Cap. 04 RESPONSABILIDADE CIVIL PELO DANO AMBIENTAL.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Cap. 04 RESPONSABILIDADE CIVIL PELO DANO AMBIENTAL."

Transcrição

1 Super Apostila de Direito Ambiental Cap. 04 RESPONSABILIDADE CIVIL PELO DANO AMBIENTAL. Prof. Tiago Duarte

2 Sumário 1. Objetivos dessa apostila Introdução Esfera de atuação Prescrição Teorias da responsabilidade civil Ônus da prova Dica de ouro Dano nuclear

3 1. Objetivos dessa apostila. A matéria de responsabilização civil ambiental vem sendo constantemente cobrada em concursos que tem como disciplina o Direito Ambiental, desde os mais simples até os mais difíceis. Dentro deste assunto há várias teorias sobre como se dará a responsabilização dos agentes degradadores. Desse modo, esta apostila tem como foco a simplificação das teorias e a demonstração das jurisprudências, de modo que elas lhe auxiliarão a compreender a matéria de forma mais fácil. Outros assuntos abordados, como a imprescritibilidade e o ônus da prova, são bastante cobrados em concurso também. Assim, serão tratados da melhor forma possível. Dito isto, traremos abaixo o melhor estudo de doutrina e as decisões mais importantes dos tribunais superiores, assim como quadros que te auxiliarão no entendimento da matéria. Tudo isso para que você obtenha sua APROVAÇÃO. Então, vamos MAXIMIZAR sua capacidade de aprendizado com o Nota 11! 2. Introdução Nível de cobrança em concurso: Todos! A responsabilização civil do meio ambiente constitui modalidade específica de responsabilidade civil, visto que as peculiaridades do dano ambiental exigem modificações no regime de responsabilidade civil clássico. Isto é, a responsabilidade civil ambiental é tratada diferentemente da responsabilidade civil de um dano comum. Sobre a necessidade de se dar uma nova abordagem sobre a responsabilização do dano ao meio ambiente, Édis Milaré assevera: Imaginou-se, no início da preocupação com o meio ambiente, que seria possível resolver os problemas relacionados com o dano a ele infligido nos estreitos da teoria da culpa. Mas, rapidamente, a doutrina, a jurisprudência e o legislador perceberam que as regras clássicas de responsabilidade, contidas na legislação civil de então, não ofereciam proteção suficiente e adequada às vítimas do dano ambiental, relegandoas no mais das vezes, ao completo desamparo. Primeiro, pela natureza difusa deste, atingindo, via de regra, uma pluralidade 3

4 de vítimas totalmente desamparadas pelos institutos ortodoxos do Direito Processual Clássico, que só ensejavam a composição do dano individualmente sofrido. Segundo, pela dificuldade de prova da culpa do agente poluidor, quase sempre coberto por aparente legalidade materializada em atos do Poder Público, como licenças e autorizações. Terceiro, porque no regime jurídico do Código Civil, então aplicável, admitiam-se as clássicas excludentes de responsabilização, como por exemplo, o caso fortuito e a força maior. Daí a necessidade da busca de instrumentos legais mais eficazes, aptos a sanar a insuficiência das regras clássicas perante a novidade de abordagem jurídica do dano ambiental. (MILARÉ Édis, Direito do Ambiente. 5ª edição reformulada, atualizada e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, P. 896 Desse modo, buscando instrumentos mais eficazes, o legislador brasileiro, por meio da Lei nº 6.938/81, trouxe um modelo de responsabilidade civil mais pertinente ao meio ambiente na medida em que a responsabilidade subjetiva foi substituída pela objetiva, não sendo necessária a demonstração de culpa: Art. 14 1º. Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente. Assim, para aquele que causar dano ao meio ambiente, será necessário somente a demonstração de dano e nexo de causalidade a fim de que seja configurado a responsabilização civil ambiental. Isto é, basta a verificação do dano e do nexo de causalidade entre a conduta do agente e o resultado danoso. 3. Esfera de atuação Nível de cobrança em concurso: Médio e superior O Direito Ambiental possui três esferas de atuação: a preventiva, a reparatória e a repressiva. A responsabilidade civil tem seu lugar na reparação do dano ambiental, primeiramente. Não obtendo êxito, busca-se uma reparação através de indenização. Quanto à tutela preventiva ou inibitória, ela tem por característica a imputação de obrigações de não-fazer ao agente, ante ameaças de dano ao meio ambiente. Desse modo, a proteção preventiva ao meio ambiente se dá anterior ao dano ambiental, por exemplo, através do estudo de impacto ambiental. Isto é, a tutela preventiva atua na seara administrativa. 4

5 No que concerne à tutela repressiva, esta ocorre na esfera penal, uma vez que a repressão feita por meio de penas e multas, em razão de eventual dano causado ao meio ambiente, tem caráter intimidativo e educativo. 4. Prescrição Nível de cobrança em concurso: Médio e superior O art. 206, 3º, V, do Código Civil, estabelece um prazo prescricional para a imposição da obrigação de reparar dano de 3 (três) anos. Não sendo possível reparar o dano, a obrigação de fazer se converte em indenização, cujo prazo prescricional é de 10 (dez) anos (art. 205 do Código Civil). No entanto, no que diz respeito aos danos ambientais, a doutrina e a jurisprudência entendem ser imprescritível a pretensão de reparação dos danos ambientais, visto que o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito indisponível. Logo, não se pode dispor da pretensão de reparação (art. 225, caput, da Constituição Federal). Nesse sentido, a Constituição Federal confere uma tutela especial ao meio ambiente, haja vista que o dano ambiental oferece grande risco a toda humanidade, uma vez que trata de um direito difuso. É o que ensina a doutrina: Trata-se de bem essencial, como denuncia o art. 225, caput, da Constituição Federal, de modo a ser inconcebível a existência digna de um indivíduo (art. 1º, III, CF) se ele não tiver ao seu alcance um meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado. Dessarte, dada a natureza jurídica do meio ambiente, bem como o seu caráter de essencialidade, as ações coletivas destinadas à sua tutela são imprescritíveis. (FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Direito Ambiental. Ed. Saraiva, São Paulo, 2010). O Superior Tribunal de Justiça segue na mesma esteira: ADMINISTRATIVO. AMBIENTAL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. DESCUMPRIMENTO. EXECUÇÃO. CARACTERIZAÇÃO. OBRIGAÇÃO. REPARAÇÃO. DANO AMBIENTAL. IMPRESCRITIBILIDADE. IMPOSSIBILIDADE. REVISÃO. ACERVO PROBATÓRIO. SÚMULA 07/STJ. INVIABILIDADE. INTERPRETAÇÃO. CLÁUSULA CONTRATUAL. SÚMULA 05/STJ. 1. É imprescritível a pretensão reparatória de danos ambientais, na esteira de reiterada jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça, a qual não se aplica ao caso concreto, no entanto, porque a obrigação transcrita em termo de ajustamento de conduta não está configurada dessa forma, segundo o texto do 5

