A POLÍTICA DO SALÁRIO MÍNIMO PODE NÃO SER UM SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO 1. Claudio Salvadori Dedecca 2

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1 A POLÍTICA DO SALÁRIO MÍNIMO PODE NÃO SER UM SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO 1 Claudio Salvadori Dedecca 2 Nos meses de março e abril, o reajuste do salário mínimo ganha centralidade na agenda política brasileira. Definido seu novo valor, o tema entra em regime de hibernação por onze meses. Durante os meses em que o tema ganha centralidade, observa-se uma posição consensual sobre a necessidade de valorização do salário mínimo com o objetivo de uma recomposição substantiva de seu poder de compra. Até recentemente, o debate sobre o tema era marcado por uma posição que considerava que uma elevação substantiva do poder de compra do salário mínimo não apresentaria maiores restrições e outra que apontava essas como o maior entrave para a adoção da política. Hoje, o consenso é mais amplo, pois há o reconhecimento generalizado que tais restrições existem e que, portanto, a valorização do salário mínimo depende do equacionamento das mesmas. O atual consenso explicita um problema de ordem lógica. Se as restrições existem e elas são relevantes, não há possibilidade de uma elevação rápida e intensa do salário mínimo. Propostas de duplicação ou de fixação de seu valor em um determinado patamar, em um curto espaço de tempo, não são viáveis. Cabe reconhecer, portanto, que a política de valorização do salário mínimo é mais complexa, exigindo a formulação mais cuidadosa de suas diretrizes. Propostas imediatistas e simplistas podem ter apego político, mas não passam de um sonho de uma noite de verão que reiteram a recorrência de um salário mínimo desvalorizado. São meras bravatas. 1 Este ensaio encontra-se, ainda, em elaboração. Todas as sugestões e críticas serão muito bem aceitas. O autor agradece as contribuições recebidas, bem como aquelas ainda por chegar. Gostaria, ainda, de esclarecer a omissão dos nomes daquelas pessoas que enviaram suas contribuições, justificada na preocupação de preservá-las politicamente ou de restringir a responsabilidade pelos erros. Entretanto, o autor comparte, antecipadamente, os acertos que porventura a proposta possua. 2 Professor do Instituto de Economia da Unicamp (cdedecca@eco.unicamp.br).

2 A Política do Salário Mínimo pode não ser um sonho de uma noite de verão, Claudio S. Dedecca 2 A recuperação do salário mínimo depende, portanto, da formulação de uma política que reconheça as restrições existentes e procure equacioná-las adequadamente. Ademais, que transforme a questão do salário mínimo em um tema presente sistematicamente na agenda econômica e social do Governo, do Congresso e da sociedade brasileira. Para que a presença do tema seja uma recorrência é preciso que a política de valorização estabeleça certa previsibilidade sobre a evolução futura do salário mínimo, seja para que o Governo tenha alguma estratégia para o enfrentamento de seus impactos sobre o orçamento público, seja para que o Setor Privado avalie suas implicações sobre seu nível de custo. É preciso definir um horizonte para a elevação do poder de compra do salário mínimo que permita superar as restrições existentes e que transforme a discussão sobre sua política de valorização em um processo recorrente para a sociedade brasileira, que o distancie da prática histórica de sua realização nos meses de março e abril. Ademais, cabe afirmar em alto e bom som que não haverá política de salário mínimo consistente sem crescimento do nível de atividade econômica e da produtividade e que o aumento do salário mínimo é parte indutiva do próprio crescimento. Em suma, é preciso pensar a política do salário mínimo enquanto política de renda em um contexto de políticas públicas em favor da expansão sistemática da demanda efetiva e da justiça social. Dentro desse espírito, apresenta-se para discussão uma proposta de política de valorização do salário mínimo 3. Uma proposta elaborada por um autor que nesses últimos 25 anos tem acompanhado sistematicamente o debate sobre o tema, que conheceu várias iniciativas de políticas e que se encontra cansado de alguns malabarismos acadêmicos e políticos que pouco ou nada ajudam para um aumento real e sustentado do valor do salário mínimo. O debate sobre o tema exige explicitar posição favorável ou contra a política. Aqueles que são contra, devem assumir claramente sua posição, ao invés de se acobertar nas numerosas restrições econômicas existentes para a implementação da política. Aqueles 3 Ao final do ensaio, encontra-se um anexo com um exercício comparativo dos resultados estimados dessa proposta e de duas outras elaboradas pelo Deputado Virgílio Guimarães e pelo Senado Paulo Paim.

