regulamenta o direito processual civil e traz mudanças significativas em relação à atual sistemática. A nova legislação passará a

30 vigorar a partir de 17 de março de 2016, momento em que encerrará o seu período de vacatio legis Alterações das tutelas provisórias Em razão da fungibilidade entre as medidas cautelares e antecipatórias, assim como o seu tratamento doutrinário de tutelas de urgência, estas foram incluídas em um único título: DA TUTELA PROVISÓRIA, que ficou composto por 18 artigos, visando a readequação das antecipatórias e (processos) cautelares. As tutelas provisórias ficaram localizadas na parte geral da nova Lei e é de se ressaltar que, evidentemente, o livro das cautelares foi extinto. A primeira diferença que pode ser observada na Lei nº /2015, é o próprio título da tutela provisória, previstas no Livro V, arts. 294 à 299.Tal atitude já deixa claro que a intenção do legislador é abandonar o formalismo e garantir a finalidade e utilidade da medida (LEME, Fábio F. de Arruda, 2012). O maior propósito da nova legislação é simplificar o processo, cabendo à parte demonstrar o risco de dano irreparável ou de difícil reparação e a plausibilidade do direito invocado, o que, comprova a possibilidade de se alcançar a tutela de caráter satisfativo (GODOY, Graziella Pinheiro, 2012). Nesse sentido, o novo art. 300 dispõe: Art A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. (Brasil, 2015). Acerca da mudança, Misael Montenegro Filho (2011, p. 275) escreve: Percebemos que o legislador preferiu disciplinar a tutela de urgência apenas no gênero, propondo a implosão do sistema que prevê a coexistência de cautelares típicas (arresto, sequestro, busca e apreensão, alimentos provisionais, justificação, notificação, protesto, posse em nome do nascituro, dentre outras) e de cautelares atípicas. O nomem juris não tem mais qualquer importância sendo suficiente a demonstração do preenchimento dos requisitos que autorizam a concessão da tutela de urgência.

31 30 Desse modo, o autor não vai mais requerer o deferimento da liminar de arresto, de sequestro, de busca e apreensão etc., mas a concessão de medida de urgência. A par disso, as tutelas cautelares e antecipatórias passam a ter tratamento de forma conjunta e, mesmo com a extinção do processo cautelar, as medidas cautelares poderão ser concedidas a qualquer tempo no processo (SAMPAIO Jr., José Herval, 2011). O livro V, que dispõe acerca da tutela provisória, além de conter os dispositivos da tutela de urgência, tem inserido também as tutelas de evidência, que será concedida pelo magistrado, quando o juiz estiver convicto de que a parte postulante preenche os requisitos legais para sua concessão. É possível observar que houve uma sensível aproximação entre a tutela antecipada e a tutela cautelar, visto que o legislador simplificou e deixou mais homogêneo o tratamento procedimental de ambas, isso sem falar que as duas passaram a ser tratadas legislativamente como espécies de tutela provisória (NEVES, 2015). Didier et al (2015, p. 568), apresentam três características essenciais das tutelas provisórias. Vejamos: A tutela provisória é marcada por três características essenciais: a) a sumariedade da execução, vez que a decisão se assenta em análise superficial do objeto litigioso e, por isso, autoriza que o julgador decida a partir de um juízo de probabilidade; b) a precariedade. A princípio, a tutela provisória conservará a sua eficácia ao longo do processo, ressalvada a possibilidade de decisão judicial em sentido contrário (art. 296, parágrafo único, CPC). Mas ela poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo (art. 296, caput, CPC). A revogação ou modificação de uma tutela provisória só pode dar-se, porém, em razão de uma alteração do estado de fato ou de direito ou do estado de prova quando, por exemplo, na fase de instrução, restarem evidenciados fatos que não correspondem àqueles que autorizam a concessão da tutela. c) e, por ser assim, fundada em cognição sumária e precária, a tutela provisória é inapta a tornar-se indiscutível pela coisa julgada. (grifos apostos).

32 31 A tutela provisória pode ser concedida, modificada ou revogada a qualquer tempo, visto que sua concessão ocorre através da cognição sumária. Tal decisão pode ser, inclusive, adotada de ofício pelo magistrado, a qualquer momento, desde que fundamente sua decisão, porquanto sua concessão ocorre por meio de exame não definitivo e não aprofundado (GARCIA, 2015). Nestes termos, dispõe o art. 296 do CPC/2015: Art A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo. (BRASIL, 2015). Aliás, é de se ressaltar que o art. 295 prevê a desnecessidade de pagamento de custas para o requerimento de tutela provisória em caráter incidental. In verbis: Art A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas. (BRASIL, 2015). Além disso, o art. 299 do CPC/2015 traz que a tutela provisória deve ser requerida ao juízo da causa e, sendo de caráter antecedente, ao juízo que possui competência para analisar o pedido principal. No atinente ao seu parágrafo único, ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos é necessário que a tutela provisória seja requerida ao órgão jurisdicional competente para analisar o mérito da contenda, podendo ser o relator ou órgão colegiado, conforme o caso. (GARCIA, 2015). O Referido dispositivo transcreve: Art A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal. Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito. (BRASIL, 2015). Destarte, as principais diferenças no aspecto das tutelas de urgência contidas no CPC de 1973 e do novo CPC (Lei /2015) é o fato de ser extinto o livro das cautelares, restando apenas a tutela cautelar, que foi inserida na parte

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