6 acórdão impugnado. 2. Dessa forma, uma vez que a natureza da obrigação foi definida pelo Tribunal "a quo" a partir do contexto fáticoprobatório dos autos, sobretudo do termo de ajustamento de conduta, como diversa de reparatória de dano ambiental, a reforma dessa conclusão, com o fim de pontuar a imprescritibilidade, demanda a revisão do acervo fáticoprobatório e do TAC, o que encontra óbice nas Súmulas 05 e 07 do Superior Tribunal de Justiça. 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp /RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/03/2015, DJe 30/03/2015). Viu como é simples estudar pelo Nota 11? Sabemos que você não possui muito tempo ou que são várias as disciplinas, então, estamos fazendo de tudo para te ajudar e para que você não fique tão cansado. Note como isso pode ser cobrado: (PUC-PR - Prefeitura de Maringá PR Procurador) Em matéria de responsabilidade civil por dano ambiental, é CORRETO afirmar: a) A responsabilidade civil por dano ambiental pressupõe necessariamente uma ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. b) Em caso de desistência infundada ou abandono por associação legitimada, o Ministério Público assumirá, obrigatoriamente e em caráter exclusivo, a titularidade ativa para propor ação civil pública ou ação cautelar que se destine à reparação do dano ambiental. c) A lesão ao meio ambiente, considerado como bem difuso, está sujeita ao prazo prescricional de quinze anos, independentemente da sua gravidade. d) De acordo com a teoria do risco integral, todo aquele que exerce uma atividade de risco é obrigado a reparar possíveis danos dela decorrentes. Incidindo caso fortuito ou força maior, entretanto, afasta-se o dever de reparação. e) O dano ao macrobem ambiental caracteriza-se pela lesão ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo, indisponível, indivisível, incorpóreo de titularidade difusa. Comentários: A) A responsabilidade administrativa pressupõe necessariamente uma infração administrativa ambiental, isto é, ação ou omissão que viole as 6

7 regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. B) Não é exclusividade do MP, podendo ser assumida por outro legitimado. C) É imprescritível. D) A responsabilidade não é excluída pelo caso fortuito, força maior ou fato de terceiro. Gabarito: Letra E. 5. Teorias da responsabilidade civil Nível de cobrança em concurso: Médio e superior Antes de adentrarmos no estudo da responsabilidade civil ambiental, é necessária a diferenciação da responsabilidade subjetiva (tradicional) da objetiva. Nesse sentido, a responsabilidade será subjetiva quando a responsabilização depender da presença do elemento "conduta culposa do agente, em que a vítima somente será reparada caso se prove a culpa do agente, o nexo causal e o dano, conforme Código Civil: (vide art. 186 c/c art. 927, CC/02). Art Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. No que concerne à responsabilidade civil objetiva, o ato culposo do agente é prescindível, ou seja, desnecessária a demonstração de culpa pelo evento danoso do agente, bastando uma relação de causa e efeito entre o comportamento do agente e o dano dele advindo. Responsabilização civil subjetiva Responsabilização civil objetiva Dano + Nexo causal + Culpa = Responsável Dano + Nexo causal = Responsável 7

8 Cabe observar que, ainda que seja lícita a conduta do agente, tal fator torna-se irrelevante se essa atividade resultar em algum dano ambiental. Isso é fruto da teoria do risco da atividade ou da empresa, segundo a qual é imposto ao agente o dever de indenizar quando exercer atividade perigosa. Desse modo, há um estimulo à proteção do meio ambiente, visto que o poluidor investe na prevenção do risco ambiental de sua atividade. Portanto, a responsabilização civil objetiva ambiental possui estreita relação com o princípio do poluidor pagador, pois quem polui deve arcar com as despesas que seu ato produzir, havendo uma imposição ao agente poluidor para que este sustente financeiramente a diminuição ou afastamento do dano ambiental. Antes de adentrar no embate doutrinário sobre qual é a melhor teoria do risco a ser aplicada na responsabilização pelo dano ambiental, é importante frisar outras diversas teorias do risco apontadas pela doutrina: Por serem importantes ao estudo mais adiante da responsabilidade ambiental, mister explicitar essas teorias do risco, no escólio de Cavalieri Filho (2008, p. 136/139): riscoproveito ("o responsável é aquele que tira proveito da atividade danosa"), risco profissional ("o dever de indenizar tem lugar sempre que o fato prejudicial é uma decorrência da atividade ou profissão do lesado"), risco excepcional ("a reparação é devida sempre que o dano é consequência de um risco excepcional, que escapa à atividade comum da vítima"), risco criado ("aquele que, em razão de sua atividade ou profissão, cria um perigo, está sujeito à reparação do dano que causar, salvo prova de haver adotado todas as medidas idôneas a evitá-lo") e risco integral ("o dever de indenizar se faz presente tão-só em face do dano, ainda nos casos de culpa exclusiva da vítima, fato de terceiro, caso fortuito ou de força maior"). (PEREIRA, Ricardo Diego Nunes. Responsabilidade civil ambiental. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 15, n. 2403, 29 jan Disponível em: < Acesso em: 2 jun. 2016) Desde logo, dá-se destaque à teoria do risco criado e do risco integral, visto que há um debate na doutrina quanto à adoção destas teorias: a) teoria do risco integral: o simples risco assumido pela atividade potencialmente danosa é o suficiente para impor a responsabilidade de reparação, não admitindo as excludentes da responsabilidade; b) teoria do risco criado: o agente que exerce atividade nociva ao meio ambiente deve reparar o possível dano, exceto se ocorrerem algumas das excludentes da 8

9 responsabilidade. Logo, a divergência das duas teorias reside no fato de que a teoria do risco criado admite, sim, as excludentes do nexo causal (culpa exclusiva da vítima, fato de terceiro, caso fortuito ou de força maior). Risco integral - O risco da atividade é suficiente para caracterizar a responsabilidade; - Não admite excludentes da responsabilidade, isto é, caso fortuito, força maior, culpa exclusiva da vitima e fato de terceiro; - Basta a comprovação do prejuízo; - Se vários são os exploradores da atividade danosa no local, todos serão considerados responsáveis solidariamente. Risco criado - O dano deverá estar relacionado diretamente à atividade econômica do poluidor; - As excludentes da responsabilidade são admitidas; - a existência de licenciamento ambiental e a gama de agentes envolvidos não são, por si só, passiveis de exclusão da responsabilidade; - Havendo pluralidade de agentes a responsabilidade é solidária. Para Paulo de Bessa Antunes (minoria) chama atenção que a responsabilidade por risco integral não pode se confundir com a responsabilização derivada da existência da atividade: (...) não se pode admitir que um empreendimento que tenha sido vitimado por fato de terceiro passe a responder por danos causados por este terceiro, como se lhes houvesse dado causa. Responsabilidade por risco integral não pode ser confundida com responsabilidade por fato de terceiro, que somente tem acolhida em nosso direito quando expressamente prevista em lei (ANTUNES, Paulo de Bessa. Dieito Ambiental. 9. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006, p. 205/207). Não obstante os apontamentos de Antunes, Sergio Cavalieri Filho (maioria) entende que a responsabilidade ambiental deve ser fundada no risco integral, justificando: Extrai-se do Texto Constitucional e do sentido teleológico da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981) que essa responsabilidade é fundada no risco integral, conforme sustentado por Nélson Nery Jr. (Justitia 126/74). Se fosse possível invocar o caso fortuito ou a força maior [ou ainda a culpa exclusiva da vítima e fato de terceiro] como causas excludentes da responsabilidade civil por dano ecológico, ficaria fora da incidência da lei, a maior parte dos casos de poluição ambiental, como a destruição da fauna e da flora causada por carga tóxica de navios avariados em tempestades marítimas; rompimento de oleoduto em circunstâncias absolutamente imprevisíveis, poluindo lagoas, baías, praias e mar; contaminação de estradas e rios, atingindo vários municípios, provocada por acidentes imponderáveis de grandes veículos transportadores de material poluente e assim por diante. 9