3 A Política do Salário Mínimo pode não ser um sonho de uma noite de verão, Claudio S. Dedecca 3 que a defendem, devem fazer um esforço para elaborar uma política que garanta a elevação sistemática e substantiva do salário mínimo no médio prazo enfrentando as restrições econômicas existentes. Apresentadas essas observações iniciais, cabe perguntar: porque não definir uma política de valorização do salário mínimo que leve em conta o desempenho da economia brasileira e que seja objeto de concertação política? Se é possível estabelecer uma meta inflacionária, mesmo que dela discordemos, e outros pactos na definição da política econômica, porque não se pode adotar uma outra meta voltada para a evolução do salário mínimo, que dê previsibilidade para o Governo e o Setor Privado? O ponto inicial de sua formulação leva em conta aquilo que os economistas aprendem nos cursos introdutórios de sua graduação. Todos os manuais de economia, independentemente de sua vertente analítica, aceitam que a evolução dos rendimentos do trabalho deve ser compatível com aquelas do produto e da produtividade. Porque não aceitar esse pressuposto para estabelecer a cada ano o reajuste básico do salário mínimo? Seria razoável garantir que o salário mínimo acompanhasse os aumentos estimados do produto e da produtividade para o ano. Esse critério é compatível com todos os pressupostos da teoria econômica clássica. Ademais, ele não teria, ainda segundo essa mesma teoria, efeito inflacionário. E por fim, ele seria incontestavelmente justo socialmente. Esse critério poderia ser adotado enquanto uma política de consenso entre Governo, Congresso e sociedade. Além disso, poderia se estabelecer a cada ano, nos meses de fevereiro e março, que o Governo discutisse com o Congresso um aumento adicional que considerasse as perspectivas econômicas e políticas. Esse aumento poderia ser negociado socialmente em fóruns semelhantes aos estabelecidos pelas iniciativas do Conselho de Desenvolvimento Social ou do Fórum Nacional do Trabalho. Se as expectativas forem boas, poderia se definir um aumento adicional mais elevado. Analisemos um pouco os possíveis resultados dessa política apresentados no quadro abaixo. Na Coluna A temos a taxa anual estimada de crescimento do Produto Interno Bruto, na Coluna B encontramos a taxa anual estimada de elevação da produtividade e na Coluna C definimos um aumento adicional, que chamaremos de aumento real acordado.