10 (CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de Responsabilidade Civil. 8. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2008, p. 145) A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça segue no mesmo sentido de Cavalieri Filho, in verbis: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO (ART. 544 DO CPC) - AÇÃO INDENIZATÓRIA - DANO AMBIENTAL - ROMPIMENTO DO POLIDUTO "OLAPA" - VAZAMENTO DE ÓLEO COMBUSTÍVEL NA SERRA DO MAR - TEORIA DO RISCO INTEGRAL - RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA PETROBRÁS - APLICABILIDADE, AO CASO, DAS TESES DE DIREITO FIRMADAS NO RESP /PR JULGADO SOB O RITO DOS RECURSOS REPETITIVOS - ART. 543-C DO CPC - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU PROVIMENTO AO RECLAMO. INSURGÊNCIA DA PARTE RÉ. 1. A tese fixada no julgamento do REsp n /PR, Relator Ministro SIDNEI BENETI, julgado em 8/2/2012, DJe 16/2/2012, sob o rito do art. 543-C do CPC, no tocante à teoria do risco integral e da responsabilidade objetiva ínsita ao dano ambiental, aplica-se inteiramente à espécie, sendo irrelevante o questionamento sobre a diferença entre as excludentes de responsabilidade civil suscitadas na defesa de cada caso. Precedentes. 2. Agravo regimental desprovido. (AgRg no AREsp /PR, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 20/10/2015, DJe 26/10/2015)) Praticando: (FCC - TJ-AL - Juiz de direito) A responsabilidade civil pelo dano ambiental é: a) subjetiva para pessoa física e objetiva para pessoa jurídica. b) subjetiva, devendo haver comprovação de dolo ou culpa. c) objetiva, bastando a comprovação de ação ou omissão, resultado e nexo de causalidade. d) subjetiva, devendo haver comprovação apenas do dolo. e) mista, a depender da espécie de lesão causada ao meio ambiente. Comentários: Na responsabilidade objetiva basta a comprovação do ato, do dano e do nexo causal. Gabarito: C 10

11 (FMP - MPE-AM - Promotor de Justiça) Analise as assertivas abaixo envolvendo a responsabilidade civil e administrativa ambiental: I De acordo com doutrina e jurisprudência majoritárias, a responsabilidade civil ambiental é objetiva, baseada no risco integral, não sendo aceitas as excludentes do caso fortuito nem da força maior. II Aquele que repara integralmente o dano ambiental causado estará isento da multa derivada da infração administrativa correspondente, salvo se for pessoa jurídica de direito privado, quando, então, haverá a dupla responsabilização. III Em termos de reparação do dano ambiental derivado do desmatamento, não há primazia na reparação específica, podendo o poluidor optar entre indenizar ou executar um projeto de recuperação do ambiente degradado, desde que firmado por profissional tecnicamente capacitado, com Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). IV Aquele que causa dano ambiental amparado em licença ambiental válida e eficaz não pode ser demandado em ação civil pública para fim de reparar dano derivado dessa atividade. Quais das assertivas acima estão corretas? a) Apenas a I, II e III. b) Apenas a I. c) Nenhuma. d) Apenas a II, III e IV. e) Apenas a I, II e IV. Comentários: I correta; II - O STJ tem entendido que cabe a redução da multa no caso de reparação integral dos danos; III O Direito Ambiental sempre busca a reparação plena do bem ambiental degradado. Não sendo possível, o agente deve indenizar pelo dano; IV A licença ambiental não pode ser considerada como uma licença para poluir. Logo, pode haver uma Ação Civil Pública em razão do dano ambiental. Gabarito: B 11

12 6. Ônus da prova Nível de cobrança em concurso: Superior Com o intuito de se dar mais efetividade ao direito do meio ambiente ecologicamente equilibrado, insculpido no art. 225 da Constituição Federal, a doutrina e a jurisprudência trouxeram a possibilidade de aplicação do instituto da inversão do ônus da prova nas demandas ambientais com fundamento nos princípios da precaução e da prevenção. Em regra, no que diz respeito ao instituto do ônus probatório, o CPC adotou a teoria estática, nos moldes do art. 373: Art O ônus da prova incumbe: I ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Em contraposição à teoria estática, vem-se adotando, em certos casos, a teoria da distribuição dinâmica do ônus probatório, segundo a qual a melhor maneira de provar o direito alegado seria conferir o ônus não a quem alega, mas a quem está em melhor condição de produzir a prova. Essa hipótese de inversão do ônus da prova está prevista no art. 6º, inciso VIII, do CDC: Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: (...) VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. Antes de tudo, é salutar esclarecer que a inversão do ônus da prova em matéria ambiental não se fundamenta no art. 21 da Lei de Ação Civil Pública (LACP), pois este somente se refere aos dispositivos do Título III do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Como se pode verificar, o objeto de ambos os diplomas é a tutela dos interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos. Desse modo, é perfeitamente aplicável à matéria ambientalista, uma vez que o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado pertence a toda coletividade. No entanto, há casos em que o autor pode se deparar com uma prova de difícil produção ou impossível de se produzir, o que poderia gerar uma decisão injusta. Nesses casos, aplica-se a inversão do 12

13 ônus da prova com fundamento no princípio da precaução, que estabelece que, havendo incerteza científica sobre a atividade econômica a ser desenvolvida, deve-se, em nome desse princípio, inverter o ônus probatório para que o potencial poluidor comprove que sua atividade não ocasionará prejuízo ao meio ambiente. Nesse sentido, ante a informação científica insuficiente acerca da matéria ambiental, o princípio da precaução vem em auxílio aos ambientalistas, em razão da dúvida sobre os efeitos potencialmente perigosos sobre o ambiente. Sobre esta ótica, sustenta-se que a incerteza científica milita em favor do meio ambiente (princípio in dubio pro nature). O Superior Tribunal de Justiça tem entendido que não pode haver óbices à propositura de ações que visem à defesa de direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, visto que responsabilidade ambiental é de interesse público e a sociedade é hipossuficiente, razão pela qual deve ser transferido ao empreendedor o ônus da prova de que sua conduta não gerou riscos ambientais, em atenção aos princípios da precaução e da prevenção: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS PROBATÓRIO. ART. 333 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ACÓRDÃO ANCORADO NO EXAME DO ACERVO PROBATÓRIO DOS AUTOS. REVISÃO. SÚMULA 7/STJ. 1. O Tribunal de origem concluiu que o autor da ação civil pública demonstrou a ocorrência de dano ambiental e que o réu não logrou comprovar que a área estava preservada, ancorandose no substrato fático-probatório dos autos. Desse modo, a revisão do julgado, a fim de verificar o descumprimento do ônus probatório que competia ao autor, ora agravado, demandaria nova incursão nas provas dos autos, providência veda em sede de recurso especial, conforme a Súmula 7/STJ. 2. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp /RJ, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/04/2016, DJe 26/04/2016) AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL E DIREITO AMBIENTAL. USINA HIDRELÉTRICA. CONSTRUÇÃO. PRODUÇÃO PESQUEIRA. REDUÇÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANO INCONTESTE. NEXO CAUSAL. PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. CABIMENTO. PRECEDENTES. INOVAÇÃO EM RECURSO ESPECIAL. NÃO OCORRÊNCIA. 1. A Lei nº 6.938/1981 adotou a sistemática da responsabilidade objetiva, que foi integralmente recepcionada pela ordem jurídica atual, de sorte que é irrelevante, na espécie, a discussão da conduta do agente (culpa ou dolo) para atribuição do dever de reparação do dano causado, que, no caso, é inconteste. 13