4 A Política do Salário Mínimo pode não ser um sonho de uma noite de verão, Claudio S. Dedecca 4 Nesse exercício é considerada uma aceleração do crescimento da produtividade e do aumento real acordado para taxas mais elevadas de crescimento do produto. É razoável supor que um desempenho mais ponderável do produto esteja relacionado à recuperação da taxa de investimento e, portanto, de uma maior produtividade permitida pela incorporação de gerações mais novas de máquinas e equipamentos, por escalas mais eficientes e por perspectivas de ganhos sustentados de renda. Também, o melhor desempenho deve abrir espaço para a negociação de um aumento real acordado mais significativo que acelere a tendência de valorização do salário mínimo, face as maiores possibilidades de lucro na atividade econômica privada e de arrecadação na esfera pública. Segundo esse exercício, o salário mínimo real, em 2010, equivaleria a 2,5 vezes de seu poder de compra atual. Esse movimento exigiria um aumento real, em relação ao desempenho do produto e da produtividade, de 5% a.a até 2006 e de 7% a.a. entre este ano e Não se pode considerar elevado esses valores, se tomadas as taxas reais de remuneração financeira que o país vem suportando. Ademais, como se verá mais a frente não se pode considerar que aumentos reais da ordem de 5% a 7% a.a. possam ter maior impacto inflacionário. Salário Mínimo Real (Simulação) Produto Interno Bruto (A) Produtividade (B) Aumento Real Acordado (C) Salário Mínimo Real (D) ,0 3,0 5,0 111, ,0 3,0 5,0 124, ,0 3,0 5,0 139, ,0 3,0 7,0 158, ,0 4,0 7,0 183, ,0 4,0 7,0 213, ,0 5,0 7,0 251,3 Elaboração Claudio Salvadori Dedecca, Ie/Unicamp. D' = D x (1+(A / 100) x (1+(C / 100) + C Mas analisemos um pouco melhor o efeito dessa política sobre a evolução da massa de rendimentos. Para tanto é preciso assumir algumas hipóteses básicas em relação ao efeito do reajuste do salário mínimo sobre a estrutura de rendimentos.

5 A Política do Salário Mínimo pode não ser um sonho de uma noite de verão, Claudio S. Dedecca 5 No caso dos rendimentos de aposentadoria, adota-se a hipótese que o reajuste do salário mínimo se reproduz por toda a estrutura. Isto é, o aumento de 11% em 2004 determinaria uma elevação do gasto com aposentadoria de igual magnitude. Para os rendimentos do trabalho, é considerado que o efeito do reajuste do salário mínimo decresce para as remunerações mais elevadas. Ele seria de 11% para aqueles que recebem até 2 salários e decresceria progressivamente, sendo de 50% para os que auferem rendimentos superiores a 10 salários mínimos. O efeito aqui considerado corresponde àquele genericamente denominado de mecanismo de mercado. Isto é, o mercado de trabalho tende a não reproduzir para toda a estrutura aquele aumento de remuneração observado na base. Isto não impediria que as negociações coletivas garantissem aumentos mais expressivos para toda a estrutura de remuneração de uma categoria. Fato que somente poderia ser possível se as empresas de tal categoria tivessem condições de suportar. Também, considera-se que o aumento do salário mínimo se difundiria para as remunerações de trabalhadores não assalariados ou com contrato de trabalho não regulamentado. Assume-se aqui que o salário mínimo é o farol das remunerações do mercado de trabalho, independentemente do tipo de relação de trabalho. Consideradas essas hipóteses, a simulação realizada com os dados da PNAD 4 mostra que um aumento de 11% para o salário mínimo implicaria em acréscimos de: 10,1% na massa total de aposentadorias e pensões, 8,2% na massa total de rendimentos dos ocupados. O aumento da massa total de aposentadoria e pensões seria inferior ao observado para o total de contribuições diretas para a previdência. A decisão sobre a intensidade de elevação da massa total de rendimentos dependeria, a cada ano, da posição de se assumir um aumento real acordado mais elevado. Nesse contexto, se colocaria no centro da discussão a possibilidade de utilizar a política do salário mínimo como um instrumento de distribuição de renda, ao induzir uma evolução 4 Esta proposta foi realizada a partir dos dados disponibilizados ao público em geral pelo IBGE e órgãos do Governo Federal, seja em formato de mídia eletrônica gravada, seja em sítios eletrônicos. Um estudo mais detalhado pode ser desenvolvido a partir do acesso de bases de dados restritas à administração pública. A Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social GFIP, gerenciada pelo Ministério da Previdência Social, constitui a base de dados relevante para estudos desse tipo. Contudo, ela não se encontra disponível ao público em geral, como, por exemplo, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD/IBGE. Explicitando-se, assim, o motivo desta proposta ter adotado essa base de dados em seu exercício estatístico.

6 A Política do Salário Mínimo pode não ser um sonho de uma noite de verão, Claudio S. Dedecca 6 mais acelerada de seu poder de compara, em comparação aquelas do produto e da produtividade. Em suma, a massa total de rendimentos cresceria 8,2% para uma elevação total do produto e da produtividade da ordem de 6,9% em Explicita-se, portanto, que essa política de valorização do salário mínimo tenderia não ter impactos sobre a evolução da massa total de rendimentos que pudessem alimentar o processo inflacionário, aceitando-se os pressupostos da ortodoxa sobre o assunto. Ademais, poderia o governo através de políticas industrial e agrícola buscar enfrentar possíveis tensões inflacionárias, lançando mão, portanto, para combatê-las de outros instrumentos que rompam a exclusividade hoje dada à taxa de juros básica. Reajuste 11,0 % Resultado Global Valores Absolutos R$/Mês (1) Variação Total de Rendimentos do Trabalho (A+E) (2) A -Variação da Massa Total de Rendimentos (B+C) B - Variação da Massa de Rendimentos (Formal) C - Variação da Massa de Rendimentos (Não Formal) D - Variação da Massa de Contribuições (3) E - Variação Total da Massa de Benefícios (F+G) F - Variação da Massa de Aposentadorias G - Variação da Massa de Pensões e Outros Benefícios Valores Relativos Em Porcentagem A -Variação da Massa Total de Rendimentos do Trabalho (B+C) 8,2 B - Variação da Massa de Rendimentos (Formal) 8,0 C - Variação da Massa de Rendimentos (Não Formal) 9,0 D - Variação da Massa de Contribuições (3) 8,0 E - Variação Total da Massa de Benefícios (F+G) 10,1 F - Variação da Massa de Aposentadorias 9,2 G - Variação da Massa de Pensões e Outros Benefícios 11,0 Participação da Massa de Rendimentos até 3 salários mínimos na Massa Total de Rendimentos do Trabalho , ,5 (1) A preços de fevereiro de (2) Valores brutos inclusos impostos e contribuições sociais. (3) Inclui somente as contribuições sociais diretas (estimadas) para o sistema previdenciário, não estando consideradas as demais contribuições (COFINS, CSLL, CPMF, Repasses da União e Outras Receitas).

7 A Política do Salário Mínimo pode não ser um sonho de uma noite de verão, Claudio S. Dedecca 7 Mas, ainda assim, poderia se argumentar que o gasto com aposentadoria cresceria 10,1%, isto é, 3 pontos acima do incremento total do PIB e da produtividade. Apesar de efetivo, esse aumento teria um impacto real menos intenso. A elevação de 10,2% dos gastos com aposentadoria e pensões representa somente 15% da variação total da massa de rendimentos e 21% da massa total de rendimentos do setor formal. Ademais, o incremento da massa total de benefícios equivale a 86% da massa total de contribuições sociais diretas para a previdência. Esse porcentual deve obrigatoriamente cair se levadas em conta as demais contribuições sociais (COFINS, CSLL, CPMF e outras existentes). Hoje, o impacto do aumento do salário mínimo sobre os gastos da previdência pode ser financiado pela maior massa de contribuições. A evolução do mercado de trabalho ditará a validade ou não dessa condição no futuro. Ate 2020, a participação da população em idade ativa, entre 10 e 65 anos, continuará crescendo. Isto é, se a economia tiver condições de sustentar o crescimento e a geração de emprego, há possibilidade da evolução das contribuições continuar sendo mais favorável que o gasto previdenciário. É óbvio que a vigência dessa condição exige reversão do quadro de baixo crescimento e de contração do mercado formal de trabalho prevalecente no país desde Mas voltaremos a esse ponto mais à frente. Dois outros aspectos, ao menos, devem ser ainda contemplados. O primeiro diz respeito à capacidade dos governos municipais em arcarem com o maior gasto de folha de salários e aposentadorias. Sem dúvida essa é uma restrição real que deve ser equacionada, pois, ao contrário, a política do salário mínimo poderá agravar a crise fiscal dos municípios. Duas vias de enfrentamento poderiam ser buscadas: o crescimento econômico como instrumento de aumento da arrecadação e uma redução dos elevados e crescentes encargos financeiros que recaem sobre os municípios. O outro se refere aos efeitos da política sobre as empresas de menor tamanho, que, em geral, são mais intensivas em mão-de-obra e que possuem uma menor capacidade competitiva. Dois caminhos, dentre outros, poderiam ser buscados. O primeiro através de uma política industrial e de mecanismos de financiamento que reduzam os encargos financeiros e os riscos de modernização tecnológica dessas empresas. O outro seria uma