14 2. O princípio da precaução, aplicável à hipótese, pressupõe a inversão do ônus probatório, transferindo para a concessionária o encargo de provar que sua conduta não ensejou riscos para o meio ambiente e, por consequência, para os pescadores da região. 3. Não há inovação em recurso especial se, ainda que sucintamente, a matéria foi debatida no tribunal de origem. 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp /SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 10/11/2015, DJe 13/11/2015) Desse modo, aplica-se a Teoria da Distribuição Dinâmica do Ônus da Prova (art. 6º, VIII, do CDC), em razão da hipossuficiência entre a vítima do dano e seu causador. 7. Dica de ouro Nível de cobrança em concurso: Superior Como ressaltado acima, a teoria adotada pelo STJ é a teoria do risco integral, ou seja, não se admite as excludentes de ilicitude, bem como o nexo causal, bastando a configuração do dano e do agente. Todavia, o Conselho Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo editou a Súmula nº 18, com o seguinte teor: Sumula nº 18: Em matéria de dano ambiental, a Lei 6938/ 81 estabelece a responsabilidade objetiva, o que afasta a investigação e discussão da culpa, mas não se prescinde de nexo causal entre o dano havido e a ação ou omissão de quem cause o dano. Se o nexo não é estabelecido, é caso de arquivamento do inquérito civil ou das peças de informação. Fundamento: Embora em matéria de dano individual a Lei n. 6938/81 estabeleça a responsabilidade objetiva, com isso se elimina a investigação e a discussão da culpa do causador do dano, mas não se prescinde seja estabelecido o nexo causal entre o fato ocorrido e a ação ou omissão daquele a quem se pretenda responsabilizar pelo dano ocorrido (Art. 14 1º da Lei 6938/81; Pt. ns /93 e 649/94). Assim, para o CSMP-SP é fundamental o estabelecimento do nexo de causalidade para se ter presente a responsabilidade (objetiva) civil ambiental. 14

15 8. Dano nuclear Nível de cobrança em concurso: Médio e superior No que diz respeito à responsabilidade civil pelo dano nuclear, a Constituição Federal determinou expressamente a aplicação da modalidade objetiva: Art. 21. Compete à União: XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; Nesse sentido, leciona Cavalieri Filho: (...) responsabilidade por dano nuclear: No artigo 21, inciso XXIII, letra d, da Constituição vamos encontrar mais um caso de responsabilidade civil. Temos ali uma norma especial para o dano nuclear, que estabeleceu responsabilidade objetiva para o seu causador, fundada no risco integral, dado a enormidade dos riscos decorrentes da exploração da atividade nuclear. (CAVALIERI Filho, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil.6ª ed., São Paulo: Malheiros, 2006, p.40) É importante mencionar que a Lei nº 6.453/1977 (dispõe sobre a responsabilidade civil por danos nucleares) não trata especificamente do dano ambiental, mas do dano individual causado pela atividade nuclear, embora, igualmente, impute ao agente da atividade a responsabilidade pela reparação do dano independente da existência de culpa. Todavia, é de conhecimento que à época de sua edição a questão ambiental não tinha a amplitude que tem nos dias atuais, dada com o advento da Constituição Federal. 15

16 Atenção!!! Para garantir que você esteja utilizando um material 100% atualizado, sempre baixe diretamente do site Pegar esse material por outras fontes, que não o site além de poder ser enquadrado como CRIME, poderá prejudicar o seu estudo e contribuir para naufragar o projeto mais revolucionário e democratizante do ensino para concursos O NOTA 11 O Brasil precisa de pessoas honestas e trabalhadores sérios. Não compactue com a corrupção. Não compactue com a pirataria. Precisamos de você. FAÇA SUA PARTE! Equipe Nota11 Um abraço. Tiago Duarte. 16

AULA DE APRESENTAÇÃO DO CURSO E INÍCIO DA AULA 01

AULA DE APRESENTAÇÃO DO CURSO E INÍCIO DA AULA 01 AULA 02 AULA DE APRESENTAÇÃO DO CURSO E INÍCIO DA AULA 01 1 Resumo da aula n. 01 Informações sobre as diretrizes do curso da pós Apresentação do conteúdo programático Introdução à Responsabilidade Civil

Leia mais

AULA 08: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. Professor Thiago Gomes

AULA 08: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. Professor Thiago Gomes AULA 08: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Professor Thiago Gomes Considerações Preliminares Obrigação de reparar danos patrimoniais em decorrência de atos de agentes públicos causados a terceiros Exaure-se

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 19 PARTE 2

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 19 PARTE 2 AULA 19 PARTE 2 Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor - Módulo I - Introdução ao Código de Defesa do Consumidor: Inversão do ônus da prova nas relações de consumo 1 Defesa do Réu (Fornecedor)

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL. Ricardo Diego Nunes Pereira *

RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL. Ricardo Diego Nunes Pereira * REVISTA DA EJUSE, Nº 19, 2013 - DOUTRINA - 335 RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL Ricardo Diego Nunes Pereira * RESUMO: O presente estudo tem como fim analisar a responsabilidade civil aplicada na esfera

Leia mais

TRABALHO II - ÔNUS DA PROVA DIREITO DO CONSUMIDOR

TRABALHO II - ÔNUS DA PROVA DIREITO DO CONSUMIDOR Universidade de Brasília Faculdade de Direito Teoria Geral Processo II Profº Vallisney de Souza Oliveira TRABALHO II - ÔNUS DA PROVA DIREITO DO CONSUMIDOR Maíra Isabel Saldanha Rodrigues Matrícula: 13/0158194

Leia mais

Relação Jurídica de Consumo

Relação Jurídica de Consumo AULA INTRODUTÓRIA DA PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DO CONSUMIDOR INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - LEI N. 8.078/90 Relação Jurídica de Consumo 1 1. Apresentação do curso de pós-graduação em Direito

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - LEI N /90. Relação Jurídica de Consumo

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - LEI N /90. Relação Jurídica de Consumo INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - LEI N. 8.078/90 Relação Jurídica de Consumo 1 CONCEITO DE CONSUMIDOR Artigo 2º da Lei n. 8.078/90 Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental. Responsabilidade civil por danos ao meio ambiente. Prof. Rodrigo Mesquita

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental. Responsabilidade civil por danos ao meio ambiente. Prof. Rodrigo Mesquita DIREITO AMBIENTAL Responsabilidade ambiental Prof. Rodrigo Mesquita A Lei nº 6.938/1981, dentre outros assuntos, regulamenta em seu art. 14, 1º, a responsabilidade civil por dano ambiental, sendo essa