8 A Política do Salário Mínimo pode não ser um sonho de uma noite de verão, Claudio S. Dedecca 8 compensação às pequenas e médias empresas através do imposto de renda ou alguma outra tributação exclusive as contribuições sociais. Essa medida poderia ser utilizada, inclusive, para induzir a maior formalização do mercado de trabalho. Essa compensação poderia não significar queda de arrecadação para o Governo, pois o aumento do salário mínimo implicaria em maior demanda efetiva e, portanto, em maior volume de contribuição tributária. Aqui encontramos, talvez, um dos maiores benefícios da política: os seus efeitos de sustentação da demanda efetiva através da garantia de repasse dos benefícios criados pelo maior produto e pela maior produtividade para os trabalhadores que auferem remunerações próximas ao salário mínimo. Em um momento que se discute possibilidades de políticas em favor do crescimento, aquela do salário mínimo é sem dúvida uma das mais valiosas, ao favorecer diretamente a elevação da demanda corrente, isto é do nível de atividade. A grande vantagem da política do salário mínimo é que os beneficiados contribuem imediatamente para um maior nível de atividade econômica. A possibilidade de poupança ou financeirização do aumento do poder de compra não é possível. Mais uma vez, recorrendo aos manuais de economia, é conhecido que a população de baixa renda realiza, quase obrigatoriamente, a totalidade de sua capacidade de gasto. Para o biênio , a política de valorização do salário mínimo poderia injetar na atividade econômica, aproximadamente, 50 bilhões. Ao contrário da remuneração financeira garantida pela gestão da dívida pública, que é reaplicada no próprio mercado, a maior disponibilidade de renda criada pela política de valorização do salário mínimo é diretamente injetada na atividade econômica. Também, merece menção o fato da proposta criar a perspectiva de um aumento mais acelerado nos níveis inferiores de rendimento, acima da variação do produto e da produtividade, podendo provocar a elevação da massa de rendimentos na distribuição de renda do trabalho. Dois efeitos desejáveis provavelmente seriam criados: um movimento generalizado de aumento de renda dos mais pobres e a elevação de sua participação na renda nacional. Esses efeitos poderiam ser ainda potencializados, em uma trajetória de crescimento econômico, pela geração de empregos.

9 A Política do Salário Mínimo pode não ser um sonho de uma noite de verão, Claudio S. Dedecca 9 Segundo o exercício realizado, a participação da massa de rendimentos da população com renda individual de até 3 salários mínimos cresceria de 18,1% para 18,5% entre e Mesmo que limitada, a elevação sinalizaria uma política socialmente mais justa de um governo que afirma ser comprometido com essa causa. A função indutora da demanda possível de ser criada pela política de valorização do salário mínimo torna-se ainda mais relevante, em um contexto de redução do consumo global das famílias, que em 2003 correspondeu a R$ 25,8 bilhões segundo o IBGE 5. Explicita-se, portanto, ser a política de valorização do salário mínimo um instrumento de dimensão complexa. Mas que se mostra claramente positiva para o contexto atual do país, marcado por uma contração do mercado interno que joga contra o crescimento e o emprego. Ao mesmo tempo, que se constitui em instrumento de melhora do bem estar da população de baixa renda, ao beneficiar diretamente algo como 50 milhões de pessoas ocupadas ou aposentadas, a política de valorização do salário mínimo se apresenta como uma alavanca para o crescimento econômico. Em suma, a política do salário mínimo poderia, desse modo, deixar de ser um sonho de uma noite de verão. V abril.04 5 Folha de São Paulo, 01/04/2004, B1.