Leia mais

DIMENSÕES DOS DANOS AMBIENTAIS, JURIDICIDADE E FORMAS DE REPARAÇÃO

DIMENSÕES DOS DANOS AMBIENTAIS, JURIDICIDADE E FORMAS DE REPARAÇÃO DIMENSÕES DOS DANOS AMBIENTAIS, JURIDICIDADE E FORMAS DE REPARAÇÃO Fernanda Luiza Fontoura de Medeiros Pesquisadora do CNPq Doutora em Direito (UFSC/Coimbra) Mestre em Direito (PUCRS) Professora Adjunta

Leia mais

Código de Defesa do Consumidor na Saúde

Código de Defesa do Consumidor na Saúde AULA 56 INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - LEI N. 8.078/90 Código de Defesa do Consumidor na Saúde 1 CONCEITO DE CONSUMIDOR Artigo 2º da Lei n. 8.078/90 Consumidor é toda pessoa física ou jurídica

Leia mais

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL 3º do art 225 da CRFB CIVIL CONDUTA ILÍCITA. TEORIA OBJETIVA sendo necessário identificar

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL 3º do art 225 da CRFB CIVIL CONDUTA ILÍCITA. TEORIA OBJETIVA sendo necessário identificar RESPONSABILIDADE AMBIENTAL 3º do art 225 da CRFB ADMINISTRATIVA CIVIL PENAL CONDUTA ILÍCITA CONDUTA ILÍCITA CONDUTA LÍCITA CONDUTA ILÍCITA TEORIA OBJETIVA sendo necessário identificar DANO POLUIDOR NEXO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR RECORRENTE ADVOGADOS RECORRIDO PROCURADOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN : TIAGO PAULO DOS SANTOS : FABIO QUINTILHANO GOMES - SP303338 : MUNICIPIO DE MAUA : JILLYEN KUSANO E OUTRO(S) - SP246297 EMENTA

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL INTRODUÇÃO Elan Marcos de Matos TEIXEIRA 1 Priscila Moreira MARCONDES 2 Victor Henrique Hipólito SCHWANTES 3 Fernando do Rego Barros FILHO 4 Em principio o direito

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA : CONDOMINIO DO EDIFICIO ATHENAS ADVOGADA : CLARICE PEREIRA PINTO E OUTRO(S) AGRAVADO : IRMÃOS RODOPOULOS LTDA ADVOGADOS : GUSTAVO TOSI EMENTA AGRAVO INTERNO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.286.253 - SP (2011/0211865-3) RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO AGRAVANTE : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SABESP INTERES. : ANTONIO GONÇALVES

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 18

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 18 AULA 18 Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor - Módulo I - Introdução ao Código de Defesa do Consumidor: Inversão do ônus da prova nas relações de consumo 1 Na relação de consumo, a inversão

Leia mais

Ordenamento jurídico ambiental e o Estado indutor de políticas públicas. Patrícia Iglecias

Ordenamento jurídico ambiental e o Estado indutor de políticas públicas. Patrícia Iglecias Ordenamento jurídico ambiental e o Estado indutor de políticas públicas Patrícia Iglecias Contexto histórico Meio técnico, científico e informacional: ciência aliada à tecnologia e à informação na base

Leia mais

Responsabilidade Civil e Criminal nas Ações Ambientais. João Emmanuel Cordeiro Lima

Responsabilidade Civil e Criminal nas Ações Ambientais. João Emmanuel Cordeiro Lima Responsabilidade Civil e Criminal nas Ações Ambientais João Emmanuel Cordeiro Lima Responsabilidade jurídica ambiental. - Responsabilidade jurídica é dever resultante de uma violação a um norma jurídica

Leia mais

é a obrigação que ele tem de reparar os danos causados a terceiros em face de comportamento imputável aos seus agentes. chama-se também de

é a obrigação que ele tem de reparar os danos causados a terceiros em face de comportamento imputável aos seus agentes. chama-se também de é a obrigação que ele tem de reparar os danos causados a terceiros em face de comportamento imputável aos seus agentes. chama-se também de responsabilidade extracontratual do Estado. I irresponsabilidade

Leia mais

Teoria da Perda do Tempo Útil

Teoria da Perda do Tempo Útil Teoria da Perda do Tempo Útil Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor - Módulo II - Aula n. 38 - Contratos em Espécies 1 Teoria do Desvio Produtivo do Consumidor (Expressão utilizada pelo STJ)

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO Aquele que procura um cirurgião plástico não o faz por necessidade, mas tão somente busca melhorar sua aparência não podendo, por óbvio, tê-la

Leia mais

Direitos Reais. Posse: direito de retenção; responsabilidade pelos danos causados à coisa;

Direitos Reais. Posse: direito de retenção; responsabilidade pelos danos causados à coisa; TEMA 11: POSSE EMENTÁRIO DE TEMAS: Posse: direito de retenção; responsabilidade pelos danos causados à coisa; LEITURA OBRIGATÓRIA CHAVES, Cristiano. Direitos Reais. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald.

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Quebrando tabus em relação à responsabilidade civil causado pelos danos nucleares no Brasil Adriano Celestino Ribeiro Barros* SUMÁRIO: 1 - Introdução recepção da Lei 6.453/77 pela

Leia mais

Responsabilidade Civil dos Hospitais e Clínicas

Responsabilidade Civil dos Hospitais e Clínicas AULA 13 Responsabilidade Civil dos Hospitais e Clínicas Ato extramédico Ato paramédico Ato médico Para haver responsabilidade objetiva do hospital, é necessário provar primeiro a responsabilidade subjetiva

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO STF, RE 116.658, 2ª Turma, Rel. Min. Francisco Rezek Ex. detento preso e morto por companheiro de cela STF, RESP. 272.839 -MT Min. GILMAR MENDES, 8.4.2005. DANO + CERTO

Leia mais

Com a Constituição Federal de 1988, houve uma mudança na natureza da responsabilidade do empregador em casos de acidente de trabalho.

Com a Constituição Federal de 1988, houve uma mudança na natureza da responsabilidade do empregador em casos de acidente de trabalho. APLICAÇÃO DO ART. 7º, INCISO XXVIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL X ART. 927, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO CIVIL. Com a Constituição Federal de 1988, houve uma mudança na natureza da responsabilidade do empregador

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça EMENTA ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS. REDUÇÃO DO QUANTUM. VALOR RAZOÁVEL (R$ 17.500,00). REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA

Leia mais

LASE 2016 LICENCIAMENTOE GESTÃO SOCIOAMBIENTAL NO SETOR ELÉTRICO. Palestrante: Alexandre Sion Sion Advogados

LASE 2016 LICENCIAMENTOE GESTÃO SOCIOAMBIENTAL NO SETOR ELÉTRICO. Palestrante: Alexandre Sion Sion Advogados LASE 2016 LICENCIAMENTOE GESTÃO SOCIOAMBIENTAL NO SETOR ELÉTRICO Painel: Gestão de crises: planejamento para atuação em situações que envolvem aspectos socioambientais Palestrante: Alexandre Sion Sion

Leia mais

16/9/2010. UNESP Biologia Marinha Gerenciamento Costeiro LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

16/9/2010. UNESP Biologia Marinha Gerenciamento Costeiro LEGISLAÇÃO AMBIENTAL UNESP Biologia Marinha Gerenciamento Costeiro LEGISLAÇÃO AMBIENTAL AULA 3 A RESPONSABILIDADE DO INFRATOR AMBIENTAL NO ÂMBITO CIVIL, PENAL E ADMINISTRATIVO I- INTRODUÇÃO ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA EMENTA AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. DANO MORAL. ROUBO EM ESTACIONAMENTO DE SHOPPING CENTER. RESPONSABILIDADE CIVIL. SÚMULA

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA COBRANÇA DE DÍVIDAS

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA COBRANÇA DE DÍVIDAS COBRANÇA DE DÍVIDAS Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor Artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor Quando o fornecedor for cobrar algum débito do consumidor, não poderá expô-lo ao ridículo,

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO O paciente que procura um cirurgião plástico não o faz por necessidade, mas tão somente busca melhorar sua aparência não podendo, por óbvio, tê-la piorada.

Leia mais

Responsabilidade Civil Ambiental. Fernando Nabais da Furriela Advogado

Responsabilidade Civil Ambiental. Fernando Nabais da Furriela Advogado Responsabilidade Civil Ambiental Fernando Nabais da Furriela Advogado ffurriel@furriela.adv.br Legislação Ambiental Brasileira Constituição Federal Código Civil Legislação Especial Constituição Federal

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RESPONSABILIDE CIVIL DOS ENFERMEIROS

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RESPONSABILIDE CIVIL DOS ENFERMEIROS RESPONSABILIDE CIVIL DOS ENFERMEIROS Curso de Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Aula n. 19 Módulo Responsabilidade Civil na Saúde 1 Atividade profissional dos enfermeiros (Lei n. 7.498/86, regulamentada

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.435.611 - PB (2014/0030468-1) RELATOR AGRAVANTE PROCURADOR AGRAVADO ADVOGADO : MINISTRO GURGEL DE FARIA : ESTADO DA PARAÍBA : GILBERTO CARNEIRO DA GAMA E OUTRO(S) - PB010631

Leia mais

RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR NOS ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO

RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR NOS ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR NOS ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO INTRODUÇÃO REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NOVOS MEIOS DE PRODUÇÃO ACIDENTES DO TRABALHO DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO AÇÕES TRABALHISTAS RESPONDABILIDADE

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.494.296 - MG (2014/0216416-5) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS RECORRENTE : MANOEL GERALDO RAMOS DO NASCIMENTO RECORRENTE : VANIA TAVARES DA NOBREGA ADVOGADO : SILVIA IÊDA PARREIRAS

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO. Remuneração e Salário. Dano moral e indenização. Parte I. Prof. Cláudio Freitas

DIREITO DO TRABALHO. Remuneração e Salário. Dano moral e indenização. Parte I. Prof. Cláudio Freitas DIREITO DO TRABALHO Remuneração e Salário Dano moral e indenização. Parte I Prof. Cláudio Freitas Dano Moral e indenização - O dever primário: neminem laedere. - O dever secundário: responsabilização -

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.277.724 - PR (2011/0217334-1) RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA RECORRENTE : MARIA MADALENA FERREIRA VAZ E OUTRO ADVOGADO : MARCOS ANTÔNIO NUNES DA SILVA E OUTRO(S) RECORRIDO

Leia mais

Direito Processual Civil

Direito Processual Civil Direito Processual Civil Atualização 1: para ser juntada na pág. 736 do Livro Principais Julgados de 2016 Depois da conclusão do julgado "STJ. 4ª Turma. REsp 1.261.856/DF, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.267.980 - SC (2011/0173063-1) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN AGRAVANTE : JARAGUÁ FABRIL S/A E OUTROS ADVOGADO : GILMAR KRUTZSCH E OUTRO(S) AGRAVADO : FAZENDA NACIONAL

Leia mais

AULA 24 RESPONSABILIDADE DO ESTADO. Teoria do risco

AULA 24 RESPONSABILIDADE DO ESTADO. Teoria do risco Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Administrativo / Aula 24 Professora: Luiz Oliveira Castro Jungstedt Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 24 CONTEÚDO DA AULA: Teoria Objetiva. Teoria

Leia mais

A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NO DANO AMBIENTAL

A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NO DANO AMBIENTAL A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NO DANO AMBIENTAL PEQUENO, L. T. RESUMO: O presente trabalho buscou analisar as possibilidades de o Estado ser responsabilizado civilmente nos casos de envolvimento em

Leia mais

ACÓRDÃO , da Comarca de Barueri, em que é agravante. MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, é agravado MUNICÍPIO

ACÓRDÃO , da Comarca de Barueri, em que é agravante. MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, é agravado MUNICÍPIO Registro: 2014.0000550359 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento nº 2041640-61.2014.8.26.0000, da Comarca de Barueri, em que é agravante MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 236.545 - MG (2012/0204628-8) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES AGRAVANTE : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE : DAYSE MARIA ANDRADE ALENCAR E OUTRO(S) AGRAVADO :

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL PRINCÍPIOS. Professor Eduardo Coral Viegas

DIREITO AMBIENTAL PRINCÍPIOS. Professor Eduardo Coral Viegas DIREITO AMBIENTAL PRINCÍPIOS Professor Eduardo Coral Viegas É o conjunto de princípios que dá autonomia ao Direito Ambiental. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.591.223 - PR (2012/0096991-7) RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA RECORRENTE : CONSTRUTORA PARANOÁ LTDA ADVOGADO : MAURO VIGNOTTI E OUTRO(S) RECORRIDO : LYDIA SIMÕES PARENTE

Leia mais

RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA www.trilhante.com.br 1 RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1. Responsabilidade da Administração Pública Quando a administração pública é responsável juridicamente?

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA INTRODUÇÃO AO CONTRATO DE SEGURO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA INTRODUÇÃO AO CONTRATO DE SEGURO INTRODUÇÃO AO CONTRATO DE SEGURO Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor - Módulo II - Contratos em Espécie - Aula n. 44 1 1. Conceito - Artigo 757 do Código Civil Pelo contrato de seguro, o segurador

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL N 592030 - DF (2014/0238133-4) RELATOR AGRAVANTE ADVOGADOS AGRAVADO PROCURADOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO : WS PROMOÇÕES S/C LTDA : JULIANO RICARDO DE VASCONCELLOS

Leia mais

Responsabilidade Civil. Prof. Antonio Carlos Morato

Responsabilidade Civil. Prof. Antonio Carlos Morato Responsabilidade Civil Prof. Antonio Carlos Morato Dano Estético Dano à imagem / Dano Estético (art. 5o, V e X da CF) Imagem-retrato e Imagem-Atributo V - é assegurado o direito de resposta, proporcional

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 345.376 - RO (2013/0135445-2) RELATORA AGRAVANTE ADVOGADOS AGRAVADO ADVOGADO : MINISTRA NANCY ANDRIGHI : VIVO S/A : FABIANO DE CASTRO ROBALINHO CAVALCANTI SERGIO BERMUDES

Leia mais

Responsabilidade do Estado Pelo Dano Ambiental. Insuficiência das fórmulas tradicionais.