10 A Política do Salário Mínimo pode não ser um sonho de uma noite de verão, Claudio S. Dedecca 10 Anexo - Um exercício sobre possíveis resultados de algumas propostas de políticas para o salário mínimo Aqui faremos um breve exercício de comparação dos resultados de três propostas de política para o salário mínimo: i. a elaborada pelo Deputado Virgilio Guimarães, alternativa privilegiada nos debates internos atuais do Governo Lula; a encaminhada pelo Senador Paulo Paim; e aquela apresentada neste ensaio 6. A. Proposta do Deputado Virgílio Guimarães/Governo Lula Esta alternativa propõe adotar a solução seguinte: Salário Família Especial (SFE) = Salário Mínimo Básico (SMB) + Abono Complementar (AC) Para facilitar a exposição chamaremos o Salário Mínimo Básico de SMB-DVG/GL e o Salário Família Especial de SFE-DVG/GL. As principais características da proposta são: 1. O SMB evoluiria segundo índice oficial de preços; 2. O AC constituiria uma reorganização do atual salário família, que se transformaria em um benefício, em , de valor ao redor de R$ 25,00/filho destinado às famílias com filhos de até 17 anos. 3. Os salários acima do SMB seriam complementados até o valor do SFE. Vantagens: 1. A política se voltaria para os mais pobres; 2. Poderia haver uma diferenciação regional; 3. A alternativa não acarretaria maiores gastos para a previdência, pois os benefícios não seriam contemplados pela regra proposta; 4. As prefeituras, estados, empregadores domésticos poderiam não ser abarcados pela política ou seriam através da transferência de um fundo público formado pelos empreendimentos de maior porte. 5. Dissiparia o efeito farol do salário mínimo; Desvantagens: 1. Abandono de uma política para o piso básico de remuneração no mercado de trabalho; 6 Ver documentos: Deputado Virgilio Guimarães (2003), Salário Mínimo Modulado: uma nova abordagem, mimeo, 2003, Brasília: Partido dos Trabalhadores; e Senador Paulo Paim, Projeto de Lei do Senado n.5/2003, mimeo, Brasília: Senado Federal do Brasil.

11 A Política do Salário Mínimo pode não ser um sonho de uma noite de verão, Claudio S. Dedecca Desvalorização dos benefícios da previdência; 3. A evolução desfavorável dos benefícios da previdência pode causar uma perda de participação na renda nacional das regiões onde esse tipo de rendimento apresenta maior peso na massa de rendimentos, podendo acentuar as diferenças regionais; 4. Possibilidade dos empregadores remunerarem no valor do SMB e utilizarem o AC como instrumento da formação do salário real; 5. Evolução lenta da receita da previdência social, em razão da desvalorização do piso básico criado pela política; 6. Probabilidade da massa salarial, se mantido o efeito farol do SMB, não acompanhar a evolução do PIB; 7. O aumento substantivo de remuneração ocorre somente no ano de adoção da política, quando o fundo público é constituído ou o AC é adotado pelas empresas; 8. Posteriormente, o SFE deverá evoluir segundo a variação dos preços. B. Proposta Senador Paulo Paim O Projeto de Lei de iniciativa do Senador Paulo Paim orienta que a partir e 1º de maio de 2004, o salário mínimo será reajustado pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna/FGV) dos últimos doze meses, acrescidos de R$ 0,20 por hora (Art. 1º, PL-05/2003). Chamaremos essa proposta de SM-SPP. O dispositivo seria repetido a cada ano, até que o valor do salário mínimo alcançasse as condições reguladas no Artigo 7º, inciso IV da Constituição Federal. Vantagens: 1. Explicita uma política para o salário mínimo que garante, no tempo, sua valorização; 2. Abrange os benefícios previdenciários; 3. Mesmo não reconhecendo de modo explícito, mantém a função de farol das remunerações cumprida pelo salário mínimo. Desvantagens: 1. O adicional por hora tende a ter seu impacto decrescente à medida que o salário mínimo tem seu valor recuperado; 2. Não associa a evolução do salário mínimo ao desempenho da economia, aspecto que pode induzir a adoção de uma medida de suspensão da política em um contexto de baixo crescimento, estagnação ou recessão; 3. O Salário mínimo real pode aumentar abaixo dos resultados anuais do PIB e da produtividade;