Responsabilidade do Estado Pelo Dano Ambiental. Insuficiência das fórmulas tradicionais. Responsabilidade do Estado Pelo Dano Ambiental Insuficiência das fórmulas tradicionais. Danos Ambientais derivados de condutas comissivas do Estado Na hipótese de conduta comissiva do Estado o direito

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 273.058 - PR (2012/0268197-9) RELATOR S : MINISTRO ANTONIO CARLOS FERREIRA : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A PETROBRAS MAURA SIQUEIRA ROMÃO E OUTRO(S) EMENTA CIVIL E PROCESSUAL

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.410.839 - SC (2013/0294609-9) RELATOR : MINISTRO SIDNEI BENETI AGRAVANTE : BRASIL TELECOM S/A ADVOGADOS : EVERALDO LUÍS RESTANHO E OUTRO(S) MARCOS ANDREY DE SOUSA AGRAVADO

Leia mais

A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NO CASO DE MORTE

A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NO CASO DE MORTE 1 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NO CASO DE MORTE DE DETENTO EM ESTABELECIMENTO PENITENCIÁRIO ALESSON ARANTES SILVEIRA 1 MARIA NILMA RODRIGUES DO NASCIMENTO 2 ORMESINDA CANDEIRA DA SILVA NETA 3 Resumo:

Leia mais

Bancos de dados e cadastros de consumo sob a ótica da jurisprudência do STJ

Bancos de dados e cadastros de consumo sob a ótica da jurisprudência do STJ Bancos de dados e cadastros de consumo sob a ótica da jurisprudência do STJ Nayron Toledo Advogado, Professor de Direito do Consumidor e Processual civil na UNIP e em Cursos Preparatórios, Ex-assessor

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 03

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 03 AULA 03 1 Dano material Culpa: perdas e danos Dano emergente Lucros cessantes 2 Art. 949 do Código Civil No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL PROFESSOR FELIPE LEAL

DIREITO AMBIENTAL PROFESSOR FELIPE LEAL DIREITO AMBIENTAL PROFESSOR FELIPE LEAL CONSTITUIÇÃO CRIMINALIZAÇÃO CONSTITUIÇÃO FEDERAL Ordem constitucional para criminalizar as condutas lesivas ao meio-ambiente. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL RESPONSABILIDADE

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA DANO MORAL E O ERRO MÉDICO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA DANO MORAL E O ERRO MÉDICO DANO MORAL E O ERRO MÉDICO Sessão da Tarde com o Prof. Joseval Viana patrocinada pelo Curso de Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde e Pós-Graduação em Direito do Consumidor 1 Responsabilidade Civil

Leia mais

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann gh.dpc@hotmail.com // @guilhermekhartmann www.masterjuris.com.br PRESCRIÇÃO DE AÇÕES CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Art. 1º As dívidas passivas da União,

Leia mais

Resolução 4327/14 BACEN Responsabilidade Ambiental

Resolução 4327/14 BACEN Responsabilidade Ambiental Resolução 4327/14 BACEN Responsabilidade Ambiental Resolução 4327/14: Principais Aspectos Objeto e âmbito de aplicação Finalidade PRSA Prazos Diretrizes para desenvolvimento e implantação de PRSA (política

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça S EMENTA PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. MATÉRIA JORNALÍSTICA. VIOLAÇÃO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE. DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO. REDUÇÃO DA INDENIZAÇÃO. RAZOABILIDADE

Leia mais

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA A RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICA

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA A RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICA CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA A RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICA O CONTRATO DE SERVIÇOS MÉDICOS E HOSPITALARES ART. 14, CAPUT, DO CDC O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa,

Leia mais

DIREITO E JORNALISMO RESPONSABILIDADE CIVIL

DIREITO E JORNALISMO RESPONSABILIDADE CIVIL RESPONSABILIDADE CIVIL Responsabilidade é a obrigação de reparar o dano que uma pessoa causa a outra. A palavra responsabilidade deve ser entendida como restituição ou compensação de algo que foi retirado

Leia mais

014/ (CNJ: ) Juíza de Direito - Dra. Vanessa Nogueira Antunes

014/ (CNJ: ) Juíza de Direito - Dra. Vanessa Nogueira Antunes COMARCA DE ESTEIO 1ª VARA CÍVEL Rua Dom Pedro, 200 Processo nº: Natureza: Excipiente: Excepto: Juiz Prolator: 014/1.14.0005129-6 (CNJ:.0010285-63.2014.8.21.0014) Exceção de Incompetência Companhia Brasileira

Leia mais

RIO GRANDE ENERGIA S A

RIO GRANDE ENERGIA S A APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE COBRANÇA C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. ADVOGADO. A garantia do livre acesso ao Judiciário é direito

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.435.489 - DF (2014/0032955-0) RELATORA : MINISTRA REGINA HELENA COSTA RECORRENTE : ANVISA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA REPR. POR : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL RECORRIDO

Leia mais

Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro Décima Sexta Câmara Cível

Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro Décima Sexta Câmara Cível Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro Décima Sexta Câmara Cível APELAÇÃO Nº. 17.798-15/2013-0001 (F) APELANTE: AUGUSTO CÉZAR CAMPOS DA SILVA APELADO: ESTADO DO RIO DE JANEIRO RELATOR: DES. LINDOLPHO

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM OBRIGAÇÃO DE FAZER

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM OBRIGAÇÃO DE FAZER AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM OBRIGAÇÃO DE FAZER Sessão da Tarde com o Prof. Joseval Martins Viana 1 2 Foro Competente - Artigo 101, inciso I, do Código de Defesa do Consumidor

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.546.152 - RS (2015/0187071-9) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS AGRAVANTE : UNIÃO AGRAVADO : ANAYDE DOS SANTOS PAIXÃO ADVOGADOS : CAMILA DARIENZO QUINTEIRO SILVEIRA E OUTRO(S)

Leia mais

NATUREZA JURÍDICA DA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA AMBIENTAL E OS PRINCÍPIOS DA PRECAUÇÃO E PREVENÇÃO

NATUREZA JURÍDICA DA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA AMBIENTAL E OS PRINCÍPIOS DA PRECAUÇÃO E PREVENÇÃO 1 NATUREZA JURÍDICA DA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA AMBIENTAL E OS PRINCÍPIOS DA PRECAUÇÃO E PREVENÇÃO Gilberto José de Santana Júnior¹ Bruno Torquato² RESUMO: O objetivo do presente trabalho é verificar

Leia mais

Congresso Ambiental VIEX

Congresso Ambiental VIEX Congresso Ambiental VIEX Responsabilidade no Direito Ambiental SION Advogados Alexandre Sion 19 de junho de 2018 PREVISÃO LEGAL DA RESPONSABILIDADE AMBIENTAL Constituição Federal de 1988: - art. 225, 3º:

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL NOS CASOS DE DANOS CAUSADOS POR AGROTÓXICOS.

RESPONSABILIDADE CIVIL NOS CASOS DE DANOS CAUSADOS POR AGROTÓXICOS. RESPONSABILIDADE CIVIL NOS CASOS DE DANOS CAUSADOS POR AGROTÓXICOS. Fernando do Rego BARROS FILHO Karime Pereira Bednasky AGNE Patrick Ronielly dos Santos RESUMO: A responsabilidade civil se faz necessária

Leia mais

Seguro de automóveis facultativo: novas Súmulas 529 e 537 do STJ. Por Alice Saldanha Villar (*)

Seguro de automóveis facultativo: novas Súmulas 529 e 537 do STJ. Por Alice Saldanha Villar (*) Seguro de automóveis facultativo: novas Súmulas 529 e 537 do STJ Por Alice Saldanha Villar (*) O seguro de automóveis no Brasil pode ser dividido em dois grupos, a saber: o seguro obrigatório (DPVAT Danos

Leia mais

30/06/2017 SEGUNDA TURMA

30/06/2017 SEGUNDA TURMA Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 30/06/2017 SEGUNDA TURMA SANTA CATARINA RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : DE MOURA FREITAG TRANSPORTE DE PASSAGEIRO LTDA ME ADV.(A/S) AGDO.(A/S)

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 693.728 - RS (2004/0154067-1) RELATÓRIO EXMA. SRA. MINISTRA LAURITA VAZ: Trata-se de recurso especial interposto por SIRLEI TEREZINHA DE SOUZA FEIJÓ, fundamentado na alínea a do permissivo

Leia mais

07ª Vara Federal de Execução Fiscal do Rio de Janeiro ( ) E M E N T A

07ª Vara Federal de Execução Fiscal do Rio de Janeiro ( ) E M E N T A Agravo de Instrumento - Turma Espec. II - Tributário Nº CNJ : 0002655-25.2015.4.02.0000 (2015.00.00.002655-0) RELATOR : Desembargador Federal FERREIRA NEVES AGRAVANTE : COLEGIO CASTRO E SILVA LTDA ADVOGADO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA AGRAVANTE : EMANOEL FERREIRA E OUTRO ADVOGADO : SÉRGIO RICARDO SOUSA BEZERRA AGRAVADO : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL ADVOGADOS : BIANCO SOUZA MORELLI PAULO MELO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 363.280 - RS (2013/0204806-2) RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA : MARCELO GLASHERSTER E OUTRO(S) MARIA LUCILIA GOMES E OUTRO(S) EMENTA PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO

Leia mais

5) É válido o contrato celebrado em moeda estrangeira desde que no momento do pagamento se realize a conversão em moeda nacional.

5) É válido o contrato celebrado em moeda estrangeira desde que no momento do pagamento se realize a conversão em moeda nacional. Edição n. 48 Brasília, 18 de dezembro de 2015 As teses aqui resumidas foram elaboradas pela Secretaria de Jurisprudência, mediante exaustiva pesquisa na base de jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Responsabilidade objetiva do Estado Elaine Rodrigues de Paula Reis A responsabilidade do Poder Público não existirá ou será atenuada quanto a conduta da Administração Pública não

Leia mais

O desastre ambiental de Mariana: análise sob a ótica do Direito Ambiental Brasileiro. Marcelo Leoni Schmid

O desastre ambiental de Mariana: análise sob a ótica do Direito Ambiental Brasileiro. Marcelo Leoni Schmid O desastre ambiental de Mariana: análise sob a ótica do Direito Ambiental Brasileiro Marcelo Leoni Schmid marcelo@indexflorestal.com.br Aula 02 Responsabilidade civil no Direito Ambiental Brasileiro O

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN RECORRENTE : FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCURADOR : RAFAEL DE OLIVEIRA RODRIGUES E OUTRO(S) RECORRIDO : MAKRO ATACADISTA S/A ADVOGADOS : SERGIO FARINA FILHO EMENTA

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA COBRANÇA DE DÍVIDAS

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA COBRANÇA DE DÍVIDAS COBRANÇA DE DÍVIDAS Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor 1 Artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor Quando o fornecedor for cobrar algum débito do consumidor, não poderá expô-lo ao ridículo,

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA NA RELAÇÃO DE CONSUMO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA NA RELAÇÃO DE CONSUMO FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA NA RELAÇÃO DE CONSUMO 1 Trânsito em julgado da sentença - não cabe mais recurso Intimação para pagamento no prazo de 15 (quinze)

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Inversão do Ônus da Prova Parte VII Prof. Francisco Saint Clair Neto REQUISITOS PARA A INVERSÃO JUDICIAL O primeiro requisito para a inversão do ônus da prova previsto no art. 6.º,

Leia mais

Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul

Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul 31 de janeiro de 2017 1ª Câmara Cível Agravo de Instrumento - Nº 1405280-98.2016.8.12.0000 - Campo Grande Relator : Exmo. Sr. Des. Marcelo Câmara Rasslan Agravante : Fast Food Árabe Ltda Advogado : Antônio

Leia mais

VÍCIOS E DEFEITO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS E ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

VÍCIOS E DEFEITO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS E ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO VÍCIOS E DEFEITO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS E ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO Dra. Adriana Borghi Fernandes Monteiro Promotora de Justiça Coordenadora da Área do Consumidor Vício do Produto ou do Serviço CDC

Leia mais

Por: Gustavo Rodrigues

Por: Gustavo Rodrigues Por: Gustavo Rodrigues AUMENTO DO NÚMERO DE AÇÕES INDENIZATÓRIAS CRESCIMENTO DE 140% NO STJ 2010: 260 PROCESSOS x 2014: 626 PROCESSOS 18 MÉDICOS COM REGISTRO CASSADO 625 MÉDICOS CUMPRIRAM PENAS DIVERSAS

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 584.721 - RJ (2014/0240190-2) RELATOR : MINISTRO MARCO BUZZI (EM CAUSA PRÓPRIA) EMENTA AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (ART. 544 DO CPC) - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO ERRO MÉDICO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO ERRO MÉDICO INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO ERRO MÉDICO Sessão da Tarde Curso promovido pela Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Provar é atestar a veracidade dos fatos. Ônus significa dever, encargo. Ônus é a

Leia mais

Aula nº. 29 TUTELA COLETIVA DO CONSUMIDOR

Aula nº. 29 TUTELA COLETIVA DO CONSUMIDOR Página1 Curso/Disciplina: Direito do Consumidor Aula: Direito do Consumidor - 29 Professor(a): Samuel Côrtes Monitor(a): Sarah Padilha Gonçalves Aula nº. 29 TUTELA COLETIVA DO CONSUMIDOR 1. Execução da

Leia mais

Direito & Cotidiano Diário dos estudantes, profissionais e curiosos do Direito.

Direito & Cotidiano Diário dos estudantes, profissionais e curiosos do Direito. Direito & Cotidiano Diário dos estudantes, profissionais e curiosos do Direito. http://direitoecotidiano.wordpress.com/ Rafael Adachi RESPONSABILIDADE DO ESTADO - Estuda o dever estatal de indenizar particulares

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICO- HOSPITALAR E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICO- HOSPITALAR E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICO- HOSPITALAR E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Aula patrocinada pela Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde e pela Pós- Graduação em Direito do Consumidor 1 Conceito de

Leia mais

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº -1- EMENTA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL DIREITO DO CONSUMIDOR INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO NULIDADE PRECEDENTES DO STJ. A decisão que determina ou não a inversão do ônus da prova deve

Leia mais

Jurisprudência em Teses - N. 82 PODER DE POLÍCIA

Jurisprudência em Teses - N. 82 PODER DE POLÍCIA Edição N. 82 Brasília, 31 de maio de 2017. As teses aqui resumidas foram elaboradas pela Secretaria de Jurisprudência, mediante exaustiva pesquisa na base de jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça EMENTA PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. IMPUGNAÇÃO. AUSÊNCIA. SÚMULA N. 182/STJ. AGRAVO NÃO CONHECIDO. 1. É inviável o agravo previsto no

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA OITAVA CÂMARA CÍVEL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA OITAVA CÂMARA CÍVEL TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA OITAVA CÂMARA CÍVEL Agravo Interno no Agravo de Instrumento nº 0007110-60.2014.8.19.0000 Agravante: Tim Celular S/A Agravado: Miguel da Silva Virgem

Leia mais