12 A Política do Salário Mínimo pode não ser um sonho de uma noite de verão, Claudio S. Dedecca 12 C. Um exercício de comparação entre as diversas propostas Com o objetivo de averiguar os resultados esperados para as diversas propostas, foi realizado um exercício que estima a evolução do salário mínimo para cada uma delas, até o ano de Evolução Projetada do Salário Mínimo Real 260,0 240,0 Salário Mínimo Básico (SMB-DVG/GL) (1) Salário Familia Especial (SFE-DVG/GL) (2) Salário Mínimo (SM-SPP) (3) Salário Mínimo (SM-CSD) (4) Produto Mais Produtividade (5) 220,0 200,0 180,0 160,0 140,0 120, ,0 Elaboração: Claudio S. Dedecca, IE-Unicamp. Observações: (1) Salário Mínimo Básico com um aumento anual de 1,5 o incremento estimado do PIB. (2) Salário Família Especial correpondente ao Salário Mínimo Básicomais R$ 63,00, considerando uma família com dois filhos menores de 15 anos. (3) Salário Minimo com um aumento real de R$ 0,20/hora, cosiderando a jornada legal de 176 horas/mês. (4) Salário Mínimo com um aumento real correpodente aos incrementos estimados do PIB e da Produtividade mais um adicional negociado. (5) Incrementos anuais estimados do PIB e da Produtivdade. Alguns pressupostos foram adotados para a realização do exercício: 1. Não foi considerada a possibilidade de efeitos inflacionários diferenciados entre as propostas;

13 A Política do Salário Mínimo pode não ser um sonho de uma noite de verão, Claudio S. Dedecca Para a proposta do Deputado Virgílio Guimarães, alternativa privilegiada pelo Governo Lula, considerou-se um aumento real do salário mínimo correspondente a 1,5 a elevação do produto para todos os anos, o que equivale a uma elevação real de 5% do salário mínimo básico, em 2004; 3. Foram consideradas as determinações de cada proposta para a estimação das diversas curvas de salário mínimo real. O Gráfico acima apresenta os resultados do exercício, levando em conta as observações anteriores. Algumas questões finais, que não substituem um estudo mais detalhado das propostas, podem ser apresentadas: 1. Existe uma grande possibilidade das propostas SMB/SFE-DVG/GL e SM-SPP tenderem a garantir um aumento do salário mínimo ou do salário família especial abaixo do aumento do produto e da produtividade, abrindo, portanto, a perspectiva da massa de remunerações de base perder participação no produto nacional; 2. O efeito de ganho de renda da proposta SFE-DVG/GL encontra-se concentrado em 2004, mostrando não ser um instrumento de recuperação dos rendimentos dos mais pobres no longo prazo; 3. Até 2010, é provável que a proposta SM-SPP tenha resultados menos positivos que aquela encontrada na SFE-DVG/GL; 4. A proposta o SMB-DVG/GL é aquela que apresenta a evolução menos satisfatória, tendendo a perder para as variações do PIB e da produtividade; 5. Essa possibilidade abre a perspectiva de uma queda da participação da renda dos estratos inferiores na distribuição de renda do trabalho, independentemente do SMB ser ou não farol das baixas remunerações do mercado de trabalho.

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